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MINICURSOMINICURSOMONITORAMENTO DE BACIAS MONITORAMENTO DE BACIAS

HIDROGRHIDROGRÁÁFICAS:FICAS:

Seminário Nacional de Gestão e Uso da Água

IV Reunião de Estudos Ambientais

II Encontro Nacional de Engenharia Hídrica

HIDROGRHIDROGRÁÁFICAS:FICAS:3 3 -- Monitoramento da qualidade da águaMonitoramento da qualidade da água

Eng. Civil Nadia Bernardi Bonumá

Pelotas - RS

Novembro de 2010

IntroduçãoIntrodução

Importância do monitoramento:Em suas múltiplas atividades, o homem precisa da água. A utilização cada vez

maior dos recursos hídricos tem resultado em degradação da qualidade da água.

Certos usos são conflitantes, com algumas atividades causando problemas de modificação de qualidade da água, em prejuízo de outras.

A qualidade da água de um manancial, além de seus usos depende das atividades que se desenvolvem em suas margens.

IntroduçãoIntrodução

Fontes de poluição:Poluição de águas superficiais:� fontes localizadas – são aquelas que têm um local determinado de lançamento na água, como as tubulações de esgotos domésticos e industriais;� fontes difusas – caracterizam-se por uma aplicação difusa dos poluentes na água.

Fonte difusa

Fontes pontuais

IntroduçãoIntrodução

Fontes de poluição:

Poluição de águas subterrâneas:Podem originar-se das seguintes fontes:

� efluentes de esgotos (sumidouros, valas, lagoas);� líquidos percolados em depósitos de resíduos solidos;� drenagem de áreas irrigadas;� infiltração de águas superficiais poluídas;� infiltração de águas superficiais poluídas;� injeção de resíduos líquidos (domésticos ou industrias) no subsolo;� intrusão de água salgada.

Aspectos legaisAspectos legais

• LEI Nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997:Política Nacional de Recursos Hídricos e SistemaNacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos

•Resolução Nº 357, de 17 de março de 2005 (CONAMA):Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizesambientais para o seu enquadramento, bem comoambientais para o seu enquadramento, bem comoestabelece as condições e padrões de lançamento deefluentes

•Portaria Nº 518, de 25 de março de 2004Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativosao controle e vigilância da qualidade da água paraconsumo humano e seu padrão de potabilidade.

Aspectos legaisAspectos legais

Padrões de qualidade dos corpos receptores:• dividiu as águas do território nacional em águas doces, salobras e salinas e foram criadas classes em função dos usos previstos;• fixa parâmetros fundamentais à preservação do uso do corpo d’água;

Os padrões estão interrelacionados - ambos têm como

Resolução Nº 357, de 17 de março de 2005:

Padrões para o lançamento de efluentes nos corpos d’água:• fixa parâmetros de emissão;• emissão não deve prejudicar os usos;• padrão de lançamento pode ser excedido, com permissão do orgão ambiental, caso os padrões de qualidade do corpo receptor sejam resguardados.

Os padrões estão interrelacionados - ambos têm como objetivo a preservação da qualidade do corpo d’água.

Enquadramento Enquadramento

Levantamento Sanitário ou Diagnóstico da Bacia Hidrográfica:

Deveria constituir a etapa inicial de qualquer programa de utilização ou de proteção de recursos hídricos;

2 partes: estudo das características da bacia e das condições sanitárias dos corpos d’água; e levantamento das fontes de poluição (cargas poluidoras);

Enquadramento de Recursos Hídricos:Enquadramento de Recursos Hídricos:

Com base no levantamento sanitário e após definir-se para que usos se destinarão -enquadramento, de acordo com a Resolução CONAMA nº 357;

É feito não em função do estado atual do recurso hídrico, mas no sentido de que sejam alcançados os requisitos da classe definida para ele;

Variáveis físicas:• sólidos (totais, suspensos, dissolvidos), turbidez, temperatura;

Variáveis físico-químicos:• pH, alcalinidade, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido,

demandas química (DQO) e bioquímica de oxigênio (DBO);

Variáveis químicos: • metais, fosfato, nitrato;

Variáveis de Qualidade de Variáveis de Qualidade de AguaAgua

• metais, fosfato, nitrato;

Variáveis microbiológicos:• coliformes totais e coliformes termotolerantes.

Sólidos: • Todos os contaminantes da água, com exceção de gases

dissolvidos, contribuem para carga de sólidos.

• Sólidos totais = suspensos + dissolvidos

VariáveisVariáveis físicasfísicas

• Sólidos fixos: representam a matéria inorgânica ou mineral

• Sólidos voláteis: estimativa da matéria orgânica nos sólido.

Turbidez: • A turbidez indica a alteração na passagem da luz devido à presença

de partículas em suspensão na água, tornando-a com uma aparência turva.

• Origem natural: associada à variação sazonal, à intensidade de precipitação, à partículas de rocha, argila e silte, algas e outros

VariáveisVariáveis físicasfísicas

precipitação, à partículas de rocha, argila e silte, algas e outros microrganismos .

• Origem antropogênica: pode estar associada à compostos tóxicos, organismos patogênicos e à erosão.

• Pode reduzir a penetração da luz, prejudicando a fotossíntese.

Sólidos Suspensos x Turbidez:

VariáveisVariáveis físicasfísicas

Temperatura: • A temperatura da água exerce influência na velocidade das reações

químicas, nas atividades metabólicas dos organismos e na solubilidade dos gases dissolvidos.

• Origem natural: radiação, condução ou convecção.

VariáveisVariáveis físicasfísicas

• Origem antropogênica: despejos industriais e águas de resfriamento.

• Deve ser analisada em conjunto com outros parâmetros, tais como OD.

Potencial hidrogeniônico (pH): • Indica a intensidade das condições ácidas ou alcalinas da água

através da medição do grau de concentração de íons hidrogênio (H+). A escala de pH varia de 0 a 14, identificando a condição ácida, neutra ou alcalina.

• Origem natural: dissolução de rochas, a absorção de gases da

VariáveisVariáveis físicofísico--ququíímicasmicas

• Origem natural: dissolução de rochas, a absorção de gases da atmosfera, a oxidação da matéria orgânica e a fotossíntese.

• Origem antropogênica: despejos domésticos e industriais e fontes difusas de poluição.

Alcalinidade: • A alcalinidade indica a quantidade de íons na água para neutralizar

os íons hidrogênio. É uma medição da capacidade da água em resistir às mudanças de pH.

• Os principais constituintes são os bicarbonatos (HCO3-),

carbonatos (CO 2-) e os hidróxidos (OH-).

Variáveis físicoVariáveis físico--químicasquímicas

carbonatos (CO32-) e os hidróxidos (OH-).

• Origem natural: dissolução de rochas e reação do CO2 com a água;

• Origem antropogênica: despejos industriais.

Condutividade elétrica

• Capacidade que a água apresenta de conduzir corrente elétrica.

• Relacionada com a presença de substâncias dissolvidas que se dissociam em ânions e cátions.

Variáveis físicoVariáveis físico--químicasquímicas

• Unidade (SI): microsiemens/cm.

Oxigênio Dissolvido – OD • Parâmetros significativo: diretamente relacionado com a

possibilidade de manutenção de vida dos organismos aeróbios, que habitam o meio aquático.

• As variações nos teores de oxigênio dissolvido estão associadas aos processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem nos corpos d’água.

Variáveis físicoVariáveis físico--químicasquímicas

corpos d’água.

Variáveis físicoVariáveis físico--químicasquímicas

ODtemperaturapH Condutividade

(A) Terminal multiparâmetros inolab e (B) Oxímetro YSI (Paz, 2004).

ODtemperatura

Demandas Química (DQO) e Bioquímica de Oxigênio(DBO):

• Parâmetros utilizados para avaliar a quantidade de matéria orgânica presente no corpo hídrico.

• Matéria orgânica é responsável pela redução na concentração de OD.

Variáveis físicoVariáveis físico--químicasquímicas

OD.

• Avaliação da presença de matéria orgânica pode ser feita através da medição do consumo de oxigênio.

Demandas Química (DQO) e Bioquímica de Oxigênio(DBO):

• A diferença entre DBO e DQO está no tipo de matéria orgânica estabilizada:

� DBO: quantidade de oxigênio molecular necessária para a estabilização da matéria orgânica mineralizada por atividades de

Variáveis físicoVariáveis físico--químicasquímicas

estabilização da matéria orgânica mineralizada por atividades de microorganismos.

� DQO: refere-se, também, à estabilização da matéria orgânica ocorrida por processos químicos.

DBO5:Teste padrão, realizado a uma temperatura constante e durante um período de incubação, também fixo de 5 dias. É medido pela diferença de

Variáveis físicoVariáveis físico--químicasquímicas

Fonte: Paz (2004).

É medido pela diferença de OD antes e depois do período de incubação (APHA, Standard Methods, 1998).

Coliformes Totais e Termotolerantes:• As bactérias do grupo coliforme são utilizadas como organismos

indicadores de contaminação fecal.

• Coliformes totais (CT): constitui-se em um grande grupo de bactérias que em sido isolada de amostras de águas e solos poluídos e não poluídos, bem como de fezes de seres humanos e outros animais de sangue quente.

Variáveis Variáveis micromicrobiológicasbiológicas

outros animais de sangue quente.

• Coliformes termotolerantes (Ctt): são um grupo de bactérias indicadoras de organismos originários do trato intestinal humano e outros animais. A Escherichia coli é uma bactéria pertencente a este grupo (Von Sperling, 1996).

Coliformes Totais e Termotolerantes:

Variáveis microbiológicasVariáveis microbiológicas

Tecnologia do substrato definido (Paz, 2004).

Coliformes Totais e Termotolerantes:

Variáveis microbiológicasVariáveis microbiológicas

Fonte: Paz (2004).

Metais:• Cádmio: em condições naturais é encontrado na água, em traços

mínimos, mas pode ser nela introduzido por alguns despejos industriais. É considerado um elemento de elevado potencial tóxico, podendo causar intoxicação aguda e crônica.

• Chumbo: também pode ser encontrado na água em traços

Variáveis Variáveis QuímicasQuímicas

• Chumbo: também pode ser encontrado na água em traços mínimos. Em geral sua origem vem da poluição por efluentes de indústrias ou minas, ou como resultado da ação corrosiva sobre as canalizações desse metal. É um metal cumulativo, podendo causar saturnismo, moléstia que pode levar à morte.

Metais:• Cromo hexavalente: origem natural é muito rara, de modo que

quando estão presentes na água, devem originar-se da poluição por despejos industriais. Não se conhece ainda a quantidade desse íon que pode ser ingerida a longo prazo sem conseqüências adversas.

• Mercúrio: introduzido por efluentes industriais nos sistemas

Variáveis QuímicasVariáveis Químicas

• Mercúrio: introduzido por efluentes industriais nos sistemas hídricos é inicialmente incorporado nos sedimentos de fundo. Esses sedimentos podem subseqüentemente trocar sua carga de mercúrio com a água que os cobre por até cem anos. A exposição ao mercúrio em longo prazo pode provocar rompimento dos cromossomos e inibição do mecanismo mitótico, além de poder causar danos irreversíveis ao cérebro.

Metais:• Ferro e Manganês: apresentam comportamento químico

semelhantes. Podem ser originados pela dissolução de componentes do solo ou por despejos industriais. Embora esses elementos não apresentem danos à saúde nas concentrações normalmente encontradas, eles podem provocar problemas estéticos (cor na água) ou prejudicar certos usos industriais e

Variáveis QuímicasVariáveis Químicas

estéticos (cor na água) ou prejudicar certos usos industriais e domésticos. Deve-se destacar que as águas de muitas regiões brasileiras, como no RS, já apresentam, naturalmente, teores elevados de ferro e manganês, que podem ser superiores aos limites estabelecidos pelo CONAMA 357/05 para a classe 2.

Fosfato:• O fósforo é um dos mais importantes nutrientes para o crescimento

de plantas aquáticas. Quando esse crescimento ocorre em excesso -fenômeno da eutrofização.

• Na água, o fósforo pode ser encontrado em várias formas, entre elas como ortofosfatos, diretamente disponíveis para o metabolismo biológico sem necessidade de conversões a formas

Variáveis QuímicasVariáveis Químicas

metabolismo biológico sem necessidade de conversões a formas mais simples.

• Origem natural: dissolução de rochas, carreamento do solo, decomposição de matéria orgânica e chuva;

• Origem antropogênica: despejos domésticos e industriais, detergentes, excrementos de animais, fertilizantes e pesticidas, drenagem pluvial.

Nitrato:• Importante nutriente para o crescimento de algas e plantas

aquáticas superiores - eutrofização.

• Dentro do ciclo do nitrogênio, este elemento encontra-se entre várias formas e estados de oxidação. No meio aquático, uma das formas que este elemento pode se apresentar é como íon nitrato (NO3

-), que é uma forma oxidada de nitrogênio. O nitrato em concentrações elevadas está associado à doença da

Variáveis QuímicasVariáveis Químicas

concentrações elevadas está associado à doença da metahemoglobinemia, que dificulta o transporte de oxigênio na corrente sanguínea de bebês.

• Origem natural: Por ser constituinte de proteínas, clorofila e outros compostos biológicos, o nitrogênio pode ser facilmente encontrado na natureza.

• Origem antropogênica: lançamento de despejos domésticos e industriais, excrementos de animais e fertilizantes.

Vertedor ANA

Registrador eletrônico

Poluição Poluição difusadifusa

Seção de amostragem: Vazão x qualidade da água

(Fonte: www.hidromechc.com.br/hidrometria).

Vertedor triangular ANA

Régua linimétrica

Seção de amostragem, São Martinho da Serra – RS (Bonuma et al., 2008).

Poluição Poluição difusadifusa

Amostrador de nível ascendente – ANA

• Dificuldade para obtenção de

amostras durante os eventos.

� Eventos foram noturnos.

� Condições de acesso e a

distância até os pontos de

amostragem.

• O ANA (Umezawa, 1979) consiste

em uma série de garrafas, onde são

acoplados 2 tubos em sifão, um

para entrada da amostra e outro

para saída do ar. Impede a

recirculação da amostra.

• A coleta inicia no instante em que

o NA chega ao bocal de tomada até

atingir o ponto mais alto do sifão.

Poluição Poluição difusadifusa

Hidrogramas Q(t);

Polutogramas C(t);

CME’s;

Curvas M(V);

CARGA POLUENTE:

Avaliação da carga difusa

CARGA POLUENTE:

CARGA = CQA x Q

Descontado o valor da carga de base

Carga total do evento

Poluição Poluição difusadifusa

Polutograma:

12,00

15,00

18,00

21,00

24,00

27,00

Vazão (

m³/

s)

2000

2500

3000

3500

4000

Concentr

ação S

S (

mg/L

)

Precipitação

Vazão

Sólidos Suspensos

0,00

3,00

6,00

9,00

12,00

3/1

0/05 2

2:10

4/1

0/0

5 0

:40

4/1

0/0

5 3

:10

4/1

0/0

5 5

:40

4/1

0/0

5 8

:10

4/1

0/05 1

0:40

4/1

0/05 1

3:10

4/1

0/05 1

5:40

4/1

0/05 1

8:10

4/1

0/05 2

0:40

4/1

0/05 2

3:10

5/1

0/0

5 1

:40

5/1

0/0

5 4

:10

5/1

0/0

5 6

:40

5/1

0/0

5 9

:10

5/1

0/05 1

1:40

Tempo (dia h:min)

Vazão (

m³/

s)

0

500

1000

1500

Concentr

ação S

S (

mg/L

)

MINICURSOMINICURSOMONITORAMENTO DE BACIAS MONITORAMENTO DE BACIAS

HIDROGRHIDROGRÁÁFICAS:FICAS:

Seminário Nacional de Gestão e Uso da Água

IV Reunião de Estudos Ambientais

II Encontro Nacional de Engenharia Hídrica

HIDROGRHIDROGRÁÁFICAS:FICAS:4 4 -- Monitoramento da Monitoramento da erosão e do transporte erosão e do transporte

de sedimentosde sedimentos

Eng. Civil Nadia Bernardi Bonumá

Pelotas - RS

Novembro de 2010

Processos erosivosProcessos erosivos

Erosão:• processo de desprendimento e arraste

acelerado das partículas do solo causado pela água e pelo vento causado pela água e pelo vento (BERTONI; LOMBARDI NETO, 1990).

Foto: Minella

Processos erosivosProcessos erosivosEtapas do processo erosivo:

�����������

������ ����

�����������

energia da chuva e do escoamento

energia do escoamento �����������

�������

escoamento

capacidade de transporte

< carga

transportada.

Fonte: Adaptado de Minella, 2008

Processos erosivosProcessos erosivos

BACIA HIDROGRÁFICAFormas de erosão:

Entressulcos – impacto das gotas de chuva, escoamento difuso;

Sulcos - escoamento concentrado;

Vossorocas - grandes concentrações de enxurrada e

Entressulcos

Sulcos

Canais

concentrações de enxurrada e deslocamento de grandes massas de solo;

Canais.

Processos erosivosProcessos erosivos

Instabilidade das margens de canais em Iowa, EUA. Foto: Merten

Modelagem da erosão do solo

• Modelos matemáticos � predizer e avaliar a erosão hídrica.

• USLE (Wischmeier & Smith, 1978): perda de solo �

f (erosividade, erodibilidade, comprimento de rampa,

declividade, uso e manejo e práticas conservacionistas).

Processos erosivosProcessos erosivos

declividade, uso e manejo e práticas conservacionistas).

• Utilização de ferramentas de SIG � cruzamento e análise

espacial de dados � instrumento de gestão ambiental.

• Integração de SIG’s e modelos de erosão do solo � nova

tendência na pesquisa de erosão do solo (Qijiang et al, 2002).

Onde: A = erosão média anual (ton/ha);

R = fator relacionado com a chuva (Erosividade);

A = R K LS C P

Equação Universal de Perda de Equação Universal de Perda de Solo (USLE):Solo (USLE):

Processos erosivosProcessos erosivos

R = fator relacionado com a chuva (Erosividade);

K = fator relacionado com o solo (Erodibilidade);

LS = fatores relacionados com a topografia (L é o comprimento de rampa e S a declividade da vertente);

C = fator relacionado com o uso do solo;

P = fator relacionado com o manejo do solo.

• O sedimento presente no curso d'água é originado da erosão na bacia e da erosão no próprio leito e nas margens.

SSedimentosedimentos

São Martinho da Serra – RS (Bonuma et al., 2008).

PERDA DE SOLO

DEPOSIÇÃO

VERTENTE

PRODUÇÃO DE

Produção de sedimentosProdução de sedimentos

PRODUÇÃO DE SEDIMENTOS

Produção de sedimentos = perda em solo que chega ao exutório da bacia

= (perda de solo – deposição)

Onde: Sed = produção de sedimentos (ton);

Q = escoamento de superfície (m3);

Sed = 89,6 (Qs qp)0,56 K LS C P

Equação Equação Universal de Perda de Universal de Perda de Solo Modificada Solo Modificada (MUSLE, Williams, 1975):(MUSLE, Williams, 1975):

Produção de sedimentosProdução de sedimentos

Qs = escoamento de superfície (m3);

qp = taxa de escoamento de pico em (m3 s-1);

K = fator relacionado com o solo (Erodibilidade);

LS = fatores relacionados com a topografia (L é o comprimento de rampa e S a declividade da vertente);

C = fator relacionado com o uso do solo;

P = fator relacionado com o manejo do solo.

• Amostragem do material em suspensão;• Amostragem do material de leito;• Medidas diretas da descarga de fundo;• Análises de laboratorio.

Transporte de sedimentosTransporte de sedimentos

Principais medidas sedimentometricas:

Transporte de sedimentosTransporte de sedimentosAmostragem do material em suspensão:

Amostradores de Nivel Ascendente e Descendente (Sangoi, 2007).

Amostragem do material em suspensão:

Transporte de sedimentosTransporte de sedimentos

Amostragem do material

em suspensão:- Amostragem pontual

Transporte de sedimentosTransporte de sedimentos

Carvalho et al., 2000.

Descarga sólida em suspensão na amostragem pontual:

Transporte de sedimentosTransporte de sedimentos

� ∆= lpvcqSS ....0864,0

Determinações pontuais ao longo de uma vertical por medição direta (turbidímetro, equipamento nuclear ou outro) ou indireta com amostragem de material e correspondente análise individual de cada amostra pontual.

Descarga sólida em suspensão � lpvcqSS ....0864,0

�= SSSS qQDescarga sólida em suspensão:

Descarga sólida em suspensão parcial:

Transporte de sedimentosTransporte de sedimentos

Curva-chave de sedimentos:

Paranhos & Paiva (2008)

MINICURSOMINICURSOMONITORAMENTO DE BACIAS MONITORAMENTO DE BACIAS

HIDROGRHIDROGRÁÁFICAS:FICAS:

Seminário Nacional de Gestão e Uso da Água

IV Reunião de Estudos Ambientais

II Encontro Nacional de Engenharia Hídrica

HIDROGRHIDROGRÁÁFICAS:FICAS:5 5 -- GeoprocessamentoGeoprocessamento aplicado a gestão de aplicado a gestão de

bacias hidrográficas bacias hidrográficas

Eng. Civil Nadia Bernardi Bonumá

Pelotas - RS

Novembro de 2010

Delimitação de bacias hidrográficasDelimitação de bacias hidrográficas

Fonte: Lencastre et al., 1992

Delimitação de bacias hidrográficasDelimitação de bacias hidrográficas

Fonte: Lencastre et al., 1992

Sistema de informações geográficas (SIG) Sistema de informações geográficas (SIG)

SIGs x gestão de bacias hidrográficas:

• Geoprocessamento: utiliza técnicas matemáticas e computacionais para adquirir, posicionar e tratar dados e informações geográficas.

• SIG: sistema de suporte à decisão que integra dados referenciados espacialmente num ambiente de respostas a problemas (Cowen).

• Programa de SIG: projetado para fazer o computador pensar que é um mapa (Kennedy, 2006)

Sistema de informações geográficas (SIG) Sistema de informações geográficas (SIG)

Exemplos de SIGs:

• SPRING:http://www.dpi.inpe.br/spring

• MapWindow: www.mapwindow.org

• IDRISI: site do Centro de Recursos Idrisi da Ecologia UFRGS

• ArcGIS:www.esri.com

Modelos topográficos globais Modelos topográficos globais

Baixar dados dados topográficos globais: https://wist.echo.nasa.gov/~wist/api/imswelcome

Fonte: Ruhoff, 2010.

Relevo e modelos digitais de elevação (MDE) Relevo e modelos digitais de elevação (MDE)

1. Click com o botão direito do mouse sobre LAYERS – PROPERTIES 2.Na janela DATA FRAME PROPERTIES selecione COORDINATED SYSTEMS. 3. No campo SELECT A

Como criar um MDE usando ArcGIS?

3. No campo SELECT A COODENATE SYSTEM , selecione PREDEFINED ...4. Adicione o layer com as curvas de nivel (shape)

Curvas de nivel

Relevo e modelos digitais de elevação (MDE) Relevo e modelos digitais de elevação (MDE)

1. Crie o TIN: 2. Adicione a ferramenta 3D ANALYST3. Clique em 3D ANALYST / CREATE/MODIFY TIN / CREATE TIN FROM FEATURES / CHECK (V) THE RIGHT LAYER / OK

Como criar um MDE usando ArcGIS?

THE RIGHT LAYER / OK4. Converta TIN para raster (tingrid):3D ANALYST / CONVERT / TIN TO RASTER5. Renomeie o arquivo de saida(tingrid) = MDE

MDE

Relevo e modelos digitais de elevação (MDE) Relevo e modelos digitais de elevação (MDE)

Como delimitar a bacia a partir do MDE?

Fonte: http://webhelp.esri.com/arcgisdesktop/9.2/index.cfm

Monitoramento do uso do soloMonitoramento do uso do solo

• Mudanças de uso do solo – impactos sobre o comportamento hidrológico, aporte de sedimentos e qualidade da água.

• Planejamento territorial – diagnóstico do uso do solo.

• Brasil – pais de dimensões continentais: carência de dados e • Brasil – pais de dimensões continentais: carência de dados e informações (aerofotogrametria, topografia e cartografia).

Geoprocessamento

Classificação de uso do soloClassificação de uso do soloResposta espectral:

• Resposta de um material em termos de energia refletida e emitida pelo material. Cada material possui um comportamento ou “assinatura espectral” característico, que possibilita sua identificação numa imagem digital.

Fonte: Collischonn, 2010.

Classificação de uso do soloClassificação de uso do solo

Classificação de imagens digitais de sensoriamento remoto:• Associação de pontos de uma imagem a uma classe ou grupo: água,

vegetação, solo, etc.

Supervisionada:-Usuário fornece “pistas” para a classificação.-Usuário fornece “pistas” para a classificação.

Não supervisionada- Usuário não fornece “pistas” para a classificação. A classificação é realizada de forma completamente automática e deve ser verificada depois.

Classificação de uso do soloClassificação de uso do solo

Classificação de imagens digitais de sensoriamento remoto:

1

2

Fonte: Collischonn, 2010.

Classificação de uso do soloClassificação de uso do solo

Classificação de imagens digitais de sensoriamento remoto:

Fonte: Collischonn, 2010.

Perguntas e comentários

Bibliografia básicaBRASIL. Lei 9.433, de 08 de janeiro de 1997 - que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria oSistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.BONUMA, N.B.; GASTALDINI, M.C.C.G; PAIVA, J.B.D.de. Análise da Carga Difusa de Poluição Gerada por Atividades de Mineração. Revista Brasileira de

Recursos Hídricos. Volume 13 n.3 Jul/Set 2008, 105-115.CARVALHO, N.O. Hidrossedimentologia Prática. 2. Ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2008. 599p.MEDEIROS, L.C.; FERREIRA, N.C.; FERREIRA, L.G. Avaliação de Modelos MEDEIROS, L.C.; FERREIRA, N.C.; FERREIRA, L.G. Avaliação de Modelos Digitais de Elevação para delimitação automática de bacias hidrográficas. Revista

Brasileira de Cartografia. No 61/02, 2009.MOTA, S. Introdução a engenharia ambiental. 4. Ed. Rio de Janeiro: ABES, 2006. 388p.PAIVA, J.B.D. de; PAIVA, E.M.C.D. de . (Org.) Hidrologia Aplicada à Gestão de

Pequenas Bacias Hidrográficas. Porto Alegre. ABRH. 2001. 628p.

Bibliografia básicaPARANHOS, R.M.; PAIVA, J.B.D. de. Avaliação de metodologia de estimativa de produção de sedimentos em uma pequena bacia rural de encosta. Revista Brasileira

de Recursos Hídricos, v. 13, p. 7-18, 2008. PORTO, M.F.A.; PORTO, R.L.L. Gestão de bacias hidrográficas. Estudos avançados. 22 (63), 2008.PRUSKI, F.F.; AMORIM, R.S.S.; SILVA, D.D.; GRIEBELER, N.P.; SILVA, J.M.A. Conservação de solo e água: Práticas mecânicas para o controle da erosão hídrica.

Viçosa: Ed. UFV, 2006. 240p.SPRING – Introdução a Modelagem Numérica. Conceitos de Modelagem Numérica SPRING – Introdução a Modelagem Numérica. Conceitos de Modelagem Numérica do Terreno. INPE – Instituto de Pesquisas Espaciais. Disponível em:<http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/tutorial/modelagem.html>Acesso em 10 dez. 2009.TUCCI, C.E.M. (org). Hidrologia: Ciência e Aplicação. Porto Alegre. Editora da UFRGS e EDUSP ABRH. 1993. 952p.VESTENA, L.R.; FILHO, G.L. Balanço hídrico da bacia do Rio Ernesto, Pitanga /

PR – Brasil. Terr@Plural, Ponta Grossa, 2 (2): 323-335 , 2008. VON SPERLING. M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos.

Vol. 1. Editora da UFMG, Belo Horizonte-MG. 1996, 243 p.