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Pneumonia Hospitalar
e Infecção
Hospitalar Professor e
Enfermeiro: Drº Gilmar
de Moura Aula 23
PNEUMONIA HOSPITALAR
Definição:
PNEUMONIA ADQUIRIDA NO HOSPITAL Após ≥ 48 h da admissão Não incubada à admissão Tratada na enfermaria/apartamento ou na UTI se mais grave
PNEUMONIA VENTILADOR-ASSOCIADAApós 48-72 h da intubação endotraqueal
PAH com intubação posteriormente = abordagem similar
PNEUMONIA RELACIONADA À ASSISTÊNCIAHospitalizado em qualquer unidade de atendimento agudo por ≥ 2 dias nos últimos 90 dias
Residente em casa de saúde ou asiloAntibioticoterapia endovenosa, quimioterapia ou tratamento de escara nos últimos 30 dias
Usuário de Unidade de hemodiálise
PATOGÊNESE
FAT. FAT. HOSPEDEIROHOSPEDEIRO
CIRURGIACIRURGIADISP.DISP.
INVASIVOSINVASIVOSEQUIP. TERAPIAEQUIP. TERAPIARESPIRATÓRIARESPIRATÓRIA
COLONIZAÇÃOOROFARINGE
COLONIZAÇÃO GÁSTRICA
ASPIRAÇÃOASPIRAÇÃOINÓCULOINÓCULO
VIRULÊNCIAVIRULÊNCIA
DEFESASDEFESASPULMONARESPULMONARES
PNEUMONIAPNEUMONIA
TRANSLOCAÇÃOTRANSLOCAÇÃOBACTERIEMIABACTERIEMIA
MEDICAÇÃOMEDICAÇÃO
ETIOLOGIA
Bastonetes Gram-negativos 56%• P. aeruginosa 21%• Enterobacter sp 9%• K. pneumoniae 8%• Acinetobacter spp 6%• E. coli 4%• Serratia marcescens 4%• Proteus spp 2%• Citrobacter spp 2%
Cocos Gram-positivos 23%• S. aureus 20%• Outros* 21%
*H. influenzae, S. pneumoniae, Influenza, VSR , Legionella, Anaeróbios, Fungos
EPIDEMIOLOGIA
Permanência hospitalar em média 7-9 dias 5 – 10 casos / 1.000 admissões
VENTILAÇÃO MECÂNICA• 6-20 vezes maior• UTI: 90% são VAP 3%/dia primeiros 5 dias 2%/dia: 5 – 10 dias 1%/dia após 11 dia
> 50% da prescrição de antibióticos
PNEUMONIA ADQUIRIDA NO HOSPITAL
APRESENTAÇÃO:
Início precoce
< 5 dias após admissão ou intubação
Início tardio
5 dias após admissão ou intubação
Risco de bactérias potencialmente mais resistentes
P. aeruginosa, Acinetobacter sp, S. aureus MR, Stenotrophomonas maltophilia
Mais de 7 dias de ventilação mecânica
Uso prévio de antibióticos de largo espectro
FATORES DE RISCO - PH
Esôfago
Cuff
Secreção acumulada
Traquéia: perda da defesa(movimentos ciliares, tosse)
Colonização da sonda
Tubo endotraqueal
Sonda gástrica
Tubo endotraqueal
Mãos dos PAS
Colonização gástrica
Mãos dos PASContaminação
cruzada
FATORES DE RISCO PARA BACTÉRIAS MULTIDROGA-RESISTENTES
Antibioticoterapia nos 90 dias anteriores
Tempo de internação atual > 5 dias
Prevalência alta de antibiótico-resistência na comunidade ou na unidade hospitalar.
FATORES DE RISCO PARA PNEUMONIA RELACIONADA À
ASSISTÊNCIA
Hospitalização por ≥ 2 dias nos 90 dias anteriores
Residência em casa de saúde ou similar
Terapia endovenosa domiciliar Diálise crônica nos últimos 30 dias Tratamento domiciliar de escaras Membro familiar colonizado
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico clínico Quando o paciente desenvolve um novo
infiltrado à radiografia de tórax, ou apresenta piora em relação a infiltrados pré-existentes, acompanhado de alterações clínicas, tais como:
• febre• leucocitose, • tosse, • expectoração purulenta (ou aspiração de
secreção traqueal purulenta em pacientes intubados).
INFILTRAÇÃO CAVITÁRIA
DIAGNÓSTICO ETIÓLÓGICO
Técnicas invasivas (broncoscópicas) • Escovado brônquico com cateter protegido
(EBP): 103 ufc/ml • Lavado broncoalveolar (LBA): 104 a 105
ufc/ml
Técnicas não-invasivas
• Aspirado traqueal: 105 a 106 ufc/ml
TRATAMENTO Tratamento empírico: sem fatores de risco para
patógenos multirresistentes: Ceftriaxona: 1 g – 12/12 horas Quinolona
• Moxifloxacino: 400 mg – 24/24 horas • Levofloxacino: 750 mg – 24/24 horas
• Ciprofloxacino: 400 mg – 12/12 horas Ampicilina/sulbactam: 1,5 g – 6/6 horas Ertapenen: 1 g – 24/24 horas
DURAÇÃO DO TRATAMENTO
Antes: 14 a 21 dias
Atualmente: • Sem fatores de risco para patógenos
multirresistentes: 8 dias• Com fatores de risco para patógenos
multirresistentes: 15 dias
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Higienização das mãos Cuidados especiais com pacientes traqueostomizados e
intubados Identificar pacientes em pré-operatório e que tenham maior
risco: orientar acompanhante e paciente sobre exercícios no P.O. para evitar estase de secreções nos pulmões (exercícios de mobilização, tosse, respiração profunda com lábios semi-cerrados entre outros)
Atentar para pacientes com nível de consciência deprimido ou com disfagia. Pacientes com SNG, consultar médico para a possibilidade de troca para SNE ou gastrostomia (se indicado)
Pacientes com SNG, posicionar em decúbito lateral direito ao invés de decúbito dorsal, preferindo alimentação intermitente ao invés de bolusTécnica asséptica na manipulação dos circuitos respiratóriosDesprezar qualquer líquido que tenha condensado nos extensoresAspiração somente quando necessário e não como rotina.Balanço hídrico de hora em hora. Comunicar débito urinárioMonitorar Sinais Vitais, pressões hemodinâmicas e confira se há sinais de hipovolemia persistenteAdministrar líquidos EV e registrar resposta do pacienteMonitorizar sinais vitais e sintomas de sobrecarga hídrica.
CUIDADOS REALIZADOS COM OS VENTILADORES
Ventilador Mecânico Antes do Uso:• Realizar limpeza e desinfecção do ventilador antes
da montagem• Montar o ventilador mecânico com técnica asséptica• Testar o ventilador mecânico com pulmão estéril• Proteger a conexão em Y do circuito com material
estéril• Colocar o rótulo da data e assinatura de quem
montou• Deixar o umidificador vazio
No momento da instalação:• Testar o ventilador mecânico com o pulmão estéril• Usar água estéril nos umidificadores• Colocar água no umidificador somente ao iniciar a
VM Durante a VM:
• Descartar o condensado que se forma no circuito• Lavar as mãos após o procedimento• Usar água estéril nos umidificadores• Desprezar um liquido remanescente dos
umidificadores antes de colocar água• Realizar troca do circuito ventilatório
Fim.