MOTILIDADE GASTROINTESTINAL · submucosas Placa de Peyer Plexo Mioentérico Vaso ... Guyton &...

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MOTILIDADE

GASTROINTESTINAL

Profa. Natália Galito

Departamento de Fisiologia e Farmacologia

Aires MM. Fisiologia, 4ed

SISTEMA GASTROINTESTINAL

- Cavidade Oral;

- Faringe;

- Esôfago;

- Intestino Delgado;

- Intestino Grosso/Cólon;

- Ânus

Trato Gastrointestinal

Órgãos anexos

FUNÇÕES

Funções:

Digestão das substâncias alimentares

Absorção das moléculas nutrientes

Atividades:

Motilidade

Secreção

Digestão

Absorção

Faringe

Glândulas salivares Boca

Estômago Esôfago

Fígado

Pâncreas

Intestino delgado

Intestino grosso

Ânus

Vesícula biliar

Aires MM. Fisiologia, 4ed

Processos do sistema gastrointestinal:

MOTILIDADE, SECRECAO, DIGESTAO, ABSORCAO E DEFECACAO

TRATO GASTROINTESTINAL (TGI): Área do corpo humano

de maior exposição ao meio ambiente

HISTOLOGIA: SUBMUCOSA, MUSCULAR E SEROSA

Plexo Submucoso

Cripta

Mucosa

Submucosa

Muscular circular

Muscular longitudinal

Serosa

Artéria e veia submucosas Placa de

Peyer

Plexo Mioentérico

Vaso linfático

Vilosidades

SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO

Formado por: plexos ganglionares maiores (submucoso e

mioenterico) + plexos aganglionares secundarios e

terciarios.

Adaptada de Berne and Levy, 3 ed. 1993.

SNE: PLEXOS GANGLIONARES MAIORES

Parede do trato gastrointestinal

Controle dos movimentos e secreção gastrointestinal

Esôfago - ânus

• PLEXO SUBMUCOSO (MEISSNER):

secreção gastrointestinal e fluxo

sanguíneo

• PLEXO MIOENTÉRICO (AUERBACH):

motilidade gastrointestinal

http://www.medicinanet.com.br/

INTEGRAÇÃO SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO E SNA

Para os gânglios pré-vertebrais, a medula espinhal e o tronco cerebral

Plexo mioentérico

Plexo submucoso

Epitélio

Guyton & Hall. Fisiologia Médica, 22°ed., Artmed.

(-) (+)

Reflexos completamente integrados à parede intestinal do SNE: controlam secreção gastrointestinal, peristalse, contrações de mistura

Sistema nervoso entérico e conexões com sistemas

simpático e parassimpático:

REFLEXOS GASTROINTESTINAIS

MOTILIDADE

Musculatura lisa (1/3 inferior esôfago esfíncter anal interno);

Mistura dos alimentos com as secrecoes luminais e contato com a

mucosa de revestimento do TGI;

Gap-junctions sincício;

Feixe muscular + neuronio = unidade motora

Dois tipos de contração da musculatura lisa:

FÁSICA: contracoes e relaxamentos periodicos (poucos segundos

ou minutos). Ex.: esôfago, estômago (corpo e antro), ID, IG.

TÔNICA: mantida/sustentada. Ex.: esfíncteres, fundo estômago

Potencial eletrico de repouso sarcolema da fibra muscular lisa visceral

= -40 a -60mV

• Sofre oscilações ou despolarizações sublimiares: ritmo elétrico

básico ou ondas lentas;

• Frequência depende da região: regiões de marcapasso

RITMO ELÉTRICO BÁSICO

• REB estômago: 3/min

• REB duodeno: 12/min

• Potencial de ação: entrada de

Na+ e Ca2+

Ritmo Elétrico Básico (REB) ou Ondas Lentas:

• Fibras intersticiais de Cajal entre camadas musculares

longitudinal e circular;

Influências:

• Simpático: inibitório

• Parassimpático: excitatório Silverthorn DU. Fisiologia Humana. 5ª ed. Artmed

MASTIGAÇÃO:

• Triturar o alimento

- Importante para frutas e vegetais crus (membrana de celulose

indigeríveis) precisam ser quebradas

- Evita escoriações do trato

- Facilita transporte do alimento do estômago ao intestino

• Lubrificar o alimento (muco salivar);

• Misturar o alimento à amilase salivar.

BOCA: MOTILIDADE

REFLEXO MASTIGATÓRIO

1. alimento na boca;

2. inibição músculo mastigação

3. queda mandíbula

4. reflexo estiramento

5. contração musculatura

6. compressão bolo alimentar

DEGLUTIÇÃO

Fase oral (voluntária)

Fase faríngea (involuntária)

Fase esofágica (involuntária)

Conduzir o alimento até o estômago

ESÔFAGO: MOTILIDADE

1. Projeção do ápice da língua

para cima e para trás;

2. Bolo alimentar na faringe;

3. Estimulação receptores

somatossensoriais.

FASE ORAL DA

DEGLUTIÇÃO

Aires MM. Fisiologia, 4ed

1. Palato mole bloqueia

nasofaringe;

2. Elevação da epiglote;

3. Onda peristáltica em direção

ao esôfago;

4. Relaxamento do esfíncter

esofagiano superior (EES).

Aires MM. Fisiologia, 4ed

FASE FARÍNGEA

DA DEGLUTIÇÃO

1. Fechamento do EES;

2. PERISTALSE PRIMÁRIA, via

centro deglutição;

3. PERISTALSE SECUNDÁRIA por

circuitos neurais intrínsecos do

sistema nervoso entérico e por

reflexos via vago (se

necessário).

Aires MM. Fisiologia, 4ed

FASE ESOFÁGICA

DA DEGLUTIÇÃO

CONTROLE NEURAL DAS FASES FARI NGEA E

ESOFA GICA DA DEGLUTIC A O Bulbo + porção

inferior da ponte

ESTÔMAGO: ESTRUTURA E FUNÇÃO

Aires MM. Fisiologia, 4ed

• Amazenamento;

• Mistura do alimento;

• Trituracao do alimento;

• Propulsao peristaltica;

• Regulacao da velocidade

de esvaziamento

gastrico. ANTRO

CORPO

FUNDO

PILORO

Relaxamento receptivo

Reflexo longo vasovagal;

Fibras eferentes vagais: inibitórias VIPérgicas;

Musculatura do fundo gastrico relaxada

durante o processo da degluticao: alimento

acomoda-se neste local, sem elevar a

pressao intragastrica

1 - 1,5L alimento 1 - 2h

s/ mistura

FASE ARMAZENAMENTO GÁSTRICO

MOTILIDADE GÁSTRICA

SEQUÊNCIA DE MOTILIDADE GÁSTRICA:

(1) (2) (3)

(4) (5) (6)

Movimento de Retropulsão ou Sístole antral

Aires MM. Fisiologia, 4ed

Epitélio pouco permeável (via intercelular);

Absorção álcool via transcelular;

Substâncias não digeridas, ossos, objetos estranhos CMM

Esvaziamento gástrico:

natureza do alimento:

1 Carboidratos;

2 Proteínas;

3 Gorduras.

1. Estômago vazio por várias horas;

2. São contrações peristálticas rítmicas no corpo do estômago

quando sucessivas fortes

3. Mais intensa em sadios,

jovens alto grau de tônus

gastrointestinal;

4. “Pontada de fome” após 12 a

24 horas após a última

ingestão;

5. Regridem após 3-4 dias.

CONTRAÇÕES DE FOME

INERVAÇÃO

Sensoriais aferentes na parede gástrica:

pressoreceptores distensao da parede do estomago ou aumento da pressao intragastrica

quimiorreceptores composicao quimica

osmorreceptores pela tonicidade do quimo

nociceptores dor

INERVAÇÃO

SNA: fibras eferentes

Fibras vagais colinérgicas Excitatórias, ↑ motilidade / secreção

Fibras vagais VIPérgicas e liberadoras de NO

Inibitórias, ↓ motilidade

Fibras vagais secretoras (peptídeo liberador de gastrina ou bombesina)

Céls. produtoras gastrina (antro)

Fibras noradrenérgicas Inibitórias, ↓ motilidade e secreções gástricas

SNE

ESVAZIAMENTO GÁSTRICO

Regulação da velocidade de esvaziamento gastrico:

- Regiao antropilorica e pelo duodeno (duodenogastrico);

- Mecanismos neuroendócrinos.

Funções piloro:

- Barreira entre estômago e duodeno;

- Velocidade esvaziamento gástrico.

Berne RM et al., in Physiology, 5th ed., Mosby Year Book, Inc. NY, 2004.

MECANISMOS NEUROENDÓCRINOS E

CONTROLE DO ESVAZIAMENTO GA STRICO

VÔMITO

Vomito e um mecanismo de defesa do TGI contra agentes

nocivos, mas pode ser desencadeado por mecanismos

neuroendócrinos cujas vias aferentes localizam-se fora do TGI.

SUDORESE

TAQUIPNÉIA

TAQUICARDIA

MIDRÍASE

SALIVAÇÃO

SENSAÇÃO DESMAIO

PALIDEZ

QUEDA DA PA

NÁUSEAS

ÂNSIAS

Adaptada de Berne RM et al., in Physiology, 5th ed., Mosby Year Book, Inc. NY, 2004.

REGULAÇÃO NEURAL DO VÔMITO

1. Peristalse reversa;

2. Inspiração profunda

(glote fechada);

3. Aumento pressão

intrabdominal;

4. Explusão conteúdos

gástricos.

OBS.:

ÂNSIA: EES fechado;

VÔMITO: EES aberto.

INTESTINO DELGADO

DUODENO ≠ RESTANTE INTESTINO;

Digestão e absorção: duodeno + jejuno proximal;

Quimo no delgado: 2-4h

Porção mais longa e convoluta

do intestino;

Comprimento: 75% do TGI;

Segmentos (3): duodeno,

jejuno e íleo;

MOTILIDADE INTESTINO DELGADO

Três funções:

1. Mistura do quimo com as secreções pancreática e

biliar no duodeno (digestão);

2. Renovação do contato do quimo com mucosa

intestinal (absorção);

3. Propulsão do quimo no sentido cefalocaudal:

a. Peristalses curtas (10-12cm)

b. Gradiente de pressão luminal decrescente no

sentido cefalocaudal

INTESTINO DELGADO: TIPOS DE MOVIMENTO

Movimentos de mistura

Movimentos propulsivos

MOVIMENTOS DE MISTURA OU SEGMENTAÇÕES

Movimento + comum no instestino delgado;

Contrações constritivas intermitentes locais;

1-4cm;

Intervalos: 5-30s.

Objetivo: triturar e

separar os conteúdos.

SEGMENTAÇÕES

REB duodeno: 12-13/min

REB jejuno: 10-11/min;

REB íleo: 8-9/min

GRADIENTE PRESSÃO

INTRALUMINAL

Peristalses curtas (< 10-12cm);

Não percorre todo o intestino (em condições normais);

Controle da peristalse por:

- Alimento no intestino;

- Irritação química ou física / sinais

nervosos parassimpáticos / plexo

mioentérico;

- Hormônios estimulantes: CCK, gastrina,

insulina e serotonina;

- Hormônios inibitórios: secretina e

glucagon

MOVIMENTOS PROPULSIVOS

Boca

Ânus

COMPLEXO MIOELÉTRICO MIGRATÓRIO

“Faxina gástrica”;

Atividade eletrica e motora peristaltica;

Períodos interdigestivos;

Porção média do estômago cólon;

Duração: 10 min

Frequência: cada 90 min

Estímulos:

- Vagais

- Motilina (ID)

MOTILINA e CMM

início jejuno

O CMM no delgado, alem da funcao de faxina, tambem

previne a migracao bacteriana do ceco as porcoes proximais

do delgado.

ONDAS LENTAS E POTENCIAIS DE AÇÃO NO

INTESTINO DELGADO

REB delgado:

- Cada segmento: frequência REB constante

- Reduz cefalocaudalmente

- Não induzem contrações

Contração: potencial de ação na fase

de despolarização das ondas lentas.

Relaxamento: repolarização das ondas

lentas

Frequência Ondas Lentas Frequência contrações.

REGULAÇÃO NEURAL DA MOTILIDADE DO

INTESTINO DELGADO

PARASSIMPATICO EFERENTE e fundamentalmente

colinergico e estimulador da motilidade.

SIMPATICO EFERENTE e noradrenergico e inibidor da

motilidade

REFLEXOS INTESTINAIS

REFLEXO PERISTÁLTICO OU LEI DO INTESTINO

Intestino contrai-se em resposta a presenca do quimo no

seu interior, por distensao de sua parede.

Porção proximal: musculatura contrai

Porcao distal (ou caudal): musculatura

relaxa.

Controle: SNE e depende da integridade

dos ganglios intramurais

REFLEXOS INTESTINAIS

REFLEXO INTESTINOINTESTINAL

Ha distensao de uma regiao extensa do intestino. Esta

região contrai-se e a musculatura do restante do intestino

fica inibida ou relaxada.

Largo alcance, comprimento mais extenso do intestino.

Depende da integridade do SNA e dos plexos intramurais.

REFLEXOS INTESTINAIS

REFLEXO GASTROILEAL

Aumento da motilidade do íleo em resposta à elevação da

motilidade e da secreção gástrica, o que facilita a progressão

do quimo do delgado para o cólon, através do esfíncter

ileocecal.

Estômago e Íleo interagem reflexamente

Controle: não é conhecido (Gastrina? Emocional?)

Funções:

- Movimentacao com retropropulsao do conteudo colonico,

renovando o seu contato com a mucosa;

- Mistura, amassamento e lubrificacao do conteudo colonico com a

secrecao de muco;

- Propulsao cefalocaudal do conteudo colonico, que ocorre ao longo

de todo o colon;

- Armazenamento de material fecal até ser expelido;

- Expulsao das fezes ou defecacao, que envolve o reto e o canal anal.

INTESTINO GROSSO

HAUSTROS / HAUSTRAÇÕES

Movimentos de mistura

(haustrações):

- Quimo com mucosa;

- Mov. anti-propulsivos

(cólon proximal)

INTESTINO GROSSO: TIPOS DE MOVIMENTO

Movimentos propulsivos

(movimento de massa):

- Cólons transverso ao sigmóide;

- 1-3x/dia

REFLEXO GASTROCÓLICO

↑ atividade contratil do cólon

↑ atividade contratil e secretora do estomago

CONTROLE NEURAL DA MOTILIDADE NO

INTESTINO GROSSO

Função moduladora da inervação extrínseca:

• SIMPÁTICO: interrupção dos movimentos colônicos

• PARASSIMPÁTICO: contrações no cólon proximal

Plexos intramurais: controle direto da contratilidade do

cólon

DEFECAÇÃO ESTÍMULOS

• Reflexos: (1) Ortotáxico; (2) Gastrocólico; (3) Gastroileal.

FACILITADORES:

1. Inspiração profunda;

2. Contração de músculos

abdominais

relaxamento

contração

REFLEXO DE DEFECAÇÃO

Material fecal no reto

Receptores estiramento

Ondas peristálticas a partir do cólon descendente Fezes forçadas em direção ao ânus

Relaxamento EAI Contração EAE

Reflexo parassimpático da

defecação

Sinais aferentes via plexo

mioentérico

Medula espinhal sacral

ESFÍNCTER ANAL INTERNO E

ESFÍNCTER ANAL EXTERNO

Nervos pélvicos (involuntário)

Nervos pudendo (voluntário)

OBRIGADA!

nataliagalito@id.uff.br

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