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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Irene de Souza Martins Simões
UNIDADE DIDÁTICA
Análise da Composição Química de Alguns Cosméticos
Utilizados na Higiene Pessoal
CORBÉLIA-PR
DEZEMBRO/2013
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO: PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA
Título: Um Olhar Crítico Sobre os Rótulos
Autora: Irene de Souza Martins Simões
Escola de Implementação do Projeto e sua localização: Colégio Estadual Amâncio Moro –EFMNP
Município da Escola: Corbélia PR
Núcleo Regional de Educação: Cascavel
Professor Orientador: Prof. Dr. Valderi Pacheco dos Santos
Instituição de ensino Superior: Universidade do Oeste Paraná / UNIOESTE Campus Toledo
Palavras Chave: Xampus, dentifrício, propaganda
Formato do material didático: Unidade didática
Público alvo: alunos da 2ª série do Ensino Médio
APRESENTAÇÃO
As atividades aqui presentes irão possibilitar aos estudantes interpretar
fenômenos simples, mas que são de extrema importância para o entendimento da
Química.
Os experimentos a serem realizados não necessitam de equipamentos
sofisticados e podem ser feitos numa sala de aula, pois o objetivo é a interação entre
a teoria e a prática.
Propor decisões e debates após a realização das experiências é fundamental,
já que o diálogo entre alunos e professores irá oportunizar o aprimoramento de
conceitos químicos e também a aproximação do mundo da ciência.
Segundo Mortimer e Machado (2004)
A química é uma ciência que estuda as propriedades, a constituição e as transformações das substâncias e dos materiais. Nesse mundo tecnológico em que vivemos, o químico é um grande “Artíficie da Matéria”, pois é capaz de transforma-la, de modo a obter produtos com constituição e propriedades específicas que permitem sua utilização para finalidades bem determinadas.
Os temas serão abordados de forma contextualizada em aspectos
ambientais, sociais e tecnológicos. Contribuindo para uma educação de qualidade
que irá formar cidadãos participantes em sua sociedade.
Nesse contexto, desenvolver hábitos saudáveis irá contribuir para ampliar o
conhecimento dessa ciência. Através da leitura de rótulos de embalagens de
xampus e dentifrícios, que é possível conhecer e, portanto, escolher produtos de
acordo com as necessidades de cada indivíduo e desenvolver saberes científicos
que irão propiciar uma investigação, por meio de um método sistemático, utilizando
conceito de solubilidade, soluções, concentração, pH e sais.
Segundo Chassot (2000)
A nossa responsabilidade maior no ensinar ciência é procurar que nossos alunos e alunas se transformem com o ensino que fazemos em homens e mulheres mais críticos. Sonhamos que, com o nosso fazer educação, os estudantes possam tornar-se agentes de transformações para melhor do mundo em que vivemos.
OBJETIVOS GERAIS:
Colaborar para um ensino de química articulado com os saberes do mundo
natural, no qual o aluno está inserido e que a partir desses saberes, ele possa
refletir, argumentar e transformar a sua realidade. Um ensino com ênfase no
conhecimento tecnológico, que seja útil do ponto de vista prático e que através dele
as relações de ensino-aprendizagem se estabeleçam.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Desenvolver no aluno a capacidade de refletir sobre o mundo natural que o
cerca e a partir desta reflexão, reconhecer os objetos de estudo do ensino de
Química.
Possibilitar a compreensão de modelos e conceitos químicos ensinados em
sala de aula e necessários para solucionar problemas em seu cotidiano.
Estimular a capacidade crítica do educando para que ele possa fazer
escolhas conscientes.
Analisar as informações contidas no rótulo de produtos cosméticos e de
higiene pessoal de forma crítica.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Vanin (2009), a Química pode ser considerada o ramo da ciência
que estuda as transformações da matéria. Estas acontecem através das reações
químicas mediante as quais uma substância se transforma em outra com
propriedades muito diferentes daquelas iniciais. Qualidades materiais, como
resistência ao choque, solubilidade em água, cheiro, sabor, cor, brilho, estado físico
(sólido, líquido ou gasoso) e a capacidade de continuar reagindo podem sofrer
alterações drásticas.
É sabido que, a primeira transformação química que o homem observou foi
quando produziu e conservou o fogo. Esta descoberta estava relacionada com seres
ou forças sobre humanas, uma vez que as civilizações antigas, geralmente
politeístas, atribuíam aos deuses todos os tipos de fenômenos naturais: vento, lua,
sol, rio, tempestades, colheita, etc. O fogo também era considerado patrimônio dos
deuses (CHASSOT, 2007).
Pode-se considerar que esta descoberta foi decisiva para a melhoria das
condições de vida do homem primitivo, já que a partir dela, obteve-se inúmeros
benefícios.
Entre os mais diversos benefícios, frutos da evolução da ciência e do conhecimento
químico, que a sociedade pós-moderna usufrui, estão: cosméticos para a higiene
pessoal; roupas confortáveis; alimentação assegurada por conta do aumento da
produtividade na agricultura; fontes de energia para locomoção e produção; etc.
Segundo Maldaner (2000), embora o homem sempre esteja lidado com os
materiais ao seu redor, aprendendo a controlar algumas transformações e tirar
proveito delas, o fato químico é relativamente recente.
“Na era pré-científica, o fogo, a metalurgia, as tintas, eram ligados aos ritos religiosos e a magia e os conhecimentos, as habilidades de lidar com eles eram gerados como segredos da sobrevivência de uma tribo ou de um povo”.
MATERIAL DIDÁTICO: UNIDADE DIDÁTICA
Descrição das ações
As atividades serão aplicadas nas turmas de 2ª série do ensino médio no
período matutino. Esta unidade didática será dividida em etapas para facilitar o seu
desenvolvimento.
ETAPA 1
Essa fase de realização do projeto tem como objetivo estabelecer o primeiro
contato com os alunos por meio de uma explanação geral sobre o tema, o título, os
objetivos, as atividades, enfim, todas as considerações que sejam relevantes para o
cumprimento desta implementação.
ETAPA 2
O desenvolvimento desta etapa será por meio da leitura de textos provedores,
no sentido de estabelecer um diálogo com o aluno para que ele faça uma reflexão
sobre o quê e porquê consome alguns produtos de higiene pessoal. Para
complementar esta ação, algumas questões sobre o texto serão abordadas.
TEXTO – 1: O Eterno Ideal de Beleza. Livro Química e Sociedade. , SANTOS,
Wildson Luiz Pereira et all. ed. Nova Geração. Vol único, 2009. (pag 251 e 252).
QUESTÕES
1 - Quando você folheia uma revista e observa os modelos, o que você nota? Você
gostaria de seguir o mesmo estilo? Justifique.
2 – O texto faz referência ao modo de agir das pessoas para garantir a beleza.
Quais as vantagens e os riscos de se tentar de tudo para ficar mais bonito?
3 – Para você, o que mais influencia na compra de um produto de beleza: as
informações do rótulo, as indicações fornecidas pelas propagandas, as sugestões
das vendedoras ou a recomendação de especialistas?
4 – Procure textos, reportagens ou caso de pessoas que sofreram algum dano em
consequência de uso de cosméticos, medicamentos ou cirurgias plásticas para
melhorar a estética e o desempenho de seu corpo. Em seguida debata com seus
colegas sobre as possíveis causas dos problemas enfrentados.
TEXTO – 2: A Ética da Beleza. Livro Química e Sociedade, SANTOS, Wildson Luiz
Pereira et all. ed. Nova Geração. Vol único, 2009.(pág 323 e 324).
QUESTÕES:
1- Comente as afirmações:
a) Avanços tecnológicos significam melhoria da qualidade de vida.
b) As indústrias químicas adicionam substâncias a cosméticos e alimentos para
melhorar sua aparência, a fim de aumentar as vendas e, consequentemente, os
lucros.
c) A indústria de cosméticos usa animais e placentas de animais na produção de
cosméticos.
2- Como podemos conciliar ações que mantenham a nossa estética e bem-estar,
prazer, saúde e meio ambiente?
3 - Pesquisa de opinião: entreviste mulheres e homens vaidosos que vendem ou
representam cosméticos.
a) Você conhece a composição dos produtos de beleza que utiliza/vende?
b) Você tem conhecimento sobre o que eles podem causar à pele, à mão, etc..
c) Você compra/vende sempre os produtos de higiene pessoal (cosméticos) que
estão na moda?
4 – Identifique na sua escola grupos de pessoas que são vaidosas. Elabore um
questionário e faça uma entrevista com essas pessoas, tentando identificar as
características e os valores de cada grupo, além dos motivos pelos quais elas optam
por determinado cosmético.
TEXTO -3: Limpeza na Medida Certa. Livro Química e Sociedade, SANTOS,
Wildson Luiz Pereira et all. ed. Nova Geração. Vol único, 2009.(pág. 274 e 275)
QUESTÕES:
1 – O texto fez referências ao “consumo exagerado” existente na sociedade
moderna e tecnológica. O que contribui para esse consumo compulsivo?
2 – Recentemente foi notícia em vários meios de comunicação o “jeitinho” que as
indústrias estavam dando para aumentar os preços dos produtos sem que os
consumidores percebessem. As embalagens passaram a conter quantidades
menores dos produtos, mas os preços foram mantidos. O sabonete, por exemplo,
que anteriormente pesava 90g passou a ser comercializado com 70g pelo mesmo
preço. Calcule quanto um empresário ganha a mais se vender 1 tonelada de
sabonetes de 70g pelo preço do sabonete de 90g (considere que a unidade custe
R$ 1,00).
TEXTO – 4: A Química dos Detergentes, Livro Química e Sociedade, SANTOS,
Wildson Luiz Pereira et all. ed. Nova Geração. Vol único, 2009. (pag. 285, 286, 287,
288 e 289).
1 – Como deve variar a proporção de detergentes e amidas na composição dos
xampus para cabelos secos e para cabelos oleosos?
2 – Qual a ação dos surfactantes que estão presentes nos xampus?
TEXTO – 5: Cosméticos Enganadores. Livro Química e Sociedade. , SANTOS,
Wildson Luiz Pereira et all. ed. Nova Geração. Vol único, 2009.(pag. 298 e 299).
1 – Quais são os principais problemas relacionados aos cosméticos apontados pelo
autor da reportagem?
2 – Porque a simples presença de uma substância em um produto não garante que
ela atua eficientemente no organismo?
3 – Quais são os critérios que devem ser considerados na seleção de cosméticos?
4 – Esses critérios são confiáveis? Por quê?
ETAPA 3
As atividades experimentais investigativas têm como caráter primário
apresentar no seu desenvolvimento reflexão e ação. Para isso é necessário que o
aluno se envolva ativamente no processo de aprendizagem e ao professor cabe o
papel de conduzi-lo por meio da organização de ideias e argumentações.
Propor questões-problemas ao início de cada experiência contribui para a formação
do pensamento crítico e sistemático, tão necessário quando se pretende fazer
ciência. Assim, estimular os jovens com experimentos investigativos desperta o
interesse e a participação na tentativa de resolver problemas, formando cidadãos
ativos na tomada de decisões na sociedade.
Experiência 1: Algumas informações sobre a vitamina C
Questão problema: Sabendo que a ingestão de vitamina C é benéfica ao
organismo como poderoso antioxidante, como você identificaria se essa
característica permanece quando a vitamina C é utilizada de forma tópica no
xampu?
A vitamina C, a mais comum das vitaminas, é a substância quimicamente conhecida
como ácido ascórbico, um ácido de natureza orgânica. O seu nome vem de um
termo latino- scorbutus que era usado para designar os sintomas decorrentes de sua
falta no organismo.
Até cerca de 200 anos atrás, eram comuns viagens marítimas que duravam meses
no mar. Exploradores, marinheiros ou outras pessoas nelas envolvidas só comiam
alimentos de provisões estocadas. Não faltavam carboidratos nem proteínas, mas
muitos sentiam falta de frutas frescas e vegetais que os proveriam com a vitamina C.
A falta dessa vitamina provocava sangramento nas gengivas, dor nos ossos e,
quando se agravava, surgiam micro-hemorragias debaixo da pele, podendo levar à
morte. Conta-se que Vasco da Gama, o navegante português que, em 1497, foi o
primeiro europeu a contornar o Cabo da Boa Esperança (Sul da África), perdeu mais
da metade de seus homens por uma doença que era, muito provavelmente, o
escorbuto. Por volta de 1500, contudo, alguns navegantes holandeses e ingleses
detectaram o poder de frutas frescas e de suco de limão na prevenção daquele mal
em longas viagens. Durante muito tempo, o limão foi presença obrigatória nas dietas
dos marinheiros e navegantes.
Algumas considerações sobre a estrutura da vitamina C
A vitamina C é solúvel em água. Observando a sua estrutura, pode-se constatar a presença dos
grupos – OH, que favorecem sua dissolução em água. Sua fórmula estrutural está representada na
figura.
Como podemos ver, as ligações entre os átomos são covalentes. O poder
redutor da vitamina C está associado à sua facilidade em se oxidar. Por isso
devemos considerar que a exposição de alimentos ricos em vitamina C à presença
de ar ou ao calor provoca a perda de seu poder redutor.
Material:
2 maçãs, limão, açúcar, 2 pregos ou pedaços de ferro de aproximadamente 8
centímetros, 3 pires, faca.
O que fazer: corte a maçã em fatias. Escolha três fatias que apresentem uma
superfície grande da polpa e disponha-as em três pires. Coloque sobre uma das
fatias suco de limão, de forma a cobrir-lhe toda a superfície. Da mesma forma,
espalhe açúcar sobre a outra fatia. Deixe a terceira fatia exposta ao ar, sem
qualquer proteção. Mantenha esse conjunto em local protegido, para que não seja
manipulado por alguém. Anote a hora em que tudo foi preparado e passe a fazer
observações de 4 em 4 horas ou quando puder, até o dia seguinte. Faça um registro
de cada observação anotando todas modificações sofridas pelo sistema.
Considerações: como já se sabe, há muitas variações de cor e de aspecto que são
evidências de reações químicas. O escurecimento da maçã, quando exposta ao ar,
é uma evidência de que há substâncias na constituição da maçã que reagem com o
oxigênio do ar, oxidando-se. O produto formado pode, às vezes, ser considerado
como resultante da decomposição da maçã. Quase todos os materiais orgânicos
decompõem-se quando oxidados, gerando gás carbônico (CO2). O escurecimento
da maçã (ou mesmo o da banana ou de outras frutas) é uma evidência de que novas
substâncias são formadas, nem sempre desejáveis.
Experiência 2: Construindo uma escala de pH
Preparando as soluções e o indicador de repolho roxo
Preparando a escala padrão de pH
Testando o pH de diferentes materiais de uso doméstico.
Questão problema: Sabendo que o couro cabeludo e o cabelo tem pH em torno de
5-6 e que o xampu deve manter essa faixa de pH para não agredir os fios, como
você identificaria o pH do seu xampu?
Parte – A - Construindo uma escala de pH:
Uma consequência importante da teoria ácido-base de Arrhenius é a possibilidade
de estabelecer uma escala para medir a acidez e a basicidade. Essa escala é
conhecida como escala de pH. Atualmente a ideia de pH associada à medida de
acidez e basicidade já está incorporada na linguagem cotidiana, como poderá ser
verificado na atividade. Existem substâncias que são particularmente importantes
para determinar a acidez ou a basicidade de uma espécie. Essas substâncias,
conhecidas como indicadores ácido-base, mudam de cor conforme o meio se torne
ácido ou básico.
A escala de pH é construída a partir de uma operação matemática
envolvendo a concentração do íon hidrônio na solução.
Material: solução diluída de ácido clorídrico (HCl), solução diluída de hidróxido de
sódio (NaOH), um pedaço de repolho roxo, liquidificador, uma peneira fina, uma
proveta de 5 mL, dois béqueres de 250ml, um béquer de 500ml.
O que fazer: Prepare uma solução diluída de ácido clorídrico (HCl), diluindo 1ml de
ácido concentrado (ácido muriático vendido em depósitos de construção ou casas de
piscina) em água até completar 100ml. Prepare uma solução diluída de hidróxido de
sódio (NaOH), dissolvendo uma pastilha de soda cáustica em 100 ml de água.
Prepare o extrato de repolho roxo, cortando um pedaço pequeno de repolho roxo e
batendo no liquidificador com 1L de água. A seguir, coe a mistura numa peneira fina.
O extrato deve ser usado imediatamente, pois se decompõe com facilidade.
Parte - B - Preparando a escala padrão pH
Material: sete tubos de ensaio, um suporte para tubos de ensaio.
O que fazer: Prepare sete tubos de ensaio ou frascos de remédio transparentes
com as soluções indicadas.
SOLUÇÃO PREPARO VALOR DE pH
aproximado
1 5 ml de HCl diluído + 5 ml do extrato de repolho roxo 1
2 5 ml de água destiada + 5 gotas de vinagre branco + 5ml
de extrato de repolho roxo
3
3 5 ml de álcool comum + 5 ml do extrato de repolho roxo 5
4 5 ml de água destilada + 5 ml do extrato de repolho roxo 8
5 5 ml de água destilada + 1 gota de detergente á base de
amoníaco + 5ml do extrato de repolho roxo
9
6 5 ml de água destilada + 5 gotas de detergente à base de
amoníaco + 5ml do extrato de repolho roxo
11
7 5 ml de NaOH diluído + 5 ml do extrato de repolho roxo 12
Parte – C - Testando o pH de diferentes materiais de uso doméstico
Material: um tubo de ensaio para cada substância que será testada: xampu, leite,
suco de limão, suco de laranja, clara de ovo, detergente líquido, solução de bateria
de automóveis, saliva. Se você desejar poderá testar outros materiais.
O que fazer: para testar cada material, coloque, em um tubo de ensaio, 5 ml de
água destilada, 5 ml de extrato de repolho roxo e 5 gotas do material a ser testado.
Compare a cor obtida com a escala padrão, preparada na parte B.
Questões:
1 - Coloque os materiais que você testou em ordem crescente de acidez, mostrando
quais são ácidos e quais são básicos.
2 - Coloque os materiais que você testou em ordem crescente de basicidade.
3 – Explique porque não é correto afirmar do ponto de vista científico a seguinte
informação no rótulo de um xampu: “xampu com pH neutro”?
Experiência – 3: Brincando de “detetive químico”: usando diferentes quantidades
de cloreto de sódio para a verificação da quantidade ideal no xampu, comparando
com um totalmente sem sal.
Questão Problema: A presença de sal no xampu é fundamental para que não o
torne escorregadio e escape entre os dedos, ou seja, para que ele tenha
viscosidade. Como você identificaria a presença de sal no seu xampu, relacionando
sua qualidade com as propriedades dos sais?
Parte A – Preparando o Material: Elaboração de um xampu com sal
Materiais: pipeta (10 mL), bastão de vidro, proveta (100 mL), béquer (100 mL),
béquer plástico de 4L, lauril sulfato de sódio, extrato vegetal, amida de coco,
corante, dispersante, essência, base perolada, cloreto de sódio, conservante e
recipiente plástico(150 mL).
O que fazer: para a obtenção de 1,5 L de xampu, misturar em um béquer de 4 L,
com agitação constante 900 mL de água, 300 mL de lauril sulfato de sódio, 30 mL de
dispersante, 30 mL de amida de coco, 5 mL de essência, 10 mL de corante, 90 mL
do extrato vegetal, 1 g de conservante e 30 mL de base perolada. Ao final adicionar
aproximadamente 30 g de cloreto de sódio até se obter a viscosidade ideal.
Parte B: Elaboração de um xampu sem sal
Material: repetir o procedimento da parte A sem adicionar o cloreto de sódio.
Material: pipeta (10 mL), bastão de vidro, proveta (100 mL), béquer (100 mL), béquer
plástico de 4 L, lauril sulfato de sódio, extrato vegetal, amida de coco, corante,
dispersante, essência, base perolada, conservante e recipiente plástico(150 mL).
Questões:
1 – Faça uma comparação entre o experimento da parte A e da parte B,
relacionando a quantidade de sal e a viscosidade do xampu.
2- Comente a frase: “xampu sem sal”
Experiência – 4: Analisando o poder oxidante do peróxido de hidrogênio e o
risco do seu uso continuo em clareadores.
Questão Problema: sabendo que o peróxido de hidrogênio em alta concentração é
utilizado para clareamento dental devido ao seu alto poder oxidante, como você
identificaria essa propriedade por meio do experimento abaixo?
Materiais: placa de Petri, pipeta, batata inglesa, água oxigenada em diferentes
concentrações.
O que fazer: colocar pedaços de batata inglesa nas placas de Petri e adicionar a
água oxigenada nas diferentes concentrações.
Questões
1- Observe se há diferença na reação da água oxigenada nas concentrações
testadas.
2- Fazendo uma análise comparativa da batata inglesa com a mucosa bucal,
descreva como a agua oxigenada reagiria na mucosa bucal durante o processo do
clareamento dental?
ETAPA 4 – Aprendendo com os rótulos
A observação de rótulos é uma prática que deve estar presente no dia a dia do
cidadão. A ideia de que apenas químicos ou pessoas da área das ciências,
conseguem decifrá-los, deve ser superada. Nessa etapa os alunos terão a
oportunidade de analisar rótulos de embalagens de xampu e dentifrício, com o
objetivo de obter conhecimento químico que os possibilitem fazer escolhas
conscientes.
Atividades:
1 – Utilizando embalagens de xampu, observe as diferenças existentes entre elas.
2 – Verifique as funções dos principais ingredientes dos xampus.
3 – Dentre as marcas pesquisadas, quais apresentam no rótulo o valor do pH? E qual a
importância desse valor estar presente nesses rótulos?
4 – Alguns xampus apresentam no rótulo a frase “sem sal”. Esse termo pode ser
considerado cientificamente comprovado? Justifique.
5 – Qual a importância de se colocar no rótulo a quantidade de cada ingrediente presente no
xampu?
1 – Identifique os ingredientes dos rótulos de creme dental e faça uma relação com a função
que apresentam.
2 – Justifique a frase “creme dental com ação clareadora”.
3 – Faça uma análise das concentrações de cada ingrediente que está presente nos rótulos
dos dentifrícios.
ETAPA 5 – Exercitando Conceitos
Propor atividades clássicas para que o aluno possa debater discutir e compreender
conceitos químicos é o objetivo desta etapa. Os exercícios propostos tem a intenção de
aprimorar conteúdos estudados, relacionando-os com atividades cotidianas. Dessa forma, a
seleção das questões não é feita ao acaso, mas vai para além da memorização,
privilegiando a reflexão e articulando o saber científico com a aplicabilidade prática.
Atividades:
1 – O quadro a seguir informa o pH aproximado de algumas soluções ácidas de
concentração igual a 10-1 mol/L, a 25ºC
SOLUÇÃO pH
HCl 1,0
CH3COOH 3,0
H2S 4,0
HCN 5,0
Com relação a essas soluções aquosas, a 25 ºC, a que apresenta maior concentração de H+
é:
a) CH3COOH
b) HCl
c) HCN
d) H2S
2 – A tabela a seguir fornece o pH de alguns produtos:
Produtos Água do mar Urina Suco de limão Vinagre
pH 8,2 5,6 2,2 3,0
Assinale a alternativa incorreta:
a) O papel de tornassol em contato com a água do mar fica azul.
b) A concentração de OH- na urina é de 10-8,4 ml/L.
c) O indicador fenolftaleína no suco de limão fica incolor.
d) No vinagre [H+] < [OH-], qualquer que seja a temperatura.
3 – Precipitados poderão ser formados quando, em solução aquosa, íons que formem
compostos pouco solúveis forem colocados em contato. Brometo de prata é um composto
pouco solúvel em água. O mesmo ocorre com o sulfato de bário. Por outro lado, todos os
sais comuns dos metais alcalinos são solúveis em água. Considere o quadro seguinte,
referente à formação ou não de precipitados pela mistura das soluções indicadas, todas na
concentração de 0,1 mol/L. A formação de precipitado é indicado pelo sinal + e a não-
formação pelo sinal - ; um x indica que a experiência não foi realizada.
KBr (aq) Na2SO4 (aq)
AgNO3 (aq) + X
NaNO3 (aq) + X
KCl (aq) X _
BaCl2 (aq) X _
O número total de erros contido na tabela é:
a) 0.
b) 1.
c) 2.
d)3.
ETAPA 6 – Propagandas
A mídia é uma ferramenta muito utilizada no mundo globalizado, já que ela
tem o poder de agregar valor a um produto, incentivar o consumo e também formar
opinião, nem sempre corretas. Diante de tais atribuições, é muito difícil para o
cidadão comum não se sentir “seduzido” diante da propaganda.
O objetivo desta etapa é fazer uma analise crítica de algumas propagandas
relacionadas com a ciência, para avaliar aquelas que trazem conceitos errados ou
que utilizam ingredientes que não são comprovados cientificamente. Enfim, a partir
do conhecimento químico é possível alertar o consumidor para que ele não se deixe
levar por propagandas enganosas.
Atividade - 1:
Para que os alunos possam analisar e compreender melhor o efeito atrativo
da mídia em suas vidas, serão colocados alguns links de propagandas para que
façam uma reflexão e em seguida exponham sua opinião.
http://www.youtube.com/watch?v=WNYDG4ZN-Mk
http://www.youtube.com/watch?v=Xy8DEdR7Izw
http://www.youtube.com/watch?v=_vwMhRJa4L8
Atividade – 2- parte A:
Pedir para os alunos pesquisarem propagandas nas mídias que apresentem
conteúdos não comprovados cientificamente, relacionando a área da ciência em
questão.
Atividade – 2- parte B:
Elaborar uma dramatização em forma de propaganda sobre os benefícios dos
xampus e dentifrícios com base nos efeitos não comprovados, para ser apresentado
em forma de vídeo para os colegas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHASSOT, A. A Ciência através dos tempos. 2º edição São Paulo: Moderna, 2004.
MALDANER , O. A. A Formação Inicial e Continuada de professores de Química.
Ijui: Unijui, 2000.
MORTIMER, Eduardo Fleury. Química para o ensino médio. ed. Scipione. Volúme
único série parâmetros ano 2004 1º edição.
SANTOS, Wildson Luiz Pereira et all. Química dos Detergentes, Livro Química e
Sociedade, ed. Nova Geração. Vol único, 2009.
VANIN, J. A. Alquimistas e Químicos. O Passado, o Presente e o fururo. São Paulo:
Moderna, 1997.
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