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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
TÍTULO A construção de histórias em quadrinhos na prevenção do Cyberbullying.
Autor Cristiane Erbs Fernandes Massad
Disciplina/ Área Ciências
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Nilson Batista Ribas Rua General Daltro Filho, 365 – Seminário. Curitiba - Paraná
Município da Escola Curitiba
Núcleo Regional de Educação
Curitiba
Professor Orientador Clovis Wanzinack
Instituição de Ensino Superior
UFPR
Relação Interdisciplinar Todas as disciplinas do currículo básico por se tratar de um tema dos Desafios Educacionais Contemporâneos
Resumo A produção de Histórias em Quadrinhos na educação apresenta-se como uma possibilidade lúdica de aprendizagem. O tema Cyberbullying bem como as consequências relacionadas e este tipo de violência é um assunto relativamente novo a ser discutido em nossas escolas. Desta forma a utilização da confecção de histórias em quadrinhos permite aos alunos mais do que uma reflexão e sensibilização acerca do tema proposto, permite também estimular a criatividade e criar desta forma novas possibilidades de abordagem deste assunto.
Palavras- chave Cyberbullying, Bullying, Educação, Tecnologia.
Formato do Material Didático
Unidade Didática – Confecção de Histórias em Quadrinhos
Público Alvo Professores e alunos do 6º ano do Ensino Fundamental
O tema violências nas escolas é um assunto que está em constante construção
e reelaboração por ser de extrema importância e estar presente no dia a dia
das escolas.
Segundo Debarbieux & Blaya (2002) a violência hoje tal como concebemos
representa um desafio às democracias e as discussões pertinentes a esta
temática devem iniciar nas escolas desde cedo, como forma de prevenção.
Esta prevenção não deve acontecer de forma isolada e sim nas tarefas
cotidianas da escola.
Os temas relacionados “à violência nas escolas” como Bullying e Cyberbullying
devem ser inseridos como temas que possam discutidos de forma
interdisciplinar e contemplar o dia a dia das escolas.
Fante (2005) define Bullying e Cyberbullying como um conjunto de atitudes
agressivas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente,
adotado por um ou mais alunos contra outros, causando dor, angústia e
sofrimento.
O Cyberbullying é um novo tipo de violência que esta acontecendo em nossas
escolas devido ao crescente uso das tecnologias e vem ganhando força
através da rede mundial de computadores. Acontece por meio de sites de
relacionamentos, bate papos virtuais, jogos virtuais e outros meios de
comunicação que tal tecnologia proporciona.
O Cyberbullying ocorre quando o agressor ou autor se utiliza dos recursos
tecnológicos e dos “mais modernos instrumentos da internet e de outros
avanços tecnológicos na área de informação e da comunicação (fixa ou móvel)
com o covarde intuito de constranger, humilhar e maltratar suas vítimas”. Silva
(2010, p.126).
O avanço das novas tecnologias e a propagação do uso da internet entre os
jovens facilitou a comunicação e a interação possibilitando sua inserção no
mundo virtual principalmente com o uso da internet nos mais variados
momentos e ambientes. Porém o uso irresponsável desta tecnologia pode
causar impactos na vida e nas relações pessoais, pois tais informações
disponibilizadas nem sempre são utilizadas para o bem comum, podem
acontecer tanto para a promoção dos direitos humanos ou até mesmo para o
aumento da violência e ódio no espaço cibernético.
Desta forma oportunizar uma discussão entre os atores sociais envolvidos bem
como a apresentação desta problemática aos mesmos, proporciona uma
reflexão acerca desta temática e pode levar a uma busca de alternativas de
combate a este tipo de violência dentro dos ambientes escolares e virtuais, aos
quais os jovens tem acesso.
De acordo com Rocha (2012) é urgente em nossas escolas à realização de
uma educação on-line preventiva e a discussão desta a fim de orientar crianças
e adolescentes sobre os perigos que a internet oferece e no caso do
Cyberbullying, de repassar estas informações adiante e denunciar os casos
deste tipo de violência na rede.
O diálogo, os debates, as discussões continuam sendo as melhores armas
contra este tipo de violência. A escola deve propiciar estes momentos de
discussão a fim de que todos os envolvidos tomem conhecimento deste tipo de
violência e possa realizar encaminhamentos para esclarecer toda a
comunidade escolar sobre quais serão as melhores atitudes a serem tomadas.
Os jovens devem ser orientados para os riscos e benefícios da internet e seu
uso deve ser coerente e embasado em questões éticas e responsáveis.
Esta unidade Didática é um material resultante dos estudos sobre esta temática
recente que vem envolvendo os jovens em situações de violência e
vulnerabilidade nas nossas escolas.
Por se tratar de um tema relativamente novo nas escolas Brasileiras, faz-se
necessário motivar e ampliar as discussões sobre o Cyberbullying e oferecer
subsídios a partir da confecção de materiais que esclareçam os alunos e
comunidade escolar sobre o tema em questão.
O uso de histórias em quadrinhos para trabalhar os conteúdos em sala de aula
permite que estas se tornem mais lúdicas e interessantes para os alunos.
As histórias em quadrinhos representam uma forma de mídia interativa popular
e que de certa forma estimula a leitura, pois estas se processam em quadros e
a sequencia permite ao leitor uma dinâmica de interação que não pode ser
observada em outras manifestações artísticas.
O Cyberbullying, que é uma forma de violência através do uso das redes
sociais e da internet, vem crescendo na mídia e principalmente nas escolas,
por ser este um espaço de maior sociabilidade.
A discussão deste tema realizado através das histórias em quadrinhos
possibilita aos alunos uma maior interação com o tema em questão e facilita a
ludicidade do processo.
O que se espera é uma reflexão e sensibilização por parte dos alunos para
que esta propicie uma tomada de decisões a fim de minimizar os efeitos que
resultam desta modalidade de violência.
As histórias em quadrinhos em sua grande maioria são adoradas pelos alunos
o que facilita o debate das situações abordadas por elas.
Pretende-se então através do uso das histórias em quadrinhos que os alunos
possam compreender como as vítimas se sentem e que esta violência não
pode ser aceita no ambiente escolar.
Os alunos construirão tiras de histórias em quadrinhos que posteriormente
serão utilizadas em uma cartilha informativa sobre Cyberbullying que será
confeccionada por eles a partir da mediação do professor responsável pela
discussão desta temática.
Alguns autores como Moran que estuda o uso das tecnologias na educação,
afirma que as tecnologias são altamente pontuais e benéficas para a
comunicação humana e ressalta “a tecnologia é a extensão da inteligência
humana” (MORAN, 1998, p. 18).
Nesta perspectiva sendo o uso das histórias em quadrinhos uma forma de
tecnologia para realização de trabalhos nas escolas, pretende-se que os alunos
desenvolvam a construção das mesmas a partir de sua criatividade e
criticidade sobre o tema em questão.
As histórias em quadrinhos ou simplesmente quadrinhos, HQ’s, gibis ou
outras nomenclaturas servem para ilustrar, contar e encantar adultos e
crianças. Elas podem narrar histórias através de desenhos, imagens ou
textos em formato sequencial interagindo entre si e são dispostas em
quadros que poderão ter uma ou várias páginas.
As histórias em quadrinhos podem ser publicadas contendo uma ou mais
histórias, com um ou mais personagens e acontecimentos variados.
Podemos observar o uso de histórias em quadrinhos publicadas em
revistas, jornais ou outros meios de comunicação.
Revistas em Quadrinhos
Nos Estados Unidos, assim como no Brasil a revista em quadrinhos é
conhecida como “comic book”. No Japão é conhecida como “mangá” para
publicação de histórias, romances e dos populares super-heróis.
Graphic Novel
São revistas em quadrinhos para enredos mais longos e complexos e
direcionados ao público mais adulto. E pode ser utilizado também para
edições com qualidades artísticas e acabamentos vivenciados, sendo
superiores às de histórias em quadrinhos.
Fanzine
São quadrinhos que utilizam como recurso equipamentos mais artesanais
como mimeógrafos, impressoras domésticas e máquinas de Xerox. É uma
forma barata de autores independentes produzirem seus materiais e
divulga-los para seu público.
Este termo é utilizado para descrever produções amadoras que são feitas
por pessoas que adoram esportes, música, literatura, filmes e quaisquer
outras atividades.
Webcomics
Este termo refere-se aos “quadrinhos digitais” ou “digital comics” ou ainda
“online comics” que são histórias em quadrinhos publicadas na internet.
Elas podem ser comercializadas e distribuídas digitalmente ou ainda serem
publicadas em papel. Como a internet está sempre evoluindo, este formato
está em constante inovação e evolução.
2.2 RECURSOS MATERIAIS
Para a confecção de histórias em quadrinhos que possibilitem uma
reflexão acerca do tema Cyberbullying, faz-se necessário, após os debates
realizados, seminários, assembleias e demais reflexões, somente a
criatividade dos alunos. Para isto os alunos precisam ter plena consciência
e atitude crítica frente ao tema, por este motivo as discussões sobre esta
temática são muito importantes e necessárias.
Os alunos podem realizar a confecção de suas histórias utilizando somente
papel e lápis. Mas como os recursos tecnológicos permitem hoje uma
gama de opções, se o professor achar conveniente poderá realizar esta
atividade no laboratório de informática, utilizando recursos digitais para
confecção das mesmas.
A confecção de histórias em quadrinhos possibilita uma interação com
outras disciplinas do currículo. Pode-se, por exemplo, realizar uma parceria
com o profissional de artes da escola para uma mediação no processo de
realização da confecção destas.
2.3 ROTEIRO DE CONSTRUÇÃO DE UMA HISTÓRIA EM QUADRINHOS
1. Escolha dos Personagens
Através da escolha dos personagens é que a história em quadrinhos
ganha vida. Eles conduzem o enredo das histórias e permitem que
através de suas falas ou ações a história aconteça.
Nas histórias envolvendo as situações de Bullying e Cyberbullying, os
personagens podem ser alvos, autores ou observadores. Os alunos
poderão expressar seus sentimentos através dos personagens.
2. Balões
São criados especialmente para as histórias em quadrinhos. Podem ser
de vários tipos: Pensamentos, falas, emoções ou outros sentimentos. O
formato deles são bem variados.
Figura 01
3. Cenários
São os locais onde as histórias acontecem. Eles podem ser internos ou
externos.
Os cenários podem representar os locais onde os personagens
envolvem-se nos enredos das histórias.
4. Onomatopeias
São palavras que podem remeter a ação dos personagens, como
socos, ruídos de ordem interna ou externa, sons de animais, ou, por
exemplo, uma queda de algum objeto ou de uma pessoa.
Eles podem ser: SOCK –quando acontece um soco; POW- briga; TIC
TAC- barulho de relógio; CRASH- quando alguma coisa quebra.
Figura 02
5. Quadros
Estabelecem os limites dos acontecimentos. Podem ter vários
tamanhos e formatos, dependem da exigência e do conteúdo das
histórias.
Os quadros não precisam obedecer a uma regra de tamanho, em sua
maioria, eles vão se adequando ao roteiro da história. Algumas
histórias em quadrinhos podem ter mais ou menos quadros,
dependendo do tamanho das narrativas ou ainda de acordo com o
conteúdo que se queira passar.
Desta forma, cabe ao professor ou ao aluno estabelecerem em acordo
mútuo, a quantidade de quadros que devem ser colocados nas suas
histórias.
A produção de histórias em quadrinhos pode ser realizada de várias
formas: desenhando, pintando, escrevendo ou ainda interagindo estes
elementos.
Como o tema em questão é o Cyberbullying, os professores devem
disponibilizar as informações necessárias para o desenvolvimento das
mesmas. A criatividade fica por conta dos alunos, que serão os grandes
artistas neste momento. Estimular a criatividade não é tarefa simples,
porém, neste quesito, nossos alunos podem ser verdadeiras revelações
e nos surpreender a todo momento.
Vários personagens já foram envolvidos com esta temática como
podemos observar nas tirinhas do Calvin e Haroldo criado por Bill
Watterson:
Figura 03 Bill Waterson
Figura 04 Bill Waterson
Figura 05 Bill Waterson
As situações envolvendo os personagens são interessantes para iniciar um
trabalho de produção com os alunos. A partir da análise destas e outras tirinhas
pode-se oferecer ao aluno uma possibilidade de criação de suas próprias
tirinhas.
Quando os alunos iniciarem suas produções, o professor deve fazer as
intervenções necessárias para que eles não deixem de lado nenhum elemento
presente nas histórias em quadrinhos. O mais importante, porém é que o aluno
possa expor seus sentimentos e se a situação deste aluno for um sofrimento a
partir das situações de violência, que ele possa dividir estes sentimentos com
alguém.
Figura 06
A observação de tirinhas com a temática em questão é necessária, porém
como este é um assunto relativamente novo, principalmente no Brasil, não
encontra-se muitas destas tiras disponíveis. Por este motivo é tão importante à
discussão e criação destes materiais.
A parte mais importante na produção de um aluno, quando se trata de violência
é como o professor pode perceber as reações e atitudes do aluno através dos
seus desenhos, pois é a partir deles que as emoções vão acontecer.
Os professores podem solicitar aos alunos que a partir de situações
observadas em casa, na escola, no seu bairro ou em outros locais, o aluno
expresse seus sentimentos e impressões de situações vividas em seu
cotidiano.
Segundo Dornelles (2012) o aluno pode através de seus desenhos e falas
produzidas, permitir que o professor reflita sobre as produções realizadas e
posicione-se quanto às decisões que serão tomadas posteriormente no que diz
respeito a auxiliar e compreender o aluno envolvido nesta situação.
Para a realização da confecção das histórias em quadrinhos tratando do
tema Cyberbullying, é necessário em primeiro lugar fazer uma explanação
sobre a diferença entre Bullying e Cyberbullying. Os alunos e professores
ainda tem uma ideia equivocada do que cada termo significa.
Quando pensamos na escola, partimos do pressuposto que as pessoas
envolvidas no processo educacional tem noção das situações que ocorrem
neste ambiente, porém nem sempre é assim que acontece.
O termo “Bullying” ainda é desconhecido neste espaço, daí a importância
de esclarecimento para a comunidade escolar.
A explicação dos termos pode ser realizada a partir de slides, feitos no
computador, diferenciando os temas.
O trabalho com filmes que tratem a temática também é uma forma de expor
e explicar o tema em questão. Uma sugestão é o filme “Cyberbullying” com
a atriz Emily Osment, no filme ela é uma adolescente chamada Taylor que
ganha um computador de aniversário e acaba se tornando vítima de
Bullying pela internet. Com medo de enfrentar seus amigos e colegas na
escola, a jovem busca um grupo de ajuda onde reconhece outros
adolescentes com experiências parecidas. O filme é do ano de 2011,
produzido no Canadá e a direção é de Charles Binam é. A produtora do
filme é a ABC Family, vale a pena conferir e posteriormente realizar
discussões com os alunos.
Atividades de discussão e debates a partir de textos ou perguntas que
levem os alunos a refletir sobre o tema e organizar assembleias de
discussões, também tornam-se uma ferramenta bem interessante.
Depois de realizadas diversas atividades que possibilitem a discussão e
reflexão do tema Cyberbullying, pode-se então sugerir a realização e
confecção das histórias em quadrinhos.
Os alunos poderão partir para o processo de criação quando o professor
sentir que as discussões e reflexões sensibilizaram os mesmos. Deve-se
deixar que o aluno exerça sua criatividade e escolha os papéis que quer
representar. Eles podem comportar-se como vítimas, agressores e
observadores.
As produções poderão ser realizadas em folhas de sulfite, cadernos de
desenhos ou se o professor tiver disponibilidade e souber lidar com as
novas tecnologias, poderá trabalhar com os alunos no laboratório de
informática e realizar a confecção das histórias em quadrinhos a partir de
mídias digitais e virtuais.
Segundo Dornelles (2012) a confecção de histórias em quadrinhos
oferecem subsídios para discutir, refletir e explicar as diferenças entre
Bullying e Cyberbullying.
São essenciais para fornecer informações, pois desta maneira os alunos
podem se tornar mais críticos e conscientes do seu papel na sociedade.
As ações e cores que são representadas nas histórias em quadrinhos
permitem que a criatividade possa moldar-se de forma pedagógica e
oportunizar uma reflexão acerca deste tema em contraponto aos jogos
virtuais violentos e a própria mídia que de certa forma impulsionam o
preconceito e geram comportamentos competitivos, intolerantes e
violentos.
Espero ter contribuído a partir da produção desta Unidade Didática por ser
um tema pertinente e que necessita de uma ampliação de discussões em
nossas escolas, principalmente no que diz respeito aos efeitos psicológicos
que estas ações violentas podem causar nos jovens de um modo geral. Se
estas ações contribuírem na produção de novos materiais que auxiliem os
envolvidos nestas situações, então já terá valido a pena.
Anexo 01
Figura 01 Criando HQ Teoria e Prática de Roteiro de Histórias em Quadrinhos
http://criandohqs.blogspot.com.br/2011/12/baloes-nos-quadrinhos.html
Figura 02 Vê e lê Como Fazer Histórias em Quadrinhos
http://veele.wordpress.com/como-fazer-uma-historia-em-quadrinhos/
Figuras 03, 04 e 05 Bill Waterson.
Figura 06 Psicologia dos Psicólogos
http://psicologiadospsicologos.blogspot.com.br/
REFERÊNCIAS
DEBARBIEUX, Eric; BLAYA, Catherine. Violência nas Escolas e Políticas
Públicas. Brasília. UNESCO, 268p. 2002
DORNELES, Fabiano Jorge; Não ao Bullying; Uma experiência com alunos
do 8º ano supletivo. Barretos SP; 2012.
FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas
e educar para a paz. Campinas, São Paulo: Ed. Verus, 2005.
MORAN, José Manuel: MASETO, Marcos Tarciso; BEHRENS, Maria
Aparecida. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. 16 ed. Campinas
SP: 1998.
ROCHA, Telma Brito. Cyberbullying: ódio, violência virtual e profissão
docente. Brasília: Líber Livro, 2012.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas. Rio
de Janeiro: Objetiva, 2010.
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