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O ÚLTIMO HERDEIRO
E A PEDRA ANULADORA
1ª EDIÇÃO
RENATO LIRA
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PARA A MINHA MÃE E PARA A KAREN
QUE ACREDITARAM EM MIM DESDE
O COMEÇO.
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O ÚLTIMO HERDEIRO
E A PEDRA ANULADORA
1ª EDIÇÃO
RENATO LIRA
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus que esta me proporcionando a
oportunidade de realizar este meu grande sonho de publicar meu livro, agradeço as
editoras clube de autores e agbook que me deram espaço para mostrar meu
trabalho, agradeço a Aline e a Paula da agbook que me ajudaram a divulgar este
livro e se colocaram a disposição para me ajudar no que eu precisasse.
Agradeço, minha tia Wanda que me chamou para morar com ela em São Paulo abrindo assim mais as portas para as realizações dos meus sonhos, tia você é
especial de verdade pra mim, agradeço a minha tia Vera que me deu várias dicas e
ainda dá não só na área de escritor, mas em tudo na minha vida, tia você é nota 10,
agradeço ao meu tio que só de ler um capitulo do meu livro já colocou grande fé
em mim e por ter assistido a reportagem que falava sobre o clube dos autores e me
ter dado a dica mais importante que eu precisava, tio obrigado, agradeço ao meu
primo que com seu jeito brincalhão me deu dicas sérias e me ajudou a ampliar meu
conhecimentos de escritor me emprestando seus mais variados livros, Marcio eu
demoro mas você sabe que eu te entrego os livros, agradeço ao meu tio Valdo que
mostrou interesse na minha história, agradeço a minha mãe que sempre acreditou
em mim desde o começo, agradeço aos meu amigos que ficaram felizes por mim, agradeço a Andressa por ter orado por mim, sua oração produziu esse efeito e por
fim agradeço a você Karen por ser minha inspiração, te agradeço pelos incentivos,
pelas críticas construtivas e por me ajudar a tornar este livro realidade, te agradeço
por estar na minha vida, te agradeço por tudo e você sabe quando eu digo tudo é
tudo mesmo.
Agradeço a vocês que me ajudaram e dar o passo inicial na história do
Eric.
OBRIGADO!
RENATO LIRA
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SUMÁRIO
1) O tesouro....................................................................................................13
2) Luta em alto mar........................................................................................23
3) A América dos sonhos...............................................................................29
4) Escondendo o tesouro................................................................................36
5) Vida nova...................................................................................................42
6) O infarto.....................................................................................................56
7) Casamento.................................................................................................63 8) Gravidez dupla...........................................................................................84
9) 313 anos depois.........................................................................................93
10) Uma infância diferente..............................................................................99
11) Aniversário de 17 anos............................................................................108
12) O ataque...................................................................................................117
13) A mudança...............................................................................................123
14) A vizinha dos sonhos...............................................................................128
15) Primeiro dia de aula.................................................................................134
16) A confusão...............................................................................................139
17) Uma nova amizade..................................................................................145
18) Fugindo para a floresta............................................................................153 19) Um barulho diferente...............................................................................160
20) O poder manifestado................................................................................166
21) Um livro diferente...................................................................................171
22) Henri Castro.............................................................................................176
23) O motivo de tudo.....................................................................................180
24) Ilusão.......................................................................................................193
25) Contando a verdade.................................................................................204
26) A história de Bruce..................................................................................211
27) A terceira tentativa...................................................................................216
28) O treinamento......................................................................................224
29) Acidente na escola...................................................................................228 30) Proposta indecente...................................................................................233
31) O incêndio................................................................................................238
32) Martelo de Handar...................................................................................243
33) A casa destruída.......................................................................................249
34) O seqüestro..........................................................................................253
35) O armazém abandonado..........................................................................259
36) A pedra anuladora....................................................................................265
37) O baile de formatura................................................................................271
38) Pólo Norte................................................................................................275
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TODAS AS LENDAS SE TORNARÃO
VERDADEIRAS...
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Capitulo 1
O tesouro
Castelo do rei Carlos V, norte de Londres, Inglaterra, ano de 1732.
−Baixar a ponte!
Diz o guarda do castelo e em seguida a ponte é abaixada para que o
aprendiz de ciência Caio Dirtun entre no castelo. −Antes de sua aula o rei quer falar com você.
−Tudo bem.
O guarda leva Caio, um garoto de dezessete anos, um metro e setenta e
cinco de altura, olhos castanhos, cabelos negros na altura do ombro, nem magro
nem gordo no peso ideal até a sala do rei, uma grande sala onde era realizado a
festas da corte na época, com muito ouro e criados, o rei era bajulado por todos,
entrando na sala Caio se depara com o rei com uma cara de preocupação
analisando um pergaminho médio.
−Senhor, acaba de chegar o aprendiz Caio Dirtun.
−Olá filho, como você está?
Diz o rei Carlos V que tinha a aparência de um homem de quarenta anos, mas tinha cinqüenta e cinco com cabelos grisalhos,curtos e barba serrada.
−Estou bem graças a Deus.
−Eu te chamei para perguntar do seu pai, fiquei sabendo que ele andou
muito doente, mandei um médico meu para visitá-lo, ele foi?
−Foi sim tanto é que meu pai mandou agradecê-lo, ele já esta bem,
também com uma mãe como a minha você fica bem querendo ou não.
−Eu já disse para ele varias vezes para vir morar no castelo, mas ele não
quer, aquele orgulho dele de cavaleiro não deixa os amigos o ajudarem.
−Pois é até hoje ele quer lutar de todo jeito com os guardas da cidade, mas
como todos eles já o conhecem, fingem que lutam com ele e perdem, papai fica
todo cheio de si diz que o único guarda de verdade que já existiu é ele. −Com certeza, quando eu conheci seu pai ele era muito jovem, mas já era
bem corajoso o que é o forte dele, ele perde tudo, mas não perde a coragem.
No momento Caio percebeu que mesmo com aquela conversa
descontraída, o rei continuava preocupado com o seu pergaminho.
−Senhor, está preocupado com alguma coisa?
−Caio já lhe disse para não me chamar de senhor, você não tem essa
necessidade.
−Tudo bem então, você está preocupado com alguma coisa?
−Assim está melhor, não é nada de mais são problemas de rei.
−Está bem se o senhor...
O rei olha com um olhar de “não é assim que te ensinei” para Caio.
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−Quero dizer se você diz quem sou eu para contestar afinal sou apenas um
aprendiz de ciência.
−Por enquanto, porque pelo que João diz você vai acabar melhor que ele
na ciência, isso é um dom que você tem e não é a toa é de família você não vê sua
mãe com as plantas medicinais, isso também é ciência.
No momento Caio se dá conta do atraso para a sua aula de ciências.
−Desculpa a pressa, mas o professor João vai me desintegrar se eu
demorar mais um pouco aqui, tenho que ajudá-lo com uma experiência importante
e ele disse também que queria uma ajuda minha para guardar um tesouro pediu até para eu trazer roupas para viagem você sabe da alguma coisa Carlos.
−Não sei de nada não.
Naquele momento o rei Carlos V mentiu profundamente para Caio, mas o
aprendiz saberia de tudo em poucos instantes, era algo que todos sabiam até o pai
de Caio.
−Então eu preciso perguntar ao próprio professor.
−Caio você alguma vez notou se alguém diferente te seguiu até aqui
tentando entrar no castelo?
−Não, até mesmo porque eu pego vários caminhos diferentes todas as
vezes que venho aqui é mania do meu pai ele diz que se alguém tentasse me seguir
se confundiria com os caminhos. Um guarda desce da torre do castelo.
−Senhor Caio, o seu professor esta te chamando para sua aula.
−Nossa já estou me sentindo importante com os guardas me chamando de
senhor, o Juca para com essa de me chamar de senhor eu sou tão igual quanto você.
−Obrigado senhor, quero dizer Caio.
−É assim que se fala, bem é melhor eu ir, até mais Carlos.
−Até mais filho.
Diz o rei.
Caio sobe as escadas e desaparece.
−Esse garoto é de ouro não é mesmo reizão.
Diz o guarda Juca com um tapa nas costas do rei e no instante seguinte ele olha com um olhar de ira para o guarda.
−Mas eu estou ficando mole mesmo, você perdeu o respeito, perdeu a
noção do perigo, esta brincando com a morte, quer ver Jesus mais cedo.
−Perdão senhor eu pensei que...
−Você não tem que pensar você tem que me proteger e falar somente o
necessário.
No momento seguinte o rei se volta outra vez para o pergaminho e volta a
ter a expressão de preocupação.
−Senhor permissão para falar.
−Permissão concedida.
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−Porque o senhor fica tão preocupado quando recebe esses pergaminhos?
Ouvi dizer que os reis de Roma e de Portugal também receberam esses
pergaminhos e alguns dias depois foram assassinados por guerreiros do exército de
um homem chamado Lúcio Rizis.
−Mas não é o caso desse pergaminho e se você for ficar falando coisas
para tentar me colocar medo eu vou pessoalmente jogar você na cova dos leões, é
isso que você quer?
−Não senhor.
−Então suma da minha frente antes que eu resolva agir com você. −Sim senhor.
Sozinho na sala real o rei volta a ler o bilhete que estava te preocupando
que dizia o seguinte:
Caro Carlos V
Estou lhe escrevendo para dar meu último aviso, livre-se do cientista João
e de seu aprendiz e me entregue o tesouro ou eu me livro de você.
Bem está
avisado tem até o por do sol se não mais um rei entrará para minha lista de
assassinatos.
Agradeço a compreensão,
Lúcio Rizis.
−Pode vim Lúcio que eu não vou me render farei o impossível para
proteger o tesouro até o dia que ele chegar ao último herdeiro.
No alto da torre do castelo Caio chega a sala do professor João e bate na
porta.
−Pode entrar Caio.
−Como sabia que era eu?
−Pela minha mais nova invenção a câmera de vigia. −Sério?
−Não só tava zoando com a tua cara.
−Legal, zomba do burrinho aqui.
−Eu só estava brincando.
−Mas então como você sabia que era eu?
−Sou velho, mas não surdo eu reconheço seu andar torto de longe.
Caio fica sem entender.
−O que está olhando?
Pergunta o aprendiz.
−Células de uma planta rara originária da Índia, venha ver também.
−O que é isso?
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−É um microscópio, aumenta e até cem mil vezes o que não podemos ver
a olho nu.
−Legal, deixa-me ver.
Olhando no microscópio, Caio poder ver pela primeira vez as células reais
de uma planta que até então só conhecia por desenhos.
−Caio preciso conversar sério com você, hoje não teremos aula, vamos
viajar.
−Viajar! Mas eu não posso meu pai não deixaria.
−Ele sabe e já deixou. −Viajar para que? Pesquisa de campo?
−É muito mais sério que isso.
−Como assim?
João pega um pequeno baú e retira dele um livro e uma corrente com um
pingente circular no qual flutua magicamente no centro dele um fio de cabelo
castanho claro.
−O que é isso mais uma invenção sua?
−Não isso é o tesouro do último herdeiro.
−Último herdeiro o que é isso?
−Há muitos anos atrás um lavrador estava procurando uma rara planta
medicinal para curar o seu filho de uma grave doença, foi quando ele achou este baú, nele havia o livro e o tesouro, triste e cansado o lavrador não conseguiu
encontrar a planta, então voltou com o baú, chegando em casa mostrou para a sua
esposa e lhe disse da possibilidade deles venderem o baú para conseguirem
dinheiro e pagar o tratamento do filho, deixaram o tesouro no baú ao lado da
cabeceira da cama do garoto, de tarde um amigo dele foi visitá-lo, conversando o
amigo, viu o baú e perguntou o que era, o menino sem saber explicar pediu para o
seu amigo pegar o baú para ele, o menino pegou o baú e abriu, no momento que ele
pegou o tesouro um fio de cabelo seu caiu no pingente ativando assim a tesouro e o
curando no momento seguinte, o seu melhor amigo também foi afetado pelo
tesouro tornando-se guardião do livro e do herdeiro.
−Espera um pouco professor, isso é um pouco surreal para os dias atuais você não acha, para qualquer um que você contar essa história até mesmo pra mim
que tenho acesso a sua alta tecnologia vai parecer loucura.
−Se você dúvida pegue o tesouro e o coloque, mesmo quem não é o
herdeiro tem acesso a parte do poder do tesouro.
−Nessa eu não caio.
−Pega e coloque, eu brinco na hora certa se você acha que estou brincando
pergunte para o rei.
Naquele instante Caio viu que podia ser verdade aquela história, mesmo
não querendo acreditar, achando tudo aquilo mais uma piada de seu professor,
pegou e colocou tesouro em seu pescoço.
−Viu não aconteceu nada.
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−Calma, peça para ver o seu futuro daqui algum tempo.
−Está bem, eu quero ver o que vai acontecer comigo daqui três meses.
Como numa visão sobrenatural, Caio se viu em um lugar totalmente
diferente sozinho com um homem estranho, mas que o ajudava com tudo
principalmente a esconder o baú que ele via com o professor quando ele tirou a
corrente a visão desapareceu.
−O que é isso?
−O que você viu?
−Eu me vi em um lugar totalmente diferente, parece que outro país, você não estava comigo e eu estava com um rapaz alto e forte com cicatrizes no braço,
ele estava me levando em algum lugar para esconder este baú e de alguma maneira
eu confiava nele não sei explicar era como seu estivesse vendo mesmo o futuro.
−E foi realmente o futuro que você viu Caio.
Disse João que era um senhor de idade com cabelos e barbas longas e
brancas com óculos quadrados, estava usando um longo roupão como se fosse
mago, mas Caio nem ligava mais para aquilo, pois sabia que era o estilo do
professor.
−É isso que eu quero que você faça que esconda o tesouro e o livro para
mim.
−Mas na visão eu estava com um rapaz como eu vou encontrá-lo? −Ele já está vindo.
No momento seguinte alguém bate na porta.
−Pode entrar Roberto.
−Como você sabe quem é?
−Porque ao contrario de você ele chega no horário combinado.
No instante seguinte o rapaz alto e forte de acordo com a visão de Caio
entra.
−Foi ele que eu vi na visão.
−Eu sei
−Mas por que temos que esconder o tesouro?
−Porque os poderes do herdeiro são de cura, de visão do futuro e de agilidade e o do guardião são de velocidade, de força de controle dos animais e
muitas pessoas querem matar o herdeiro e o guardião assim modificando os genes
do herdeiro.
−Como assim?
Pergunta ainda mais confuso.
−Quando uma pessoa mata o herdeiro e o guardião essa pessoa vira
automaticamente o herdeiro ou a herdeira e o guardião passa a estar ligado ao
assassino do herdeiro.
-Alguém além do rei e de nós sabe disso?
Pergunta Caio.
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−Sim e esse alguém se chama Lúcio Rizis, esse tesouro é muito antigo e a
família de Lúcio está atrás dele ha anos, se ele conseguir o tesouro ele fará muito
estrago na Inglaterra e no mundo inteiro.
−Hei eu existo.
Diz Roberto que estava parado na porta fazia mais de cinco minutos.
−Desculpa Roberto, bem esse é o Caio, você o levará e o ajudará a
esconder o tesouro.
−Tudo bem esse é o meu último trabalho como guardião eu espero.
−Será sim. Um grande barulho interrompe a conversa na sala.
−O que é isso professor?
−É o exército de Lúcio está atingindo o castelo, vocês tem que ir.
−E você professor?
−Eu vou ficar tentar segurá-los, tem uma passagem secreta atrás desse
armário vão logo eles estão subindo.
−Como você sabe professor?
−Eu usei o tesouro para ver o futuro.
−Quando nos veremos de novo?
−Não nos veremos na visão Lúcio me mata.
−O que, não, fuja com a gente o futuro não pode ser mudado? −Sim, mas não dessa vez.
−Vamos Caio.
Diz Roberto.
−Espera o professor tem que vir com a gente.
−Não ele tem que ficar.
−Vão, eu fecho a passagem.
Roberto e Caio entram na passagem e escorregam durante cinco minutos
até a floresta.
Após fechar a passagem, Lúcio entra na sala com três capangas.
−Olá João.
−Olá Lúcio. −Cadê o Carlos?
−Receio que o vosso rei não esteja mais entre nós, porém você pode viver
se me entregar o tesouro, sabe, estou generoso hoje.
−Que pena o tesouro não está mais aqui.
−O que? Seu idiota vai se arrepender.
Com um golpe de espada Lúcio fura o peito de João.
−Um bonzinho a menos na terra.
−Senhor o que faremos agora?
−Procurem pelo castelo inteiro.
Diz Lúcio que tinha a pele branca como a neve, cabelos longos negros
como a noite e olhos vermelhos como sangue.
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Um capanga entra na sala ofegante.
−Senhor o tesouro esta como o guardião e o aprendiz.
O que?
Lucio da um golpe com a espada na mesa tão forte que se parte no meio.
−Diga a todos que procurem se for preciso no fim do mundo o guardião e
aquele aprendiz e mate-os.
−Mas acabamos de exterminar a família dele.
−Sim, falou a família, mas não ele, eu quero a cabeça dele.
Na saída da passagem Caio fica triste e calado. −O professor fez isso para te proteger e eu também darei a minha vida se
for preciso.
−Mas por que Roberto e não sou nada para esse tesouro.
−Você é sim.
−O que você esta querendo dizer?
−Eu estou querendo dizer que você é um herdeiro.
−O que?
−Você nunca percebeu como se curava facilmente, como os seus sonhos
se tornavam realidade e como você nunca caiu ou derrubou algo.
−Isso qualquer um faz.
−Não, só o herdeiro. −Roberto, eu quero te pedir uma coisa.
−Peça.
−Quero me despedir do meu pai.
−Lamento há essa hora seu pai já está morto, Lúcio foi na sua casa para te
matar, mas não te encontrou então matou seus pais.
−Não!
Caio caí em desespero em pensar que nunca mais veria seus pais.
−Caio, Caio me escuta você precisa ser forte, precisamos sair daqui.
−Esta bem.
−Você lembra-se de onde estávamos na sua visão.
−E não sei direito é no porto e uma cidade totalmente diferente e tinha uma grande estatua...
−Eu sei, é na América.
Disse Roberto.
−Como vamos chegar lá?
Perguntou Roberto depois que se deu conta onde era a América.
−Eu não sei, espera aí, você também tem poderes?
−Sim eu tenho por quê?
− Quais são eles?
−Água, força, velocidade e controle dos animais, mas sem o livro eu só
consigo controlar a água.
Caio fica pensativo e então abre o baú e pega o livro.
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− Pegue o livro.
−Por que?
Pergunta Roberto intrigado.
−Vamos precisar de um Leão.
−Como vamos conseguir um?
−Na cova do rei é claro, vamos.
−Espera um pouco Caio como vamos pegar um navio em Londres, o porto
mais perto daqui fica na cidade de Deal e se formos a pé vai demorar duas
semanas. −É mesmo.
Mas Caio teve uma idéia.
−E se formos a cavalo?
−Aí diminui bem o tempo, de duas semanas passa para apenas três dias,
mas como vamos conseguir os cavalos?
−Vamos nos disfarçar de camponeses com nossas capas e pegar alguns no
celeiro na minha casa.
−Mas você acha que os cavalos ainda vão estar lá?
−Sim e também quero ver se o meu pai sobreviveu.
−Então vamos pegar o leão e depois pegar os cavalos.
Os dois pegaram o leão e contornaram a cidade pela floresta, chegando na casa de Caio o estrago era visível de longe, eles entraram na casa, mas o que Caio
não estava querendo aceitar acabou se tornando real, os pais dele estavam estirado
no chão com um furo de espada no peito, em seguida Caio foi até o jardim pegou
duas flores e colocou sobre o corpo de seu pai e sobre o corpo de sua mãe, depois
saíram e foram no celeiro pegar os cavalos e seguiram viagem durante os três dias
com o leão correndo atrás deles até a cidade de Deal.
−Quando saí o próximo navio para a América?
−O último saiu há vinte minutos e o próximo vai sair ao amanhecer, mas
como vamos nos manter sem dinheiro?
−Quem disse que não temos dinheiro?
Caio retira de sua bolsa dois sacos médio ceio de moedas de ouro. −O rei me dá cinco desses todo mês, mas o professor disse para eu trazer
só dois pelo jeito é só o que vamos precisar.
Hospedaram-se em um hotel perto do porto e deixaram os animais em
uma garagem do lado, quando acordaram no dia seguinte.
−Meu Deus!
−O que foi Caio?
−O leão comeu os dois cavalos.
−O que você quer também ele está a uns quatro dias sem comer e além do
mais não precisaremos mais dos cavalos vamos viajar de navio.
−Só que quando chegarmos aos Estados Unidos precisaremos de algum
meio de locomoção.
21
−Mas temos dinheiro e com dinheiro se consegue tudo.
−Espero que sim se não esse leão vai virar nossa comida.
−Você teria coragem de comer um leão?
−Esse com certeza.
−Vamos o navio chegou.
Diz Caio.
−Como vamos colocar o Léo para dentro?
−Você colocou nome nesse leão?
−Criamos grande amizade nesse tempo −Ninguém merece.
−Vamos, daremos um jeito.
Diz Roberto.
Chegando à entrada do navio foram barrados pelo guarda.
−Não aceitamos animais selvagens nesse navio.
−Como assim ele é domesticado.
−Não podemos aceitar.
−Deixa comigo Roberto.
−Seu guarda pode chamar o capitão por mim, fazendo um grande favor.
−Espera aí, mas nem tentem entrar.
−Nossa seu guarda isso chega ser uma ofensa e mesmo que nós entrássemos estaríamos no nosso direito porque estamos pagando como todo
mundo.
O guarda entrou e logo em seguida veio seguido do capitão.
−Em que posso ajudá-los
−Então senhor capitão, precisamos levar este leão conosco, pois ele é um
presente para um amigo meu biólogo e queria um para estudar e ele é treinado e
criado com amor e carinho não mataria nem uma mosca.
Naquele momento o animal engoliu uma mosca diante dos olhos de todos.
−Bem, mas até as pessoas no oriente médio comem insetos.
−Está bem, mas se ele atacar alguém no navio vocês dois serão
responsabilizados. −Obrigado capitão.
No momento seguinte eles entraram no navio seguiram viagem para a
América dos sonhos de muitas pessoas.
Enquanto isso no castelo...
−Senhor, ficamos sabendo que o aprendiz e o guardião estão em um navio
para a América.
−O que? Eu não acredito, hei você venha cá, quero que pegue um cavalo
vá o mais depressa possível para a cidade de Deal e peça para o capitão John
separar um de seus melhores navios de guerra porque vamos exterminar alguns
vermes marinhos.
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−Agora eu vou para o sul da cidade porque eu tenho umas suspeitas que
poderão me ajudar grandemente a conseguir o tesouro.
Lúcio foi para o sul de Londres para investigar algo que o ajudaria a
conseguir o tesouro, mas o que ele não sabia é que Caio era um dos herdeiros do
tesouro.
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Capítulo 2
Luta em alto mar
Navio para os Estados Unidos, oceano Atlântico, ano de 1732.
No navio todos ficaram horrorizados de ver dois homens com um leão
segurado apenas por uma coleira.
−Onde já se viu deixarem um animal selvagem desse solto pelo navio ele pode nos matar.
−Calma moça ele é manso.
−Manso não sei aonde não existe animal dessa espécie manso, sabe de
uma coisa eu vou falar com o capitão se ele não resolver isso eu vou dar um jeito
de acabar com a vida dele quando chegarmos e Nova York.
A mulher saiu com um ar de quem era a dona do mundo.
−Roberto é melhor mantermos esse leão no porão enquanto não
chegamos, já foi uma sorte estarmos viajando com ele sem ser clandestinamente.
−É você tem razão.
Naquele momento Caio ainda estava se lembrando do último momento
que falou com seu pai:
−Pai, estou indo para aula não sei porque o professor João pediu para eu
levar esse tanto de roupas espero que elas voltem inteiras porque se não eu vou ter
que ficar pelado por um bom tempo já que todo o dinheiro que ganhamos do rei o
senhor faz questão de dar aos pobres.
−Que isso filho, seu professor sabe o que faz, ele já conversou comigo
sobre essas roupas.
−A é, como eu não fico sabendo dessas coisas, pai você tem que parar de
esconder as coisas de mim, eu já tenho dezessete anos e daqui duas semanas vou
ser maior de idade.
−Eu sei e já parei de esconder as coisas eu só não falei isso com você porque achei que não tinha necessidade.
−Está bem então.
−Bem agora antes de você ir quero ver ser você aprendeu mesmo os
golpes que te ensinei nunca se sabe o que vamos enfrentar.
−Pai eu não quero bater em você temos que respeitar os mais velhos
−O que? Está me chamando de velho, agora você vai ver o velho.
O pai de Caio foi atingi-lo com um golpe quando Caio simplesmente se
desviou do golpe e seu pai caiu de cara no chão.
−Pai! Você está bem.
−Claro que estou, um verdadeiro guerreiro nunca se fere numa luta,
ainda mais com adolescente.
24
−Mas seu nariz está sangrando.
−Isso eu fiz de propósito para você pensar que me machucou.
−Eu nem te atingi, só me desviei do seu golpe.
−Você que pensa, eu vi o teu chute nas minhas costas.
−Está bem pai você me pegou.
−Eu sempre pego.
Na verdade Caio sabia que seu pai caiu pra valer, mas Caio como um
bom filho sempre concordava com as lorotas de velho pai. −Filho vai para sua aula que já está na hora, mas eu quero que você
saiba que onde estiver eu sempre vou estar com você no seu coração.
−Caio, Caio você está bem?
−O que?
−Estou te chamando já faz cinco minutos, parece que você estava em
outro mundo.
−Eu estava lembrado do meu pai parecia que ele estava pressentindo o que
ia acontecer.
−É melhor você ir lá para baixo descansar um pouco porque vai demorar
umas duas semanas para chagarmos. −Eu vou sim.
Caio segue para o seu quarto no navio deitou-se na cama, mas mesmo
assim ficou com o pensamento fixo no seu pai em seguida se levantou e tirou de
sua bolsa o baú onde estava o tesouro e o livro, abriu e tirou o tesouro e começou a
pensar em tudo aquilo que tinha acontecido com ele até aquele instante, tudo ainda
era meio surreal, então ele guardou o tesouro no baú e tentou dormir, caiu no sono
e teve um sonho revelador onde uma grande tempestade atingia o navio e Lúcio
com seus homens o encontrava e começava a atacar o navio e ocorria um tumulto
desigual, todos tentando ser esconder se salvar e os guardas tentavam contra-atacar
com seus canhões no momento seguinte Caio levantou-se em um grande susto e
subiu para o convés para avisar Roberto sobre o seu sonho, mas o que ele sonhará já estava se tornando realidade.
−Roberto o que esta acontecendo?
−Estamos sendo atacados por Lúcio.
No outro navio Lúcio viu Caio e Roberto.
−Ali estão eles, o aprendiz e o guardião acabem com eles e peguem o baú.
−Caio eu quero que você desça.
−Não eu quero lutar também.
−Você não me entende prometi te proteger com a minha vida.
−E você não entende que quem tem o cérebro aqui sou eu.
−Como assim?
−Esquece, hei você não tem o controle dos animais?
25
−E porque o leão não está aqui? Ele pode nos ajudar sobre o seu comando.
−É mesmo.
−Vai buscar ele que eu me viro aqui.
Caio vê Lúcio no outro navio e o reconhece na hora.
−Lúcio você só é homem com os seus capangas? Venha lutar comigo.
−Que garoto petulante eu vou fazer picadinho de você.
Lúcio pega uma corda e pula no navio onde estava Caio.
−Acabou aqui sua aventura garoto onde está o baú?
−Está lá embaixo. −Eu vou pegar e depois eu acabo com você.
−Errou seu Lúcio, primeiro você luta comigo para eu te dar um par de
porradas.
−Está bem se você que morrer primeiro eu concedo esse último desejo.
Lúcio vai para cima de Caio, mas ele se lembra dos ensinamentos de seu
pai e se desvia do golpe onde Lúcio caí de cara no chão.
−O que foi, perdeu alguma coisa aí no chão?
−Seu moleque, você me paga.
−Errou de novo você e que vai me pagar pela morte do meu pai.
−Aquele velho, eu fiz um favor ao acabar com a vida dele.
−O que? Ninguém fala assim do meu pai. Caio o atinge comum soco na cara e em seguida um chute no estomago.
−Isso é pelo meu pai e isso é pela minha mãe.
Em seguida Caio o joga na parede do convés e tem uma visão de um
futuro distante e volta a si como um flash de luz.
−Eu se fosse você aproveitava seus últimos anos de glória em paz porque
você nunca vai pegar o tesouro e daqui a trezentos e trinta anos você vai tentar
pegá-lo de novo e o meu herdeiro vai acabar com você.
Caio atinge com um golpe nas costas Lúcio e o joga para fora do navio.
Os capangas de Lúcio ficam olhando com um ar de temor para Caio.
−Seus idiotas não fiquem aí olhando me tirem daqui.
−Sim senhor Lúcio. −E você moleque, nós voltaremos a nos ver em breve.
E como num passe de mágica o navio de Lúcio desaparece, mas
tempestade não, porém Caio olha em volta e vê todos os tripulantes olhando
pasmos para ele.
−Esse cara que vocês virão é só um amigo de escola e ele não consegue
viver longe de mim.
Roberto aparece com o leão cheio de garra.
−Pegue-os.
O leão vai direto para tripulação, mas Caio o pega.
−Roberto eles já foram embora me ajuda a segurar o seu bichano.
−Leão pare, mas o que aconteceu aqui?
26
−Nada por quê?
−Como assim nada, Lúcio estava com os seus capangas atacando o navio.
−Nada disso a única coisa que tem aqui atacando o navio era o seu leão e
uma tempestade que por sinal já esta parando, eu acho que você anda vendo coisas
demais.
−Para de graça Caio.
−Que graça por um acaso eu estou rindo?
−Não
−Então vai deitar que eu também vou fazer o mesmo e vai deitar no seu quarto que eu não durmo com homens do meu lado.
No momento que Roberto desce as escadas Caio não se agüenta e caí na
risada e enquanto a tripulação o fica olhando.
−Que foi eu não posso me divertir um pouco puxa vida como vocês são
mau humorados precisamos de mais alegria aqui.
A tripulação o continuou encarando.
−Bem eu vou deitar que eu ganho mais.
−Exatamente.
Disse o capitão.
−Então até mais.
Caio Desceu as escadas e foi para o seu quarto e descansou durante seis horas quando foi acordado por um cachorro preto de médio porte e peludo.
−Quem é você cachorrinho?
−Desculpa, ele é meu.
Em seguida entra uma garota que a mais linda que ele já tinha visto em
sua vida, ela tinha um metro e sessenta de altura, olhos azuis, cabelos castanhos
claros, ondulados e que desciam até as costas.
−Oi meu nome é Júlia e o seu?
−É Ca-Ca... Caio.
−Que bonitinho é gago?
−Não sou não.
−Sim, claro que não e então está indo aos Estados Unidos a passeio? −Não estou indo de mudança.
−Mas cadê suas coisas?
−Na verdade já estão lá é que eu fiquei resolvendo umas coisas antes de
vir.
−Legal então eu vou lá em cima levar o Bud para passear quer ir com a
gente?
−Sim eu vou sim eu só vou escovar os dentes e já vou.
Caio entrou no banheiro e quase ruivou de tanta alegria.
−Que menina linda finalmente minha sorte está mudando.
Caio se arrumou uma rapidez incrível e subiu com Júlia para o convés.
−Então me conte sobre você em que lugar dos Estados Unidos vai?
27
Pergunta Caio.
−Eu vou para Nova York morar com a minha mãe.
Responde Julia sorridente.
−Que legal eu também, quer dizer, vou morar sozinho, mas em Nova
York.
Roberto viu os dois e com a sua noção de bom senso quebrada disse:
−E aí Caio não vai me apresentar sua nova amiga?
Caio naquele momento quis morrer.
−Oi Roberto essa é Júlia e Júlia esse é Roberto meu primo ele está indo morar comigo em Nova York não é primo.
−Mas você não disse que iria morar sozinho?
Pergunta Julia desconfiada.
−Eu disse? É que morar com ele é a mesma coisa que morar sozinho, não
é primo?
−É sim com toda certeza.
Diz Roberto que só depois percebeu a ironia de Caio.
−Um dia a gente podia combinar de se encontrar para conversar melhor
em terra firme vocês não acham.
−Sim.
Disse Caio. −Então me dê o endereço de vocês.
−Não é melhor você me dá o seu talvez eu more longe de você e eu acho
que sua mãe não vai gostar que você vá à casa de desconhecido não é?
−É tem razão bem então a gente se vê tchau.
−Tchau.
Caio suspirou de emoção.
−O amor é lindo.
−Você ficou maluco Caio nós só vamos esconder o tesouro em algum
lugar desse país e vamos voltar.
Diz Roberto.
−Só se for você porque eu não tenho mais motivos para voltar para Inglaterra. Eu vou montar um negócio comprar uma casa e me casar com a Júlia.
−Você ta maluco, como sabe disso?
−Esqueceu que um dos meus poderes é ver o futuro e o meu futuro é com
ela.
Seguiram viagem durante as duas semanas e meia até ao porto de Nova
York.
−Chegamos nova cidade nova vida.
−É, mas não esquece Caio que temos que fazer algo primeiro.
−Esta bom eu sei primeiro esconder o tesouro e depois viver o sonho
americano, porque afinal estamos ou não estamos na América dos sonhos.
28
−Falando desse jeito eu acho que vou ficar também só se der certo e eu
arrumar um bom emprego.
−É assim que se fala primo.
−Mas eu não sou seu primo.
−Mas a Júlia acha que é e você lembra da sua promessa de me proteger
com a sua vida, agora vai ter que cumprir até o seu ultimo fôlego.
−Ah meu Deus ninguém merece.
De volta a Londres Lúcio desconta sua fúria em seus pertences.
−Como eu pude ser tão idiota ele é um dos herdeiros. Mas como ele sabe que eu tenho o poder da imortalidade? Isso não me interessa agora eu preciso ir ao
lago do leste, talvez este mapa esteja certo e se estiver eu finalmente vou conseguir
o tesouro e todo poder com o qual eu sempre sonhei, de qualquer maneira eu
sempre tenho que guardar comigo esse rubi mágico sem ele eu não conseguiria
viver mais nenhum dia. Isso sim é o verdadeiro segredo da juventude eterna,
reunindo o tesouro, este rubi, mais este elemento que é capaz de deter o herdeiro e
o guardião eu serei o homem mais poderoso do mundo. Segundo a visão daquele
moleque eu só verei o próximo herdeiro daqui muitos anos já que tempo não
problema para mim, só que uma parte da visão não se cumprirá, a parte que o
último herdeiro me vence porque quem vence o último herdeiro sou eu, que legal
eu sou demais mesmo. Um homem bate a sua porta.
−Senhor?
−Diga.
−Seu cavalo já está pronto.
−Obrigado.
Lúcio pegou o seu cavalo e foi até o lago que indicava o mapa que ele
tinha em mãos, chegando lá tirou sua roupa e ficou somente de calção e mergulhou
cerca de cinco metros no lago procurou e procurou em todo o lago quando estava
quase desistindo viu uma pequena caixa de madeira ele a pegou e levou com ele
para a superfície, saindo do lago sentou-se a margem e abriu a caixa.
−Será que o que eu estou procurando está aqui? Ao abrir a caixa retirou um objeto úmido por causa da água enrolado em
um tecido branco meio encardido, e ao desenrolar o pano viu uma pedra roxa
transparente de formato abstrato, com um olhar maravilhado ficou admirando o
que acabará de conseguir.
Agora esse herdeiro a guardião vão me pagar por tudo o me fez passar até
hoje, eu vou esperar mais trezentos e trinta anos até o último herdeiro tiver o
tesouro em mãos e com isso eu vou acabar com ele e com o guardião que estiver
com ele então eu terei o poder sobre toda terra, finalmente eu consegui encontrar a
pedra anuladora, ou único objeto capaz de anular totalmente os poderes do tesouro,
do herdeiro e do guardião.
29
Capítulo 3
A América dos sonhos
Nova York, Estados Unidos da América, ano de 1732.
−Que legal, olha quanta gente diferente, parece que o mundo inteiro está
aqui, olha quantas coisas diferentes e sabe o melhor de tudo temos dinheiro para
comprar o que quisermos. −É, mas esse dinheiro não vai durar para sempre, e antes de tudo temos
que esconder o tesouro.
−Nada disso, primeiro temos que ter um lugar para morarmos, depois
poderemos esconder o tesouro mais tranqüilos sabendo que temos um teto sobre
nós você não acha?
−Não.
−Por favor, Roberto.
−Não.
−Como eu vou trazer a Júlia em casa se eu não tenho uma casa e depois
você também vai acabar conhecendo alguém especial e vai querer mostrar a essa
moça que tem uma casa. −Vai esperando sentado.
Naquele momento Roberto tromba com uma moça.
−Me desculpa.
Quando ele a olha se apaixona intensamente pela moça de pele negra,
cabelos negros e encaracolados na altura dos ombros.
−Olá meu nome é Alice e seu como é?
−Roberto seu escravo.
−Como assim?
Pergunta a moça sorrindo.
−Ele quis dizer Roberto a seu dispor e meu nome é Caio prazer em
conhecê-la. −O prazer é meu, vocês são novos aqui?
−Sim chegamos hoje, por um acaso você sabe onde estão vendendo ou
alugando uma casa?
−Sei sim é seguindo essa rua até o final ao lado de uma casa branca que
por sinal é minha casa.
−Obrigado nós daremos uma olhada quem sabe você não vira nossa
vizinha.
−É mesmo, bem agora eu tenho que ir foi muito legal conhecer vocês,
tchau Roberto prazer em conhecê-lo.
−Prazer.
30
Roberto ficou com cara de bobo vendo aquela moça descendente de
angolanos se afastando.
−Hei acorda.
−O que?
−Então vamos esconder o tesouro.
−Nada disso vamos alugar aquela casa ao lado da Alicinha.
−Que amor já esta chamando ela pelo diminutivo, isso é a coisa mais gay
que escutei até hoje, mas o que vamos fazer com esse bichano?
−Vamos levá-lo para morar com a gente. −O que? E correr o risco de acordar dentro dele? Não mesmo.
−Mas ele ficará preso e além do mais, eu tenho total controle sobre ele
esqueceu.
−Você já esqueceu que não tem cérebro.
−Vamos logo alugar aquela casa antes que ela seja alugada por outra
pessoa, eu não quero mais sair de perto daquele anjo.
−O que uma mulatinha não é capaz de fazer com você?
Chegando à rua que Alice havia indicado para eles logo encontraram a
casa de acordo com as características descritas por Alice.
−Quanto será que é o aluguel?
−Espero que não muito porque pela aparência não deve valer muito. −Vocês estão querendo alugar está casa?
−Sim. O senhor sabe quem é o dono?
−Sou eu mesmo.
−Disse um senhor que aparentava ter uns setenta anos, baixo com jeito de
ser simpático.
−Então somos novos na cidade e estamos procurando uma casa com um
preço acessível.
−Está custando cem moedas de ouro por mês.
−O que você acha Caio?
−Eu acho que para nós está de bom tamanho.
−Quantos cômodos têm a casa. −Tem dois quartos, sala, cozinha e banheiro.
−Vamos ficar com ela?
Pergunta Caio para Roberto
−Você que sabe, o dinheiro é seu.
−Nós vamos ficar com ela.
−Aqui está à chave, podem trazer os móveis de vocês.
−Puxa vida esqueci totalmente desse detalhe, uma casa precisa de móveis.
−Como é o nome do senhor?
−Podem me chamar de Ernesto.
−Seu Ernesto o senhor sabe onde vende móveis usados aqui perto?
−Sei sim na rua de baixo.
31
−Obrigado.
Caio e Roberto foram à rua de baixo e da esquina viram a loja de móveis
usados.
−Oi gostaríamos de comprar móveis para a nossa casa...
A hora que Caio viu a atendente quase caiu para trás.
−Eu não acredito Júlia, você trabalha aqui?
−Sim essa loja é do meu pai e eu moro aqui em cima eu não sabia que
você viria tão rápido.
−Na verdade viemos comprar móveis, pois acabamos de alugar uma casa e não temos nenhum móvel.
−Mas você não disse que seus móveis já estavam aqui.
−É mesmo, mas é que...
Caio fica sem graça.
−Eu sei você não queria falar dos seus problemas.
−Como você sabe?
−Você tem sotaque britânico e sei que vocês são bem reservados.
−Nossa você é boa.
−Então do que vocês precisam?
−De tudo para uma casa.
Júlia ajudou Caio e Roberto a escolher os móveis para a casa deles desde cama para eles dormir até objetos para decorar a casa.
−Queremos para uma casa simples.
−O problema é dinheiro?
Perguntou Júlia.
−Não é claro que não, mas é que não somos de luxo.
−Mas não questão de luxo, mas sim de dar vida a uma casa.
Caio e Roberto se olharam como se diz: do que ela está falando?
−Pelo jeito vocês nunca montaram uma casa na vida de vocês eu vou
ajudá-los a colocar as coisas em ordem depois, posso?
−Se não for te incomodar.
−Sem dúvida eu não tenho nada para fazer mais tarde e saio daqui uns quinze minutos.
−Bem nós vamos indo obrigado pela ajuda.
−Espera aí eu já vou sair vocês não querem almoçar em casa?
−Não, seus pais nem conhecem a gente, o que eles vão pensar.
−Nada eu já falei de vocês para eles e eles querem te conhecer também.
−O que você acha Roberto?
−Você que sabe Caio, onde você for eu vou.
−Então está bem se você quer que nós almocemos na sua casa nós
almoçaremos.
Esperaram Júlia terminar o seu serviço e subiram para a casa dela.
32
−Mãe esses são os dois rapazes de quem eu te falei que eu conheci no
navio, esse é Caio e o primo dele Roberto.
−Prazer e conhecer meu nome é Rosa.
−Prazer em conhecê-la dona Rosa.
−Rosa quem está aí? Estou ouvindo vozes.
−Pai sou eu trouxe uns amigos para o senhor conhecer.
Aparece um senhor aparentando oitenta anos com estilo de juiz da
suprema corte.
−Então vocês são os famosos Caio e Roberto de quem minha filha tanto fala e olha que ela chegou hoje cedo.
−Eu acho que sim.
Disse caio.
−Você filho parece um lutador.
−Não eu sou um caçador.
−Por isso as cicatrizes nos braços?
−Exatamente.
−Gente o almoço está na mesa venham almoçar.
Durante o almoço surgiram muitas conversas sobre Londres e sobre a
Inglaterra em geral perguntaram da família de Caio e de Roberto apesar de não se
parecerem nada um com o outro os pais de Júlia acreditaram na história de que os dois eram primos.
−Bem o almoço está ótimo, mas temos que ir a casa que alugamos está
suja e temos que limpa-la antes dos móveis chegarem.
−E pelo jeito vocês não têm nenhuma noção de como se limpa uma casa.
−Mas nós aprenderemos nunca se aprende a andar se você não tenta não é
mesmo.
Diz Caio tentando despistar Julia.
−Nada disso, eu vou ajudar vocês a limpar a casa.
Diz Julia pegando os pratos da mesa.
−Mas seu pai não vai querer você limpando casa de estranhos.
Diz Roberto. −Que nada, vocês já são como meus próprios filhos.
Disse o pai de Júlia.
−Vai pode ir e outra, é aqui perto e depois eu vou levar os móveis para
ajudá-los na mudança.
−Obrigado, mas com essa conversa toda eu nem perguntei o nome do
senhor.
−É Paulo filho, Paulo.
−Obrigado seu Paulo.
Chegando na casa antes de entrarem avisaram Julia sobre o leão.
−Júlia nós temos um animal de estimação que não é como os outros.
33
−O que é? Um rato, uma cobra existe pessoas que tem animais assim aqui
em Nova York.
−Não, é um leão, mas ele está preso.
−Leão eu amo leões, eu já fui tratadora de leões no zoológico daqui.
−Que bom melhor assim quando você casar com Caio não teremos que
nos livrar do Léo.
Disse Roberto.
Naquele momento os três se calaram e Caio ficou com uma vergonha
enorme. −Mas quem falou em casar Roberto.
Disse Caio tentando disfarçar.
-Porque não, eu me casaria com você numa boa.
Disse Julia fazendo Caio ficar corado.
Os três entraram, Júlia entrou na frente.
−Olha só já conseguiu uma namorada Caio.
−O que? Você quer levar um tapa nessa sua cabeça oca onde já se viu falar
uma coisa dessas perto dela.
−Rapazes eu disse que eu iria ajudar a limpar e não que iria limpar tudo
sozinha podem por a mão na massa os dois também.
Eles limparam tudo e fizeram a mudança em três horas. −Obrigado seu Paulo agora nós vamos arrumar do nosso jeito.
−Oi Roberto que bom que vocês vão ser meus vizinhos.
Disse Alice.
−É mesmo foi uma sorte conseguirmos essa casa.
−Podemos sair mais tarde para eu te mostrar o que Nova York tem de
bom.
Diz Julia.
−Tudo bem eu te pego as sete pode ser.
Diz Caio.
−Pode sim.
Diz Julia. −Então Roberto será que pode sair hoje a noite também ou você está
muito cansado?
Pergunta Alice.
−Não, posso sim, eu estou louco para conhecer essa cidade. Eu te pego as
sete, mas você escolhe o lugar porque eu não conheço nada aqui.
Diz Roberto
−Tudo bem então até mais.
Diz Alice.
−Até mais.
Caio entrou e não se continha em tanta felicidade.
−Você viu Caio ela me chamou para sair a Alice me chamou para sair.
34
−Eu vi e eu também vou sair com a Júlia.
−Isso ainda vai dar casamento.
Diz Roberto.
−Tomará meu amigo.
−Hei e o tesouro?
Pergunta Roberto que tinha se esquecido devido aos acontecimentos do
dia.
−Nós vemos isso amanhã.
Diz Caio com naturalidade. −Tudo bem, mas ele vai com a gente.
Roberto aponta para o pequeno baú.
Caio e Roberto se arrumaram pegaram um pouco de dinheiro o tesouro e
livro e saíram com Júlia e Alice para conhecer a noite de Nova York.
Foram a vários lugares parques, foram comer em restaurante visitaram a
feira noturna o que para Caio foi muito bom para ele poder esquecer um pouco
tudo o que aconteceu com ele.
Voltando para casa Alice se despediu de Roberto.
−Foi muito bom sair com você hoje Robertinho.
−Com você também Alice. Amanhã a gente se vê?
−Com certeza e pode deixar que eu vou falar com o diretor da escola onde trabalho para ele ver um trabalho de professor de atividades físicas.
−Tudo bem gatinha é você que diz.
−E amanhã eu quero conhecer seu leão quero ver se ele é tão lindo quanto
você.
−É sim, mas não tão lindo quanto você.
−Deixa-me entrar que amanhã eu entro cedo.
−Esta bom, um beijo.
−Beijo.
Roberto e Alice se beijaram no rosto.
−Caio você vai entrar?
−Eu vou daqui a pouco. Vou ficar conversando um pouco com a Júlia e depois vou levá-la em casa.
−Tudo bem, boa noite Júlia.
−Boa noite Roberto.
Disse Julia.
−Gostou da noite Nova Yorkina.
−Não tanto quanto de estar perto de você.
Disse Caio sem perceber o que dizia.
−Sabe Caio você é tão misterioso eu sinto que você esconde um grande
segredo.
−Eu, imagina! Eu sou só um cara que quer tentar uma vida nova em um
novo país.
35
−Bem amanhã meu tio vai em casa aí eu pergunto para ele se aquela vaga
de aprendiz de repórter ainda está em aberto, se estiver eu falo para ele vir falar
com você.
−Tudo bem, mas vai ter que ser na parte da tarde porque de manhã eu e o
Roberto vamos resolver uns negócios no centro comprar roupas e outras coisas
masculinas e também quero cortar o cabelo.
−Tudo bem então pode me levar em casa?
−Claro que sim vamos.
Os dois seguiram até a casa de Júlia. −Fazia tempo que eu não passava uma noite tão feliz.
−Eu também. Está entrega como prometi ao seu pai.
Júlia sem hesitar deu um longo beijo em Caio.
−Nossa você é demais.
−Eu sei é um dos poderes das mulheres.
−E que poder. Boa noite.
−Boa noite.
−Caio voltou para casa e Roberto já estava dormindo, então ele foi para o
seu quarto e ficou pensando naquele beijo que Júlia havia lhe dado.
−Eu com certeza vou me casar com está mulher.
Caio dormiu, mas mesmo assim continuou sonhando com Júlia.
36
Capítulo 4
Escondendo o tesouro
Londres, Inglaterra, ano de 1732.
A cidade de Londres começa a ser governada por Lúcio e muitas pessoas
são escravizadas e maltratadas pelos seus capangas a devastação é total.
Um dos capangas de Lúcio entra na sala real. −Senhor me disseram que queria falar comigo.
−Sim, eu quero que você pegue o próximo navio que sair da cidade de
Deal e vá para os Estados Unidos, procure saber onde o herdeiro e o guardião
esconderão o tesouro, eu preciso saber onde ele vai esconder o tesouro para quando
chegar na hora certa eu matar o último herdeiro.
−Mas senhor por que não pega-lo agora?
−Porque a cada quinhentos anos o tesouro seu auto-esconde, mas se o
ultimo herdeiro for morto ele recomeça o ciclo de quinhentos anos nas mãos do
assassino do último herdeiro.
−Eu quero que você faça o que eu estou lhe mandando e se eu descobrir
que você pegou esse tesouro ou que você está mentindo onde foi escondido você será queimado vivo onde você estiver.
−Sim senhor eu não o desapontarei.
O capanga saiu desesperado da sala real.
−Esse aí já tem destino certo quando terminar o serviço, a morte, não
posso me dar ao desconforto de que um capanga meu, saiba onde está escondido o
tesouro e o livro.
Se passaram cerca de duas semanas até que Caio e Roberto resolvessem
esconder o tesouro, tempo suficiente para que o capanga de Lúcio chegasse em
Nova York e começasse a seguir os dois pela cidade.
Em uma manhã cedo Roberto foi ao mercado comprar comida e voltou
para casa para acordar Caio. −Caio acorda.
−Só mais cinco minutos.
−Não você tem que levantar esqueceu que temos que esconder o tesouro
hoje.
−Mas esta muito cedo, que horas são?
−Seis horas, agora levanta e vem tomar café da manhã.
−Eu já vou.
−Não, levanta agora.
−Eu disse que já vou.
−Então esta bem, foi você que pediu.
37
Roberto foi até a cozinha e pegou uma balde de água e tacou na cabeça de
Caio.
−O que é isso?
−Vamos agora levanta.
−O que você pensa que é para fazer isso?
−Um guardião responsável.
−Eu não acredito, não precisava ser tão ignorante.
−E você não precisava ser tão criança.
−Criança, eu já tenho dezoito anos para sua informação. −Não perece.
Caio pareceu que iria ter um ataque de fúria.
−Vai se arrumar e venha tomar café precisamos sair em no máximo meia
hora.
Caio se trocou e foi tomar café, ficou um pouco emburrado, mas logo agiu
como nada tivesse acontecido. Eles arrumaram toda a casa em duas horas então
saíram para esconder o tesouro.
−Onde vamos esconder o tesouro?
−Eu pensei na floresta, mas é muito previsível aí eu pensei no mar, mas
tem o livro então achei que você tivesse alguma idéia.
−Porque não escondemos o tesouro em um local e o livro em outro. −É mesmo, porque o tesouro e o livro é que vão atrair o herdeiro e o
guardião.
−Tudo bem, então vamos esconder o livro na floresta e o tesouro vamos
jogar no mar.
Naquele momento um dos capangas de Lúcio já havia visto os dois e
estava seguindo eles há muito tempo.
−Mas como vamos encontrar uma floresta aqui em Nova York?
−Vamos perguntar.
−Ali.
−Roberto indicou do outro lado da rua uma loja especifica para viajantes.
−Vamos lá então. Eles atravessaram a rua e entraram na loja ela era típica da época e tinha
vários artigos para viajantes desde garrafas de água até barracas de acampamento,
seguiram até o balcão que ficava no fim da loja onde tinha um jovem de
aproximadamente quatorze anos, ruivo e com sardas no rosto, o garoto com um
sorriso no rosto foi atende-los.
−Pois não, em que posso ajudá-los?
−Gostaríamos de saber onde tem uma floresta aqui na cidade.
−Fica bem longe daqui, vocês querem acampar?
−Não só queremos procurar uma árvore para estudo, somos cientistas.
−Para que tipo de estudo?
−Estudo biológico.
38
−Que legal eu amo biologia bem de qual quer maneira tem duas florestas
aqui uma no norte e a outra no oeste da cidade e de qualquer maneira vocês
deveram levar no mínimo três horas para chegar lá.
−E agora como vamos fazer, precisamos de um lugar mais perto.
−Nada disso quanto mais longe melhor.
−Então vão querer levar alguma coisa?
−Não muito obrigado.
−Você sabe qual das duas florestas se chega mais facilmente.
−Sim, o caminho da floresta do norte é mais tranqüilo, aqui tem um mapa para vocês, muitos viajantes vem aqui para procurar mapas e comprar coisas para
acampamento, vocês são viajantes?
−Não, somos moradores.
−E não sabem onde fica a floresta?
−É que somos novos na cidade.
−Eu já imaginava.
−Por quê?
Perguntou Caio.
−Vocês têm sotaque inglês.
Eles saíram da loja e foram para a floresta.
−Temos que ir rápido é seis horas de ida e volta fora o tempo que vamos levar para procurar um bom esconderijo.
Os dois seguiram caminho e nem perceberam que estavam sendo seguidos
por um dos capangas de Lúcio.
Chegando na floresta entraram até uns dez quilômetros adentro.
−Vamos cavar um buraco aqui.
−Você ficou louco? O primeiro lugar onde procurariam é no chão.
−Então aonde vamos escondê-lo?
−De baixo daquele tronco.
Roberto indicou uma arvore no qual o tronco tinha um buraco de baixo.
Depois seguiram para a praia longe do porto mergulharam até o fundo e
colocaram o tesouro que estava dentro que era de madeira com detalhes dourados debaixo de uma pedra.
Voltaram para a superfície um pouco abatidos, mas tranqüilos.
−Trabalho feito.
−É agora podemos viver nossas vidas em paz como pessoas normais.
−Mas você sabe que teremos filhos, você pretende contar sobre o tesouro
para os seus?
−Não, e você?
−Também não.
−Vamos voltar o tio da Júlia vai em casa falar comigo talvez hoje.
Caio e Roberto voltaram para casa e o capanga de Lúcio foi direto para o
porto pegar um navio de volta para Londres.
39
−O senhor Lúcio vai ficar muito feliz com a notícia e vai até me
recompensar espero.
Chegando a casa encontraram Júlia na porta com um ar de eu te mato.
−Vocês sabem que horas são?
−Hora de comer, pois eu estou com uma fome tremenda.
−É mesmo, pois já são quatro e meia da tarde, vocês falaram que estariam
aqui à tarde então eu trouxe meu tio, mas pelo jeito você tava querendo me fazer de
boba não é senhor Caio?
−Calma Júlia. −Calma não me peça para ter calma.
−Sabe Caio eu vou entrar porque eu tenho medo de duas coisas, de Deus e
de mulher brava, gente se vê.
Caio fica com certo medo de Júlia.
−Júlia eu tenho sido injusto com você.
−É mesmo nos conhecemos há três dias e você parecia ser um bom rapaz,
mas pelo jeito eu me enganei porque você não da à mínima pra mim.
−Não é isso, é que eu perdi meus pais não faz nem um mês, e tanta coisa
tem acontecido que minha mente ainda não conseguiu assimilar direito.
−Então porque você não me conta tudo eu quero te ajudar, eu gosto muito
de você. Caio começou a contar tudo o que lhe acontecerá.
−Você acha que eu sou idiota a acreditar que você foi esconder um
tesouro.
−Então vem comigo.
Os dois foram até a praia onde Caio escondeu o tesouro então ele
mergulhou até onde escondeu o tesouro e mostrou para Júlia.
−Esse é o tesouro e eu sou o herdeiro.
−Nossa é lindo que poderes ele tem mesmo?
−Pra mim ele tem o poder de cura de visão do futuro, controle fogo e de
agilidade.
−Então prova. Júlia cortou o braço com uma pedra.
−Você é louca.
−Se você pode mesmo curar então me cura.
Caio tocou no machucado de Júlia e no momento seguinte a machucado
desapareceu, Júlia ficou olhando pasma aquela situação.
−O que foi?
Júlia o agarrou e lhe deu um beijo.
−Como eu pude ser tão boba a ponto de não acreditar em você, me perdoa.
−Eu só te perdôo porque você é muito gata e eu quero me casar com você.
Caio voltou a esconder o tesouro e os dois voltaram para casa.
40
−Me prometa que você não vai contar nem para o Roberto que eu te contei
sobre o tesouro.
−Minha boca é um tumulo.
−Outra coisa o Roberto não é meu primo.
−Eu já sabia.
−Como?
−Vocês são muito diferentes.
Caio lhe deu um beijo e ficou a olhando com um ar de felicidade.
−Não sei o que seria de mim sem você. Disse Caio ainda abraçando Julia.
−Não pense nisso você tem a mim e eu vou me casar com você.
−Eu sei.
−Você viu no futuro?
−Não eu vi nos teus olhos.
−Vamos ao escritório falar com o meu tio.
−Vamos.
Os dois foram no escritório do tio de Júlia e chegando lá o tio dela já
estava esperando.
−Oi filha é esse seu namorado?
−É sim tio. −Bem temos um emprego de repórter assistente aqui no jornal você
ganhará quinhentos ouros por mês.
−Está ótimo senhor.
−Então você começa na segunda-feira, esteja aqui as oito da manhã.
−Obrigado senhor.
−Mas porque você está molhado?
−É que eu caí na poça de água.
Disse Caio com firmeza.
−Tudo bem.
Disse um senhor magro que aparentava ser mais alto do que era com olhos
negros e cabelos quase todos brancos. −Tchau tio?
Disse Julia.
−Tchau querida.
Os dois saíram com um ar de riso do escritório.
−Engraçado não choveu esses dias.
Disse sozinho o tio de Júlia.
−Caio você é um bobão mesmo, chuva, quem cairia nessa.
−Seu tio.
−Tem razão.
Caio deixou Júlia em casa e voltou para sua casa ao entrar Roberto estava
comendo um lanche.
41
−E aí, ela te matou?
−Me matou claro e o que você esta vendo é o meu fantasma.
−O que você fez para acalmá-la?
−Contei sobre o tesouro.
No momento Roberto engasgou com o suco.
−Você fez o que?
−Contei a ela sobre o tesouro.
−E ela acreditou?
−Só depois que mostrei a ela. Roberto engasga de novo.
−Você tirou o tesouro do esconderijo?
−Só pra mostrar a ela.
−Você é louco.
Diz Roberto sem acreditar no que acabará de ouvir.
−Hoje você vai comigo na casa dela.
Diz Caio alegre.
−Por quê?
−Porque eu vou pedir a mão dela em casamento ao pai dela.
42
Capítulo 5
Vida nova
Londres, Inglaterra, ano de 1972.
Voltando dos Estados Unidos, o capanga José entra no castelo não
cabendo em si de tanta alegria e poder dar uma notícia tão importante para o agora
rei da Inglaterra Lúcio Rizis. −O seu Lúcio vai me dar àquela recompensa que eu tanto quero que é uma
promoção e total acesso ao castelo.
O Capanga bate na porta do escritório do rei.
−Pode entrar.
Diz uma voz meio abafada.
José entra e encontra o rei rodeado por cinco belas moças, duas o
abanando, uma cuidando de seus pés, outra cuidando de suas mãos e a ultima
passando uma espécie de lama no seu rosto.
−O que é isso senhor?
Diz o capanga apontando para a lama na mão de uma das moças.
−Se chama tratamento de beleza algo que você não tem e menos ainda entende, então traz boas notícias da América?
−Sim senhor eu descobri...
−Só um momento José.
Lúcio faz um sinal com a mão dispensando as cinco moças, se levanta da
cadeira onde estava sentado confortavelmente, pega um pano limpo, limpa o rosto
e começa a analisar seu armário de espadas, facas e lanças e com um olhar e
sorriso falso diz:
−Não queremos que essas lindas garotas saibam de nosso segredo afinal
você sabe como são a mulheres elas só sabem falar da vida do rei, que agora sou
eu.
A porta é aberta e entra mais dois capangas e ficam parados em silencio. −Bem José pode me contar o que você viu na América.
−Mas senhor eu pensei que a conversa fosse particular.
−E é, esses aí são um tumulo e a propósito como eu sou mal educado,
sente e se sinta em casa afinal em breve aqui será sua casa.
José abre um sorriso radiante, tira sua espada e senta na cadeira de um
lado da mesa no escritório.
Lúcio se senta pega um pergaminho e começa a escrever.
−Então José me diga o que aconteceu na América.
−Senhor, eu tomei a liberdade de fazer um mapa de onde está o tesouro e
o livro aqui está.
José tira do bolso um papel dobrado e entrega a Lúcio.
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−Eu iria desenhar o mapa conforme você iria dizendo o que acontece, mas
pelo jeito você se adiantou, que ótimo, que bom seria se todos os meus homens
fosse como você.
Diz Lúcio com um olhar de desaprovação para os capangas que estão na
porta, em seguida levanta vai até o seu armário de espadas e pega uma dourada e
entrega a José.
−O que você achada dessa espada?
−Muito bonita senhor.
−Você acha que faria um estrago grande no herdeiro? −Com toda a certeza.
Lúcio pegou a espada de volta e começou a fazer movimentos de corte no
ar, nesse instante José começa a ter certo medo de seu senhor.
−Pra que esse olhar José? Você não está com medo está?
−Claro que não senhor.
−Então muito obrigado pelo seu serviço, eu se fosse você iria buscar a sua
família e me mudaria o mais rápido para o castelo.
−Muito obrigado senhor.
José se virou em direção à porta.
−Espera um pouco José me esqueci de lhe dar algo.
Quando José se volta para Lúcio ele o ataca com um golpe no estomago. −Você achava mesmo que eu iria te dar as mordomias do castelo com você
andando por aí sabendo onde está o tesouro, como você é idiota.
Com um sorriso no rosto Lúcio puxa a espada e José caiu no chão morto,
no instante seguinte a imagem dos guardas que José visto desaparece.
−Pelo menos os inventos daquele velho do João servirão para alguma
coisa, deixa-me ver o que é isso mesmo, um holograma, que coisa mais esquisita,
de qualquer maneira eu não vou mais precisar disso mesmo.
Com outro golpe Lúcio parte o holograma ao meio.
−Agora é só esperar trezentos e trinta anos para que encontre e mate o
último herdeiro.
Nova York, Estados Unidos, ano de 1732.
Na casa de Caio e Roberto, enquanto o leão come um grande pedaço de
carne Caio explica como vai pedir a mão de Júlia em casamento.
−Não, esta tudo errado. Não é chegando e falando “então eu gostaria de
casar com a sua filha porque acho ela muito gostosa”, você ficou louco, o pai dela
te mata.
−Então o que eu faço?
−Primeiro você fala que quer conversar sobre algo importante com ele,
depois você diz que gosta muito da Júlia e que tem muito respeito por ela,
−Isso eu sei, mas quando eu peço pra casar com ela?
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−Espera, você tem elogiar muito ele, dizer que ele é como um pai para
você, coisas desse tipo, aí então você fala: com a sua permissão gostaria de me
casar com a sua filha.
−É mais simples do que eu pensava, sabe estou começando a achar que
você tem alguma esperança a respeito de sua inteligência.
−Mas você é um otário mesmo.
−Vamos que eu quero acabar logo com essa agonia.
Os dois seguiram para casa da Júlia e bateram na porta.
−Pois não, olha se não é meu filho postiço. −Olá seu Paulo.
−Então veio falar com a Júlia?
−Não vim falar com o senhor mesmo.
−Comigo, então está bem entrem.
Caio e Roberto entraram e sentaram no sofá na sala.
−Pai quem é que está aí, Caio o que você faz aqui?
−Vim conversar com seu pai.
−Sobre o que?
−Sobre você.
Júlia ficou sem entender, mas sentou ao lado do seu namorado.
−Então seu Paulo é o seguinte. Caio fez tudo como o Roberto lhe ensinará elogiou o seu Paulo falou que
gosta muito da Júlia e a pediu em casamento.
−Mas só tem uma coisa, vocês têm que ter a casa de vocês ele não poderá
morar com vocês.
−Não eu também vou me casar no mesmo dia e vou morar em outro lugar.
Caio olhou com um olhar de “como assim?”.
−Se é assim sim e lhe concedo a mão da minha filha se ela quiser.
−É claro que quero é a coisa mais romântica que você fez Caio.
Os dois estavam para se beijar quando se deram conta de onde estavam.
−Então o jantar já vai sair, jantem aqui conosco.
−Eu acho melhor não seu Paulo. −Como assim vocês já são da família, venham logo se não a comida
esfria, Rosa querida coloque mais dois lugares na mesa.
Os dois jantaram e voltaram para casa.
−Você é louco Roberto, como você vai se sustentar.
−Calma a Alice arrumou um emprego de professor na escola onde ela
trabalha.
−Professor, você não sabe nem escrever o seu nome.
−É professor de educação física e eu também me matriculei no curso de
alfabetização.
−A Alice sabe que você pretende casar com ela?
−Ainda não, mas eu vou falar com ela logo.
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−É melhor ser logo mesmo porque amanhã eu e Julia iremos marcar a data
do casamento e queremos vocês juntos com a gente.
−Está bem.
Roberto foi até a casa de Alice e bate na porta.
−Quem é?
−Sou eu Alice, o Roberto.
−Oi amorzinho o que você deseja?
−Eu preciso falar algo sério com você.
−O que foi? Alice começa ficar preocupada.
−É que o Caio vai se casar e eu vou ter que sair de casa.
−Então vem morar aqui comigo.
−Eu pensei nisso, mas só vou aceitar o seu convite se você aceitar o meu.
−Que convite?
Roberto se ajoelha e pega na mão de Alice.
−Alice quer se casar comigo?
Alice começou a chorar.
−Com certeza eu quero.
−Sério?
−É claro que sim. Disse Alice limpando o rosto.
−Então amanhã nós vamos com Caio e Júlia marcar a data do nosso
casamento será no mesmo dia os dois casamentos.
−Tudo bem.
−Alice eu te amo pra caramba.
−Eu também gatinho.
Os dois se beijam e se despedem, quando Roberto chega em casa Caio já
está no mais profundo sono e Roberto resolve fazer o mesmo.
No dia seguinte os quatro vão na igreja para marcar a data do casamento,
chegam a uma pequena igreja ali mesmo na vila e entram nela, a igreja era
pequena, mas era bem arrumadinha, tinha lugar para umas cem pessoas, os vidros eram coloridos, e na parede atrás do púlpito tinha a frase: Jesus Cristo é o Senhor.
−Mas cadê o JESUS.
O Pastor aparece atrás de Caio quando ele se vira para concluir a sua
pergunta.
−Pois não em que posso ajudá-los?
−Viemos marcar a data dos nossos casamentos, queremos casar no mesmo
dia, nós quatro.
−Bem temos que ver as datas disponíveis, pois não sei se vocês sabem,
mas só realizamos casamentos aqui nos sábados.
−Para nós está ótimo já que todos nós trabalhamos de segunda a sexta.
−Então para quando vocês querem?
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−Roberto que tal para daqui dois meses?
−Pra mim esta bom dá tempo para prepararmos tudo.
−O que vocês acham meninas?
−Para nós também está bom.
−Qual data o senhor tem para daqui dois meses pastor?
−Bem temos dia sete, dia catorze, dia vente e um e dia vente e oito?
−Eu quero dia vente e um Caio, é aniversário do meu pai.
Diz Julia sorridente.
−Seu pai faz aniversário em agosto? Pergunta Caio.
−Sim por quê?
−Agosto é o mês do desgosto.
−Roberto eu quero dia catorze eu gosto desse número.
Diz Alice tirando o sorriso do rosto.
−Ah não, vai ser dia vente e um.
Discorda Julia.
−Claro que não vai ser dia catorze.
Retruca Alice.
−Não vai ser em nenhum dos dois dias vai ser dia vente e oito assim
teremos mais para arrumar as roupas comidas e todas essas coisas de casamento. −Falou tudo Caio.
Disse Roberto.
−Eu também tenho medo de mulher brava.
Disse Caio.
Os quatro foram embora, mas Júlia e Alice ficaram de cara virada.
−Vocês vão ficar assim até quando? Puxa vida duas moças tão linda não
podem ficar brigadas por causa de um dia.
−Um dia, o dia mais importante da minha vida Caio.
Disse Julia
−Da minha também Júlia afinal eu estou me casando com você porque te
amo. Diz Caio olhando nos olhos de Julia.
Júlia ficou sem palavras e começou a olhar Alice.
−Alice eu tão boba hoje, você me perdoa?
−Eu que te peço perdão amiga afinal é um dia importante para você.
−E pra você também.
−A duas se abraçaram e foram na frente combinando tudo para o
casamento.
−Caio você me surpreende a cada dia que passa.
−Por quê?
−Você faz duas mulheres voltarem a paz, isso para nós homens é algo
impossível no mundo real.
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−Besteira, afinal queremos nos casar no mesmo dia ou não queremos?
−Tem razão.
Caio, Roberto, Júlia e Alice começaram a acertar as coisas para o
casamento.
−Primeiro temos que ver os convidados, não dá para muitas pessoas, você
viu que a igreja só tem cem lugares.
−É mesmo bem na minha família tem umas vinte pessoas no máximo.
Disse Alice.
−Bem contando com o pessoal do trabalho dá um total de quarenta e cinco pessoas.
−Bem meu pai vai querer chamar meu tio do jornal e uma tia minha que
mora no sul da cidade vai dar um total de trinta e sete pessoas.
Disse Julia
−E vocês meninos não vão querer convidar ninguém?
Pergunta Alice
−Eu queria convidar o seu Ernesto.
Disse Caio.
−Mas é claro temos que convidar ele, com certeza ele já esta na lista.
−Quantos dão no total?
Pergunta Roberto −Oitenta e três pessoas.
Aponta Ashley para a lista.
−Estas boas não têm que ocupar os cem lugares mesmo.
Disse Caio
−É tem razão.
Concorda Alice.
−E agora o que vamos ver?
Analisa Julia.
−Bem agora vem algo que eu amo fazer.
Disse Julia.
−O que, nada? Disse Caio com ar de riso
−Eu acho que vou ficar viúva antes de casar.
Disse Júlia com um olhar fulminante para Caio.
–Perdão amor eu só estava brincando.
−Pois eu não, se cuida que eu te bato que você não vai nem saber de onde
vem o tapa.
−Meu amigo você ta assinando sua carta de condenação.
−Cala a boca você também Roberto.
−Disse Alice olhando séria para Roberto.
−Fala Júlia como vai ser a decoração.
Disse Alice se voltando para Julia.
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−Bem eu pensei em fitas brancas com ramos de rosas no meio, o que você
acha?
−Bem eu acho que com flores azuis caí melhor com branco.
−É mesmo então vai ser branco com azul um toque de cada uma de nós.
−É isso aí amiga.
Disse Alice.
−Caio e Roberto vão comprar dez metros de tecido branco de seda e vente
ramos de flores azuis.
−Depois a gente vai. −O que você disse?
Julia olha fixamente para Caio.
−Eu disse que nós vamos agora não é Roberto?
−É claro foi isso que eu escutei.
Caio e Roberto saíram com um ar de explosão.
−Essas duas estão me deixando louco.
−Somos dois.
−Onde já se viu ficam mandando em nós como se fossemos escravos isso
não pode temos que mostrar quem é que manda.
−Mas como Caio?
−Bem eu pensei que você tivesse alguma idéia. −Eu? Você viu o olhar da Alice pra mim, eu gelei dos pés a cabeça, eu
nunca vou desafiar aquela mulher, ela me dá medo.
−É a Júlia também me dá medo.
Oi dois chegaram a uma loja chamada Mary Noivas, entraram na loja
querendo morrer a loja parecia uma casa de bonecas cheirava a flores era tudo
muito bem arrumado tinha muitos modelos de vestidos de noivas e de roupas de
noivos quase todos os modelos lembrava príncipes encantados.
−Deus me livre usar umas roupas dessas.
−Vai se acostumando que pelo jeito elas vão fazer nós dois usar algumas
dessas roupas.
Disse Roberto tentando se conformar com o que acabara de dizer. −No que posso ajudá-los?
Disse um homem de mais ou menos quarenta anos com uma roupa muito
elegante preta e formal.
−Bem queremos dez metros de tecido de seda e vinte ramos de rosas
azuis.
−É para algum casamento?
−Sim é para o nosso.
O homem os olhou espantado.
−Quero dizer o meu e o dele.
O homem os continuou olhando espantado.
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−É que eu vou me casa com a minha noiva ele com a dele é um casamento
duplo.
−Ah sim é claro foram suas noivas que os mandaram aqui.
−É.
Disse Caio meio sem graça.
−Não precisa ficar assim a maioria das pessoas que vem aqui são noivos
mandados pelas noivas, a mulheres estão tomando conta de tudo, na verdade eu
sou marido da dona daqui, mas ela me faz trabalhar aqui.
−Julius. Chamou uma mulher muito elegante e charmosa com um chapéu rosa na
cabeça.
−Cuide da loja enquanto eu saio para falar com umas amigas minhas, e
não estrague nada se não quiser dormir no sofá hoje.
−Sim senhora querida.
Caio e Roberto ficaram olhando o homem com uma pena interminável.
−Bem a vida segue.
Disse o homem sorrindo.
−Aqui esta, o tecido e as flores, são duzentas moedas de ouro.
Caio e Roberto pagaram o rapaz e estavam voltando para casa quando
viram uma velhinha sendo roubada. −Socorro!
Caio e Roberto saíram correndo atrás do bandido, mas como Roberto era
mais rápido, ele o alcançou primeiro.
−Me dá essa bolsa onde já se viu roubar uma velhinha em defesa, você
não tem vergonha não?
−Me desculpa senhor eu juro que não faço mais.
−Quem é Roberto?
−É um moleque de dezoito anos eu acho.
Caio olhou com um olhar de quem diz: ”eu tenho dezoito anos”.
−Quero dizer um homem de dezoito anos, nessa idade já se é um homem.
−Obrigado senhores vocês são uns anjos, sorte das moças que casarem com vocês.
−É que ela não conhece a Júlia e a Alice.
Disse Caio olhando para Roberto.
−É verdade.
−Os dois seguiram para casa e chegando lá encontrou Júlia aos prantos.
−O que foi amor?
−O Léo comeu o bud eu o deixei ir lá foram por um minuto e ele entrou
na gaiola do Léo.
−Ah eu mato esse leão agora.
−Não, a culpa foi minha foi eu que me descuidei do bud e também ele já
tava meio velhinho.
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−Eu lamento amor, se você quiser eu vou agora e compro o cachorro que
você quiser.
−Você é um amor Caio, desculpa eu ser tão enérgica, você tem sido um
anjo comigo.
−Eu te entendo o casamento e algo importante pra você.
−Eu sei, mas eu não deveria cobrar tanto de você, bem da agora em diante
eu e Alice cuidaremos de tudo vocês ajudam se quiserem ta bem?
−Tudo bem.
−Eu lamento Júlia. Disse Roberto meio sem graça.
−Não se preocupe.
Disse Júlia limpando lagrimas.
−Bem agora vamos almoçar que eu fiz um macarrão divino.
Os quatro foram almoçar e elogiaram muito o macarrão de Alice.
−Bem pelo menos agora eu sei que não morro de fome.
Disse Roberto sorrindo para Alice.
−O que você ta querendo dizer com isso?
−Nada amor eu só estou dizendo que...
−Que vai se casar comigo pela comida e que não me ama?
Disse Alice olhando para Roberto com a mão apertando o garfo. −Não é nada disso amor.
−Então é o que Roberto Listen?
−Agora se ferrou Roberto.
−Fica quieto Caio.
−Disse Júlia com um olhar de desaprovação.
−Sabe de uma coisa eu não vou ficar aqui tentando me explicar com você.
Roberto saiu da mesa e foi para fora da casa.
−Roberto me espera não queria te magoar me desculpa.
Alice saiu atrás dele e parecia que ela estava querendo chorar.
−Eu vou atrás deles.
−Não Caio, eles tem que resolver isso sozinho. −E o que vamos fazer?
−O que você acha?
Disse Júlia com um olhar sensual.
−Bem, meu quarto esta vazio.
Disse Caio com um olhar sacana.
−Não é nada disso seu bobo, vamos lavar a louça.
−Não tinha algo mais chato pra fazer?
−Você sabia que lavar louça é uma terapia incrível, ajuda a liberar o
nervoso da pessoa.
−Pois pra mim esta ajudando a atrair o nervoso.
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Os dois continuaram a lavar a louça enquanto Roberto e Alice
continuavam a conversar na frente da casa de Roberto.
−Como vamos ter uma vida juntos se você não aceita as minhas
brincadeiras.
−Eu achei que você tava falando sério.
−Você sabe que eu não falaria algo desse tipo de coisa sério, puxa vida nós
dois trabalhamos você acha que eu te deixaria passar fome nem que eu tivesse que
pedir comida de casa em casa.
−Me desculpa Roberto eu fui tão burra. −É foi mesmo.
−O que?
−Eu tava brincando sua boba eu não passo mais nenhum dia longe de você
me chocolate apimentado.
−Nossa cada dia que passa você fala coisas mais gay, cuidado.
Caio estava parado na porta observando os dois.
−Cala boca Caio.
Disse Roberto e começou a beijar Alice.
−Que bom que vocês voltaram a paz, bem agora vamos descansar um
pouco que depois temos que ver outros detalhes do casamento, bem quero dizer eu
e Alice e vocês dois tratem de sair se divertir um pouco. −Você esta bem amor, já sei algum inseto te picou, não pior você está
possuída.
−Cala boca Caio antes que eu mude de idéia.
Caio e Roberto foram até a praia perto do porto e sentaram a beira do mar.
−E aí Roberto o que você ta achando dessa história de casamento?
−Bem eu sempre tive vontade de constituir família já que quando meus
pais morreram, eu tinha só cinco anos.
−Eu posso te fazem um pergunta Roberto?
−Você acabou de fazer uma o espertinho.
−É sério.
−Vai pergunta. −Quantos anos você tem?
−Vinte e cinco.
−E quando você faz aniversario?
−Dia vente e três de maio.
−Eu não acredito um dia depois do meu porque você nunca me disse?
−Porque você nunca me perguntou.
Caio começou a olhar para o mar e lembrar que o tesouro estava
escondido ali.
−Roberto, você acha que alguém pode pegar o tesouro ali?
−Além do herdeiro não.
−Por quê?
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−Porque o baú se camufla quando alguém esta chegando perto, ele só se
destaca quando o verdadeiro herdeiro esta por perto.
−Que legal e com o livro é assim também?
−Não, com o livro já se destaca um cheiro de madeira limpa.
−Por que eu nunca senti esse cheiro?
−Porque você é o herdeiro e não o guardião.
−Que coisa mais complexa é esse tesouro e livro.
−Por isso que a melhor coisa que fazemos são escondê-los e vivermos
nossa vida. Já estava começando o por do sol quando os dois resolveram voltar,
chegando em casa, Júlia e Alice estavam acertando os detalhes finais do
casamento.
−Não é que eu seja mal educado, mas por que vocês não vão para suas
casas fazer isso?
−É que aqui nós ficamos mais a vontade e já que daqui dois meses essa
também será minha casa, já estou me habituando com o local.
−Se é você que diz? Bem agora eu e Roberto vamos comer, pois estamos
morrendo de fome.
No momento seguinte o leão rugiu lá no fundo da casa.
−Puxa vida esqueci-me de alimentar o Léu hoje eu já volto. Disse Roberto correndo para o fundo da casa.
−Bem esta quase tudo acertado.
Disse Alice riscando mais um item da lista do casamento.
−Vocês são rápidas.
Disse Caio.
−Não, esta quase tudo acertado no papel, mas temos ainda que ver os
vestidos, as roupas de vocês, o resto da decoração da igreja e outras várias coisas
de casamento.
Disse Julia se levantando.
−Se você precisar de qualquer ajuda não hesite em me chamar tudo bem?
Disse Caio passando a mão nos cabelos de Julia. −Tudo bem, agora eu vou para casa e amanhã nos vemos.
Júlia beija Caio.
−Eu também tenho que ir, vou me despedir do Roberto.
Disse Alice se encaminhando para a cozinha.
Alice e Júlia saem, Caio vai levar Júlia em casa na volta come alguma
coisa e vai deitar, mas Roberto o chama.
−Caio vem aqui um momento, quero te mostrar uma coisa.
−O que foi?
Roberto pega uma pequena caixinha e tira de dentro um anel prata.
−Você acha que a Alice vai gostar?
−Com certeza, eu também comprei uma gargantilha para Júlia.
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−Eu quero dar no dia do casamento.
−Eu também.
Diz Caio olhando para o anel.
−Onde você comprou?
−Em uma loja no centro eu acho que é Lionel jóias.
−Eu também comprei lá.
−Agora eu vou dormir que amanhã é domingo e graças a Deus eu não
tenho nada para fazer.
Os dois foram dormir e Caio teve um sonho revelador onde o pai de Julia tinha um infarto e ele tentava socorrê-lo, mas não podia fazer nada, pois o pai de
Julia já estava morto.
No dia seguinte Caio acordou triste, mas não falou nada para ninguém
nem para Roberto.
−Caio, eu vou sair com a Alice, nós vamos passear no centro.
−Tudo bem se divirtam.
−Você esta bem?
−Sim, ta tudo bem só estou com um pouco de sono eu acho que vou voltar
para cama.
Roberto saiu e Caio ficou com o pensamento fixo no sonho que teve
ficava imaginando seu futuro sogro morrer e ele não poder fazer nada. −Talvez se eu não for à casa da Júlia, seu Paulo não sofra um infarto.
Caio ficou a manhã inteira dentro de casa andando de um lado para o
outro pensando em alguma maneira de mudar o futuro ele não podia se encontrar
com o sogro o seu medo era muito grande principalmente por causa da Júlia ela é
muito apegada com o seu pai e seu Paulo é uma ótima pessoa.
No momento alguém bate na porta.
Caio fica em silencio.
−Tem alguém aí? Sou eu o se Ernesto.
Caio vai até a porta e abre.
−Oi seu Ernesto, eu estava lá no fundo e não ouvi, em que posso ajudá-lo.
−É que minha cadelinha ganhou filhotes e eu estou doando então pensei se você gostaria de pegar um.
−Gostaria sim, mas não é para mim e para minha namorada, ela perdeu o
dela há alguns dias ele morreu atropelado coitado estava velhinho então eu vou
pegar um para dar para ela.
Caio foi até a casa de seu Ernesto e tinha cinco cachorrinhos para ele
escolher então ele escolheu um amarelo meio peludo.
−Vou levar este, acho que ela vai gostar.
−Tudo bem é seu.
−Obrigado se Ernesto.
Caio voltou para casa com o cachorro no colo, e chegando lá arrumou um
jornal o abriu no chão pegou uma tigela e colocou um pouco de leite, no momento
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e que passou pelo Léu ele ficou olhando com um ar de quem iria comer outro
cachorro.
−Esse aqui você nem vai chegar perto senão eu asso você.
Caio levou o cachorro para dentro e o colocou dentro de seu quarto.
−Bem eu colocaria um nome em você, mas eu vou deixar isso para Júlia,
tenho certeza que você vai gostar dela assim como ela vai gostar de você.
Caio viu que Roberto não chegaria tão cedo então resolveu almoçar
sozinho e sem muito que fazer, voltou para cama e ficou com o pensamento no
sonho que acabará de ter estava tentando imaginar uma maneira de alterar o futuro, pois até aquele momento e só sabia que não poderia chegar perto de seu Paulo.
−Se pelo menos o professor estivesse aqui para me ajudar, eu tenho
certeza que ele saberia o que fazer.
No momento seguinte Júlia bate na porta.
−Caio sou eu, a Júlia.
Caio ficou em silencio na esperança que Júlia fosse embora.
−Caio meu pai esta comigo.
Naquele momento caio sentiu um frio na barriga, mas continuou em
silencio.
−Filha eu acho que ele saiu.
−Mas pai ele disse que não sairia hoje e que iria lá em casa, eu estou achando isso muito estranho esta tudo fechado.
−Vai ver ele saiu com o amigo dele.
−Não saiu não, eu vi o Roberto com a Alice e o Caio não estava junto.
−Vamos embora filha ele deve estar andando por aí, vai ver ele esqueceu o
compromisso de vocês.
−Se ele esqueceu vai ver uma boa dose da minha fúria.
−Ai.
−O que foi pai?
Caio queria sair para ver o que estava acontecendo, mas não podia queria
de alguma maneira mudar o futuro do sogro.
−Nada filha foi só uma dor na perna eu acho que estou ficando muito velho.
−Que isso pai você é bem novo só tem oitenta e três anos.
−Obrigado por me lembrar filha dos meus anos de vida.
Júlia ficou com um olhar de desconfiada para o pai.
−Vamos pai depois eu falo com o Caio ele vai ter que me explicar
direitinho porque não estava em casa.
Depois que Júlia foi embora Caio sentiu um pouco de alívio, mas ainda
estava preocupado com o seu futuro sogro.
−A Júlia vai querer saber a verdade e eu não posso mentir para ela, o que
eu vou fazer?
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Sentou na cama e ficou tentando bolar a maneira mais fácil de contar a
verdade, mas milhões possibilidade da reação de Júlia invadiram sua mente.
Pensou que Júlia poderia cair no choro, ou que poderia desmaiar, também
pensou que ela terminasse com ele para proteger o pai ou até poderia querer bater
nele, mas Caio resolveu contar a verdade por mais difícil que fosse. No momento
seguinte a porta abre e Roberto chega Caio continua em reflexão e quando Roberto
entra no quarto, Caio dá um sorriso forçado e pergunta como foi o passeio.
−Foi ótimo, nós almoçamos fora então pensei em trazer alguma coisa pra
você. −Obrigado, mas eu almocei já depois eu experimento.
−Caio você está bem?
Caio não conseguiu esconder a angustia e resolveu contar sobre seu sonho
para o amigo.
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Capítulo 6
O infarto
Roberto fica sem saber o dizer para Caio.
–Roberto eu queria saber por que eu ainda tenho estes sonhos se eu não
uso mais o tesouro.
–É que nós ficamos com um dos poderes conosco, você não vê eu, tenho o
poder de controlar os animais mesmo sem o livro e ainda sim quando necessitamos de outro poder, conseguimos manifestá-lo.
–Mas o que eu faço?
–O melhor que você tem a fazer é contar a verdade a ela e de preferência
longe de seu Paulo.
No dia seguinte Caio foi para o seu primeiro dia de trabalho com
expectativa, quando ele chegou ao jornal de Nova York, foi difícil esconder toda
alegria que invadia seu ser, a sede do jornal era um prédio gigantesco que deixava
qualquer um com certo ar de inferioridade o que não aconteceu com Caio já que
tudo ali era novo para ele, entrando no prédio o movimento parecia a de umas dez
estações de trens juntos muitas pessoas estavam no andar térreo do prédio, tinha
um grupo que discutia as notícias mais importantes em cima deles tinha uma placa que indicava comentaristas, no outro canto tinha muitos reportes discutindo com
cozinheiros e também com uma placa que indicava culinária a altura do teto era de
uns dez metros parecia até o salão do rei Carlos V, no centro do salão tinha um
balcão circular onde estavam cinco moças atendendo a todas as pessoas que
chegavam perto do balcão e como os outros grupos em cima delas tinha uma placa
que indicava recepção, Caio já estava caminhando em direção a elas quando o tio
de Julia o chamou.
–Caio é por aqui.
Chamou o tio de Julia
–Oi como é o seu nome mesmo?
Perguntou Caio com educação. –É Oliver filho.
Os dois caminharam em direção as escadas enquanto tinha mais uns dois
grupos discutindo, em cima deles tinha duas placas que indicavam esporte e saúde.
Chegando ao primeiro andar a visão já era totalmente diferente agora não
havia um grande salão muito menos pessoas discutindo agora a visão era de vários
corredores com inúmeras salas cada uma com um número, nome e sessão.
–Bem esta é nossa sala.
A sala de número quarenta e cinco tinha o nome de Oliver Gosth sessão de
reportagem sobre animais.
–Vai ser bem divertido trabalhar aqui, fora às reportagens de campo.
–Legal
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Disse Caio com um olhar maravilhado.
–Aqui está sua mesa.
Na mesa tina uma pena de águia, tinteiro e um pequeno bloco de
anotações.
–Bem isso é o básico depois você poderá trazer alguns de seus pertences
para melhorar o visual.
Disse Oliver vendo o olhar de desapontamento de Caio.
–Veja a minha mesa também só tinha o básico depois começou mudar um
pouco. –Tudo bem.
Disse Caio dando um sorriso forçado.
–Bem agora nos vamos ao zoológico municipal fazer uma reportagem
sobre animais exóticos e não há lugar melhor do que um zôo.
Eles desceram as escadas e o salão que antes já estava cheio agora tinha
diminuído de tamanho, pois tinha cerca de vinte mil pessoas aglomeradas
disputando cada centímetro do espaço do agora pequeno salão principal, as placas
indicativas já não tinha mais utilidade.
Caio e Oliver saíram do jornal e seguiram em direção ao zoológico que
por sinal não fica longe dali já que tudo no centro de Nova York parecia ficar mais
perto, chegando falaram com o guarda que lhes indicaram onde ficava o escritório, passando pelo parque viram varias famílias e grupos escolares olhando os diversos
animais que estavam expostos em suas jaulas, os animais por sua vez não estavam
nem ligando para toda aquelas pessoas que os estavam observando talvez
estivessem acostumado ou talvez também poderiam estar dopados para não
assustarem os visitantes.
–Foi aqui que Júlia trabalhou?
–Foi sim mesmo que porque este é o único zoológico da cidade, mas
como você sabe que ela trabalhou aqui?
–Ela me disse que trabalhou uns tempos aqui tratando de leões.
–Leões, eles fazem falta aqui.
Disse um homem com estilo de Indiana Jones caminhando em direção a eles.
–Eu sou Joseph, vocês devem ser do jornal, vou ser o guia de vocês, e
responderei a todas as perguntas, olá seu Oliver, como está a Júlia estou com
saudades dela.
Naquele momento uma raiva quase que incontrolável abateu Caio ele teve
vontade de jogar aquele homem para o seu leão devorar.
–Você deve ser o novo assistente de Oliver.
–Sim e também sou o noivo da Júlia.
–Que ótimo pelo menos ela não vai viver sozinha.
–O que você quer dizer com isso?
Disse Caio recebendo aquilo como uma ofensa.
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–Nada foi só um comentário.
Caio ficou vermelho de raiva, mas não deixou Joseph perceber seu ciúme.
–Você disse que os leões fazem falta aqui, por quê?
–É que o casal que tínhamos morreu de velhice, primeiro o macho depois
a fêmea e desde então não conseguimos mais nenhum para substituir o lugar deles.
–Se aparecer alguns para doação vocês aceita?
Perguntou Caio pensando na possibilidade de se livrar de Léu.
–Sim aceitamos você sabe de alguém que esta querendo doar?
–Não, mas vou perguntar para um amigo meu, ele conhece muitas pessoas que mexem com animais exóticos.
–Se você conseguir a diretoria ficará muito grata.
–Falarei com ele.
Os três seguiram pelo parque e enquanto Oliver fazia as perguntas para
Joseph, Caio escrevia toda a conversa dos dois em seu bloco de notas.
Ao voltarem para o jornal foram almoçar no andar de cima que era bem
mais organizado que o salão principal tinha várias mesas redondas com cinco
lugares cada uma, no fundo do salão se formava uma fila de funcionários do jornal
para pegar o almoço, era tudo muito organizado as pessoas conversavam sobre
vários assuntos já que era o único horário do dia que eles não estavam preocupados
com o que acontecia fora daquele estabelecimento. –Caio vem aqui filho para pegarmos nosso almoço.
Disse Oliver indicando uma porta perto deles, ao entrarem se depararam
com uma imensa cozinha, com várias panelas industriais, eles seguiram em direção
a uma senhora baixa de cabelos brancos que estava mexendo em três panelas ao
mesmo tempo.
–Matilde podemos pegar nosso almoço aqui, a fila esta muito grande lá
fora.
–Está bem, mas não se acostumem.
–Este é o meu novo assistente, Caio Durtin.
–Prazer em conhecer filho, não deixe esse velho te encher com as lorotas
dele. –Esta bem.
Disse Caio enquanto recebia seu purê de batata e dois grandes pedaços de
frango.
Depois de pegarem o almoço saíram da sala e se sentaram em uma mesa
com mais três homens vestidos no mesmo estilo de Oliver, estilo patriota, camisa,
calça de guerra e botas do exercito.
–Caio estes são Jorge, Mateus e Eduardo.
Os três pareciam iguais exceto pelos detalhes de cabelo, Jorge tinha o
cabelo escuro, liso e cortado perfeitamente ao estilo tiro de guerra, Mateus era loiro
tinha um cavanhaque e seu cabelo era bem comprido na altura das costas, já o
Eduardo era ruivo tinha o cabelo enrolado, mas um pouco curto e a barba cerrada.
59
–Então Oliver como foi a entrevista no zôo? José te encarou?
Disse Jorge.
–Ele nem apareceu mandou um guia responder minhas perguntas, mas eu
tenho quase certeza que ele esta envolvido no roubo da farmácia, quem mais iria
querer roubar remédios, até onde eu sei, ele era contrabandista em Miami.
–Mas a polícia sabe da mais alguma prova?
–Não, a única coisa que encontraram foi pedaço da madeira que
provavelmente foi usado para quebrar o vidro da farmácia.
A Conversa se estendeu sobre todo o almoço, depois de ter almoçado Caio e Oliver passaram a tarde inteira redigindo a matéria sobre a reportagem do
zoológico, Oliver dava as instruções de como Caio de via escrever o artigo e Caio
escrevia também colocando algumas idéias suas, a cada meia hora aparecia o
desenhista do jornal mostrando alguns desenhos do zoológico que possivelmente
poderia ir impresso junto a matéria deles mas Oliver sempre fazia um gesto de
desaprovação e o desenhista saía cabisbaixo até que na quinta vez Oliver aceitou o
desenho que mostrava perfeitamente o que ele queria que mostrasse um guia
aplicando injeção no urso.
–Perfeito, a manchete será: Diretor de zoológico pode está envolvido no
roubo a farmácia central.
–Mas Oliver, isso não poderá te trazer complicação? –Que nada Caio quanto mais polêmica mais o povo lê, mais aquele velho
fica encrencado.
–O senhor não gosta dele?
–Eu só nunca fui com cara de santinho dele, sempre achei que ele
escondia algo e agora finalmente vou poder provar com a liberdade de expressão,
estou jogando verde para colher maduro com esta notícia, se ele estiver
escondendo alguma coisa todo mundo vai perceber.
Oliver deu uma risada maligna que lembrou Lúcio.
–Bem mudando de assunto, como vai os preparativos do casamento Caio?
– Estão a todo vapor.
Disse Caio forçando o sorriso. –Que bom, logo você será da família garoto.
–Assim espero.
Disse Caio para si mesmo pensando na raiva de Júlia.
Deram seis horas e Caio foi para casa, chegando viu Roberto enchendo
varia bolas de futebol.
–O que é isso?
–Você acredita que as bolas da escola estavam todas murchas levei o dia
inteiro enchendo elas a inda ficou faltando essas aqui.
–Mas porque tanta bola?
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–É que são vários esportes e para cada esporte é um tipo de bola, para
cada esporte tem quarenta bolas e eu tive que encher tudo sozinho que essa
bombinha manual, mas e você, como foi no jornal?
–Foi bem legal pelo jeito vou me dar muito bem.
–Caio, a Júlia veio aqui e disse que precisa falar com você urgente, ela
esta com cara de choro.
–Ela não disse sobre o que era?
–Não só disse que era para você ir a casa dela.
Caio ficou preocupado e com medo também e Roberto percebeu a angustia do amigo.
–Quer que eu vá com você?
–Quero sim Roberto.
Os Dois foram para a casa de Júlia e chegando lá estava acontecendo algo
estranho, pois os vizinhos estavam todos na frente da casa de Júlia e todos estavam
comentando sobre o que tinha acontecido.
–Eu acho que ele não vai sobreviver, ele já estava bem velho e um infarto
na idade dele é difícil de sobreviver.
Disse uma mulher ruiva para a senhora que estava ao seu lado.
–E eu sei disso meu esposo morreu disso, bem ele já foi tarde, vivia me
traindo aquele idiota deve estar no inferno ardendo até dizer chega. Caio e Roberto escutando aquilo subiram correndo as escadas e viram
Júlia em prantos.
–O que aconteceu amor?
Caio se sentou no sofá ao lado de Julia.
–M-Meu pai t-teve um infarto.
Disse Júlia soluçando de tanto chorar.
–Mas cadê ele?
Perguntou Roberto.
–A ambulância o levou para o hospital e mamãe foi o acompanhando.
–Então vamos lá.
Naquele momento Alice entrou na sala. –O que esta acontecendo esta um monte de gente lá fora e eu vi a porta
aberta então entrei.
–O pai de Júlia sofreu um infarto e não esta nada bem.
Disse Caio com as mãos no ombro de Júlia.
–Eu não posso ir a casa vai ficar sozinha.
–Nós cuidamos dela enquanto vocês estiverem no hospital.
Disse Alice.
–Nós quem?
Perguntou Roberto sem entender o Alice dissera.
–Eu e você é claro.
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Roberto ficou em silêncio, mas querendo contra dizer a noiva, mas para
evitar brigas ficou quieto.
–Então vamos, em que hospital ele está?
Perguntou Caio se levantando.
–No hospital Albert Misten.
–Então vamos.
Caio e Júlia foram para o hospital às pressas e chegando lá viram a mãe de
Júlia angustiada na sala de espera.
–Mãe cadê o pai? –Eles estão na sala de cirurgia estão fazendo o que podem, mas estou com
um aperto no coração filha, estou em oração, mas temendo o pior.
Disse dona Rosa aos prantos também, ela chorava como a Júlia.
No momento seguinte o medico saí da sala de cirurgia.
–Como ele esta doutor?
–Sinto muito, dona Rosa.
Dona Rosa e Julia caíram no choro.
Caio não sabia o que fazer mesmo sem estar perto do sogro não pode
evitar a morte dele.
–Precisamos que alguém preencha os papeis.
–Eu vou. Disse Caio rapidamente.
–Julita fique aqui.
Caio foi até o necrotério com o médico onde havia varia macas com
corpos em cima delas.
–O que você era de seu Paulo?
Disse o homem com uma frieza desigual.
–Futuro genro.
–Ok, aqui esta os documentos.
–Onde esta o corpo dele?
Perguntou Caio olhando para todas as macas com corpos cobertos por
lençóis. –Esta ali.
Disse o homem apontando para a última maca.
–Eu gostaria de me despedir dele.
–Você terá tempo no velório.
–Cara por um acaso você já teve família? Porque não parece.
O homem ficou sem graça com Caio.
–Você tem cinco minutos.
O homem saiu da sala e Caio ficou perto da maca onde estava seu Paulo.
–Me desculpe seu Paulo eu pensei que me afastando do senhor eu poderia
salvar a sua vida, mas eu estava enganado, se pelo menos eu estivesse com o
tesouro aqui eu poderia ressuscitá-lo.
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Naquele momento caio se lembrou do que Roberto disse sobre algum
poder permanecer com o herdeiro e quando necessitasse muito de um poder
poderia usá-lo se usasse toda sua concentração naquele poder, então mesmo sem o
tesouro então ele colocou uma de suas mãos eu seu coração e a outra sobre o corpo
de seu Paulo, fechou os olhos e juntou toda a sua concentração na esperança de
ressuscitar o seu futuro sogro ele sentiu uma energia sair de sua mão então abriu os
olhos e viu que nada aconteceu, já estava saindo da sala quando escutou um
barulho e no momento que olhou para trás viu o sogro sentado na maca.
–O que eu estou fazendo aqui pelado nessa maca? Naquele momento o homem entrou na sala.
–O que esta acontecendo aqui?
–Eu que pergunto cadê as minhas roupas?
–Ai meu Deus um morto vivo.
Disse homem e em seguida caiu duro no chão.
Caio vai até o médico e pede as roupas do seu Paulo então ele leva o
médico até uma sala e mostra o sogro para o médico.
–Isso é um milagre.
–Pois é.
Diz Caio como se tudo aquilo fosse natural, os dois foram para a sala de
espera junto com o médico onde Júlia estava com a mãe chorando, mas quando ela vê o pai elas não conseguem acreditar então vai direto ao encontro de Paulo e o
abraçam.
–Pai, foi um milagre.
–Com certeza não sei de que religião vocês são, mas deve ser muito forte.
Diz o médico.
–Como se diz, milagres acontecem.
Diz Caio com um olhar de cinismo.
–Vamos para casa, Roberto e Alice devem estar preocupados.
–Vamos, mas não pense que eu esqueci o que você me fez não vamos
conversar a hora que chegarmos em casa.
Caio sentiu um frio na espinha como se tivesse quebrado a coluna.
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Capítulo 7
Casamento
Quando chegaram em casa encontraram Roberto e Alice ajoelhados no
chão da sala orando, na hora que eles viram os quatro parados na porta ele se
levantaram e com o sorriso no rosto perguntaram se estava tudo bem.
–Milagres acontecem.
Disse Caio e Roberto percebeu do que o amigo estava falando, mas não disse nada.
–Então, eu vou preparar alguma coisa para comermos, vocês devem estar
com fome, já são quase nove horas da noite.
Dona Rosa foi para a cozinha e o resto ficou na sala conversando, seu
Paulo disse que não se lembrava de nada só de ter sentido um forte dor e depois ter
acordado em uma maca no necrotério.
O jantar foi servido e Caio foi para casa com Roberto e Alice a entrar em
casa Roberto disse.
–Pode falar Caio, você ressuscitou o seu Paulo.
–Como você sabe?
–Pela sua cara, qualquer um que sabe que você tem esse poder saberia disso e a Júlia deve ter percebido também.
–Você acha?
–Talvez não, mas eu tenho quase certeza que sim.
–Você disse que somente um poder se manteria com a gente sem o
tesouro.
–Em casos extremos sem explicação outros poderes são manifestados sem
a presença do tesouro, teve uma vez quando eu tinha uns dezesseis anos eu estava
fugindo de um grupo de garotos que estavam querendo me bater então quando
percebi, eu estava correndo na velocidade de um cavalo.
–Isso é uma coisa muito complexa, porque se você pensar bem é pura
magia do tesouro com um toque de lógica envolvida, pelo jeito a pessoa que fez o tesouro queria que somente as pessoas certas o usassem de maneira que não é
qualquer um que encontra um tesouro mágico todo dia, mas Roberto esse tesouro
não tem alguma fraqueza algo que prenda ou diminua o poder dele?
–Isso realmente eu não sei te responder só quem poderia saber disso era o
professor João se eu não me engano ele até escreveu um livro sobre o tesouro
chamado lenda dos sábios, porém nunca cheguei a ver o tal livro, vai ver tem um
guardião para ele também.
–O papo esta bom, mas amanhã eu tenho que encarar os pirralhos de novo,
vou fazer eles correr que nem rato quando vê um gato.
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–Você às vezes é muito macabro, eu também vou deitar porque amanhã
tem muito trabalho no jornal e eu também estou preocupado porque eu terei que
explicar o porquê eu estava fugindo da Júlia.
–Isso é o de menos, agora que o pai dela esta bem você conta a verdade e
fala que ressuscitou o velho você vai ver ela vai é te pedir desculpas.
–Eu acho que você ainda não conhece as mulheres, elas são de outro
mundo.
Caio e Roberto foram dormir de no dia seguinte quando Caio se levantou
Roberto já havia saído, quando Caio chegava do serviço só tinha tempo de tomar banho e cair no sono e a semana se seguiu nesse ritmo até que chegou sexta-feira a
noite e Caio teve a falsa impressão de que poderia dormir até tarde no sábado mas
quando foi oito horas da manha sentiu alguém te cutucar.
–Espera um pouco hoje é sábado e eu quero dormir até meio-dia.
–Você vai mesmo me fazer esperar.
Caio reconheceu a voz e queria poder sumir daquela cama sem ser visto.
–Oi amor que surpresa nem nos vimos esta semana direito eu iria à sua
casa mais tarde.
–Iria?
–Sim com toda certeza.
Caio estava ficando com medo com aquele tom de voz calmo de Júlia –Então Caio eu queria saber só uma coisinha?
–Pode perguntar amor?
–POR QUE VOCÊ ESTA TENTANDO FUGIR DE MIM A SEMANA
TODA?
Caio deu um salto da cama que quase caiu no chão de susto com a brusca
mudança no tom de voz de Júlia.
–Calma amor eu iria te explicar.
–Quantas vezes eu já te disse que eu não quero que me peça para ficar
calma.
–Muitas.
Disse Caio agora tremendo de medo. –Agora eu quero uma explicação e eu espero que seja muito boa.
Disse Júlia agora voltando ao seu tom normal de voz e se sentando na
lateral da cama de Caio.
–Bem eu estava te evitando para não ter que ver o seu pai.
–Mas por que isso?
Disse Júlia agora em um tom de curiosidade.
–É que eu tive um sonho com ele.
–O que é isso?
Disse Júlia tentando pegar alguma coisa embaixo da cama e então pegou o
cachorrinho abanando o rabinho.
–Que lindo, é seu Caio?
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–Na verdade eu peguei para você no domingo.
–Então ele é meu, qual o nome dele?
–Eu deixei pra você essa parte.
–Então vou chamá-lo de zuck.
–Legal.
Disse Caio sorrindo.
–Bem agora continue a explicação.
Disse Júlia acariciando o cachorrinho.
–Eu queria estar na pele desse cachorro. Disse Caio para si mesmo.
–O que você disse? Eu não escutei.
–É que como eu ia dizendo, estava te evitando porque eu não queria ver o
teu pai.
–Por que isso?
–Por que eu tive um sonho revelador onde ele estava tendo um infarto e eu
tentava salva-lo, mas não conseguia então pensei que te evitando poderia alterar o
futuro do seu pai, mas não consegui então quando fui ver as papeladas no
necrotério, pedi para o enfermeiro me deixar a sós para eu poder me despedir do
seu pai, então não sei como, consegui ressuscitá-lo.
Júlia já tinha parado de acariciar o zuck quando Caio disse a palavra infarto, então ela ficou parada sem reação o encarando.
–Júlia fala alguma coisa.
Disse Caio quando viu os olhos de sua noiva se enchendo de lagrimas.
–Ai meu Deus!
Disse Júlia caindo no choro.
–O que foi amor me desculpa, mas você disse que queria uma explicação
e essa é a verdadeira.
–Não é isso.
–Então o que é você quer terminar comigo?
Disse Caio entrando em desespero.
–É claro que não. –Então o que é?
–É que eu estava achando que você estava querendo terminar comigo ou
outra coisa parecida e você me evitando para poder salvar meu pai, Caio me perdoe
pelo amor de Deus.
Disse Júlia se ajoelhando aos pés de Caio que agora estava em pé.
–Que isso, eu que te peço perdão eu devia ter te contado há mais tempo.
Disse Caio levantando Júlia e limpando as lagrimas dela.
–Mas por que você não me contou antes?
–É que estava querendo ver se eu poderia salvar a vida do seu Paulo me
afastando dele e ainda mais você foi à minha casa com ele domingo, então eu
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fiquei preocupado, mas agora vamos mudar de assunto, esta tudo resolvido seu pai
esta vivo e esta todo mundo feliz.
Naquele instante Roberto aparece com Alice na porta do quarto de Caio.
–Bom dia dorminhoco.
–Eu já estou acordado, faz tempo.
–Então o que vamos fazer hoje.
Disse Roberto sorrindo para todos.
–Vocês eu não sei, mas eu e Alice vamos ao centro para resolvermos
varias coisas do casamento e já que não teremos ajuda talvez levaremos o dia todo. Disse Júlia com um olhar de criança pidona para Caio.
–Esta bem eu e Roberto iremos com vocês afinal você já fez o favor de me
tirar do meu sono feliz.
–Mas você não esta mais feliz do meu lado?
Disse Júlia com um sorriso no rosto.
–É claro que sim minha princesa.
–E depois sou eu que falo coisas gays.
Disse Roberto.
–E é mesmo, bem vamos que já são dez horas.
Os quatro saíram e foram para o centro, foram em varias lojas de artigos
para noivas também foram e lojas de presentes, lojas de artigos para animais para que Júlia pudesse comprar uma casinha para zuck, passaram também em um
açougue para Roberto comprar vinte e cinco quilos de carne para o Léu passaram o
dia vendo coisas para o casamento, decoração buquês vestidos de noivas, Júlia e
Alice convenceram Caio e Roberto a experimentarem algumas roupas de noivos e
outros tipos de roupas já que nenhuma delas concordavam com o estilo simples dos
dois, Caio aproveitou para comprar uma roupa de repórter no qual ele vira em uma
loja de uniformes profissionais, Roberto também aproveitou a ocasião e comprou
um uniforme de treinador chegando, o fim do dia e os quatro esgotados resolveram
voltar para casa, mas no meio do caminho se depararam com um grupo de dez
homens que os cercaram.
–Fiquem atrás de mim! Disseram os quatro ao mesmo tempo.
Antes que pudessem perceber, Julia e Alice já haviam deixado os dez
homens caídos no chão.
Caio e Roberto ficaram se olhando sem entender o que tinha acontecido
enquanto Julia e Alice pegavam as sacolas de compras que elas tinham deixado
cair no chão por causa da luta.
–Onde vocês aprenderam lutar desse jeito?
Perguntou Roberto pasmo com a cena anterior.
–Eu aprendi nas ruas, eu cresci na periferia.
Disse Alice arrumando o seu cabelo.
–Eu sou faixa preta no karatê.
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Disse Júlia entregando algumas sacolas para Caio carregar.
Os quatro seguiram para casa, Caio deixou Júlia no caminho em sua casa
e Alice se despediu de Roberto quando chegaram em casa, entrando viu o zuck
então o levou para Júlia, aproveitando a ocasião ele perguntou para ela.
–Por que você não me disse que lutava?
–Porque você nunca me perguntou.
Disse Júlia olhando para Caio sorridente.
–Bem, eu tenho que ir estou cansado e amanhã eu quero dormir até mais
tarde, boa noite. Caio deu um beijo em Júlia voltou para casa e chegando lá encontrou
Roberto já roncando então deitou e antes que pudesse perceber já tinha
adormecido.
No dia seguinte quando levantou Roberto já tinha almoçado e já era mais
de uma hora da tarde.
–Eu pensei que você tinha morrido, mas então escutei você soltar um pum
então fechei a porta para que eu não acabasse morrendo.
–Engraçadinho vai dizer que você nunca fez isso.
–Não dormindo eu tenho certeza.
–Como sabe?
–Porque quando acordo meu quarto não esta fedendo como a seu. Caio colocou almoço para ele então viu o Léu e lembrou-se do zoológico.
–Roberto eu tenho que falar uma coisa com você sobre o Léu.
–O que foi ele esta quieto na dele.
–Não é isso, é que tem um zoológico aqui que esta sem leão, eles estão
precisando de um, e lá também tem um tratamento adequado para o Léu então eu
pensei que ele pudesse ir para lá.
–Nada disso o Léu é meu leão e eu não quero me desfazer dele.
–Mas já pensou no futuro dele, lá ele vai ter atenção e comida farta sem
contar que lá ele também terá atenção o tempo todo.
Roberto começou a pensar no Léu e de como ele não tinha tido tempo de
cuidar do leão, já que estava trabalhando o dia inteiro. –Pensa nisso Roberto, é para o bem dele.
Caio terminou de almoçar a foi para a casa de Júlia enquanto Roberto
ficou lá admirando seu leão roendo um osso de coxa de um boi.
Chegando na casa de Júlia viu a porta aberta então entrou e subiu as
escadas, chegando na sala viu Júlia acariciando o zuck enquanto ele comia uma
porção de carne cozida.
–Oi amor dormiu bem?
Perguntou Júlia com um sorriso no rosto.
–Sim acordei quase agora.
Disse Caio caminhando em direção ao sofá e sentando ao lado de Júlia.
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–Você não contou nada para o seu pai sobre nossa conversa ontem
contou?
–Claro que não e nem tem necessidade dele saber disso muito menos
minha mãe, Caio tem um pequeno detalhe sobre o casamento que preciso perguntar
a você.
–Vai pergunte.
–Você quer chamar alguém para ser nosso padrinho de casamento?
-Bem eu não sei quem chamar, chamaria o Roberto, mas ele também vai
se casar, mas por quê? Eu pensei que você tivesse visto isso também. –É que você também tem direito de dar sua opinião.
–Nossa que honra poder optar algo em meu próprio casamento.
–Esta achando ruim?
Disse Júlia mudando de tom bruscamente.
–Não só estava brincando.
Disse Caio tomando cuidado para não falar a palavra calma.
–Então você quer ir à praia hoje para ver o por do sol?
Perguntou ele para mudar de assunto.
–Quero sim, mas não esta cedo, ainda são três horas da tarde.
–Ficamos conversando, namorando, caminhando, o que você quiser eu só
quero passar uma tarde com a minha futura esposa. –Tudo bem, meus pais foram entregar o convite de casamento na casa de
uma tia minha e pedi a eles já que eles disseram que queria aproveitar melhor a
vida depois do que aconteceu com o meu pai.
Caio e Júlia saíram com zuck, passearam pelo centro da cidade e
brincaram no parque até umas cinco e meia da tarde.
–Vamos para a praia o sol já esta quase se pondo.
Lembrou Julia.
Seguiram para praia e ficaram ali admirando aquela linda paisagem
enquanto zuck tentava pegar os caranguejos que se enterravam na areia
pressentindo o perigo.
–Como você acha que vão ser nossos filhos? –Espero que puxem a beleza da mãe e a inteligência do pai.
Disse Caio olhando para o mar.
–Seu bobo, estou falando sério.
–Eu também.
–Caio e seus pais você não fala muito deles, por quê?
–Eles foram assassinados.
Júlia o olhou com espanto.
–Quem fez isso?
–A mesma pessoa que queria me matar, Lúcio Rizis.
–Quem é esse e por que ele quer te matar?
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–Ele não quer mais me matar agora ele só quer a cabeça do último
herdeiro.
–Quem é o último herdeiro?
–Ele ainda não nasceu, mas é um descendente nosso.
–Como assim?
–Ele terá os meus genes, quero dizer ele terá o meu sangue entende.
–Mais ou menos.
Disse Júlia tentando entender tudo aquilo.
–Mas você sabe quando vai nascer o último herdeiro? –Sei, daqui a trezentos e treze anos.
–O que? Como é que você...
Júlia se lembrou que Caio podia ver futuro.
–Mas é impossível Lúcio viver até lá a não ser que...
–Ele é imortal.
–Isso é impossível não existe imortalidade.
–Realmente não existe, mas ele carrega com ele um rubi mágico que o
deixa vivo e jovem por quanto tempo que ele quiser.
–Por que você não tira o rubi dele Caio?
–Eu já pensei nisso, mas por algum motivo eu não me vejo tirando o rubi
dele e nem sei se o último herdeiro vai conseguir tirá-lo, eu só consigo ver o último herdeiro lutando com ele em uma espécie de armazém abandonado.
–Que estranho, mas mesmo assim Caio você deveria tentar mudar o
futuro.
Naquele instante Caio tem uma visão de uma grande guerra entre o último
herdeiro e outra pessoa que não era o Lúcio.
–Caio, Caio o que foi você ficou pálido de repente.
–Nada foi só tontura é melhor nós voltarmos para casa.
Caio voltou para casa com Júlia e resolveu que não iria contar sobre sua
visão nem para Roberto, pois talvez o amigo iria querer voltar para Londres para
impedir Lúcio, mas Caio não tinha certeza de Lúcio estaria envolvido na guerra
então resolveu guardar a visão para si mesmo. Chegando em casa encontrou Roberto sentado na sala cabisbaixo.
–O que foi Roberto?
–Eu pensei bem sobre o que você disse e eu acho que o Léu ficara melhor
em um zôo...
Caio viu algo que nunca tinha visto, Roberto chorando profundamente de
tristeza.
–Se você não quiser a gente fica com ele.
–Não o lugar adequado é um zoológico.
Caio sem saber o que fazer disse.
–Então a gente fica com ele até o dia do casamento, esta bom assim?
–Tudo bem.
70
Disse Roberto limpando as lagrimas.
Depois de tudo os dois foram dormir, claro que cada um em seu quarto.
Londres, Inglaterra, julho de 1732.
Lúcio estava enfrentando dificuldades na Inglaterra, o povo estava se
rebelando contra ele.
–O que é isso? Prenda todos que eu os condenarei a forca.
–Não dá senhor é praticamente a cidade inteira. –Quem é o líder?
–É um homem vestido de azul que alto se denomina Robin Everlast.
–Robin Everlast não aquele forasteiro que anda roubando o dinheiro do
castelo.
–Eu acho que sim.
–Pegue ele e traga o para mim eu quero negociar com ele.
Os guardas desceram a deram o recado para Robin.
–O que você vai fazer Robin?
–Espere e verá.
Disse Robin para um dos integrantes da rebelião.
Robin subiu com os dois guardas até a sala do rei. –Então é você o famoso azulão justiceiro dos pobres.
–Exatamente e alias estão pobres por causa de seus altos impostos.
–Mas pelo jeito você anda concertando as coisas por conta própria.
–Eu só faço o que é certo afinal ladrão que rouba ladrão tem cem anos de
perdão.
–Mas que moleque atrevido.
–Não se esqueça que você me chamou para negociar, já pensou se o povo
sabe que você me matou vai ser uma fúria dupla.
–É o seguinte fale para o povo desistir que eu poupo a vida de todos.
–Eu acho que você não esta em condições de fazer exigências.
–Esta bem, qual é o seu preço? –Você esta pensando que eu estou a venda?
–Todos têm um preço, qual é o seu?
–O meu preço é o povo livre de impostos cobrados pelo rei.
Lúcio pensou na possibilidade e depois lhe ocorreu à idéia aceitar a
exigência de Robin e logo em seguida matá-lo e matar também todos os lideres da
rebelião.
–Tudo bem, o povo será livre de impostos, mas você terá que falar bem de
mim para eles.
–Trato feito.
Lúcio apertou a mão de Robin que no mesmo instante leu a mente de
Lúcio.
71
Robin e Lúcio desceram as escadas do castelo e ao chegarem ao portão de
entrada antes que Lúcio pudesse falar qualquer coisa Robin gritou para o povo.
–Povo mate o rei que lhes fizeram sofrer!
–O que?
–Isso é por você pensar que eu tenho preço e por pensar que poderia me
matar, eu sei ler mentes.
Disse Robin dando umas palmadas nas costas de Lúcio e indo a direção
contraria ao povo.
–Povo agora é com vocês. Disse o rapaz loiro de olhos castanhos e vestido de azul montando em seu
cavalo branco e seguindo o seu caminho, e o que parecia impossível aconteceu
Lúcio que era tão branco que era quase transparente de cabelos e olhos negros
naquele momento ficou mais branco e mesmo sabendo que era imortal não queria
apanhar daquela multidão que avança em sua direção,então ele correu para atrás
dos guardas.
–Me protejam enquanto eu fujo pelos fundos pensem que vocês morreram
defendendo o seu melhor rei.
Todos os guardas fizeram uma barreira que deu tempo de Lúcio pegar os
livros de ciência de João, a pedra anuladora, um cavalo e fugir da cidade, no campo
encontrou uma caverna e ali ficou escondido. –Com esses livros eu poderei criar coisas que me deixaram rico outra vez
então quando o ultimo herdeiro nascer eu serei poderoso e conseguirei encontrá-lo
facilmente.
Nova York, Estados Unidos, Fim de julho de 1732.
Estava chegando à data do casamento e Caio estava com muito trabalho
no jornal, Oliver estava a todo preço tentando descobrir quem era o ladrão da
farmácia mesmo que não fosse a área dele, mas na verdade ele estava querendo
ferrar um velho rival dele então quase todo dia eles iam ao zôo para a irritação de Caio, pois lá ele via o antigo namorado de Julia e ficava se comparando com ele,
mas para o seu alivio Julia nunca comentava sobre seus antigos namorados parecia
que sabia do ciúme de Caio, chegando em casa, Roberto já estava jantando tentava
disfarçar mas Caio conseguia ver a tristeza do amigo toda vez que olhava para o
leão e o leão por sua vez pressentia o seu futuro longe daquela casa.
–E aí como esta o trabalho na escola?
Disse Caio tentando desviar a atenção de Roberto.
–Bem graças a Deus e como vai o jornal?
–Bem corrido, pois todo dia é uma nova edição, mas eu já estou pegando
o ritmo, você já esta animado para o casório? É daqui quatro semanas.
–Claro feliz e triste porque esta chegando o dia de partida do Léu.
72
–Pensa como vai ser bom para ele.
–E você esta feliz com a vida a dois que esta chegando para você
também?
–Com certeza, vou fazer um time de futebol nela.
–É, mas criança dá gasto.
–Estou brincando vou querer só um casal se possível gêmeo.
–Eu também.
–Graças a Deus que hoje é quinta-feira por que amanhã eu vou trabalhar
forçado, pois estou morto de cansaço. Caio foi deitar e no dia seguinte quase perdeu à hora de ir trabalhar,
chegando no jornal foi direto para sua sala e se sentou na sua mesa que agora já
tinha objetos decorativos e uma pintura do rosto de Júlia, que foi feita por um
pintor que tinha no central park, no dia que os dois resolveram passar o dia juntos,
Oliver chegou uns cinco minutos depois com vários papeis nas mãos.
–O que é isso Oliver?
–Informações preciosas filho, preciosas.
–Sobre o que?
–Sobre animais extintos, quero fazer uma reportagem sobre algumas
espécies em particular, sobre animais que não aparece faz anos, mas que de uns
dias para cá parecem que foram vistos por caçadores da região. –Sabe Oliver você devia ser da coluna policial pelo jeito você gosta de
reportagens investigativas.
–É um sonho meu realmente, mas eu serei editor dessa área quando o
Aloísio se aposentar.
O seu Aloísio era um dos funcionários mais antigos do jornal e pelo jeito
ele morreria antes de se aposentar.
–Calma Oliver cada coisa a seu tempo, logo você será repórter criminal.
–Deus te ouça filho porque com a minha promoção vem a sua também,
pois quando eu mudar de área você será responsável pela reportagem animal.
Caio ficou mais disposto para trabalhar naquele momento e também
começou a torcer pela aposentadoria de Aloísio. Na escola Roberto estava triste então Alice foi falar com ele.
–O que você tem Roberto?
–É que eu vou ter doar o Léu para o zoológico no dia do nosso casamento.
–Por quê?
–Porque é o melhor para ele ficar eu lugar onde ele terá um tratamento
mais adequado e também terá outros animais lá também.
–Mas ele gosta de você Roberto, ele ficara triste se for separado do dono
dele.
Naquele momento Roberto deixa cair uma lagrima de seu rosto.
–Bem será melhor para ele viver com mais atenção.
73
Roberto se levantou e foi em direção ao vestiário masculino e Alice ficou
sentada na arquibancada sem saber o que dizer mais.
Já era sábado e tudo para o casamento parecia estar dentro do prazo todos
estavam ajudando Roberto começou a levar algumas de suas coisas para a casa de
Alice e Júlia também já estava levando alguns de seus objetos para a casa de Caio,
as duas casas estavam em reforma para uma nova fase que estava para começar,
Caio estava pintando a Casa toda com a ajuda de seu Paulo que agora estava com
uma saúde de ferro, Roberto estava consertando o encanamento e construindo uma
casa de pássaros no fundo da casa de Alice e mesmo com todo aquele trabalho ele estava ficando cada dia mais triste, nem Caio e nem Alice sabia o que fazer mais
para amenizar a tristeza de Roberto, e Caio pela primeira vez estava realmente
arrependido e ficando triste também por causa de Roberto.
Chegando na hora do almoço todos foram para a casa de Júlia, inclusive a
mãe e a tia de Alice que estavam ajudando a acertar alguns detalhes do casamento,
os homens ficaram de um lado da mesa e as mulheres de outro lado, pelo fato do
grande numero de pessoas a mãe de Júlia dona Rosa teve que montar a mesa
reserva para o almoço.
–Imaginem só quando for a festa do casamento vai ser o triplo de pessoas.
Disse dona Rosa toda alegre com a casa cheia.
–Puxa vida eu tão focada na cerimônia que esqueci totalmente da festa não vai dar tempo de montar tudo até o dia do casamento.
Disse Júlia agora ficando desesperada.
–Não se preocupe Júlia vai dar tudo certo somos quatro pessoas para
preparar uma festa tudo no final vai ficar perfeito.
–Eu sei, mas você e o Roberto estão reformando as duas casas e nos
quatro trabalhamos a semana inteira.
–Então vamos dar prioridade ao casamento, as casas dá para terminar de
reformar depois, eu e Roberto ajudaremos as duas com a festa certo?
–Esta bem, assim eu fico mais calma.
Disse Julia
–Enquanto vocês vêem as coisas do casamento eu e Ernesto damos conta das duas casas afinal estamos melhores que os quatro juntos.
Disse Paulo olhando o frango assado que dona Rosa acabara de colocar na
mesa.
–E como vai o jornal Caio?
Perguntou Ernesto pegando um pouco de limonada.
–Uma correria, todo dia são novos acontecimentos, novos fatos e lá tudo
vira noticia.
–Que chique, e o que você faz?
–Sou assessor de repórter.
–E o que faz um assessor de repórter?
74
–Redige as notícias que vão para o jornal, é bem legal, estou aprendendo
muito lá.
Todos almoçaram e conversaram sobre vários assuntou seu Ernesto
perguntou sobre o trabalho de Roberto e Alice na escola, depois do almoço dona
rosa colocou na mesa três enormes travessas de pudim que foi onde todos comeram
até dizer chega, depois de comerem quase todo o pudim voltaram para a casa de
Caio e a futura casa de Roberto, resolveram que Ernesto e Paulo cuidariam
primeiro da reforma da casa de Roberto onde o serviço era mais rápido e simples e
em seguida eles iriam terminar a reforma da casa de Caio. Caio, Roberto, Júlia e Alice foram para o centro da cidade para ver todos
os preparativos para a festa de casamento.
–Mas onde vai ser feita a festa?
–No fundo da igreja, lá tem um salão próprio para festas de casamento e
outras festas promovidas pela própria igreja.
Caio e Roberto ficaram encarregados de ver os assessórios da festa como
mesas, cadeiras e outros objetos que fariam parte da decoração do salão, Júlia e
Alice ficaram com a parte da comida e da bebida, elas tinha medo de que Caio e
Roberto não soubessem comprar carne boa, então elas pensaram que se a
decoração fosse ruim pelo menos a comida seria boa.
No dia seguinte como o comércio estava fechado, os quatro ficaram conferindo tudo que tinham comprado e se faltava alguma coisa referente à
decoração.
–Bem eu e Caio faremos uma decoração simples afinal não é esse nosso
estilo, estamos fazendo só para ajudar vocês, queríamos ficar com a parte da
comida mas não sei por que vocês quiseram ficar com essa parte.
–Cuida da sua parte que cuidamos da nossa.
Disse Alice deixando Roberto muito sem graça na frente de Júlia a Caio.
–Ignorante!
Gritou Roberto.
–O que você disse?
–Isso que você ouviu. –Esta perdendo amor na vida?
–Não eu acho que você não esta mais querendo casar.
Alice ficou muda e Roberto virou as costas para ela e foi embora, então
ela começou a chorar desesperadamente.
–Caio vai atrás dele.
Disse Júlia abraçando Alice.
Caio correu tentando alcançar Roberto, mas ele tinha desaparecido em um
cruzamento movimentado, sem saber onde procurar Caio voltou para junto das
duas e encontrou Júlia conversando com Alice.
–Alice você não pode falar assim com o Roberto, em menos de um mês
ele vai ser seu marido, tem que respeitá-lo, ele sempre da do seu lado te respeita e
75
o mais importante ele te ama, se o Caio falasse metade das coisas que ele fala para
você eu estaria muito mais feliz, mas ele acha isso algo desnecessário e gay.
–Eu estou aqui, sabia?
–Cala a boca Caio.
–Olha que eu vou embora também.
Disse Caio para descontrair um pouco.
–Se você for embora eu te caço ate no fim do mundo, de mim você não
escapa.
Caio estremeceu dos pés até a cabeça. –C-cadê o Roberto?
Disse Alice aos prantos.
–Eu não sei, ele desapareceu no cruzamento.
–Vamos para minha casa, depois vocês conversam.
Disse Julia.
Naquele momento Caio percebeu que a cidade estava movimentada
porque tinha um circo e um parque de diversões novo.
Caio foi para o seu quarto dormir, já que não tinha nada para fazer, quando
acordou já era noite e Roberto ainda não tinha chegado então ele começou a ficar
preocupado, mas em menos de uma hora Roberto abre a porta e entra com o rosto
riscado por lagrimas. –Onde você estava cara?
–Eu fui andar para esfria a cabeça.
–Roberto você não deve levar em consideração o que a Alice fala, olha,
para ter uma noção eu disse que iria embora e a Júlia falou que me caçava me
matava e ainda colocava minha cabeça na parede do quarto dela.
–Nossa como ela é violenta.
–Então se fosse para as mulheres serem inteligentes elas tinham sido feitas
da nossa cabeça e não da nossa costela.
–Você tem razão, eu tenho que conversar com a Alice.
–Ela te ama e a Júlia já deu uns puxões de orelha nela.
No dia seguinte, Caio foi para o jornal e não viu Roberto, também não viu ele quase a semana inteira, como estava com muito trabalho no jornal, quando
chegava Roberto já estava dormindo, quando chegou sábado ele, Júlia, Roberto e
Alice foram resolver coisas do casamento, mas Roberto e Alice não se falavam e
ficaram nessa situação o fim de semana inteiro.
No almoço na casa de Júlia pareciam estranhos, seu Paulo e dona Rosa
perguntaram para Júlia o porquê daquilo e ela contou toda a história do fim de
semana anterior e os dois ficaram sem saber o que dizer.
–Você conversou com ela filha?
Perguntou seu Paulo.
–Claro que sim pai.
–E o Caio conversou com ele?
76
Perguntou dona Rosa.
–Também, mas não sabemos mais o que fazer.
Naquele momento Caio deu um susto em todos ao se levantar
bruscamente da mesa e dizer.
–Já chega! Ou vocês dois fazem as pazes por bem ou vocês vão ser os
responsáveis pela anulação do meu casamento com a Júlia.
–Você não faria isso.
–Duvida? Eu vou na igreja agora.
–Caio. –Cala a boca Júlia que eu não estou falando com você.
Júlia quis pular no pescoço de Caio, mas se conteve.
–E aí? Agora é com vocês e dou três minutos para ver o beijo mais
apaixonado dos dois nessa cozinha, anda to contando.
Roberto e Alice se olharam e sem dizer uma só palavra se agarraram sobre
a mesa começaram a se beijar.
–É isso aí, vocês vão se casar daqui duas semanas e não podem ficar
assim.
Alice a Roberto nem deram ouvidos ao que Caio dissera, naquele
momento Júlia o chamou no quarto dela.
–O que foi amor? Júlia lhe da um imenso tapa na cara.
–Você nunca mais me manda calar a boca ainda mais na frente dos meus
pais.
–Desculpa amor.
–Desculpa! Depois que fala as coisas é fácil pedir desculpas.
–Calma amor.
–Eu já te disse para não pedir para eu ficar calma.
Júlia começou a lhe dar vários tapas, mas de repente parou.
–Eu vou tentar me acalmar e você Caio Durtin suma da minha frente se
não eu te arrebento.
Caio sem pensar duas vezes saiu o mais rápido possível do quarto de Júlia. Depois de alguns minutos Júlia saiu do quarto toda sorridente e se sentou
ao lado de Caio que estava tremendo de medo.
Depois daquele almoço, Roberto voltou para casa todo feliz e Caio todo
dolorido, mas não deixou o amigo perceber sua dor, no resto da tarde Roberto ficou
brincado com o Léu e Caio ficou revendo alguns textos do jornal em seu quarto, a
noite Júlia foi na casa dele para lhe pedir perdão.
–Como você mesma disse Júlia, mas mudando um pouco a coisa, mais
fácil é alguém bater em outra pessoa e depois pedir perdão, por um acaso você já
ouviu aquela frase que diz que quem bate esquece, mas que apanha nunca esquece
agora eu vou ficar com vários hematomas nos braços, se você que casar comigo
tem que me respeitar como seu marido.
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–Esta bem eu prometo que eu vou tentar mudar.
–Tentar não, você vai mudar eu não vou me casar para ficar apanhando.
Júlia caiu no choro.
–Me perdoa Caio eu fui burra.
–Você sempre diz isso, mas sempre comete os mesmos erros.
–O que você quer que eu faça que eu me ajoelhe aos teus pés?
–Não, só quero que você mude e que me respeite.
–Esta bem eu vou mudar.
–Agora senti firmeza, me beija. Caio e Júlia se beijaram e Júlia foi para sua casa, no dia seguinte no jornal
estava todo mundo triste, até o Oliver, mas estava com um pequeno ar de alegria.
–Caio hoje não vai ter expediente.
–Por quê?
–Seu Aloísio faleceu esta noite, então o jornal esta de luto se você quiser
pode voltar para casa, o corpo dele vai ser velado aqui no prédio, a família dele
esta lá embaixo se você quiser cumprimentá-los fique a vontade.
–Mas do que ele morreu?
–Infarto fulminante.
–Quando o corpo vai chegar?
–Às cinco da tarde. –Então eu vou para casa e depois eu volto.
–Tudo bem filho.
Caio desceu as escadas e viu um grupo de pessoas vestidas de preto no
que ele deduziu ser a família de seu Aloísio, mas resolveu não cumprimentá-los,
pois já tinha muitas pessoas fazendo isso, sem saber por que naquele momento, ele
pensou no tesouro então resolveu deixar quieto o seu súbito pensamento de
ressuscitar seu Aloísio, e também ele não poderia sair ressuscitando todo mundo
que morria, pois cada um tem o seu tempo.
Quando foi seis e meia da tarde, ele foi junto com Júlia, Roberto e Alice
para o jornal onde já estava o corpo de seu Aloísio.
–Caio por que você não o ressuscita? Disse Júlia no ouvido dele.
–Não dá.
–Por quê?
–Porque primeiro esta cheio de gente aqui e todo mundo iria ficar
espantado ou até morrer também e depois se alguém alem de nós sabe que eu tenho
o poder de ressuscitar mortos vai querer que eu ressuscite seu entes queridos e
depois cada um tem o seu tempo, seu pai foi uma exceção.
Júlia percebeu que não era uma boa idéia e não tocou mais no assunto.
–Eu vou cumprimentar os parentes do defunto, vamos Júlia?
–Sim.
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Júlia e Alice foram em direção aos familiares de seu Aloísio e Caio e
Roberto ficaram de longe olhando o corpo.
–Como as pessoas são esquisitas aqui nesse lugar.
Disse Roberto olhando para os funcionários.
–Por quê?
Perguntou Caio sem entender o que o amigo acabara de dizer.
–É que esta quase todo mundo chorando e eu sinto uma certa falsidade nos
rosto de quase todos também, inclusive no tio da Júlia o seu chefe.
–Eu sei, é que com a morte de seu Aloísio o Oliver será promovido para a coluna criminal que ele tanto sonhou.
–Que coisa, por causa de um cargo maior as pessoas ficam felizes com a
morte dos colegas de serviço.
–Fazer o que? A vida é assim e a tendência é piorar.
O velório durou a noite toda e o enterro foi às nove horas da manha,
depois os funcionários voltaram para o jornal para fazer um minuto de silêncio em
nome seu Aloísio, Joseph o editor Chefe do jornal disse algumas palavras.
−Aloísio Kait, homem sem igual trabalhou conosco durante quarenta e
sete anos se dedicando totalmente em levar e verdadeira notícia ao povo Nova
Yorkino sempre amigo, companheiro e um verdadeiro pai para todos nós e é com essa imagem de alegria e sinceridade que nos despedimos de você Aloísio, Amigo,
Pai e irmão.
Todos deram uma salva de palmas que durou cinco minutos e em seguida
os funcionários foram dispensados em sinal de luto.
Chegando em casa Caio estava exausto pois passou a noite inteira em
claro então deitou em sua cama e apagou instantaneamente, só acordou quatro
horas da tarde morrendo de fome, então ele fez um lanche e comeu com gosto, só
depois que se tocou que estava sozinho em casa então foi até a casa de Júlia e os
três estavam lá acertando os últimos detalhes do casamento.
–Por que vocês não me chamaram? –Porque sabíamos que você estava muito cansado e também nós só
estávamos vendo estes últimos detalhes e você tinha razão terminamos tudo com
uma semana de antecedência.
Disse Júlia já guardando os papeis com as anotações.
–Vamos sair um pouco, aproveitar que hoje nós não trabalhamos.
–Espera um pouco, eu não trabalho, mas vocês tinham que estar no
trabalho, os três.
–Disse Caio espantado.
–Bem, eu trabalho quando eu quero.
Disse Júlia normalmente.
79
–Eu e Roberto podemos faltar uma vez ou outra desde que seja motivo de
morte ou outra coisa muito grave.
Disse Alice como se fosse a coisa mais normal do mundo.
No dia seguinte Caio recebeu a notícia de que havia sido promovido que
agora iria ganhar três mil moedas de ouro por mês, então começou a pensar na
possibilidade de comprar a casa de seu Ernesto para ele e Júlia, depois de um longo
dia de trabalho ao voltar passou na casa de seu Ernesto e falou sobre o assunto
então seu Ernesto falou o preço e Caio viu que estava dentro de suas
possibilidades, fechou negócio naquele instante mesmo e Caio foi correndo falar para Júlia as boas novas.
–Eu não acredito, que ótima notícia quer dizer que já temos casa própria?
Eu te amo Caio.
–Eu sei.
Disse caio com um olhar de exibido.
–Larga a mão de ser convencido.
Disse Júlia lha dando um empurrão.
O resto da semana e a outra semana passou rapidamente e então chegou o
dia do casamento.
Nova York, Estados Unidos, 28 de agosto de 1932, dia do casamento.
Caio levantou já era mais de nove horas e em sua casa estava como varias
pessoas, algumas estava levando alguns artigos da decoração que estavam na sala,
outras estavam trazendo todos os objetos pessoais de Júlia, havia também pessoas
levando as coisas de Roberto para a casa de Alice, mas Caio viu Roberto sentando
no fundo da casa perto da gaiola de Léu que agora estava vazia.
–Eles vieram buscá-lo bem cedo, eu quase não consegui dormir a noite.
–Animo irmão, hoje é nosso casamento, as meninas já devem estar super
nervosas não vamos querer desapontá-las não é?
–É você tem razão, hoje é o nosso dia.
Disse Roberto se levantando e entrando na cozinha com Caio para tomar café, enquanto Caio comia um sanduíche de pasta de amendoim perguntou algo
que precisou ser traduzido três vezes.
–Faz o favor de comer primeiro e depois falar.
–Estou querendo dizer que horas essas pessoa chegaram?
–Não faz muito tempo eu acho que às oito e meia.
Naquele momento seu Paulo e seu Ernesto entraram com as roupas do
noivo.
–Que bom que vocês já estão de pé temos muita coisa para fazer,
terminem de comer rápido e depois coloquem estas roupas para as costureiras
darem os reparos finais.
80
Disse seu Paulo com um sorriso de quem iria entregar a filha para a obra
do Senhor Deus.
–E como está a Júlia?
–Esta linda, mas como já sebe hoje você só poderá vê-la na hora do
casamento e isso vale para você também rapaz.
Disse seu Paulo apontando para Roberto.
–E não se preocupe que a Alice esta lá em casa também aquela sala esta
parecendo um salão de beleza eu não agüentava ficar lá nem mais um minuto.
O dia passou rápido com tanta coisa para fazer quando deram conta já estavam na igreja, todos os convidados já haviam chegado e não dava para dizer
quem estava mais nervoso se era Caio ou Roberto.
A marcha nupcial começou a tocar e Alice entrou primeiro ela esta com
uma tiara simples na cabeça e um longo vestido com detalhes azuis, foi de
encontro a Roberto que lhe deu um beijo na testa, em seguida entrou Júlia, ela
estava com o cabelo solto e com fitas entre os cabelos com pétalas de rosas brancas
e seu vestido era branco com detalhes dourados foi ao de Caio que lhe deu um
beijo na testa.
–Estamos reunidos aqui hoje para realizar a união desses quatro jovens:
Caio Durtin, Júlia Silvertone, Roberto Listen e Alice Nantal.
O casamento se seguiu com algumas palavras de votos e princípios cristãos sobre o casamento.
–Se alguém aqui presente tem algo a dizer que possa comprometer essa
união fale agora ou cale-se para sempre.
Ninguém se manifestou.
–Podem por as alianças.
Primeiro Júlia colocou a aliança no dedo de Caio.
–Caio prometo amá-lo e respeitá-lo na alegria ou na tristeza, na saúde ou
na doença, na riqueza ou na pobreza até que a morte nos separe.
–Julia, prometo amá-la e respeitá-la na alegria ou na tristeza, na saúde ou
na doença, na riqueza ou na pobreza até que a morte nos separe.
Depois foi a vez de Alice e Roberto. –Roberto, prometo amá-lo e respeitá-lo na alegria ou na tristeza, na saúde
ou na doença, na riqueza ou na pobreza até que a morte nos separe.
–Alice, prometo amá-la e respeitá-la na alegria ou na tristeza, na saúde ou
na doença, na riqueza ou na pobreza até que a morte nos separe.
–Os noivos podem se beijar.
Julia e Caio se beijaram seguidos de Roberto e Alice que foram
aplaudidos por toda a igreja e em seguida foram para a festa onde festejaram até
altas horas da noite, quando voltaram para casa, Roberto abraçou Caio por um
longo tempo.
–Foi bom morar esse tempo contigo irmão.
–Calma agora somos vizinhos só estamos em casas diferentes.
81
–É mesmo.
Roberto pegou Alice no colo e Caio pegou Júlia no colo e os dois
entraram respectivamente em suas casas, ao entrar Caio foi direto para o quarto
com Júlia no colo e a jogou na cama.
–Enfim sós e sem qualquer pecado perante Deus e os homens.
No momento seguinte eles começaram a se beijar.
No dia seguinte Caio foi acordado com um café da manha na cama.
–O que foi que eu fiz dessa vez?
Perguntou Caio desconfiado. –Roubou meu coração.
Disse Júlia tomando um pouco do suco de laranja na cama.
–Foi o roubo mais lucrativo que eu tive.
Os dois passaram uma semana inteira curtindo a casa com o zuck já com
três meses e meio.
Depois de uma semana Caio voltou ao jornal e resolveu ir ao zoológico
ver como estava Léu.
–Oi eu queria ver o leão daqui.
–O nosso leão não esta nada bem parece que ele esta com depressão, eu
nunca vi um animal assim, nenhum veterinário consegue descobrir o que ele tem.
–Será que não é falta de uma leoa? –Não os homens que o trouxeram disseram que ele já estava assim no
caminho.
Caio ficou sem reação.
–Então esta bem.
Ficou com aquele pensamento o dia inteiro, ao chegar em casa Júlia estava
fazendo a janta.
–Oi amor como foi no trabalho?
–Foi bem.
–O que você tem?
–É que eu fui ao zoológico saber como estava o leão e fiquei sabendo que
ele não esta na bem. –Mas o que ele tem?
–Dizem que ele esta com depressão.
–Alice disse que Roberto tenta disfarçar, mas que direto ela o pega triste
olhando para o fundo do quintal.
–Eu acho que sei o que fazer.
Já estava no final de novembro e Roberto parecia não ter superado a
separação de Léu mesmo que tentasse disfarçar com brincadeiras nos encontros
com Caio e Julia, mas Alice dizia que em casa não sabia mais o que fazer.
Caio saiu certo dia com Roberto para colocarem os papos em dia.
–Roberto o que você tem?
–Nada por quê?
82
–Porque esta todo mundo comentando da sua tristeza desde o dia do
casamento estão pensando que você não esta feliz casado.
–Não é isso.
–Então é o que?
–É que eu não consigo parar de pensar no Léu.
–Então por que não vai visitá-lo no zoológico?
–Por que senão vai ser pior, na hora que tiver que vir embora eu vou ter
que deixá-lo lá.
−Então cara sinceramente eu não sei mais o que dizer, de tudo já tentei, mas parece que você gosta de sofrer.
Caio não disse mais nada e mudou de assunto.
Dezembro tinha chegado e com ele o frio e o espírito de natal, todos
estava animados com o natal até mesmo o Roberto estava mais alegre com o natal
porem Caio de repente estava misterioso e Júlia estava começando a ficar
desconfiada.
A véspera de natal chegou e todos se reuniram na casa de Caio e Julia,
Caio por sua vez tinha desaparecido e já estava deixando todo mundo preocupado,
quando ele chegou chamou a atenção.
–Gente cadê o Roberto?
–Estou aqui. Disse ele saindo do fundo das pessoas que estavam na sala.
–Te trouxe um presente, foi difícil de achar, mas eu não aceito um não
como resposta.
–O que é?
–Abre.
Roberto começou a abri uma enorme caixa meio desconfiado então
quando viu não acreditou.
–Você é louco Caio como conseguiu?
–Como eu disse não foi fácil achar.
–O que foi?
Disse Júlia vindo com a Alice ao encontro deles. Elas viram o Léu deitado na caixa todo dopado para não atacar ninguém e
as duas tiveram um enjôo simultâneo e correram para o banheiro.
–O que elas têm?
Perguntou seu Paulo.
–Bem a Júlia esta assim há semanas.
Disse Eric.
–A Alice também.
Disse Roberto.
–Mas aonde eu vou por ele?
–A gaiola dele esta na sua casa já.
–Você pensa em tudo Caio.
83
Os dois pegou o enorme leão e o colocou dentro da gaiola e quando
estavam voltando para casa encontraram Alice e Júlia.
–O que vocês tem andam com enjôos, tonturas e com segredinhos.
–É que temos uma notícia para os dois quero dizer duas noticias.
Disse Júlia sem graça.
–Fala logo.
Disse Roberto sorridente.
–Estamos grávidas.
84
Capítulo 8
Gravidez dupla
No dia seguinte Caio acordou com uma terrível dor de cabeça levantou e
foi até o banheiro se lavar ao ir para a cozinha viu Júlia cozinhando com ânsia de
vômitos.
−Júlia tive um pesadelo, sonhei que você e Alice estavam grávidas.
−E estamos. Caio teve a impressão que iria desmaiar, mas se conteve e sentou-se à
mesa.
−O que foi?
Perguntou Julita colocando varias panquecas na mesa.
−Eu vou ter um herdeiro.
−Pode ser uma herdeira.
−De qualquer maneira terá o meu sangue minha linhagem continua.
Caio ficou preocupado naquele instante, pois sabia que mais cedo ou mais
tarde nasceria o último herdeiro e que uma grande guerra estava para começar.
−Caio!
−O que foi? −Estou te chamando faz uns cinco minutos, vai se arrumar vamos almoçar
na casa dos meus pais e eu quero ajudar no almoço.
Os dois se arrumaram e foram para casa dos pais de Júlia, Roberto e Alice
foram para casa da mãe dela onde estavam todos os seus parentes inclusive a mãe e
a tia dela.
Chegando na casa de seu Paulo, Júlia foi para a cozinha ajudar sua mãe
com a comida e seu Paulo foi com um grande sorriso no rosto cumprimentar Caio.
−Eu nem acredito que vou ser avô, muito obrigado filho muito obrigado
mesmo.
Disse seu Paulo querendo chorar.
−Hei homens não choram. Disse Caio disfarçando, mas também querendo chorar.
−O que você acha que vai ser menino ou menina?
−Na verdade eu queria um menino, mas só saberemos quando nascer.
Caio e seu Paulo conversaram sobre vários assuntos e combinaram de
irem pescar um certo fim de semana agora que Caio estava para pegar férias, no
momento seguinte Oliver chega com a tia de Júlia que tinha dois filhos que
moravam em Albuquerque no sul do país.
−E aí Caio como esta achando o novo trabalho de responsável pela coluna
animal?
−Bem interessante e mais cansativo ainda.
85
A tia de Júlia foi para a cozinha com as mulheres e Oliver tirou uma caixa
de charuto e ofereceu para Caio e seu Paulo e os dois em coro recusaram e
agradeceram a gentileza de Oliver.
Quando foi onze e meia Júlia chamou os três para a mesa onde tinha um
segundo banquete parecido com o da noite anterior na casa deles, com um enorme
frango assado, purê de batata, várias saladas, limonadas e sucos de laranja,
macarrão e carne de vaca, no momento seguinte todos sentaram a mesa e o pai de
Julia fez uma breve oração agradecendo a fartura e agradecendo ao seu novo neto
que estava a caminho, em seguida a mulheres começaram a servir seus maridos e depois se serviram, durante o almoço todos conversaram sobre vários assuntos,
mas o assunto principal foi o novo membro da família que estava por vir.
−Já escolheram o nome?
−Ainda não sabemos nem o sexo.
Disse Caio terminando de tomar sua limonada.
−Eu quero que seja uma menina.
Disse Júlia acariciando a barriga.
−Claro que tem que ser menino para levar adiante o meu nome.
−Que machismo onde se viu só por causa de um nome.
−Eu também quero levá-lo para os jogos de futebol, ensiná-lo a jogar
beisebol, entre outras coisas que os pais fazem com seus filhos homens. Júlia só olhou para Caio que foi o suficiente para encerrar o assunto.
−Caio eu marquei médico para nós amanhã.
−Nós?
−Para mim, é que você tem que ir junto, pois você é o pai.
−E você vai fazer o que no médico?
−Pré-natal para acompanharmos melhor o desenvolvimento do bebê.
Depois do almoço Caio e Júlia voltaram para casa e passaram a tarde
namorando e curtindo a barriga de Júlia, Caio pensou em vários nomes exóticos,
quase todos rejeitados por Júlia.
−Onde já se viu chamar nossa filha se for mulher que Kênia, todos vão
zombar dela. No momento seguinte Roberto bate na porta.
−Pode entrar, esta aberta.
Gritou Caio da cozinha que estava ajudando Júlia a preparar uns salgados
para comer no lanche da tarde.
−Vocês chegaram bem na hora do nosso lanche.
Disse Julia enrolando uma coxinha de frango.
−E aí quais são as novidades?
Perguntou Caio levando Roberto para a sala.
−A família da Alice é bem grande e legal, eles estão achando que a Alice
terá gêmeos.
−Por quê?
86
−Porque quase toda a família dela tem irmão ou irmã gêmea, tanto do lado
do pai quanto do lado da mãe tem tendência em ter gêmeos.
−E o que você acha disso?
−Legal e ao mesmo tempo estranho, já pensou ter duas crianças iguais eu
vou ter que saber qual é qual.
−Você se acostuma, mas calma pode ser uma criança só.
−Eu não estou preocupado com números, mas sim com aparência eu quero
saber reconhecer eles pela voz e pelo rosto.
−Com isso você não precisa se preocupar gêmeos sempre tem a voz diferente e a aparência nem sempre é idêntica, às vezes um tem uma pinta nos rosto
e o outro não entendeu?
−Assim eu fico mais seguro.
−Vem comer, os salgados já estão prontos.
Caio e Roberto foram para a cozinha comer os salgados preparados pelas
garotas e mais uma vez o assunto foram os novos membros das famílias.
−Amanhã eu e Caio vamos ao doutor Tanaka.
Disse Julia colocando suco para Caio.
−Nós também.
Disse Alice se sentando a mesa.
−Sério? Que horas são a consulta de vocês? Perguntou Julia.
−As nove.
Respondeu Roberto.
−A nossa é as nove e meia.
−Então podemos ir juntos.
−Com certeza.
Depois disso Caio e Roberto foram ver o Léu.
−Caio o que você tem?
Pergunta Roberto jogando um pedaço de carne para o leão.
−Nada, por quê?
−Porque eu te peguei em vários momentos com um ar de preocupação, não tem nada haver com a idéia de ser pai não é?
−Claro que não deve ser impressão sua.
−Ok, se é você quem diz.
No dia seguinte os quatro foram ao hospital materno luz da vida para ter
consulta com o doutor Kioko Tanaka e não demorou nem dez minutos, Alice e
Roberto entraram no consultório e meia hora depois saíram alegres.
−Nós esperamos vocês dois.
Disse Alice sentando na sala de espera e logo em seguida saiu um japonês
com uns sessenta anos, careca e com um sorriso contagiante.
−Vocês são Júlia e Caio não é?
−Somos.
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−Disse Caio fazendo uma força anormal para rir.
−Podem entrar aqui.
−Não, vamos entrar ali.
−O que?
−Não liga doutor para ele, eu o achei na rua e peguei para criar.
Disse Júlia dando um soco no estomago de Caio.
Ao entrar no consultório Caio sentiu um enorme calafrio e sentiu que não
gostava nem um pouco daquele lugar, Júlia deitou-se na maca e o doutor Tanaka
começou a examiná-la e a lhe fazer varias perguntas referentes a sintomas e mudanças corporais, Caio por sua vez ficou sentado lendo uma revista sobre
tratamento de bebes, quando o senhor Tanaka terminou Júlia desceu da maca e
sentou ao lado de Caio.
−Bem o seu bebe esta ótimo.
Caio e Júlia já estavam saindo quando o médico fez uma pergunta que fez
Caio querer sumir.
−Júlia a senhora já esta tendo desejos?
−Não, por que?
−Porque em breve começara a ter e em geral é de madrugada para o terror
dos maridos.
Durante a noite enquanto Caio revia alguns artigos do jornal Julia fazia uma lista de artigos para bebe.
−Caio o que você acha de colocarmos nomes bíblicos no bebe?
−Eu acho bem melhor do que colocar nomes exóticos, mas temos que ver
o nome mais adequado com os dias de hoje.
−É claro.
−Mas que nome seria melhor?
−Bem Isaque cairia bem se fosse um menino, pois significa filho da
promessa.
−E se fosse menina?
−Ai achava melhor Sara soa como princesa para menina e o significado
bíblico é mãe de nações. −Gostei dos nomes então se for menino será Isaque e se for menina será
Sarah.
Caio e Júlia foram dormir e quando foi umas três horas da manhã, Julia
acordou com um desejo incontrolável.
−Caio estou com desejo.
Caio meio sonolento disse.
−Esta bom, o que você quer?
−Frango com goiabada.
−Mas isso não existe.
−ENTÃO FAÇA EXISTIR!
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Caio de um pulo da cama que quase bateu a cabeça na cômoda ao lado da
cama.
−Esta bem eu vou ver o que tem na cozinha.
Chegando na cozinha tinha um pedaço de frango, mas faltava a goiabada.
−Júlia não tem goiabada.
−Então vai buscar.
−Mas são três horas da manhã na tem nada aberto.
-NÃO INTERESSA!
Caio saiu apressado e encontrou Roberto saindo no mesmo horário. −Aonde você vai?
Perguntou Roberto fechando a porta.
−A Júlia esta com desejo.
−A Alice também, como é o desejo da Júlia?
−É goiabada com frango, o frango tem, mas ta faltando à goiabada, e da
Alice?
−É pudim com chá de tigre negro, tinha o pudim, mas faltava a chá.
−Mas não tem plantado no fundo da sua casa?
−Tem, mas ela quer da marca Ásia ocidental, diz que o gosto é diferente
porque é industrializado.
Caio e Roberto rodaram Nova York inteira durante a madrugada, quando era cinco e meia da manhã e eles já estavam quase desistindo acharam um mercado
no centro que ficava aberto vente quatro horas, sem pensar entraram, pegaram a
goiabada e chá então voltaram para casa, Caio ao entrar viu Júlia roendo o osso do
pedaço de frango que tinha na travessa de prata e com um sinal pediu a goiabada
para Caio que deu para ela e foi pegar uma faca para cortar a embalagem, mas
quando se virou, Júlia já havia comido metade do doce, em cinco minutos comeu
duzentos gramas de goiabada e voltou para cama, Caio ficou ali olhando abismado,
então foi deitar e não deu nem cinco minutos Júlia o acordou para irem comprar o
enxoval do bebe.
Sábado chegou com a véspera de ano novo e dessa vez todos se reuniram
na casa de Roberto e Alice, a mãe de Alice veio com sua tia e as duas irmãs gêmeas Vilma e Vera, Júlia e dona Rosa estavam descascando os tomates e alguns legumes
para fazer uma salada bem colorida, a tia Alma de Júlia estava temperando o leitão
e o pernil para assar enquanto Caio, Roberto, seu Paulo e Oliver estavam chegando
com as compras que faltavam para o grande jantar.
Quando eram nove horas todos já estavam sentados a mesa para saborear
o grande banquete feito em conjunto pelas mulheres da família, Caio que estava
varado de fome, pois não tinha almoçado para deixar mais espaço no estomago
para o jantar foi o primeiro a se servir e quase não esperou a oração de Oliver para
abençoar os alimentos, zuck a cachorro de Júlia estava deitado ao pé da mesa
esperando cair um pedaço de carne ou outro tipo de comida para ele poder saborear
também e sem que ninguém percebesse Caio pegou um grande pedaço de carne de
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vaca e colocou embaixo da mesa para zuck que agradeceu com um balançar do
rabo.
Depois do jantar a família toda foi para a praia para a virada do ano e
quando chegaram encontraram lá também amigos de trabalho conversando e
cumprimentando amigos nem viram as horas passar.
−Gente já vai dar meia noite.
Disse Alice olhando para o relógio de bolso que carregara com ela.
Em um imenso coral todos na praia começaram a fazer contagem
regressiva. −Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um, Feliz Ano Novo!
Todos se cumprimentaram e começaram a correr para o mar frio mesmo
com a temperatura de dez graus negativos as pessoas estavam alegres e felizes nas
areias do mar gelado, depois de tanta euforia Caio foi cumprimentar Julia.
-Feliz Ano Novo futura mamãe.
-Feliz Ano Novo pra você também futuro papai.
Nova York, Estados Unidos, 1º de janeiro de 1733.
Caio e Júlia levantaram e foram direto para a casa dos pais dela e
chegando todos já estavam presentes fazendo mais um banquete delicioso. −Depois de hoje vou ter que fazer greve de fome se não vou acabar tendo
que passar de lado na porta de casa.
−Que nada Caio você é um palito de gente, tem que comer muito para
parecer que tem barriga.
Disse seu Paulo com um sorriso de sarrista no rosto.
Chegado à hora do almoço um silencio rompeu a sala só se ouvia o
barulho dos talheres e de vez em quando um pedia o sal, a pimenta até que Oliver
se manifestou.
−Nossa esta muito silencioso esse almoço, eu tenho um assunto ótimo
para falar que tal o novo membro que esta a caminho.
Caio não gostou nada da idéia de Oliver, pois o seu filho ou filha o fazia lembrar de sua visão da guerra e também o fazia se sentir impotente de não poder
fazer nada para ajudar seu ultimo herdeiro então teve uma idéia.
−Júlia eu não estou muito bem então eu vou para casa.
−O que você tem? Eu também vou.
−Não precisa, eu só estou com dor de cabeça.
−Tudo bem daqui a pouco eu vou então.
Caio se levantou e foi para casa e ao entrar na sala sentiu uma energia fora
do comum dentro de sua casa.
−Quem esta aí?
Viu um vulto em seu quarto e correu para lá, mas não tinha ninguém então
viu um bloco de folha uma pena e um tinteiro e achou aquilo muito estranho, pois
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não tinha deixado nada em cima da sua mesa, então no momento que ele se sentou
na cadeira algo tomou conta do seu ser e ele viu um mundo totalmente diferente
com tecnologia avançada da qual ele nunca tinha visto e em outro momento ele
estava de volta a sua cadeira no quarto ele ficou sem saber o que acabara de
acontecer com ele então ele viu que uma carta com a letra dele acabara de ser
escrita e o problema que ele não se lembrava o que tinha escrito então ele viu um
bilhete que dizia:
Caio,
Leve esta carta ao esconderijo do livro e a guarde dentro do livro.
Obs: Não conte nada ao Roberto
Do seu eterno professor: João.
−Professor?
Ele olhou pela casa toda, mas não viu nada e aquela energia tinha
desaparecido.
No dia seguinte Caio saiu uma hora mais cedo e foi até a floresta onde
estava escondido o livro, mas não se lembrava o local exato então ele fechou os olhos e deixou o seu instinto o guiar então ele começou a sentir o cheiro de folha
antigo e foi seguindo o cheiro até que chegou no local onde estava escondido o
livro o tirou do esconderijo e colocou a carta o mais rápido possível tomando todo
o cuidado para que ninguém o visse e então foi para o jornal.
Fevereiro chegou com a primavera e com o tempo mais fresco, Júlia e
Alice já estavam no quarto mês de gravidez com as barrigas aparecendo, Alice
estava com a barriga maior para o desespero de Roberto, Caio por sua vez estava
mais feliz com a idéia de ser pai principalmente depois que conversou com o pastor
da igreja que disse que toda criança é uma benção.
No jornal Caio contratou um assistente de reportagem chamado Jessi um
jovem de dezesseis anos muito aplicado e disposto para a oportunidade de trabalho, Caio estava fazendo uma série jornalística de sete edições sobre aves nativas de
Nova York e estava bem animado com o resultado de suas notícias principalmente
depois do caso de Léu, o jornal abriu mais espaço para a coluna animal.
Ao voltar para casa encontrou Júlia estava alegre para sua sorte, pois com
a gravidez, tanto Júlia como Alice estavam com mudanças repentinas de humor e
Roberto estava sofrendo mais que Caio porque o médico disse que Alice estava
esperando três crianças e também disse que as mudanças de humor dela seriam três
vezes maiores, ao entrar no quarto Júlia lhe mostrou as roupas que ela havia
comprado para o bebe e para ela, Caio já sabendo do estado frágil de sua esposa
elogiou tudo que ele havia comprado.
−Você vai querer alguma coisa?
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−Não vou não Júlia, eu só quero descansar um pouco e depois vou jantar,
tenho uma ótima noticia para você, vou entrar de férias o mês que vem e vai dar
para pintar o quarto do bebe.
−Júlia caiu no choro.
−O que foi Júlia?
−É emoção.
Caio ficou ali sem entender o que Júlia disse, mas depois de seis meses de
casado ele desistiu de tentar entende-la então se deitou e apagou instantaneamente.
Os meses seguintes passaram rapidamente e então no sábado do dia doze de julho de mil setecentos e trinta e três Júlia e Alice entraram em trabalho de parto
então as mães de Alice e Júlia foram chamadas junto com as duas irmãs de Alice
que foi para a casa de Caio, na sala Caio e Roberto estavam aflitos enquanto seu
Paulo e seu Ernesto tentavam acalmá-los, depois de uma hora ouviram o choro de
um bebe então ficou aquela esperança de quem fosse então Vilma apareceu.
−Nasceu uma sua Roberto, agora só falta duas.
−É uma menina, eu sou pai de uma menina.
Roberto não se conteve e começou a chorar.
−O que foi Roberto?
Perguntou Caio preocupado.
−É emoção. Mais duas horas se passou e se ouviu outro choro de criança então Vilma
apareceu de novo com outra criança.
−Parabéns Roberto, é outra menina.
Roberto caiu no choro de novo.
−O que foi agora?
Perguntou Caio desconfiando da resposta.
−É emoção de novo.
Três horas se passaram e ouviram mais um choro de criança então Caio
pensou que fosse o seu filho ou filha, mas quem saiu mais uma vez foi Vilma com
um menino.
−Finalmente um rapagão Roberto. E Roberto caiu no choro mais uma vez.
Quando se passou mais de sete horas e era quase meia noite se ouviu o
choro de uma quarta criança então o coração de Caio começou a bater acelerado
então quem saiu dessa vez foi dona Rosa.
−Parabéns Caio, você é pai de uma bela menina.
Caiu então desmaiou e quando foi reanimado seu Paulo perguntou o que
tinha acontecido.
−É emoção.
Respondeu ele ainda meio tonto.
Logo depois os pais foram ver os filhos com as mães.
Os filhos de Roberto se chamaram Rebeca, Éster e Daniel.
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A filha de Caio se chamou Sarah.
No mês seguinte fizeram uma festa para comemorar o primeiro ano de
casados deles então Roberto ficou conversando com Caio sobre o tesouro então
enterrado.
−Caio você acha que último herdeiro vai ser uma garota?
−Se eu te falar que tenho certeza estaria mentindo, mas alguma coisa me
diz que o último herdeiro vai ser um rapaz.
93
Capítulo 9
313 anos depois
Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos, ano de 2046.
−E aí Jhonny, quando que nasce o seu herdeiro?
−Até o final da semana eu espero.
Jhonny era um editor chefe de um renomado jornal de Los Angeles, o Los Angeles Times, e os jornais da época não eram mais vendidos impressos em
papeis, mas sim em cartões de memória nas bancas de memória, não existia mais
concreto, mas sim edifícios, casa e toda estrutura existente sustentada por campo
de força controlada por computador, o que facilitava as decorações em época de
natal e facilitava também a limpeza dos edifícios mais altos como o do jornal onde
Jhonny trabalhava, os robôs viraram grandes aliados dos humanos eles faziam
quase todo trabalho mecânico e braçal sem o menor esforço, depois dos robôs os
maiores aliados dos humanos eram os celulares, pois neles você guardava tudo,
desde seu dinheiro até o seu carro construído também por campo de força, de
concreto na época só existiam as ruas, pois quiseram conservar alguma coisa de
natural e de antigo. Jhonny tinha vente seis anos e apesar de ser um pouco desligado era um
ótimo jornalista e um excelente chefe segundo seus empregados, ao chegar em casa
encontrou sua esposa Lara que estava grávida de nove meses no quarto que eles
tinham decorado por computador para o filho deles que se chamará Eric.
−Então querida, gostou do quarto do Eric?
−Perfeito Jhonny.
Lara era clara com olhos castanhos e cabelos lisos, já Jhonny era
bronzeado cabelo ondulado e olhos azuis com um cavanhaque bem discreto.
Durante o jantar, enquanto Jhonny revia os artigos do dia seguinte, Lara
saboreava o frango com purê de batata, a única comida da qual ela não tinha
pegado enjôo. −Jhonny.
−Diga.
−Como será que ele vai ser, quero dizer a personalidade dele, como vai
ser?
−Bem eu acho que ele vai puxar a minha beleza e sua inteligência.
−Você esta me chamando de feia?
−Não só estou dizendo que sou mais bonito que você.
−Como você é humilde.
Disse Lara em tom de ironia.
−Você viu mesmo com a minha doença a gestação esta indo bem segundo
o doutor Serviton.
94
−Com certeza, a tecnologia de hoje esta muito avançada e nós temos um
Deus muito poderoso que esta cuidando de nós.
No momento seguinte Lara solta um grito.
−O que foi?
−Eu acho que a bolsa estourou.
No momento seguinte Caio pegou a bolsa de Lara e a bolsa que seria do
futuro bebe.
−Respira Lara, respira.
−Calma Jhonny as contrações estão começando agora vai demorar um pouco para o bebe nascer.
Ao saírem de casa Jhonny passa um cartão na porta da frente que tranca a
casa inteira e ativa o alarme de segurança logo depois ele aperta uma tecla de seu
celular e do nada surge um Carro sport prata e sofisticado para a época, Lara entra
e o carro sai em disparada para a maternidade.
−Ai, Ai.
−Respira Lara já estamos chegando.
Com o carro em alta velocidade eles chegaram ao hospital em menos de
cinco minutos.
−Pronto chegamos, cuidado Lara.
−Calma Jhonny quem vai ter o filho sou eu e estou mais calma que, Aiiiii! Naquele momento Lara começou a sangrar, em seguida apareceram vários
robôs com a maca para levá-la a sala de parto, Jhonny foi seguindo eles, mas uma
enfermeira disse que ele teria que esperar na sala de espera.
−Eu preciso ver como esta minha mulher, você não entende?
−Eu entendo, mas o senhor não poderá fazer nada, os médicos já estão
cuidando dela, tudo ficara bem, tenha fé.
Jhonny ficou impaciente na sala de espera do hospital. Conhecido com um
dos mais modernos da região o hospital tinha um berçário com tecnologia de ponta,
praticamente tudo era feito por robôs menos os serviços que envolviam água, pois
em contato com a água os robôs entravam em pane elétrica.
Era quase que inconfundível os robôs entre os humanos, pois eles possuíam aparência humana para não parecer muito técnico aos olhos humanos, só
se percebia que era um robô pelo modo de falar e pelo sotaque magnético.
O hospital parecia um lugar novo que nunca foi habitado antes, em varias
telas, nos corredores onde eram filmados os partos dos familiares então eles
estavam constantemente sabendo como esta a futura ou a nova mamãe com o seu
filho recém nascido, nas salas de espera haviam grandes telões com programação
sobre saúde e bem estar os sanitários eram auto limpáveis cada vez que alguém o
usava, na lanchonete os robôs anotavam os pedidos e com tele transporte a comida
aparecia na sua mesa.
Já era quase meia noite quando Zac, o irmão de Jhonny chegou ao
hospital.
95
−E aí mano recebi sua mensagem como esta a Lara?
−Eu não sei, eles não me dão notícia, só disseram para eu esperar, mas
estou preocupado.
−Por quê?
−Ela começou a sangrar do nada.
−Será que tem haver com a doença dela?
−Eu não sei, mas estou com um mau pressentimento.
Diferente de Jhonny, Zac tinha o cabelo liso e comprido eram um pouco
mais claro que o irmão e também era um pouco mais alto apesar de ser mais novo e seus olhos eram verdes, pois a mãe de Jhonny tinha os olhos verdes e o pai tinha os
alhos azuis.
Já era quase duas horas da manhã quando a enfermeira foi falar com eles.
−Vocês estão pensando o que em me deixar aqui sem notícias, a minha
esposa estavam sangrando, você me ouviu, sangrando.
Zac teve que segura-lo.
−Calma Sr.Scart estamos fazendo tudo o que esta no nosso alcance, a
criança já nasceu e está no berçário.
−E a Lara?
Perguntou Zac agora soltando Jhonny.
−Ela esta com hemorragia e os médicos estão tentando conter o sangramento.
−NÃO!
Jhonny caiu no desespero temendo o pior, Zac pegou o celular e começou
a ligar para os pais de Lara e os seus pais para eles virem para o hospital.
−Sr.Daunts a Lara não esta bem o senhor pode vir aqui para o hospital luz
de vida? O senhor sabe onde fica? Então estamos te esperando.
−Pai vem com a mamãe agora para o hospital a Lara não esta bem.
Em menos de meia hora os pais tanto de Jhonny quanto os de Lara
estavam chegando ao hospital, Zac estava na sala de espera sozinho.
−Cadê o Jhonny?
Perguntou Zick, o pai de Lara. −Eu falei para ele ir ver o bebe que esta no berçário.
Ao chegar ao berçário Zick viu o genro aos prantos olhando para o filho
recém nascido.
−Seu Zick.
Jhonny o abraçou e os dois começaram a chorar por Lara.
−Ela vai ficar bem filho, tenha fé.
Disse Zick limpando as lágrimas.
−Eu tenho fé com certeza.
Jhonny não quis contar sobre seu pressentimento para o sogro.
96
Quando era três e meia da manhã o médico chegou para dar a notícia que
todos temiam, Lara não havia resistido à hemorragia Jhonny ficou descontrolado e
teve que ser contido por Zac e por Robin, seu pai.
−O que eu vou fazer agora sem a minha esposa?
−Você tem que ser forte filho agora você tem o Eric que depende
totalmente de você.
Quando amanheceu o dia todos ainda estavam no hospital, pois o pai de
Lara estava resolvendo as papeladas necessária para liberarem o corpo.
−Eu vou poder levar meu filho hoje? −Hoje não, só amanhã e você terá que vir pegar o leite materno para ele
durante seis meses.
−Tudo bem.
Jhonny ainda estava muito abalado então a enfermeira deixou ele entrar
dentro do berçário para poder ver seu filho de perto.
Eric era claro como a mãe e tinha os olhos azuis do pai.
−Vai dar tudo certo filho, você estará comigo.
Disse Jhonny sorrindo.
Quando foi dez horas da manhã, todos já estavam na casa de Jhonny, onde
seria o velório de Lara, estava praticamente lotada a casa, pois estavam todos os
vizinhos da rua, os colegas de trabalho de Jhonny os parentes da família e as amigas mais chagadas de Lara.
As dez e meia o carro da funerária chagou com o corpo e Jhonny estava
no quarto, o pai de Lara muito forte emocionalmente conduziu os rapazes até a sala
que estava decorada com um programa de computador para velórios, pois as casas
eram decoradas por programas de computadores que eram introduzidos na sala de
comando da casa.
A mãe de Jhonny entrou no quarto e viu o filho olhando o álbum de
casamento.
−Filho o corpo já chegou.
Jhonny ainda olhou as fotos por alguns segundos.
−Olha mãe como ela estava linda naquele dia, parecia uma princesa. Naquele momento começou a cair lagrimas do rosto de Jhonny.
−Porque tinha que ser ela mãe? Com tantas pessoas ruins no mundo, por
que as boas são as que mais morrem? A senhora não vê terrorista sendo condenado
por doenças sem cura com os dias contados.
−Filho, não fique assim, pense que ela esta em um lugar ótimo, ao lado do
Senhor, lembre-se que Ele sempre sabe o que faz e outra coisa agora você tem um
anjinho lá no hospital que vai precisar de todo o seu amor e felicidade.
Havia suavidade na voz de dona Mariah para com o filho.
−Agora vamos.
Os dois desceram as escadas e foram em direção à sala com maior
concentração de pessoas, Jhonny por sua vez não teve coragem de encarar ninguém
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mesmo sabendo que não tinha nenhuma culpa, atravessou a sala e chegou até o
caixão onde estava Lara, ele estava maquiada e parecia que estava dormindo
suavemente, porem não movia um músculo de seu corpo, Jhonny acariciou sua
cabeça como se tivesse esperando que ela acordasse e dissesse que tinha sido tudo
uma brincadeira, mas nada aconteceu.
−Lara eu te amo e sempre te amarei, você pode ter certeza que cuidarei do
nosso filho com todo amor que há em mim, e enquanto tiver fôlego eu vou
agradecer a Deus por cada dia que Ele me permitiu estar do seu lado.
Dizendo isso sentou em uma cadeira na primeira fileira então as outras pessoas foram ver o corpo e em seguida prestar seus pêsames a Jhonny.
Quando foram cinco horas da tarde o pastor Taigor chegou para fazer a
ultima homenagem a Lara e dizer algumas palavras para a família.
Ele cumprimentou todos os familiares e sentou-se ao lado de Jhonny.
−Filho você pode ter certeza que ela esta em um lugar bem melhor, pois
ela esta ao lado do nosso querido Senhor.
Ao dizer isso se levantou e foi até um púlpito que estava ao lado caixão.
−Queridos irmãos e irmãs, estamos reunidos aqui hoje para prestar a
ultima homenagem a esta jovem moça, que nos deixa com saudades, mas também
com um exemplo de simplicidade e de amor para com o próximo.
Enquanto o pastor dizia aquelas palavras Jhonny começou a lembra de quando conheceu Lara.
Los Angeles,Califórnia, Estados Unidos, ano de 2041.
−Vai lá Jhonny, você esta de olho nela faz dois meses e não tem coragem
de dizer nem um oi, eu acho que você é gay.
−Fica quieto Zac.
No momento seguinte Zac o empurra e Jhonny quase cai em cima de
Lara.
−Desculpa.
Disse Jhonny vermelho de tanta vergonha. −Não foi nada, hei você não é aquele garoto que senta sempre na frente
nos cultos de domingo?
−Sou eu mesmo.
Disse Jhonny já voltando ao seu tom normal.
−Eu sempre te vejo com outro moço, quem é?
−É meu irmão.
−Foi o que eu pensei. Então você esta gostando do culto dos jovens?
Perguntou Lara deixando suas amigas e caminhando com Jhonny.
−Estou sim.
−Você quer sair depois conosco? Nós dos jovens vamos comer lanche,
pode chamar seu irmão.
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−Tudo bem.
−O que você faz Jhonny?
−Sou recém formado em jornalismo, e você?
−Sou matadora de aluguel veio na igreja para disfarçar, não conta para
ninguém se não vou ter que te matar, nem meus pais sabem.
Jhonny estremeceu e Lara caiu no riso ao ver a expressão dele.
−Você é a primeira pessoa que caí nessa.
Jhonny ficou meio sem graça.
−Você tem namorada? Perguntou Lara.
−Não.
Respondeu Jhonny meio sem jeito.
−Nossa, mas um moço tão bonito não tem namorada, este mundo ta um
caos mesmo.
No momento seguinte fecharam o caixão e começaram todos a saírem
para o cemitério.
Por todo o caminho até o cemitério Jhonny permaneceu calado e isolado,
durante o enterro o pastor disse mais algumas palavras, uma das amigas de Lara
disse também umas últimas palavras para amiga, então enterraram o corpo de Lara e todos foram embora menos
Jhonny.
−Vamos Jhonny.
Disse Zac para o irmão.
−Não, eu quero ficar mais um pouco, pode ir se quiser, eu volto de ônibus.
−Eu te espero então lá no carro pode ficar o tempo que quiser.
Jhonny ficou ali olhando o tumulo já pronto que dizia:
Lara Daunts Scart (11/07/2022-02/05/2046)
Querida filha, esposa e mãe.
Jhonny ao voltar para o carro pediu para Zac levá-lo ao hospital para ele
ver Eric, chegando lá ficou a noite inteira, as nove horas da manhã ele pegou a
bolsa de leite e levou Eric para casa de seus pais pois resolveu passar alguns dias
lá.
Pelo fato da ausência de Lara Jhonny pegou licença maternidade de seis
meses do jornal.
99
Capítulo 10
Uma infância diferente
Londres, Inglaterra, ano de 2046.
Londres como toda grande capital européia tinha como principal fonte de
renda os suportes tecnológicos das empresas Rizis no qual o presidente e o homem
mais rico da Europa era Lúcio Rizis. −Senhor estes são os testes dos planadores a jato.
Dizia um executivo magro com os óculos redondo estilo nerd
ultrapassado.
Lúcio porem com a mesma aparência de trezentos e treze anos atrás, mas
com um ar mais sofisticado estava com os pensamentos longe.
−Senhor.
−O que foi?
Disse Lúcio com um susto ao ver seu secretário na sala.
−Os testes dos planadores.
−Ah, os planadores, depois eu vejo, não estou muito bem então vou para
casa, cancele todas as reuniões. −Sim senhor.
Lúcio entrou na cabine e se tele transportou para o andar térreo do enorme
prédio e saiu sem falar com ninguém entrou em seu carro elegante que saiu de seu
minúsculo celular e foi para casa.
Ao chegar em sua casa guardou o carro novamente no celular e sua casa
era como um palácio do futuro, tinha arquiteturas modernas para a época. Ele
entrou rapidamente e trancou a porta ativando os alarmes exteriores de todo resto
do terreno, chegou a uma porta de madeira, a única da casa e com uma chave
antiga que tirou de seu pescoço junto com o rubi da imortalidade abriu a porta e
desceu as escadas de concreto, foi como se ele tivesse voltado a trezentos anos
atrás, com um estilo medieval a sala tinha somente uma mesa, cadeira papeis e uma pequena caixa de madeira ao lado de um notebook.
Lúcio sentou na cadeira e abriu a caixa e lá estava a pedra abstrata roxa
com um pequeno brilho quase imperceptível a olho nu.
−Então ele finalmente nasceu, o último herdeiro do ciclo nasceu e eu
preciso localizá-lo o mais rápido possível, como previsto esta na hora de armar
meu exército para uma possível guerra.
Lúcio ligou o notebook e entrou em um programa de projetos, no mesmo
instante a sala medieval se transformou em uma oficina com alta tecnologia da
época. A sala tinha vários tecidos sintéticos usados para pele de robô várias bolas
vermelhas que eram usadas para os olhos e outros objetos que seriam usados para
fazer cerca de cem robôs.
100
Pegou o seu celular e ligou para informações.
−Alô é do serviço de informações? Gostaria de saber o numero de telefone
da família Retiv. Sim, é este mesmo, obrigado.
Ligou para o numero anotado.
−Alô, Geasse, lembra daquele favor que você me devia? A hora de você
pagar chegou.
Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos, ano 2046.
O tempo havia passado rápido e Eric já estava com seis meses, o inverno
estava bem rigoroso naquele ano e os preparativos para o natal já estavam
começando a aparecer. Como Jhonny estava de férias ele mesmo resolveu levar
Eric ao pediatra e a manhã do dia 20 de novembro esta bem fria, então Eric e
Jhonny estavam muito mais que agasalhado, ao chegarem ao hospital viram que o
natal tinha vindo com tudo e na ala da pediatria um papai Noel vestido de branco
estava distribuindo presente para todas a crianças que esta esperando para serem
atendidas, então o papai Noel chegou até Jhonny e entregou um pirulito na mão de
Eric que estava no colo do pai, Eric estava cada dia mais parecido com a mãe
exceto pelos olhos que eram azuis como o do pai.
−Eric Scart. Anunciou a enfermeira e Jhonny entrou com o filho ao consultório.
−Olá.
Disse a médica sorrindo para Eric.
−Mas cadê o doutor Tukinaka?
−Ele foi para o Japão e agora eu serei a pediatra desse garotão.
Disse ela quando viu Eric sorrindo.
−Então doutora eu o trouxe para uma consulta de rotina.
Por favor me chame de Beth.
−Tudo bem Beth.
Disse Jhonny corando de vergonha.
−Então, cadê a mãe dele? −Ela faleceu quando ele nasceu.
Beth ficou sem graça, pois não previa aquela resposta.
−Então pelo jeito você é um ótimo pai porque esta criança esta saudável e
perfeita.
Disse enquanto examinava Eric que sorria parecendo que estava fazendo
cócegas nele com os movimento da mão da médica.
−Ele esta ótimo para um pai viúvo, você cuida muito bem do seu filho,
tem mães que trazem os filhos aqui quase morrendo, eu fico horrorizada com as
cenas, e se vê que ele é um bebe feliz também com um pai desses.
Jhonny corou novamente.
−Então você tem filhos porque pelo jeito gosta muito de crianças.
101
−Não tenho, não posso ter filhos.
Jhonny corou mais ainda e ficou sem graça com a situação.
−Mas já estou fazendo tratamento, o médico disse que tenho grandes
chances de conseguir engravidar.
−Então você é casada?
−Não.
−Tem namorado?
−Também não.
−Quer criar um filho sozinha? −Não, é que nuca se sabe quando a gente vai encontrar a nossa alma
gêmea.
Jhonny que já estava voltando ao seu tom normal voltou a corar sentindo a
indireta da médica.
−O que você faz?
−Sou editor chefe da Los Angeles Time.
−Eu assino esse jornal, ele é ótimo.
−Em que igreja você vai?
Perguntou a doutora.
−Eu vou na batista do centro.
−Ah! Jhonny quase caiu da cadeira com o susto e Eric caiu no riso.
−Eu sabia que te conhecia de algum lugar eu também vou lá.
−Legal.
Ao chegar em casa Jhonny deu banho em Eric e estava dando comida para
ele quando seu irmão chegou.
−E aí mano como está e esse garotão forte e firme.
Eric comeu com gosto a papinha que o pai havia lhe preparado.
−Você não sabe o dia que eu tive hoje.
Jhonny contou para Zac tudo o que tinha acontecido no consultório e Eric
sem entender nada continuou comendo a comida que o pai lhe dava.
−Esta na cara que essa médica esta afim de você, o melhor que ela parte logo para o ataque.
−Esquece Zac eu não quero relacionamento.
−Mano, você tem que superar isso você é muito novo, só esta com vinte e
sete anos e eu tenho certeza que a Lara iria querer que você tivesse alguém para
ajudar a cuidar do Eric, não é campeão.
Naquele momento Eric arrotou surpreendendo o pai e o tio.
No domingo de manhã como de costume Jhonny foi com Eric para a
escola dominical, encontrou Beth lá na mesma sala que ele, então Jhonny criou
coragem e a chamou para sair, Beth era bonita, tinha olhos castanhos claros e um
cabelo mais liso que de japonês ela também era clara e parecia uma boneca.
102
Eles saíram por varias vezes e no natal ela passou junto com a família dele
foi uma noite bem alegre Eric ficava brincando com o seu cubo robô que dançava e
o ensinava a falar algumas palavras simples, um presente do seu tio Zac.
Enquanto todos estavam no aconchego da sala Jhonny chamou Beth para a
varanda da casa de seus pais e lá eles ficaram conversando por varias horas.
−Beth na verdade eu te chamei aqui para lhe fazer uma proposta.
−Diga então.
−Elizabeth, você quer namorar comigo?
Beth ficou sem reação. −Fala alguma coisa pelo amor de Deus.
−Eu pensei que você nunca fosse me fazer esse pedido, e claro que sim,
pois já temos até um filho.
Disse ela apontando para Eric pela janela que estava mordendo o cubo, o
cubo por sua vez desesperado pedindo por ajuda, mas ninguém parecia lhe dar
ouvidos.
No dia seguinte durante o almoço de natal Jhonny deu a noticia do seu
namoro com Beth que foi recebida com festa pela família, Eric então pareceu
entender e começou a pedir o colo para sua mais nova mãe.
Os meses seguintes passaram voando e não demorou muito Eric já estava
fazendo um ano de idade mesmo sem querer aquele dia também lembrava um ano da morte de Lara e Jhonny foi até o cemitério acompanhado de Beth para levar
flores ao tumulo da mãe de seu filho, quando foi cinco horas da tarde começaram a
chegar amigos da família com seus filhos bebes também para festejarem o
aniversario de Eric, ele por sua vez estava muito mais parecido com a mãe, os avós
maternos chegaram e presentearam o neto com um urso falante que ficava se
escondendo dele o tempo todo, mas Eric muito esperto sempre o achava e foi o
presente que mais gostou, ganhou fantasias e outros brinquedos, mas do que mais
gostou foi do urso que apelidou de zô.
−Eric vem ta na hora de cantar parabéns.
Disse Beth chamando carinhosamente o menino que foi seguindo ela
puxando o urso que parecia estar chorando. No quintal dos fundos da casa de Eric tinha uma decoração do desenho
favorito dele.
Tinha no painel com campo de força atrás de mesa do bolo um grande
desenho do herói infantil zoty ele tinha um capacete intergaláctico azul e roupa
varmelha com capa e detalhes azuis e no painel ele lutava vencia o seu inimigo o
zeta negro que era um monstro escuro que no painel aparecia caído no chão
vencido por zoty.
−Vem Eric.
Jhonny pegou o filho no colo, pegou o microfone e pediu a atenção de
todos os convidados.
103
−Eu gostaria primeiramente agradecer a presença de todos nessa festa que
preparamos para festejar o primeiro ano de vida desse campeão, queria dizer
mesmo sabendo que ele não entenda que esses últimos doze meses foram os
melhores da minha vida e que não pense vocês que ele só é bonzinho assim na
frente de vocês, ele é bonzinho o tempo todo, eu quero dizer que ele é o maior
presente que Deus poderia me dar e que a festa continue, vamos cantar parabéns.
Quando a festa acabou Eric já estava dormindo e Beth foi colocá-lo no
berço ao voltar para a cozinha ela fez uma pergunta que sobre uma coisa que
Jhonny nunca tinha pensado. −Jhonny, o Eric nunca se machucou?
−Para falar a verdade ele já levou tombos feios, mas nunca apareceu
nenhuma ferida, mas por que você ta me perguntando isso?
−Porque nunca vi nenhuma cicatriz ou sinal de ferimento, uma criança
agitada como ele deveria ter algum arranhão ou sinal de ferimento.
−Pois é, meu filho é diferente de todos os outros.
−Nosso filho.
Corrigiu Beth.
Los Angeles,Califórnia, Estados Unidos,05/11/2047, dia do casamento de
Jhonny e Elizabeth.
A igreja estava lotada com parentes e amigos dos noivos, Eric estava com
Zac e sua namorada a Kate, Jhonny estava mais uma vez nervoso como estivera em
seu casamento com Lara.
O órgão começou a tocar e todos na igreja se levantaram então Beth
entrou mais linda do que nunca com um vestido simples longo e bonito, estava
atrás de duas damas de honra, vestidas de rosas claras, ao chegar no altar Jhonny
deu lhe um beijo na testa, então o pastor começou a cerimônia.
−Queridos irmãos estamos aqui reunidos para realizar a união destes dois
jovens que se amam e desejam passar o resto de seus dias juntos.
A cerimônia durou cerca de uma hora com musicas e testemunhos dos padrinhos, mais tarde durante a festa muitos queriam cumprimentar os noivos
inclusive os pais de Lara que apoiou Jhonny em sua decisão de se casar outra vez,
Eric estava com uma chupeta luminosa que mudava de cor a cada chupada que o
garoto dava, e também estava com um terno azul marinho e muito feliz no colo de
Beth que estava radiante no vestido de noiva.
Mais uma vez os anos se passaram rapidamente e Eric já estava com sete
anos entrando para o primário.
−Pai eu estou com medo, não quero ficar sozinho.
−Vai dar tudo certo filho, você vai se sair bem, esta no seu sangue e
lembre-se você é um Scart.
−Eu sei pai.
104
O garoto entrou cabisbaixo na escola e deixou o pai acenando para ele.
Durante o recreio Eric ficou sozinho e isolado enquanto as outras crianças
brincavam, então um grupo de três garotos chegaram até ele.
−O que foi moleque? Esta sozinho por que?
−Porque eu quero.
Disse Eric não se deixando intimidar.
−Que garoto mal educado, esta bem vou te dar mais uma chance, me de o
seu lanche e tudo fica certo.
−De jeito nenhum. Disse Eric se levantando, mas o garoto o empurrou então começou a briga
e todas as crianças formaram uma roda no meio dos dois até que a diretora chegou
e levou os dois para diretoria.
Jhonny chegou na escola encontrou o filho sem nenhum arranhão e o
outro menino todo arranhado e com o olho roxo, então Jhonny o levou para casa e
chegando, encontrou Beth preparando o almoço e Win, uma robô com aparência
humana passando um aspirador cibernético na sala de TV, Beth a hora que viu os
dois levou um susto ao ver a roupa de Eric toda rasgada.
−O que aconteceu?
−Ele brigou na escola.
Disse o Jhonny com um olhar zangado para Eric. −Mas foi o Teddy que começou pai, eu não ia ficar apanhando de graça.
−Não interessa, violência não leva ninguém a lugar nenhum e você esta de
castigo, uma semana sem viagem cibernética.
−Mas pai...
−Sem mais, eu já desinstalei do seu quarto, agora suba e não desça até eu
te chamar.
Eric subiu com a cara emburrada sem olhar para trás.
−Jhonny você não acha que esta sendo rude demais com ele?
−Se eu não colocar autoridade agora quando ele crescer vai querer me
bater.
−Eu sei, mas conversar com ele seria melhor. Jhonny ficou pensativo então resolveu seguir o conselho de Beth e subiu
para o quarto do filho.
Ao entrar no quarto viu Eric deitado em sua cama em forma de nave, o
quarto tinha o teto desenhado por photoshop varias galáxias do universo e o seu
guarda roupa tinha portas que pereciam cabines de comando, então Jhonny bateu
na porta.
−Posso entrar?
−Você que sabe.
−Disse Eric sem se mover.
Jhonny entrou e sentou na cama ao lado do filho.
105
−Sabe quando eu era criança também me envolvi numa luta no primeiro
dia de aula e fui parar na diretoria.
Eric se levantou e se sentou ao lado do pai, mas não disse nada.
−Na minha época as coisas eram difíceis e meus pais não tinham os
recursos que tenho hoje para me botarem em uma boa escola, mas meu pai me
disse algo que nunca esqueci.
−O que ele disse?
Perguntou Eric olhando para a janela.
−Ele me disse que o que faz de você um homem não é sua força, mas sim a forma de como a domina.
−O que quer dizer com isso?
Perguntou Eric agora encarando o pai.
−O que eu quero lhe dizer que tudo tem uma outra opção alem da
violência, lembre-se disso.
−Mas, se não tiver outra escolha?
−Aí você saberá o que fazer.
Eric ficou intrigado então se levantou e foi até o a mesa de estudos e ficou
olhando seus livros escolares.
−Eu sei que tem sido difícil para você, mas se quiser posso te mudar de
escola. −Vai ser sempre o mesmo problema pai, eu sou anti-social.
−Não diga isso filho é só uma fase logo passa.
−Vai passar quando você contar o que aconteceu com a minha mãe.
Disse Eric olhando para o quadro com a foto de Lara na parede em cima
da mesa de estudos.
−Filho eu já lhe disse que quando chegar a hora certa...
−Toda vez é quando chegar a hora certa e nunca chega, ninguém me conta
do que ela morreu.
Eric sentou-se na cama e começou a chorar silenciosamente e o pai sem
saber o que dizer saiu do quarto.
Londres, Inglaterra, ano de 2053.
–Como esta indo a construção dos robôs Geasse?
−Estão ficando perfeitos Lúcio.
Lúcio acabara de chegar ao seu laboratório subterrâneo e Geasse um
homem ruivo com olhos cor de mel e com o cabelo com comprimento até aos
ombros estava terminando de fabricar um dos cem robôs que Lúcio havia
encomendado.
−Lúcio eu não sei o que você quer fazer, mas vai ser grande o estrago e eu
não quero estar perto quando acontecer.
106
−Que pena eu estava querendo que você me ajudasse já que o meu alvo é
a América do norte.
Os olhos do homem de vinte sete anos começaram a brilhar.
−Então você vai...
−Para os Estados Unidos.
Completou Lúcio.
−Chegou a hora de você vingar a morte de seus pais e eu pegar o que é
meu de volta.
−Agora eu fiquei bem mais animado em fazer esses robôs exterminadores, eu que sempre odiei aquele povo, nunca deram a mínima pela morte dos meus pais
nem se quer foram atrás dos assassinos, então agora todos vão pagar.
Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos, ano de 2056.
Os anos haviam passado mais rapidamente e Eric já estava com dez anos,
ele estava andando com sua bicicleta a jato pelo bairro então quando ele menos
esperou um caminhão se chocou com ele o lançando a mais de cinqüenta metros de
distancia, naquele instante varias pessoas fizeram rodas em volta dele.
−O que? Como isso foi acontecer?
Jhonny deu um pulo da cadeira de seu escritório e saiu correndo em direção ao hospital, chegando lá encontrou Beth aos prantos.
−Como ele esta?
−Eu não sei, me desculpe Jhonny pelo amor de Deus, eu não devia ter
deixado ele sair para brincar sem estar por perto.
−Não foi sua culpa essas coisas acontessem.
O médico apareceu e foi em direção deles.
−Vocês são os pais de Eric Scart?
-Sim.
Respondeu Jhonny.
−Senhor o seu filho tem um anjo da guarda enorme, porque ele não sofreu
nenhum arranhão, esta totalmente ileso e pelo que contaram como foi o acidente não haveria como ele sobreviver, o senhor tem sorte.
Naquele momento Jhonny se lembrou de Lara nunca havia se machucado,
pois ela tinha um poder de se auto curar sozinha e de curar os outros também, mas
nunca tinha dito isto a Beth.
−Ele vai ficar em observação hoje e amanhã ele poderá ir para casa,
podem vê-lo, mas apenas um por vez.
−Pode ir Jhonny.
Disse Beth antes que Jhonny pudesse ter qualquer reação.
Ao entrar no quarto Jhonny viu Eric assistindo o show de um grupo
musical adolescente chamado os elétrons.
−Filho?
107
−Oi pai, me desculpe, eu não tive culpa.
−Calma eu sei eu vim para te falar do que aconteceu hoje com você.
−Do pudim na geladeira, fui eu, mas eu não faço mais.
−Foi você? Quero dizer, não sobre isso.
−Então é sobre o que?
Perguntou Eric com ar de curiosidade.
−Já esta na hora de você saber do que sua mãe morreu.
Eric ficou olhando o pai sem reação.
−Eric, sua mãe tinha um dom que você herdou dela e eu só fui perceber hoje.
−Que dom pai?
−Você tem o dom da cura.
−Como assim.
Perguntou Eric sem entender o que o pai dizer.
−Você tem o poder de se curar e de curar outras pessoas com uma rapidez
mágica, sua mãe tinha esse dom e também o dom de ressuscitar os mortos, algo
que você também deve ter.
−Mas como pai, isso é impossível, o que é, pegadinha, cadê as câmeras.
−Não tem câmera nenhuma é a mais pura verdade, filho era pra você estar
morto agora você só se salvou por causa do seu dom. Eric parou de rir e ficou olhando sério pai.
−Quem mais sabe disso?
−Ninguém só eu e agora você.
−Sua mãe tinha câncer no útero e os médicos disseram que era muito
perigoso ela engravidar com essa doença, mas nós sabíamos que com o dom dela
conseguiríamos um filho, e conseguimos você, mas alguma aconteceu que deu uma
hemorragia nela na hora do parto e ela não sobreviveu, mas você sim e eu tenho
certeza que de onde ela estiver ela esta orgulhoso do bom menino que você virou.
−Então eu sou o culpado da morte da minha mãe.
−Não filho, ela sempre te amou e eu também, o que aconteceu foi uma
fatalidade, nunca se culpe por isso, viu, eu não queria te contar porque eu temia sua reação.
Jhonny abraçou Eric que começou a chorar.
108
Capitulo 11
Aniversário de 17 anos
Los Angeles, Califórnia, natal de 2062.
–Você esta lindo.
–Fala sério mãe, estou ridículo nessa roupa. –É claro que não, Jhonny vem ver o Eric.
Chamou Beth.
–Meu Deus o que você fez com meu filho.
Eric estava com um terno preto e com o cabelo arrumado com estilo de
gala.
–Vamos os convidados já devem estar chegando.
Os três desceram e Eric foi para a sala que estava decorada para a noite de
natal com luzes coloridas e um enorme pinheiro com presentes de vários formatos
embaixo dele, Eric ligou a televisão e começou a assistir o seu serie de televisão
preferida à “família do desastre” uma serie cômica que contava as trapalhadas de
uma família de quatro pessoas. A porta se abriu e os pais de Jhonny foram os primeiros a chegarem com
vários presentes e com um pudim enorme.
–Vovó.
Eric saiu correndo para ajudar sua avó com o pudim.
–Você só esta me ajudando porque é comida.
–A senhora me conhece bem.
–Senhora teu passado eu sou muito nova para ser chamada de senhora.
A avó de Eric lhe deu um tapa tão forte na cabeça que quase ele deixa o
pudim cair.
–Wanda, não faz isso com o menino.
–Obrigado vovô, o senhor é um bom homem. –Vem aqui que você vai ver quem é o senhor.
–PAI!
Eric saiu correndo em direção a cozinha fugindo da cinta eletrônica de seu
avô.
–Papai, guarda essa cinta o menino só esta sendo educado.
–Educação me chamar de velho?
–Você o chamou de velho filho?
Perguntou Jhonny para Eric.
–Não pai, eu só o chamei de senhor.
–Esta vendo, vem garoto que vou lhe ensinar uma lição.
–Calma pai depois eu te explico o que significa a palavra “senhor”.
109
–Você também filho vem aqui pensa que só porque é adulto pode me
insultar vou lhe dar uma surra.
A porta se abriu novamente e Zac entrou com Kate e com o filho deles de
dois anos, o Junior.
–Tio Zac.
–E aí campeão, lhe trouxe um presente, mas só poderá abrir a meia noite.
–Eu sei, mas o que é?
–Não posso contar se não sua tia me mata.
–Oi tia. –Oi querido como você esta lindo nesse terno.
–Foi minha mãe que me fez colocar isso.
–Oi Junior.
–Oi primo.
Acenou o garoto que era a cara de Zac para Eric.
Já havia chegando quase todos quando chegou a sobrinha de Beth, Joana,
uma garota pela qual Eric tinha uma paixão secreta, mas nunca teve coragem de se
declarar.
–Oi primo.
Disse a garota de cabelos negros e olhos castanhos claros e com a pele
clara como a neve. –Oi prima.
Disse Eric vermelho de vergonha.
Quando foi onze e meia da noite todas as pessoas da família foram para a
mesa para celebrar a ceia de natal e quando conversavam sobre vários assuntos
Eric percebia que sua meia prima o olhava toda hora e ele meio sem jeito fingia
que não percebia.
–Feliz natal!
Anunciou Zac para todos na mesa que começaram a se cumprimentar e
em seguida foram para sala de televisão.
–É hora de abrir os presentes.
Disse Jhonny para todos que se acomodavam no sofá e nas almofadas no chão da sala.
–Bem o primeiro presente é para, Elizabeth.
Beth abriu o embrulho onde havia um conjunto de maquiagem.
–Agora o segundo presente vai para uma pessoa muito especial, papai.
O pai de Jhonny abriu o pequeno pacote onde havia um dispositivo virtual
que acionado transformava o local e um campo de mini golfe.
–Obrigado filho.
–Junior o presente é pra você garoto.
O filho de Zac rasgou o embrulho e pegou sua bola que mudava de cor a
cada batida no chão.
–Olha só o presente é para mim.
110
Jhonny abriu o pequeno embrulho e sorriu mostrando o novo Pager
transparente 3000xz.
Bem agora o presente vai para minha querida sobrinha, Joana.
–Joana abriu o embrulho olhando para Eric que fez enorme força para não
ficar vermelho.
–Um refs com treze gigas, obrigado tio.
Refz era um tipo de computador de mão, mas e vez de mensagens você
recebia musicas fotos e conversava com seu amigo em tempo real, a sensação
adolescente da época. Depois de meia hora todos haviam recebido os presentes menos Eric então
Jhonny pegou o último presente.
–Bem eu resolvi guardar este para o final, Eric é para você.
Eric se levantou e foi até o pai e pegou o embrulho.
–O que é pai?
–Abra.
Eric abriu o embrulho e pegou o celular.
–Obrigado pai.
–Não acabou filho, veja o que tem nos arquivos.
Eric abriu os arquivos e viu um poch, um skate a jato, uma moto e um
jogo emaga 3500, um jogo de realidade virtual. –Eu não acredito pai, um carro, obrigado.
–Vamos dar uma volta com ele primo.
Disse Joana que atraiu todos os olhares.
–Posso pai?
–É claro filho.
Eric saiu com Joana e na calçada apertou um botão no celular que fez
apareceu o carro diante deles e Eric com o seu cavalheirismo abriu a porta do carro
para Joana e em seguida foi para o seu lado do carro e entrou, com um botão ligou
o carro, foram até uma praia onde tinha vários jovens comemorando o natal,
ficaram de longe admirando a paisagem noturna.
–Legal aqui não é? –Sim, mas tem uma coisa que eu acho mais legal.
Disse Joana.
–O que?
–Isso.
Antes que Eric pudesse ter uma reação Joana começou a beijá-lo.
–O que é isso, não podemos, somos primos.
Disse Eric afastando a prima.
–Tecnicamente podemos minha tia não é sua mãe de sangue.
–Eu sei, mas fica esquisito, tem a família e tudo mais, teria que explicar
para varias pessoas...
–Cala a boca e me beija.
111
Disse Joana.
–Esta bom.
Eric começou a beijar Joana e ficaram ali por mais de duas horas.
No dia seguinte Eric levantou e foi alimentar sua cadela Jana da raça
labrador e enquanto olhava a cadela comer a ração ficou pensando no que tinha
acontecido na noite anterior, ele ficou intrigado com Joana no pensamento.
–Será que ela gosta de mim? Ou foi coisa do momento?
–O que foi do momento?
Quando olhou para trás viu Beth preparando o café da manhã. –Nada mãe.
–O que você e Joana fizeram tanto ontem à noite?
–Fomos até a praia.
–Só isso?
–É claro mãe.
–Esta bem agora vai se trocar para tomar café da manhã.
Quando Jhonny levantou, Eric e Beth já estavam tomando café da manha
e assistindo o noticiário local.
–Bom dia Los Angeles, Feliz natal.
–Hoje os termômetros registram dez graus pelo visto o aquecimento global afetou nossas temperaturas baixas e com isso perdemos nossa querida neve,
mas isso é o que menos importa, para aqueles preguiçosos que deixam as coisas de
ultima hora o comercio fará uma exceção extraordinária e abrira suas porta até
meio dia, aproveitem, e aqui termina mais um NLA até amanha angelinos.
–E aí Eric o que fez tanto ontem com sua prima?
–Tecnicamente ela não é minha prima.
Disse Eric para o pai.
–Espera aí rapazinho, para mim você disse que não tinha acontecido nada,
agora para seu pai você diz que ela tecnicamente não é sua prima, então aconteceu
alguma coisa. –Bem nós só nos beijamos.
–Vocês se beijaram.
Disseram Beth e Jhonny ao mesmo tempo.
–Mas tecnicamente ela não é minha prima de sangue.
–É Beth, Eric tem razão.
–Tem razão coisa nenhuma, não pode, não pelas regras da família.
–Que regras da família?
Perguntou Jhonny sem entender nenhuma só palavra de sua esposa.
–As três regras básicas da família. Sempre defender o parente de um
estranho, sempre cumprir o ultimo pedido de um ente querido e nunca namorar
parentes.
112
–Você inventou isso agora não foi?
–Claro que não, tanto é que o ultimo pedido do meu avô era sem enterrado
com a minha avó então quando ele morreu nós a enterramos viva também junto
com ele.
–O que?
Jhonny quase engasgou com o café.
–É mentira estou zoando com a cara de vocês, mas se esse fosse um
pedido de um ente querido teríamos que cumprir.
–Voltando ao assunto Joana, devido a regra 3 você esta proibido de namorar ela.
–Mas quem disse que estou namorando?
–Disse Eric olhando para a mãe.
–Melhor assim.
–Estou só ficando com ela.
Beth quase derrubou a louça que Win esta terminando guardar.
–Piorou a situação, você também não poderá se quer tocar nela, vocês são
primos, pode nascer filhos bichados.
–Esta bem mãe.
Disse Eric querendo terminar a discussão.
–Pai o que é filho bichado? Perguntou Eric de maneira que Beth não pudesse ouvir.
–Não faço a mínima idéia.
Eric subiu para o quarto para jogar o jogo que seu pai havia lhe dado,
acionou o botão do celular e o jogo surgiu como mágica na instante de seu quarto
então colocou os óculos 3D e começou a jogar era como se estivesse em um país
estranho onde havia zumbis para vários lados e ele tinha que subir até a montanha
para passar de fase, o jogo era tão envolvente que quando se deu conta do horário
seus parentes já estavam chegando para o almoço de natal.
Ela estava descendo e viu Joana sentada na sala assistindo televisão e sem
que ninguém percebesse, ele a chamou para o quintal da casa.
–O que foi Eric? Já sei você quer outro beijo. –Não é isso, minha mãe descobriu sobre nós e me proibiu de te namorar.
–Mas tecnicamente não somos…
–Primos.
Completou Eric.
–Ela não quer saber falou até sobre as regras da família.
–As regras da família, tinha que apelar tanto assim.
–Você sabia?
–Claro todo mundo sabe das três regras da família.
Eric ficou olhando ela como se fosse uma estranha.
–Eu não acredito que você não sabia Eric.
Disse Joana caindo no riso.
113
–Nem eu nem meu pai e outra coisa ela disse que não poderíamos ficar
juntos porque poderia nascer filhos bichados, você sabe o que significa isso?
Joana ainda rindo respondeu a pergunta de Eric.
–Filhos bichados quer dizer filhos com doenças, mas só vale para famílias
de sangue e não para nós.
–E agora o que vamos fazer?
–Vamos namorar escondido, afinal estudamos na mesma escola, e vai ser
bem mais divertido.
–Tudo bem depois a gente resolve isso, agora vamos entrar antes que percebam nosso desaparecimento.
Os dois entraram discretamente sem chamar a atenção de ninguém.
Quando foi meio dia todos começaram a almoçar e falavam sobre vários
assuntos de trabalho de amigos e acontecimentos passados e travessuras de Jhonny
e Zac quando eram adolescentes.
Depois do almoço resolveram assistir um vídeo caseiro de quando Eric
tinha cinco anos muito engraçado onde mostrava ele estragando todo o trabalho de
Jhonny para o jornal no dia seguinte daquele.
Durante a semana Jhonny e Eric saíram muito e foram passear no
shopping, mas Eric percebeu que o pai usava os passeios como pretexto para
perguntar sobre Joana, de alguma maneira ele sabia que Eric estava com um caso escondido com a prima.
–E aí filho esta com alguma pretendente em vista?
–Por que a pergunta?
Disse Eric saboreando seu hambúrguer assado.
–Por nada eu só queria saber como anda a vida do meu filho, não posso?
–Se você quer saber da Joana, nós já terminamos.
–Sério?
–Não, estamos namorando escondido na escola, mas pai pelo amor de
Deus não conta nada para mamãe.
–Tudo bem, mas como vocês vão se ver se as aulas só começam e
fevereiro. Eric não tinha pensado naquele detalhe então de repente ele se viu em
outro estado bem longe dali então viu o seu pai o olhando espantado.
–O que foi filho?
–Pai, a mãe tinha mais algum dom especial?
–Que eu saiba não, por quê?
–Por nada.
–O que foi Eric?
–Nada pai.
Como seu pai era muito desligado Eric conseguiu desviar a atenção dele
para uma loja de artigos para golf.
114
Não demorou muito e já era véspera de ano novo e mais uma vez todos os
parentes se reuniram na casa de Eric e as escondidas ele pode namorar um pouco
Joana, mas quase foram pegos duas vezes por Beth que parecia saber quando e
onde eles estavam, quando não estavam escondidos passavam a festa separados.
–Gente contagem regressiva!
Anunciou Zac e em um coro todos começaram a contar.
–Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um, feliz ano novo!
O mês de janeiro pareceu uma eternidade para Eric agora que finalmente
tinha uma namorada não podia esperar a hora de vê-la para poder beijá-la, então ele ficava o dia inteiro na internet conversando com Joana, então chegou
finalmente fevereiro e as aulas começaram para a felicidade de Eric, Ele começou a
se sentar ao lado de Joana em todas as aulas e nos intervalos eles ficavam
namorando sem medo de serem pegos, pois ali ninguém sabia de regras de família
e nem outras coisas que os impediam de serem felizes.
Durante o intervalo na escola Eric estava vendo com alguns colegas as
anotações do trabalho de biologia sintética, quando Joana o puxou até um corredor
deserto da escola e começou a beijá-lo.
–Nossa, você quase me mata de susto.
Disse Eric recuperando o fôlego.
–Não foi fácil passar um mês longe de você. –E realmente eu preciso falar com você sobre isso.
Disse Eric agora ficando sério.
–Não podemos mais ficar escondendo isso da família, uma hora eles vão
descobrir e vai ser pior, nós já somos praticamente maiores de idade e nem somos
primos de sangue, sabe, essas coisas me irrita.
–Eric.
–O que foi.
–Cala a boca.
Eric calou-se.
–Então vamos fazer o seguinte, da sua casa quem você acha que vai
aceitar o nosso namoro? –Com toda certeza meu pai.
–Então fala com ele e depois me fala como foi.
–Tudo bem.
–Agora pode voltar para o seu trabalho.
Os dois se separaram e saíram cada um por um lado do corredor com se
nada tivesse acontecido.
Ao chegar em casa encontrou seu pai almoçando e Win aspirando à sala
de visitas.
–Pai, o que esta fazendo em casa uma hora dessas?
–O meu chefe me deu folga, filho eu preciso te contar uma coisa.
–Eu também pai.
115
–Então conta você primeiro.
Eric contou sobre o seu namoro secreto e sobre como o pai poderia ajudá-
lo a convencer sua mãe.
–É claro que sou a favor, mas não sei se sua mãe vai concordar você sabe
como ela é cabeça dura.
–Se como sei, o que você queria me contar pai?
–Nada filho quando eu tiver certeza eu te conto.
–Tudo bem, mas não é nada serio não é?
–Claro que não. Eric subiu para seu quarto e ficou jogando emaga e só parou quando sua
mãe chegou.
Beth bateu no quarto de Eric, entrou e encontrou a filho olhando as fotos
dela e de Lara.
–Filho cheguei.
–Oi mãe, como foi no trabalho?
–O de sempre, sangue e mais sangue.
–Que nojo, por isso que vou trabalhar com ciência estática.
–Sabe filho, quando me disseram que não podia ter filhos resolvi me
dedicar a cuidar dos filhos dos outros e o Senhor aprovou tanto a minha escolha
que me deu você através de seu pai, eu quero que você saiba que eu respeito muito a Lara e que sou muito grata que você me chame de mãe.
–Eu sei.
–Então eu vou me trocar e vou preparar a janta.
Durante a janta Eric tomou coragem para falar sobre Joana.
–Mãe, tenho que te contar uma coisa.
–Diga filho.
–Estou namorando a Joana.
Beth quase engasga.
–O que?
–É amor, ele me contou hoje também e eu aprovo, afinal eles não são
primos de sangue. –Não interessa, o que foi que eu te disse?
–Mas mãe isso é paranóia, nunca vai acontecer nada de errado porque não
temos nenhuma ligação sangüínea.
–Beth ficou parada por um longo tempo.
–Tudo bem não adianta nada impedir, mas nada de indecência.
–Obrigado mãe.
Os meses como sempre passaram com uma rapidez incrível e o
aniversário de Eric chegou e todos os parentes e colegas da escola estavam na sua
festa.
116
A festa tinha muitas pessoas do jornal, mas o grande momento foi quando
um avião a jato escreveu parabéns Eric no céu depois de algum tempo Eric saiu as
escondidas com Joana e ela o puxou para o seu quarto.
–O que você quer fazer comigo agora?
–Não é nada indecente, eu queria lhe dar isso?
Joana lhe entregou um pequeno embrulho que quando Eric abriu viu uma
pequena corrente com um jota como pingente.
–Jota de Joana.
–É para você sempre se lembrar de mim. Naquele momento Joana começou a chorar.
–Hei, não fica assim eu não vou embora.
–Eu sei, mas é que me bateu uma sensação estranha.
–Tudo bem vamos descer e aproveitar a festa, afinal não é todo dia que se
faz dezessete anos.
Londres, Inglaterra, maio de 2063.
Lúcio saiu da sua empresa e foi direto para o seu laboratório ver como
estava à construção dos robôs.
–Lúcio os robôs estão finalmente prontos os cem devem dar conta do seu alvo de Los Angeles inteira para o meu maior prazer.
–Calma Geasse.
Disse Lúcio andando em direção ao cofre onde estava a pedra anuladora,
ao abrir o cofre pegou a pedra que agora estava brilhando intensamente.
–Realmente bem no prazo, o garoto esta completando hoje dezessete anos
e seu poder esta no ponto de se manifestar e antes que ele ache o guardião vou
exterminá-lo assim não terei que acabar com duas vidas.
–Como ficará os robôs Geasse?
–Eles ficarão em cubos assim e no momento que tocarem o chão se
transformarão e destruíram o alvo que é pessoas americanas.
–Ótimo, agora vamos, o avião já esta nos esperando.
117
Capitulo 12
O ataque
Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos, noite do ataque.
Eric estava se debatendo na cama, pois estava tendo um sonho revelador
de que estava sendo atacado por robôs exterminadores.
−Filho, acorda. −Não!
Eric se levantou na cama assustado e viu o seu pai e sua mãe o olhando
com ar de espanto.
−O que foi pai?
−O que foi pergunto eu.
−Já faz várias noites que você anda falando enquanto esta dormindo.
−O que eu falo?
Perguntou Eric espantado.
−Você fala que tem que destruir uma pedra que esta anulando seus
poderes de herdeiro.
Eric não estava entendendo seus sonhos, mas não queria assustar os pais então disse que era a respeito de um jogo dele.
−É bom você parar um pouco de jogar esses jogos.
Disse Beth mudando seu olhar de espanto para o olhar meigo de sempre.
De repente se ouve um barulho do lado de fora da casa.
−O que foi isso?
Perguntou Beth assustada.
−Deve ser jovens da vizinhança.
Disse Jhonny.
Então começaram a se ouvir gritos.
−Jhonny esta acontecendo alguma coisa lá fora.
Disse Beth colocando a mão no peito. −Eu vou ver, fiquem aqui.
Disse Jhonny saindo do quarto.
Enquanto Jhonny descia as escadas Eric olhou pela janela e viu vários
cubos caindo no chão e se transformando em robôs exterminadores.
−Pai não abra a porta.
Disse Eric, mas já era tarde de mais, cinco robôs entraram em sua casa
destruindo tudo o que viam.
−Pai!
Gritou Eric e um dos robôs o viu.
−Ele, aquele é o herdeiro, o nosso alvo, matar o herdeiro.
118
Os cinco robôs pararam de destruir a casa e foram em direção a Eric que
saiu correndo para fugir dos robôs, então Beth o puxou para dentro da sala
controle.
−Filho o que esta acontecendo?
−Eu não sei mãe.
−E seu pai?
−Ele ainda esta lá embaixo.
Os robôs começaram a bater na porta de metal e quando conseguiram
entrar apareceram três homens encapuzados vestidos de preto tele transportados que começaram a lutar com os robôs.
Ao sair da sala Eric e Beth foram escoltados por um dos homens.
−Fiquem atrás de mim.
Disse o homem que atirou com uma arma de raio laser em um dos robôs
que tinha saído do quarto de Jhonny, mas que agora estava caído desconectado.
Ao descer as escadas viram Jhonny caído desmaiado com um corte na
cabeça.
−Pai!
Eric desceu e foi de encontro ao pai.
−Vai, cure-o, você pode.
Disse o homem agora tirando o capuz e tinha os cabelos grisalhos e um cavanhaque.
−Como você sabe que eu...
−Agora eu não posso explicar, cure ele para podermos sair daqui.
Eric tocou na testa do pai onde estava o ferimento que sumiu
instantaneamente.
−Vamos.
Disse o homem.
−O que aconteceu?
Perguntou Jhonny se levantando.
−Estamos sendo atacados.
−Filho como você pode fazer isso? −Agora eu não posso explicar mãe.
Os quatro saíram e a rua estava devastada, cerca de vinte homens estavam
lutando com os robôs e as pessoas estavam em pânico.
−Tenho que ir, mas vocês têm que sair daqui o mais rápido possível,
Jhonny Scart proteja o garoto agora ele corre grande perigo.
−Quem é você?
Perguntou Jhonny espantado com a situação.
−Castro, Henri Castro, líder da “defesa da herança”.
−Mas o que é defesa da herança?
No momento seguinte todos os homens vestidos de preto sumiram e em
seguida a polícia apareceu.
119
−Vocês vão me explicar o que esta acontecendo.
Falou Beth como se Jhonny e Eric tivessem destruído o mundo.
Os políciais e o jornal estavam na rua toda entrevistando todos os
moradores e a defesa civil estava pegando os restos dos robôs e levando para
analise.
Já tinha amanhecido quando tudo estava um pouco mais tranqüilo.
No noticiário só se falava sobre o ataque misterioso na rua quatro de julho
em Los Angeles.
−Posso saber como você fez aquilo com o seu pai e como aquele cara sabia que você podia fazer aquilo?
Perguntou Beth tentando achar um copo inteiro para preparar o café.
−Cadê a Win, Win vem aqui agora.
A andróide apareceu com várias coisas quebradas em seus oito braços.
-Procure um copo inteiro para mim, há essa hora o país inteiro sabe então
o hospital não vai se importar se eu não for trabalhar hoje.
−Por falar nisso eu tenho que ir para a escola.
Disse Eric se levantando.
−Nada disso, já se esqueceu que aqueles robôs estavam atrás de você, era
para você estar morto.
−Precisamos falar algo sobre o Eric para você Beth. Disse Jhonny no tom mais cuidadoso possível.
Jhonny contou sobre o dom de Eric, sobre como ele herdou esse dom da
mãe e com também ela conseguiu sobreviver até o dia do nascimento dele.
−Mas esse Henri Castro, como ele sabia do seu dom?
−Isso eu não sei mãe.
−Eu vi um dos robôs dizendo que você era o herdeiro, herdeiro do que?
−Eu não sei.
−Esses seus sonhos, não é sobre o jogo que você tanto joga não é?
Perguntou Beth.
−Não.
−Filho, faz quanto tempo que você anda tendo esses sonhos? −Desde o começo do ano.
−Por que não nos disse nada?
Perguntou Jhonny com um ar de preocupação fora do normal.
−Eu pensei que fosse coisa banal.
−Nada é banal quando se trata de algo que não se consegue explicar.
−Tudo bem eu aprendi meu erro, a próxima vez que acontecer algo de
diferente comigo eu conto a vocês, esta bem assim?
Eric subiu para o seu quarto e ficou com o pensamento fixo no que
acabara de acontecer em sua casa.
Quando foi meio dia e meio Joana foi até sua casa toda preocupada.
120
−Eric tudo bem, fiquei sabendo pelo jornal, o que aconteceu? O que eles
fizeram? Me fala alguma coisa?
−Joana.
−O que?
−Cala a boca.
Disse Eric com toda a calma do mundo.
−Esta tudo bem e eles não fizeram nada.
Joana ainda estava recuperando o fôlego quando Beth entrou no quarto e
os chamou para almoçar. Durante o almoço eles assistiam um resumo feito por computador do que
tinha acontecido naquela madrugada.
−Quer dizer que isso foi um atentado, só pode ser, não tem outro motivo.
Eric continuou a remexer seu purê de maçã, não conseguia encarar
ninguém, pois lhe bateu o sentimento de culpa, todos poderiam estar mortos por
causa dele.
−O que foi Eric?
−Nada.
−Então come logo essa comida antes que esfrie.
−Disse Beth tentando disfarçar.
−Eu vou até o jornal, pois meu chefe quer conversar comigo e volto em no máximo duas horas.
Depois que Joana foi embora Eric se deitou para dormir um pouco já que
sua noite tinha sido bem agitada, mas ficou pensando naqueles caras encapuzados
que foram lá para defendê-lo, por que e como sabiam do dom dele? O que mais o
intrigava era que alguém estava querendo acabar com a vida dele, mas logo ele,
que nunca fez mal a ninguém.
−Quem será que quer me matar?
−E por quê?
Nova York, Estado Unidos, Hotel Hontk.
−Más notícias Lúcio, o garoto sobreviveu e todos os robôs foram
destruídos.
−O que?
Lúcio deu um murro tão forte na parede que logo a camareira veio
perguntar se estava tudo bem.
−Esta sim.
Disse Geasse dispensando a camareira.
−Lúcio você tem que se conter, não se esqueça que temos outros recursos.
−Sei, só espero não ter que usar o último, pois vai ser muito doloroso para
ele.
−O que você vai fazer agora?
121
−Bem eu criei uma arma de desilusão que vai ser muito útil e vai fazer o
Herdeiro vir direto para a morte.
−Meu caro amigo cada dia que passa você fica mais eficiente.
Disse Lucio com um sorriso maldoso.
−Eu sei.
Disse Geasse com ar de orgulho.
−Agora eu tenho que resolver algumas coisas pendentes minhas.
Disse Geasse agora mudando de tom.
−Pode ir quero descansar mesmo e depois vou ter uma massagem para relaxar, afinal a noite foi um pouco agitada, para eles.
No momento seguinte Geasse saiu e deixou Lúcio sozinho no quarto do
hotel.
−Espero que ele tenha escapado por pura sorte.
−Tomara que o que eu mais temo não aconteça.
−A defesa da herança não pode mesmo existir.
Los Angeles, California, Estados Unidos.
No dia seguinte Eric foi para a escola como se nada tivesse acontecido,
mas então todos ficaram lhe perguntando o que tinha acontecido, foi preciso à diretora suspender três alunos para que a aula prosseguisse em paz.
Joana passou o dia todo ao lado dele, mas Eric estava distante torcendo
para ter um sonho revelador que explicasse suas várias duvidas que tinha no
momento, ao chegar em casa encontrou os seus pais o esperando sentados na sala
de televisão.
−O que aconteceu desta vez?
Perguntou Eric preocupado.
−Filho eu conversei com a sua mãe e ela concordou comigo.
−Concordou em que?
−Vamos nos mudar para Nova York.
Eric recebeu a notícia como um tapa no rosto. −Mas por quê? Não tem motivo.
−Como não filho nós quase morremos essa noite.
Disse Jhonny.
−Por minha causa, se quiserem podem ir, mas eu fico vai ser até melhor
ficarem longe de mim, não correrão tanto perigo.
−Não é nada disso Eric, vamos no mudar para proteger você.
−Pai não adianta, se eles me acharam aqui vão me achar em qualquer
lugar da face da terra.
−Não custa nada tentar.
−Esta bem e gente se muda eles nos atacam de novo aí voltamos, se for
assim eu topo.
122
−Filho o que esta em jogo agora é sua sobrevivência.
−Pai, eles não vão parar até me matar e eu nem sei por que.
Eric começou a chorar.
Jhonny abraçou o filho tentando consolá-lo.
−Filho olha para mim, eu vou lutar até meu último suspiro para te
proteger, é uma promessa que fiz a sua mãe quando ela morreu e vou cumpri-la
custe o que custar.
−E eu estarei junto, pois agora também sou sua mãe.
Disse Beth colocando a mão no ombro de Eric. −Pai eu tenho uma vida aqui, e a Joana e nossos parentes, que motivos
vamos dar para eles?
−Eu digo que fui transferido o que é verdade, meu chefe pediu para eu
comandar e Nova York Times.
−Quanto a Joana nós já conversamos com ela.
−Como assim?
−Nós já íamos nos mudar no meio do ano estava planejado desde o
começo do ano estávamos para te contar, e agora com esse ataque só aumentou os
motivos.
−Quando vai ser a mudança?
−O mês que vem. Eric ficou calado e subiu para o seu quarto.
−Filho você não vai almoçar?
Perguntou Beth.
−Perdi a fome.
Ao entrar em seu quarto Eric pegou a gargantilha que Joana havia lhe
dado e começou a entender a reação de sua namorada.
−Não vai ter como continuar.
−Vou ter que terminar com ela.
Eric desceu para a cozinha para almoçar.
−Mãe, a Joana sabe que eu sei?
−Não filho. −Tudo bem então.
123
Capítulo 13
A mudança
Nos dias seguintes Eric fazia de tudo para evitar Joana, não sentava ao
lado dela nas aulas, ficava fugindo dela nos intervalos e procurava fazer trabalhos
com outras pessoas, o que não adiantou muito, pois alguns dias depois ela foi até a
casa dele.
A campainha tocou e Win foi atender. −Oi Win, o Eric esta?
−Esta sim, senhora, pode entrar.
−Ele esta no quarto?
−Sim senhora, pode subir.
Ao chegar no quarto viu Eric lendo um livro chamado “os grandes nomes
da ciência sintética”.
−Oi primo.
Eric deu um pulo como se tivesse sendo atacado de novo.
−Oi Joana, o que você esta fazendo aqui?
−Vim aqui saber por que meu namorado esta me evitando a semana
inteira. −Estive te evitando da mesma maneira da qual você não me contou que
sabia que meus pais planejavam se mudar.
−Em primeiro lugar uma coisa não tem nada haver com a outra e em
segundo lugar eu não te contei porque seus pais me pediram e porque eu não queria
te perder.
Joana caiu no choro.
Eric ficou sem saber o que dizer e naquele momento ele teve uma visão do
futuro com Joana namorando outro rapaz.
−Você vai ficar bem.
−Como você pode ter tanta certeza?
−Intuição. −Esta bem se é assim que você quer, assim será, adeus Eric Scart.
−Espera Joana.
Joana desceu correndo as escadas e quase derrubou Win que trazia uma
bandeja de lanches para eles.
−O que foi senhor?
Perguntou a andróide.
−As mulheres Win, um mistério na humanidade.
Disse Eric sem querer entender.
−Minha mãe falou quando iria chegar do hospital?
Perguntou ajudando Win.
−Não senhor.
124
−Tudo bem então.
Eric voltou para o seu quarto e se deitou para dormir quando sentiu algo
estranho como se seu corpo começasse a queimar, mas não havia fogo em lugar
nenhum, então foi para o banheiro tomar banho e quando a água encostava em seu
corpo evaporava instantaneamente.
Quando Jhonny chegou em casa encontrou Eric dormindo, então foi até ao
banheiro e encontrou as roupas do filho com sinais de queimadura e estranhou o
que virá.
Desceu as escadas para falar com Win. −Win o que aconteceu com as roupas do Eric?
−Não sei senhor.
−Tem certeza?
−Claro senhor.
−Tudo bem, depois eu falo com ele.
No sábado Jhonny chamou Eric para ir à Nova York ver uma casa para
eles então no caminho eles foram conversando sobre os sonhos de Eric para a
faculdade.
−Mas filho por que você não faz jornalismo?
−Eu não gosto pai, meu negócio e mais ligado com química e física.
−Por falar em química como você queimou a sua roupa essa semana? Eric ficou sem resposta, mas tentou disfarçar.
−É que eu estava tentando fazer um trabalho diferente para escola, mas
não saiu muito certo.
Naquele momento Eric mentiu descaradamente para o pai, não queria
dizer que quase pegou fogo sem nem saber o por que.
Quando chegaram em Nova York tudo parecia novo para Eric a cidade era
mais desenvolvida que Los Angeles e a estatua da liberdade era a única coisa que
permanecia intacta, ao chegarem na imobiliária encontraram o corretor magro com
óculos quadrados totalmente ultrapassados.
−Olá em que posso ajudá-los?
Perguntou o homem sentado em uma mesa com uma planilha magnética que projetava imagens holográficas.
−Estamos procurando uma casa para comprar.
−Tem alguma preferência de local ou preço?
−Gostaria de var uma casa no bairro de classe média.
Disse Jhonny sorrindo para Eric
O corretor olhou Jhonny mais atentamente.
−Estou te reconhecendo, você morava naquela rua que foi atacada por
robôs em Los Angeles não é?
Jhonny todo sem graça assentiu com a cabeça e por puro azar Geasse
estava passando na frente da imobiliária e reconheceu os dois e sem ser visto
voltou correndo para o hotel onde estava hospedado com Lúcio.
125
Ao entrar no hotel quase derrubou as pessoas que circulavam pelo saguão
de entrada e subiu as escadas.
Entrou no quarto com uma brutalidade que quase matou Lúcio de susto.
−Lúcio advinha que vai vir morar em Nova York?
−Não vai me dizer que...
−Sim, o herdeiro.
−Onde ele vai morar?
−Pelo que eu ouvi vai ser em um bairro de classe média.
−Ótimo comprarei uma casa perto dele e farei o papel de bom vizinho assim quando ganhar a confiança dele será fácil matá-lo e tomar posse do tesouro.
Disse Lúcio pegando a pedra roxa que agora brilhava com mais
intensidade.
−Temos que ser rápidos os poderes dele já estão se manifestando.
Jhonny olhavam varias casas, mas nenhuma do gosto deles até que
chegaram a uma casa branca no bairro Hilton Set na Rua Elton Alf número
quarenta e sete.
A casa tinha uma aparência nova e as gramas estavam sempre no tamanho
certo e precisavam ser cortadas, na frente da casa tinha uma arvore roseira com
rosas brancas e vermelhas, e tinha uma fonte feita de titânio que não enferrujava.
Ao entrarem na casa sentiram um ar de alivio, pois o ar da casa estava sempre de mais frio ou mais quente de acordo com a temperatura fora da casa e
como estava chegando o verão estavam bem calor naquele bairro então o ar ligou
para uma temperatura baixa o que deu uma sensação de alivio para Eric e Jhonny.
−Como é o sistema dessa casa.
Perguntou Jhonny com entusiasmo.
−É um sistema mais sofisticado que existe é a base de cartão magnético e
de impressão digital.
−Quantos cômodos têm?
Perguntou Eric olhando para o fundo da casa.
−Temos cinco cômodos aqui embaixo que pode ser modificado para sala,
copa ou cozinha ao gosto do morador, temos também três banheiros sendo um social aqui embaixo e dois no andar de cima, temos também o porão que servira de
sala central onde tudo será controlado por computador, então em caso de
emergência o local mais seguro será sem duvida o porão, lá embaixo.
Disse o corretor subindo as escadas com Jhonny e Eric atrás dele.
−Temos além dos dois banheiros, quatro quartos que podem ser decorados
com os programas self 3000, o mais atual no momento.
−E qual o preço?
O corretor deu um papel com o preço para Jhonny que o deixou tonto.
−Esse preço é mais salgado que a comida da minha sogra, mas vale a pena
para ficar longe dela.
126
Os três foram para a imobiliária para acertar a papelada e chegando lá
viram Lúcio e Geasse, mas como não sabiam que eram eles que tinham praticado
os ataques não tiveram reação, só Eric que os cumprimentaram com um aceno com
a cabeça por educação.
−Vamos filho?
−Vamos pai.
Os dois voltaram para Los Angeles e quando chegaram em casa já era
noite e Beth estava preparando a janta.
−E aí como foi? Perguntou ela tirando a carne assada do forno de um minuto, chamado
assim porque preparava qualquer tipo de comida em um minuto.
−Escolhemos a casa perfeita.
Disse Jhonny sorridente.
−Espero que tenham mesmo.
−Mãe até parece que não confia na gente.
−Motivos não me faltam.
−Nossa agora quem se sentiu ofendido fui eu.
Disse Jhonny com um ar de ironia.
No dia seguinte Eric foi para a escola e parou de evitar Joana que também
estava mais triste sabendo que estava se aproximando a mudança de Eric. −Não fica assim, vamos nos lembrar dos melhores momentos que
passamos juntos e sempre vou guardar isso e toda vez que olhar vou me lembrar de
você.
Disse Eric pegando a gargantilha com o pingente em forma de jota.
Os dois passaram cada dia com intensidade até que chegou o mês de julho
e o dia da mudança.
Os moveis dos cômodos já estavam acoplados em placas transparente
dentro do porta malas do carro.
−Bem eu acho que esse é um adeus?
Disse Eric pegando nas mãos de Joana.
−Vai ser melhor assim para nos dois. Disse ela mais séria do que nunca.
−Pelo menos ainda vamos ter uma ligação de primos.
−É mesmo.
Joana abraçou Eric e começou a chorar intensamente.
−Eu sempre vou te amar.
Disse ela aos prantos.
−Eu também, o primeiro amor não se esquece.
−Vamos filho.
Disse Jhonny entrando no carro.
−Adeus primo.
−Adeus prima.
127
Eric entrou no carro e não teve coragem de olhar para trás.
−Nova York é linda não é filho?
Disse Jhonny tentando puxar conversa.
−Deixa ele Jhonny.
−Tudo bem mãe eu estou preocupado com aquele ataque que sofremos,
será que eles vão saber onde estamos; os homens de capuz?
−Eu creio que sim filho se nos acharam uma vez nos acharam outra vez.
Os três seguiram viagem para Nova York.
128
Capitulo 14
A vizinha dos sonhos
Ao chegarem a casa, Eric pegou sua placa e levou para seu quarto e a
desacoplou deixando seu quarto em ordem.
Win foi para a cozinha preparar algo para todos comerem e em menos de
meia hora já estava tudo em ordem.
Durante a tarde Eric ficou no seu quarto lendo seus livros de biologia sintética e brincando de emaga até que resolveu descer para ver a vizinhança.
Saindo de casa com sua cadela viu um cachorrinho vir brincar com ela e
ficou ali durante duas horas, então resolveu entrar e ia deixando o cachorrinho ali
sozinho, mas com pena dele o pegou e o levou para dentro.
–Que nome eu coloco em você?
Perguntou Eric para o cachorrinho peludo e preto.
–Primeiro vou ver se você é menino ou menina.
–Olha só, é um cavalheiro.
–Eu acho que vou te chamar de Romeu.
–É um grande nome de história romana, mesmo que não tenha nada haver
eu acho que caíra bem para você. O cachorro latiu e labéu o rosto de Eric.
–Quieto que minha mãe não sabe que tenho um novo amigo.
Durante o jantar Eric deixou Romeu no quarto e desceu com Jana para a
cozinha.
–Eric eu já te matriculei na escola, você começa segunda-feira.
–Tudo bem.
Disse Eric sem olhar para o pai.
–O que esta acontecendo filho?
–Nada pai, por quê?
–Você esta estranho?
–Pai eu sou um adolescente estranho esqueceu. –Você entendeu o que eu quis dizer.
–Já sei o que é, e esta no quarto dele.
Eric sentiu um frio na barriga ao ouvir a mãe dizer aquela frase.
–O que é?
Perguntou Jhonny intrigado.
–É aquele jogo dele, o mago.
–É emaga mãe.
–Tanto faz, você fica tão vidrado naquele jogo que fica estranho quando
vem jantar com a sua família.
–Pode ser.
Disse Eric mais tranqüilo.
129
Centro de Nova York
Dentro do quarto do hotel em um mini laboratório improvisado na mesa
quadrada, Geasse faz alguns testes injetando um componente roxo em dois ratos
brancos de laboratório.
Minutos depois Lúcio chega com dois copos de suco de laranja azul e com
um ar de grande expectativa com os experimentos de Geasse.
–Como esta os testes com os ratos? –Não esta nada bem Lúcio, estou só com dois ratos e o espaço também é
pequeno, preciso de um lugar grande e fixo se quiser ter grande êxito no soro, não
é fácil produzir um soro de ilusão para atrair os que usarem esse soro para onde
queremos.
–Tudo bem eu já estou procurando uma casa na rua onde esta morando
agora aquele garoto da descendência do Caio, assim que eu matá-lo poderei possuir
o tesouro e o melhor, faremos com que seja um terrível acidente, o garoto sem
querer vai se jogar de um precipício sem motivo aparente.
–Nossa Lúcio como você é mal, eu quero morrer seu amigo.
–Ainda bem que você sabe.
Norte de Nova York.
Um homem encapuzado saiu do meio das folhagens e atravessa a rua na
noite escura do bairro de latevill, ao chegar do outro lado ele faz um gesto com as
mãos, abre a porta e entra em uma aparentemente casa de família, entrando dentro
da casa é quase impossível ter uma visão perfeita do que há lá dentro, mas
percebesse que existem moveis e que é uma casa simples, mas comum para os dias
atuais.
Chegando a uma porta no começo de um corredor, o homem encapuzado
abre a porta e desce as escadas que dão para o porão da casa ao chegar no subsolo
encontra sete homens sentados em uma roda falando sobre algo que deviam defender.
–Oni o que esta fazendo aqui?
–É que estou tentando falar com o mestre há dias e não consigo contato.
–É claro que não conseguiria, Lúcio já deve esta sabendo de nos que
talvez queira grampear nossas ligações, você deveria esta na Califórnia espiando o
herdeiro.
–Eu sei mestre, mas ele esta morando aqui em Nova York.
–O que?
–O homem se levantou e se pode ver mais claramente quem era.
–Henri o que foi?
Perguntou o homem que estava ao lado dele.
130
–Não é nada, é que me ocorreu um mau pressentimento, onde ele esta
morando Oni?
–Perto do centro num bairro nobre.
–Tudo bem continue de olho nele e qualquer coisa aperte este dispositivo
que em menos de cinco minutos estaremos lá, e não se esqueça você deve defendê-
lo com sua vida.
Disse Henri lançando um pequeno aparelho com um único botão
vermelho para Oni.
–Sim mestre, entendido. O homem saiu da sala de foi embora.
–Reunião encerrada.
Anunciou Henri e em seguida todos saíram da sala menos o homem que
estava ao lado dele.
–Henri não foi só um mau pressentimento que você teve, pode confiar em
mim.
Henri voltou a sentar na cadeira da qual se levantou.
–É que o garoto não podia estar morando aqui em Nova York, isso é mal
Jess.
–Mas o que tem haver uma coisa com a outra?
–É que existe uma lenda de que Caio teve uma visão de que haveria uma grande guerra quando o ultimo herdeiro completasse a idade de vinte e um anos e
que seria aqui em Nova York uma guerra que poderia levar ao fim do mundo e uma
das coisas que a defesa de herança deveria impedir era a mudança do herdeiro para
Nova York, entende.
–Mas essa lenda é verdadeira?
–Diz que se for verdadeira, vai existir uma carta de Caio no livro do
guardião.
–Então o guardião nem sabe que o guardião.
–Eu sei, mas os poderes dele também esta começando a se manifestar, o
Dean esta vigiando ele e diz que os pais dele está o levando aos psicólogos e dizem
que ninguém consegue descobrir o que ele tem. –Calma Henri, vai dar tudo certo quando chegar à hora.
Henri saiu do porão e foi ver um garoto ruivo que estava dormindo no
quarto decorado com objetos eletrônicos.
–Brian durma enquanto pode, logo você terá grandes responsabilidades.
No dia seguinte Eric acordou com um grande susto ao ver sua mãe sentada
em sua cadeira perto da mesa com o quarto todo sujo de necessidade de cachorro.
–Que lindo muito lindo agora deu para ficar mentindo para mim, Eric
Scart.
–Não é isso mãe, eu ia de contar.
–Quando no dia de são nunca, você esta brincando com a morte garoto,
quer morrer antes do tempo?
131
–Claro que não mãe.
–Mas não é o que parece, eu e teu pai fazemos de tudo por você e é assim
que você nos agradece?
–Não mãe.
–Então trate de limpar esse quarto e se livrar desse cachorro.
Beth saiu do e bateu a porta com tanta força que tremeu o quarto inteiro.
–Calma Romeu e sei como domar a fera.
Depois que limpou o seu quarto, Eric desceu com Romeu no colo e Jana
do seu lado e foram direto para a cozinha. –Mãe já limpei o quarto.
–E já se livrou do cachorro?
Perguntou Beth fazendo o café da manha.
–Ainda não, eu não posso deixar ele na rua.
Beth virou-se para ele e ficou olhando-o por quase um minuto.
–Tudo bem ele pode ficar, mas até você arruma um dono para ele, não
podemos ter outro cachorro aqui ainda mais macho e sem raça.
–Obrigado mãe.
–Falso.
Disse Beth tirando a panqueca da panela.
–Mãe, por que você não faz a comida no fogão automático. –Por que eu gosto de viver um pouco á moda antiga.
Depois do café da manhã Eric foi para o fundo do quintal brincar com os
dois cachorros foi quando ele viu ao lado da sua casa na janela do sobrado um
garota loira de olhos azuis penteando o cabelo que era liso e no momento que ela o
viu deu um grito abafado pelo vidro e desceu até o fundo para falar alguma coisa.
–Meu cachorrinho, você achou meu cachorrinho desde ontem a tarde que
eu não o vejo, vem chity.
–O cachorrinho virou as costas correndo e foi de encontro à garota.
–Oi, você deve ser o novo vizinho, meu nome é Ashley, qual o seu?
–Eu sou o Eric.
Disse ele fazendo uma força terrível para não ficar vermelho de vergonha. –Obrigado por achar meu cachorrinho.
–Na verdade ele me achou apareceu na frente de casa ontem.
–Mesmo assim obrigado, foi um prazer Eric.
A garota virou a costa e entrou em casa deixando Eric em estado de
retardamento absoluto, até que Jana deu um latido que fez ele cair no chão.
–Ela é linda não é Jana?
A cachorra latiu.
–Desculpa esqueci que ela não faz o seu tipo.
Ao entrar em casa sua mãe perguntou sobre o cachorro.
–Ele era da vizinha.
–Que vizinha?
132
A garota mais linda que eu já conheci em toda a minha vida.
–E a Joana?
Perguntou Beth.
–A Joana é passado, a fila anda.
Beth ficou chocada ao ver a atitude do filho.
–O que foi? Afinal você sempre foi contra o meu namoro com ela.
–Eu sei, mas você a esqueceu muito rápido.
–Eu não a esqueci, mas não terei como ficar com ela de novo só isso.
–Você tem razão. –A que horas o pai chega?
–Deve chegar daqui a pouco, ele disse que só iria ver algumas coisas
pendentes no jornal e já voltava.
–Tudo bem, qualquer coisa eu estou no meu quarto.
Eric subiu as escadas, entrou no seu quarto e pode ver que sua janela dava
de frente para a janela do quarto de Ashley, ficou observando o quarto dela durante
quase uma hora, até que viu o que parecia ser a mãe dela entrar no quarto e pegar
as roupas sujas e dizer algumas coisas que não dava para ouvir porque as duas
janelas estavam fechadas, então alguns minutos mais tarde Eric viu Ashley entrar
no quarto com o cachorro que a há pouco tempo estava com ele então ele começou
a ver ela com mais detalhes, loira, olhos azuis, pela clara, cabelo liso que descia até as costas, Eric ficava olhando sem cansar quando ela o viu e acenou para ele,
naquele momento Eric queria ser um avestruz para poder enfiar a cabeça no chão
então acenou de volta e saiu da frente da janela como se nada tivesse acontecido e
sentou na cadeira longe da visão do quaro de Ashley.
–Idiota!Eu sou um verdadeiro idiota, agora ela vai pensar que eu sou um
maníaco que ficava a espionando. Ai meu Deus o que eu faço com que cara eu vou
olhar para ela agora? Só espero que ela não estude na mesma escola que eu.
Jhonny chegou e logo depois foi servido o almoço, durante toda a refeição
não foi falado sobre o cachorro que Beth achará no quarto de Eric, Eric também
não tocou no assunto não queria levar outra bronca e dessa vez do pai, então
terminado o almoço Eric foi para o fundo do quintal e ficou deitado debaixo de um pinheiro piramidal, em pinheiro que tinha um formato de uma pirâmide do Egito,
deitado lá ficou pensando como seria a vida com aqueles dois dons que tinha
adquirido, tinha medo de revelar a alguém que não devia saber, mas então ele se
lembrou daqueles homens encapuzados que o havia defendido no dia do ataque.
–Eles sabiam dos meus poderes, talvez possam me ajudar, mas como vou
achá-los.
Então Eric se deu conta que tudo ali fazia questão de tempo.
O domingo foi um dia mais parado do que corrida de lesma para Eric, ele
conseguiu até completar o jogo do emaga, então quando chegou a noite ficou
assistindo um documentário sobre novas tecnologias do século XXI.
133
–Filho não fique acordado até tarde lembre-se que amanhã começa suas
aulas.
Disse Beth na porta do quarto.
–Tudo bem mãe eu já vou dormir.
–Então boa noite filho.
–Boa noite mãe.
Durante a noite Eric teve um sonho perturbador sobre o seu dia na nova
escola sonhava que estava ocorrendo uma grande confusão e que fora apontado
como o causador da bagunça.
134
Capitulo 15
Primeiro dia de aula
Centro de Nova York, 6:00am.
Lúcio acorda e vai até o banheiro se lavar, escova os dentes lava o rosto,
amarra seu longo cabelo negro para trás e fica contemplando seu rubi da
imortalidade que ficava brilhando ao refletir a luz do banheiro. –Aquele garoto não terá a mínima chance contra mim.
Voltando para o dormitório acorda Geasse com um tremendo chaqualhão
que quase o derruba da cama.
–O que foi Lúcio?
–Levanta temos muito o que fazer hoje, arranjei uma casa bem no bairro
do garoto herdeiro.
–Como você fez isso?
–Bem tive que matar o dono e fazer parecer um acidente de depois
hipnotizei a mulher e os filhos para que eles quisessem desesperadamente sair dali.
–Por que você não faz isso com o garoto?
–Por que ele tem a proteção do tesouro e nenhuma magia o atinge por isso temos que usar método tecnológico, entende agora ruivoso?
–Não me chame de ruivoso.
–Cala a boca e levanta.
Geasse levantou com a cara emburrada, mas não discutiu com Lúcio, se
lavou, colocou uma roupa casual e desceu para tomar café da manha junto com
Lúcio.
Casa do Eric, 6:15 am.
–Levanta Eric.
–Só mais cinco minutinhos. –Eu já te dei quinze, agora levanta.
Beth estava lutando para tirar Eric da cama para o seu primeiro dia de aula
em Nova York.
–Esta certo foi você que pediu.
Beth desceu até a cozinha e pediu para Win um balde de água e em
seguida subiu e jogou o balde em cima do garoto.
–O que é isso?
Ele levantou todo assustado e ensopado.
–Agora vai para o banheiro se lavar antes que eu perca mais uma vez a
cabeça e agora vai ser com água fervendo.
135
Eric deu um salto e foi correndo para o banheiro no qual a porta se fechou
automaticamente.
–Esta vendo Win ainda bem que você esta programada para nunca ter
filhos.
Win ficou olhando sem saber se estava entendendo direito.
–Os humanos são esquisitos.
Então ela voltou para os afazeres da casa.
Quando foi seis e meia todos já estavam na cozinha tomando café da
manhã. –Então filho gostou do banho?
–Ela já te disse?
Disse Eric emburrado.
–Não, fui eu que dei a idéia.
–Eu não acredito.
–Não fica assim você vai fazer novas amizades.
Eric não respondeu e continuou a tomar seu achocolatado.
Terminado de tomar o café da manhã Jhonny, Eric e Beth saíram cada um
em seu carro, mas Eric percebeu algo diferente na fonte de titânio na frente da
casa, ele sentiu como se alguém o tivesse observando, porem não via ninguém, mas
sentia a presença de alguém, mas devido aos últimos acontecimentos mágicos em sua vida resolveu comunicar seu pai.
–Pai tem alguém ali na fonte.
–Como assim?
–Estou sentindo a presença de alguém e escutei barulho e passos na
grama.
–Garoto você esta usando drogas?
Diz Jhonny sacudindo Eric.
–O que?
Eric se sentiu ofendido com aquela pergunta.
–Primeiro você me diz que seu visse algo diferente era para eu te falar
agora quando eu falo você fala que eu estou usando drogas é bom saber. –Desculpa filho, mas eu não estou vendo nem sentindo a presença de
ninguém.
–Esta bem.
Eric ia retornando para seu carro quando escutou outro barulho.
–Não é possível será que tem alguém invisível e eu estou sentindo sua
presença.
–Quem esta aí? Apareça.
Naquele momento Ashley passa em carro vermelho com um rapaz metido
do lado e fica olhando para ele e como sempre Eric acena querendo se tornar um
avestruz.
136
Vendo que não havia movimento na rua e que seus pais já haviam saído
para trabalhar ele chega mais perto da fonte e estica a mão para ver se pegava
alguma coisa, não pegou, mas escutou um barulho de recuo para traz então
avançou de novo e nada então com um vento ele sentiu a presença se afastar dele
em direção ao céu.
–Devo estar ficando louco.
Eric entrou no carro e foi para a escola.
Ao chegar na escola desceu do carro e o guardou em seu celular, com
muita timidez foi caminhando em direção ao portão de entrada e olhando para os lados todos estavam conversando em grupos dos estilos mais esquisitos possíveis,
tinha o grupo dos populares onde Eric reconheceu Ashley ao lado de um homem
alto e forte que colocava medo no homem mais forte do mundo do outro lado viu o
grupo dos atletas no qual viu um garoto negro de cabelo baixo que lhe pareceu
muito familiar, mas ele não lembrava de onde, no centro viu o grupo dos nerds,
todos de óculos e aparelhos e cada um concertando um equipamento eletrônico e
fazendo cálculos indecifráveis a olho humano então Eric viu o grupo dos brigões
que tinham homens fortes que estavam esmurrando um nerd perdido do seu grupo,
quase entrando na escola Eric viu o grupo que com certeza podia receber o nome
de puxas sacos, pois ficavam olhando de cara feia os alunos que estavam do lado
de fora da escola mas quando começava a aula eles ficava observando e cada movimento em falso eles dedavam o aluno para a diretora.
Ao alarme do sinal todos entraram e para ao azar de Eric ele caiu na sala
de Ashley e ficou com uma vergonha só, então o professor Alan Getorbi entrou e
fechou a porta.
–Vejo que temos um aluno novo em nossa sala, pode se levantar filho.
A classe toda virou os olhares para Eric que quis se tornar invisível
naquele momento então se levantou o mais devagar possível torcendo para que o
professor não lhe pedisse para lhe dar seus dados completos.
–Então filho diga de onde veio e por que.
Perguntou o professor alto, magrelo, cabelos grisalhos, bigode, óculos
redondos e roupas que serviam para um museu. –Eu vim de Los Angeles depois que fui atacado por cerca de cem robôs e
meu pai foi transferido para cá.
A classe que estava em uma conversa anormal parou e ficou olhando.
–Estou te reconhecendo você apareceu na televisão, cara sua casa ficou
um bagaço.
Disse um dos caras que estava no grupo dos populares no funda sala.
Então todos começaram a comentar sobre aquele incidente.
–Quietos!
Gritou o professor e a classe parou imediatamente.
–Pode se sentar senhor Scart.
137
Eric se sentou e não demorou muito sentiu algo bater na sua cabeça e viu
que era uma bola de luz grudante e classe começou a rir até que o professor olhou e
a classe tornou a ficar em silencio logo depois outra bola o atingiu nas costas.
–Ai meu Deus hoje vai ser um longo dia.
Disse Eric tirando a bolas e jogando em baixo de sua carteira.
Norte de Nova York, 7:45 AM.
–Vamos Tilin, agilidade desvie dos golpes, Colti mais força você tem que quebra por completo a maquinas não só torce-las.
–Mas mestre são muito duras.
–Não interessa, e você JB esta perdendo a concentração dos aglobamentos
metálicos.
–Mestre por que o Oni não esta treinando?
Pergunta JB.
–Porque ele esta vigiando o herdeiro alias somente ele e o Dean
conseguiram completar o treinamento sem erro, você pode ser igual na aparência
com seu irmão, mas no talento são bem diferentes.
Dean era irmão Gêmeo de JB.
Naquele momento Tilin um rapaz claro com olhos castanhos escuros e cabelo raspado cai da corda invisível na qual ele estava praticando equilíbrio.
–Fim de treino, todos na sala de reunião agora.
Disse Henri no minúsculo microfone que estava na cabine de comando em
cima da sala de treinamento que no momento seguinte havia se transformado em
um grande e simples porão, então os três rapazes subiram as escadas e foram para
um cômodo da casa perto da cozinha onde havia uma mesa oito cadeiras e um
pequeno notebook em cima da mesa, Henri sentou em uma das cadeiras e ficou
analisando os três rapazes que estavam com o ar de frustração.
–Como vocês querem ser promovidos a mestres se não conseguem
completar um treinamento direito, os poderes do herdeiro e do guardião já estão se
manifestando e eu preciso de quatro mestres para treiná-los a até agora só tenho um, e aí como eu faço?
–Senhor estamos dando o nosso máximo.
Disse JB tentando se explicar.
–Não estão porque eu conheço vocês desde quando nasceram e sei da
capacidade de vocês.
–É que estamos preocupados.
–Com o que?
Perguntou Henri intrigado.
–Os dois garotos, temos medo de que o senhor nos dispense depois que
eles chegarem.
–O que?
138
Henri se sentiu ofendido.
–Não tem nada haver uma coisa com a outra vocês são da defesa da
herança e eles são o herdeiro e o guardião cada um aqui já tem seu lugar definido e
não há ninguém que possa ser substituído, eu escolhi vocês porque sei que nunca
falharão e alem do mais temos um Deus poderoso do nosso lado e nunca nos
deixará, agora me escutem bem, nunca deixem que o inimigo coloque desanimo
em seus corações e quando quiserem falar comigo sobre qualquer assunto não
hesitem em me procura.
–Tudo bem senhor. –Então reunião terminada e os treinamentos recomeçam no período da
tarde.
Centro de Nova York, 8:15am.
Ao chegarem à imobiliária, Lúcio e Geasse foram recebidos pelo mesmo
homem que vendeu a casa para Jhonny, o pai de Eric e muito elegante sentou-se a
mesa do homem.
–Olá em que posso ajudá-los?
–Gostaríamos de comprar aquela casa que esta a venda na Rua Elton Alf
eu acho que é o numero quarenta. –Ah sim, aquela casa entrou a venda ontem uma triste história o dono foi
arrumar o telhado e caiu de cabeça no chão diante da família então para
esquecerem o trauma estão vendendo o local.
Lúcio olhou para Geasse com o ar de quem sabia a verdadeira historia.
–Meus pêsames, mas quanto é o valor da casa?
–Cem mil dólares.
Então vamos ficar com ela.
–Mas vocês não querem ver a casa?
–Não só o bairro já vale a pena.
–Tudo bem então vamos ver a documentação e logo vocês poderão se
mudar.
139
Capitulo 16
A confusão
Escola secundaria Albert Einstein 8:45 am.
Eric já não estava agüentando mais toda aquela zoação, todos na classe
estavam rindo dele menos Ashley e o garoto que pensava conhecer de algum lugar,
ele pelo jeito achava a mesma coisa, pois olhava de um jeito estranho para Eric tentando reconhecê-lo, mas como Eric ele não estava lembrando de onde.
–Queridos vamos aprender sobre revolução francesa que ocorreu há vários
anos atrás, mas que faz parte de nossa historia mundial e será essencial se vocês
quiserem passar na minha matéria.
Disse a professora baixa e gorda que tinha o apelido de fofa fat.
–Professora, qual foi o motivo real da revolução francesa?
Perguntou uma garota do grupo do nerds que sentava na primeira fileira
da sala, mas quando a professora foi responder o sinal tocou para o fim da aula.
Ao sair da sala Eric foi empurrando por um dos caras do grupo dos
brigões, mas não reagiu para não causar confusão.
Chegando à quadra de esportes da escola os garotos ficaram de um lado e as garotas de outro, Eric ficou quase que isolado, mas pensou consigo.
–É o primeiro dia de aula, tudo vai passar.
–Olá pessoal como foram de férias?
–Muito bem professor.
Respondeu a classe inteira em coro, a professor era um homem alto e forte
com estilo esportivo.
–Bem como hoje é o primeiro dia de aula vou dar folga para vocês fiquem
a vontade, mas não saiam dos limites esportivos.
Jornal Nova York Times, 9:00 am.
Jhonny estava em seu escritório revendo a matéria que iria ser primeira
pagina no dia seguinte.
Nova York Times, 07 de agosto de 2063.
Tecnologia em alta
Como todos devem ter percebido nos últimos anos a tecnologia norte
americana tem avançado de uma maneira surpreendente pela primeira vez na
história estamos exportando tecnologia para países que até o ano passado eram
conhecidos como potências mundiais, países como China e Japão.
140
Porem como toda ação tem uma reação os países do oriente dizem que a
nossa tecnologia existe graças a grande contribuição de japoneses que moram
aqui, mas temos que lembrar que o japoneses que moram aqui nasceram também
aqui então eles são tão americanos como eu e você caro leitor isso é como dizia a
nossa querida governadora Izaty Lends é pura dor de um braço inteiro e não só de
cotovelo.
Jhonny pegou o telefone e ligou para o hospital onde Beth estava
trabalhando.
–Maternidade vida hoje, bom dia.
–Oi eu queria falar com a doutora Elizabeth Scart.
–Quem gostaria?
–É o esposo dela.
–Sim, só um momento senhor Scart.
–Oi.
–Oi querida como esta indo o seu primeiro dia no hospital?
–Já fiz quinze partos, dez consultas pré natal e vinte e cinco consultas de
rotina.
–Sinceramente eu não sei como você consegue. –É simples querido eu sou mulher.
Jhonny ficou sem entender.
–Como será que o Eric esta se saindo no primeiro dia de aula?
–Não tenho a menor idéia ele sempre foi imprevisível agora que esta para
completar dezoito anos esta ficando mais ainda.
–Você acha que alguém pode querer atacá-lo na escola?
–Não, eu acho que a pessoa que nos atacou não vai fazer isso tão cedo e
não se esqueça que tem aqueles homens encapuzados que nos salvaram no ultimo
ataque, de alguma maneira eles estão nos vigiando.
–Espero que sim, querido, eu vou desligar que tenho uma consulta daqui
a pouco, um beijo. –Um beijo querida até mais tarde.
Jhonny desligou o telefone e voltou para a sua leitura do jornal.
Escola secundaria Albert Einsten 10:30.
Durante todo o intervalo Eric permaneceu sozinho, todos estavam com seu
grupo, mas ele percebia que estava sendo observado por três pessoas duas ele via
que era um dos rapazes do grupo dos atletas e a outra pessoa era a Ashley, mas a
terceira vinha de um lugar vazio, mas que para Eric parecia ter alguém.
–Eu devo estar ficando louco.
–Ora ora temos um garoto sozinho aqui parece que quer apanhar.
141
O grupo dos brigões tinham se aproximado dele.
Eric olhou para os lados e ficou intrigado.
–Isso é comigo?
–Claro tem mais algum idiota aqui?
–Além de vocês eu acho que não.
O refeitório inteiro caiu no riso.
–Repete isso garoto.
–Me desculpe, para vocês eu tenho que desenhar, porque vocês são meio
retardados. O garoto foi dar um soco em Eric que desviou fazendo o garoto alto cair
de cara no prato de Eric
–Puxa vida lá se foi o meu lanche.
O refeitório caiu de novo no riso.
–Guerra de comida!
Gritou um garoto no centro do refeitório.
Todos começaram atacar comidas uns nos outros sujando o refeitório
inteiro até que a inspetora de alunos chegou.
–Que bagunça é essa?
Todos pararam.
–Quem foi que começou essa confusão? Todos apontaram para Eric.
–Hoje não é o meu dia.
Disse ele vendo a expressão da inspetora.
Norte de Nova York 10:35.
Henri atende ao telefone e fica entusiasmado como a notícia que recebe.
–Muito obrigado, até mais.
–O que foi Henri? Que alegria é essa?
–Jess descobri a localização do tesouro e do livro agora temos que fazer
com que o herdeiro e o guardião sejam levados até eles. –É só nós levarmos.
–Não eles têm que encontrar por conta própria, nós só vamos dar um
empurrão sem sermos percebidos se for necessário, do contrario, eles mesmos
terão que achar o tesouro e o livro.
–Mas por quê?
–Porque isso já será parte do treinamento deles.
–Entendi.
No momento seguinte o telefone toca.
–Alô, fala Oni, o que? O herdeiro fez o que? Esse garoto é um dos meus,
obrigado ele esta seguro? Tudo bem continue de olho e qualquer coisa me
comunique.
142
Henri desliga o telefone.
–O que foi Henri?
–O garoto fez a maior bagunça no refeitório da escola.
-E você acha isso legal?
–É claro que não.
–Então por que esse sorriso?
–É que o garoto causou efeito, já esta ficando popular no primeiro dia de
aula.
–Olha Henri, eu preciso de um curso para te entender sabia? –Escuta só Jess, esse garoto vai fazer historia no ciclo do tesouro.
Jornal Nova York Times 10:40.
–Alô, sim é ele, o que? O Eric fez o que? Eu não acredito, já estou indo,
obrigado.
Jhonny saiu desorientado e avisou ao porteiro do jornal que voltaria logo
então pegou o seu carro e foi direto para a escola de Eric.
Escola secundaria Albert Einstein 11:00.
Jhonny chegou à frente da escola junto com Beth.
–O que aconteceu Jhonny? Me ligaram no hospital dizendo que o Eric
tinha se metido em uma confusão.
–É o que vamos ver agora.
Os dois entraram e a secretaria os levou até a sala da diretora onde Eric
estava todo sujo de comida sentado em uma cadeira.
–Vocês devem ser o senhor e senhora Scart, sentem-se.
Disse a diretora e os dois se sentaram olhando com ar de nervoso para
Eric.
–Então o seu filho se meteu em uma encrenca hoje na hora do intervalo
causando uma grande confusão na escola. –Mas não fui eu.
–Cala a boca Eric se quiser falar de novo.
Disse Jhonny serrando os dentes.
–Então eu os chamei aqui para saber se ele tem algum problema de
relacionamento, porque ele não fez nenhuma amizade e achamos que esse pode ser
o motivo da explosão dele.
Eric olhou para a diretora como se ela estivesse falando de um desastre
nacional.
–Não que saibamos.
–Então desculpe interromper o trabalho dos senhores.
–Não tem importância
143
Disse Beth sorrindo.
Ao saírem da sala da sala do diretor Jhonny e Beth se viraram para Eric.
–Onde você estava com a cabeça quando arrumou essa confusão?
–Mas pai não fui eu.
–A diretora disse que foi você.
Disse Beth.
–Nem ela viu o que aconteceu, mas como sempre, vocês primeiro acabam
comigo para depois saber a verdadeira história.
–Então conte. Disse Beth.
Eric contou tudo o que tinha acontecido no refeitório e como todos tinham
o acusado injustamente.
–Filho então você derrubou aquele cara que ótimo.
–Jhonny.
Disse Beth com tom de desaprovação.
–Quero dizer, filho isso não se faz.
–Então eu devia apanhar calado.
–Sabe Beth ele tem razão.
–Claro que não ele devia avisar a inspetora de alunos.
–E ficar com fama de chorão para ser zoado pelo resto do ano, será que me tirar de Los Angeles não foi o suficiente?
Eric virou a costas e voltou para a sala de aula.
Ao chegar em casa Eric almoçou e estava subindo para o seu quarto
quando a capanhia tocou e então ele resolveu atender e para sua surpresa era
Ashley que estava na porta.
–Oi Ashley em que posso ajudar?
–Eu queria entrar, posso?
–É claro.
Disse Eric abrindo caminho sem saber o porquê daquela visita.
–Então Eric eu sei que o seu começo na escola hoje não foi muito legal,
então eu vim te dizer que se precisar de ajuda para qualquer coisa pode contar comigo.
–Acha todo novato em uma nova escola tem que passar por isso e eu até
que me saí bem, não apanhei no primeiro dia, eu acho que isso já é um começo.
–É tem razão, então mesmo assim se precisar de qualquer coisa é só falar
comigo.
–Tudo bem obrigado, quer alguma coisa? Suco? Água?
–Não daqui a pouco o Josh vem me buscar nós vamos em uma festa da
escola hoje você quer ir?
–Talvez eu passe lá eu vi o cartaz na escola hoje.
–Tudo bem então, até a noite.
–Até.
144
Eric fechou a porta.
–Hoje a festa vai rolar.
145
Capitulo 17
Uma nova amizade
Norte de Nova York, 15:00 pm.
Na casa de Henri Castro, no porão transformado em campo de
treinamento, ele treina os três futuros mestres de Eric.
–Vamos agilidade, equilíbrio total, força, mais força é para quebrar e não somente torcer.
–Vai Colti, você também Tilin, mais velocidade nisso JB.
Os três aprendizes faziam conforme Henri os ordenava.
–A gora os três tem que desviar dos meus golpes.
Henri avançou em direção dos garotos enquanto eles estavam
concentrados nos exercícios e os fazia desviar dos golpes sem perder a
concentração no exercício ativo.
–Vamos não deixem que eu os acerte.
Henri fazia movimentos cada vez mais bruscos e inesperados, mas os
garotos conseguiam desviar.
–Muito bem agora os três venham lutar comigo quero a tática de equipe e de ataque de vocês e não hesitem em usar seus poderes, pois usarei os meus.
Os três avançaram para atacar Henri que usou agilidade para desviar e
atacar os três pelas costas que se viraram e lançaram luz de solaris que quase
atingiu Henri nos olhos que em seguida soltou três golpes de hipnoses quase os
atingindo e o movimento cada vez mais incríveis e inesperados.
–Vamos, já cansaram? E ainda me chamam de velho, vocês são criançolas
mesmo.
–Vamos JB e Colti me levantem e me dêem cobertura vou pega-lo de
surpresa.
Colti e JB fizeram o Tilin disse e com toda a fumaça de efeito dos golpes
Henri não conseguia vê-los. –Ficaram com medo?
–Olha aqui o medo.
Tilin surgiu do nada a quase o atingiu com o soco do urso e no momento
que desviou Colti lançou o golpe de desilusão o deixando desorientado para JB
desse o golpe quebra mundo, Henri foi lançado longe.
–Mestre!
Gritou os três rapazes indo em direção ao corpo caído no chão e de
repente uma voz no alto falante ecoou pelo local.
–Muito bem rapazes me deixaram impressionado.
Quando os garotos olharam mais de perto viram que tinham derrotado um
robô idêntico ao mestre deles.
146
–Que isso? Fomos enganados.
–Enganados não, vocês foram muito bem e passaram no teste de aptidão,
não precisarão mais de treino e passaram para a primeira missão de vocês para com
o herdeiro e o guardião.
–Os rapazes se abraçaram a começaram a comemorar aquela grande fase
que estava começando na vida deles.
Centro de Nova York, 16:30 pm.
–Muito obrigado senhores, foi um prazer fazer negócio com vocês.
Disse o corretor apertando a mão de Lúcio e Geasse e lhes entregando os
cartões da casa e a planilha transparente que estava escrito ESCRITURA na capa.
–Vamos nos mudar hoje mesmo, nossa mãe esta saindo do hospital que
vai gostar muito da casa.
O corretor e Geasse olharam espantado para Lúcio.
–Eu pensei que você dois fossem.
–Gays eu sei é que não nos parecemos nada mais muito parecidos no
gênio ainda bem que você não mora em casa se não era perigoso sair em coma de
lá é uma luta todo dia.
O corretor deu um sorriso sem graça e os agradeceu outra vez, ao saírem da imobiliária Geasse estava para perguntar quando Lúcio o interrompeu.
–Você acha que eu iria deixar os outros acharem que nos tínhamos um
caso eu gosto de outro fruta cara.
–Eu não percebi nada.
–Por que você é um sonso, agora vamos pegar as coisas no hotel e levar
tudo para a nova casa no bairro que em breve terá outra morte trágica.
Naquele momento Lúcio pensou na única mulher em que tinha amado na
vida.
–O que foi Lúcio?
–Nada eu estava pensando no passado afinal eu tenho muitos anos de vida
e você sabe disso. Os dois continuaram rumo ao hotel para pegarem seus pertences.
Casa do Eric, 17:00 pm.
Eric estava quase dormindo quando ouviu sua mãe chegar do hospital.
Então ficou do jeito que estava torcendo para que sua mãe o visse
dormindo e não o acordasse para falar sobre o ocorrido, então ele sentiu sua mãe se
aproximar e tocando nele para acordá-lo então com cara de sono forçado ele olhou
para a mãe e tentou voltar a dormir.
–Eric levanta eu preciso falar com você.
–Depois mãe eu estou com sono.
147
–AGORA!
Eric deu um salto que quase caiu da cama.
–Puxa vida o que é tão importante que não pode esperar?
–O que você acha do que aconteceu na escola hoje? Isso para mim é muito
importante e devia ser para você também.
Eric ficou olhando a mãe tentando entender o que ela dizia.
–Filho, você percebeu que o que fez hoje foi muito grave?
–Mãe eu já disse que não foi minha culpa.
–E eu também já disse que não acredito. –Já disse?
–Eric preste atenção. Você tem que fazer por onde eu confiar em você,
confiança é uma coisa que se conquista.
–Mas mãe eu nunca te dei motivo para que não confiasse em mim.
–Tem certeza pense melhor.
Eric se lembrou do ataque e do seu poder de cura.
–Está bem mãe, mas eu te falando a verdade eu não comecei briga
nenhuma eu só me desviei do golpe que o cara ia dar em mim.
–Mas sempre que não souber o que fazer faça uma famosa pergunta que
eu sempre faço. O que Jesus faria?
–Mas mãe eu não sou como Jesus, Ele foi santo e eu peco pelo menos três vezes por dia.
Beth o olhou com espanto.
–E não me olhe assim, pois sou adolescente e estou na puberdade, não
tenho culpa, como eu disse Jesus foi santo e em minha opinião ele não merecia
sofrer tudo aquilo que ele sofreu por esse povo ingrato que vive hoje em uma
imensa lama de pecado e podridão.
–Mas filho, você tem que levar uma coisa em conta, violência só gera
mais violência.
–Exatamente, Jesus não bateu em ninguém e viu o que aconteceu, Ele
morreu.
–Só que três dias depois ele ressuscitou e hoje vive para sempre. Eric ficou sem palavras.
–Sabe de uma coisa mãe, se eu fosse Jesus mandaria um raio dos céus em
todo aquele povo que estava o acusando e ainda colocaria em quadros para todos
saberem do Ele é capaz.
–Eric eu não vou discutir com você, mas só espero que nunca tenha que
me decepcionar com alguém que eu admiro por ser tão jovem e ser tão maduro.
Beth saiu do quarto e Eric ficou com o pensamento naquela ultima frase.
–Quem é esse?
–Ah! Sou eu, como eu sou lerdo meu Deus.
Quando foi seis e meia Jhonny chegou do serviço e foi falar com o Eric
que estava fazendo trabalho de geologia aérea.
148
–Filho, pode entrar?
–Desde quando eu permito ou não você de entrar no meu quarto?
–Temos que manter a educação, quando você for pai entenderá o que
estou dizendo.
–Assim espero.
Disse Eric terminando de desenhar um mapa das funções climáticas sobre
o oceano pacífico.
–O que eu queria te dizer filho é que você tem que se controlar mais na
escola, não se esqueça que você é um rapaz diferente. Eric sentiu a confiança do pai naquela forma de dizer.
–Pai você é a única pessoa em que eu acho que confia em mim, estou lhe
dizendo a mais sincera verdade, eu não comecei briga nenhuma.
–Eu sei Eric, mas o difícil vai ser convencer a sua mãe se a diretora da
escola fosse homem talvez não tivesse acreditado, mas sua mãe é muito feminista e
tudo que outra mulher diz ela apóia sendo verdade ou não.
–Então o que eu faço pai?
–Confessa a culpa e diz que esta arrependido, pelo menos sempre
funciona comigo.
–Esta bem vou tentar.
Jhonny se virou para sair do quarto. –Pai.
–Fala filho.
–Eu vou a uma festa da escola hoje, já é um progresso.
–Pode crer garoto.
Eric terminou seu trabalho e foi tomar banho agora sempre em água fria,
pois tinha medo de ter contato com alguma coisa quente ou que tivesse pegando
fogo.
Arrumado desceu as escadas e já estava saindo quando sua mãe o viu.
–Onde esta pensando que vai garoto?
–Eu vou a uma festa posso?
–É claro que não. –Mas por quê?
–Por que você não me pediu se podia ir.
–Mas pediu para mim querida.
Jhonny entrou na cozinha com um imenso sorriso no rosto.
–Pense pelo lado bom querido estaremos a sós a noite inteira.
–É mãe, estou louco para ter um irmãozinho.
–O que vocês estão tramando.
–Nada, nem temos motivo.
Disse Jhonny pegando um copo o armário
–Esta bem pode ir, mas volte cedo.
–Não volte não filho queremos tempo para fazer seu irmãozinho.
149
–Que isso Jhonny?
–Beth ele já tem quase dezoito anos.
–Tchau pessoal boa festa.
–Para você também filho.
Eric saiu e fechou a porta.
–Cadê a Win?
–Eu já desativei
Disse Jhonny com ar de tarado.
–E agora o lobo mal vai pegar a chapeuzinho vermelho. Jhonny começou a correr atrás de Beth que subiu as escadas rindo a toa e
do lado de fora Eric estava escutando tudo.
–Como foi que eu fui ter uns pais tão bregas?
Ele apertou o botão do carro no celular e foi para a festa passando na
frente da casa de Lúcio que estava com Geasse no porão preparando o liquido de
desilusão no porão.
–E aí Geasse como esta os experimentos?
–Esta quase pronto, eu testei em três ratos um dormiu instantaneamente,
outro começou a rodar em círculos e o terceiro ficou batendo na parede da gaiola
até morrer.
–E o que falta para terminar? –Só terminitor de salócio.
–Então acabe logo, pois eu quero em breve o que é meu por direito.
Festa da escola, 9:30 pm.
Na casa de um dos atletas que Eric sabia conhecer de algum lugar estava
acontecendo a festa e todos estavam dançando e se divertindo pela casa toda, na
sala estava sentada o grupo dos populares, Ashley, Josh, Bianca e David.
–Ashley, eu vou no banheiro lá em cima e volto já.
Disse Josh.
–Esta bem. –David eu vou no outro banheiro que tem lá em cima retocar a
maquiagem, você vem Ashley?
Disse Bianca.
–Não eu vou ficar aqui em baixo.
Eric chegou e guardou seu carro e entrou o mais discretamente possível,
sem querer chamar atenção, mas mesmo assim reparava alguns olhares para ele
conforme andava para dentro da casa ao entrar na casa procurou um lugar para
sentar quando o atleta que ele pensava conhecer de algum lugar chegou perto dele.
–Que bom que você veio, qual o seu nome?
–Eric.
150
–Prazer em conhecer Eric eu sou o Peter e essa é minha casa fique a
vontade, vamos até a cozinha tem refrigerante a salgados lá.
Os dois seguiram para cozinha seguido de mais dois garotos do time de
futebol americano da escola.
–Como você conseguiu se desviar daquele jeito do soco do Drake?
–Na verdade eu nem sei como foi com eu visse o soco dele em câmera
lenta.
–Isso foi realmente incrível.
Respondeu o garoto atrás dele. –Estes são Nick e Alex
–Prazer.
–Você gosta de algum tipo de esporte?
Perguntou Peter tomando um gole de refrigerante
–Sinceramente não, eu gosto de ciências.
–Isso é ótimo!
Eric até tomou um susto com o entusiasmo do garoto.
–Por que?
–Porque precisamos de alguém para nos ensinar biologia e não queríamos
pedir para os nerds, eles cobram para ensinar abusam de suas habilidades.
–Nossa que horror eu ensino vocês no que precisarem, mas não espalhem, pois se não todos vão querer e eu não quero outra confusão tão cedo.
–Esta bem, será o nosso segredo.
–Que segredo?
Ashiley aparece atrás deles atrás de um refrigerante.
–Coisas de homem.
Respondeu Peter.
–Vejo que já conheceu o Peter Listen, Eric.
–O que quer dizer com isso?
Perguntou Eric intrigado.
–Nada, eu vou procurar meu namorado porque ele subiu para o banheiro e
até agora não desceu e a Bianca também, ela disse que tem dois banheiros lá em cima.
Quando Ashley saiu da cozinha Peter fez cara de preocupação.
–O que foi?
Perguntou Nick.
–Lá em cima só tem um banheiro se for o que eu estou pensando vai
acontecer um barraco daqueles em três, dois, um...
–Seu idiota, e você eu pensava que era minha melhor amiga sua piranha.
–Calma amor não foi o que você esta pensando.
–Claro que não, foi pior e não toque em mim seu cretino.
Ashiley saiu desnorteada da sala com Josh atrás dela e Bianca voltou para
a festa como se nada tivesse acontecido.
151
–Isso é comum aqui?
Perguntou Eric.
–Você não viu nada.
Disse Peter.
No momento seguinte Ashley voltou e começou a bater em Bianca o que
foi o maior dos barracos.
–Porrada! Porrada!
Gritava a festa inteira.
–Bem agora é hora de eu intervir. Peter foi até a sala onde as duas estavam se pegando e separou elas com
facilidade já que Peter por causa do futebol americano tinha uma força fora do
normal.
–Já chega, Bianca vai embora eu não quero mais você aqui e você também
Josh.
–Espera aí cara.
–Agora ou eu vou partir para a violência.
–Esta festa estava um saco mesmo.
Josh e Bianca saíram e Ashley ficou aos prantos no sofá.
–A festa acabou todos podem voltar para suas casas, Serena vem aqui.
Peter chamou sua irmã que estava no primeiro colegial para falar alguma coisa que ninguém conseguiu ouvir só Ashley que estava ali então em seguida as
duas subiram as escadas.
–Vai precisar de alguma coisa Peter?
Perguntou Eric querendo ajudar.
–Vou sim,você mora vizinho dela, não mora?
–Moro por quê?
–Pode levá-la para casa?
–Posso sim.
Nick e Alex estavam limpando toda a bagunça da festa, pois todos tinham
ido embora sem nem jogar o copo de vidro descartável fora.
Ashley desceu mais calma. –O Eric vai te levar até em casa.
–Obrigado Peter o meu conceito mudou completamente agora com você.
–Afinal você é minha prima.
Eric ficou de queixo caído, nunca teria percebido aquilo.
Eric e Ashley foram embora e quando chegaram na casa de Ashley os dois
desceram e ficaram se olhando por um longo tempo.
–Obrigada Eric.
–Quando precisar.
Ashley já estava se virando quando ele a chamou.
–Ashley eu queria te fazer uma pergunta.
–Faça?
152
–Rola alguma coisa entre você e o Peter?
–Deus que me livre, ele é meu primo, nasceria filho bichado.
–Esta bem então, boa noite.
–Boa noite até amanhã na escola.
Eric entrou em casa e ficou com um sorriso bobo no rosto.
–Agora ela esta livre e desimpedida.
153
Capitulo 18
Fugindo para a floresta
Eric acordou no dia seguinte e desceu para a cozinha onde seus pais
estavam tomando café da manhã e revendo os materiais de seus serviços.
–Bom dia.
–Bom dia.
Responderam Beth e Jhonny em coro. –O que esta acontecendo?
–Nada é que estou com muito trabalho, tanto eu como sua mãe, e aí como
foi a festa ontem?
–Foi legal, saiu até briga de mulher.
–Sério? Como foi?
Perguntou Jhonny cheio de curiosidade.
–Jhonny!
–O que foi Beth briga de mulher é sempre interessante principalmente
quando elas brigam por nós homens.
–E foi este mesmo o motivo.
Disse Eric com naturalidade. –Não me diga que foi você o motivo de novo.
–É claro que não mãe, desta vez eu não arrumei confusão eu arrumei uns
amigos que são até legais.
–Bem vamos que já esta na nossa hora.
Disse Jhonny cortando Eric.
Os três saíram e foram cada um para o seu local de compromisso, Eric
como estava com preguiça ligou o motorista automático e pediu para o carro levá-
lo até a escola.
Casa de Henri Castro, 7:15 am.
–Vamos Brian, você já esta atrasado.
–Já estou indo tio.
O garoto ruivo desceu as escadas como um mini computador na mão todo
alegre.
–Isso vai acabar te deixando louco.
–Não vai não tio, isso me deixa mais inteligente na escola, foi a melhor
coisa que inventaram depois do fogo.
–Agora vai logo, antes que o ônibus vai sem você para a escola.
Brian entrou no ônibus e em seguida o ônibus se tele transportou para o
endereço de outro aluno e quando ele fechou a porta Dean apareceu atrás dele que
quase o derrubou para trás de tanto susto.
154
–Quando foi que você me apareceu.
–Passei por você, não viu?
–Nem tenta que eu sei que sua habilidade é de tele transporte.
–Pode crer você sabe me diferenciar do meu irmão.
–Vocês podem se parecer no corpo, mas não no jeito de falar.
–E como esta JB?
–Ele passou no teste de velocidade.
–Eu vi o Brian saindo, ele esta cada vez mais esperto.
–Com certeza, o garoto puxou o pai por completo só a aparência é da mãe. –Quando você pretende contar a verdade para ele?
–Quando for a hora certa.
–Hora certa de que?
–JB chegou e deu um salto em cima do irmão que consegui se desviar por
pouco de seu golpe.
–E aí mano fiquei sabendo que você agora é mestre também.
–Pode crer agora eu sou igual a você até nisso.
–Os gêmeos eram idênticos loiros de olhos verdes pântano.
Bem eu tenho que resolver um negócio na cidade, volto já e não quero
bagunça se não vocês já sabem qual é o castigo.
–Trezentas cambalhotas no porão escuro. Respondeu os irmãos em coro.
Henri saiu e fechou a porta.
–Vamos lutar?
–Só se estiver valendo alguma coisa.
–Limpar a bagunça antes do mestre chegar.
–Estou dentro.
Os irmãos gêmeos desceram as escadas que davam para o porão.
Escola secundaria Albert Einstein, 7:30.
Eric chegou na escola e guardou o seu carro no celular. –E aí cara, como vai?
Disse Peter caminhando em sua direção.
–Cadê o Nick e o Alex.
–Eu não sei, eles nunca foram muito ligados comigo.
–Peter eu posso te fazer uma pergunta?
–Já fez.
–Eu estou falando sério.
–Diga.
–Eu te conheço de algum lugar?
–Eu não sei cara, por quê?
–Porque eu tenho a impressão de que nos conhecemos há muito tempo.
155
–Sabia que eu também tenho essa impressão.
No momento seguinte Ashley chega em um carro vermelho fogo que
atraiu a atenção de todos que estavam no pátio, então ela desceu do carro, o
guardou no celular e foi em direção de Peter e Eric.
–Olá garotos.
–Olá Ashley.
Respondeu os dois em coro.
–Eu posso passar o dia com vocês? É que eu não estou nem um pouco a
fim de ir para aquele grupo de pervertidos. Disse ela apontando para o grupo dos populares onde estavam Josh Bianca
e David entre outros.
–Pode sim.
Disse Eric.
–Até podemos criar o nosso próprio grupo, os descolados.
–Aí, gostei.
Disse Peter.
–É melhor que excluídos que é o que somos na verdade.
–Eu não sou.
Disse Eric apontando pra si mesmo.
–É verdade, você já veio excluído. Disse Peter.
–O que?
Perguntou Eric.
–Vamos garotos, já vão fechar o portão.
Os três seguiram portão adentro atraindo cada vez mais olhares, pois todos
já sabiam que ali estava se criando mais um grupo, então um nerd chegou até eles.
–Eu posso entrar no grupo de vocês?
–Você deve estar zoando, nós já temos o nosso nerd.
Disse Peter apontando para Eric.
–É isso aí magrelo, agora suma antes que eu te quebre.
–Tente fazer isso que eu te encolho com um laser sem antídoto. –Tente que eu te evaporo com uma gota de licito de tésio.
O garoto recuou apavorado.
–Cara eu quero morrer teu amigo.
Disse Peter ao ver a expressão do nerd.
–Peter você não sabe o Eric me perguntou ontem, perguntou se eu e você
tínhamos um rolo.
–Que horror, Deus me livre, nasce filho bichado.
–Eu sei.
Disse Eric com ar de tédio.
A aula começou e todos estavam com os seus respectivos grupos até que
uma outra garota se aproximou deles.
156
–Oi eu queria saber se eu podia me juntar a vocês?
–É claro que sim.
Disse Peter antes que Eric e Ashley pudessem ter alguma reação.
–Quem é ela?
Perguntou Eric ao ouvido de Peter.
–É a Emily, estou gamado nela desde o jardim.
–E nunca chegou nela?
–Foi falta de oportunidade.
–Você passa meio período no mesmo ambiente que ela a mais de dez anos e me diz que é falta de oportunidade, isso pra mim é coisa de gay.
–Você tem aprender muito sobre as mulheres Eric.
–Olha quem fala o atleta que tenta há dez anos falar com uma garota e não
consegue.
Peter fica sem resposta e volta para os estudos.
–Eu estava brincado.
–Eu sei. Mas toda brincadeira tem um fundo de verdade.
Disse Peter escrevendo em sua planilha.
Eric sem saber o que dizer voltou para os estudos.
Casa do Lúcio, 7:45 am.
–Lúcio, terminei o suco de desilusão.
–Esta brincando, é sério Geasse?
–Esta aqui.
Disse Geasse entregando um frasco com um liquido incolor a Lúcio.
–Ótimo agora eu vou poder matar aquele garoto e ainda fazer parecer
acidente.
–Mas ele não tem o poder de cura?
Perguntou Geasse curioso.
–Sim, mas ele não pode curar o coração, uma vez atingido nunca mais se
recupera fazendo assim ele morrer, por isso o tesouro tem um formato de um pingente para proteger o local que não pode se curar.
–Isso vai ser incrível eu quero presenciar este acontecimento.
–Com certeza você terá esse privilégio.
Escola secundaria Albert Einstein 9:30.
Durante o intervalo Emily e Ashley já conversavam como velhas amigas,
Emily dava conselhos sobre como testar a fidelidade de seu namorado enquanto
Peter continuava calado.
–Peter me desculpa eu nunca mais falo essas coisas para você.
–Mas o que você disse é a mais pura verdade.
157
–Vamos fazer assim eu te ajudo a chegar nela e você me ajuda a chegar na
Ashley.
Peter olhou para Eric espantado.
–Você esta afim da minha prima?
–Desde o primeiro dia que eu a vi.
–Cara isso é demais.
–Eu sei, mas eu preciso de sua ajuda.
–Esta bem, eu te ajudo com a Ashley e você me ajuda com a Emily.
–Combinado. –Combinado o que?
Perguntou Ashley ao chegar com Emily perto deles.
–É sobre o Peter me ensinar a jogar basquete.
–É?
Disse Peter espantado.
–É claro, lembra que você disse que iria me ajudar.
Disse Eric dando uns cutucão discreto em Peter.
–Ah é, me lembrei é que estou esquecendo fácil das coisas eu acho que
preciso ir ao médico rápido.
–É você precisa se cuidar afinal você é tão bonito seria uma perda em
tanto se você morresse. Peter corou de uma forma surpreendente.
–Nossa Emily você tem uns gostos meio esquisitos.
Disse Ashley se afastando.
Durante a aula de biologia, Eric dava as dicas para Peter e para as garotas
e durante a aula de educação física era Peter que ajudava Eric com os exercícios.
Centro de Nova York, 11:15 am.
Henri entra na central de comando das forças armadas dos EUA.
–Pois não em que posso ajudá-lo?
Pergunta o robô na recepção. –Eu gostaria de falar com o comandante Stert.
–Ele está em reunião.
–Diz que é Henri Castro e que eu vim falar sobre o U.H.
O robô informou ao comandante por telefone embutido em seu ouvido.
–Pode se tele transportar para o andar quarenta e cinco que ele ira atende-
lo.
–Muito obrigado.
Henri ativou seu relógio de tele transporte para o andar quarenta e cinco e
em cerca de cinco segundos estava dentro da sala do comandante.
–Olá Henri o HRS me disse que você queria falar sobre o U.H.
158
–Pois sim comandante o herdeiro e o guardião estão começando a
manifestar seus poderes e eles já se conhecem, mas não sabem da nossa existência.
–E o Lúcio?
–Estamos tentando localizá-lo, mas não encontramos nada ainda, você
acha que é possível que ele esteja vivo?
–Desde os tempos que o herdeiro Caio veio para Nova York não tivemos
mais noticias sobre ele e também andamos investigando sobre a possibilidade de
ele ter morrido e nada, não achamos corpo nem tumulo e nem algo parecido, e há
uma lenda que diz que ele possui a pedra da imortalidade e você mesmo disse que o ultimo herdeiro deste ciclo foi atacado por robôs, Lúcio poderia muito bem ter
criado estes robôs com a ajuda de alguém experiente.
–Alguém mais sabe da existência do tesouro?
–Não, todos os registros sobre ele esta em cofre onde somente eu e você
temos a chave.
–Esta bem.
–E como esta à defesa da herança.
–Estão todos treinados e dispostos a morrer pela proteção do herdeiro e do
guardião.
–Muito bem, agora temos que descobrir o mais rápido possível quem esta
atrás do herdeiro. –Eu acho que o Lúcio de alguma forma esta envolvido nisso diretamente
ou indiretamente.
Escola secundaria Albert Einstein 12:00.
Ao sair da escola, Eric já estava tirando o seu carro do celular quando
Peter o chamou.
–Vamos andando faz bem para a saúde e ainda vamos conversando.
–Eu acho melhor não.
–Então vamos até a minha casa que é mais perto se você estiver cansado
até lá você termina o caminho de carro. –Está bem, mas se eu cansar antes eu pego o carro no mesmo instante.
–E vocês meninas, vão vir com a gente?
–Não nós vamos ao shopping fazer compras.
–Esta bem, até mais.
Eric e Peter pegou a ciclovia ao lado da floresta do norte e enquanto
andavam conversavam sobre os filmes que estavam em cartaz no cinema.
–Você viu aquele com Artur Rick o dia da noite?
–Aquele foi muito louco e a corrida da morte com Érika Lends.
–Demais principalmente por causa da atriz.
No meio do caminho eles encontraram o grupo dos brigões.
159
–E agora moleque você não poderá escapar, pensa que eu esqueci o que
você me fez na escola.
–Eu tenho mais o que fazer.
Disse Eric então ao cara alto que lhe deu um empurrão que quase o
derrubou no chão.
–O que fazemos agora Peter está deserto aqui.
–Corre pra floresta!
Os dois entraram floresta adentro e seguidos até um certo ponto pelo
grupo dos brigões. –Vamos embora a floresta vai dar uma lição neles.
160
Capitulo 19
Um barulho diferente
Eric e Peter correram floresta adentro durante dez minutos até que
pararam.
–Eu acho que não estão mais atrás de nós.
–É isso aí, espera aí? E agora para onde vamos?
–Calma, eu conheço esta floresta como a palma da minha... –O que Peter?
–Que floresta é essa?
Perguntando Peter preocupado.
–Como assim?
–Estamos no norte ou no sul?
–É claro que no norte.
–Então estamos perdidos.
–O que? Você não disse que conhecia essa floresta?
–Eu conheço a floresta do sul e não a do norte.
–Mas você não mora aqui perto?
–Moro, mas gosto de ir acampar longe para dar mais emoção. –Eu não acredito, e agora o que vamos fazer?
–Calma, vai dar tudo certo.
–O que você tem no seu celular?
–Eu tenho um kit de sobrevivência.
–Melhor assim.
–Mas é só para uma pessoa.
–Eu não estou acreditando.
–E você, só esta criticando, mas não faz nada para ajudar.
–Eu não ajudo por que eu não conheço aqui.
–Espera aí, você tem o carro, tenta desaclopa-lo.
Disse Peter. –Eu não sei se dá, aqui não tem espaço.
–Tenta pelo menos.
Eric apertou o botão do seu celular, mas constou que não havia espaço
para a desacoplação do carro.
–Viu? Eu te disse, você só tem o kit no seu celular?
–Não eu tenho também objetos esportivos e uma moto.
–O que? Porque você não falou antes que tinha uma moto?
–Eu não falei porque a bateria do meu celular esta fraca.
–A bateria do seu celular é movida a que?
–Ao vento.
–Nossa, eu não entendo.
161
–Se você perceber o tempo esta meio seco.
–Não é isso, se é movido ao vento por que você não tenta carregá-lo
correndo com ele para cima?
–Porque precisa ter toda uma atmosfera adequada com temperatura ideal.
–Então como você faz para recarregá-lo?
–Eu tenho um simulador atmosférico em casa.
–Assim?
Eric ficou pensativo.
–Tenta passar sua moto pelo sistema TOA. –O que é isso?
–Transferência de Objeto Acoplado.
–Mas vai dar certo? É claro, eu tenho o cabo aqui.
Eric apertou um botão do celular e em seguida o cabo apareceu na mão
dele então ele conectou no celular dele e no celular de Peter.
–Vamos tentar então?
–Vamos.
Eric iniciou a transferência da moto para o seu celular.
–Um minuto para a transferência total.
De repente o celular de Peter apita.
–O que é isso? –É bateria fraca, não sei se vai dar certo.
–Quer parar de pessimismo.
–Falta muito?
–Esta na metade do percurso.
Os dois estavam apreensivos olhando para os dois celulares se perceberem
que estavam sendo vigiados.
–Faltam vinte segundos, dezenove, dezoito...
–Agora já esta a dez por cento de completar.
Disse Peter.
–Então o que eles temiam aconteceu, acabou a bateria do celular de Peter.
–Eu não acredito, estamos ferrados. –Calma talvez eu consiga tirar a moto do meu celular.
–Como? Você não viu que a transferência não foi completada.
–Eu sei, mas não custa tentar.
Antes que Peter pudesse contradizer Eric apertou o botão para desacoplar
a moto então somente um roda saiu.
–Minha moto! Você acabou com a minha moto!
–Eu conserto.
–Mas ela nunca mais será a mesma eu tinha um carinho especial com ela e
você a estragou, muito obrigado.
–Nunca se esqueça que quem meteu a gente nessa foi você então não deve
nem reclamar.
162
–Eu não sei onde eu estava com a cabeça quando eu fui querer ser seu
amigo.
–Eu também.
Os dois ficaram de cara viradas daquele momento.
Então Eric viu que o seu celular estava fora de área.
–Ótimo, o que mais podia acontecer?
Disse Eric levantando o celular para cima.
–O que foi?
Perguntou Peter com voz de desinteressado. –Não que seja da sua conta, mas é que meu celu...
Então eles ouviram um barulho estranho.
–O que foi isso?
Perguntou Peter.
–Eu não sei, mas não estou gostando.
Casa do Eric, 13:00.
O telefona toca e quem atende é Win.
–Casa Dos Scart.
–Oi Win é a Beth. –Oi senhora em que posso ajudá-la?
–Eu queria falar com o Eric.
–Lamento senhora, mas o garoto Eric não está.
–Onde ele foi?
–Não sei senhora.
–Como não sabe?
–É que ele nem chegou em casa senhora.
–Como assim?
–Desde o horário da escola que eu não tenho visto o garoto Eric.
–Ai meu Deus.
–Tudo bem senhora? –Tudo Win, se ele chegar peça para ele me ligar imediatamente.
–Sim senhora.
Beth desligou o telefone em seguida ligou para o celular de Eric, mas só
dava fora de área então ela começou a ficar nervosa, pegou o telefone e ligou para
o jornal onde Jhonny trabalha.
–Jornal Nova York Times.
–Oi, eu queria falar com o senhor Scart.
–Só um momento.
Tocou uma musica curta e logo Jhonny atendeu.
–Alô?
–Jhonny sou eu a Beth.
163
–Diga querida.
–Estou muito preocupada, o Eric até agora não chegou em casa e o celular
dele só da fora de área.
–Calma querida, às vezes ele desligou ou acabou a bateria, você sabe
como ele é desligado com as coisas, ele puxou a mim nessa parte.
–Não sei não, eu estou com um pressentimento ruim, tomara que você
esteja certo.
–Está tudo bem.
–Então esta bem, até à tarde. –Até à tarde.
Jhonny desligou o telefone e ficou um pouco preocupado então tentou
ligar para o filho, mas o celular dava realmente fora de área, então ele pediu para o
seu secretário ir tentando ligar para o Eric e que quando conseguisse passasse para
ele.
Norte de Nova York, Casa de Henri Castro, 13:30.
O telefone toca e Henri Castro e do outro lado uma voz irreconhecível.
–Com quem eu falo?
–Me fale você primeiro. –Pela voz vejo que é Henri Castro, eu quero que você saiba que eu já sei
da localização do herdeiro e que já estou agindo, estou te avisando que dessa vez
ninguém poderá me impedir, nem mesmo a defesa da herança, vocês podem ter
conseguido uma vez há mais de mil anos atrás, mas desta vez será diferente, pois
estou construindo um exército que ninguém poderá deter nem mesmo o próprio
herdeiro.
O homem desligou o telefone e deixou Henri de boca aberta então em
seguida Brian entra na sala.
–Quem era tio?
–Era engano filho, já terminou da almoçar?
–Sim. –Então vá fazer tarefa que depois você poderá ir brincar.
–Esta bem.
O garoto ruivo subia as escadas e Henri ficou pensativo na sala.
–Será que era o Lúcio?
Casa do Lúcio, 13:35.
Dentro de seu quarto Lúcio faz vários desenhos de modelos robóticos
então Geasse entra no seu quarto e fica curioso com todos aqueles desenhos.
–Para que é isso Lúcio?
164
–É para o nosso exercito, afinal você também tem uma vingança sobre
esta terra.
–Com isso você pode contar, eles não quiseram acreditar na inocência dos
meus pais, então eu também não vou poupar ninguém.
–Talvez possamos poupar alguns.
–Como assim?
–Tem alguns garotos na escola do herdeiro que não vão muito com a cara
nem dele nem do guardião, então podemos usar isso ao nosso favor mesmo que
porque precisamos de alguém continue o nosso trabalho caso algo saia errado, o que eu acho praticamente impossível.
–Você que sabe, mas o resto é meu.
–Geasse você sabe onde encontrar componentes para construir mais
robôs?
–Sei, mas quanto você quer desta vez?
–Eu quero quinhentos.
–Eu conseguirei, mas vai demorar um pouco.
–Consiga o mais rápido possível, pois eu já esperei trezentos e trinta anos
e não quero esperar mais.
–Aquele tesouro vai ser meu por bem ou por mal.
Floresta do norte, 13:40.
–E agora o que vamos fazer?
–Eu não sei Peter, mas eu não estou gostando desta situação, meu celular
esta fora de área e estou sentindo que estamos sendo observados.
–Eu também, pensei que era só eu que estava tendo esta impressão.
–O que você acha que devemos fazer?
Perguntou Eric olhando para todos os lados, mas vendo somente arvores
–Eu não sei, agora com meu celular sem bateria nem o kit de
sobrevivência temos mais.
O barulho rompeu a floresta outra vez e eles ficaram de costa um para o outro rodando em circulo para ver se conseguiam enxergar alguma coisa.
–O que é aquilo?
–Onde?
–Atrás daquela arvore.
–Quando Eric olhou viu que tinha alguém, mas ao olhar atrás da arvore
não viu ninguém.
–O jeito vai ser tentarmos sair por conta própria seguindo nossas
intuições.
–Intui o que?
–Esquece Peter, vamos naquela direção.
165
Os dois começaram a andar com todo o cuidado pela floresta olhando para
todos os lados na esperança de algo que os ajudassem a saírem daquele lugar que
não estava lhes agradando nem um pouco.
Centro de Nova York, 13:45.
Na praça de alimentação do shopping, Ashley e Emily estavam tomando
um suco natural e conversando sobre moda.
–Você viu aquela calça que não molha? –Vi e não gostei, porque como vai lavar ela quando sujar?
–Da para limpar, mas não da para molhar diz que tem um produto especial
para o tipo do tecido.
–Mesmo assim eu não gostei muito não.
–E os meninos como será que estão?
–Devem estar melhor que a gente e depois ainda vão falar que estavam
perdidos sofrendo uns bons pedaços quando na verdade estavam na praia.
–Bem eu vou ligar para o Peter.
Ashley pegou o celular e discou para o numero do primo.
–Esta fora de área.
–Não se preocupe Ashley eles estão legal. –Emily o que você acha do Eric?
–Ele não faz o meu tipo.
–Mas não é para você, é para mim.
–Bem como eu te disse, você tem que fazer o teste dos três elementos,
primeiro você vê se ele gosta de animais, e depois vê se ele gosta de crianças e
depois vê se ele tem respeito com os idosos.
–De animais eu já sei que ele gosta, ele tem uma cadela da raça labrador a
coisa mais linda.
–Mas ele não fez isso para te impressionar?
–Não ele nem me conhecia, e você não esta gostando de ninguém?
–Estou afim de alguém, mas eu acho difícil ele me notar. –Quem é?
–É o Peter.
Ashley ficou sem reação.
166
Capitulo 20
O poder manifestado
Norte de Nova York, 14:05.
–Estou começando a ficar com fome.
–E eu então.
Disse Eric andando atrás de Peter. De repente Peter parou e Eric trombou com ele quase fazendo os dois
caírem.
–O que foi?
–Olha.
–Eric viu uma cachoeira daquelas que só se via em filme.
–Que lindo.
–Você sabe o que isso significa?
–Não o que?
–Que estamos perto da praia e onde há praia...
–Há gente ainda mais aqui em Nova York.
–Vamos seguir o rio até que ele nos levara até a praia. –Peter você é um gênio.
–Que nada isso é mérito de nos dois você que disse para virmos por essa
direção lembra.
–Não.
–Peter o olhou com espanto.
–Só estou zoando com a sua cara, vamos.
Disse Eric agora sorrindo.
–Então eles ouviram outra vez o barulho.
–Vamos logo que eu não quero virar jantar de nenhum animal nativo.
Disse Eric passando a frente de Peter
.Casa de Henri Castro, 14:10.
Jess Chega na casa de Henri e entra e encontra o amigo na sala
apreensivo.
–O que aconteceu Henri?
–Recebi um telefonema de ameaça.
–E desde quando você se intimida com ameaça?
–Um homem ligou dizendo que sabia a localização do Eric e do Peter e
que nada iria detê-lo desta vez.
–Então é o Lúcio
–Aí que esta não sei se é ele, alguma coisa me diz que não é ele.
167
–Como assim você esta supondo que mais alguém sabe sobre o tesouro?
–Talvez sim.
–E como esta os garotos?
–Estão sendo vigiados e sendo submetidos a testes, mas eles não sabem.
–Como assim?
–Eu não quero contar nada até ter certeza que eles estarão prontos.
–Você acha que é alguém que sabe do passado do tesouro?
–O que? Sobre o telefonema? Ah sim se não é o Lúcio pode ser algum
descendente ou alguém que sabe da história do tesouro. –Mas você não disse que todos os registros sobre o tesouro foram
destruídos?
–Os registros escritos, mas não os registros falados, se é que me entende.
–O que vamos fazer?
Pergunta Jess também ficando apreensivo.
–Por enquanto esperar o próximo passo e ficar com os olhos abertos nos
garotos e principalmente no Brian, pois ele é a peça chave disso tudo.
Centro de Nova York, 14:15.
No shopping Ashley e Emily estavam se acabando nas compras. –Eu nem acredito que você gosta do meu primo que legal eu dou total
apoio assim faremos parte da mesma família.
–Calma aí tem que ver se vai rolar a química e ver também se ele vai
passar nos testes.
–Tem razão.
–Vamos embora, pois eu estou até zonza de tanto rodar e shopping hoje.
–Eu também estou bem cansada.
–Então vamos.
As duas pegaram os celulares tiraram seus carros e foram para suas casas
e ao chegar em sua casa, Ashley tentou ligar outra vez para o Peter e deu fora de
área então ligou para a casa dele e viu que sua tia também estava preocupada então começou a ficar preocupada, então foi até a casa de Eric e a Win falou que ele não
tinha chegado em casa e que seu celular também estava fora de área.
–Aí meu Deus tomara que seja só coisa da minha cabeça.
Jornal Nova York Times, 14:20 pm.
–Então conseguiu alguma coisa?
–Nada até agora senhor.
–Eu não acredito, continue ligando.
–Eric meu filho não faça isso comigo, eu nunca vou me perdoar se alguma
coisa acontecer com você.
168
Jhonny já estava começando a ficar preocupado com a demora de Eric
pois ele nunca tinha ficado tanto tempo assim fora de casa sem dar noticias.
Casa Peter, 14:25.
Os pais do Peter estavam desesperados e não sabiam mais o que fazer.
–Ele nunca sumiu assim e também não tinha motivo, a Serena disse que
viu ele sair com um novo amigo de depois não os viu e o celular esta fora de área
eu estou com medo. Disse a mulher negra e alta caindo no choro.
–É melhor acionarmos a polícia.
Disse o pai de Peter em tom de firmeza forçada.
No momento seguinte ele pegou o telefone e ligou para a policia.
–Pronto eles já estão a caminho, calma Meg vai dar tudo certo.
–Como você quer que eu me acalme Bruce, como o meu filho esta
desaparecido aí meu Deus não me dê esta decepção.
Norte de Nova York, 14:30.
Henri Castro pegou o telefone e ligou para Oni. –Alô?
–Oi Oni sou eu.
–Oi mestre em que posso ajudá-lo?
–Eu quero saber como esta o Eric e Peter.
–Eles estão indo muito bem, mas até agora nenhuma manifestação com os
dos juntos e eles também não falaram de seus segredos um para o outro.
–Tudo bem isso significa que estão agindo como eu esperava, obrigado
Oni e continue de olho neles e não os deixe te ver.
–Sim senhor.
Henri desligou o telefone e foi falar com os membros da defesa.
–Rapazes e moças fiquem preparados que em breve o herdeiro vira para cá e temos que estar prontos para receber ele e o guardião.
Todos se arrumaram e em questão de minutos estavam todos estavam
prontos com suas roupas da defesa.
Floresta do norte, 14:35.
Eric e Peter estavam andando a vários minutos sobre rochas, terras e
folhas secas das arvores até que tiveram que parar.
–O que foi Peter?
–Isso.
169
Peter abriu o caminho e Eric pode ver a enorme cachoeira que estavam
abaixo dele.
–É a mesma?
–Não esta é outra.
–Mas são tão parecidas.
–Mas não é mesma porque andamos praticamente em linha reta.
–O que vamos fazer agora?
–O jeito achar outro caminho.
–Eu não acredito que andamos tudo isso para nada, o que é? É pegadinha? Estão filmando a gente? ou estamos e algum reality show?
–É claro que não Eric, pelo menos eu acho que não.
–Eu estava zoando de novo, esta vendo você caí muito fácil nas
brincadeiras.
–Vamos procurar outro caminho.
Disse Peter.
O mesmo barulho ecoou pela floresta outra vez.
–Quer saber de uma coisa agora eu vou ver o que é, não é possível isso.
–Vamos embora e se for uma onça?
–Nessa eu não caio Eric. Quem esta aí apareça porque a brincadeira acabou.
No momento seguinte um enorme tigre apareceu diante deles.
–Você estava certo Eric não era uma onça, era um tigre.
Os dois estavam encurralados, pois de um lado estava o tigre e de outro a
cachoeira.
–Só tem uma coisa para fazer.
–É pedir perdão pelos nossos pecados porque vamos morrer.
–Não, Eric você vai ter que confiar em mim, nós vamos pular, agora eu
não posso explicar, mas eu consigo controlar a água.
–O que?
Antes de qualquer outra reação Peter agarrou Eric e os dois pularam dez metros de cachoeira abaixo, mas como magia Eric e Peter foram envolvidos por
um escudos que impedia a força da água de arrasta-loa rio abaixo então ele
chegaram na margem do rio são e salvos, ao saírem da água Eric viu que o nariz de
Peter estava sangrando.
–O que foi isso?
–Só não conta para ninguém eu não quero ser chamado de aberração.
–Eu não vou contar, principalmente porque te entendo.
–Como assim?
–Por isso.
No momento seguinte Eric tocou no nariz de Peter que sarou no mesmo
instante.
170
–Você pode curar.
–E também posso controlar o fogo, mas não sei direito como isso
acontece, foi por isso que minha casa foi atacada por robôs eles queriam me matar
falavam que eu era o herdeiro.
–Eu também não entendo direito os meus poderes.
–Você falou poderes? O que mais consegue fazer?
–Isso.
Peter correu na velocidade da luz até o outro lado do rio e voltou do
mesmo jeito. –Cara isso é incrível.
–Eu sei, mas eu nunca contei para ninguém, só quem sabe são meus pais e
minha irmã.
–Em casa também.
No momento seguinte apareceram mais dois tigres.
–E agora?
–Agora corremos de novo.
–Para você é fácil você corre na velocidade da luz e eu?
–Eu não vou usar meus poderes.
–Então vamos.
Os dois começaram a correr dos tigres que corriam tanto quanto eles e sem que percebesse Eric subiu em uma arvore e Peter ao ver isso caiu tropeçando
em um tronco de arvore.
–Não!
Disse Peter com os tigres avançaram e como ordem eles pararam e
começaram a lamber o braço dele.
171
Capitulo 21
Um livro diferente
Casa de Henri Castro, 14:40.
O telefone toca e Henri atende temendo que fosse alguém que ele não
quisesse atender.
–Alô?
–Oi mestre é o Oni, queria informar que os poderes do herdeiro e do
guardião, já se manifestaram e um sabe do dom do outro.
–E onde eles estão?
–Perto da localização que o senhor indicou.
–Muito obrigado e lembre-se só apareça quando eles acharem o livro. –Sim senhor.
Ao desligar o telefone Henri Castro começou a ficar cada vez mais
entusiasmado e preocupado, pois sabia que com aqueles acontecimentos uma luta
muito difícil estava por vir.
–O que foi senhor?
–Perguntou Lisa a mestre de mergulho.
–É que eu só estou nervoso que esta chegando à hora do herdeiro e do
guardião saber de nossa existência e não sei como eles irão reagir a isso.
–Não se preocupe senhor é para isso que estamos aqui.
–Os seis mestres que estavam ali se levantaram junto com Lisa para
mostrar que estavam dispostos a ir até o fim para defender o mundo.
Floresta do norte.
–Socorro! Eu não quero morrer, sou muito jovem, meu Deus, me ajuda.
Ainda em cima da arvore Eric via a cena se esforçando para não rir.
–Peter, os tigres só estão te lambendo e não vão te comer nem se
quisessem porque eles de alguma maneira te obedecem.
–Mas eles têm o acido que esta corroendo minha pele.
–Para de graça cara.
–E você que esta em cima de uma arvore.
–O que? Como eu vim parar aqui?
–Eu que te pergunto. Naquele momento Eric se desequilibra e cai da arvore com mais de quatro
metros de altura e os tigres avençam para cima dele.
–Não!
172
Grita Peter e como mágica os tigres pararam e voltaram para o lado de
Peter e ficaram sentados como cães de guarda.
–Cara você percebeu o seu novo poder?
–Que poder?
Perguntou Peter sem entender.
–Você tem o poder de controlar os animais.
–E você também tem um novo poder é que não sei como você subiu na
arvore de uma maneira ágil e rápida e ainda disse para não usarmos os nossos
poderes. –Mas eu não sabia que podia fazer isso.
–Esta bem.
Disse Peter fingindo que acreditava.
–Pede para os tigres nos tirarem da floresta, eles devem saber o caminho.
Peter se virou para os três tigres.
–Vocês sabem o caminho ara saírem da floresta?
Com um rugido os tigres assentiram e quase derrubaram Peter de susto.
–Então me nos mostrem o caminho.
Os tigres começaram a andar em uma direção e foram seguidos por Eric e
Peter.
Jornal Nova York Times, 14:50.
–Senhor Scart, telefone para o senhor.
–É o meu filho?
–Não é da polícia, mas é sobre seu filho.
Jhonny começou a sentir um pressentimento ruim.
–Alô?
–Senhor Scart, aqui é o agente Been da polícia de Nova York e
gostaríamos de saber se o senhor sabe onde esta o seu filho.
–Eu não sei, a última vez que eu falei com ele foi hoje manhã antes dele ir
para a escola, por quê?
–Por que um garoto desapareceu e disseram que ele foi visto com o seu filho ao redor da floresta do norte.
–Aí meu Deus, e vocês não os encontraram ainda?
–Ainda não senhor por isso que resolvemos entrar em contato.
–Eu estou indo para aí agora.
–É melhor o senhor ir para a casa da família do garoto que estava com ele
porque é perto da floresta onde eles foram vistos pela última vez.
–Esta bem.
Jhonny desligou o telefone e ligou para Beth informando tudo e ela
também seguiu para o endereço que o policial havia informado ao Jhonny.
Casa do Lúcio, 15:00.
173
–Lúcio vem aqui, corre.
Lúcio que estava no banheiro quase derrubou tudo para ir na sala onde
estava Geasse.
–O que foi ruivoso?
–Eu já te disse para não me chamar de ruivoso.
–Esta bem fala logo.
–Olha o que esta passando no noticiário.
Geasse aumentou o volume de televisão para Lúcio poder ouvir melhor.
–Estão desaparecidos desde o meio dia de hoje os estudantes de escola
secundaria Albert Einstein, Eric Scart e Peter Listen, os garotos foram vistos pela
ultima vez na orla da floresta viva verde que fica ao norte da cidade, se alguém
souber o paradeiro deles ligue para 911 que é o numero da polícia local e aos
amigos pedimos que orem por esses garotos, pois ao entrar sem conhecer essa
mata, dificilmente saí vivo.
–Agora vamos conversar com o agente responsável pelas buscas.
–Senhor o que vocês estão fazendo para tentar encontrar os garotos?
–Pegamos pertences deles que contenham seus cheiro e demos para
garotos robôs que são muito eficientes nessa área e também estamos usando robôs que tem visão de calor para tentar encontrá-los.
–E quais são a possibilidades de encontrá-los?
O policial faz uma cara de tristeza.
–Você quer saber vivo ou mortos?
–Tira disso Geasse isso é só conversa afiada.
–O que você quer dizer com isso?
–É que os garotos estão quase encontrando o livro do guardião e com
certeza estão tendo ajuda.
–Será?
–É claro, eu preciso agir logo, quanto mais cedo eu me aproximar do garoto, mais cedo chegarei ao meu objetivo.
–Mas se ele descobrir?
–Ele não vai porque eu vou usar outro nome e mudar de aparência.
–Lúcio você é um gênio.
–Eu sei.
Floresta do norte, 15:10.
Peter e Eric estavam quase saindo da floresta quando Peter parou e os
tigres também quase fazendo Eric cair por cima deles.
–O que foi estamos quase saindo.
174
–Você esta sentindo este cheiro Eric?
–Olha não fui eu, tenho certeza eu só estou com fome.
–Não é isso.
–Então o que é?
–Eu estou sentindo um cheiro de livro antigo.
–Que estranho eu não.
–E vem daquela direção.
Disse Peter apontando para uma arvore que ficava a cinco metros de
distancia deles. –Esquece isso e vamos embora eu estou cansado e com fome.
–Não, alguma me diz que devo ir até lá e ver o que tem embaixo daquela
arvore.
–Você deve estar ficando louco.
–Vamos se eu estiver errado nos voltamos e esquece esse assunto.
–A última vez que eu te ouvi eu acabei aqui perdido em uma floresta.
–Eu sei, mas agora estamos com dois guias nativos.
Disse Peter apontando para os tigres.
–Esta bem, vamos.
Os dois desceram até onde estava a arvore e Peter ficou analisando a
arvore como se estivesse procurando algo invisível. –Esta vendo, satisfeito agora?
–Não.
–Aí meu Deus.
Naquele momento Eric chuta um embrulho que estava embaixo do tronco
da arvore.
–O que é isso?
Disse Eric olhando para o embrulho e no instante seguinte Peter pegou o
na mão.
–Cuidado pode ser algo radioativo.
–Para de paranoia Eric.
Peter pegou o embrulho e o desenrolou com cuidado e viu um livro com em carta dentro e o cheirou.
–Esta vendo era disso que eu estava sentindo cheiro.
Disse colocando o livro perto do Eric.
–Nossa como você conseguiu sentir esse cheiro lá de cima.
–Eu não sei, mas agora eu estou normal.
–Fala sério de normal nenhum de nós dois temos.
–É você tem razão, mas o estranho é que esse livro é bem antigo e esta em
ótimo estado, mas não tem nada escrito só uma carta que esta destinada a um
homem chamado Henri Castro.
Eric pareceu ter levado um choque no tórax.
–Peter esse foi o cara que me salvou na noite do ataque.
175
–Que estranho não acha?
–Bota estranho nisso, essa cara parece de mais de trezentos anos atrás.
–Porque é.
–Mas como sabia que existiria um Henri Castro no dias de hoje.
–Não me pergunte quem achou este livro foi você.
–Parabéns garotos, você passaram no teste.
Quando os garotos viraram viram Oni saindo de trás da arvore.
–Quem é você? E que teste que passamos?
Perguntou Eric se afastando. –Isso é uma longa história, mas o que posso dizer de momento é que você
Eric é o último herdeiro de ciclo que começou há muitos anos atrás por isso que
você tem esses poderes especiais e você Peter é o guardião-herdeiro que deverá
cuidar deste livro com a sua vida.
–O que é isso uma pegadinha, tudo foi um truque, você sabia que eu estou
desde a seis e meia da manhã sem comer nada, você esta querendo morrer?
–Calma tudo será explicado, mas agora eu preciso levar vocês para verem
Henri Castro e vocês mesmos devem entregar esta carta a ele.
–Como você sabe disso?
–Porque estou seguindo vocês desde a escola e acompanhei cada passo
deste que é só o primeiro de muitos testes que vocês terão.
176
Capitulo 22
Henri Castro
Casa do Peter, 15h20min.
–Calma vai ficar tudo bem acredite em Deus.
Disse Beth para a mãe de Peter.
–Eu sei, mas eu estou um pouco preocupada tanta violência tantos casos de morte em lugares de mata fechada.
Disse Meg a mãe de Peter quase chorando.
–Eu sei, mas nós temos um Deus que maior do que tudo que este mundo
pode oferecer então o melhor que temos e orar e esperar.
Enquanto Meg e Beth conversavam, Jhonny e Bruce falavam com o
policial tentando passar o Máximo de dados possíveis sobre seus filhos.
–O Eric é bem explosivo.
–E o Peter é bem emotivo, com qualquer coisa ele chora.
–Cara eu acho que seu filho é gay.
–Gay é minha mão na tua cara
Os dois começaram a se estranhar e o policial interferiu. –Senhores isso não vai ajudar em nada.
–Foi ele que começou.
Disse Bruce começando a ficar emotivos, o que fez Jhonny e o policial
olhar ele com uma certa desconfiança masculina.
–Como eu disse, senhor precisamos de dados concretos e não de dados
sobre a personalidade dos garotos.
–Por que não disse antes.
Disseram Jhonny e Bruce juntos.
–O Peter é meio desastrado então é bem capaz de acharem objetos
pessoais dele espalhados pela floresta.
–E o Eric é meio manco então os passos dele vão parecer de uma pessoa que não foi bem sucedida em uma experiência no exercito.
–Isso já serve.
Disse o policial começando a ficar com medo de Jhonny e Bruce.
–Bando de malucos.
Disse ao sair pela porta, mas Nem Jhonny e nem Bruce escutaram.
–O que vamos fazer?
–Temos que esperar.
Disse Bruce que era sargento do exército.
– Você sabe se esta passando algum jogo de basquete na televisão?
Perguntou Jhonny.
–Esta passando os Jordans contra os Enics.
177
Disse Bruce se sentando no sofá.
–Então vamos assistir já deve ter começado.
Disse Jhonny também se sentando no sofá.
–E os garotos?
Perguntou Bruce de repente.
–Eu dou até a meia noite para aparecerem.
Disse Jhonny que conhecia o segredo do seu filho.
–Eu dou até as três da manha.
Disse Bruce que por sua vez conhecia a habilidades de Peter. –Apostado.
Disse Jhonny apertando a mão de Bruce.
–Eu acho que vamos nos dar bem.
Disse Bruce apertando um botão no controle remoto e no momento
seguinte apareceram diante deles uma grande televisão de cento e cinquenta
polegadas, uma mesa de centro com salgados e refrigerante.
–Pode crer.
Disse Jhonny se servindo de salgadinho.
Norte de Nova York, 15h30min.
Saindo da floresta Eric e Peter faziam várias perguntas para Oni o que já
estava deixando de saco cheio.
–Eu já disse que todas as suas perguntas serão respondidas quando
chegamos na casa do mestre então se vocês me perguntarem mais alguma coisa eu
juro que eu mato os dois de uma vez só.
–Desculpa aí o neto do super homem.
Oni olhou querendo matar Eric com os olhos, mas se conteve o que fez
Eric se calar imediatamente.
–O que você acha de fugirmos?
–Para começo de assunto não estamos presos e depois você fica
provocando o cara você não sabe que esses tipos de pessoas não devem ser contrariados.
–Como você sabe disso?
–Minha mãe é psiquiatra.
–Vocês estão me chamando de louco?
–Não, longe de nós te chamar de louco.
–Melhor assim.
Ao se virar Peter fez cara de biruta e Eric confirmou com a cabeça, em
seguida Oni pegou o celular e fez uma ligação então Eric olhou seu celular e viu
que ainda estava fora de área.
–Ou do capuz, como você esta conseguindo fazer ligação daqui?
–O meu celular é via satélite.
178
–Esta vendo até os loucos estão sofisticados.
Oni fez de conta que não ouviu aquele comentário.
–Alô? Mestre? Estou ligando para falar que já estou com os garotos. O
que? Eles são uns anjos de pessoa, sim já estamos chegando, até mais.
–Por que você disse que somos uns anjos?
–Porque se continuarem a me encher o saco vão virar anjos de verdade.
Eric e Peter embranqueceram na hora.
–E se contarem ao mestre eu juro que faço vocês pularem de um
precipício e fazer parecer acidente. –Esta bem não precisa ser tão gentil nós já entendemos.
Disse Eric em tom de ironia.
Em seguida os três saíram da floresta.
–Peter fala para os tigres ficarem.
Disse Oni atravessando uma pista deserta.
–Por quê? Eles são nossa garantia de sobrevivência.
–Pode acreditar que se eu quisesse já tinha matado os dois.
Morrendo de medo Peter ordenou para os tigres que eles ficassem onde
estavam então os tigres obedeceram.
Feito isso eles andaram mais uns três quilômetros até chegarem a um
carro super sofisticado. –Que legal esse carro é seu?
–É, gostaram? Quero dizer, é sim por quê? Eu posso matar vocês com ele.
Os garotos começaram a desconfiar se aquilo não era mais um teste, mas
depois de tudo o que tinha passado até ali uma loucura a mais ou a menos não faria
mal então sem hesitar os dois entraram no carro e seguiram para a casa de Henri.
Casa do Lúcio, 15h40min.
Lúcio já estava com tudo pronto no porão de sua casa para mudar de
aparência, Geasse havia construído uma cabine de transformação com dois metros
e meio de altura, em forma de pentágono com vidros opacos e com cinco tubos que ficavam no chão da cabine de onde saiam os componentes para a mudança de
aparência, então Lúcio tirou seu roupão de banho e entrou completamente nu na
cabine e do lado de fora Geasse acionou do painel de controle os comandos e em
seguida fumaças azuis começaram a sair dos tubos de dentro da cabine até chegar
ao teto lá dentro podia se ver que Lúcio se contorcia de dor causado pelos
componentes, mas ao mesmo tempo se viu que seu corpo sofria mudanças físicas,
em seguida o processo acabou e a cabine se abriu saindo de lá de dentro um
homem completamente diferente um homem alto cabelo liso e castanho claro e
olhos azuis claros.
–Que tal como estou?
–Bem mudado.
179
Respondeu Geasse lhe entregando o roupão de banho.
–Ótimo, agora é só botar o plano em ação.
Casa de Henri Castro, 16:00.
Oni saiu do carro com os garotos e indicou a porta da frente para eles
mesmos abrissem e entrassem na casa, entrando na casa encontraram, senados em
roda sete pessoas encapuzadas as quais não mostravam o rosto então um homem se
levantou e tirou o capuz fazendo Eric reconhecê-lo imediatamente.
Casa da Ashley, 16h10min.
Ashley estava estudando literatura inglesa quando o telefone tocou.
–Alô?
–Oi Ashley é a Emily, você esta assistindo a televisão?
–Não, por que?
–Então liga e coloca no canal de notícias.
–Por que?
–Faz logo o que eu estou te pedindo.
No momento seguinte Ashley ligou a televisão de seu quarto e colocou no canal de notícias onde estava a foto de Eric e Peter.
–Os policiais estão fazendo o que podem para encontrarem os garotos
que desapareceram na floresta do norte, mas as notícias ainda são negativas, mas
como a esperança é a última que morre todos nós estamos torcendo para que os
dois garotos saiam ilesos desta que parece ser um longo dia para eles, para o
estúdio...
–Aí meu Deus como será que eles estão?
–Eu não sei, mas o melhor que fazemos é orar.
–Vem pra minha casa e vamos aguardar notícias. No momento seguinte Ashley desligou o telefone e começou a orar
desesperadamente por um milagre, mas mal sabia ela que Eric e Peter estavam
longe da floresta e descobrindo algo que mudaria suas vidas para sempre.
180
Capitulo 23
O motivo de tudo
Casa de Peter 16:30.
Enquanto Beth e Meg oravam, Jhonny e Bruce assistiam ao jogo de
basquete, até que Beth perdeu a paciência e deu um tapa na cabeça dois que
estavam na sala de televisão. –Enquanto os filhos de vocês estão perdidos e correndo risco de vida
vocês ficam aqui perdendo tempo com um jogo ridículo de basquete.
–Mas Beth...
–Sem mais é bom os dois irem agora ajudar nas buscas antes que eu
cometa um crime.
–Olha aqui minha senhora...
–Bruce se eu fosse você não faria isso.
Disse Jhonny ao ver que o homem iria começar uma discussão.
–Me deixe, olha aqui minha senhora, ninguém fala assim comigo ainda
mais... Aí!
Naquele momento Beth acabara de dar um chute na região genital de Bruce.
–Em primeiro lugar eu falo quando eu quero e onde eu quero e em
segundo lugar senhora é seu passado eu não tenho nem quarenta anos.
–Tudo bem.
Disse Bruce ainda agonizando de dor.
–Eu te avisei.
No momento seguinte os dois seguiram até a porta da frente para ajudar os
policiais na busca dos garotos.
–Mulher eu quero morrer sua amiga.
–Meg quando o homem começa a dar uma de machão nós temos que
mostrar quem manda no mundo de hoje. –Ainda bem que eu já tenho filhos, pois eu tenho quase certeza que ele
não poderá ter mais.
As duas foram para a cozinha onde Meg preparou algo para elas comerem
e ficaram ali conversando sobre seus filhos e serena estava no seu quarto
pesquisando algo que esta a deixando intrigada.
–Meu Deus então isso não é só com o meu irmão, existem outros.
Serena lia uma teoria de magia na internet.
Magia dos quatro elementos.
181
Existem fatos concretos de que há muitos séculos atrás existia dois
herdeiros e dois guardiões e os quatro juntos possuíam poderem de controlar os
quatro elementos da natureza: ar, fogo, água e terra.
E sempre que possuía este dom era o primogênito de cada herdeiro e de
cada guardião, então se o herdeiro ou o guardião tivesse mais de um filho somente
o filho mais velho teria o poder que passava de geração a geração através do DNA
do herdeiro e do guardião.
–Por isso que eu não tenho o mesmo dom do meu irmão, menos mal não, quero ser chamada de aberração pelo resto da vida estou muito melhor assim, sou
feliz do jeito que Deus me fez.
Casa de Henri Castro, 16:40.
–Peter foi dele que eu estava falando, ele é o Henri Castro, ele que salvou
a minha vida na noite do ataque.
–Exatamente Eric e você deve ser o Peter o guardião.
–Eu?
Disse Peter depois de olhar para os lados e ver que ele era o único Peter
naquela casa. –Guardião de que?
Perguntou Peter sem entender.
–Guardião deste livro que esta em suas mãos.
Peter viu que o homem falava sério e que todos ali estavam sérios.
–Mas eu pensei que este livro fosse do senhor porque até mesmo tem uma
carta endereçada ao senhor.
–E a carta pelo jeito é de mais de trezentos anos, estranho não acha? Até
parece profecia.
Disse Eric apontando para o envelope antigo dentro do livro.
Henri Castro fez o possível para não parecer espantado e com um certo
medo com o que Eric acabara de dizer. –Eric você vai deixar o cara com medo.
Disse Peter.
–Medo? Eu? Imagina. Eu sou um homem vivido.
–Percebe-se.
Eric olhou com receio para Henri.
–Como assim?
Perguntou Henri para Eric.
–Cara você esta com uma cara horrível, sabia que hoje em dia existe botox
em comprimidos, não precisam mais de agulha.
–Meu rapaz eu não gosto das tecnologias biológicas de hoje.
182
–Esta bem depois que morrer velho feio e sozinho não vai dizer que eu
não avisei.
–Seu Henri não liga para ele é que quando se fica muito tempo sem comer
a pessoa não fala coisa com coisa.
Disse Oni ao ver a expressão de Henri.
–Por que não disseram antes? Garotos preparem um lanche para os nossos
novos amigos, pelo que percebo vocês devem ter muitas dúvidas.
–É que hoje foi um dia muito louco para nós.
Disse Eric. –E haverá mais dias assim, mas não se preocupe, como puderam perceber
nós sempre estivemos por perto.
Os três seguiram para uma cozinha enorme onde havia uma grande mesa
redonda com mais de vinte cadeiras e três garotas colocando os talheres na mesa
enquanto cinco garotos faziam lanches.
–Aqui é bem organizado.
Disse Peter.
–Pode crer ele foram treinados para serem organizados e para defender
vocês dois.
–Como assim? Perguntaram Eric e Peter em coro.
–Calma eu vou explicar tudo a vocês, mas primeiro vamos comer, pois
vocês devem estar com fome porque eu estou.
Disse Henri sorrindo para os garotos.
Casa da Ashley, 16:50.
Ashley abre a porta da sala e Emily entra apressadamente.
–Amiga eu vim o mais rápido que pude, alguma notícia?
–Não sei, desliguei a televisão. Fiquei com medo e além do mais eu acho
que não os acharam ainda. –Por que?
–Porque minha tia me ligou não faz nem cinco minutos e disse que estão
todos reunidos na casa dela, inclusive os pais do Eric.
–Então vamos para lá.
–É melhor não porque não vamos poder ajudar e melhor ficarmos aqui
esperando notícias.
Ashley caiu no choro.
–Calma vai ficar tudo bem poder ter certeza.
–Tudo bem.
–Então vamos orar que é o melhor que fazemos.
As duas sentaram no sofá da sala e começaram suas orações.
183
Casa do Lúcio, 17:00.
–E o garoto já apareceu?
–Não.
–Então devem estar fazendo algo importante para estar tanto tempo fora
de cena.
–Como assim?
Perguntou Geasse sem entender. –Não percebe, se eles estivessem mortos já teriam sido encontrados e não
se esqueça que o garoto tem o poder de cura, eu só tenho medo que exista
realmente a defesa da herança o que vai dificultar bastante meus planos.
–O que você esta supondo?
–Estou supondo que Eric estava com o guardião e que os dois já
encontraram o livro e que talvez já estejam sabendo e entendendo seus poderes.
–Nossa Lúcio você tem uma imaginação incrível.
–Vai nessa, se eu estiver certo nós dois teremos sérios problemas.
–O sorriso de Geasse sumiu na hora.
–Isso é uma brincadeira de muito mau gosto.
–E eu estou com cara de quem esta brincando? –Eu vou lá saber você mudou de aparência deve ter mudado de
personalidade também.
–Cala a boca ruivoso.
–Eu odeio que me chamem de ruivoso.
–Então muda de atitude ou se acostume com este seu novo apelido
ruivoso.
–Para!
–Não grite comigo. Ruivoso.
–Eu te pego seu idiota.
–Se conseguir ruivoso, se conseguir.
Lúcio pegou seu planador a jato que estava no celular e saiu voando e Geasse saiu voando também atrás dele.
Casa de Henri Castro, 17:10.
–Estão satisfeitos?
–Claro que sim, obrigado seu Henri.
–Sem cortesias afinal estamos no mesmo time.
–Tudo bem. Henri.
Disse Eric sem jeito.
–Assim esta melhor, e você Peter esta satisfeito?
–Estou sim.
184
–Então vamos para sala, pois vocês precisam saber o motivo de seus
poderes especiais.
Todos seguiram para sala e sentaram nas cadeiras que estavam lado a lado
formando um imenso circulo e naquele momento outro homem entra pela porta da
sala.
–Bem eu vou começar a apresentação pelo Jess que o homem que me
aconselha e que me ajuda a conduzir este pelotão que por sinal estão muito
comportados, pois eles não são assim normalmente.
–É mesmo? Perguntou Peter curioso.
–Com certeza.
–Primeiro eu vou apresentar as garotas.
As três garota se levantaram ao mesmo tempo.
–Essa morena é a Any, ela é especialista nos cinco sentidos que temos
então ela será sua mestra de sentidos.
–Espera aí como assim mestre? Ninguém falou nada de mestre ou coisa
parecida.
–Esta bem eu vou começar do começo aí vocês vão entender melhor,
podem sentar meninas.
As três voltaram a seus lugares e sentaram. –Há mais de mil anos atrás houve um homem muito poderoso e bondoso
que se chamava Silveston Etin e ele tinha o poder mágico de controlar os quatro
elementos da natureza: o fogo, a água, a terra e o ar. Mas um certo dia ele ficou
muito doente então chamou um médico amigo seu e um cientista local e lhes disse
que queria passar seus poderes adiante, mas de forma dividida para que houvesse
uma compreensão total para ter acesso total aos poderes.
–Como assim compreensão?
Perguntou Eric.
–É que Silverston era muito poderoso e bondoso então para ter certeza que
sua bondade seria usada por outros também, ele dividiu os poderes dele em quatro
cada poder correspondente a um elemento. –Mas não poderia haver quatro pessoas ruins que pudessem possuir os
poderes?
–Poderia, mas Silverston transferiu esses poderes para quatro tesouros e
quatro livros e os integrou a quatro amigos deles de extrema confiança e que
também tinha poderes especiais.
–Como ele transferiu os poderes para os livros e os tesouros.
–Bem como eu disse, ele chamou um médico e um cientista e fez o pedido
para eles, então depois que o cientista fez muitos testes com o auxilio do médico,
ele chegaram a conclusão de que seus poderes se concentravam em quatro
componentes de seu corpo: no sangue havia o poder do fogo, no suor havia o poder
da água, na pele havia o poder da terra e no fio de cabelo havia o poder do ar.
185
–E como conseguiram passar os poderes para os tesouros?
–Isso é um mistério que nunca conseguimos descobrir, achamos que tem
interferência de alguém que não quis se identificar.
–Como assim?
–Eu não sei, são coisas das quais é melhor nunca sabermos.
–E quais são esses tesouros?
–Então como eu disse ele deu os tesouros e os livros para quatro amigos
de extrema confiança e um desses seus amigos era ferreiro e tinha o poder da força.
Eric olhou para Peter. –Já estão conseguindo entender.
–Mais ou menos.
Respondeu Peter.
–Continue.
Disse Eric.
–Como eu dizia o ferreiro construiu quatro correntes com pingentes
redondos que chamamos de tesouro, o do fogo era de ouro o da água era de prata o
da terra era de bronze e o do ar era de titânio.
–Nossa naquela época já existia titânio?
–Naquela época já existia magia o que você acha.
Eric ficou meio confuso. –Mas com o passar doa anos coisas foram mudando, até que hoje só
existem dois tesouros e dois livros por isso que o que herda o tesouro é chamado de
herdeiro e o que herda o livro é chamado de guardião.
–Quando eu fui atacado os robôs me chamaram de último herdeiro, por
que?
Eric teve um pequeno tremor ao se lembrar da noite do ataque.
–Porque com medo de que seus amigos quisessem dominar a terra ele
colocou um componente químico de contagem, então a cada quinhentos anos o
tesouro se alto esconde depois de sua missão e você é o último herdeiro do ciclo.
–Qual é a missão do tesouro?
Eric estava começando a se interessar pela história de seus poderes. –É permanecer com o herdeiro até o dia de sua morte.Como vocês
puderam perceber os poderes de vocês só começaram a se manifestar agora então é
a hora de vocês possuírem seus tesouros e livros.
–O que eu possuo, um tesouro ou um livro?
–Você é um herdeiro Eric, então você possuí um tesouro.
–Por que só o Peter conseguiu sentir o cheiro do livro?
–Porque o livro pertence a ele como da mesma maneira só você poderá
encontrar o tesouro.
–Mas onde está este tesouro?
–No mar.
–Nossa que sorte a minha.
186
–Calma Eric está na costa de Nova York.
Henri tinha uma calma que tranquilizava Eric e Peter.
–Como você sabe?
Peter parecia mais interessado que Eric.
–Temos fontes seguras.
–Por que acha que vamos acreditar nisso tudo.
Eric acreditava naquilo mesmo que não quisesse.
–Porque eu posso ler a mente de vocês.
Eric se arrepiou naquele momento. –Cara eu quero morrer seu amigo.
Peter já estava super a vontade com todos ali.
–Mas se existe quatro elementos, por que só esta aqui eu e o Eric?
–Porque não sabemos se existem descendentes dos outros dois elementos.
–E o que acontece se não existir descendentes?
–O tesouro e o livro se alto esconde esperando que alguém o ache para
completar o ciclo começado.
–Que loucura.
Disse Eric
–Pode crer.
Disse Peter sorridente. –Mas uma coisa eu não consigo entender, como o tesouro sempre caiu na
mão de pessoas de bom coração.
–Porque o tesouro pode ler o coração das pessoas antes de se revelar,
muitos passam pelo local onde o tesouro esta escondido sem herdeiro, mas
somente aquele de bom coração e de extrema necessidade consegue o seu domínio,
foi o que aconteceu o primeiro antepassado seu que encontrou o tesouro Eric, ele
estava com o filho doente e estava caçando diamante para poder pagar um médico
para o filho quando encontrou o tesouro então ele o levou para casa na esperança
de vendê-lo e com o tesouro na mão tocou na testa do filho que estava dormindo e
no momento seguinte todos os sintomas da doença sumiram o menino ficou
totalmente curado começando assim o ciclo que termina em você. –Até aí entendi, mas e quando ao Peter, como se chega ao guardião nessa
história?
–O guardião geralmente é o melhor amigo ou conhecido do primeiro
herdeiro do ciclo e quando ele acha o livro, o nosso Deus magnífico os coloca
frente a frente em uma situação difícil que os faça usar seus poderes e assim os
ligando por todo o ciclo, por isso que você e o Peter achavam que se conheciam
por que estava nos genes de vocês.
–Por que hoje só existe dois tesouros e dois livros?
–Porque quando Silverston escolheu os quatro herdeiros de extrema
confiança, não contou ao seu melhor amigo que sempre o admirava e um certo dia
seu amigo foi visitá-lo e descobriu que Silverston não continha os poderes então
187
Silverston contou à história que levou o seu amigo a ter um acesso de fúria por não
ter sido ele o recebedor dos poderes então descontrolado pegou uma faca e
esfaqueou Silverston até a morte e saiu decidido a encontrar e matar os quatro
herdeiros para conter os poderes já que quando um herdeiro ou um guardião é
morto os seus assassinos herdam seus poderes.
–Meu Deus é muita informação.
Peter estava tentando assimilar tudo.
–Mas nunca me matarão já que eu posso me curar.
–Errado existe uma parte de seu corpo que não se pode curar. –Qual parte?
–O coração.
Eric ficou surpreso com aquela notícia o que o deixou feliz e triste ao
mesmo tempo, feliz por saber que parte dele era normal e triste por saber que era
alvo de uma guerra milenar.
–Não fique assim Eric estamos do seu lado.
Disse Henri vendo a reação de Eric.
–Eu sei.
–Continua Henri.
Pediu Peter.
–Bem voltando um pouco para o começo da história e vou explicar os poderes de vocês, Silverston tinha o poder dos quatro elementos e os transferiu
para quatro tesouros e quatro livros e entregando a quatro homens com poderes
especiais e de extrema confiança então o ferreiro tinha o pode da força e teve
também o médico com poder de cura, um alquimista com poder de voar e um
cientista com poder de mover as coisas com a mente, seus filhos e netos também
nasceram com poderes especiais, mas diferentes dos deles por isso que o herdeiro
do
fogo ter o poder de se curar de controlar o fogo e de ver o futuro e o outro herdeiro
se estiver vivo terá o poder de controlar a terra, o poder de controlar as coisas com
a mente e o poder de se transformar em qualquer coisa assim como o primeiro
guardião tem o poder de velocidade,o poder de força e o poder de controlar a água, e o outro guardião tem o poder de voar, o poder de ficar invisível e o poder de
controlar o ar.
–Por que só ficaram dois tesouros e dois livros?
–Para despistarem o caçador que é o antepassado de Lúcio.
–Me desculpa, foi legal a conversa obrigado pela comida, mas isso tudo
deve ser uma tremenda trapalhada eu vou embora.
–Calma Eric.
Disse Henri.
–Calma por quê?
–Porque eu sei dos pesadelos que anda tendo sobre sua mãe.
–Você esta lendo meus pensamentos de novo?
188
–Não estou vendo nos seus olhos.
–Tio.
Um garoto ruivo desceu e fez Eric e Peter ter uma reação de conexão com
ele e no momento seguinte Oni se manisfestou.
–E aí Brian vamos ao shopping? Quero te mostrar um jogo super legal que
saiu.
–Se o tio Henri deixar...
–Claro, podem ir.
–Espera aí, você não pensa que vai sair comigo com essa roupa de ritual secreto, pensa?
–É claro que não.
No momento seguinte Oni apertou um botão em seu relógio e a roupa se
transformou em uma camiseta e manga comprida e calça jeans.
–Assim esta bem melhor.
–Agora vamos.
Os dois saíram e Henri se virou para Eric e Peter.
–Quem era ele?
–Perguntou Peter.
–Meu sobrinho, os pais dele estão na Ásia, por quê?
–Por nada. –Já esta tarde é melhor vocês voltarem para casa e depois e conto o resto.
–Nada disso eu não vou sair daqui com dúvidas.
–Está bem, o que mais o que você quer saber?
–Como eu faço para encontrar o meu tesouro?
Perguntou Eric.
–E assim que se fala garoto.
Disse Henri surpreendendo Eric.
–Espera aí.
Henri e Eric se viraram para Peter.
–Se você disse que os poderes e os genes passam de pais para filhos, como
os meus pais não tem poder nenhum? –Seu pai tem poderes, ele nunca te disse?
Perguntou Henri com ar de espanto.
–Claro que não, e como você sabe que ele tinha poderes?
–Eu o conheci, eu conheci Bruce e Lara dois jovens muito amigos que
pareciam irmãos um sempre ajudava o outro e diversas situações.
–Por que meu pai nunca me contou nada?
–Talvez queria te poupar de algo ou não quisesse que sua mãe soubesse.
Peter ficou cabisbaixo sem entender porque o seu pai tinha feito aquilo
com ele, sabendo do sofrimento dele.
–Não fica assim Peter, seu pai deve ter um bom motivo para isso não é
Henri?
189
–Com certeza a além do mais vocês não estão mais sozinhos, até as forças
armadas estão de plantão para proteger os dois quando for preciso, mas lembre-se
mantenham segredo, a humanidade sempre viu magia como ficção e não como
algo real então para todos os efeitos nunca tivemos esta conversa.
–Esta bem, mas por que você ia apresentar eles?
Disse Eric apontando para os jovens agora sem seus capuzes.
–Porque vocês precisaram de treinamento.
–O que? Com esses poderes ninguém poderá me fazer mal algum.
Disse Eric. –Ninguém que não saiba lidar com os seus poderes, mas não se esqueça
que estamos falando de Lúcio o homem que está há mais de trezentos anos atrás de
você.
–Trezentos anos? Isso é impossível só se ele fosse imortal...
Eric olhou para Henri temendo a resposta.
–Ele não é, mas tem uma pedra que dar esse poder a ele e achamos que ele
pode estar vivo nos dias de hoje.
–Quer dizer que vocês não sabem se ele esta vivo realmente então não há
o que temer.
–Eric, estou nisso desde que eu me conheço por gente e te garanto que
procuramos e praticamente toda a face terrestre e não achamos registros de morte e nem restos mortais que comprovasse a morte de Lúcio Rizis.
–Que sobrenome é esse?
–É inglês como o seu.
–Nada disso meu sobrenome é canadense, o sobrenome da minha mãe que
era inglês, mas ela agora descansa ao lado do Senhor.
–Esta bem eu não vou discutir com você. Como eu disse achamos que ele
esta vivo e até que seja ele o autor do ataque contra sua casa.
Eric começou a ter mais ainda a convicção de que tudo que Henri estava
falando era verdade.
–Mesmo assim eu não preciso de treinamento eu me viro bem assim.
Disse se levantando para sair. –Tudo bem, você que sabe.
–Eu quero saber quem são e pra servem os mestres da defesa, mas antes
eu quero saber como surgiram e quando surgiram.
Disse Peter fazendo Eric para e voltar a se sentar por pura curiosidade.
–Você não esta indo embora?
–Não posso nem saber a história da defesa?
–Pode já que mais cedo ou mais tarde vai acabar precisando deles
também.
–Por que também? Você não acha que eu vou precisar de treinamento,
vai? Olha pra mim sou um atleta nato, o saco vazio aqui é ele.
Disse Peter apontando para o Eric.
190
–Não humilha também cara.
–Esta bem quando o tempo chegar tudo irá se encaixar.
–Aí cara rimou dá até pra fazer um rap.
–Peter, Peter, menos cara, menos.
Peter se calou e ficou cabisbaixo.
–Continue.
–Algum tempo depois que Caio e Roberto que eram herdeiro e guardião
assim como vocês saírem da Inglaterra, Lúcio tomou posse do trono e virou um
dos reis mais perversos já visto na história, caçando e matando todos que se opunham ou questionasse seus métodos de governo então um jovem chamado
Robin Everlast começou a encorajar camponeses e se rebelar e conquistar seus
direitos os ensinando a lutar e de alguma forma conseguir roubar grande parte de
fortuna do rei para devolver aos pobres. Lúcio por sua vez vendo a influencia do
jovem sobre o povo resolveu não matá-lo, mas sim convidá-lo para unir forças com
ele para juntos conquistar toda a Europa. Mas o que Lúcio não sabia era que Robin
fazia parte de um grupo de magos que tinham poderes magníficos concedidos por
Deus para que somente quando necessário usar para o bem da humanidade e o
poder de Robin era ler o pensamento dos outros fazendo assim o povo querer
linchar os guardas e o rei que fugiu até que nunca mais se ouviu falar dele então
como profunda gratidão o povo escolheu Robin como rei e ele muito livre para o mundo recusou, mas prometeu fundar um grupo que os protegeria de todo o mal e
até o hoje os protege, com um tratamento especial a uma linhagem milenar de
herdeiros e guardiões.
Eric e Peter ficaram parados e pasmos por vários minutos olhando para
todos os mestres ali parados.
–Isso é muito surreal até mesmo para nós que temos esses poderes.
–Mas você não tem motivos para duvidar Eric até porque provas da
verdade não faltam e mais uma prova é essa. Peter escreva a pergunta que eu vou
ditar para você no livro.
Henri pegou uma caneta e deu a Peter.
–Escreva assim: onde se guarda aquilo que somente o herdeiro terá o direito de usar?
Peter escreveu a pergunta que no momento seguinte se apagou aparecendo
uma frase como mágica na linha abaixo.
Onde os peixes habitam tem sido sua fonte e entre pedras vivas é aonde se
esconde.
–O que significa isso?
–É que somente o herdeiro pode decifrar.
Naquele momento Eric teve uma visão rápida das profundezas do mar de
Nova York e no momento seguinte estava na sala novamente.
191
–Eu já sei onde esta o tesouro.
–Espera você precisara de equipamentos e de ajuda para encontrá-los.
–Está bem, mas depois disso eu quero me virar sozinho.
–Tudo bem a escolha é sua. Será que agora eu posso lhes mostrar que
estará à disposição caso vocês precisem de treinamento.
–Pode.
Disse Eric e Peter em coro.
–Primeiro vou apresentar as meninas.
No momento seguinte a três garotas presentes ali na sala se levantaram. –Essa é Any, mestra dos cinco sentidos.
–Olá.
Disse Eric para a garota ruiva de olhos cor do caramelo e um ar sereno na
voz.
–Essa é Anastácia, mestra do vôo.
–Legal.
Disse Peter para a garota japonesa com cabelos negros e olhar misterioso.
–Ela não gosta de ser confundida com chinesa.
–Entendido.
Disse Peter e Eric ao ver o olhar fulminante dela para os dois.
–Agora a terceira e a indiana e meiga Lisa, mestra de mergulho, ela pode respirar embaixo d'água, Lisa, Lisa, ELISA!
–Desculpa mestre.
Disse à garota que estava olhando hipnotizada para JB.
–Sei, depois quero conversar com você e com JB. Bem agora lhes
apresentarei os garotos que lhes serão mais úteis nos treinamentos caso queiram
treinar.
Disse Henri se virando para os garotos.
–Esse é o Tilin, mestre de agilidade.
O garoto com o cabelo estilo moicano deu um passo à frente.
–Esse é o Colti, mestre de força, ele sim é chinês.
Disse Henri apontando para o chinês alto que deu um passo à frente. –Este é o Dean, gêmeo com JB e mestre de transportação ou tele
transporte, como vocês preferirem, nós o chamamos de x-carga.
Disse Henri quando o garoto loiro com olhos verde pântano deu um passo
à frente.
–Agora não menos importante JB o gêmeo com Dean, ele é o mestre de
velocidade, JB, JB, JON BENJAMIM!
–Diga mestre.
Disse o garoto que estava olhando sem disfarçar para Lisa.
–O que é isso? Aqui virou sessão paquera agora?
Peter e Eric forçaram para não rirem.
–Não mestre.
192
–Então o que é?
–Nada mestre, não ira acontecer de novo.
–Acho bom.
Sem que Henri percebesse JB deu uma piscada discreta que só Lisa viu
que forçou para não soltar um sorriso de vergonha.
–Foi bom conhecer vocês, foi mesmo de coração, mas agora temos que
voltar para casa porque a polícia esta nos procurando e temos que achar uma
desculpa convincente.
–Não façam isso conte à verdade que eles vão entender. Colti leve os garotos até o ponto da floresta onde os policiais estão os procurando.
–Sim mestre.
Colti estava saindo com Eric e Peter.
–Qualquer coisa sabem onde me encontrar.
Disse Henri aos dois.
Depois que os dois saíram henri se lembrou do aparelho de mergulho, mas
teve a sensação de que mesmo que desse o aparelho para Eric, ele não iria usar.
–Esse garoto tem potencial.
Norte de Nova York, 19:00.
–Pronto aqui é o local, vocês estão bem?
–Estamos.
Disse Eric.
–Olha esse aqui é um cartão de emergência eu sei que não precisão, mas
antes prevenir do que remediar então se precisarem é só quebrá-lo que em questão
de minutos nós estaremos onde estiverem.
Disse Colti dando dois cartões transparentes apenas com as letras D e H
para Eric e Peter.
–Obrigado.
Disse Eric e os dois saíram do carro.
Foi só o carro desaparecer que os policiais apareceram. –Os dois estão vivos, isso é um milagre.
Eric e Peter foram levados direto para um hospital.
193
Capitulo 24
Ilusão
Hospital das clinicas de Nova York, 19:30.
Já no quarto de pacientes Eric e Peter estavam sendo interrogados pelo
investigador, Hasaf Jafé.
–Então como vocês foram parar na floresta? –Eu já lhe disse senhor escutamos um barulho e fomos ver o que era e
quando nos demos conta estávamos perdidos.
–Não sei por que eu não acredito em vocês, tem algo a mais que estão
escondendo de mim, o que é isso?
Disse o investigador apontando para o livro antigo e estava na cabeceira
da cama de Peter.
–É o meu livro da sorte eu vou com ele para todo lado e pode ter certeza
se não fosse ele talvez não estivéssemos aqui te contando esta verdade.
–Isso é o que veremos.
Antes que Peter e Eric percebessem o investigador pegou o livro de Peter
e começou a folheá-lo. –Mas não tem nada escrito aqui.
–É claro que não porque é um livro caderno e eu não quero escrever nele
para conservá-lo bem.
No momento seguinte a enfermeira entra com a comida do hospital.
–Muito obrigados senhores por terem colaborado nas investigações.
Antes de sair Hasaf fez gesto de que estava de olho em Peter e Eric.
–Aqui estão as comidas de vocês, bom apetite.
A comida do hospital tinha uma aparência ótima, mas como as mães de
Peter e Eric eram médicas eles sabiam bem a origem daqueles alimentos no
momento que enfermeira saiu Eric empurrou a comida de lado e sentou-se na
maca. –Você acha que ele acreditou?
-É claro que não, mas não tem como provar o que aconteceu conosco hoje
e lembre-se tudo é segredo.
–Eu sei.
Disse Eric olhando para fora do hospital pela janela.
–Você vai fazer o treinamento?
–Que treinamento?
Perguntou Eric.
–O que o Henri mencionou.
Disse Peter.
–É claro que não, eu não preciso, mas para você iria ser bom.
194
–Mas olha isso.
Disse Eric criando uma bola de fogo em sua mão.
–Por que você acha que precisaríamos de algum treinamento?
–Eu não sei, mas uma coisa é verdade, não sabemos como controlar e nem
a dimensão dos nossos poderes.
–No momento seguinte entra Ashley, Emily, Bruce, Meg, Serena, Beth e
Jhonny.
–Olá filho eu fiquei tão preocupada.
Disse Beth. –Eu pensei que fosse te perder querido.
Disse Meg, a mãe de Peter.
–Para mãe.
Disse Eric e Peter em coro fazendo as meninas rirem.
–Vocês devem estar com fome.
Disse Serena.
–E nós duas como medicas sabemos da origem de comida hospitalar.
Disse Meg.
–Trouxemos isso.
Disse Meg e Beth tirando de suas bolsas salgados e refrigerantes diversos
que na hora reacendeu a fome de Eric e Peter. –Precisamos ir até amanhã iremos visitar vocês já que não poderão ir para
a escola.
No momento seguinte Ashley e Emily saíram da sala.
–Nossa foi mesmo um milagre vocês terem saído dessa sem nenhum
arranhão.
Disse Meg aliviada.
–Verdade.
Disse Beth tentando disfarçar.
–Mãe não precisa fingir ela sabe.
Disse Eric e Peter em coro.
–Foi graças aos nossos poderes que saímos dessa vivos. Disse os dois novamente em coro.
A reação foi à mesma em todos, ambos ficaram com a boca aberta.
–E também sabemos por que temos esses poderes.
Disse Peter encarando o pai que abaixou a cabeça disfarçadamente.
–Então porque vocês têm esses poderes?
–Na verdade é um dom inexplicável um em cada seis bilhões de nascidos
tem este dom então só tem eu, o Peter e mais uma meia dúzia que provavelmente
está perdido pelo mundo a fora não é isso Peter?
–Claro.
Disse Peter forçando o sorriso.
195
–Bem como só um de nós pode ficar aqui escolhi eu ficar, pois já que sou
o chefe no meu serviço, não vão se importar se eu chegar um pouco mais tarde.
Disse Jhonny se acomodando na poltrona ao lado de Eric.
–Pra que isso pai nós já somos bem crescidos.
–Ao menos que vocês queiram ficar mais umas três horas aqui eu vou
embora.
–Não Sr Scart pode ficar, pois eu não suporto hospital.
–Bem então já vamos e se comporte os dois ouviram?
Disse Beth apontando para Eric e Jhonny. –Por que ela nunca confia em nós?
–Eu sinceramente não sei.
Disse Jhonny com naturalidade.
Casa do Lúcio, 20:00.
Lúcio entra em casa com Geasse e liga a televisão no canal de notícias.
Um verdadeiro milagre realmente aconteceu os garotos que haviam se
perdido na floresta hoje por volta do meio dia foram encontrados sem nenhum
arranhão e estão em observação no hospital isso é só mais uma prova de que Deus existe.
Geasse fica de boca aberta.
–O que foi que eu lhe disse, esses garotos são forte por isso que tenho que
matá-los antes que seja tarde.
–Como assim matá-los? Você não iria matar só o herdeiro?
–Iria, falou certo, agora eu quero matar o guardião também assim você
também ganha poderes.
–Obrigado Lúcio.
–De nada ruivoso.
Geasse pensou em se manifestar, mas resolveu ficar calado pelo menos por enquanto.
No dia seguinte Jhonny levou Peter para a casa dele e Eric voltou para
casa com o pai, como não havia ido à escola ficou praticamente a manhã toda em
casa sozinho e assistindo televisão no canal de filmes já que os outros canais de
notícias só falavam dele e do Peter e de como eles milagrosamente saíram ilesos.
–Milagres acontecem ainda mais quando você tem poderes místicos.
No momento seguinte seu celular tocou e era Peter na linha.
–Cara você viu os canais de notícias?
–Claro que vi agora agüenta as especulações até se esquecerem do
ocorrido.
–Pode crer, e você como esta?
196
–Estou na mesma sem nada pra fazer já que não fui na escola estou
assistindo a morte vida do neto do Antônio Bandeiras.
–Em que canal esta passando?
–No canal setenta e dois.
–Legal cara, mas não é meio nojento?
–É, mas também é bom pra quem esta fazendo regime já que você não
consegue durante dois dias com o filme na cabeça.
–Tem razão, eu vou desligar depois a gente se vê.
–Falou irmão. –Falou.
Eric desligou o telefone e em seguida bateram na porta, Win atendeu e um
homem com a voz reconhecível perguntou por Eric.
–Senhor é um detetive Jafé.
–Obrigado Win pode voltar para seus afazeres.
Disse Eric andando em direção a porta.
–Pois não?
–Gostaria de fazer mais algumas perguntas para o senhor, senhor Scart.
–Olha a última coisa que estou querendo agora e de um interrogatório
senhor...
–Jafé. –Isso, senhor Jafé eu ainda estou em processo de recuperação então me
desculpe.
Disse Eric fechando, mas o homem alto e moreno claro impediu com o pé
na porta.
–O que é isso?
–Eu insisto senhor.
–Saia da minha casa ou eu chamo a polícia.
–Mas eu sou a policia então eu acho melhor o senhor colaborar.
–O que esta acontecendo.
Disse o homem que estava passando na frente da casa de Eric.
–Nada este simpático senhor já estava de saída não é mesmo. Disse Eric agora saíndo para frente da casa.
–É claro que sim obrigado pela atenção senhor.
Disse o detetive se mordendo de raiva e entrou um seu carro preto com
vidros fumê e foi embora.
–Então você é a nova celebridade do bairro?
–Sim, já deu para perceber.
–Não liga não logo isso acaba e você volta para o anonimato.
–Estou ansioso por esse momento.
–Prazer meu nome é Elvis, é que minha avó sempre foi fã do Elvis Presley
aí quis colocar esse nome em mim e minha mãe atendendo ao pedido meu deu esse
nome que não é tão comum, mas o pior é da minha irmã Elvisleia.
197
–Nossa, prazer o meu nome é Eric, obrigado aquele homem esta me
importunando desde ontem no hospital.
–Qualquer coisa é só me chamar, estou morando aqui do lado.
–Ah sim, eu chamo sim mais uma vez obrigado, quer entrar estou
assistindo televisão já que precisei faltar na escola hoje.
–Não eu tenho que fazer um monte de coisa, mas mesmo assim obrigado e
prazer nova celebridade.
–Legal esse cara.
Disse Eric entrando em casa. Ao entrar em casa Lúcio caiu no riso.
–O que foi Lúcio?
Perguntou Geasse.
–Consegui fazer amizade com o herdeiro, o nome dele é Eric e para todos
os efeitos eu me chamo Elvis e você não sabe o melhor, contei uma história louca
sobre o meu nome e ele acreditou, que garoto mais idiota vai ser moleza fazer ele
tomar o frasco de ilusão.
Eric estava almoçando quando bateram na porta de nove, mas desta vez
era Ashley.
–Oi Ashley o que esta fazendo aqui:
–Vim te ver e aí como foi sua manhã. –Foi chata, eu fiquei assistindo televisão quase o tempo todo e na escola
como foi?
–Todo mundo só perguntou de você e do Peter, queria saber todos os
detalhes o que foi muito irritante.
–Quer almoçar estou terminando já?
–Não obrigada.
–E a Emily?
–Foi na casa do Peter, ela esta afim dele.
–Sério? Vai ser legal espero não ficarmos para vela.
–Isso só depende de você?
–Como assim. Antes que Eric pudesse ter alguma reação Ashley lhe lascou um beijo na
boca.
–Me desculpa, preciso ir.
–Espera.
Antes que Eric pudesse perceber estava sozinho na sala então sentou no
degrau da escada para os quartos.
–Ela gosta de mim, vai garoto que essa é tua.
Disse Eric para si mesmo.
Escola secundaria Albert Einstein 7:00.
198
Quando Eric chegou na escola todos os alunos o estavam encarando, mas
ninguém chegava até ele para fazer as perguntas pelas quais importunaram Ashley
e Emily no dia anterior, Peter chegou em seguida com sua moto.
–Cadê a caminhada matinal?
–Achei mais seguro, não quero me perder de novo em uma floreta tão
cedo.
No momento seguinte o grupo dos brigões liderado por Drake chegaram
perto deles.
–Desta vez vocês tiveram sorte, mas da próxima terão a lição merecida. Logo depois que os brigões foram embora chegaram Ashley e Emily.
–O que eles queriam?
–Nada de mais só queriam o de sempre, brigar.
O sinal bateu e todos seguiram para as salas de aula, a primeira aula foi da
professora fofa fat que estava falando sobre a formatura.
–Como todos sabem este é o ultimo ano de vocês aqui nesta escola e se
alguns não se esforçarem continuaram o ano que vem, mas agora o assunto é as
faculdades, vocês já sabem que cursos vão fazer e pra que faculdade vão entrar?
Essa é uma decisão muito importante para todos que queiram um dia crescer na
vida bem aqui estão algumas das faculdades mais renomadas do país e gostaria que
dessem uma olhada atentamente e que depois me dessem uma resposta para que eu possa auxiliá-los no pedido de bolsa.
Disse a professora passando os folhetos magnéticos para os alunos.
–O que vocês vão fazer?
Perguntou Emily entusiasmada.
–Eu vou fazer educação física.
Disse Peter como se tivesse ensaiado a frase durante anos.
–Eu vou fazer moda.
–Eu também.
Disse Ashley e Emily.
–Então continuaremos na mesma sala.
–E você Eric? –Eu não sei talvez jornalismo ou biologia.
–Que dilema dois cursos bem diferentes.
A professora chamou a atenção de todos.
–Bem agora vamos falar do outro assunto de interesse geral a escolha do
rei e da rainha do baile, os candidatos são Josh, Eric, Ashley e Bianca.
–A classe ficou boquiaberta.
Eric ficou com a cara no chão.
–Podem esquecer, eu não vou participar disso.
–Me desculpe querido, mas foi escolha do conselho de classe.
–E quem é do conselho.
Todos os nerds se levantaram.
199
–A decisão foi minha.
Disse o nerd que queria entrar no grupo deles no primeiro dia de aula.
–Ah você vai ver seu quatro olhos.
Disse Eric indo a direção do garoto, mas foi impedido por Peter.
–Calma cara mostre que você é superior participando e ganhando.
–E você acha que eu tenho alguma chance.
–Nós achamos.
Disse o grupo das patricinhas acendendo um ciúme enorme em Ashley.
–Estão olhando o que? Ele já tem dona. Disse Ashley sem perceber o olhar da sala, mas no momento seguinte
ficou corada ao olhar para Eric e ver que ele também tinha escutado.
Quando chegou o intervalo a escola inteira já estava arrumando os
preparativos para o baile de formatura e a rádio estava anunciando o início da
votação para os reis a rainhas do baile Eric estava preocupado com outras coisas
que estavam puxando seu interesse, queria conversar com Ashley a sós, mas ela
sempre o evitava ou estava com Emily.
–O que foi Eric?
Perguntou Peter tomando um gole de suco de laranja roxa.
–Nada só estou pensativo.
No momento seguinte várias garotas sentaram ao lado deles fazendo Ashley se encher de fúria e saindo do refeitório.
–E aí Eric, já sabe com quem vai ao baile.
–Não sei.
Disse Eric se levantando e saíndo atrás de Ashley, mas não a achou pela
escola inteira então entrou no banheiro que para o seu azar estava o Josh lá dentro.
–Ora se não é o meu rival nas urnas, eu só lhe digo uma coisa o novato eu
já sou o rei deste baile e Ashley vai ser minha de novo então se acostume com a
derrota.
–Isso é o que vamos ver Josh, uma coisa eu te garanto eu nunca vou trair
ela.
–Você fala isso agora, mas todo homem é igual. –Eu sou diferente.
–Essa é boa, me engana que eu gosto, os quietos são os piores.
–Sabe você pode estar certo.
Disse Eric encostando a mão no ombro de Josh com a mão extremamente
quente.
–O que é isso cara?
Disse ele se afastando.
–Só um aviso.
Disse Eric saíndo do banheiro.
Durante todo o resto do dia Ashley evitou Eric e na saída nem olhou para
ele e foi embora rapidamente para sua casa, chegando em casa Eric saiu para fora
200
para brincar com Jana e encontrou Elvis fazendo exercícios na frente de sua casa
que ficava ao lado da casa de Eric.
–E aí Elvis tudo bem?
–Tudo bem graças a Deus e você?
–Mais ou menos.
–Por quê?
–É que tem uma garota...
–Garotas; já entendi.
No momento seguinte Jana começar a latir e rosnar para Elvis e Eric tem que segurá-la para ela não avançar em Elvis.
–Desculpa cara ela nunca teve uma reação assim espera aí que vou
prendê-la e já volto.
No momento que Eric entra Geasse saí lá fora.
–Geasse coloque o frasco de ilusão na pia e suba para o seu quarto que eu
vou chamar o garoto e convidá-lo para tomar um suco que será o ultimo de sua
vida.
–Entendi pode deixar, mas e o guardião?
–Do guardião eu cuido depois, já tenho um plano em mente para ele
também.
–Tudo bem. Geasse entrou e colocou o frasco em cima da pia na cozinha como Lúcio
havia pedido e foi para o seu quarto, mas não agüentou ficar lá e ficou observando
do alto da escada em uma posição que ninguém o visse toda a ação de Lúcio que
ainda estava lá fora esperando Eric.
No momento seguinte Eric saiu sozinho e Elvis estava o esperando
sentado na guia.
–Desculpa mesmo cara, ela nunca fez isso.
–Não faz mal, quer entrar e tomar um suco de laranja azul aí você pode
contar melhor sobre essa garota.
–Tudo bem.
Os dois entraram e foram direto para a cozinha onde Lúcio pegou dois copos e colocou os sucos e discretamente colocou o frasco de ilusão no copo de
Eric sem que ele visse.
–Então conte o que aconteceu.
Disse Lúcio empurrando o copo para Eric.
–É que eu fui escolhido para ser candidato para ser rei do baile deste ano.
Disse Eric dando um gole no suco.
–Então ela ficou com...
Naquele momento Eric começou a ficar tonto e sua visão foi sumindo e
aparecendo de repente.
–O que é isso?
–Isso o que?
201
Perguntou Lúcio com ar sarcástico.
–O que você colocou nesse suco.
–Já esta fazendo efeito não é Eric Scart, sabe; eu não sou Elvis meu nome
verdadeiro é Lúcio, Lúcio Rizis.
Disse Lúcio Pegando o rubi que estava em seu pescoço.
–O que?
Disse Eric se levantando e andando em direção a sala.
–Não adianta Eric você não vai escapar.
Eric tentou usar seu poder de fogo, mas sua visão estava cada vez mais turva e ele estava perdendo o equilíbrio aos poucos.
–Eu não vou precisar nem sujar as minhas mãos, você mesmo vai se
matar, pois o que eu te dei é um soro de ilusão da morte que faz as pessoas pular
dos lugares mais altos encontrados por elas não se preocupe você não vai sentir e
quando passar o efeito você já vai ter passado dessa para uma melhor ou pior.
Eric chegou até a sala quebrando tudo em que tentava se apoiar e com
uma força extrema ele viu que estava com o cartão de vidro da defesa da herança e
o jogou no chão junto com um vaso assim Lúcio não percebeu sua tentativa de
pedir ajuda e então quase perdendo as forças começou a ter um olhar vazio e sair
da casa em direção a uma montanha do norte e em um último esforço olhou para
escada e viu geasse então não conseguiu mais resistir estava completamente sobre o efeito do soro da ilusão da morte.
Casa de Henri Castro, 15:30.
Oni passa pelo computador de vigilância e o ponto do cartão em vermelho
e no momento seguinte aciona o botão de alarme da casa e todos aparecem na sala
em questão de segundos.
–O que foi Oni?
Pergunta Henri que foi o primeiro a aparecer.
–Olhe senhor.
Oni aponta para o ponto vermelho no mapa. –O Eric esta em perigo, mas não consigo ler os pensamentos dele.
Disse Henri.
–Vamos ele pode estar inconsciente.
Todos pegaram seus planadores e foram procurar Eric.
Lucio estava seguindo o Eric até chegar a uma montanha que ficava a
menos de dez minutos deles então Eric começou a subir e Lucio ficou olhando seu
plano se realizando, mas por uma incrível coincidência Peter estava passando por
ali quando viu o amigo subindo a montanha e sendo observado por um homem
estranho.
–Nossa o Eric não é de fazer esportes e nem parece ele.
202
Então Peter tirou o observador eletrônico de seu celular e viu Eric, mas
com uma expressão vazia no rosto como se fosse um zumbi.
–Essa não, o Eric esta em perigo.
Então Peter olhou para os dois lados da rua e viu que não havia ninguém e
foi até onde Eric estava na velocidade da luz e subiu rapidamente a montanha
também até que chegou até onde estava o amigo.
–O que você esta fazendo Eric?
–Eu tenho que morrer.
Disse ele com a voz rouca. No momento seguinte Peter sentiu um raio vermelho o atingir o lançar
montanha abaixo caindo no chão quase ficou inconsciente, mas quando se levantou
viu Lucio diante dele.
–Quem é você?
–Eu sou o cara que vai acabar com você?
–Isso é o que vamos ver.
Peter bateu palmas duas vezes e foi como se todas as aves da cidade
fossem para cima de Lúcio e a menos de cinco minutos do local Henri e os mestres
viram os movimentos das aves.
–Pessoal Peter esta ali, vamos ajudá-lo.
–Olha senhor é o Eric subindo a montanha. Disse Any apontando para a montanha ao lado da concentração de aves.
–Anastácia e Colti vão pega-lo enquanto eu e os outros vamos ajudar o
Peter.
Com uma luz vermelha todas as aves caíram mortas no chão.
–É só isso que consegue fazer, guardião?
–Não, sei fazer isso também, ÁGUA!
Um jato de água saiu da mão de Peter e com velocidade deu um enorme
soco que foi impedido pelo escudo vermelho de Lúcio que o lançou longe.
–Garoto tolo, você não tem a menor chance contra mim, Morra!
Lúcio lançou um raio vermelho que foi impedido por um escudo branco e
vários golpes foram lançados contra ele. –O que é isso?
–Você mexeu com as pessoas erradas Lúcio.
–Quem é você?
–Sou o herdeiro de Robin Everlast.
–Eu não acredito então a defesa existe realmente.
–Existe.
Com um movimento das mãos Henri lançou um raio branco que foi
impedido por Lúcio então os dois começaram a lutar, Peter se levantou e foi lutar,
mas foi impedido Jess.
–Não faça isso.
203
No alto da montanha Anastácia pegou Eric que começou a usar seus
poderes contra ela.
–Eu não acredito nisso. Ele esta jogando bola de fogo em nós.
Disse Anastácia sem acreditar no que via.
–Tente me levar Anastácia ao mais perto que você puder.
Anastácia vou se desviando das bolas de fogo e quando Colti chegou
perto deu um soco que fez Eric desmaiar.
–Vamos.
Os três desceram e viram jatos de raios brancos e vermelhos. Lúcio e Henri estavam travando um luta de magia milenar nunca antes
vista então Lúcio desviou do golpe de Henri e viu Eric a salvo e desacordado no
colo de Colti.
–Vocês podem ter vencido a batalha, mas não vencerão a guerra esse
tesouro ainda será meu.
E no momento seguinte sumiu em uma luz vermelha e logo Eric acordou.
–O que aconteceu? Como eu vim parar aqui?
–Essa é uma história que só você poderá nos contar
Disse Peter encostando-se a ele e sendo curado instantaneamente.
204
Capitulo 25
Contando a verdade
Casa de Henri Castro, 17:30.
Sentado na sala e agora mais consciente, Eric não se lembrava de mais
nada antes de ter acordado na floresta e antes quando estava na sala de sua casa.
–Eric você tem que levar em conta agora que precisa realmente do treinamento por questão de vida ou morte.
–Como vocês me encontraram?
–Vimos o sinal do cartão e fomos procurá-lo.
Disse Oni sentado também no sofá.
–Mas eu não me lembro de ter quebrado o cartão.
–Calma você terá alguns flashes de memória, é claro que você não se
lembrará totalmente do ocorrido, mas agora você sabe que o seu vizinho na
verdade é Lucio e que quase matou a você e ao Peter.
Disse Henri com a voz serena e firme ao mesmo tempo.
–Me desculpe cara, não queria te envolver nessa.
Disse Eric olhando para Peter. –Não se preocupe, amigos são para isso, para se sacrificarem uns pelos
outros.
–E você Peter também precisa de treinamento, você viu que o Lucio é
muito forte e você precisa aprender a controlar e lidar com os seus poderes.
Henri se levantou e se virou para Eric e Peter.
–Eu sei, mas eu ainda tenho um assunto pendente com o meu pai e não
vou fazer nada enquanto não conversar com ele.
–Esta bem você decide.
–E quanto a você Eric aqui esta outro cartão e o nosso numero de telefone
se lembrar de qualquer coisa ou mudar de idéia a respeito do treinamento nos ligue
e tomem muito cuidados estaremos de vigia com vocês discretamente, mas mesmo assim mantenham cautela.
–Não precisamos de seguranças.
Disse Eric se levantando do sofá ainda cambaleando.
–Ah sim percebesse se você não percebeu Eric Scart, você quase morreu,
se não pensa em si mesmo, pense pelo menos nos seus pais que lutam por você
todos os dias.
Disse Oni e Eric abaixou a cabeça sem graça e em seguida a levantou.
–Eu vou pensar bem sobre o treinamento, mas enquanto isso eu quero
encontrar o tesouro.
–Quando chegar à hora certa você o encontrará assim como Peter
encontrou o livro.
205
–Toda vida eu tive que esperar, estou farto disso.
–Você entenderá como vai ser importante você esperar.
Em seguida Eric e Peter saíram da casa de Henri e foram para suas casas,
mas antes Peter ficou pensativo e Eric perguntou o que era.
–Estou pensando qual seria o motivo pelo qual meu pai não comentou
nada sobre os poderes dele e ele sabe que você é filho da Lara que era herdeira...
–Eu também fico pensando e estou achando que minha mãe não morreu
de câncer eu acho que foi algo no coração, mas eu acho que ela também escondeu
isso do meu pai, mas isso vai ter que esperar, por enquanto nós já vivemos emoções demais por um dia.
–Tem razão.
Em seguida cada um seguiu para sua casa se despedindo com um aperto
de mão.
Casa do Lucio, 18:00.
–Eu não acredito nisso, estava quase conseguindo...
–O que foi Lucio?
Perguntou Geasse descendo as escadas assustado.
–Arrume suas coisas rápido o Eric já sabe quem somos e esta com uma grande ajuda mágica do lado dele.
–Quem?
–A defesa da herança.
–Então ela existe mesmo.
–Existe e tudo que era lenda até hoje esta se tornando algo real agora
rápido temos que sair daqui e arrumarmos outro lugar aqui mesmo em Nova York.
-Esta bem, mas você já tem outro plano.
–Sim tenho mais um e espero que esse de certo se não vou ter que apelar
para as pessoas que ele mais ama.
Em menos de meia hora estava tudo acoplado e os dois saíram dali em um
micro ônibus que também serviu de laboratório móvel para Geasse. –Quando você comprou isso?
–Faz mais ou menos uma semana legal não acha?
–Sim agora vamos quero sair daqui depressa e agora mais do que nunca
vou precisar da sua ajuda já que o pentelho não te viu.
Naquele momento Geasse sentiu um frio no estomago e fez o impossível
para ficar calmo e não transpirar de nervoso.
Em seguida os dois seguiram para o sul da cidade e logo depois Eric
apareceu na rua e viu que a casa já estava vazia.
–Covarde, eu sabia.
Foi até o fundo de sua casa e soltou Jana.
206
–Me desculpe você só queria me defender eu prometo que de agora em
diante eu vou acreditar mais em você.
No momento seguinte ouviu seus pais chegarem do serviço juntos.
–E aí filho como foi o seu dia?
–Eu creio que foi mais chato que o seu.
–Não fale assim você só se divertiu que eu sei.
Disse Jhonny abraçando o filho.
–Pode crer.
Então Eric viu que sua mãe o encarava. –Oi mãe.
–Pode falar, o que você aprontou hoje?
–Nossa mãe que desconfiança, você precisa acreditar mais em mim.
–Eu sei que você esta mentindo, meu sexto sentido esta me falando que
você esta mentindo.
–Então é melhor trocar ele, pois deve estar com defeito.
E antes que Beth pudesse ter uma contra-resposta Eric subiu as escadas e
foi para o seu quarto.
–Você esta vendo como ele esta perdendo o respeito.
–Amor, você também tem que pegar leve com ele também daqui alguns
meses ele faz dezoito anos e precisa de um voto de confiança. –Esta bem, vou tentar, mas não garanto nada, vocês homens são uma
espécie diferente da nossa.
No momento seguinte Win apareceu na cozinha e Beth foi para o seu
quarto.
–Senhor eu pensei que o senhor e a senhora Scart fossem da mesma
espécie.
–Eu também pensei Win, eu também pensei.
No dia seguinte Eric acordou atrasado e acabou saindo sem tomar café da
manhã e chegando à escola havia se esquecido que Ashley estava o evitando, então
foi cumprimentá-la e ela virou as costas para ele o deixando super sem graça
perante a escola inteira então desistiu de procurar saber o porquê daquele ciúme e Josh por sua vez também estava o evitando como se Eric tivesse uma doença
contagiosa, durante a aula de inglês o professor Seft entregou varias planilhas
eletrônicas que falavam sobre as faculdades que estavam oferecendo bolsas de
estudos e seus requisitos para concorrer.
–Então Eric já sabe em qual vai entrar?
Perguntou Peter que estava do seu lado desenhando uma bola de basquete
em sua placa de estudos.
–Eu não sei, mas eu não quero ir para muito longe, ficando aqui em Nova
York eu estarei bem.
–É mesmo agora que temos responsabilidades.
Disse Peter quase sussurrando.
207
–Que responsabilidades nós não somos super heróis nem coisa parecida.
–Scart e Listen querem comentar o assunto mais importante que a aula
para a classe.
Disse o professor barbudo e de óculos meia lua ao lado deles.
–Não senhor é que estávamos falando sobre as faculdades que
pretendemos entrar.
–Ah sim isso é um assunto realmente muito importante, todos vocês
devem saber que hoje em dia sem faculdade não chegamos a lugar nenhum então
pesquisem bem antes de escolher o curso que farão parte de suas vidas. Depois da aula Eric viu Ashley sozinha em um corredor e correu em
direção a ela.
–Ashley, preciso conversar com você.
–Não temos nada para conversar.
–Por que você esta assim comigo.
–Porque a última coisa que eu queria era gostar de alguém que fosse a
atração principal da escola.
–Mas eu não pedi por isso, esta fora do meu controle.
–E não é só isso, você te muito mistério com Peter e eu não gosto disso.
Eric parou por um momento então decidiu.
–Eu não posso falar aqui, mas vem até a minha casa hoje a tarde que eu preciso te contar uma coisa, mas não fala nada para Emily.
–Esta bem.
No momento seguinte Ashley virou as costas e foi embora, deixando Eric
pasmo no corredor deserto da escola.
Durante a aula de biologia Eric viu que Ashley continuou o tratando da
mesma maneira, mas não sabia por quê.
–Eric, Eric.
–O que foi?
–Faz mais de meia hora que estou te chamando, olha o que aconteceu com
o meu micro mangueira.
Quando Eric viu quase caiu para trás a planta estava se retorcendo toda. –O que você fez cara?
–Eu só dei isso.
Disse Peter dando um pequeno frasco azul escrito vida própria em
vegetais.
–Dá isso aqui rápido antes que a planta saia correndo pela sala.
Disse Eric dando um frasco transparente e com uma gota a planta voltou
ao normal.
–Cara era para dar esse frasco.
Disse Eric pegando um frasco verde onde estava escrito vida longa em
vegetais.
–Me desculpa, mas é que não gosto muito de biologia.
208
–Meus pêsames, eu também não gosto de educação física, mas não é por
isso que eu não presto atenção nos exercícios.
–Ei, que bicho te mordeu para você ficar nervoso assim?
–A Ashley não quer falar comigo e eu nem sei por quê.
–Eu sei.
Disse Peter fazendo Eric arregalar os olhos e olhar ele com uma breve
fúria e Peter teve a impressão de ter visto duas pequenas chamas em suas pupilas.
–Por que você não me disse antes?
–Porque a Emily me fez prometer não te contar. –E desde quando você a obedece?
–Desde que começamos a ficar junto.
–O que?
Disse Eric arregalando os olhos de novo.
–Por que não me disse isso?
–Devo ter esquecido.
–Belo amigo você é muito obrigado a menina da qual eu gosto não quer
falar comigo e por sinal é sua prima e você não me diz nada por que a sua nova
namorada lhe mandou não dizer nada.
–Não é bem assim.
–Então como é. –Ashley esta desconfiada de que você esteja com caso com alguma garota
da escola então esta te espiando.
–O que? Mas eu nunca dei motivos para isso.
–Mas mulher é assim por isso que quando não estou com você estou
sempre com a Emily.
–Eu devo ser perseguido, nem minha mãe confia em mim.
–É claro, você vive cheio de mistério, você tem que ser mais previsível e
menos misterioso.
–Como assim?
Disse Eric sem entender nenhuma palavra que Peter disse.
–Você tem que ser mais aberto, qual outro amigo que você tem alem de mim.
–Nenhum.
–Então.
–E você?
–Nenhum, mas eu sou líder do grupo de atletas da escola então não sou
tão anti-social assim.
–Mas que grupo que eu entro.
–Tem entrar no grupo de biologia, os nerds não são muito ligados com
botânica.
–Tem razão.
–Viu.
209
–Ah já ia esquecendo hoje eu vou contar sobre o nosso segredo com a
Ashley e preciso da sua ajuda e leva a Emily também não quero contar a mesma
história duas vezes.
Dessa vez quem arregalou os olhos foi Peter.
–E não me olha assim porque eu já decidi e assim eu não preciso mudar o
meu jeito e se a Ashley quiser namorar comigo vai saber que eu nunca escondi
nada dela.
–Mas você nem sabe se é com ela que você vai se casar.
–É com ela sim, eu posso ver meu futuro com ela. –Ninguém merece.
–Vai se acostumando porque você vai ser o padrinho.
Peter ficou olhando e quando bateu o sinal Eric teve que dar um
chaqualhão para ele cair em si de novo.
–O que foi deu pane?
–Você é louco cara.
–E não esqueça hoje duas horas na minha casa.
Casa do Eric, 14:00.
Eric abriu a porta e Ashley chegou junto com Peter e Emily. –Entrem e sintam-se à vontade.
–Anda logo Eric porque eu não tenho muito tempo.
Disse Ashley fazendo o maior pouco caso.
–É melhor você se sentar prima e você também Emily.
–Não, deixa Aslhey, eu te chamei aqui para te explicar porque eu consigo
fazer isso.
No momento seguinte uma bola de fogo surgiu do nada não de Eric
fazendo Ashley e Emily sentar abismadas no sofá da sala.
–Então posso explicar com mais calma?
–Pode disse as duas em coro.
–Na verdade eu Peter podemos fazer isso... –Você também produz fogo Peter? Porque estou com vontade de comer
pipoca frita.
Disse Emily curiosa.
–Não eu consigo fazer isso.
Peter subiu na escada e desceu na velocidade de luz e fez surgir água de
sua mão.
–Isso é de mais.
Disse Emily toda empolgada e Ashley ainda calada.
–Eu só queria explicar para vocês o porquê de todo esse meu mistério.
Antes que Eric pudesse ter alguma reação Ashley saltou do sofá lhe deu
um forte abraço e um beijo demorado.
210
–Me desculpa, eu fui uma tola, não precisa me explicar nada que não
queira eu te aceito do jeito que é.
Então Eric viu que ela estava chorando.
–Mas eu quero lhe contar para você entender.
Disse Eric, então ele e Peter contaram toda a verdade de seus poderes a
Ashley e Emily e sobre o perigo que eles corriam.
211
Capitulo 26
A história de Bruce
Nova York, ano de 2063.
O mês de agosto passou voado e setembro chegou trazendo muitos
trabalhos e estudos para Eric e ele acabou quase esquecendo do tesouro então com
um impulso de momento resolveu ir até a praia sozinho ver se conseguia achar o tesouro.
–Naquela época não havia muita tecnologia então não deve estar muito
fundo.
Eric mergulhou e começou a procurar voltou para superfície duas vezes
para respirar, estava quase desistindo quando um objeto brilhante lhe chamou a
atenção, então desceu mais um pouco e viu que era uma caixa a pegou e voltou
para a superfície como a cais estava muito movimentado pegou a caixa e guardou
no seu celular e voltou para sua casa ao chegar em casa abriu a caixa e uma
gargantilha com um pingente circular igual ao que Henri explicou brilhou em sua
mão.
–Finalmente o encontrei se soubesse que fosse tão fácil teria procurado antes.
Quando Eric olhou para atrás viu Oni.
–O que você quer? Não vai dizer que estava me espiando o tempo todo?
–Vinte quatro horas por dia, agora precisamos ir à casa do mestre, vamos.
Os dois seguiram para casa de Henri e chegando lá Peter já estava lá.
–O que esta acontecendo?
–Eu preciso explicar algumas coisas para vocês agora que o Eric
encontrou o tesouro.
–Olha eu não preciso de explicações.
Disse Eric.
–MAS VAI TER! Henri deu um berro tão alto que até os mestres se afastaram uns dois
passos para trás deixando Eric o mais próximo possível do rosto do mestre maior.
–Esta bem, falando com jeitinho eu aceito suas explicações.
Eric se encolheu seguido por Peter.
–Assim esta melhor, enquanto vocês não aceitam o treinamento vocês
serão vigiados vinte quatro horas por dia, todo o cuidado com Lúcio é pouco, tenho
certeza que ele deve estar pensando em alguma coisa e um último aviso, nunca
falem do tesouro para ninguém nem para os seus pais só para o seu pai Peter.
–Está bem.
Eric e Peter saíram da casa de foram para casa de Peter e chegando lá
ficaram conversando enquanto Eric analisava cuidadosamente o tesouro.
212
–Que pingente estranho não acha?
–Sim é mais estranho que o livro.
Eric o colocou no pescoço e teve a mesma visão que Caio teve anos atrás
de uma grande guerra então voltou para o quarto de Peter.
–O que foi Eric eu pensei que você tinha virado zumbi de novo, ficou com
expressão vazia no rosto.
–Eu tive uma visão do futuro, haverá uma guerra.
–Quando?
–Eu não sei, mas teremos que estar preparados.
Casa de Henri Castro, 15:00.
Em seu escritório Henri estava olhando alguns arquivos na gaveta da mesa
quando viu a carta destinada a ele que Peter havia lhe entregado no mês anterior
quando acharam o livro do guardião então como não havia ninguém na casa ele
resolver ler aquela carta que estava começando deixá-lo intrigado.
Ao abrir viu as letras antigas e as regras de linguagens antigas também,
mas consegui ler.
Caro Henri Castro.
Talvez você nunca me conheça, mas saberá de mim, sou o Caio Duntis o
herdeiro do tesouro e fundador junto com o seu tetravô Robin Everlast da defesa
da herança, mas no momento ela ainda não esta fundada só será fundada daqui
dez anos e eu só conhecerei seu tetravô daqui sete anos, mas não é para isso que
lhe escrevo, lhe escrevo para avisá-lo de que uma grande guerra se aproxima e lhe
peço como um irmão de defesa que treine o Eric e o proteja se for preciso com sua
vida, Lucio estará vivo nos seus dias, pois ele possui o rubi da imortalidade, faça o
possível para que Eric destrua o rubi só isso poderá matar Lucio não é nossa
intenção, mas sabemos que poderes místicos não devem cair em mãos erradas
então proteja o Eric e lhe ensine como destruir o rubi, Lucio deve cair por mãos de minha descendência.
Espero que esteja bem desde já eu lhe agradeço, do seu irmão de causa.
Caio, Herdeiro do tesouro.
–Então existe mesmo o rubi, existindo o rubi existe a pedra e Eric corre
um perigo maior.
No momento seguinte a porta da sala se abre e Brian entra na casa.
–Tio, Tio cheguei.
–Estou aqui filho.
213
Disse Henri saindo do Escritório.
Casa do Peter, 15:30.
–Então amanhã vai ter um churrasco aqui em casa seus pais já estão
avisados e espero que você venha já que terá um motivo muito forte para sua
presença.
–Esta bem eu venho, mas não é por causa da Ashley.
–Sei, vou fingir que acredito. –Mas é verdade.
–Esta bem, quem esta discordando?
Disse Peter com ar de sarcasmo na voz.
–Amanhã e gente se vê, mas eu vou vim tarde vou aproveitar que amanhã
é sábado para dormir até mais tarde.
Eric pegou o seu carro e foi para casa.
Chegando em casa encontrou seus pais radiantes e sorrindo para ele.
–O que aconteceu? Eu juro que eu não fiz nada dessa vez.
–Que nada seu bobo, temos uma notícia ótima.
Disse Beth não cabendo em si de tanta felicidade.
–Que notícia? –Você vai ganhar uma irmãzinha.
Disse Jhonny ofegante.
–Vocês vão adotar?
–Não eu estou grávida, é um milagre, Deus ouviu minhas orações.
–Legal.
Disse Eric subindo para o seu quarto em silêncio e fazendo os seus pais
mudarem de expressão brutalmente.
–Vai falar com ele Jhonny.
Jhonny foi até o quarto do filho e o encontrou deitado na cama olhando
para o teto pensativo.
–O que foi filho? Não gostou da notícia? –Não pai, não é isso.
–Então o que é?
–É que eu só estou um pouco triste, é coisa minha.
–Tem certeza que não quer me contar nada?
–São coisas de jovem, escola, faculdade, dilema da vida entende?
–Entendo, você não sabe o que quer fazer.
–Mais ou menos.
–Olha filho se for referente ao seu dom não se preocupe a resposta certa
vai vir para você com o tempo, tudo é questão de esperar no Senhor.
–Obrigado pai.
–Quando precisar pode me procurar para conversarmos.
214
–Eu sei.
Jhonny saiu do quarto e Eric ficou durante vários minutos pensando sobre
os acontecimentos na sua vida nos últimos dois meses e ainda não conseguia
raciocinar direito seus poderes então fez acender uma pequena chama em seu dedo
indicador.
–Será que estou preparado para o que me aguarda?
Durante a jantar pediu desculpas para sua mãe e lhe explicou que estava
confuso em questão a faculdade que realmente estava lhe incomodando entre
outros aspectos no qual resolveu poupar os pais. No dia seguinte acordou e foi tomar café da manhã então sua mãe estava
preparando uma salada colorida para levar no churrasco na casa de Peter.
–Não demore muito Eric que vamos sair daqui uma hora eu combinei com
a Meg de ajudá-la com a sobremesa então precisamos chegar mais cedo.
–Esta bem só vou terminar aqui e já vou tomar banho.
Eric foi para o seu quarto e enquanto escolhia a roupa pode ver através do
espelho do guarda roupa a janela de Aslhey e a viu só de roupa de banho então
corou na hora, mas não deixou de olhá-la enquanto procurava roupa ficava olhando
então ela fechou a janela o deixando extremamente magoado.
Depois que tomou banho desceu as escadas e não demorou cinco minutos
todos estavam prontos dentro do carro de Jhonny seguindo para casa de Peter.
Casa do Peter, 10:30.
Eric chegou e já foi com Peter lá para o fundo da casa para ficarem
conversando.
–Então cadê ela?
–Ela quem?
–Sua prima.
–Eu sabia.
–O que? Eu só perguntei por que sou uma pessoa preocupada.
–Me engana que eu gosto, você é o pior come quieto que eu já conheci. No momento seguinte chega Emily e Ashley com os seus pais e os quatro
ficaram lá conversando.
Todos estavam se deliciando com o almoço então Eric resolveu usar o
banheiro, mas ao chegar no banheiro escutou a voz de Peter no cômodo ao lado
então chegou mais perto e viu que ele estava conversando com o pai dele.
–Pai por que você nunca me contou que tinha poderes iguais aos meus?
–Pelo que vi você já conheceu o Henri.
–É claro se não eu iria sofrer sozinho até hoje.
–Filho eu quis te contar muitas vezes, mas eu fiquei com medo de sua
reação.
215
–Mas você já ouviu falar em tentativa, puxa vida você foi um homem de
referencia para mim toda vida tive orgulho de você quando falava de pais eu enchia
o pulmão para falar do meu e o que você faz-me deixa sofrer sozinho com isso que
tem dentro de mim.
–Filho senta aqui eu preciso te contar uma coisa que nem sua mãe sabe.
Eric ouviu Peter sentar na cama e em seguida Bruce e então ficou ali para
ouvir o resto da conversa.
–Eu conheci a mãe do Eric, éramos como irmãos um ajudando o outro e
defendendo quando necessário e antes de eu conhecer sua mãe um homem tentou nos matar e Lara para me defender se colocou na frente e um tiro a atingiu no peito
e não sei se você sabe um lugar onde o herdeiro não pode se curar é no coração, o
tiro dado por aquele homem não a matou, mas a deixou com seqüela, a deixou com
sopro no coração então ela resolveu se mudar para Los Angeles para tentar um
tratamento foi onde ela conheceu Jhonny e os dois juntos tiveram o Eric, mas
mesmo longe mantínhamos contato por telefone e como você algumas coisas fiquei
sabendo esses dias eu não sabia que fazia tanto tempo que a Lara havia falecido,
mas graças a Deus ela nos deixou o Eric para continuar a linhagem do tesouro.
–Nossa pai que coisa.
–Mas não conte nada para ele.
–Esta bem. Eric ouviu Peter se levantar e entrou correndo no banheiro ao lado, se
trancou e ficou lá tentando raciocinar o porquê sua mãe não contou nada para seu
pai, talvez fosse pelo mesmo motivo que ele para proteger o seu pai, limpando a
lágrima que caiu do seu rosto ele voltou para o almoço como se nada tivesse
acontecido.
216
Capitulo 27
A terceira tentativa
Casa do Lucio 15:00.
–Preste atenção Geasse você vai se disfarçar de zelador e vai fazer com
que o Eric se machuque acidentalmente e como ele vai estar na frente dos colegas
não poderá se curar então ele vai para o hospital e você rapidamente se tele transporta para lá também e se disfarça de medico então quando ele estiver na sala
de curativo você aplicara esta injeção.
Disse Lucio lhe entregando uma seringa.
–O que faz isso?
Faz dar uma parada cardíaca em qualquer um.
–Cara você é um gênio.
–Eu sei.
Na segunda feira Eric como sempre acordou atrasado e acabou
esquecendo o tesouro na gaveta de seu guarda roupa então chegando na escola viu
Ashley e antes que ela pudesse ter alguma reação ele a beijou fazendo a escola
inteira ficar de boca aberta e Josh ficar se mordendo de raiva. –Bom dia.
Disse ele meio sem jeito.
–E que dia.
Disse Ashley sorrindo e os dois entraram com Emily e Peter e sem que
percebessem Geasse já estava de olho neles varrendo o corredor das salas de aula.
Durante a aula de geografia Eric teve vários acessos de tontura, mas
conseguia disfarçar, mas no intervalo não conseguiu se segurar e caiu no chão
fazendo Peter se assustar a correr para socorrê-lo.
–O que foi cara?
–Estou começando a ter flashes de memória do que aconteceu naquele dia
na casa do Lucio, mas ainda não esta muito visível na minha mente são lembranças meio embaçadas.
–Eu entendo.
No momento seguinte a inspetora de alunos chegou para ver o que era.
–O que esta acontecendo filho?
–Nada foi só tontura.
–Quer ir a enfermaria.
–Eu acho que ele precisa de um hospital.
Disse o zelador no qual Eric teve a estranha sensação de que o conhecia
de algum lugar.
–Não precisa já estou ficando bem.
Disse Eric se levantando com a ajuda de Peter.
217
–Eu vou ficar sentado aqui um pouco e tenho certeza que logo passa, eu
me conheço.
–Esta bem é você que diz.
Depois da aula como de costume Eric foi para casa almoçou e subiu para
o quarto se deitar, mas sem perceber caiu em um sono profundo e como um filme
viu quase tudo o que tinha acontecido, se lembrou até o momento que quebrou o
cartão, mas isso o ajudou a ter certeza que mais alguma aconteceu.
Quando acordou viu que seus pais ainda não haviam chegado então pegou
o telefone e ligou para Henri. –Henri é o Eric, me lembrei de quase tudo.O que? Sim, eu acho que posso
ir aí, daqui uns quinze minutos estou aí, até mais.
Eric pegou o seu carro e logo chegou na casa de Henri onde já estavam
esperando por ele.
–Entra filho.
Disse Henri abrindo a porta antes que ele tocasse a campanhia.
–Eric entrou e se lembrou de uma pergunta que tinha se esquecido no dia
que Henri lhe contou a história do tesouro.
–Henri o Oni é mestre de que?
–Ele é mestre de invisibilidade.
–Ah! Eu já desconfiava. –Então se sente, quer alguma coisa?
Disse entrando os dois em seu escritório.
–Não. Cadê todo mundo.
–Estão treinando lá embaixo.
–Por que não da para ouvir daqui?
–Porque tem abafadores acústicos.
–Entendi.
–Então, você me disse que se lembrou de algo do que tinha acorrido no
dia que Lucio tentou te matar.
–Sim.
–Então se lembrou até aonde mais ou menos. –Me lembrei até o momento que quebrei o cartão de socorro de vocês.
–E como você quebrou pelo que eu percebi Lucio não viu você o
quebrando.
–Eu quebrei junto com um vaso dele para ele não desconfiar.
–Bem pensado, do que mais se lembrou?
–De varias coisas, mas eu não entendi como o suco só fez efeito em mim.
–Ele deve ter posto alguma coisa na sua bebida sem você perceber, a cada
dia que passar você vai perceber como Lucio é esperto ele não passou todos esses
anos só esperando você nascer ele passou esses anos pensando em uma maneira de
te liquidar da maneira mais fácil possível, mas ele viu que você é esperto e que não
esta sozinho o que frustrou noventa por cento do plano dele, entende?
218
–Sim.
–Por isso que é importante o treinamento, uma grande guerra se aproxima
e você e o Peter precisam estar preparados, cadê o tesouro?
–Esta em casa.
–Esta vendo, o tesouro precisa estar com você o tempo todo, já ouviu
aquele famoso ditado, tudo que vem fácil vai fácil, Eric você precisar ter mais
responsabilidade, você não é um jovem como os outros, você é especial e precisa
ter responsabilidades.
–Eu sei, mas isso não se adquiri da noite para o dia. –Mas um motivo para o treinamento.
–Henri você sabe como minha mãe morreu?
–Sei e estive no velório dela.
–Mas como meu pai não se lembrou de você?
–Eu estava disfarçado para protegê-lo e também aconselhei o Bruce não
comparecer também por segurança, desde o dia que você nasceu estamos
protegendo a você e ao Peter, mas o Peter tem o pai dele que foi um guardião.
–Entendo.
–Você escutou a conversa do Peter com o pai dele, não foi?
–Foi, mas foi sem querer e eu também não quero que conte ao Peter.
–Tudo bem, mas não vou contar porque entendo seus motivos. –Obrigado.
No momento seguinte todos os membros da defesa aparecem na porta.
–Já terminamos o treinamento mestre, e aí Eric tudo bem?
–Tudo.
Respondeu Eric para JB.
–Henri eu vou embora meus pais já vão chegar e eu quero estar em casa,
não sei você sabe, mas eu vou ter uma irmãzinha.
–Meus parabéns.
–Obrigado, eu vou indo, tchau gente.
–Tchau.
Respondeu todos em coro então Eric saiu e foi para sua casa.
Casa do Lucio, 16:00.
–Eu não acredito que você não teve a capacidade de fazer este simples
serviço.
–O que você queria que eu fizesse que desse uma facada no garoto na
frente de todos, ele nunca esta sozinho.
–Esta bem eu vou ser o zelador na escola e você fica só como medico e vê
se agora faça as coisas direito, amanhã entraremos em ação, e lembre-se o guardião
estará com ele.
–Certo.
219
No momento seguinte o telefone toca.
-Alô? Ah é você e aí como vão às coisas aí? Esta muito frio? Já conseguiu
encontrar o que eu te pedi? Esta quase lá, esta bem não se esqueça não conte a
ninguém sobre isso, você é minha única esperança, então tchau.
–Quem era Lucio?
Aquela pessoa.
–Ah sim e aí?
–Ele esta quase encontrando o que eu procuro faz tempo é porque era para
ser ele que tinha que encontrar mesmo, bem voltando ao nosso assunto amanhã será o grande dia.
–Pode crer.
Casa do Eric, 2:00.
Eric não estava conseguindo dormir estava tendo terríveis pesadelos e
sonhos embaçados o que fez ele se levantar quase a noite toda e no dia seguinte
acordou sonolento e atrasado esquecendo o tesouro de novo e chegando na escola
tentava dormir de qualquer maneira então Peter lhe deu um energético que fez ele
permanecer um pouco acordado então durante o intervalo como estava sonolento;
Lucio disfarçado de zelador pegou o tesourão de plantas e lhe deu um corte no braço fazendo o gritar e acordar de dor e Peter viu que era ele correu de encontro a
ele.
–O que cara?
–Me desculpa eu não vi, foi sem querer.
Disse Lucio com a voz rouca.
Logo a inspetora chegou e viu o garoto ensangüentado e desmaiou ao lado
dele então chamaram a diretora que levou a inspetora para enfermaria e chamou
uma ambulância para Eric, saindo de fininho Lucio foi até a sala do zelador e ligou
para o celular de Geasse.
–O garoto esta indo para o hospital das clínicas.
–Entendido Disse Geasse e desligou o telefone em seguida.
Hospital das clinicas, 8:35.
Geasse entra discretamente na sala de uniforme hospitalar e arromba o
armário de um médico então quando esta quase pronto, uma enfermeira entra.
–Senhor Ent, é o senhor?
–Não, sou eu.
Diz Geasse sacando uma arma com silenciador e dando um tiro na cabeça
da enfermeira em seguida a arrasta e coloca dentro do armário de roupas que ele
tinha arrombado a pouco.
220
–Não se preocupe querida te poupei deste mundo cruel, bem agora tenho
uma injeção para aplicar.
Quando saiu da sala viu uma ambulância chegando com Eric e Peter nela,
Eric na maca ensangüentado e Peter o acompanhando.
–Eric, não se cure, ninguém pode saber nosso segredo.
–Eu sei, mas esta doendo.
–Agüenta firme.
–Pode deixar que eu assumo daqui.
Disse Geasse disfarçado. –Você é parente do paciente.
–Não sou amigo.
–Você pode vim comigo.
Geasse os levou para uma sala de curativos vazia e fechou a porta.
Eric todo ensangüentado gemia de dor.
–Calma já estou preparando tudo.
Geasse só mexia os instrumentos hospitalares e como Peter estava
angustiado olhando Eric não viu a atitude suspeita dele.
Então Geasse se virou com a seringa de veneno.
–Eu vou aplicar esta anestesia.
E com uma súbita lembrança Eric o reconheceu. –Não!
Empurrou a mão dele quando estava quase aplicando a substancia e se
curou.
–O que você fez cara?
–Ele estava na casa do Lucio quando eu fui atacado.
–Como assim?
Antes que Eric pudesse ter alguma reação Geasse sacou a arma deixando
os dois paralisados.
–Esta bem, a brincadeira acabou então ou sejam bonzinhos ou vou ter que
partir para algo mais extremo.
–Cara, você sabe com quem esta falando, eu posso te queimar em segundos.
–Sério, ao menos que você esteja com o tesouro seu coração esta
totalmente desprotegido.
Eric sentiu um frio na barriga.
–Peter estamos ferrados cara esqueci o tesouro em casa.
–Eu não acredito em você, como pode esquecer algo tão importante assim,
é sua vida que esta em jogo, será que não percebe.
–Agora chega, vamos sair civilizadamente e nem tentem fugir ou vidas
serão perdidas.
Geasse colocou a arma no bolso do jaleco e os três saíram da sala de
curativos.
221
–Primeiro e vou passar naquela sala para tirar este jaleco.
Disse Geasse apontando para três portas a frente.
Quando chegaram na porta sem que ninguém visse Geasse mandou Peter
abrir a porta e três entraram ainda apontando a arma para os dois Geasse tirou o
jaleco e abriu o armário onde estava a enfermeira morta deixando os dois
boquiabertos e no momento seguinte um médico entrou.
–Quem esta aí?
Perguntou o médico e Geasse virou na hora apontando a arma para ele.
–Nem pensem e me segurar meninos se eu ouvir o passo de vocês eu atiro nele e você senhor vem para esse lado e nada de mal acontecera com você.
O medico com as mãos levantadas foi em direção aos meninos.
–Eu já ia me esquecendo os três me dêem os celulares.
Eric, Peter e o médico tiraram os celulares dos bolsos e deram a Geasse.
–Não fique assim doutor meu problema é só com os dois.
Disse Geasse apontando para Eric e Peter, no momento seguinte Geasse
tirou um celular do bolso e apertou um botão fazendo sair um pedaço de corda.
–Você o garoto.
Disse Geasse apontando para Peter.
–Amarre o doutor e o coloque no armário.
Geasse abriu o armário e o medico viu a enfermeira morta com um tiro na cabeça e soltou um pequeno grito.
–Quieto doutor ou vou ter que matá-lo. Vai logo moleque eu não tenho o
dia todo.
Peter todo sem graça pediu licença para o médico e o amarrou apertando o
mínimo possível e pedindo perdão se afastou para Geasse conferir.
–Bom agora coloque ele no armário.
Disse Geasse apontando a arma para o coração de Eric, então Peter
colocou o médico e Geasse fechou o armário.
–Agora vamos que temos uma pessoa que esta ansiosa para ver os dois.
Os três saíram da sala e seguiram para a saída passando por várias pessoas
nas quais Eric fez de tudo para que elas não sofressem dano algum. Chegando do lado de fora do hospital os três foram até o estacionamento
onde tinha uma van e Geasse abriu fazendo os dois entrarem.
–Qual dos dois sabe dirigir uma van?
Nenhum do dois levantou a mão.
–Não me façam perder a paciência
Eric olhou para Peter e Peter fez sinal de negatividade então Eric levantou
a mão.
–Melhor assim.
Geasse pegou o celular e apertou um botão fazendo sair outro pedaço de
corda dele.
–Agora amarre seu amigo e rápido
222
Eric sem saída amarrou Peter com pouca força e amordaçou a boca dele.
–Agora vai para o banco de motorista e vamos dar um passeio, e nem
tente nenhuma gracinha ou seu amigo vai dessa para uma melhor ou pior.
Disse Geasse dando uma gargalhada na cara de Eric.
–Ai meu Deus eu são tão mal, agora vai.
Eric seguiu as instruções de Geasse até chegarem um barraco velho e
abandonado numa rua deserta.
–Agora desça e pegue seu amigo.
Eric desceu e desamarrou Peter e quando os dois entraram no barraco sentiram uma grande fraqueza e quase não conseguiram ficar em pé.
–Ora se não é meus jovens prediletos.
–Lucio foi você que armou tudo isso.
–Palmas para você último herdeiro, vai ser o último mesmo, pois é hoje
que você morre.
–Isso é você que pensa.
Eric avançou, mas quando chegou perto de Lucio ficou mais fraco.
–O que é isso?
Perguntou Eric caído no chão.
–É algo que me protege de você.
Disse Lucio tirando a pedra de seu bolso. –Essa é a pedra anuladora de poderes algo criado para anular todos os
poderes dos herdeiros e dos guardiões e graças a isso e me tornarei mais forte.
–Geasse amarre os dois.
Geasse amarrou os dois e os amordaçou.
–Agora me dê a seringa que eu quero ter esse privilégio pode deixar que o
guardião eu deixo para você e quando Lucio foi aplicar o veneno alguém bateu na
porta.
–Pode deixar que eu vejo Lucio.
Geasse foi até a porta e do quarto onde os garotos estavam Lucio escutou
o grito de Geasse.
–O que foi isso? Antes que Lucio pudesse ter alguma reação sentiu um soco no seu nariz o
fazendo cair no chão e viu os garotos serem soltos e desaparecerem diante dos seus
olhos.
–Eu não acredito que eles escaparam de novo.
Disse Lucio se levantando e sentando na cadeira onde antes estava Eric e
Peter.
–Assim eles não me deixam escolha, vou ter que apelar para a família e os
amigos.
Casa do Henri, 11:00.
223
Como passe de mágica Eric, Peter e Oni apareceram no escritório de
Henri onde ele já estava esperando.
–E aí estão bem?
–Estamos, mas como você sabia?
–Como eu disse estou vigiando vocês vinte quatro horas por dia.
–Obrigado Oni.
–É para isso que estamos aqui.
–Então será que isso não é mais que o suficiente para você começarem a
treinar? Eric e Peter se olharam.
–Esta bem, mas não poderá atrapalhar nossa vida e os nossos pais não
podem ficar sabendo.
–Tudo bem vocês virarão verdadeiros guerreiros mágicos.
224
Capitulo 28
O treinamento
Casa de Henri Castro, 11:10.
–Henri aconteceu uma coisa conosco lá na casa do Lucio, ele colocou uma
pedra perto de nós que nos deixou fraco.
Disse Peter fazendo Henri ficar parado por um longo período. –Há uma coisa sobre o tesouro que não contei para vocês, quando
Silverston criou os tesouros ele criou uma pedra que enfraquecia os poderes dele
caso o tesouro caísse em mãos erradas e pelo jeito Lucio a encontrou e com isso ele
ficara com vantagem contra vocês.
–E o que vamos fazer?
–Eu não sei, mas vamos encontrar um jeito, por enquanto o que
precisamos é de todo treinamento.
–Esta bem podemos começar hoje?
–Podem, mas não agora porque nesse horário era para vocês estarem na
escola.
–É mesmo cara preciso de curativo pelo menos por enquanto até dar o tempo de cura natural, só para ir à escola.
–Pode deixar, Lisa faço um curativo no Eric.
–Sim senhor.
Lisa apertou um botão em seu celular e em seguida apareceu um kit de
primeiros socorros na mesa do escritório.
Em menos de cinco minutos Eric estava com um curativo bem feito então
voltou para casa e na hora do almoço os seus pais vieram para casa, pois queriam
ver como o filho estava.
–Esta tudo bem mãe eu já disse.
–Você não se curou na frente deles não é filho?
–É claro que não pai, mas em casa eu não vou ficar com esse curativo é muito chato.
Então Eric tirou o curativo e seu braço estava intacto.
–Esta bem, mas não esqueça de colocar a faixa para ir para escola?
–Esta bem mãe.
–Agora vamos almoçar.
Depois do almoço Eric foi para o seu quarto estudar e colocou o tesouro.
–Caules é uma espécie de material organicamente destrutível... Puxa vida
já esta na hora do treinamento.
Eric pegou sua mochila e foi para casa de Henri Castro e como já havia
ido lá varias vezes já sabia o caminho de cabeça e chegado lá encontrou Peter
chegando também com a sua moto e entrando os dois foram levados por Oni até o
225
porão da casa onde ficaram abismados com o tamanho, pois tinha o tamanho de
três casas alinhadas.
–Então garotos estão prontos?
–Sim.
Respondeu os dois em coro.
–Bem esses serão o uniforme de vocês.
Disse Henri lhes entregando um relógio.
–Um relógio que esquisito.
Disse Eric olhando o relógio. –Aperte o botão direito.
Quando Eric apertou o botão sua roupa virou um conjunto de calça e
camiseta brancas bem confortáveis.
E Peter apertou o botão e ficou igual ao Eric.
–E este será o material de vocês.
–O que? Para que um livro não vamos só lutar?
–Vão, mas é preciso aprender as regras teóricas, agora deixem os livros
em cima dessa mesa e eu quero que vocês apontem para aquela parede dêem o
Maximo de seus poderes.
Disse Henri apontando para a parede oposta do porão.
–Esta bem. Disseram os dois em coro novamente.
–Água!
–Fogo!
Disseram Peter e Eric e jatos de água e fogo saíram de suas mãos em
direção a parede então depois de quase dois minutos os dois exaustos pararam.
–Vamos continuem.
–Estamos cansados.
–Já? E vocês acham que Lucio ficará cansado com essa merdinha de
poderes de vocês?
–Peter corra em volta do porão até cansar.
Peter correu com uma velocidade incrível, mas depois de sete voltas caiu no chão de cansaço.
–Já?
–Eric tente prever o meu futuro.
Eric se concentrou e fechou os olhos, mas uma terrível dor de cabeça o
atingiu.
–O que foi?
–Dor de cabeça.
–Estão vendo, e vocês ainda falam que não precisam de treinamento. A
boa notícia é que vocês não estão usando nem dez por cento dos poderes de vocês e
a má notícia é que vocês vão me dar trabalho agora subam lá para cima e me
esperem no escritório.
226
Eric e Peter subiram e quando chegaram lá Henri já estava sentado em sua
cadeira.
–Como você... Esquece.
–Sentem-se.
Disse Henri apontando para as duas cadeiras.
Os dois se sentaram praticamente exaustos.
–Como podem perceber os poderes de vocês não é o que se esperava, mas
é para isso que serve o treinamento e eu estarei aqui para ajudá-los em todas as
áreas de poderes da herança. Se você olharem no livro, verão que ele lhes explica tudo sobre as historias da magia e das lutas milenares e quanto ao cansaço e dor de
vocês tentaremos com alguma coisa mais fraca e com o passar do tempo vocês
verão como ficara mais fácil e mais forte os seus poderes, agora segurem na minha
mão.
Eric e Peter pegaram na mão de Henri e no momento seguinte estavam de
volta ao porão.
–Bem como vocês podem ver diante de você esta um copo vazio e uma
vela apagada então já perceberam o que eu quero que vocês façam?
–É para eu encher o copo e o Eric acender a vela?
Disse Peter analisando os dois objetos em cima da mesa.
–Exatamente. –Isso é muito fácil.
Disse Eric com tom sarcástico.
–Então faça.
–Esta bem.
Eric apontou o dedo para e vela, mas o fogo foi em direção ao chão.
–Que vergonha amigo.
–Então vai você aqua-men.
Peter apontou o dedo para o copo, mas o jato de água jogou o copo no
chão fazendo o mesmo se quebrar.
–Bem como virão não é tão fácil como parece então eu quero que treinem
em casa, Peter tente com um copo de plástico para não ficar quebrando os copos da sua mãe, e você Eric faça isso no quintal sempre com uma garrafa de água do lado,
pois não queremos um incêndio acidental, eu quero que vocês leiam o capitulo um
inteiro do livro e responda as questões que amanhã eu corrigirei e agora usem um
pouco a academia, pois vocês precisam malhar e depois iremos para o treinamento
de luta.
Durante varias semanas foi assim e eles tentavam e muitas vezes não
conseguiam durante o treinamento saiam bem machucados, mas se curavam graças
ao Eric e na escola ainda havia toda a pressão do baile e de que faculdade
escolheriam e quando menos se via o mês de outubro chegou e começou a ficar tão
frio que o sol só dava o efeito de luz pois o seu calor era completamente anulado
227
pelas frentes frias então depois de mais um dia de aula Eric foi para sua casa então
tocaram a campânia.
–Eu atendo senhor.
Disse Win que atendeu a porta e era o detetive Jafé.
–É para o senhor.
–Obrigado Win.
Disse Eric andando em direção a porta.
–Ah é o senhor de novo.
–Então senhor Scart eu vim lhe pedir desculpas pela minha indelicadeza, pois o caso ficou esclarecido e foi comprovado que foi realmente um milagre o
senhor ter sobrevivido então é só isso que eu vim fazer aqui.
Disse o detetive virando as costas e indo embora deixando Eric de boca
aberta.
–Que cara estranho.
Disse Eric fechando a porta e subindo para o seu quarto para estudar
lógica mecânica da professora Valentina que os alunos apelidaram de professora
vareta pelo fato de ela ser muito alta e muito magra.
Quando deu duas e meia, Eric foi para o treinamento na casa de Henri
Castro.
228
Capitulo 29
Acidente na escola
Casa de Henri Castro, 15:30.
–Bem garotos hoje vocês começaram a ter aulas mais especificas e
gostaria de lhes dar meus parabéns, pois vocês evoluíram muito desde o primeiro
dia de treinamento. –Só faz uma semana que estamos treinando.
–E evoluíram bem nessa semana. Hoje vocês treinaram agilidade com o
Tilin.
–Olá garotos.
Disse o rapaz com capa marrom escura.
–Agora vou deixá-los com você filho e lembre-se pegue leve.
–Sim senhor.
Disse Tilin ao ver Henri se tele transportar da sala de treinamento.
–Bem primeiro eu quero que você me ataque com toda força que você
tem.
–Tem certeza? Perguntou Peter estranhando o pedido de Tilin.
–É claro por vir.
–Esta bem.
Eric e Peter começaram a tacar jatos de água e fogo contra o mestre e
começou a correr pela sala e aparentemente os garotos acharam que estavam o
acertando, mas quando pararam viram que Tilin estava intacto.
–Como você fez isso?
Perguntou Eric pasmo.
–Eu simplesmente usei uma das técnicas que eu vou ensinar a vocês, a
técnica de agilidade ilusitória.
–O que? Perguntou Peter pensando ter entendido algo errado.
–A técnica de agilidade ilusitória.
–Que loucura.
Disse Eric.
–Agora eu quero que vocês apenas observem.
Eric e Peter começaram a ver o mestre correr em varias direções e subir
nas paredes e de repente todos eles sumirem.
–O que vocês estão olhando?
Disse Tilin atrás deles os fazendo levar um grande susto.
–Como você fez isso?
–É o que eu vou lhes ensinar.
229
–Agora se sentem que eu explicar algo.
–A maior força vem do seu interior então eu quero que fechem os olhos e
procurem as suas fontes de força.
Eric e Peter fecharam os olhos e em alguns minutos duas fortes luzes
brancas surgiram em volta dos dois e eles começaram e criar ilusões deles.
–Agora ainda em concentração eu quero que vocês abram os olhos.
Os dois abriram os olhos e quase não acreditaram no que viram.
–Isso é incrível.
–Não Peter é só uma força que você possuí agora se levantem. Os dois se levantaram e suas imagens também se levantaram.
–Muito bem agora podem se desconcentrar.
Aos poucos as imagens foram sumindo e o brilho de Eric e Peter foi
ficando menor ate sumir totalmente.
–Bem agora eu quero que façam o que eu vou fazer.
Tilin começou a erguer a perna esquerda e se equilibrar apenas na perna
direita, primeiro ele ergueu a perna para o lado retamente depois para frente e para
trás também retamente.
–O segredo é olhar para um ponto fixo no chão e se concentrar.
Eric e Peter o obedeceram, mas quase caíram duas vezes até que
conseguiram fazer o que Tilin fez. –Muito bem, por hoje é só, mas eu quero que continuem treinando em
casa e em breve teremos outra aula.
Eric chegou em casa juntamente com seus pais.
–Onde você estava filho?
Perguntou Jhonny guardando o carro no celular.
–Eu estava na casa de um amigo.
–Que amigo?
–Um amigo que conheci a pouco tempo.
–Que bom.
–E aí pai como foi no serviço?
–Cansativo como sempre. –E você mãe, tudo bem?
–Tudo filho.
Disse Beth entrando em casa com Eric e Jhonny.
–Já marcou o ultra-som?
Perguntou Eric.
–Sim vai ser depois de amanhã.
Eric subiu para o seu quarto e começou a treinar meditação.
Casa do Lúcio, 19:00.
230
–Eu terei que fazer isso não era a minha intenção, mas aquele garoto não
me deixou escolha.
Dizia Lucio andando de um lado para o outro enquanto Geasse assistia
televisão e tomava refrigerante colorido.
–Primeiro eu vou atacar as famílias depois a namoradas, então os garotos
vão vir me procurar, mas eu vou dar um tempo para eles pensarem que eu desisti,
mas na verdade eu nunca vou desistir.
–Esta bem Lucio agora deixa eu assistir o jogo.
–Presta atenção no que eu falo ruivoso. Geasse se mordeu de raiva
–Eu estou prestando atenção.
–Então esta de acordo?
–Sim até me dará tempo para eu atacar alguns civis.
–Ótimo se divirta nas suas férias que em breve começara um bom trabalho
de execução.
No dia seguinte Eric levantou e primeira coisa que fez foi colocar o
tesouro no pescoço então desceu para tomar café da manha.
Ao chegar à escola encontrou Ashley o encarando com um olhar
ameaçador.
–Eu quero te perguntar algo Eric Scart. –Bom dia pra você também Ashley Listen.
Disse Eric na defensiva.
–Você disse que não iria esconder nada de mim então eu quero conhecer a
defesa da herança.
Eric havia se esquecido desse detalhe.
–Esta bem, mas primeiro eu vou conversar com o mestre.
–Nada disso, você não me enrolar mais nenhum dia hoje eu vou com você
ao treinamento e Emily também ela já esta dando um prensa no Peter.
Eric olhou atrás de Ashley e viu Emily falando coisas que deixava Peter
com muito medo e ele olhou para Eric e perguntou o que era aquilo e Eric por sua
vez não soube responder por sinais discretos. –Olha para mim quando eu falo com você.
–Calma amor.
–Não me diga para ficar calma.
Disse Ashley querendo pular no pescoço de Eric então ele sentiu seus pés
saírem do chão então caiu no chão puxando o olhar de todos, Ashley ficou super
sem graça e saiu correndo para dentro da escola e Eric ficou sem entender o que
tinha acontecido.
–Será que eu tenho outro poder?
Se perguntou levantando e ignorando a todos que o olhavam abismados,
então durante a aula de inglês Ashley e Emily ficaram sem falar com Eric e Peter,
231
durante o intervalo as duas sentaram em outra mesa e Eric e Peter resolveram não
irem atrás delas.
–Peter você viu o que aconteceu comigo hoje?
–Não, o que?
–Cara eu não acredito quase a escola toda viu.
–Mas não se esqueça que eu estava levando uma enorme bronca de Emily.
Disse Peter achando sua desculpa bem justificada.
–O que aconteceu?
Perguntou Peter. –Eu levantei uns vinte centímetros no ar e depois caí no chão.
–Que loco cara então você pode voar.
–Mas o problema é que...
No momento seguinte o grupo dos populares se aproximam de Ashley e
Emily puxando a atenção de todos.
–O que você quer Josh?
Disse Ashley querendo sumir daquele local.
–Eu quero conversar com você.
–Que pena porque eu não quero.
–Espera.
Disse ele segurando o braço de Ashley, que fez Eric e Peter se levantar e irem na direção deles.
–Você não a ouviu?
Disse Eric atrás dele.
–Que decadência Ashley, trocar eu por esse esquisito.
–Você vai ver o esquisito.
Eric deu um soco na cara de Josh iniciando uma enorme confusão no
refeitório da escola então a inspetora chegou e apertou uma buzina eletrônica que
fez todos se calarem.
–O que esta acontecendo?
Todos apontaram para o garoto e as duas garotas que estavam com Josh e
para Eric, Peter, Ashley e Emily. –Os oito estão de castigo agora para sala de castigo.
Na sala de castigo todos estava em silencio até Josh tacar um papel
transparente na cabeça de Eric.
–Por sua causa idiota eu vim para aqui.
Disse Josh
–Nossa eu pensei que aqui fosse seu lugar preferido?
Disse Eric.
–O que você quis dizer com isso?
Josh ficou sem entender.
–Me desculpe eu esqueci que você é muito burro.
Disse Eric sem olhar para trás.
232
–Posso ser burro, mas não sou uma aberração.
Isso fez todos olharem para Eric.
–O que você esta dizendo cara?
–Nada só isso.
Disse Josh mostrando o ombro com uma queimadura em forma de mão.
–Cara você não fez isso.
Disse Peter torcendo para Eric confirmar que não fez, mas não obteve
resposta.
–Eu não disse, ele é uma aberração. –Não diga isso dele.
Disse Ashley se levantando então a sala toda começou a tremer.
–O que é isso Eric?
Perguntou Peter.
–Eu não sei.
–Então a escola toda começou a tremer e todos pensaram que era
terremoto então Eric viu que Ashley caiu no chão desmaiada.
–Ashley!
Disse Eric a pegando no colo.
–Me desculpe Eric.
Disse ela e ficando inconsciente e quando uma pedra foi cair em cima deles Peter jogou um jato de água tirando a pedra de cima deles então a estrutura
começou a cair.
–Peter, já sabe o que fazer.
–Sim.
Respondeu Peter.
Então a sala começou a inundar, mas a água não atingia ninguém então
eles se virão em uma enorme bolha e em seguida todos estavam do lado de fora da
escola e os bombeiros já haviam tirado os outros alunos e ninguém estava mais
dentro da escola e como um castelo de cartas ela desabou e ficaram somente
destroços.
Eric e Peter ficaram sem saber o que fazer, mas então viram Henri e todos de uma hora para outra ficaram com uma aminésia instantânea menos Eric, Peter,
Emily e Ashley que estava desacordada.
233
Capitulo 30
Proposta indecente
Escola secundaria Albert Einstein, 11:00.
–O que aconteceu garotos?
–Não sabemos direito Henri, a escola toda tremeu e cá estamos.
Disse Peter –E aí como ela está?
Pergunta Eric na ambulância para o para-médico.
–Ela vai ficar bem, foi só uma queda de pressão.
Em seguida Ashley acorda.
–Onde estou?
–Calma agora esta tudo bem.
–E agora onde os alunos vão estudar? A minha escola foi destruída.
Diz a diretora vendo a escola em ruínas.
Em seguida o prefeito chega e começa a conversar com a diretora
enquanto um homem coloca uma pequena caixa no chão que instantaneamente se
transforma em um palco onde o prefeito e a diretora sobem no palco. –Saudosos alunos como sabem a escola vai demorar alguns meses para
ficar pronta de novo então enquanto isso vocês estudaram naquela tenda
improvisada do outro lado da rua.
Disse o prefeito apontando para a tenda que apareceu instantaneamente do
outro lado da rua e logo a imprensa chegou e os pais dos alunos também
começaram a chegar para buscar seus filhos.
–Amanhã retomaremos nossa rotina.
Disse a diretora se despedindo e em seguida Jhonny e Bruce chegaram
junto com Poul e Hith que eram os pais de Ashley e Emily e antes que Eric e Peter
pudessem perceber Henri já tinha desaparecido, mas deixou um bilhete.
–Venham hoje meia hora mais cedo para o treino. E quando Eric e Peter estavam se virando, Ashley e Emily os puxaram de
volta.
–Não pensam que esquecemos.
Disse Emily.
–Queremos ir ao treino com vocês hoje
Completou Ashley.
–Esta bem na minha casa uma hora.
Todos se despediram com seus pais os olhando para ver se estavam
machucados.
Casa do Lucio, 12:00.
234
Lúcio esta sentado na cozinha analisando a pedra anuladora em cima da
mesa quando Geasse chega todo feliz com alguns pertences e com uma sacola de
compras.
–Lucio o que esta fazendo aí?
–Estou pensando em algo que acho que será necessário e você onde
estava?
–Estava atrás de vítimas e com sorte encontrei alguns velhos que estavam
sentados em uma praça deserta a adivinhe o que eu fiz? –Você os matou.
–Exatamente e joguei os corpos no rio, mas antes peguei os objetos de
valor pode me ser útil mais para frente.
–Você sabe que o que fez é um crime?
–Sei, mas você não é a pessoa mais indicada para me falar de crime aqui
não é Lucio Rizis?
–Eu sei.
–Então no que você esta pensando?
–Vamos precisar de aliados.
–Não seja por isso eu construo alguns robôs.
–Não, eu preciso de pessoas, tenho componentes mágicos comigo que dará poderes a quem tomar.
–Por que você nunca me disse?
–Porque você nunca perguntou.
–Eu quero um para mim.
–Escolha.
Disse Lucio abrindo uma pequena mala com cinco frascos coloridos, um
preto, um roxo, um vermelho, um amarelo e um marrom.
–Quais são os poderes?
–O preto é da escuridão, o roxo é de veneno, o vermelho é de morte, o
amarelo é de animais possuídos e o marrom é de tortura.
–Eu quero o vermelho. –Bem escolhido, e alem desse poder que eu lhe disse você ganhará
poderes mágicos de grande extensão.
Disse Lucio lhe entregando o frasco vermelho.
Em seguida Geasse tomou e uma fumaça vermelha começou a sair dele e
no momento seguinte ele voltou a si.
–Então?
–Deixe eu ver?
Geasse apontou para a parede e um raio vermelho saiu de sua mão
derrubando a parede no chão.
–Incrível.
–Agora eu preciso de mais quatro voluntários.
235
–Eu sei onde você pode achar os quatros perfeitos.
Disse Geasse com um sorriso maligno.
Casa de Josh, 13:30.
–Eu tenho certeza que aquele Eric tem alguma coisa haver com o acidente.
–Como você pode ter tanta certeza?
Pergunta Bianca para Josh que estava andando de um para o outro com
David e Stella os olhando. –Eu não sei explicar, mas essa marca não apareceu do nada.
Disse Josh mostrando o ombro com a queimadura em forma de mão.
Bianca ficou sem palavras.
–Eu vou embora, pois tenho que fazer compras.
Disse Stella se levantando para ir embora, mas em seguida a campanhia
toca.
Josh atende a porta e vê Lucio e Geasse na porta.
–Em que posso ajudá-los?
–Podemos entrar?
–Claro... Que não, eu nem conheço vocês.
–Temos algo que vai ajudar a você e seus amigos. –Muito obrigado, mas não quero.
–Mas não quer saber por que Eric tem tanto mistério e porque ele fez essa
queimadura no seu braço?
Josh ficou sem palavras.
–Então podemos entrar?
Josh hesitou um pouco, mas em seguida abriu caminho para os dois.
Casa do Eric.
Ashley chega com Peter e Emily então vão junto com Eric para casa de
Henri Castro. –E aí como vocês estão?
–Levando em conta o que aconteceu hoje, estamos bem.
Respondeu Emily.
–E você Ashley?
Pergunta Eric.
–Estou bem também.
Respondeu ela sem encará-lo.
–Bem hoje vocês duas vão conhecer pessoas que tem poderes parecidos
com os nossos então não se assustem.
As duas olharam Peter como se ele as tivessem ofendido.
–Retiro o que eu disse.
236
Casa de Henri Castro, 13:30.
Os quatro entraram e Henri já os estava esperando no escritório.
–Olá garotos vejo que trouxeram duas amigas deixa eu adivinhar são
Ashley e Emily.
As duas ficaram de boca aberta.
–Não se assustem os garotos falam muito de vocês, sabem eles amam
mesmo as duas. Eric e Peter coraram então desconversaram.
–Trouxemos elas para apresentar o pessoal.
–Esta bem.
Henri apertou um botão na mesa e no mesmo instante os mestres
apareceram e Henri apresentou a todos.
–Gostei de vocês, mas precisão de um toque de moda e vocês dois não são
porque são gêmeos que precisão andar iguais.
Disse Ashley para Deam e JB.
–Ótima idéia meninas que tal fazer uma transformação neles vão lá na sala
e façam o que for preciso enquanto eu converso com Eric e Peter.
Disse Henri deixando Eric e Peter de boca aberta. –Esta bem, vamos precisa de camisetas, calças, saias para as meninas,
chapinha, tintura e tudo para moda, é melhor irmos as compras.
Disse Emily e Ashley saindo com todos os mestres atrás delas sem
entenderem nada do que elas diziam.
–Sentem-se garotos.
–O que foi Henri?
Perguntou Peter.
–Eu busquei registros sobre uma suposta pedra que poderia anular os
poderes de vocês e descobri que existe uma arma que pode destruí-la.
–Que arma é essa?
–Eu não sei, mas sei sua localização. –E onde ela esta?
–Esta em Londres e é por isso que os chamei aqui quero que vocês vão
comigo em busca dela.
–Eric e Peter ficaram se olhando.
Casa do Josh, 14:00.
–Mas isso é meio surreal como vamos acreditar em vocês?
–Bem isso é você que decide, mas a prova esta no seu ombro.
–E como vamos saber que isso não é veneno?
Disse Josh apontando para a mala aberta com quatro frascos.
237
–Eu tomei um.
Disse Geasse.
–Que me deu poderes como esses.
Geasse desapareceu e apareceu atrás de Josh, Bianca, Stella e David.
–E aí o que vocês decidem?
Perguntou Lucio para os quatro.
Josh ficou parado durante cinco minutos.
–Esta bem, nos unimos a vocês, mas só porque temos contas a acertar com
Eric Scart e Peter Listen. Então os quatro tomaram os frascos ao mesmo tempo.
Josh tomou o frasco marrom, Stella tomou o frasco amarelo, David tomou
o frasco escuro e Bianca tomou o frasco roxo, e eles começaram a se unir para uma
guerra que estava prestes a começar.
238
Capitulo 31
O incêndio
Casa de Henri castro, 14:05.
–Mas por que nós? Por que não os mestres? Eles estão mais bem
capacitados.
–Mas é que essa arma é direcionada a vocês já foi difícil eu tomar essa decisão de ter que destruir a pedra não torne esse caso mais delicado.
–E os nossos pais eles vão notar nossa ausência.
–Não vão não, eu creio que no Maximo três horas estamos de volta.
–Mas nós vamos do que? A Inglaterra fica na Europa.
–Vamos de jato das forças armadas.
Eric e Peter se olharam outra vez e depois de um longo tempo se
manifestaram.
–Quando vai ser a viagem?
–Esta marcada para amanhã.
–Nós vamos, mas qualquer coisa você será responsabilizado.
–Com certeza. Disse Henri.
E em seguida Ashley e Emily entram com todos os mestres com visões
totalmente diferentes.
–Agora eles estão na moda.
As garotas estavam penteadas adequados para a época e os garotos
também estavam com roupas de jovens, Deam e JB estavam totalmente diferentes
a única coisa que estava igual neles eram os rostos e os olhos, pois Ashley tingiu o
cabelo de JB de castanho claro o que o tornou completamente diferente de Deam.
–Então quando vai começar o treino?
Perguntou Emily animada.
–Suponho que hoje não haverá treinamento somente reunião, mas se vocês quiserem ficar serão muito bem vindas.
Disse Henri sorrindo.
As garotas não gostaram muito da idéia, mas ficaram para a reunião.
–De acordo com fontes seguras à arma está perto do local onde a pedra
estava escondida.
–E onde a pedra estava escondida?
Perguntou Eric.
–No lago little ao sul de Londres.
–Precisaremos de acessórios especiais?
Perguntou Peter com ar de quem conhecia como funcionava grandes
expedições.
239
–Não, mas teremos alguns acessórios no avião caso haja algum
imprevisto.
–Lucio sabe da existência desta arma?
Perguntou Eric.
–Eu não sei, mas eu acho que não, ele é muito confiante em suas atitudes
o que o torna muito vulnerável.
–Desculpe a pergunta, mas vocês estão planejando uma viagem?
Perguntou Ashley que estava sentada ao lado de Eric.
–Sim por quê? –Porque se os garotos forem nós também vamos.
–O que?
Disse Eric como se tivesse recebido uma notícia sobre um desastre
nuclear.
–Vocês não acham que vamos deixar os dois irem a outro continente
sozinhos, acham?
–Mas no que vocês podem ajudar já que as duas não sabem nem lutar,
quanto mais ter poderes mágicos.
Ashley e Emily se olharam e depois caíram no riso fazendo Eric e Peter se
olharem sem entender nada.
–Do que vocês estão rindo? Perguntou Peter cada vez mais confuso.
–De como vocês são ingênuos, nós duas também vamos e papo encerrado.
–Você devem estar brincando.
Disse Eric.
No momento seguinte Ashley se levantou e se aproximou de Eric quase
com os narizes chocados.
–Eu estou rindo? Você esta vendo algum sorriso?
–Não.
Disse Eric com a voz quase tremula.
–Então estamos conversados.
Disse ela se afastando. –Ai que sede.
Disse Emily.
–Garotas as levem até a cozinha para um lanche que nós já vamos, garotos
podem ir também eu só preciso fechar alguns detalhes com o Eric e o Peter.
Disse Henri com a voz suave.
Todos saíram e só ficaram os três na sala então no momento seguinte
Brian entrou na sala.
–Tio o que esta fazendo?
–Estou em uma reunião importante.
–Posso ficar aqui? Eu fico quieto.
–Vai lá na cozinha, os meninos estão fazendo um lanche.
240
–Mas eu queria ficar aqui.
–Faça o que eu digo Brian.
Brian saiu da sala, mas ficou no corredor ouvindo a conversa.
–Ao saírem da escola venham direto para cá que iremos sair à uma hora
da tarde.
–Tudo bem agora vamos indo, pois eu tenho trabalho de escola para fazer.
–Até amanhã na Inglaterra.
Disse Peter.
–Por que você disse isso se vamos juntos? –Não sei, me deu vontade.
Então antes que eles saíssem da sala Brian entrou no banheiro e ficou
radiante.
–Então eles vão para a Inglaterra amanhã, eu vou também nem que eu
tenha que entrar escondido no avião, Londres aí vou eu.
Então disfarçou a felicidade, saiu do banheiro e foi para a cozinha antes
que seu tio desconfiasse.
Casa do Josh, 16:00.
–Amanhã faremos um estrago naquela escola. –Nada disso.
Disse Lucio.
–Vocês terão tempo para se divertirem, mas antes temos que cumprir
nossa missão.
–Que missão?
Perguntou Josh.
–Matar o Eric.
–Claro assim poderei voltar com a Ashley.
–E quanto a nós Josh?
Perguntou Bianca.
–Você será sempre minha preferida, mas eu tenho negócios inacabados com ela.
Disse Josh acariciando o rosto e Bianca.
–Por enquanto vocês tem que manter as aparências na hora certa
poderemos controlar o mundo.
Disse Lucio fazendo todos ficar com os olhos brilhando de fascinação.
Casa do Henri Castro.
–Vamos meninas, temos que ir.
Disse Eric.
241
–Claro, mas antes vamos passar no shopping, pois não se faz uma viagem
sem roupas adequadas.
–Nós não vamos a passeio.
–Vocês não, mas eu e Emily vamos, Londres tem umas lojas fascinantes e
não podemos deixar de visitar as lojas de artigos femininos.
Eric olhou para Henri pedindo ajuda.
–Não olhe para mim, a namorada é sua.
–Obrigado por me lembrar.
–Bem vamos que tenho muitas coisas para comprar e pouco tempo. Os quatro saíram e foram direto para o shopping.
Depois de uma tarde inteira nas compras eles estavam voltando quando
viram um prédio pegando fogo então desceram do carro para ver o que estava
acontecendo
–Meu bebe esta lá dentro façam alguma coisa.
Disse a mulher desesperada para o bombeiro.
–Eu vou entrar.
Disse Eric.
–Você esta louco? Não esta vendo que o prédio esta... Entendi.
–Me de cobertura distraia o bombeiro.
–Você não vai Eric. Disse Ashley o puxando pelo braço.
–Eu preciso, não se preocupe vai ficar tudo bem.
Peter foi na frente para abrir caminho.
–Senhor bombeiro eu sou do jornal adolescente e eu preciso fazer algumas
perguntas.
–Desculpe filho, mas estou trabalhando.
Disse o bombeiro para Peter.
–Eu sei, mas sabe como é agora com as greves dos bombeiros esta difícil
achar um bombeiro para fazer entrevista e tudo que eu faço é em nome da notícia.
–Me de licença garoto.
Enquanto isso Eric passou pela faixa de proteção e entrou no prédio sem que ninguém o visse.
–Como eu ia dizendo eu preciso...
Emily deu um toque para Peter avisando que Eric já havia entrado.
–Quer saber, jornal não é mesmo minha vocação, desisto desta profissão.
Disse Peter se afastando.
–Eu preciso que uma das duas distraia a multidão para eu poder entrar e
ajudar o Eric.
–Nada disso.
Disse Emily.
–E você quer que o Eric morra?
A pergunta fez Emily ter um profundo arrependimento.
242
–Esta bem.
Disse ela.
–Aí meu Deus minha namorada esta lá dentro façam alguma coisa eu a
amo de coração.
Disse Emily puxando a atenção de todos.
–Por favor sem ela eu não vivo.
Disse Emily se ajoelhando e fazendo um escândalo
Dentro do prédio Eric se desviava do fogo então procurava de
apartamento em apartamento e quando chegou no quarto andar ouviu uma criança chorando então entrou e viu um berço em um quarto cercado pelas chamas e
resolveu passar pelo fago, mas foi como se o fogo se misturasse com ele.
Eric pegou o bebe e o cobriu com sua camisa, então sentiu o prédio
balançar e começou a andar mais rápido e quando saiu do apartamento viu Peter.
–O que esta fazendo aqui?
–Eu vim te ajudar.
–Vamos descer o prédio vai desabar.
De repente ouviram o grito de uma mulher.
–Pegue a criança e desça eu vou subir.
Disse Eric.
–Não faça isso cara. –Calma eu tenho o poder de cura e o tesouro esta comigo.
Então Peter viu confiança no amigo.
–Boa sorte.
Peter pegou o bebe e desceu então Eric subiu mais dois andares e viu uma
mulher de vinte anos encurralada pelo fogo no corredor.
–Calma moça eu vou ajudá-la.
Então a madeira que estava entre o dois caiu abrindo um buraco entre os
dois.
–Calma moça.
Eric se afastou até a parede correu e pulou o buraco então respirou fundo
tentando acreditar no que acabará de fazer. –Moça a senhora vai ter que confiar em mim.
A moça assentiu com a cabeça, então Eric a pegou no colo se afastou outra
vez até a parede e pulou para o outro lado novamente então desceu as escadas
rapidamente e quando saiu do prédio o mesmo desabou se tornando escombros e
ruínas, mas todos estavam aplaudindo ele, pois Eric e Peter haviam salvado duas
vidas.
243
Capitulo 32
Martelo de Handar
Ao chegar em casa Eric encontrou os pais na sala o olhando seriamente.
–O que foi?
Perguntou ele.
–Será que você não sabe o que fazer a não ser virar notícia a sorte que
tudo que acontece com você é considerado milagre, caso contrario você estaria sendo caçado como aberração da natureza.
Disse Jhonny o encarando nos olhos.
–Graças a Deus que tudo que eu faço é bom aos olhos humanos porque se
fosse depender dos meus pais eu estaria ferrado.
Disse ele subindo as escadas e indo para o seu quarto.
No dia seguinte saiu sem falar com os pais e também não tomou café da
manha.
Ao chegar na escola viu que todos estavam atentos ao pronunciamento da
diretora que estava em cima de um palco planador.
–Meus queridos alunos, infelizmente a escola só ficara pronta o ano que
vem então por estes últimos dias de aula vocês estudaram nesta grande tenda improvisada, agora a escola será construído por campo de força o que vai reforçar
nossa segurança o motivo do acidente foi uma pequena falha na estrutura que vinha
se propagando ao de correr dos anos, mas graças a Deus todos saíram sem nenhum
ferimento, aos formandos infelizmente teremos que recomeçar a votação para o rei
e a rainha do baile deste ano e os candidatos são os mesmos Eric, Josh, Ashley e
Bianca, o baile ocorrerá no clube da cidade por causa da situação em que estamos.
Depois disso o sinal tocou e todos entraram na grande tenda e cada um foi
para sua respectiva classe.
Durante a aula de inglês Eric ficou pensando em como seria a tal arma que
estava escondida em Londres.
–Eric o que você acha que esta arma de que o Henri falou? Perguntou Peter.
–Eu não faço idéia, mas não deve ser uma arma com tecnologia, pois
naquela época não tinha nem eletricidade quanto mais tecnologia.
Os dois caíram no riso.
–Scart e Listen, posso saber o motivo do riso?
Perguntou o professor fazendo a sala toda olhar para eles.
–Nada não senhor.
Disse Peter.
–Então preste atenção na aula, como eu ia dizendo a literatura foi
introduzida...
244
Durante o intervalo enquanto as meninas falavam sobre compras, Eric e
Peter analisavam o livro de Peter.
–Deve ser com a ajuda do livro que vamos encontrar a arma, mas Eric
você não tem nem uma noção, tentar ver o futuro.
Eric fechou os olhos, mas logo foi interrompido por Ashley.
–O que você esta fazendo quer que os outros pensem que você é mais
estranho do que parece?
–Não.
Disse Eric sem graça. –Eu acho que dever ser alguma coisa difícil de destruir já que é para
quebrar uma pedra.
–É isso!
Disse Peter fazendo todos dar um salto de suas cadeiras na mesa.
–O que era usado para quebrar as coisas antigamente.
–Eu não sei, espadas.
Disse Eric.
–Não, espadas eram usadas para cortar.
–Pedras então.
Disse Emily.
–Também não. –Então o que você acha que era?
Perguntando Ashley.
–Um martelo, feito de ferro um dos minérios mais duros do mundo
naquela época e usado para modelar, pregar e claro para quebrar pedras.
–É mesmo cara você tem razão, mas onde será que esta escondido.
–Como Henri disse perto de onde a pedra estava escondida.
Disse Peter como se tivesse acabado de ganhar uma prova de atletismo.
No momento seguinte o sinal bateu e todos voltaram para a sala de aula.
Durante a aula de física, Peter estava tão concentrado que nem viu David
jogar gosma molecular nele e quando ele sentiu aquele negocio gelado cair pelas
costas dele pensou que fosse alguém do grupo dos nerds então percebeu que era David então viu um aquário em cima de um armário atrás de David então com um
olhar fixo a aquário se quebrou e fez cair à água com os peixes em cima do David
fazendo a sala inteira cair no riso inclusive Eric que sabia o que tinha acontecido.
–Mendes, para a diretoria agora.
Disse a professora.
–Mas eu...
–Sem mais esta de castigo.
David saiu e Josh olhou com um olhar de fúria para Eric e Peter.
O sinal bateu e todos foram embora enquanto Eric, Peter, Ashley e Emily
foram para a casa do Henri.
245
Casa do Lucio, 12:30.
–Os garotos de ouro viraram notícia mais uma vez estão quase sócios do
jornal, esta noite salvaram um bebe e uma jovem de um prédio em chamas e foram
recompensados com uma bela medalha de honra ao mérito cada um.
–Já chega, eu não agüento mais esse garoto vai pagar muito caro, era para
eu estar com esse tesouro, hoje os pais dele vão receber uma visitinha minha.
Disse Lucio com um olhar maligno para a televisão.
Casa do Henri Castro.
–Então estão prontos?
Perguntou Henri.
–Estamos.
Respondeu os quatro em coro.
–Então lá vamos nós
No momento seguinte o teto da garagem se abriu e o jato começou a
levantar vôo e em menos de quatro segundos já estavam a trinta mil pés de altura.
–Vocês estão com o tesouro e o livro aí? –Estamos.
Respondeu Eric com firmeza.
Em menos de uma hora estavam sobrevoando o oceano em direção a
Europa.
Durante o vôo a garotas resolveram acompanhar os garotos na busca pela
arma.
–Por que a mudança repentina?
Perguntou Eric.
–Porque ouvimos um barulho no banheiro e não queremos ficar sozinhas
ainda mais em um país distante.
Disse Emily tremula. –Barulho eu vou verificar.
Disse Henri então uma luz azul surgiu na mão dele e em posição defensiva
ele avançou devagar até o banheiro do jato e abriu a porta rapidamente e para a
surpresa de todos, quem estava ali era Brian.
–Brian o que esta fazendo aqui?
–É que eu queria visitar a Europa e eu sabia que o senhor não deixaria eu
vir por isso me escondi no avião.
–Por isso você vai ficar de castigo, uma semana sem inventos.
Disse Henri fazendo o garoto cair no desespero.
–Não tio!
–Duas semanas.
246
O garoto limpou as lágrimas se levantou e se sentou ao lado de Eric.
–Oi.
Disse Brian sorrindo.
–Oi.
Respondeu Eric.
–Você deve ser Eric o herdeiro, acertei?
–Acertou.
Respondeu Eric sorrindo.
–Eu sou Brian o sobrinho do seu mestre. No momento seguinte o avião começou a descer em uma área
praticamente deserta a não ser pela floresta, o lago, e o castelo abandonado quase
em ruínas.
O avião pousou em frente ao castelo e todos desceram.
–Os ingleses não gostam muito desse lado da história por isso o castelo é
abandonado.
Disse Henri andando em direção a entrada do castelo.
–Vocês não vem temos que encontrar pistas.
Os cinco correram para junto dele e entraram no castelo.
–Não tem problema nós entrarmos em patrimônio histórico sem
autorização do governo local. Perguntou Peter.
–Não pelos ingleses isso nem existiria mais é que a Onu não permitiu a
destruição total do castelo, pois querendo ou não ele faz parte de história.
Disse Henri olhando para todos os lados procurando alguma coisa.
–Mas por que os ingleses não gostam desse castelo.
–Porque foi aqui que morreu um dos maiores reis que o país já teve e foi
por causa da traição de seu filho.
–Nossa, esta explicado a decepção.
Disse Eric quando Henri parou.
–É aqui.
Disse Henri entrando em uma enorme sala cheia de livros. –Aqui é a biblioteca deve estar aqui o registro que procuramos sobre a
arma.
–Mas por que eles não estão na biblioteca municipal.
Perguntou Peter
–Porque aqui contém os registros do castelo e com eles esta a história da
arma que procuramos.
–E por que você não pergunta para o livro onde esta a arma?
–Porque o livro diz coisas a respeito do herdeiro e do guardião.
–Esta bem.
Depois de quase uma hora Henri pega um livro.
–Deve estar aqui.
247
Diz ele dando um sopro para tirar a poeira do livro.
Então ele levou o livro até uma mesa e começou a folheá-lo.
–Que livro esse?
Perguntou Ashley.
–O nome dele é as armas mágicas.
Disse Henri.
–Aqui esta.
Disse ele apontando para uma figura de uma pedra igual aquela que
enfraqueceu Eric e Peter então começou a ler o texto.
A pedra anuladora de poderes foi criada por Silverton antes de falecer
junto com os quatro tesouros elementares ele criou a pedra para que os seus
poderes não caíssem e mãos erradas, mas cinqüenta anos depois seu neto criou um
arma que foi denominada o martelo de Handar para destruir as pedras
anuladoras, mas devido as circunstâncias ele conseguiu destruir só uma e a outra
foi roubada por pessoas que queriam possuir os tesouros e até hoje não se tem
noticia da pedra.
–Henri existia duas pedras?
Perguntou Eric espantado. –Não, existe mais de uma pedra existe uma para cada herdeiro e guardião.
–Cada dia eu fico mais espantado com essas histórias.
–Olha aqui diz a localização do martelo.
Entre o céu e a terra se esconde. Nas mais altas das terras.
–Nossa que dica.
Diz Eric desanimado.
–Saiba interpretar, esta em um lugar alto, mas que esta ligada a terra.
–Arvore!
Responde Peter. –Mas tem centena de arvores aqui.
–Mas só uma é a mais alta de todas.
Disse Henri apontando para janela um enorme pinheiro que se destacava
das outras arvores.
–Então vamos lá.
Todos foram para a floresta e quando chegaram na arvore não havia sinal
de martelo.
–Voltamos à estaca zero.
Disse Eric e no momento seguinte seu tesouro começa a brilhar e flutuar
no seu pescoço como se tivesse vida própria e puxa Eric até ele quase bater de cara
na arvore.
248
–Meu rosto.
Disse ele se afastando da arvore e tentando puxar o tesouro de volta para
si.
–Espera aí.
Disse Henri se aproximando da arvore quando o tesouro parou de brilhar.
–Esta oca.
Diz no momento que bate no tronco e com um aperto no relógio tira um
canivete do mesmo e faz um corte em forma de circulo no tronco e para a surpresa
de todos há uma caixa dentro do tronco, então Henri tira a caixa e a abre, e um martelo prata impecável aparece diante deles.
–Eis aqui o motivo da nossa viagem.
Disse Henri pegando o martelo na mão.
249
Capitulo 33
A casa destruída
Casa do Eric, 18:15.
Jhonny e Beth chegam do serviço e enquanto Jhonny vai tomar banho
Beth vai assistir televisão.
No momento seguinte a campanhia toca e Beth vai atender, ao abrir a porta é Lucio.
–Pois não?
–Oi eu sou um amigo do Eric, ele está?
–Não por quê?
–Por causa disso.
Lucio da um soco que acerta Beth em cheio.
No momento seguinte Win aparece na sala, mas é atingida por um lazer e
fica imóvel no chão.
–O que esta acontecendo?
Jhonny aparece na escada e vê a esposa caída no chão.
–O que você fez seu verme. –Verme é você.
Diz Lucio correndo em direção dele.
–Você me paga.
–Eu não.
No momento seguinte Lucio da um soco em Jhonny, mas ele não cai e
tenta reagir, mas é atingido com uma luz vermelha e caí no chão.
Lucio começa a destruir a sala enquanto procura o tesouro.
Quando esta subindo as escadas escuta Beth gemer então volta.
–Você ainda esta viva?
–Por favor, não me mate.
Implora Beth. –Eu não sou Deus para você me fazer pedidos.
No momento seguinte Lucio joga um raio em Beth a lançando para a
cozinha então ela bate na janela da cozinha e caí desacordada no chão, Lucio por
sua vez sobe as escadas e começa as vasculhar os quartos sem encontrar nada a não
ser o livro de treinamentos de Eric, enquanto isso do lado de fora Geasse fica de
vigia e quando um vizinho aparece na rua achando um movimento suspeito,
Geasse saí do carro discretamente chega por trás do senhor magro e lhe da um tiro
a queima roupa e depois o arrasta para dentro de sua van.
–Espero que esse seja o único.
Então ele pega o celular e liga para Lucio.
–O que você esta fazendo?
250
–Estou vendo se acho alguma coisa útil.
–Você esta aí assaltando a casa?
Pergunta Geasse?
–Não estou procurando algo sobre o Eric.
–Esta bem, mas vá logo, já tive que matar um velho.
Diz Geasse e em seguida desliga o celular.
–No banheiro da casa Geasse procura por objetos que possa usar contra
Eric, mas não encontra nada.
–Então pega um baton na gaveta e escreve um bilhete para Eric no espelho do banheiro.
Herdeiro, esse é só o começo do seu pesadelo, me entregue o tesouro que
vidas serão poupadas.
Lúcio Riziz.
–Eu acho que isso é o suficiente.
Então ele pega o livro, desce as escadas e entra na van de Geasse.
–Vamos por hoje terminei.
–A van arranca e em seguida um carro entra na rua e vê a porta da casa aberta e estranha então para o carro desce e vê a casa toda destruída e resolve ligar
para a polícia.
Avião das forças armadas, 18:30.
–Meus pais já devem ter chegado esta vendo mais uma explicação vou ter que dar.
Diz Eric irritado.
–Calma Eric vai dar tudo certo e o melhor é que o martelo já esta conosco
e poderemos destruir a pedra.
O avião entra no território americano.
–Que jogo é esse? Pergunta Peter a Brian depois que o garoto todo concentrado no jogo.
–Fui eu que fiz cada fase você tem que matar as pessoas de uma maneira
aqui na fase que estou você tem matar as pessoas decapitadas e é a fase que eu
mais gosto, pois não tem como a pessoa sobreviver.
Diz Brian e dá uma risada maligna fazendo Peter ficar assustado.
–Ashley, vou ao banheiro.
Diz Emily se levantando.
–O que foi Eric?
Pergunta Ashley ao ver a expressão do namorado.
–É que me bateu uma angustia agora, não devia ter saído hoje sem falar
com os meus pais.
251
–Mas por que não falou com eles hoje?
–Porque eles ficaram bravos com o ocorrido ontem e eu briguei com eles,
você não sabe como esta sendo difícil para mim toda essa pressão.
–Calma vai estar tudo bem.
No momento seguinte o avião começa a descer e até que pousa dentro da
enorme garagem todos descem e entram na sala.
–Bem eu vou guardar o martelo em um local seguro, amanhã nós
conversamos.
Disse Henri. –Sim é melhor.
Peter e Emily se despedem de Henri, Eric e Ashley e vão embora.
–Eric se cuida.
Diz Henri.
–Claro que eu me cuido, por que esta dizendo isso?
–Porque sim, eu tenho você como um filho.
–Esta bem, mas mesmo assim obrigado pelo cuidado, você tem me
ensinado muitas coisas importantes nesses últimos dias.
–Eric tira o carro do celular e entra junto com Ashley.
–Até amanhã.
Diz Eric para Henri. –Até.
Responde Henri então os dois vão embora e Henri entra em casa.
–Espero que essa garota não seja quem eu estou pensando que é.
–Quem você acha que ela é?
Pergunta Jess descendo as escadas.
–Ninguém, é só intuição.
Casa do Eric, 18:30.
Quando Eric entra na rua de sua casa vê a movimentação dos carros de
polícia e das ambulâncias e começa e ter um pressentimento ruim. Ao chegar em sua casa vê seus pais sendo levados de maca para a
ambulância.
–O que é isso?
Diz ele desesperado, mas é barrado pelo policial.
–Calma garoto.
–O que aconteceu com eles?
Pergunta Eric já querendo chorar.
–Parece que foi um ataque tem um bilhete no banheiro esperamos que
você possa nos explicar.
Antes que o policial terminasse a frase Eric já estava entrando na sua casa
e correndo rapidamente as escadas e ao ver o recado ficou sem reação.
252
–Sabe o que isso significa?
–N-não.
Disse Eric quase não conseguindo ficar em pé então Ashley entrou no
banheiro e segurou em sua mão.
–Para onde estão levando o senhor e senhora Scart?
Pergunta Ashley ao detetive que estava examinando a cena no banheiro.
–Para o hospital das clínicas.
Ashley pede para sua mãe cuidar de tudo ali então ela leva Eric para o
hospital. –Eric, Eric, tem algum parente para quem eu possa ligar.
Pergunta Ashley já a caminho do hospital.
–Meu tio Zac.
Diz Eric sem acreditar no que estava acontecendo.
–Calma Eric vai ficar tudo bem.
Disse Ashley tentando tranqüilizar o namorado.
253
Capitulo 34
O seqüestro
Casa do Lúcio, 22:00.
Lúcio não cabe em si de tanta felicidade quando Geasse chega de um bar
com um sanduíche colorido nas mãos.
–Por que a felicidade? Pergunta Geasse.
–Você esqueceu do que fizemos hoje?
Pergunta Lucio estranhando a pergunta do seu compassa.
–Ah! Você esta assim por causa do que fazemos com os pais do herdeiro.
–É claro ruívoso.
–E o que pretende fazer agora?
Pergunta Geasse curioso.
–Se em bem conheço aquele garoto ele não vai se manifestar por causa do
mestre dele da defesa da herança, então eu vou pegar os bens mais preciosos dele e
do guardião.
–O que? –As namoradas.
No momento seguinte começa a passar o plantão de noticias na televisão.
Estamos aqui para informar que uma grande tragédia acaba de acontecer
agora pouco em nossa cidade os pais do garoto Eric Scart foram atacados e estão
em estado grave no hospital, por enquanto não há suspeitos, e a única pista que a
policia tem é um recado deixado no espelho do banheiro, um fato que intriga a
policia é também o desaparecimento de um senhor italiano que morava no bairro
que pode ser uma testemunha importante no caso que é Josep Guar, então se
alguém souber de seu paradeiro favor ligar no número zero oitocentos de policia
de Nova York, por enquanto o que podemos fazer é orar pela melhora dos pais desse garoto que parece que tem um batalhão de anjos o protegendo, torcemos que
seus pais também tenham essa proteção divina, a madrasta de Eric esta grávida de
dois meses e corre um sério risco de perder o bebe por isso pedimos que quem
possa orar, ore, pois uma reunião de médicos esta acontecendo no hospital das
clínicas neste momento.
–Parece sério o caso deles Lucio, você não acha que pegou pesado com os
dois?
Pergunta Geasse parecendo sensibilizado.
–Claro que não, você já se esqueceu que aquele garoto tem o poder de
cura? Eu sei muito bem o que eu faço e amanhã eu vou tratar de pegar as garotas
254
Ashley e Emily, já esperei de mais por esse tesouro e livro, está na hora de uma
verdadeira luta acontecer, Geasse ligue para Josh e para os outros, eles vão gostar
da idéia e vão ajudar com certeza.
Disse Lucio segurando as fotos das garotas na mão com um olhar
maligno.
–Mas você já pensou no cativeiro Lucio? Por que não sei se você sabe,
mas isso é um seqüestro.
–É claro que eu já, pensei em tudo, rapaz eu tenho mais de trezentos anos,
tenho muito mais experiência de vida que você. Disse Lucio com orgulho no olhar.
–Desculpa aí vovô.
Disse Geasse dando o troco.
–É melhor ser vovô do que ser ruívoso.
Disse Lucio se levantando e andando em direção ao seu quarto deixando
Geasse se mordendo de fúria.
Hospital das clinicas, 00:00.
Eric estava em estado de choque no sofá do hospital e estava com um
olhar vazio e fixo na parede, os pensamentos da briga que teve com seus pais não lhe saía da mente e cada vez ele se sentia mais culpado com o que tinha
acontecido, do outro da sala Ashley cuidava de toda a papelada, pois estava com os
documentos de Eric já que ele não estava em condições de cuidar de nada.
–É só isso?
Perguntou Ashley para e recepcionista gorda e negra do hospital.
–Sim senhora, é só isso por enquanto.
–Obrigada.
No momento seguinte Ashley pegou um celular e ligou para sua mãe.
–Alô, mãe como esta às coisas aí?
–Filha os políciais ainda estão investigando o local, eles querem interrogar
o Eric, querem saber se ele notou algum movimento suspeito aos arredores da casa ou no comportamento do pai ou da madrasta, eles acham que foi vingança pelo fato
do pai dele ser editor chefe de um dos maiores jornais da cidade.
–Eu acho que não mãe, olha, eu estou aqui no hospital com Eric vou tentar
levá-lo para casa, mas acho que não vou conseguir então talvez eu passe a noite
aqui com ele, e fala para os políciais que ele não esta em condições para responder
perguntas.
–Tudo bem filha, olha fala para o Eric que o tio Zac dele já esta a caminho
e talvez chegue de manhã ele vai direto para o hospital.
–Obrigado mãe tchau.
–Tchau filha, se cuida qualquer coisa é só me ligar.
255
No momento seguinte Ashley desliga o telefone e olha Eric sentado no
sofá então senta do lado dele e pega em sua mão.
–Foi culpa minha, o que aconteceu com eles, eu devia ter dado esse
tesouro logo para aquele psicopata do Lucio.
Disse Eric ainda com o olhar vazio e fixo.
–Para com isso, é claro que a culpa não foi sua o que tem que acontecer
acontece com sua presença ou não.
–Mas no meu caso é diferente, eu não sou um adolescente normal.
–Não fala isso, para mim você é tão normal quanto qualquer um aqui nesse hospital.
No momento seguinte Peter chega junto com Emily desesperados.
–Ficamos sabendo pela televisão, por que não nos ligaram?
Perguntou Peter preocupado.
–Desculpa Peter nem lembrei, foi tudo tão repentino que eu nem me
lembrei de avisar.
Disse Ashley.
–O que aconteceu realmente.
Pergunta Emily curiosa.
–Nem nós sabemos direito, quando chegamos os políciais já estavam lá
investigando então deixei minha mãe cuidando de tudo lá e vim com o Eric para cá.
Disse Ashley com ar de tristeza.
–E você como esta cara?
Pergunta Peter para Eric.
–Eu não sei cara ainda não caiu à ficha, não estou querendo acreditar.
No momento seguinte o médico chama Ashley para conversar.
–Você é a namorada no rapaz?
Pergunta o médico.
–Sim sou eu.
Ashley responde.
Enquanto Ashley conversava com o médico Eric começou a ver o canal de notícias e viu que os repórteres estavam todos na porta do hospital querendo lhe
fazer algumas perguntas.
–Fale com eles só quando quiser.
Disse Peter ao ver a expressão do amigo.
No momento seguinte Ashley chega e com todo cuidado começa a contar
que o caso de Jhonny e Beth é delicado.
–E o bebe?
Pergunta Eric.
–Esta correndo risco também, mas médicos estão fazendo tudo ao alcance
deles.
Então Eric toma a atitude que devia ter tomado em sua casa.
256
–Onde eles estão?
–Estão na sala de cirurgia, por quê?
Pergunta Ashley sem entender.
–Eu vou curar eles, não importa o que vão pensar, são as vidas dos meus
pais e do meu irmãozinho que esta em jogo.
–Mas pensa bem Eric.
–Não tem que pensar Ashley.
Disse Eric otimista.
–Eu vou fazer isso com ou sem ajuda de vocês então o que me dizem? Os três se olham por um momento.
–O que vamos fazer?
Pergunta Peter.
–Bem eu preciso que as meninas distraiam a recepcionista para que eu e o
Peter possamos passar sem sermos percebidos.
–Tudo bem.
Responde Emily.
No momento seguinte as duas vão a direção da recepcionista e começam a
conversar.
–Moça como é o seu trabalho?
Pergunta Emily. –Por que você quer saber?
Pergunta a mulher desconfiada.
–Porque é o nosso sonho ser recepcionista.
Diz Ashley.
–É por isso que queremos saber mais sobre esse trabalho fascinante.
Enquanto isso Eric e Peter passam pelo acesso restrito á visitantes e
começam a procurar a sala de cirurgia com todo cuidado de não serem vistos.
–Primeiro temos que nos disfarçar.
Diz Eric venda a sala de uniforme hospitalar.
–Vamos então.
Concorda Peter. Os dois entram na sala e cinco minutos depois saem como se fossem
médicos.
Andam mais uns cem metros e entram na ala de salas de cirurgias.
–Onde eles devem estar?
Pergunta Peter
–Eu não sei.
Responde Eric.
–Doutores.
Chama uma enfermeira atrás deles.
–Esta na hora da cirurgia.
–Ah! É claro a cirurgia.
257
Responde Eric.
–O que vamos fazer?
Pergunta Peter.
–Vamos curar amigo, curar.
Eles entram em uma sala e a cirurgia é de ferimento a bala.
–Então vamos começar.
Diz Eric disfarçando.
–O que esta fazendo?
Peter sussurra em seu ouvido. –Improvisando.
Diz Eric.
–Enfermeira o bisturi.
A enfermeira lhe dá desconfiada da atitude dele.
Então Eric pega o bisturi e finge que vai cortar então toca o pulso no local
do ferimento que some como mágica.
–Pronto.
–O que?
A enfermeira olha espantada.
–Como o senhor fez isso?
–Aprendi em um curso na China. Diz Eric para os espanto de todos na sala.
–Agora gostaria de saber onde esta sendo aquele casal do ataque.
–Eles estão sendo operados na última sala do corredor, uma operação
delicada.
–Obrigado.
Diz Eric já saindo com Peter atrás dele.
–Vamos cara.
Eric diz para Peter.
Os dois correm até que chegam na sala e entram discretamente e ouvem o
médico dizendo sobre o estado de Beth.
–Eu acho que não vamos conseguir salvar a criança. –Com licença.
Diz Eric.
–Por um acaso vocês estão usando o método de ressuscitação?
Diz Eric fazendo com que Peter o entendesse menos ainda.
–Não por quê? E o que estão fazendo aqui.
Pergunta o médico já de idade.
–Bem estou aqui a mando da família dos pacientes.
Diz Eric já empurrando o médico do lado para poder ver Beth melhor e vê
sua barriga aberta então faz um grande esforço para não desmaiar.
–Por favor, me passe o bisturi.
Diz Eric para enfermeira e Peter só olhando de longe.
258
Eric coloca o bisturi e toca mais uma vez com o pulso o ferimento de Beth
e como mágica a barriga se fecha e então ele coloca o ouvido na barriga e sente o
bebe se mexer.
–Como o senhor fez isso?
–Técnica chinesa.
Responde Eric fazendo Peter rir discretamente.
Em seguida Eric vai para a mesa do lado e toca com pulso na cabeça do
pai o curando também.
–Me desculpem, mas eu tenho que ir, pois tenho uma palestra em Londres. Eric e Peter saem da sala deixando todos pasmos.
Ao chegarem à sala de espera encontram Emily e Ashley no maior tédio
escutando a recepcionista falar sobre seu trabalho.
–Vamos meninas.
Diz os dois e os quatro saem pelos fundos do hospital.
Casa de Emily, 6:30.
Emily esta saindo de casa quando com uma pancada cai no chão e é
puxada para van de Geasse onde já esta Ashley também inconsciente.
–Agora esses garotos vão vir até nós. Diz Lucio com ar maligno na voz.
259
Capitulo 35
O armazém abandonado
Escola secundaria Albert Einstein, 7:00.
Já havia batido o secundo sinal e não tinham chegado nem Ashley nem
Emily.
–Cara já estou ficando preocupado. Disse Peter procurando entre os outros alunos a Emily ou a Ashley.
–Eu também, mas vai ver elas devem ter perdido à hora acontece.
Disse Eric não querendo mostrar preocupação.
–Com as duas no mesmo dia?
Disse Peter fazendo Eric ficar sem resposta.
–Vamos entrar o porão já vai se fechar.
Armazém abandonado, porto de Nova York.
Ashley e Emily estavam presas em duas enormes gaiolas, Ashley estava
do lado direito e Emily do lado esquerdo as gaiolas estavam sustentadas no ar por duas correntes de carga, o galpão já devia estar abandonado fazia uns dez anos,
pois havia varias teias de aranhas.
As duas se debatiam tentado escapar enquanto Lucio andava de um lado
para o outro e Geasse fazia fluir raios de suas mãos.
No momento seguinte chegam Josh, David, Bianca e Stella com os
materiais escolares em mãos.
–Espero que o motivo seja bom Lucio para nos fazer perder...
Josh não conseguiu terminar a frase ao ver as duas garotas presas nas duas
gaiolas gigantes.
–Por que você fez isso?
Perguntou David. –Porque hoje é o dia da vingança.
Disse Lúcio dando uma grande gargalhada que ecoou no grande e vazio
armazém.
No momento seguinte Lúcio fez surgir duas grandes caixas em cima da
mesa que havia pero deles.
–Para que são essas caixas?
Perguntou Stella sorrindo ao ver Emily e Ashley presas nas gaiolas.
–Espera garota eu já vou explicar.
No momento seguinte Lucio faz surgir quatro cadeiras atrás deles e faz
sinal para Josh e os outros sentarem.
260
Dentro de uma caixa Lucio pegou um cubo e dentro da outra caixa pegou
uma bola ambos que cabiam na mão que eram transparentes com uma pequena luz
no centro.
–Vejam e prestem atenção.
Disse Lucio e em seguida jogou o cubo no chão que no momento seguinte
se transformou em um robô negro que ficou procurando e cheirando todos, mas
não os atacava.
–Que nojo, tira esse bicho de perto de mim.
Disse Bianca quando o robô começou a cheirá-la fazendo todos rirem então no momento seguinte ela lançou um raio que desintegrou o robô o que fez
todos se calar.
–Continue Lucio.
Disse Stella.
–Bem agora a bola.
No momento seguinte Lucio lançou a bola e ao tocar o chão se
transformou em uma hiena robô terrível que começou a roer o osso que estava em
sua frente.
–Meu Deus pra que isso?
Perguntou David.
–Porque o Eric tem aliados e eles virão junto para resgatar as meninas e precisamos estar preparados.
No momento seguinte Josh e os outros se levantaram.
–Lúcio estamos prontos para acabar com eles.
Disse Josh olhando para Ashley.
–O Eric que vai acabar com você Josh.
Disse Ashley da gaiola.
–Vamos deixar Josh a sós um pouco aqui.
Disse Lúcio e em seguida ele, Geasse e os outros saíram e só ficaram
Josh, Ashley e Emily no armazém.
Josh se aproximou da gaiola onde Ashley estava presa e tentou acariciar
seu rosto, mas ela se afastou. –Por que você não me dá outra chance gatinha.
Disse Josh.
–Se você quisesse outra chance não teria se aliado a esse verme do Lucio.
Disse Ashley.
–Se você me aceitar eu largo tudo.
Disse Josh.
–Nunca, eu amo o Eric.
Disse Ashley.
–Esta bem, você fez sua escolha.
Disse Josh saindo do galpão e deixando as duas ali.
261
Hospital das Clinicas, 7:30.
A enfermeira entrou no quarto e viu Beth e Jhonny arrumando as coisas
com a ajuda de Zac.
–Nossa foi um verdadeiro milagre a recuperação de vocês, devem
agradecer a um médico misterioso que apareceu, mas não se sabe do registro dele,
dizem até que foi um anjo.
Jhonny e Beth se olharam já sabendo quem foi.
–Vamos? Disse Zac pegando as duas malas e saindo do quarto do hospital.
–Cadê o Eric?
Perguntou Beth.
–Ele foi para a escola, não quis perder aula hoje.
Disse Zac tirando o carro do celular.
Ao chegarem à casa a encontraram limpa e intacta.
–Eu mandei limparem para vocês.
Disse Zac.
–Obrigado cunhado e a Win onde está?
Perguntou Beth.
–Não conseguiram salva-la. Disse Zac sem graça.
No momento seguinte Beth caiu no choro.
–Por quê?
Disse ela soluçando.
–Calma amor.
Disse Jhonny tentando acalmá-la então ela subiu correndo para o quarto.
Escola Secundaria Albert Einstein, 9:30.
Estava na hora do intervalo e Eric e Peter não estavam gostando da idéia
de Emily e Ashley faltarem no mesmo dia sem justificativa então o celular de Eric tocou e ele atendeu.
–Alô?
–Como vai herdeiro?
Eric reconheceu na hora a voz de Lucio.
–O que você quer Lucio?
–Calma garoto eu se fosse você me trataria melhor já que eu estou com a
sua namorada e a de seu amigo.
Eric sentiu um gelo no estomago.
–Se você fizer alguma coisa com ela?
–Relaxa nada vai acontecer se você me der o livro e o tesouro.
Eric ficou calado por um tempo.
262
–Onde e quando?
–Até a seis da tarde no armazém abandonado do cais.
Desligou o telefone e Eric ficou pálido.
–O que foi Eric?
Perguntou Peter ao ver a expressão do amigo.
–Uma guerra esta para começar, o Lucio pegou a Ashley e a Emily.
–Então precisamos sair da escola.
Disse Peter.
–Mas como? Pergunta Eric.
–Eu sei onde.
Os dois foram até o fundo escola onde sempre tinha alguns alunos que
matava aula então os dois saíram pegaram o carro Eric e foram para casa de Henri
Castro.
Casa do Henri Castro, 9:45.
Eric e Peter chegaram à casa de Henri e já foram entrando e procurando
ao mestre sem sucesso, quando encontraram Oni na cozinha começando a preparar
o almoço. –ONI!
Gritaram Eric e Peter fazendo o rapaz levar um grande susto.
–O que foi? Ah! São vocês. Não deviam estar na escola?
Disse Oni se virando outra vez para a pia com os ingredientes para o
almoço.
–Lucio pegou a Ashley e a Emily.
Ao dizer isso Oni deixou a faca cair no chão.
–Cadê o Henri?
Perguntou Peter.
–Esta na sede das forças armadas.
–Eu sei onde é. Disse Peter.
–Esta bem então vocês vão atrás dele que eu vou avisar os outros aqui.
Disse Oni.
–Tudo certo.
Concordou Eric.
–Onde elas estão?
Perguntou Oni.
No armazém abandonado no cais.
–Esta bem vão que eu encontro vocês lá com os outros.
Eric e Peter saíram e entraram no carro e saíram e alta velocidade em
direção a sede das forças armadas.
263
Na casa Oni acionou o alarme de emergência que fez todos se reunirem na
sala de treinamento.
–O que esta acontecendo?
Perguntou JB que desceu com Lisa.
–Lucio atacou outra vez e desta vez fez reféns,
–Onde ele esta?
Perguntou Anastácia.
–Esta no cais em um armazém abandonado.
–Então vamos. Disse Tilin e todos pegaram seus planadores e saíram pelo teto da casa e
Brian vendo isso resolveu os seguir.
Sede das forças armadas.
Eric e Peter chegaram e logo foram barrados por dois guardas.
–O que desejam?
–Precisamos falar com Henri Castro.
Disse Peter.
–Me desculpem, mas não tem ninguém com esse nome aqui.
Disse o soldado em posição de sentido. –Ele esta falando com o comandante.
Disse Eric.
–Me desculpem, mas não posso deixá-los passar.
–É caso de segurança nacional.
Disse Peter.
–Garotos todo dia aparecem pessoas dizendo ter problemas de caso
nacional.
Naquele momento Peter se irritou.
–Você sabe com que esta falando? Eu sou filho de Bruce Listen.
–Desculpe senhor Listen, podem passar.
Disse o soldado todo amedontrado. –Agora nos leve ate o comandante.
No momento seguinte um pequeno carro apareceu diante deles e o soldado
os levou até a sala do comandante onde estava Henri.
Os dois desceram e entraram na sala fechando a porta.
–Henri o Lucio agiu de novo.
Henri se virou e ficou os olhando.
–Vocês não deviam estar na escola?
–Devíamos se Lucio não tivesse me ligado dizendo que esta com a minha
namorada e com a do Eric e falando para nós levarmos o tesouro até o por do sol se
quisermos vê-las vivas de novo.
264
Henri deu um pulo da cadeira onde estava disse algo para o comandante
que os garotos não conseguiram escutar.
–Como conseguiram entrar aqui?
Perguntou Henri.
–O pai do Peter é capitão aqui.
–É mesmo, já falaram com a defesa?
–Sim eles já estão a caminho.
Os três saíram da sede e entraram no carro de Henri que era quase um
carro forte e quase meia hora depois chegaram na frente do armazém quase ao mesmo tempo que o pessoal da defesa.
–E aí mestre o que fazemos?
Perguntou Oni.
–Vocês trouxeram o martelo?
–Sim esta aqui.
Disse Oni tirando a caixa de sua mochila.
–Dêem toda a cobertura para Eric e Peter.
Eric e Peter arregalaram os olhos ao ouvir aquela expressão.
–Como assim nós?
Perguntou Eric.
Antes que Henri pudesse responder Lucio saiu lá fora com Josh, Geasse, David, Bianca e Stella.
A luta estava para começar.
265
Capitulo 36
A pedra anuladora
Armazém abandonado, 12:00.
Eric e Peter tiveram um grande espanto ao ver Josh e os outros aliados a
Lucio.
–Josh por que você fez isso? Perguntou Eric.
–Qualquer coisa para acabar com você aberração.
Disse Josh.
–Então venha.
Disse Eric fazendo aparecer uma bola de fogo em sua mão.
Josh por sua vez fez aparecer um raio vermelho em sua mão.
–Calmas pessoas não são só através das lutas que podemos resolver os
problemas.
Disse Lucio abaixando a mão de Josh.
–Podemos poupar nossas forças às únicas coisas que eu quero são o livro e
o tesouro. Disse Lúcio.
–Lamento te decepcionar Lucio, mas não vamos fazer isso.
Disse Henri abaixando a mão de Eric.
–Pelo que vejo Lucio você esta em desvantagem.
Disse Henri.
–É aí que você se engana Henri Castro.
No momento seguinte Geasse aciona um botão em seu relógio fazendo
vários cubos caírem no chão e virarem robôs.
–Protejam Eric e Peter.
Disse Henri e todos da defesa de herança e todos começaram lançar luzes
brancas nos robôs. –Vão; eu e o resto tomamos conta Oni, JB, Anastácia, Lisa e Henri vão
com os garotos.
Disse Jess lançando luz branca em dois robôs.
Os setes correram em direção ao interior do armazém quando viram Brian
atrás deles.
–Brian o que esta fazendo aqui?
Perguntou Henri quando derrubou um robô que estava pulando em sua
direção.
–Eu vim lutar.
Disse Brian sacando uma arma que ele mesmo fez e lançando laser em
robô o fazendo cair no chão apagado.
266
–Esta bem, mas fique junto comigo.
Ao entrarem no galpão encontraram varias portas e corredores quando lá
de cima viram Geasse rindo deles.
–O que você esta fazendo aí? Ficou com medo?
Perguntou Eric.
–Eu com medo não tenho motivo, vocês vão morrer mesmo.
Disse Geasse.
No momento seguinte varias bolas começaram a cair e ao tocarem no chão
viravam hienas violentas então Peter começou a lançar águas nelas, mas nada acontecia enquanto isso Geasse sumia da visão deles.
–Elas são a prova de água.
Continuem eu cuido delas.
Disse Henri então Oni e JB puxaram Eric e Peter e quando viram Brian
ficou com o tio e a porta se fechou atrás deles, o lugar agora era escuro e quando
Eric foi fazer surgir fogo de sua mão não conseguiu.
–O que foi Eric?
Perguntou Peter.
–Os meus poderes não estão funcionando.
Disse Eric.
–A pedra esta por aqui. Disse Peter.
No momento seguinte Geasse tirou os plásticos das janelas fazendo o local
ficar todo claro.
–Nossa até que vocês estão resistindo, mas já virão seus amigos que
ficaram para trás?
Perguntou Geasse.
Então todos ficaram calados.
–Pelo jeito não então eu vou lhes mostrar.
No momento seguinte uma grande tela surgiu diante deles e mostrava o
lado de fora do armazém os membros da defesa sendo derrotados pelos robôs, e
depois mostrou Henri e Brian sendo vencidos pelas hienas. –Eu vou voltar.
Disse Eric, mas foi impedido por JB.
–Não faça isso Eric pode ser ilusão e mesmo que fosse verdade, Henri não
iria querer que você desistisse por causa dele.
Eric ficou pensativo então Geasse saltou lá de cima e parou diante deles.
–Quem eu vou matar primeiro?
Perguntou Geasse.
–Bem já que ninguém me respondeu vou começar pelo herdeiro.
No momento seguinte Geasse Lançou um raio vermelho, mas foi
impedido por Peter.
–O que é isso?
267
Perguntou Geasse impressionado.
–Isso é treinamento.
Disse Peter.
No momento seguinte ele deu um soco que lançou Geasse longe.
–Vai Eric que eu cuido desse.
Disse Peter.
–Mas Peter...
–Não discuta.
–Guardião você vai precisar disso. Disse Oni lhe entregando o martelo.
No momento seguinte Eric, Oni, JB, Anastácia e Lisa estavam correndo
em direção a última sala do armazém quando começaram a ouvir as vozes de
Ashley e Emily, mas então do nada surgiram Josh, Bianca, David e Stella.
–Daqui vocês não passarão.
Disse Josh.
–Tem razão garoto, todos nós não, mas um de nós sim.
Disse Oni.
–Eric você terá que seguir sozinho.
Disse Oni.
–Nós assumimos daqui. Disse Anastácia.
–Eu fico com a chinesinha.
Disse Stella.
-O que você disse?
Perguntou Anastácia com um olhar de fúria.
–Que você é uma chinesinha.
–Você vai ver a chinesinha.
Disse Anastácia lançando vários raios brancos em Stella.
–Vai Eric.
Disse JB.
–Nós te damos cobertura. Disse Lisa.
Então Eric correu a passou para um corredor e uns duzentos metros a
frente tinha uma porta e ao abri-la viu Ashley e Emily então correu em direção
delas.
–Ashley.
–Eric eu sabia que você viria.
Disse Ashley.
–Eu também.
Disse Lucio.
Eric se virou e viu o homem aparentemente novo de olhos azuis e cabelo
liso.
268
–Solte elas, agora.
Disse Eric.
–Sabe herdeiro eu achei que você não chegaria até aqui, mas você
conseguiu então meus parabéns, mas como eu sou uma pessoa justa eu vou soltar
as meninas, a chave esta em cima daquela mesa, mas primeiro vamos lutar se você
me vencer você terá a liberdade caso contrario eu terei o tesouro para mim.
Disse Lúcio.
–Esta bem.
Disse Eric. –Sua arma.
Disse Lúcio jogando uma espada para ele.
–Eu não vou usar meus poderes já que você esta sem os seus poderes.
Disse Lúcio pegando outra espada.
–Como eu vou saber se você não esta com uma espada melhor?
Perguntou o Eric desconfiado.
–Você vai ter que correr o risco herdeiro.
Enquanto isso uma sala antes Peter não estava mais conseguindo conter
Geasse enquanto no telão mostrava todos lutando e sendo derrotados.
–O que acha disso guardião?
Disse Geasse lançando um raio e acertando Peter em cheio. –Eu esperava mais de você garoto, é isso que você chama de treinamento?
Peter tentava se levantar com um dos braços sangrando e com a roupa
toda suja.
–Você se acha esperto só por que esta fazendo uma luta injusta?
Disse Peter se encostando à parede.
–O que quer dizer com isso?
Perguntou Geasse.
–Estou querendo dizer que você não passa de um medroso, pois se fosse
forte lutaria de igual para igual.
–Cala a baça!
Disse Geasse erguendo Peter no ar com raios vermelhos; e sem olhar para o telão não viu as forças armadas chegarem com vários aviões e soldados
fortemente armados.
Geasse o lançou no chão e Peter ficou desacordado e quando acordou
estava sob a mira de mais um raio de Geasse.
–Quais são suas últimas palavras guardião?
Perguntou Geasse.
Então Peter viu as imagens do telão e viu seu pai atrás de Geasse.
–Sinto muito por você.
Disse Peter.
–O que?
No momento seguinte Geasse foi atingido por um soco no rosto.
269
–Nunca mais toque no meu filho.
Disse Bruce.
–Pai!
–Filho vai fazer o que você tem que fazer que eu cuido deste daqui.
No momento seguinte Peter começou e subir as escadas com um pouco de
dificuldade por causa de seus ferimentos.
Enquanto isso uma sala depois Josh e outros estavam travando um luta
intensa com Oni, JB, Lisa e Anastácia.
–Você nunca mais vai me chamar de chinesa, garota sem cultura. Disse Anastácia lançando vários raios brancos que eram bloqueados por
Stella.
–É isso que você sabe fazer oriental?
Disse Stella.
–Você vai ver garota.
Disse Anastácia e em seguida voou na velocidade da luz e atingiu Stella
bem no rosto a fazendo cair desacordada no chão.
Na última sala Eric estava lutando com Lucio e estava levando a pior já
com vários cortes nos braços e na cintura.
Quando Eric foi fazer mais uma tentativa de atacar Lucio foi atingido com
um corte nos dois olhos os deixando cego. –Pelo jeito você não esta vendo que esta na pior não é herdeiro.
Disse Lúcio com ar sarcástico.
–Cara você fez a única coisa que não poderia fazer.
Disse Ashley da gaiola.
–O que quer dizer com isso garota?
–Você vai ver.
Quando Lucio olhou para Eric viu que ele estava amarrando um pedaço de
tecido no rosto a altura dos olhos.
–O que esta fazendo garoto; esta cego.
Eric o ignorou e o chamou para luta.
Lúcio foi para cima dele então ele desviou do golpe. –O que foi que você perdeu no chão?
Perguntou Eric
–Seu garoto petulante.
Disse Lúcio se levantando e o atacando com a espada, mas foi impedido
pela espada de Eric então com uma rasteira Lúcio o derrubou no chão e quando foi
atingi-lo com a espada uma força paralisou o golpe dele e o jogou pra longe.
–O que foi isso?
Perguntou Lúcio.
Eric se levantou e os dois começaram a lutar então Eric escutou o barulho
do rubi em seu pescoço então pegou a espada arrancou o rubi do pescoço de Lucio
e com um golpe partiu o rubi em pedaços, com isso o corpo de Lucio se
270
despedaçou no chão e Geasse, Josh e os outros viram que não tinha mais chance e
fugiram em seus planadores.
No momento seguinte Peter quebrou a pedra e Eric sentiu seus olhos e
ferimentos do corpo se fecharem então foi até as duas gaiolas e libertou Emily e
Ashley.
–Como vocês estão?
Perguntou Eric.
No instante seguinte Ashley pulou em seu pescoço e começou a chorar.
–Calma acabou. Disse Eric abraçando a namorada.
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Capitulo 37
O baile de formatura
Casa do Henri castro, 18:00.
Depois de tudo ter dado certo, Eric, Peter e os outros estavam
comemorando na casa de Henri quando o próprio Henri chamou os dois para irem
ao escritório dele. –Sentem-se garotos
Disse Henri apontando para as duas cadeiras do escritório ao fechar a
porta.
–Em primeiro lugar eu queria dar meus parabéns pelo grande feito de hoje
vocês mostraram que são realmente o herdeiro e o guardião.
Disse Henri sorrindo.
–Mas Henri aconteceu algo comigo umas duas vezes que eu não consegui
entender, na primeira vez eu levitei no ar durante alguns segundos e depois caí no
chão da escola e depois quando Lucio foi me atacar ele ficou impedido de me
atingir como se algo prendesse os movimentos dele.
Disse Eric fazendo Henri ficar por longos minutos pensativo. –Henri!
–O que foi?
–Seu silencio esta me dando medo.
Disse Eric.
–Não se preocupe, só me responda uma pergunta tinha alguém perto de
você no primeiro incidente?
Perguntou Henri.
–Não.
Mentiu Eric.
–Tem certeza?
Perguntou Henri mais uma vez. –Tenho.
Disse outra vez.
–Esta bem.
–Henri esta na hora de você conhecer meus pais e explicar a eles todos os
acontecimentos deste ano.
Disse Eric.
–Por que eu?
Perguntou Henri espantado.
–Porque você é meu mestre.
Respondeu Eric.
–Para minha mãe também.
272
Disse Peter.
–Não sei se é uma boa garotos?
Disse Henri querendo se livrar daquela situação.
Eric e Peter ficaram se olhando.
No dia seguinte Beth e Jhonny foram ao médico para o pré-natal de Beth e
quando Eric acordou não encontrou ninguém em casa, pois era sábado e não tinha
aula.
Ao levantar Eric desceu as escadas esperando ter uma farta mesa de café
da manha esperando por ele, mas ao invés disso encontrou a mesa limpa com apenas uma planilha de bilhete para ele.
Filho,
Como você já sabe perdemos a Win, eu e seu pai saímos para uma consulta e na
volta compraremos um robô novo, mas o seu café esta na gelaforno.
Beijos
Beth.
Gelaforno é uma maquina que gela e esquenta os alimentos da maneira
que você escolher. Eric abriu o gelaforno e viu algumas torradas e um copo de leite então
com um grande esforço engoliu aquela comida q não era nem um pouco do seu
gosto naquele momento.
Ao terminar o café colocou o prato e o copo na pia que automaticamente
começou a lavar a louça recém colocada lá fazendo Eric levar um enorme susto.
–Nossa, eu nem sabia que essa pia fazia isso.
Disse ele ainda se recuperando do susto.
Foi para a sala e antes que sentasse a campanhia tocou se esquecendo que
estava só se sentou e ligou a televisão então a campanhia tocou outra vez.
–Ninguém vai atender a porta?
Eric gritou então se tocou que estava sozinho, se levantou e foi atender a porta então Ashley lhe agarrou e lhe lascou um beijo molhado.
–Nossa que fogo.
Disse Eric.
–Eu estava com saudades.
Disse Ashley o soltando.
–Mas se fosse meu pai ou minha mãe que tivessem atendido?
–Eu os vi sair e sei que você esta sozinho.
Eric ficou sem resposta.
–Quer entrar?
–Não eu vim para irmos ao shopping, esqueceu que o baile é hoje?
–É mesmo, vamos então.
273
Eric fechou a casa passando um cartão na porta e tirou o seu carro do
celular, em seguida ele e Ashley saíram em direção ao shopping no centro.
Casa do Peter, 10:00.
Peter estava quase saindo com Emily quando Henri chegou com uma
camisa e calça jeans todo sem graça.
–Oi Henri, eu vou sair, mas não se preocupe meu pai esta aí, até mais.
Peter não deu nem tempo de Henri responder saiu com Emily na moto em disparada.
–Olá Henri.
Disse Bruce o vendo parado tentando andar todo desconcertado com
aquela roupa.
–Por que esta com essa roupa?
–É que os meninos disseram...
–E você dá atenção para eles?
No momento seguinte Henri aperta um botão em seu relógio e o capão
cinza escuro reaparece em suas costas.
–Assim esta melhor.
Disse Bruce então os dois entraram na casa. Logo à tarde Henri também foi à casa de Eric e tudo ficou explicado, os
sumiços e os ataques sem motivo.
–Mas esta tudo bem mesmo?
Perguntou Beth.
–Por momento esta, mas não se preocupe seu filho é forte.
Disse Henri.
–Eu sei, mas fico preocupada mesmo assim.
–Eric disse que a senhora esta grávida.
–Ah! Sim e é menina, vamos chamá-la de Erika, mas não diga nada ao
Eric, é surpresa.
Disse Beth toda radiante. –Bem a conversa esta boa, mas tenho que ir.
–Espera Henri.
Disse Eric descendo as escadas.
–Leve isso para o pessoal.
Disse Eric lhe estragando vários cartões.
–O que é isso?
São convites para o meu baile de formatura consegui para todos e eu
quero vê-los lá.
–Obrigado, estaremos.
Durante a noite todos se divertiam no baile, mas ninguém viu sinal nem de
Josh nem dos outros que andavam com ele.
274
–O que você acha que aconteceu com eles?
Perguntou Peter a Eric.
–Não sei, mas alguma coisa me diz que isso esta só começando.
–Um pouco de atenção de todos, por favor.
Disse a professora fofafat no palco do salão.
–Com cinqüenta e um por cento dos votos o rei e a rainha do baile são
Eric e Ashley.
Todos bateram palmas e Eric e Ashley subiram para receberem suas
coroas. –O que você acha mestre dela?
Perguntou Oni a Henri.
–Não sei, acho muito cedo para falar algo deixa para quando acharmos o
tesouro da terra e por enquanto vamos deixá-los em paz já que uma guerra esta por
vir.
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Capitulo 38
Pólo Norte
Pólo norte, 10:00.
Um helicóptero desce em um grande deserto de neve praticamente no
meio do nada a não ser por uma grande caverna de gelo a cerca de quinhentos
metros de distancia de onde o helicóptero pousou então em seguida desce cinco pessoas, três homens e duas mulheres.
–O que estamos fazendo aqui?
Pergunta um dos rapazes ao homem mais alto do grupo.
–Espere e logo você saberá.
Dez minutos depois um homem saí de dentro da caverna segurando uma
caixa prateada e segue na direção grupo.
Ao chegar perto do grupo se vira para o homem mais alto.
–Você deve ser Geasse?
–Sim.
–Prazer eu sou Philip Rizis.
–Eu sei, recebeu minha mensagem? –Sim por isso vim direto para cá.
Responde o jovem bem parecido com Lucio, mas um pouco mais jovem.
–Esta na hora de vingar a morte de meu pai, aquele garoto não sabe com
quem mexeu.
Eric esta para enfrentar mais um dos seguidores de Lúcio, mas agora é seu
filho que está como sucessor.
276
Poderes manifestados nesta aventura:
Caio: Fogo, agilidade, cura e visão do futuro.
Roberto: Água, força, velocidade e controle dos animais.
Bruce: Água, força, velocidade e controle dos animais.
Lara: Fogo, agilidade, cura e visão do futuro.
Eric: Fogo, agilidade, cura e visão do futuro.
Peter: Água, força, velocidade e controle dos animais.
Lucio: Imortalidade e magia.
Geasse: Controle da morte e magia.
Henri: Controle da mente, leitura da mente e magia.
Oni: Invisibilidade e magia.
JB: Velocidade e magia.
Dean: Teletransporte e magia.
Colti: Força e magia.
Tilin: Agilidade e magia.
Any: Sentidos aguçados e magia.
Anastácia: Voar e magia.
Lisa: Respirar debaixo d’água e magia.
Josh: Tortura com a mente e magia.
Bianca: Veneno e magia.
David: Controle da escuridão e magia.
Stella: Controle de animais possuídos e magia.
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