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SUMÁRIO CLASSIFICAÇÃO DE ANGLE ....................................................................... 2 ANÁLISE CEFALOMÉTRICA PADRÃO USP .................................................. 4 ANÁLISE DE TWEED ................................................................................. 26 ANÁLISE DE MODELOS ............................................................................. 31 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 39

Analise Cefalometrica Padra

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  • SUMRIO

    CLASSIFICAO DE ANGLE ....................................................................... 2

    ANLISE CEFALOMTRICA PADRO USP .................................................. 4

    ANLISE DE TWEED ................................................................................. 26

    ANLISE DE MODELOS ............................................................................. 31

    REFERNCIAS ........................................................................................... 39

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    Classificao de Angle

    Angle classificava as ms-ocluses unicamente em seu aspecto dentrio. Esta

    classificao relaciona dentes superiores com inferiores, no sentido ntero-posterior

    e estabelece a relao dos primeiros molares permanentes como chave de ocluso,

    no considerando as posies transversais.

    Sabe-se que somente o aspecto dentrio insuficiente para classificar as ms-

    ocluses, pois muitas delas se diferenciam pelas displasias esquelticas. Porm, a

    simplicidade e universalidade do sistema de Angle tem feito permanecer, desde 1899

    impondo-se a vrias outras classificaes que surgiram.

    CLASSE I (Neutrocluso)

    O primeiro molar superior oclui, com a sua cspide mesio-vestibular no sulco

    mesio-vestibular do primeiro molar inferior. a ocluso normal para os primeiros

    molares. A m-ocluso se apresenta nos outros dentes.

    Classe I com apinhamento Classe I com biprotruso dentria

    CLASSE II (Distocluso)

    O primeiro molar superior oclui com a sua cspide mesio-vestibular entre o

    primeiro molar e segundo pr-molar inferior. A classificao considera que o primeiro

    molar superior tem a posio correta, que a variao sempre do molar inferior. Por

    este motivo a Classe II recebe tambm o nome de distocluso, pois o molar inferior

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    est ocluindo em posio distal, com o superior. A Classe II ser 1. diviso quando

    apresentar sobressalincia dos incisivos superiores (overjet). Ser Classe II, 2.

    diviso, quando incisivos superiores estiverem verticalizados buscando contato com

    os incisivos inferiores. Neste caso pode-se observar presena de sobremordida incisal

    (overbite).

    Classe II, 1a. diviso. Sobressalincia Classe II, 2a. diviso. Sobremordida incisal. Incisivos

    positiva (Overjet) superiores verticalizados, buscando contato com os

    inferiores (Overbite).

    CLASSE III (Mesiocluso)

    O primeiro molar superior oclui com a sua cspide mesio-vestibular entre os

    molares inferiores. Por considerar que o primeiro molar inferior est em posio

    mesial, em relao ao superior, esta classe tambm chamada de mesiocluso.

    Classe III. Sobressalincia incisal negativa. Articulao invertida anterior (mordida cruzada)

    Subdiviso

    Os molares ocasionalmente se relacionam de um lado em Classe I, do outro

    em Classe II ou III. Neste caso a malocluso recebe o nome de Classe II subdviso

    ou Classe III subdiviso, direita ou esquerda, conforme o lado em que encontra-se a

    malocluso.

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    Anlise Cefalomtrica Padro USP

    1.Histrico

    A cefalometria radiogrfica tem seu marco inicial aps a descoberta dos raios

    X, por Wilhelm Conrad Roetgen, em 1895. Ao nascer, herdava das artes e da

    craniometria um valioso acervo de conhecimentos.

    As primeiras tentativas de se empregarem radiografias faciais com fins

    ortodnticos devem ser atribudas a Carrea (1924) que empregava arame de chumbo

    e um sal de brio para o delineamento tegumentar.

    Broadbent (1931) pregou que a anatomia deveria ser estudada fora dos

    necrotrios, ou seja, em pessoas vivas atravs das radiografias. Assim, ele idealizou

    seus prprios mtodos e aparelhos, criando seu cefalostato que possua excelente

    qualidade e preciso.

    Hofrath (1931) em seu trabalho utilizou o cefalostato de Korkhaus com

    modificaes. Ele descreveu a tcnica radiogrfica e anlises cefalomtricas

    utilizando o plano de Frankfurt.

    Brodie e colaboradores em 1938 fizeram a primeira anlise cefalomtrica,

    custa de telerradiografias de casos ortodnticos terminados, e chegaram s

    seguintes concluses:

    As modificaes sseas durante o tratamento ortodntico pareciam estar

    restrita aos alvolos.

    Havia uma correlao positiva entre sucesso de tratamento ortodntico e o

    fator de crescimento.

    Outros pesquisadores como Tweed (1946), Downs (1948), Steiner (1953),

    Ricketts (1960) ampliaram e aperfeioaram os estudos de seus antecessores, dando

    seqncia trajetria da cefalometria radiogrfica.

    2.Introduo

    A cefalometria radiogrfica a mensurao de grandezas lineares e angulares

    em radiografia da cabea. A cefalometria, juntamente com o exame clnico,

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    radiografias intra-orais e modelos, uma tcnica complementar para o diagnstico e

    de fundamental importncia para o planejamento. Ela indicada na ortodontia para:

    Avaliao do crescimento e desenvolvimento dos ossos maxilares e faciais

    Diagnosticar anomalias e alteraes encontradas nas vrias regies do

    crnio

    Observar as alteraes que esto se processando tanto pelo crescimento

    quanto pela mecnica empregada.

    Avaliar os resultados obtidos e verificar se as metas propostas foram

    atingidas

    Visar a salvaguarda do ortodontista no aspecto profissional como

    documentao legal.

    Noes da tcnica radiogrfica

    O aparelho de raios X deve render em mdia 30 mA e 90kV, para a obteno

    de uma radiografia de qualidade. O cefalostato posiciona o paciente corretamente e

    deve possuir duas olivas no plano horizontal, inseridas em hastes verticais e o

    suporte para o porta-filmes que contm a pelcula radiogrfica altamente sensvel

    envolvida em telas intensificadoras (ecrans), isso para que diminua o tempo de

    exposio do paciente aos Raios X.

    A distncia entre a fonte geradora de raios X e o plano sagital mediano do

    paciente deve ser em mdia de 1,52 metros, e o porta-filmes deve ficar o mais

    prximo possvel do paciente. Estes cuidados devem ser tomados para minimizar a

    distoro da divergncia dos raios X. O paciente deve ficar ereto com o lado

    esquerdo da face junto ao porta-filmes. O plano de Frankfurt deve estar paralelo ao

    solo, ou o paciente deve se colocar em posio natural de cabea e as olivas do

    cefalostato introduzidas nos condutos auditivos externos do paciente, com dentes em

    mxima intercuspidao e a musculatura perioral em repouso.

    Entre as tcnicas mais utilizadas a telerradiografia lateral deve ser vista com o

    perfil voltado para a direita do observador, e o traado deve ter uma rea mnima

    que deve se estender entre a linha S N e o Plano Mandibular.

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    O Cefalograma dividido em duas partes: o desenho anatmico, que

    constitudo pelo desenho dos detalhes anatmicos ao negatoscpio, e os traados de

    orientao, que constituem as linhas e planos que permitiro ao operador efetuar as

    medies lineares e angulares de interesse.

    3. Desenho Anatmico:

    Sela Turca: Uma nica linha deve exibir o contorno anterior, inferior e

    posterior da sela.

    Perfil da Glabela e Ossos Nasais: esta linha mostra a metade inferior do perfil

    da glabela e o limite anterior dos ossos do nariz.

    Fissura Pterigomaxilar: traa-se o limite anterior apfise pterigide do osso

    esfenide e o limite posterior do tuber maxilar. Esboa-se o desenho de uma gota

    invertida.

    Bordas inferiores das rbitas: Contorna-se a linha inferior das duas rbitas,

    prolongando-se o desenho em sentido anterior e posterior, enquanto forem

    observados os limites orbitrios.

    Meato acstico externo: de difcil visualizao por ser mascarada pela

    poro petrosa do osso temporal. Sendo assim, antigamente, as olivas auriculares do

    cefalostato eram de base metlica, a qual a escolha da imagem do prio seria na

    borda superior da imagem das olivas metlicas.

    Maxila: para traado da maxila devemos observar

    A faixa radiopaca horizontalizada que vai da Espinha Nasal Posterior

    Espinha Nasal Anterior.

    O limite inferior do palato duro que se mostra como uma linha radiopaca.

    Esta linha traada no seu limite inferior.

    O perfil alveolar que normalmente se inicia no ponto espinhal e desce

    numa concavidade anterior, at as proximidades do limite amelo-dentinrio

    da imagem do incisivo central superior.

    Mandbula: as imagens das corticais labial e lingual, na altura da snfise

    mentual, so traadas nos seus limites anterior e posterior. As bordas inferiores do

    corpo da mandbula so traadas em uma ou duas linhas, segundo os dois lados

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    estejam sobrepostos ou no. As linhas continuam-se para cima e para trs, sendo

    traadas da mesma forma, coincidentes com as bordas posteriores dos ramos. As

    cabeas da mandbula devem ser traadas nos seus limites externos, tanto quanto

    permita a visualizao radiogrfica.

    Dentes: as imagens mais anteriores dos incisivos superiores e inferiores so

    desenhadas. Traam-se os limites da coroa e das razes quando visveis. So

    desenhados todos os contornos dos primeiros molares permanentes, bem como os

    dos segundos molares, se estes j estiverem em ocluso. Quando as imagens

    esquerda e direita no coincidirem, so feitos os traados mdios de ambas.

    Perfil Tegumentar: inicia-se ao nvel superior da glabela e se prolonga

    inferiormente at complementar o contorno do mento.

    DESENHO ANATMICO

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    4. Pontos Cefalomtricos

    S Sela Turca: situado na regio central da sela turca.

    N Nsio: Situado na regio de unio do osso frontal com os ossos nasais.

    Po Prio: situado na regio mais superior da imagem do meato acstico

    externo (prio anatmico), ou caso a visualizao do prio no seja possvel, ser

    localizado na regio mais superior da imagem radiogrfica da oliva do cefalostato

    (prio metlico).

    S

    N

    Po

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    Or Orbitrio: situado na regio mais inferior da imagem das rbitas. Diante

    das duas imagens identifica-se o ponto mdio.

    A Subespinhal: situado na regio mais posterior da concavidade

    subespinhal. determinado por uma tangente a partir do Nsio.

    B Supramentoniano: situado na regio mais posterior da concavidade da

    snfise mandibular. determinado por uma tangente a partir do Nsio.

    P Pognio: situado na regio mais anterior do mento sseo. determinado

    por uma tangente a partir do Nsio.

    Or

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    Gn Gntio: Situado na regio mais inferior e anterior do contorno do mento

    sseo. Localizado pela bissetriz do ngulo formado pelo plano mandibular e linha

    Nsio Pognio.

    M Mentoniano: situado na regio mais inferior da snfise mentoniana.

    Go Gnio: situado na regio mais posterior e inferior da curvatura formada

    pelo corpo e ramo ascendente mandibular, sendo formado pela bissetriz do ngulo

    formado por esses dois segmentos. Quando identificadas as imagens esquerda e

    direita, deve-se marcar o ponto mdio.

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    D Ponto D: o ponto mais central da snfise mentoniana. Steiner

    determinou esse ponto para estudar o crescimento da mandbula na sua poro

    anterior.

    Pg Pognio mole: ponto mais proeminente no pognio tegumentar.

    LS Lbio Superior: ponto mais anterior do lbio superior.

    E Eminncia: ponto mais anterior da mandbula, em relao ao plano

    mandibular. Determinado atravs de uma perpendicular ao plano mandibular,

    tangenciando a mandbula na sua poro anterior.

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    Determinados os pontos cefalomtricos, ser descrito o traado dos planos e

    linhas, que daro subsdios para a mensurao das grandezas lineares e angulares. O

    termo plano utilizado sempre que for implicado trs ou mais pontos cefalomtricos

    e linha toda reta formada pela unio de dois pontos. Os limites dos traados so

    descritos juntamente com as definies.

    5. Planos e Linhas

    Plano de Frankfurt: Marcado pelos pontos Po e Or, sendo traado da margem

    direita esquerda do papel.

    Plano Oclusal: marcado pela borda incisal do incisivo inferior e o ponto mdio

    da ocluso entre os primeiros molares superior e inferior. Caso os segundos molares

    estejam em ocluso, so levados em considerao. O traado estende-se da incisal

    do incisivo inferior at o ponto de ocluso entre os molares, sendo interrompido e

    iniciado novamente aps os molares continuando at a margem esquerda do papel.

    Plano mandibular: no traado USP marcado pelos pontos Go e M. O traado

    vai da margem esquerda direita do papel. Tweed e Interlandi se valem dos

    mesmos pontos, j Steiner e Riedel utilizam os pontos Go e Gn.

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    Linha NP: inicia-se 5mm acima do plano de Frankfurt no ponto N passando

    por P at o plano mandibular.

    Linha SN: da margem direita esquerda do papel passando pelos pontos S e

    N. Segundo Riedel, esta linha representa a base anterior do crnio.

    Linha NA: inicia-se 5mm abaixo de N, passando pelo ponto A terminando

    5mm abaixo da borda incisal do incisivo superior.

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    Linha NB: Do ponto N (sem toc-lo), passando pelo ponto B at o plano

    mandibular.

    Linha AP: tangenciando os pontos A e P traar uma linha que se inicia 5mm

    acima da linha SN, chegando ao ponto A sem toc-lo.

    Eixo Y de crescimento: Utiliza-se os pontos S e Gn. O traado inicia-se 5 mm

    abaixo de S, chegando at o desenho do molar superior, sem toc-lo.

    Longo eixo do incisivo central superior: Como referncia temos o ponto mdio

    da borda incisal e o ponto mdio do pice do incisivo central superior. O traado

    estende-se da linha SN at 5mm abaixo da borda incisal.

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    Longo eixo do incisivo central inferior: tangenciando o ponto mdio da borda

    incisal ao ponto mdio do pice do incisivo central inferior, estendendo-se do plano

    de Frankfurt ao plano mandibular.

    Linha H: do ponto mais saliente do perfil do lbio superior e pognio mole.

    Inicia-se na linha SN ao plano mandibular.

    Linha M: com a rgua tangente ao ponto B e perpendicular ao plano

    mandibular, traar uma linha de B ao plano sem toc-los.

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    PONTOS, PLANOS E LINHAS

    Po Or

    M

    Go P

    N S

    A

    B P Gn Pg

    LS

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    COMO MEDIR UM NGULO

    Para medir um ngulo, como em A, coloque o transferidor como mostra a

    figura 1 e faa a leitura direta.

    Para medir um ngulo, como em B, voc pode transferir uma paralela, como

    mostra a figura 2. Os ngulos e so iguais. Coloque o transferidor, como na

    figura 1, agora sobre a paralela e leia direto o valor do ngulo. Voc precisa ainda

    traar, sobre estendendo para a esquerda as linhas do ngulo, como em C, at que

    se encontrem e depois medidas como nos primeiros dois casos. Voc pode ainda

    transferir uma paralela para leitura direta, como auxlio do esquadro e transferidor,

    como em D o transferidor desliza da posio 1 para a posio 2.

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    5.Grandezas Cefalomtricas

    O conjunto de medies nos fornece informaes corretas quanto s

    anomalias existentes e sua localizao. Somente a correta interpretao das

    grandezas cefalomtricas permitiro um diagnstico e plano de tratamento precisos.

    Desta maneira so analisados grupos de medidas os quais so:

    Relao das Bases Apicais

    Os ngulos utilizados so: FNP, NAP, SNA, SNB, ANB e SND. Estes ngulos

    definem o posicionamento da maxila e mandbula em relao base anterior do

    crnio e a relao que existe entre ambas.

    F.NP (88): ngulo pstero-inferior formado pela interseco da linha NP com

    o plano de Frankfurt. Relaciona NP, que indica a posio da mandbula (tero inferior

    da face), com a regio mdia da face. ngulos maiores que o padro indicam que a

    mandbula est protruda em relao ao tero mdio. J, ngulos menores que o

    padro indicam que a mandbula est retruda em relao ao tero mdio da face.

    NAP (0): ngulo de convexidade facial. Formado pelo cruzamento de NA e

    AP. Define o grau de convexidade da face, ou seja, se o perfil reto, cncavo, (para

    medidas negativas) ou convexo (medidas positivas).

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    SNA (82): ngulo formado pelas linha SN e NA, definindo o grau de

    protruso ou retruso maxilar. ngulos maiores que o padro indicam que a maxila

    est protruda em relao a base do crnio. J, ngulos menores que o padro

    indicam que a maxila est retruda em relao base do crnio.

    SNB (80): ngulo formado pelas linhas SN e NB, definindo o grau de

    protruso ou retruso da mandbula. ngulos maiores que o padro indicam que a

    mandbula est protruda em relao base do crnio. J, ngulos menores que o

    padro indicam que a mandbula est retruda em relao base do crnio.

    ANB (2): a diferena entre os ngulos SNA e SNB. Define a relao

    anteroposterior entre os limites anteriores da maxila e da mandbula.

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    SND (76): ngulo formado pelas linhas SN e ND. Possui a mesma finalidade

    do SNB. Steiner adotou este ngulo porque entendeu ser ele menos suscetvel a

    aes mecnicas, sendo somente alterado devido ao crescimento.

    Padro do esqueleto ceflico

    Os ngulos que definem este grupo so: NS.Gn, NS.GoM, NS.Plo e GoGn.Plo.

    Determinam o tipo facial e a tendncia de crescimento. Se os ngulos estiverem

    diminudos em relao aos padres de normalidade, h uma tendncia de

    crescimento horizontal (padro braquifacial). J se os ngulos estiverem aumentados

    teremos uma predominncia de crescimento vertical onde o padro ser dlicofacial,

    e os planos so divergentes. Quando os ngulos estiverem prximos ao padro de

    normalidade, teremos planos mais paralelos sendo o padro mesofacial.

    NS.Gn (67): ngulo formado entre as linhas SN e SGn, definindo a resultante

    vetorial de crescimento da mandbula, relacionada com linha SN. Indica qual a

    tendncia de crescimento, se h predominncia de crescimento horizontal (para

    medidas menores que o padro), vertical (medidas maiores que o padro) ou

    harmoniosa.

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    NS.Plo (14): ngulo entre o plano oclusal e a linha SN. Define a inclinao do

    plano oclusal em relao base craniana.

    NS.GoM (32): ngulo entre a linha SN e o plano mandibular, definindo a

    inclinao da borda inferior do ngulo da mandbula com a base do crnio

    (divergismo dos planos horizontais).

    GoM.Plo (18): ngulo entre o plano oclusal e o plano mandibular.

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    Relao entre arcos dentais e bases apicais

    Os ngulos que determinam essa relao so: 1.1, 1.NS. 1.NA,1-NA, 1.NB, 1-

    NB, 1-NP, Linha I. As medidas angulares indicam inclinao dos dentes, para

    vestibular ou lingual e as medidas lineares indicam se os dentes esto protrudos,

    quando os dentes encontram-se frente ou com valor aumentado, e retrudos

    quando estiver com seu valor diminudo.

    1.1 (131): ngulo entre os longos eixos dos incisivos centrais superior e

    inferior, mostrando a inclinao dos incisivos superior e inferior entre si.

    1.NS (103): Inclinao do incisivo superior com a linha SN. Indica se o

    incisivo encontra-se vestibularizado (valores maiores) ou verticalizado (valores

    menores) em relao base do crnio.

    1.NA (22): inclinao do incisivo superior com a linha NA, mostrando a

    inclinao do incisivo para vestibular (maior que 22) ou para palatina (menor que

    22).

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    1-NA (4mm): distncia do ponto mais saliente da coroa do incisivo central

    superior com a linha NA, mostrando a protruso do incisivo (maior que 4mm) ou a

    retruso do mesmo (menor que 4mm) em relao a sua base apical.

    1.NB (25): define a inclinao do incisivo inferior com a linha NB,

    determinando a inclinao do incisivo para vestibular (maior que 25) ou para lingual

    (menor que 25).

    1-NB (4mm): distncia do ponto mais saliente da coroa do incisivo central

    inferior com a linha NB, indicando a protruso (maior que 4mm) ou retruso (menor

    que 4 mm) do elemento dentrio em relao a sua base apical.

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    1-NP (0mm): distncia do extremo da borda incisal do incisivo central inferior,

    linha NP. Caso o incisivo esteja localizado posteriormente, ter valor negativo.

    1-Or (5mm): distncia do longo eixo do incisivo central superior at o ponto

    orbital. Indica o posicionamento correto do incisivo central superior, de acordo com

    Interlandi.

    Relao entre perfil sseo e perfil mole

    As grandezas indicadoras so: H.NB, H-nariz, P-NB, Emin. Ment. Estas

    medidas avaliam o perfil tegumentar.

    Um ngulo H.NB aumentado mostra um perfil convexo e diminudo um perfil

    cncavo, respeitando as caractersticas individuais e raciais de cada indivduo.

    H.NB (9-12): ngulo entre a linha H com NB, calculada atravs da diferena

    de H.SN e SNB. Define a relao esttica entre o perfil labial e o nariz. Um perfil

    harmnico deve possuir a linha H cruzando a parte mdia do S invertido formado

    pela base do nariz e o lbio superior, sendo que o limite mais anterior do lbio

    inferior no deve encostar na linha H.

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    H-Nariz(9-11mm): Distncia entra a ponta do nariz e a linha H, sendo que a

    linha frente do nariz assumir um valor negativo. Se a medida H-nariz estiver

    diminuda indica existncia de convexidade facial, se estiver aumentada indica

    concavidade.

    P-NB (4mm): distncia entre a linha NB ao ponto P. Holdaway determinou que

    para que haja harmonia entre os ossos basais e dente essa medida deve ser a

    mesma que 1-NB.

    Emin. Ment. (6-8mm): maior distncia entre a linha M e o ponto E.

    Determina o desenvolvimento do mento.

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    Anlise de Tweed

    Tweed inicia um de seus artigos (1962) transcrevendo um dos pargrafos que

    considerava mais expressivo para a Ortodontia:

    o estudo da ortodontia est ligado indissoluvelmente com o da arte no que

    diz respeito face humana. A boca um importante fator na anlise de beleza e do

    carter faciais, e sua aparncia depende grandemente das relaes oclusais dos

    dentes. Nosso trabalho de ortodontistas traz-nos grande responsabilidades e nada

    deve interessar mais o estudante do que a arte em geral, especialmente quando se

    considera a face humana, pois todos seus esforos so despendidos, quer saiba ou

    no, em favor da beleza ou da feiura, da harmonia ou desarmonia, para a perfeio

    ou deformidade da face. Da, constituir-se isto em motivo de estudo por toda vida.

    Tweed descobriu que os resultados obtidos na maioria dos pacientes tratados

    seguindo o postulado da escola de Angle, os quais exigiam a presena total dos

    dentes para a normalizao da ocluso, deixavam muito a desejar quanto aos quatro

    objetivos ortodnticos que o autor pretendia obedecer:

    1. O melhor em balanceio e harmonia facial;

    2. Estabilidade dos resultados aps o tratamento;

    3. Tecidos bucais sadios;

    4. Um mecanismo de mastigao eficiente;

    Para explicar tal insucesso Tweed obteve modelos articulados, fotografias e

    radiografias que abrangeram 80% de todos os casos tratados. A documentao

    obtida permitiu que fossem divididos os pacientes em dois grupos:

    1. os que apresentavam balanceio e harmonia nas propores faciais;

    2. os que no exibiam estas qualidades;

    Uma caracterstica dos pacientes do primeiro grupo, e que faltava no segundo,

    era a verticalizao dos incisivos mandibulares sobre o osso basal. Foi observado

    ainda que, medida que os arcos dentrios se deslocavam para frente, aumentando

    assim a protruso, tornava-se mais pobre a harmonia facial.

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    Tringulo de Tweed

    FMA (25): ngulos entre os planos de Frankfurt e mandibular.

    FMIA (68): ngulo nfero-posterior entre o plano de Frankfurt e o longo eixo

    do incisivo central inferior.

    IMPA (87): ngulo spero-posterior entre o plano mandibular e o longo eixo

    do incisivo central inferior.

    Uma orientao bsica endereada ao clnico que se inicia na anlise dos

    cefalogramas a adoo do estudo sistematizado dos valores numricos e o

    desenvolvimento da capacidade de identificar os diversos desvios presentes,

    libertando-se, aos poucos, de nmeros e frmulas medida que se sentir apto para

    a sintetizao dos diversos componentes cefalomtricos.

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    28

    Discrepncia Cefalomtrica (DC)

    A discrepncia cefalomtrica indica qual movimentao do incisivo inferior

    necessria, para que esse se posicione corretamente em sua base ssea. Ela poder

    ser corrigida total ou parcialmete, ou, em alguns casos, at mesmo poder no ser

    corrigida, levando-se em considerao outros aspectos como, por exemplo, a

    morfologia do processo alveolar da snfise mandibular e a malocluso do paciente.

    Clinicamente, quando os incisivos inferiores estiverem excessivamente

    inclinados para vestibular e a meta do tratamento for verticaliz-los, a DC ser

    negativa. Quando os incisivos inferiores estiverem inclinados para lingual e a meta

    for vestibulariz-los a DC ser positiva.

    O clculo da DC no mtodo de Tweed, basea-se nos ngulos do tringulo de

    diagnstico facial, ou seja FMA, FMIA e IMPA, e pode ser realizado por meio da

    frmula:

    DC= FMIA(pac) FMIA (ideal)

    Pelo valor do FMA do paciente, segue-se a regra:

    Se o FMA for menor ou igual a 20 graus a meta ser o valor do IMPA no

    maior que 92 graus;

    DC = IMPA (ideal) IMPA (pac)

    Se FMA estiver entre 20 e 30 graus a meta ser o valor de FMIA igual a 68

    graus;

    Se o FMA for maior ou igual a 30 graus a meta ser o valor de FMIA igual a 65

    graus.

    DC= FMIA(pac) FMIA (ideal)

    DC= FMIA(pac) FMIA

    (ideal)

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    Para que obtenhamos a discrepncia cefalomtrica em milmetros, o que

    indica quantos milmetros os incisivos devero ser movidos para vestibular ou para

    lingual a fim de ser atingida a meta cefalomtrica, devemos dividir a DC (em graus)

    por 2,5. Isto porque cada 2,5 graus de projeo ou retrao, representam 1 mm de

    movimento na borda incisal.

    Como a diminuio ou o aumento de espao resultante da movimentao

    incisal ocorre em ambos os lados do arco inferior, o valor ser multiplicado por 2.

    Teremos deste modo a expresso:

    DC (em mm) = DC (em graus) X 2

    2,5

    O que pode ser simplificado para:

    DC (em mm) = DC (em graus) X 0,8

    A discrepncia cefalomtrica (DC) somada discrepncia de modelo (DM) a fim de

    se obter o total dficit ou excesso de espao no arco inferior do paciente. A soma

    denominada discrepncia total (DT).

    DT = DM + DC

    A discrepncia total orienta o planejamento clnico do caso ortodntico.

    Segundo Tweed, nos pacientes cuja discrepncia total apresenta valor positivo ou

    nulo, o tratamento dever ser realizado sem extraes dentais.

    J a presena de uma DT negativa, indica que o ortodontista dever proceder

    cuidadoso estudo do caso. De modo geral, o diagnstico conservador na presena

    de discrepncias totais de pequena magnitude e um bom resultado pode ser obtido

    atravs da recuperao de espao ou de desgastes interproximais.

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    30

    POSITIVA

    NULA SEM EXTRAO

    Pequena - Recuperao de espao

    DT - Desgastes interterproximais

    NEGATIVA

    Grande COM EXTRAO

    (Superiores a 10 mm)

    Quando a DT eleva-se a patamares em que os desgastes ou as distalizaes

    no so suficientes para a obteno do espao, frequentemente recorre-se s

    extraes dentais. A opo pela extrao ou no de pr-molares se dar em funo

    de inmeros fatores como padro facial, tipo e quantidade restante de crescimento,

    condio oclusal, aspecto do perfil mole, etc. Contudo, no mais das vezes, pacientes

    com valores de discrepncia total superiores a 10 mm so srios candidatos s

    extraes.

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    31

    Anlise de modelos

    1- Anlise da discrepncia de modelo em dentio permanente

    Anlise da discrepncia de modelo na dentio permanente realizada s no

    arco inferior por razes mecnicas e funcionais ligadas prpria arquitetura ssea.

    Para a execuo da anlise da discrepncia de modelo, necessitamos dos

    seguintes materiais:

    - modelo de gesso inferior

    - ficha carto

    - compasso de ponta seca

    - lpis

    - borracha

    - rgua milimetrada

    Para clculo da discrepncia de modelo (DM), ser necessrio inicialmente

    medir o espao presente (EP) e o espao requerido (ER).

    Espao Presente (EP) - corresponde ao tamanho do osso basal, compreendido

    entre a mesial do primeiro molar permanente ao seu homlogo do lado oposto. Para

    se efetuar essa medida usamos o compasso de ponta seca que nos dar um mnimo

    de erro. Inicia-se colocando uma ponta no primeiro molar permanente e abrindo o

    compasso at alcanar a papila entre o canino e o primeiro pr-molar. Em seguida

    transfere-se esta medida para uma ficha carto. Vai se procedendo da mesma

    maneira em pequenos segmentos, at a mesial do primeiro molar permanente do

    lado oposto. Cada medida transferida e registrada na ficha de carto. Com o auxlio

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    32

    de uma rgua mede-se em milmetros o valor do permetro do arco ou espao

    presente. Em caso de diastemas os espaamentos sero medidos individualmente.

    Outra maneira de se medir o espao presente (EP) atravs de um fio de

    lato que deve contornar o arco, de mesial do primeiro molar permanente de um

    lado a mesial do primeiro molar permanente do lado oposto, passando sobre o maior

    nmero possvel de pontos de contato. Em seguida retifica-se o fio sobre uma rgua

    milimetrada e mede-se o valor, em milmetros, do espao presente total (EP).

    Espao Requerido (ER) - a somatria do dimetro msio-distal dos dentes

    permanentes localizados de mesial do primeiro molar permanentede um lado

    mesial do primeiro molar permanenete do lado oposto.

    Com o auxlio do compasso de ponta seca vamos medir o dimetro msio-

    distal de cada dente individualmente e transferi-lo para a ficha carto. Com a rgua

    milimetrada somamos todos eles e teremos o valor do espao requerido total (ER).

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    33

    Calcula-se em seguida a discrepncia de modelo (DM), que obtida atravs

    da diferena entre o espao presente (EP) e o requerido (ER) e pode ser positiva,

    negativa ou nula.

    Discrepncia positiva quando o espao presente maior que o espao

    requerido. Existe a presena de diastemas no arco dental sobrando, portanto, espao

    para o alinhamento dos dentes.

    Discrepncia negativa quando o espao presente menor que o espao

    requerido. No existe, portanto, espao suficiente para o perfeito alinhamento dos

    dentes.

    2- Anlise da dentadura mista

    A dentadura mista caracteriza-se pela presena no arco de dentes decduos e

    permanentes em diferentes estgios de desenvolvimento.

    Para fins de anlise, devero estar presentes no arco os quatro primeiros

    molares permanentes e os incisivos superiores e inferiores permanentes.

    Atravs de estudos do crescimento dos ossos maxilares, sabe-se que os

    permetros dos arcos altera-se pouco de mesial do primeiro molar permanente

    mesial do primeiro molar permanente do lado oposto partir da idade de oito anos

    aproximadamente. Este fato permite-nos efetuar, a partir deste perodo, anlises que

    nos daro as possibilidades de espao para a erupo dos demais dentes

    permanentes.

    DM= EP-ER

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    As anlises da dentio mista visam, portanto, prever atravs de tabelas ou

    radiografias, o tamanho dos dentes permanentes no erupcionados e se estes tero

    espao no arco sseo. As que empregam tabelas baseiam-se na premissa de que os

    dentes humanos apresentam acentuada correlao em suas propores. Assim, se

    um indivduo apresenta seus incisivos maiores que o tamanho mdio, fatalmente

    exibir caninos e pr-molares maiores que o tamanho mdio.

    Para tanto, atravs de estudos em modelos de gesso, deve-se obter duas

    medidas individualizadas.

    Espao presente: permetro do osso basal compreendido entre a mesial do

    primeiro molar de um lado at a mesial do primeiro molar do lado oposto.

    Espao requerido: somatria do maior dimetro msio-distal dos dentes

    permanentes erupcionados ou intra-sseos, localizados de mesial de primeiro molar

    de um lado mesial de primeiro molar do lado oposto.

    Para a elaborao da anlise da dentadura mista utilizamos os seguintes

    materiais:

    - Ficha carto

    - Modelo de gesso (superior e inferior)

    - Lpis e boracha

    - Rgua milimetrada

    Na dentadura mista, pode-se efetuar as anlises por meio de dois mtodos:

    mtodo estatstico e mtodo radiogrfico.

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    35

    1- Anlise de Moyers

    Essa anlise feita pelo mtodo estatstico, onde Moyers dividiu o arco em

    dois segmentos: o anterior, que corresponde aos incisivos permanentes e o

    posterior, onde esto includos os caninos, primeiros e segundos molares decduos.

    Nestas condies tem-se ento dois espaos requeridos.

    Tcnica empregada para o clculo da Anlise de Moyers

    Espao Presente Anterior (E.Pa) usando-se o compasso de ponta

    seca,coloca-se uma das pontas do mesmo na linha mediana e faz-se a abertura at a

    mesial do canino decduo. Essa abertura demarcada na ficha carto. Repete-se o

    mesmo procedimento para o lado oposto.

    Espao Requerido Anterior (E.Ra) mede-se a maior distncia mesio-

    distal de cada incisivo permanente, transportando-a para a ficha carto.

    Se por ventura fossemos apenas calcular a discrepncia do segmento anterior,

    aplicaramos a seguinte frmula:

    DM (a)= Epa Era

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    Exemplo em nmeros: DM (a)= -20 mm-21,5mm

    DM= -1,5mm (discrepncia negativa)

    Contudo estamos fazendo essa anlise para o clculo da discrepncia total, ou

    seja: segmento anterior e posterior.

    Passa-se em seqncia para o clculo do espao presente posterior. Coloca-se

    a ponta do compasso na mesial do primeiro molar permanente e abre-se at a

    mesial do canino decduo, levando essa medida ficha carto. Para o lado oposto, o

    procedimento idntico.

    Para o clculo do espao requerido da regio posterior (ERp), utiliza-se a

    tabela preconizada por Moyers.

    A- Tabela de propriedades para predizer a somadas larguras de 345

    partindo de 21-12 21-12 19,5 20,0 20,5 21,0 21,5 22,0 22,5 23,0 23,5 24,0 24,5 25,0 25,5 26,0 26,5 27,0 27,5 28,0 28,5 29,0

    95% 21,6 21,8 22,1 22,4 22,7 22,9 23,2 23,5 23,8 24,0 24,3 24,6 24,9 25,1 25,4 25,7 26,0 26,7 26,5 26,7

    85% 21,0 21,3 21,5 21,8 22,1 22,4 22,6 22,9 23,2 23,5 23,7 24,0 24,3 24,6 24,8 25,1 25,4 25,7 25,9 26,2

    75% 20,6 20,9 21,2 21,5 21,8 22,0 22,3 22,6 22,9 23,1 23,4 23,7 24,0 24,2 24,5 24,8 25,0 25,3 25,6 25,9

    65% 20,4 20,6 10,9 21,1 21,5 21,8 22,0 22,3 22,6 22,8 23,1 23,4 23,7 24,0 24,2 24,5 24,8 25,1 25,3 25,6

    50% 20,0 20,3 10,6 20,8 21,1 21,4 21,7 21,9 22,2 22,5 22,8 23,0 23,3 23,6 23,9 24,1 24,4 24,7 25,0 25,3

    35% 19,6 19,9 20,2 20,5 20,8 21,0 21,3 21,6 22,9 22,1 22,4 22,7 23,0 23,2 23,5 23,8 24,1 24,3 24,6 24,9

    25% 19,4 19,7 19,9 20,2 20,5 20,8 21,0 21,3 21,6 21,9 22,1 22,4 22,7 23,0 23,2 23,5 23,8 24,1 23,3 24,6

    15% 19,0 19,3 19,6 19,9 20,2 2,4 20,7 21,0 213 21,5 21,8 22,1 22,4 22,6 22,9 23,2 23,4 23,7 24,0 24,3

    5% 18,5 18,8 19,0 19,3 19,6 19,9 20,1 20,4 20,7 21,0 21,2 21,5 21,8 22,1 22,3 22,6 22,9 23,2 23,4 23,7

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    B- Tabela de propriedades para predizer a somadas larguras de 345

    partindo de 21-12 21-12 19,5 20,0 20,5 21,0 21,5 22,0 22,5 23,0 23,5 24,0 24,5 25,0 25,5 26,0 26,5 27,0 27,5 28,0 28,5 29

    95% 21,1 21,4 21,7 22,0 22,3 22,6 22,9 23,2 23,5 23,8 24,1 24,4 24,7 25,0 25,3 25,6 25,8 26,1 26,4 26,7

    85% 20,5 20,8 21,1 21,4 21,7 22,0 22,3 22,6 22,9 23,2 23,5 23,8 24,0 24,3 24,6 24,9 25,2 25,5 25,8 26,1

    75% 20,1 20,4 20,7 21,0 21,3 21,6 21,9 22,2 22,5 22,8 23,1 23,4 23,7 24,0 24,3 24,6 24,8 25,1 25,4 25,7

    65% 19,8 20,1 20,4 20,7 21,0 21,3 21,6 21,9 22,2 22,5 22,8 23,1 23,4 23,7 24,0 24,3 24,6 24,8 25,1 25,4

    50% 19,4 19,7 20,0 20,3 20,6 20,9 21,2 21,5 21,8 22,1 22,4 22,7 23,0 23,3 23,6 23,9 24,2 24,5 24,7 25,0

    35% 19,0 19,3 19,6 19,9 20,2 20,5 20,8 211 21,4 21,7 22,0 22,3 22,6 22,9 23,2 23,5 23,8 24,0 24,3 24,6

    25% 18,7 19,0 19,3 19,6 19,9 20,2 20,5 20,8 21,1 21,4 21,7 22,0 22,3 22,6 22,9 23,2 23,5 23,8 24,1 24,4

    15% 18,4 18,7 19,0 19,3 19,6 19,8 20,1 20,4 20,7 21,0 21,3 21,5 21,9 22,2 22,5 22,8 23,1 23,4 23,7 24,0

    5% 17,7 18,0 18,3 18,6 18,9 19,2 19,5 19,8 20,1 20,4 20,7 21,0 21,3 21,6 21,9 22,2 22,5 22,8 23,1 23,4

    Na faixa horizontal superior da Tabela B, encontramos o valor da somatria

    dos quatro incisivos inferiores (ERa) e na coluna vertical as porcentagens que variam

    de 5% at 95%.

    Porm, uma estimativa sob o ponto de vista clnico nos autoriza a trabalhar

    em 75%.

    A partir da somatria da largura dos quatro incisivos inferiores (ERa), procura-

    se na tabela, a somatria do maior dimetro mesio-distal de canino e pr-molares

    que ainda se encontram intra-sseo e multiplicar por 2 (ERp).

    Para uma melhor compreenso do significado das porcentagens expressas nas

    tabelas de Moyers, transcreveremos o seguinte exemplo:

    Sendo a somatria da largura dos quatro incisivos inferiores igual a 21,5mm

    iremos obter a nvel de 95% para regio posterior (caninos e pr-molares) um valr

    de 22,3mm para cada lado da arcada. Considerando uma porcentagem de 5% o

    valor ser de 18,9mm tambm para cada lado do arco.

    Isto significa que todas as pessoas nas quais os incisivos inferiores medem

    21,5mm, 95% tem o dimetro mesio-distal dos caninos e pr-molares totalizando

    22,3mm ou menos unilateralmente somente 5% tem caninos e pr-molares com

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    dimetro mesio-distal total menor que 18,9mm tambm unilateralmente. Nenhum

    valor pode representar a soma precisa dos caninos e pr-molares para todas as

    pessoas, visto que h uma variao do dimetro dos dentes posteriores, observada

    at mesmo quando os incisivos so idnticos.

    O valor a nvel de 75% foi escolhido como estimativa, pois convencionou-se

    que o mais prtico sob o ponto e vista clnico. Neste exemplo, de 21,3mm o que

    significa que em 4 casos, 3 apresentaro caninos e pr-molares totalizando 21,3mm,

    ou menos. Observe tambm que penas 5 de 100 destes dentes tero 1mm a mais

    que a estimativa escolhida (21,3mm). Aplicando a frmula teremos:

    DM=(EPa+EPp)-(Era+ERp)

    DM=(20+43)-(21,5+43,6)

    DM= 63-65,5

    DM=-2,1mm

    Isto significa que faltam 2,1mm de espao para uma melhor acomodao dos

    dentes da arcada.

    Para calcular-se o ERp do arco superior o procedimento o mesmo, isto :

    usamos tambm a tabela de Moyers, porm a tabela A que feita tomando como

    referncia a somatria dos quatro incisivos inferiores. Transporta-se esse valor para

    faixa horizontal da tabela A e de acordo com a porcentagem escolhida (75%) chega-

    se ao resultado final com o mesmo procedimento que o utilizado no arco inferior.

    Vantagens:

    Pode ser feita com igual segurana, tanto pelo principiante quanto pelo

    especialista.

    No exige muito tempo de trabalho.

    No existe equipamento especial ou radiografia.

    Embora melhor realizada em modelos dentais, pode ser feita com

    razovel exatido na boca.

    Pode ser usada para ambos os arcos dentais.

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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