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Colégio Estadual Dr. João Ferreira Neves – Enino Fundamental e Médio
Criado pela res. 2785/82 D. O. E. 22/11/82, Reconhecido pela res. 930/93 de 01/04/93
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO - CASCAVEL
Avenida dos Pioneiros, 501 – Centro Fone/Fax: (45) 3234-2084 e-mail: cejoaoneves@nrecascavel.com
85.470-000 CATANDUVAS PARANÁ
P.P.P.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
VOLUME I
CATANDUVAS – PR
2018
2
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÄO ............................................................................................................ 5
2 MARCO SITUACIONAL ................................................................................................... 7
2.1 Modalidades de ensino ............................................................................................. 8
2.2 Histórico do estabelecimento .................................................................................... 9
2.3 Servidores em regência por disciplina ..................................................................... 11
2.4 Servidores em funções de apoio técnico pedagógico ............................................. 15
2.5 Ambientes pedagógicos .......................................................................................... 19
2.6 Caracterização da comunidade ............................................................................... 20
3 OBJETIVOS GERAIS ..................................................................................................... 27
3.1 Objetivos específicos................................................................................................29
4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO............................................................30
4.1 Rendimento escolar ................................................................................................33
5 MARCO CONCEITUAL...................................................................................................34
5.1 Concepção de homem.............................................................................................36
5.2 Concepção de mundo..............................................................................................36
5.3 Concepção de sociedade........................................................................................37
5.4 Concepção de educação.........................................................................................38
5.5 Concepção de escola..............................................................................................38
5.6 Concepção de professor ......................................................................................... 39
5.7 Concepção de estudante ........................................................................................ 40
5.8 Concepção de infância. ........................................................................................... 41
5.9 Concepção de adolescência....................................................................................42
6 OPÇÕES EDUCACIONAIS ADOTADAS PELA ESCOLA .............................................. 42
7 CONCEITO DE AVALIAÇÃO .......................................................................................... 44
7.1 Concepção de inclusão. .......................................................................................... 45
7.2 Concepção de gestão democrática..........................................................................46
8 MARCO OPERACIONAL ............................................................................................... 49
8.1 Proposta de formação continuada .......................................................................... 50
8.2 Organização de hora atividade. .............................................................................. 51
8.3 Plano de estágio obrigatório e não obrigatório.........................................................52
8.4 Proposta pedagógica curricular ............................................................................... 54
3
8.5 Proposta de adequação curricular .......................................................................... 55
9 MATRIZ CURRICULAR. ................................................................................................. 56
9.1 Matriz curricular do Ensino Fundamental.................................................................56
9.2 Matriz curricular do Ensino Médio ........................................................................... 57
9.3 Matriz curricular do CELEM .................................................................................... 57
10 ESTUDOS SOBRE O ESTADO DO PARANÁ.............................................................. 58
11 AGENDA 21...........................................................................................................58
12 DIVERSIDADE EDUCACIONAL .................................................................................. 59
12.1 Equipe Multidisciplinar .......................................................................................... 59
13 EDUCAÇÃO DO CAMPO. ............................................................................................ 60
14 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS.......... .........................................60
14.1 Educação ambiental .............................................................................................. 61
14.2 Educação fiscal ..................................................................................................... 62
14.3 Cidadania e direitos humanos. .............................................................................. 63
14.4 Enfrentamento à violência na escola.................................................. .........63
14.5 Educação para as relações étnicos raciais ........................................................... 64
14.6 Prevenção ao uso indevido de drogas .................................................................. 65
14.7 Gênero e diversidade sexual. ................................................................................ 65
14.8 Prevenção à gravidez na adolescência ................................................................. 66
15 PROJETOS .................................................................................................................. 67
15.1 Projeto Bullyng ...................................................................................................... 67
15.2 Projeto Festa Junina ............................................................................................. 67
15.3 Projeto Gincana Estudantil .................................................................................... 67
15.4 Projeto Enriquecimento Cultural. ........................................................................... 68
16 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO .................................................................................... 68
17 CONSELHO DE CLASSE ............................................................................................ 71
17.1 Proposta de recuperação de estudos.................................................................... 73
18 INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS .............................................................................. 75
18.1 Sala de Recursos .................................................................................................. 75
18.2 Sala de Apoio. ....................................................................................................... 77
18.3 CELEM ................................................................................................................. 78
18.4 Ampliação de jornada escolar ............................................................................... 78
18.5 Articulação família/comunidade. ............................................................................ 78
4
19 INSTÂNCIAS COLEGIADAS ........................................................................................ 79
19.1 Grêmio estudantil .................................................................................................. 79
19.2 Conselho escolar. .................................................................................................. 80
19.3 APMF - Associação de pais e funcionários ........................................................... 81
19.4 Plano de ação ....................................................................................................... 81
20 ACOMPANHAMENTO E AVAALIAÇÃO DO PPP.......................................................... 82
21 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL...................................................................................... 82
22 BRIGADA ESCOLAR ................................................................................................... 83
23 FORMAÇÃO CONTINUADA. ....................................................................................... 85
24 HORA ATIVIDADE ........................................................................................................ 86
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 88
5
1 APRESENTAÇÄO
O Projeto Político Pedagógico é um documento que faz parte da realidade
escolar, estando sempre em constante transformação. É fruto da interação entre
objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, se propõe a estabelecer
através da reflexão, as ações dos agentes responsáveis pela sua elaboração:
direção,equipe pedagógica, professores, agentes educacionais I e II , pais ou
responsáveis, alunos e toda comunidade inserida, com subsídios teóricos
(mencionados) e a legislação pertinente.
“A escola, em cada momento histórico, constitui uma expressão e uma
resposta à sociedade na qual está inserida”. (GASPARIN “)
As complexas mudanças que permeiam a sociedade ocorrem de forma
acelerada, nos aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais. Esta
complexidade da vida moderna e o exercício da cidadania plena impõem às
crianças, jovens e adultos o domínio de conhecimentos sobre o mundo, devendo,
assim, ter acesso a estes desde a Educação Infantil. Esses conhecimentos neste
estabelecimento de ensino serão gerais e com fundamentos necessários que
favoreçam uma educação integral dos educandos, relacionando, assim, a seu
ambiente social e natural, possibilitando a melhoria na educação e na sua qualidade
de vida. Faz-se necessário, portanto, superar a visão utilitarista da educação, que se
baseia no pressuposto de que os interesses dos alunos estão restritos às suas
experiências e necessidades imediatas, justificadas pela pesquisa e a prática
educativa, as quais revelam que os mesmos se interessam tanto pelas questões
relativas à sua sobrevivência cotidiana, quanto, por temas aparentemente distantes.
Partiremos do pressuposto de que o conhecimento é o principio do trabalho
pedagógico e administrativo da escola e alicerça a construção de um Projeto Político
Pedagógico democrático e inclusivo, construído com a participação de todos os
envolvidos e embasado na realidade escolar.
O Projeto Politico Pedagógico registra o resultado das reflexões coletivas a respeito do cotidiano e das relações presentes no ambiente escolar. Na construção do diagnostico da realidade escolar é possível elencar, por exemple, aspectos pedagógicos, administrativos, estrutura física, características da comunidade escolar, indicadores de resultados educacionais, reprovação, evasão, defasagem idade/série; possibilitando uma análise dos problemas
6
existentes na escola nos níveis de gestão escolar e identificação das questões especificas de organização do trabalho pedagógico. (BRASIL, 2014)
Quando se utiliza o termo Projeto Político Pedagógico, tem-se claro que estão
implícitas uma concepção de homem, mundo, sociedade, educação e de formação
para o educando. O PPP em sua essência possui caráter com sentido de projetar,
de lançar, de orientar, de dar direção a uma ideia, a um processo pedagógico
intencional alicerçado nas reflexões e ações do presente, tendo a dupla dimensão
de ser orientador e condutor do presente e do futuro. Para alguns autores, o
qualificativo Político da composição do termo, já é assumido pelo adjetivo
Pedagógico, uma vez que não há ação pedagógica que não seja política e que todo
Projeto Pedagógico é voltado para uma ação transformadora. Entretanto, deve
utilizar o termo Político caracterizando, assim a intenção implícita na formação
educacional.
O PPP é o instrumento balizador para o fazer escolar e, como consequência,
expressa a prática pedagógica da instituição, dando direção à gestão democrática e
às atividades educacionais. O PPP da Instituição existe já há algum tempo, porém,
sempre se buscando paulatinamente a participação coletiva da comunidade escolar
na sua elaboração e a clareza na compreensão da ideia de "projeto". Pois, visto da
forma como é solicitado hoje, o PPP é um projeto que deve ser elaborado de forma
participativa e colaborativa, originado no seio da coletividade docente, discente e
administrativa, dando-se uma identidade à instituição, conforme afirmação desta
autora, no que concerne ao PPP "É a configuração da singularidade e da
particularidade da instituição educativa" (Veiga, 2000; 187).
Essa elaboração exige uma reflexão acerca da concepção e das finalidades
da educação e sua relação com a sociedade, bem como uma reflexão aprofundada
sobre as possíveis contribuições da instituição e de seus profissionais, referente ao
tipo de indivíduo que queremos formar e de mundo que queremos construir.
O processo de construção do PPP é desenvolvido de forma espiral, crescente
e dinâmica na integração de tentativas em buscar por respostas sobre a educação.
Este processo está em contínua construção, avaliação e re-elaboração, sendo mais
do que a necessidade de responder a uma solicitação formal é uma reflexão
contínua na expressão de nossas ideias sobre a educação, sobre a escola e sua
função social, sobre o curso, o ensino, a pesquisa educacional, o currículo e a
7
relação entre teoria e prática.
Assim, o PPP é construído no contexto de uma realidade complexa e sua
estruturação revela as características das inter-relações existentes na instituição,
nos níveis e modalidades de ensino, no sistema educacional e no contexto social do
qual faz parte. As possibilidades e os limites do PPP passam por um contexto que
implica em questões externas e de natureza interna da instituição.
Pensar o PPP de uma instituição é pensar a construção de sua identidade por
meio de uma análise de sua história passada e atual, bem como, das características
e intenções apresentadas e assumidas nos direcionamentos tomados no futuro a
partir do PPP.
A construção do projeto pela nossa comunidade escolar concretiza a condição
de autonomia pedagógica dada pela LDB Art. 15º, ‘’Os sistemas de ensino
assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram
progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão
financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. O que implica
competência para fixar seus currículos, organizar seus programas, estabelecer os
conteúdos programáticos de suas atividades/disciplinas, ainda que observadas
diretrizes gerais pertinentes’’.
2 MARCO SITUACIONAL
O Marco Situacional, conforme Feiges (2003) é o momento de conhecimento
da escola, sua história, sua vida institucional. Assim, podemos explicar os elementos
que nos permitirão organizar os princípios do projeto politico pedagógico como um
todo na premissa de
[...] capturar fragmentos do cotidiano da comunidade; identificar a sociedade
em que a escola está inserida; detectar as necessidades da comunidade; reavaliar
as ações pedagógicas; analisar as situações; identificar as prioridades; refletir sobre
forças, fraquezas, possibilidades e limites. (CUSTÓDIO, 2008, p. 08)
O levantamento destes elementos identificadores da escola tende a
estabelecer a base para a definição do que objetivamos alcançar, da concepção de
gestão necessária à realidade de nossa escola, dos conteúdos que serão
contemplados, das formas de organização e funcionamento da escola, assim como
8
tende a explanar os aspectos atuais da escola, suas limitações e possibilidades.
Esta instituição denomina-se Colégio Estadual Dr. João Ferreira Neves –
Ensino Fundamental e Médio. Situado à Avenida dos Pioneiros, CEP: 85470-000,
fone/fax (0**) 45 3234-1441 e 3234-2084, Município de Catanduvas no Estado do
Paraná, mantido pelo Governo do Estado do Paraná, organizada pela SEED –
Secretaria do Estado da Educação, a 60 km do NRE de Cascavel.
Com a autorização de funcionamento Resolução de 2785/82 de 21 de outubro
de 1982; Reconhecimento com a Resolução 930/93 de 01 de abril de 1993;
Resolução 1410/00 de 18 de abril de 2000 com autorização de funcionamento do
Ensino Fundamental.
Renovação de Reconhecimento do Ensino Fundamental com a resolução
2839/17 de 24 de julho de 2017. Renovação de Reconhecimento do Ensino Médio
com a Resolução 3182/14 de 11 de agosto de 2014.
2.1 Modalidades de ensino
Atualmente o Colégio oferta as seguintes modalidades da Educação básica -
Ensino Fundamental (6ª a 9ª anos) e Ensino Médio com um total de 21 turmas,
sendo:
Ensino Curso Seriação Turno Turma Data Início Data Fim Horário Início Horário Fim Qtde Alunos
CELEM
7002 - ESPANHOL - BASICO
2ª Série Tarde A 15/02/2018 19/12/2018 13:00 14:40 5
Ensino Fundamental
4039 - ENSINO FUND.6/9 ANO-SERIE
6º Ano Manhã A 15/02/2018 19/12/2018 07:45 12:05 32
6º Ano Tarde B 15/02/2018 19/12/2018 13:00 17:20 23
6º Ano Tarde C 15/02/2018 19/12/2018 13:00 17:20 23
7º Ano Manhã A 15/02/2018 19/12/2018 07:45 12:05 28
7º Ano Tarde B 15/02/2018 19/12/2018 13:00 17:20 29
8º Ano Manhã A 15/02/2018 19/12/2018 07:45 12:05 31
8º Ano Tarde B 15/02/2018 19/12/2018 13:00 17:20 24
9º Ano Manhã A 15/02/2018 19/12/2018 07:45 12:05 29
9º Ano Tarde B 15/02/2018 19/12/2018 13:00 17:20 36
6417 - SALA R.MULTIFUNCIONAIS-S.FI.EM
Sem Seriação Manhã A 15/02/2018 19/12/2018 08:35 10:15 7
Sem Seriação Manhã B 15/02/2018 19/12/2018 10:30 12:05 4
Sem Seriação Manhã C 15/02/2018 19/12/2018 07:45 12:05 5
Sem Seriação Manhã D 15/02/2018 19/12/2018 07:45 12:05 2
Sem Seriação Tarde E 15/02/2018 19/12/2018 13:50 15:30 5
Sem Seriação Tarde F 15/02/2018 19/12/2018 15:45 17:20 4
9
Sem Seriação Tarde G 15/02/2018 19/12/2018 13:50 17:20 3
Sem Seriação Tarde H 15/02/2018 19/12/2018 13:50 17:20 3
Ensino Médio
9 - ENSINO MEDIO
1ª Série Manhã A 15/02/2018 19/12/2018 07:45 12:05 29
1ª Série Manhã B 15/02/2018 19/12/2018 07:45 12:05 31
1ª Série Tarde C 15/02/2018 19/12/2018 13:00 17:20 30
1ª Série Tarde D 15/02/2018 19/12/2018 13:00 17:20 29
1ª Série Noite E 15/02/2018 19/12/2018 19:00 23:05 38
2ª Série Manhã A 15/02/2018 19/12/2018 07:45 12:05 28
2ª Série Manhã B 15/02/2018 19/12/2018 07:45 12:05 27
2ª Série Tarde C 15/02/2018 19/12/2018 13:00 17:20 18
2ª Série Tarde D 15/02/2018 19/12/2018 13:00 17:20 18
2ª Série Noite E 15/02/2018 19/12/2018 19:00 23:05 35
3ª Série Manhã A 15/02/2018 19/12/2018 07:45 12:05 15
3ª Série Noite B 15/02/2018 19/12/2018 19:00 23:05 28
Ainda temos o Treinamento Esportivo em horário intermediário com 50 alunos
no total. Perfazendo assim, um total de 667 alunos matriculados e totalizando 200
dias letivos e 800 horas anuais.
O tempo escolar pode ser considerado como um influente instrumento no
processo educativo uma vez que a aprendizagem e a história podem ser
compreendidas não só como um processo de seleções e opções, de ganhos e
perdas, mas sim, como um processo de avanços e progressos; um tempo construído
social e culturalmente (FRAGO, 1995 ).
A organização do tempo escolar no nosso estabelecimento de ensino e anual
atendendo o disposto na legislação, garantindo o mínimo de horas e dias letivos
previsto no calendário escolar.
2.2 Histórico do estabelecimento
Em 1950 foi instituída como Escola Estadual Anita Ribas, nome dado em
homenagem à esposa do Governador Manoel Ribas, pois esta ajudou com recursos
a comunidade, localizada na antiga sede Barro Preto. Funcionava de forma
organizada, contando com posto telegráfico e sob a responsabilidade dos
Professores Maria Mayer, Adauto Lacroike e Cristina Babinski.
Esta comunidade foi destruída por um grande vendaval. Após esse fato os
moradores reuniram-se e mudaram a Escola para um povoado chamada Barro
Preto, lugar em que já existia a Escola Estadual Barro Preto com turmas de 1ª a 4ª
10
série. Em 1963 foi designada a 1ª diretora a Professora Therezinha Malavski Belin,
que acompanhou os trabalhos desde 1960. Formou-se então uma diretoria entre
professores e pais fundando assim a Associação de Pais e Professores escolhendo
também o novo nome da Escola que então passaria a chamar Escola Estadual
Nossa Senhora Aparecida, que funcionou sob mesma direção, ocorrendo nova
mudança só em 1967. Pensou-se, então, em criar o Ginásio devido ao crescimento
da população, atendendo de 1ª a 5ª séries nesta mesma escola com professores
residentes aqui e vindos de Laranjeiras do Sul. Pela Resolução n.00508/91 DOE
01/04/1991 assume a direção do estabelecimento a Sra. Gema Lourdes Zibette, o
senhor Altamiro Cividini assume pela resolução n. 3926/93, a Sra. Sonia M.
Dallelaste dos Santos assume pela Resolução 4348/ 97 DOE 20/01/98, o Sr. Airton
Pereira da Conceição, assumiu pela Resolução n. 3069/02 DOE 31/01/02, a Sra.
Dejane Becker da Conceição assumiu pela Resolução 4254/03 DOE 23/01/04, a
Sra. Denize Terezinha Nardi Machado, assumiu pela Resolução 058/06 DOE
16/01/06, o Sr. Amarildo Trombetta assumiu pela Resolução nº 5909/08 DOE
24/12/2008 e assumindo novamente pela resolução 6012/2011 – DOE 06/01/2012, e
atualmente o Sr. Geovane Rodrigo Dinarte da Anunciação, assumiu pela resolução
741/16 DOE 04/03/16.
Outras mudanças ocorreram conforme os Decretos e Resoluções a seguir:
a criação do Grupo Escolar Dr. João Ferreira Neves deu-se pelo Decreto nº 4565 de
01 de Novembro de 1971 e pela Resolução 62/81 de 30 de dezembro de 1981. Esta
Escola passou a denominar-se Escola Estadual Dr. João Ferreira Neves – Ensino de
1º grau. Com a Resolução de 2785/82 de 21 de outubro de 1982, autorizou-se o
funcionamento com a implantação do Ensino Regular de 2º Grau, nas habilitações
Básicas em Crédito e Finanças e em Saúde, passando a denominar-se Colégio
Estadual Dr. João Ferreira Neves – Ensino de 1º e 2º Graus. Dr. João Ferreira Neves
foi um renomado Médico, na região de Guarapuava, foi eleito Deputado Estadual, e
através da Assembleia Legislativa, colaborou diretamente na estruturação e
implementação da infraestrutura desta escola. Portanto, a escola recebeu esse
nome em sua homenagem.
Mais tarde, a Resolução nº 4267/92 de 30 de novembro de 1992, vem
suspender às atividades de 1ª a 4ª séries do Ensino de 1º Grau em caráter definitivo,
transferindo aos encargos do Município.
11
Através da Resolução 930/93 foi Reconhecida a Habilitação Básica de
Crédito em Finanças e o colégio passou a denominar- Colégio Estadual Dr. João
Ferreira Neves – Ensino de 2º Grau. Pela Resolução nº 5210/93 é cessada
definitivamente as atividades escolares desta Habilitação.
O Curso de 2º Grau – Educação Geral – preparação Universal foi autorizado
a funcionar pela Resolução 2369/89 de 29 de agosto de 1989, ofertado no período
noturno e a partir de 1990 também no matutino, reconhecido pela Resolução nº
1770/93. A Habilitação no Magistério foi autorizada a funcionar de forma gradativa
pela Resolução nº 756 de 28 de fevereiro de 1991, e reconhecida pela Resolução
5855/94 de 05 de Dezembro de 1994.
Com a Resolução 1410/00 de 18 de abril de 2000 foi autorizado o
funcionamento do Ensino Fundamental – 5º a 8º série e o estabelecimento passou a
denominar-se Colégio Estadual Dr. João Ferreira Neves – Ensino Fundamental e
Médio.
Renovação de Reconhecimento do Ensino Fundamental com a resolução
2839/17 de 24 de julho de 2017. Renovação de Reconhecimento do Ensino Médio
com a Resolução 3182/14 de 11 de agosto de 2014.
2.3 Servidores em regência por disciplina
PROFESSORES GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO DISCIPLINA
AMARILDO
TROMBETTA MATEMATICA MATEMATICA
ANIELY THAIS DE
LIRIO MARCOLIN -GEOGRAFIA
-METODOLOGIA
DO ENSINO DE
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA
ARIELE BORILLE -HISTÓRIA -EDUCAÇÃO DO
CAMPO
FILOSOFIA / ENS.
RELIGIOSO
CARMEN LUCIA
FABRICIO LEMOS
MARTINS
ENS. RELIGIOSO
CLEIDER APARECIDA
BELIN
-LETRAS:
PORTUGUÊS
-LINGUA
PORTUGUESA:
LÍNGUA
PORTUGUESA /
12
/INGLÊS METODOLOGIA E
TÉCNICA DE
PRODUÇÃO DE
TEXTO
L.E.M -INGLES
DEJANE BECKER -MATEMÁTICA -MATEMÁTICA MATEMÁTICA
DEJANETE BECKER
ZANINI -MATEMÁTICA
-MATEMÁTICA PARA
ENSINO MÉDIO MATEMÁTICA/FISICA
DENIZE TEREZINHA
NARDI MACHADO
-CIÊNCIAS
BIOLÓGICAS
-CIÊNCIAS
EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
-EDUCAÇÃO
ESPECIAL
CIÊNCIAS
ELIANE SOARES
MAIA GALVAO
-LETRAS:
PORTUGUÊS
/INGLÊS
-LÍNGUA INGLESA
-LITERATURA DA
LÍNGUA INGLESA
L.E.M – INGLES
EUNICE
LORENZETTO
GONCALVES
-LETRAS:
PORTUGUÊS
/INGLÊS
-GESTÃO ESCOLAR
LINGUA
PORTUGUESA /
L.E.M –INGLES
FERNANDA
TROMBETTA MATEMATICA
GILMARA RAQUEL
TROMBETTA
-CIÊNCIAS
BIOLÓGICAS
-QUÍMICA
-PEDAGOGIA
-EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
-GESTÃO ESCOLAR
-ADM. E SUPER.
EDUCACIONAL
-MÍDIAS NA
EDUCAÇÃO
BIOLOGIA
HUANDY MICHEL
TEDESCO MATEMATICA
JOCIANE MORO
MARCOLIN
-HISTÓRIA
/GEOGRAFIA
-ARTE E EDUCAÇÃO
-HISTÓRIA E SOCIOLOGIA
13
GEOGRAFIA
JOSE CARLOS DOS
SANTOS
-CIÊNCIAS COM
HABILITAÇÃO EM
MATEMÁTICA
-METODOLOGIA
PARA O ENSINO DA
MATEMÁTICA
MATEMATICA
LARISSA RADEL
DOLOSKI
-SERVIÇO SOCIAL
-FORMAÇÃO
PEDAGÓGICA EM
SOCIOLOGIA
-POLÍTICAS,
PROJETOS E
PROGRAMAS
SOCIAIS
-DIDÁTICA E
METODOLOGIA DO
ENSINO SUPERIOR
SOCIOLOGIA
LUCILENE BERNART -HISTÓRIA -HISTÓRIA DA
AMÉRICA LATINA HISTORIA
MAIQUEL JOSE
SELEPRIN -FILOSOFIA
-POLÍTICAS
PÚBLICAS FILOSOFIA
MARCIA BARBARA
ANGELICO
TROMBETTA
-LETRAS
-LÍNGUA
PORTUGUESA:
METODOLOGIA E
TECNICA DE
PRODUÇÃO DE
TEXTO
- EDUCAÇÃO
ESPECIAL:
FORMAÇÃO
GENERALISTA
LÍNGUA
PORTUGUESA
MARGARETE
CHAVES
-GEOGRAFIA
/HISTÓRIA
GEOGRAFIA E
HISTÓRIA
GEOGRAFIA/FILOSO
FIA
MARIA CRISTINA DE
MORAIS CARNEIRO
OLIVEIRA
PEDAGOGIA
-PSICOPEDAGOGIA
-EDUCAÇÃO
ESPECIAL
ED. ESPECIAL –
SALA DE RECURSOS
MARIA IONICE DOS
SANTOS L. PORTUGUESA
14
MARILEI STACHAK FISICA
MAYARA FERNANDES
DE ANDRADE
OENNING
MATEMÁTICA MATEMATICA
MELANIA TOKARSKI
BELIN
-LETRAS:
PORTUGUÊS
/INGLÊS
-PSICOPEDAGOGIA
-EDUCAÇÃO NO
CAMPO
-GESTÃO ESCOLAR
-EDUCAÇÃO
ESPECIAL
LÍNGUA
PORTUGUÊSA
OTACIR BORILLE QUMICA QUÍMICA
PAULA VANESSA
CEZARI CIENCIAS
RAFAEL TROMBETA EDUCAÇÃO
FÍSICA
EDUCAÇÃO
FISICA/AETE
ROBISSON CAMPOS
DE RAMOS ARTE ARTES
RODRIGO PISTORI
-LETRAS:
PORTUGUÊS
/INGLÊS
-GESTÃO ESCOLAR LÍNGUA
PORTUGUESA
ROSANA GOMES
PANHO MANDRICK -HISTÓRIA
-EDUCAÇÃO
ESPECIAL
-GESTÃO
-ARTES
SOCIOLOGIA
ROSANA MARIA
VALDUGA KAFER -LETRAS:
-METODOLOGIA E
TÉCNICA DE
PRODUÇÃO DE
TEXTO
LINGUA
PORTUGUESA
ROSECLER BUHLER -EDUCAÇÃO
FÍSICA
-PSICOPEDAGOGIA
-EDUCAÇÃO
ESPECIAL
ED. FISICA
15
-EDUCAÇÃO NO
CAMPO
ROSA IZABEL DE
OLIVEIRA ENOKIDA -BIOLOGIA -CIÊNCIAS BIOLOGIA /CIENCIAS
SALETE SILVINA
FRUEHAUF LEM - ESPANHOL
SIMONE
LORENZETTO DA
SILVA
-MATEMÁTICA -MATEMÁTICA DE 1º
E 2º GRAUS MATEMATICA
SONIA APARECIDA
BELIN ANGÉLICO -HISTÓRIA
-HISTÓRIA SOCIAL
NA
HISTORIOGRAFIA
CONTEMPORÂNIA
HISTORIA
WILSON AMARILDO
DE PIERRI
-EDUCAÇÃO
FÍSICA
ADMINISTRAÇÃO
SUPERVISÃO
ESCOLAR
EDUCAÇÃO FISICA
/AETE
2.4 Servidores em funções de apoio/técnico pedagógicas
NOME GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO FUNÇÃO
ADRIANA BORBA
CARLOS -PEDAGOGIA
-PSICOPEDAGOGIA
- EDUCAÇÃO
INCLUSIVA
-GESTÃO ESCOLAR
PEDAGOGA
ALTAIR RIBEIRO -GESTÃO PÚBLICA _ AGENTE
EDUCACIONAL II
ANGELICA ALVES DA
SILVA
-PEDAGOGIA
-CIÊNCIAS
BIOLÓGICAS
-EDUCAÇÃO
ESPECIAL
-GESTÃO ESCOLAR
PEDAGOGA
CLAUDETE COLLA
THISEN - PEDAGOGIA -PSICOPEDAGOGIA PEDAGOGA
CLEUSA GROSS PEDAGOGA
16
ELIANE MALAGUTI AGENTE
EDUCACIONAL I
ELIZANGELA VIGO -PEDAGOGIA
-PSICOPEDAGOGIA
-GERENCIAMENTO
DO AMBIENTE
ESCOLAR:
ORIENTAÇÃO E
SUPERVISÃO
AGENTE
EDUCACIONAL II
GEOVANE RODRIGO
DINARTE DA
ANUNCIACAO
-CIÊNCIAS/
QUÍMICA
-ENSINO DA
MATEMÁTICA
PREST/SERV
/DIREÇAO
JOANIR RIBAS ALVES -ENSINO MÉDIO - AUXILIAR
OPERACIONAL
LEVI BAHLS -FILOSOFIA - PREST/SERV
/VICE-DIRECAO
LUCIRENE RAMOS DA
SILVA
AGENTE
EDUCACIONAL I
MARLENE FATIMA
BUCKHARDT -ENSINO MÉDIO -
AUXILIAR
OPERACIONAL
MARI ROSANE
MEZOMO DE
OLIVEIRA
-PEDAGOGIA -EDUCAÇÃO
ESPECIAL
AGENTE
EDUCACIONAL II
MARIA OLIVEIRA
SILVA -ENSINO MÉDIO -PRÓ-FUNCIONÁRIO
AGENTE
EDUCACIONAL I
NEIVA CURTIS -ENSINO MÉDIO -PRÓ-FUNCIONÁRIO AGENTE
EDUCACIONAL I
ROSENI DOS PASSOS -ENSINO MÉDIO -PRÓ-FUNCIONÁRIO AGENTE
17
DOS SANTOS EDUCACIONAL I
ROSMARI SILVA DA
CRUZ -ENSINO MÉDIO -PRÓ-FUNCIONÁRIO
AGENTE
EDUCACIONAL I
SILVANA APARECIDA
VIEIRA
AGENTE
EDUCACIONAL II
SIRLENE APARECIDA
DA ROSA PEREIRA -ENSINO MÉDIO -PRÓ-FUNCIONÁRIO
AGENTE
EDUCACIONAL I
TANIA REGINA COSTA PROF. PAEE
VANDERLEI LAGOS -ENSINO MÉDIO _ 9731-SECRETARIO
VANIELI COMIRAN AGENTE
EDUCACIONAL II
VILSON PIRES DA
ROSA -ENSINO MÉDIO _
AUXILIAR
OPERACIONAL
ZULMIRA KOTTA DE
FREITAS SILVA -ENSINO MÉDIO -PRÓ-FUNCIONÁRIO
AGENTE
EDUCACIONAL I
De acordo com as discussões em grupos com a finalidade da reformulação do
P.P.P. questionando sobre a situação a respeito da sociedade, da escola e do aluno,
professores e funcionários, chegamos a seguinte conclusão do perfil da escola:
O quadro de professores é composto de uma equipe que desenvolve
trabalhos coletivos e reuniões para buscar soluções dos problemas do cotidiano
do educando, possibilitando uma ação pedagógica e administrativa voltada para
a melhoria nos aspectos educativos e diretivos como um todo. Os professores
são preocupados com a escola, com o ensino, com a formação integral dos
jovens e seus reflexos na sociedade. Entretanto, a constante atualização,
capacitação, material de apoio pedagógico para os professores, é essencial e
solicitada pelos mesmos.
Os funcionários são competentes, comprometidos e tem recebido
capacitação para a realização do trabalho, principalmente após o Programa Pró-
funcionário.
O diretor conduz seu o trabalho num processo democrático,
compromissado, envolvendo a participação de todos, solicita sugestões de
18
melhorias, considera as opiniões, as decisões são tomadas levando em conta o
contexto geral da escola, baseada na coletividade e contribuindo para a
democracia que existe dentro da escola. A direção auxiliar trabalha no período
noturno, porém, sempre que necessário está presente, auxiliando nas decisões
necessárias.
A equipe pedagógica é composta por professores pedagogos concursados. No
entanto há ainda alguns fatores que dificultam a execução de sua função no
apoio ao aluno e ao professor, como estarem em sala de aula na falta de algum
professor quando este não consegue anteriormente fazer permuta de suas
aulas.
Quanto aos alunos, 41,50% deles vivem na zona rural, chegam algumas vezes
cansados, necessitando de apoio e incentivo. Alguns alunos do período noturno
são faltosos, principalmente aqueles maiores de dezoito anos, devido ao fato de
trabalharem o dia todo, apresentam uma cultura relapsa com seus afazeres
acadêmicos, alguns são indisciplinados e acreditam que para ter nota basta vir à
escola e não necessariamente estudar, participar, construir conceitos e adquirir
conhecimentos, para estes alunos é feita uma intervenção pedagógica através do
diálogo esclarecedor, motivando e conscientizando os mesmos da importância do
estudo em seu futuro. Com os alunos do diurno os problemas de indisciplina e
faltas são menos acentuados, pois encontram-se numa organização social que
propicia meios de acesso aos conhecimentos que hoje são produzidos de forma
acelerada e desenvolvida na base da tecnologia. No entanto nem todos os
alunos têm acesso a essas tecnologias, devido ao fato de uma grande parte
residirem na zona rural.
Quanto aos pais, num percentual mediano, comparecem a escola quando
convocados para reuniões e para saber sobre o andamento escolar do filho,
principalmente no Ensino Fundamental. As reuniões são realizadas por bimestre
para entrega dos boletins, prestação de contas e conversa particular com os
professores de cada disciplina, também quando necessário são feitas reuniões
por turma. Esses momentos são importantes na formação intelectual do
indivíduo, pois, possibilitam aos pais ou responsáveis compreender a situação
escolar de seu filho e ajudar no que for necessário.
19
2.5 Ambientes pedagógicos
O terreno compreende 8.800 m2 e pertence à Escola, sendo de área
construída 2.440.m2. Neste espaço físico estão construídas as salas de aula em
blocos e alguns são interligados por passarelas, algumas salas são pequenas. A
iluminação está adequada com sistema de lâmpadas econômicas, permitindo a
circulação com segurança. A estrutura passou por reformas, na rede elétrica e a
fiação antiga foi substituída.
A biblioteca é pequena pelo fato de não haver espaço adequado. No
momento, faz-se necessário construir um ambiente especifico para a mesma.Com
relação ao acervo bibliográfico existem materiais para pesquisas, literatura, livros
didáticos de 6ª a 9ª e Ensino Médio.
Atualmente, a função pedagógica da biblioteca é reconhecida como
instrumento de apoio indispensável no processo de ensino-aprendizagem,
constituindo-se em momento para desenvolver competências para a busca e o uso
da informação, e, consequentemente, exercer o aprendizado ao longo da vida.
Segundo Lourenço Filho, a importância pedagógica da biblioteca destaca-se como:
Ensino e biblioteca são instrumentos complementares [...], ensino e
biblioteca não se excluem, completam-se. Uma escola sem biblioteca é um
instrumento imperfeito. A biblioteca sem ensino, ou seja, sem a alternativa de
estimular, coordenar e organizar a leitura, será por seu lado, instrumento vago e
incerto. ( Filho ,1946,p.3-4)
A sala dos professores e da direção são adequadas à quantidade de
profissionais, já a sala da coordenação é pequena pela demanda que atende. Os
banheiros são em número suficiente em relação ao número de alunos e três são
adaptados a pessoas com necessidades especiais, dispondo também de rampa de
acesso. Há a necessidade de um refeitório para acomodação dos alunos.
Há espaços para laboratório de física, química, biologia e ciências, porém,
faltam alguns equipamentos, reparos e a possibilidade para a atualização dos
professores.
A importância do Laboratório de Ciências, Química, Física e Biologia e a
união entre a teoria e a prática, devendo ser o elo entre o abstrato das ideias e o
concreto da realidade física.
Para Cruz, as práticas de laboratório devem ser precedidas ou
20
acompanhadas de aulas teóricas. A linguagem deve ser simples e adequada ao
grupo de alunos, as estratégias didáticas devem ser bem escolhidas para que as
atividades laboratoriais não sejam meras demonstrações. Assim, a teoria, as
demonstrações, o exercício prático e o experimento produzirão a interação entre o
aluno e o aprendizado de maneira prazerosa. (Cruz, 2009,p.21)
O laboratório de informática é um rico recurso didático a mais que a escola tem
e está disponível aos professores e alunos, devendo explorar as diversas
possibilidades da tecnologia que contribua no processo pedagógico.
Segundo Cruz, a escola precisa exercer seu papel de auxiliar os alunos para a
responsabilidade e o critério no uso dos recursos tecnológicos. Considerando que o
Laboratório de Informática é uma ferramenta que enriquecer o aprendizado sendo
utilizados por todas as disciplinas.
A quadra é coberta, mas não há passarela para acesso nos dias de chuva,
sendo necessário construir uma passarela coberta.
Há também a necessidade da construção de um almoxarifado e uma sala de
jogos pedagógicos anexadas na quadra, para que as aulas de educação física
tenham um espaço próprio e adequado para o desenvolvimento das atividades.
2.6 Caracterização da comunidade - dados sócios econômicos
Conforme pesquisa realizada junto à comunidade escolar, através de
questionário houve a constatação dos seguintes dados:
TOTAL DE ALUNOS MATRICULADOS: 667
NUMERO DE ALUNOS PESQUISADOS: 625
QUESTÃO 1: TELEFONE TOTAL %
RESIDENCIAL/
COMERCIAL
105 20
CELULAR 412 78
21
QUESTÃO 2: IDADE
IDADE Nº % IDADE Nº % IDADE Nº % IDADE Nº %
10 14 3,1 15 79 17,2 20 3 0,7 25 2 0,4
11 40 8,7 16 90 20 21 1 0,2 26 0 0
12 53 11,5 17 50 10,9 22 2 0,4 27 1 0,2
13 48 10,5 18 18 4 23 0 0 28 1 0,2
14 46 10 19 7 1,5 24 0 0 +29 1 0,2
QUESTÃO 3: REPROVAÇÃO TOTAL %
SIM 95 15,2
NÃO 361 57,7
NÃO RESPONDEU 169 27,1
QUESTÃO 4: ZONA DE RESIDÊNCIA TOTAL %
ZONA RURAL 209 33,4
ZONA URBANA 357 57,1
NÃO RESPONDEU 59 9,5
QUESTÃO 5: TIPO DE MORADIA TOTAL %
ALUGADA 59 9,5
CEDIDA 49 7,8
PRÓPRIA 348 55,7
NÃO RESPONDEU 169 27,0
QUESTÃO 6: IRMÃO NA ESCOLA TOTAL %
22
SIM 165 26,4
NÃO 293 46,8
NÃO RESPONDEU 167 26,8
QUESTÃO 7: UTILIZAÇÃO DA MERENDA TOTAL %
SIM 590 94,4
NÃO 35 5,6
NÃO RESPONDEU --- ---
QUESTÃO 8: SISTEMA DE ÁGUA TOTAL %
SANEPAR 267 58,4
POÇO ARTESIANO 65 14,2
POÇO COMUM 17 3,7
MINA 108 23,7
QUESTÃO 09: PESSOAS NA FAMILIA
QUAN
T
Nº % QUANT Nº % QUANT Nº %
2 25 5,7 7 19 4,3 12
3 90 20,5 8 3 0,7 13
4 162 37 9 2 0,4 14
5 97 22,1 10 14 2,24% 15
6 41 9,3 11 NR
23
QUESTÃO 10: RENDA FAMILIAR
MENOS DE 1 MÍNIMO 26 6
1 À 3 233 54,3
3 À 5 120 28
OUTROS 50 11,6
QUESTÃO 11: TEMPO QUE RESIDE NO LOCAL?
MENOS DE 1 ANO 76 12,1
1 À 5 111 17,7
6 À 10 99 15,8
11 À 15 73 11,6
+ 15 55 8,8
NÃO RESPONDEU 211 33,8
QUESTÃO 12: É CADASTRADO EM ALGUM
PROGRAMA DO GOVERNO?
TOTAL %
SIM 106 27,4
NÃO 280 72,5
QUAL TIPO DE BENEFICIO TOTAL %
BOLSA FAMILIA 96 84,2
PETI 0 0
BEN. JOVEM 13 11,4
LUZ FRATERNA 3 2,7
ÁGUA P/ TODOS 2 1,8
QUESTÃO 13: USA TRANSPORTE?
24
SIM 215 34,4
NÃO 410 65,6
NÃO RESPONDEU
KM Q % KM Q % KM Q % KM Q % KM Q %
1 37 21,1 6 5 2,9 11 0 0 16 14 8 +21 15 8,5
2 12 7 7 2 1,1 12 7 4 17 0 0
3 13 7,4 8 11 6,3 13 4 2,3 18 2 1,1
4 14 8 9 3 1,7 14 2 1,1 19 1 0,6
5 10 5,7 10 9 5,1 15 9 5,1 20 5 2,9
QUESTÃO 14: ACOMPANHAMENTO DOS ESTUDOS PELOS
PAIS?
TOTAL %
SIM 104 24,1
NÃO 112 26
AS VEZES 215 49,9
QUESTÃO 15: OS PAIS PARTICIPAM DAS ATIVIDADES DA
ESCOLA?
TOTAL %
SIM 233 55
NÃO 42 10
AS VEZES 148 35
QUESTÃO 16: SATISFEITO COM A ESCOLA? TOTAL %
SIM 182 42,3
NÃO 78 18,1
NÃO RESPONDEU: 170 39,6
25
QUESTÃO 17: DISCIPLINA QUE MAIS GOSTA?
DISCIPLINA QUANTIDADE TOTAL % DISCIPLINA QUANTIDA
DE
TOTAL %
ARTE 76 6,1 FILOSOFIA 77 6,2
BIOLOGIA 62 5 INGLÊS 66 5,3
CIÊNCIAS 62 5 MATEMATIC
A
124 10
ED. FÍSICA 250 20 PORTUGUE
S
101 8,1
ENS. REL 9 0,7 QUÍMICA 47 3,7
GEOGRAFIA 117 9,4 SOCIOLOGI
A
86 7
HISTÓRIA 98 7,8 TODAS 31 2,5
FÍSICA 39 3,1 NR - -
QUESTÃO 18: ESTUDA EM CASA? TOTAL %
SIM 150 32
NÃO 116 24,8
AS VEZES 203 42,2
QUESTÃO 19: ESCOLARIDADE
DOS PAIS?
PAI TOTAL % MÃE TOTAL %
ANALFABETOS 41 10,1 17 3,9
ENS. FUNDAMENTAL INCOMPLETO 161 37 162 37
ENS. FUNDAMENTAL COMPLETO 50 12 56 13
ENS. MÉDIO INCOMPLETO 45 11 38 8
ENS. MÉDIO COMPLETO 74 19 91 21
26
GRADUAÇÃO INCOMPLETA 4 1 7 1,6
GRADUAÇÃO COMPLETA 18 4,5 37 9
PÓS GRADUAÇÃO 11 3 24 6
NÃO RESPONDEU - - - -
QUESTÃO 20: PROFISSÃO DOS PAIS?
PAI TOTAL % PROFISSÃO MÃE TOTAL %
Agricultor 149 36 Agricultora 72 16,4
Autônomo 41 10 Comerciante 41 9,3
Comerciante 19 4,6 Do lar 139 31,7
Funcionário
Público
19 4,6 Doméstica 37 8,4
Mecânico 15 3,6 Funcionária
Privada
35 8
Motorista 22 5,3 Funcionária
Pública
24 5,5
Ped. - Carp. -
Mar.
37 9 Professora 21 4,8
Professor 5 1,2 Profissional
Saúde
6 1,4
Funcionário
Privada
27 6,5 Vendedora 10 2,3
Profissional
Saúde
3 0,7 Costureira 11 2,5
Engenheiro 1 0,2 Autônoma 9 2
Aposentado 22 5,3 Secretária 5 1,1
Policial 02 0,4 Motorista 0 0
27
Técnico Agrícola 2 0,4 Serviços Gerais 11 2,5
Oficial de Justiça 1 0,2 Aposentado 4 0,9
OUTRAS 47 11,4 OUTRAS 13 3
QUESTÃO 21: MEIOS DE COMUNICAÇÃO? TOTAL %
TV 454 38,6
RÁDIO 380 32,3
COMPUTADOR
INTERNET/
306 26
JORNAL/REVISTA 36 3
3 OBJETIVOS GERAIS
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa,
nos movimentos sociais, nas organizações da sociedade civil e nas manifestações
culturais.
A LDB, em seu Artigo 32 expõe que:
O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito
na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a
formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006).
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos
o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Conforme o Artigo 35 da LDB, o Ensino Médio, etapa final da educação
básica, com duração mínima de três anos,terá como finalidades:
28
- A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
- A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando para continuar
aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas
condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
- O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e
o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
-A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos,
relacionado à teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de
aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de
Educação, nas seguintes áreas do conhecimento: (Incluído pela Lei nº 13.415, de
2017).
I - linguagens e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
II - matemática e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
III - ciências da natureza e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
IV - ciências humanas e sociais aplicadas. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
Segundo a LDB, “a educação é dever da família e do Estado, inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tendo como finalidade
o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho”.
A legislação diz, e acreditamos que com a educação escolar ministrada com
base nestes princípios, garantiremos os direitos e o respeito pelo cidadão:
Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, arte e o saber;
Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;
Valorização do profissional da educação escolar;
29
Gestão democrática do ensino público;
Garantia de padrão de qualidade;
Valorização da experiência extraescolar;
Vinculação entre educação escolar, trabalho e práticas sociais.
A educação básica tem por finalidade desenvolver ações pedagógicas que
ofereçam conhecimentos científicos ao educando, assegurar uma formação geral e
indispensável para o exercício da cidadania, fornecer meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores. Sua estrutura é composta de:
Ensino Fundamental (anos finais);
Ensino Médio.
3.1 Objetivos específicos
Os objetivos específicos do estabelecimento são:
Oferecer ao educando os conhecimentos e a humanização necessária para
seu desenvolvimento, visando suas potencialidades, ajudando a compreender
os processos de transformação da sociedade;
Satisfazer a tríplice exigência de uma escola no sentido de:
Ser verdadeira, isto é, um centro de educação eficiente propondo uma
formação integral para o educando, com vistas à realidade que deve ser
transformada e visando a preservação da natureza, proporcionando, portanto
conhecimentos para a compreensão dos fatos globais que leve a uma atitude de
ação reflexão;
A educação deve levar o estudante a buscar seu desenvolvimento
intelectual e integral, proporcionando ferramentas para que se torne um sujeito
criativo e ativo, principalmente tornando responsável, solidário e um cidadão
conhecedor de seus direitos e deveres, podendo contribuir com as
transformações na sociedade.
A opção da Escola é por uma educação histórico crítico dos conteúdos, com
metodologia dialética e dinâmica. Sua proposta consiste em centrar sua ação
educativa tendo o trabalho como princípio educativo, desenvolvendo no alunado
a responsabilidade social e a atitude de entusiasmo, para sua construção do
conhecimento científico.
Pretende, portanto, concretizar como uma comunidade escolar que seja:
30
Comprometida com o processo educativo;
Permeada por fundamentos que levem o educando a desenvolver raciocínio
lógico, dialético e compreensão dos processos históricos;
Aberta para todas as pessoas, Instituições e comunidade escolar para um
diálogo na busca de melhorias;
Dinamizada por constante ação reflexão, planejamento e avaliação;
Voltada para a formação do homem integral, democrático, comunicativo,
crítico, criativo, liberto e libertador, enfim, atuante de forma integral e ativa na
sociedade em que vive.
4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
A educação é um dos fatores fundamentais para a concretização do
desenvolvimento social, político, econômico, cultural e tecnológico, propiciando um
grande teor de igualdade de conhecimentos, podendo, assim, sensibilizar os
discentes a um processo de compreensão política para possibilitar ao sujeito o
reconhecimento de sua condição na realidade social, bem como, interpretar o
contexto que envolve a sociedade e assim, contribuir para uma possível
transformação da realidade.
Para que ocorram as mudanças desejadas é necessário desenvolver na
práxis pedagógica a efetivação do desenvolvimento dos conhecimentos gerais e
fundamentais que possibilitem ao jovem a construção de uma sociedade menos
desigual, em prol dos valores da classe trabalhadora. Entretanto, para que se
efetivem estas mudanças de ordem estrutural, é necessário que na Escola, os
profissionais pensem e realizem os objetivos previamente constados nos
planejamentos e nas metas de ensino, baseando-se em fundamentos educacionais
que possibilitem o êxito de tais mudanças.
Nesta perspectiva, as relações pedagógicas, que também são políticas,
necessitam tornar-se eficazes e de forma coletiva, buscando ações educativas, que
ultrapassem a alfabetização e a transmissão dos conhecimentos e/ou conceitos.
Estes devem favorecer compreensão, interpretação e conscientização dos fatos por
parte dos alunos, fornecendo-lhes subsídios para que percebam a realidade,
31
libertando-os do senso comum e da alienação, proporcionando-lhes condições para
a superação da opressão.
Com base neste pressuposto teórico, os alunos precisam ser instigados à
participarem de práticas escolares, que complementem o conhecimento trazido de
suas relações sociais, de seu conhecimento do senso comum que é determinado
pelas vivências em seu contexto histórico e cultural, que constituíram sua
compreensão de mundo, de ser humano e de sociedade. Cabe a prática escolar,
propiciar o conhecimento científico que parte deste senso comum, ampliando sua
visão na ótica da ciência.
Partindo do pressuposto de que toda a ação educativa implica
necessariamente numa intencionalidade, é preciso ter o entendimento destas
concepções e de sua concretização na totalidade destacando que este processo
deve ocorrer de forma coletiva, numa ação conjunta da comunidade escolar, com
momentos e espaços propícios para a necessária reflexão e distinção entre as
possibilidades orientadoras do fazer educativo.
A educação vai além de uma aprendizagem cognitiva, inclui o
desenvolvimento social e emocional de quem se envolve no processo ensino-
aprendizagem. Nesse entendimento, deve ela ocorrer na comunidade escolar em
interação com a comunidade local. Assim, a educação deve abarcar questões
concernentes à escola, aos procedimentos pedagógicos, às agendas e instrumentos
que possibilitem uma ação pedagógica, conscientizadora e libertadora, voltada para
o respeito e valorização da diversidade, aos conceitos de sustentabilidade e de
formação da cidadania ativa.
O momento histórico vivenciado, no contexto educativo escolar, aponta para
uma Filosofia de Educação que possa contemplar as múltiplas dimensões do
homem, enquanto sujeito inserido em um determinado contexto. A escola busca
salientar o papel do professor e do aluno na consolidação do conhecimento, dentro
de uma concepção sócio-interacionista, trabalhando a interdisciplinaridade e
transversalidade.
A escola hoje é reconhecida como parte inseparável da totalidade social,
buscando o conhecimento do mundo, construindo este conhecimento, partilhando
ideias, tomando consciência de vivência, cidadania, buscando a construção de um
universo mais harmonioso, garantindo, no que preconiza o Estatuto da Criança e do
32
Adolescente, as concepções primordiais ligadas ao saber e ao desenvolvimento
psico-intelectual. Para tanto, o currículo escolar, bem como os programas e os
planos de ensino, serão considerados como ponto de partida de criação,
apropriação, sistematização, produção e recriação do saber.
De acordo com a LDB 9394/96 o ensino deverá ser ministrado de forma a
abranger os princípios da Educação nela contemplados, são eles:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a
arte e o saber;
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI- vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Porém, para que a Educação cumpra seu papel de forma prática e construtiva
é necessário ainda que sejam observados.
a) a educação deve ter a função de desenvolver uma cultura de direitos
humanos em todos os espaços sociais;
b) a escola, como espaço privilegiado para a construção e consolidação da
cultura deve assegurar que os objetivos a serem adotados sejam coerentes com os
valores e princípios da educação;
c) a educação por seu caráter coletivo, democrático e participativo, deve
ocorrer em espaços marcados pelo entendimento mútuo, respeito e
responsabilidade;
d) a educação deve estruturar-se na diversidade cultural e ambiental,
garantindo a cidadania, o acesso ao ensino, permanência e conclusão, a equidade
(étnico-racial, religiosa, cultural, territorial, físico-individual, geracional, de gênero, de
orientação sexual, de opção política, de nacionalidade, dentre outras) e a qualidade
33
da educação;
e) a educação deve ser um dos eixos fundamentais e permear o currículo, a
formação inicial e continuada dos profissionais da educação, o projeto político-
pedagógico da escola, os materiais didático-pedagógicos, o modelo de gestão e a
avaliação;
f) a prática escolar deve ser orientada para a educação de todos,
assegurando o seu caráter transversal e a relação dialógica entre os diversos atores
sociais.
Neste Colégio a educação ofertada, com o apoio dos profissionais que nela
atuam, tem a intenção de:
- Contribuir para a construção de uma sociedade justa, socialmente igualitária,
solidária, politicamente democrática, culturalmente pluralista e pautada pelos
princípios éticos e políticos, onde todos sejam reconhecidos e respeitados em sua
individualidade e em suas diferenças;
-Possibilitar o desenvolvimento das potencialidades dos alunos, contribuindo
para que, o saber, os conhecimentos produzidos e acumulados historicamente
estejam a serviço do crescimento intelectual e sejam partilhados igualitariamente;
-Desenvolver a liberdade e o direito de participarem de eventos, promovendo
a liberdade de pensamento e de expressão;
-Disponibilizar ao alunado desta escola, o acesso ao conhecimento científico
e aos recursos tecnológicos.
4.1 Rendimento escolar
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado pelo INEP
em 2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino,
representando a iniciativa de reunir num só indicador dois conceitos importantes
para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias nas avaliações. Associando
ao enfoque pedagógico das avaliações a possibilidade de resultados facilmente
assimiláveis e que permitem traçar metas de qualidade educacional .
O indicador é calculado com base no desempenho do estudante, a partir de
dois componentes: taxa de rendimento escolar (aprovação) e médias de
desempenho nos exames padronizados aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos
34
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC). Assim, para que o IDEB de
uma escola cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a
sala de aula.
O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do
alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota seis em 2022 –
correspondente ao sistema educacional de qualidade comparável dos países
desenvolvidos
Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar. As médias
de desempenho utilizadas são as da Prova Brasil e do SAEB, sendo que o IDEB é
uma ferramenta de acompanhamento das metas de qualidade da educação básica,
no âmbito do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do MEC.
Ensino/Série
Rendimento Escolar
Taxa de Aprovação Taxa de
Reprovação Taxa de
Abandono Total de Aprovados
Aprovados por Conselho de Classe
FUNDAMENTAL 9 ANOS - TOTAL
80,00% 12,90% 17,20% 2,70%
6º ANO 75,40% 23,90% 19,60% 4,90%
7º ANO 76,30% 12,70% 19,40% 4,10%
8º ANO 83,80% 9,60% 16,10% 0,00%
9º ANO 83,10% 8,80% 14,70% 2,10%
MEDIO REGULAR - TOTAL
66,90% 4,90% 9,00% 24,00%
1ª SERIE 30,10% 6,20% 11,30% 58,40%
2ª SERIE 66,40% 5,30% 13,50% 20,00%
3ª SERIE 85,40% 4,20% 0,90% 13,60%
5 MARCO CONCEITUAL
O Marco Conceitual expressa o que a comunidade escolar deseja e quais
suas perspectivas para direcionar as ações elaboradas pela coletividade. Conforme
esclarece Custódio (2008), esse marco aponta o referencial teórico que se pretende
para sustentar as práticas educativas, apontando a busca de
[...] respostas fundamentadas a todas as questões levantadas no Marco
anterior. É nesse momento que se pratica a verdadeira democracia baseada nos
princípios da ética, do respeito, da tolerância e da defesa de ideias geradas para o
bem comum. Há que se entender dos objetivos da construção do Projeto Político
Pedagógico, os limites e as possibilidades da prática docente. (CUSTÓDIO, 2008, p.
08).
Desta forma, este marco incumbirá da reflexão sobre os desafios a serem
enfrentados e que apanhamos no decorrer do marco situacional. Aquele, por sua
35
vez, identificou as mazelas sociais às quais a comunidade foi exposta desde sua
criação, apontando um direcionamento. Neste repensar se incluem as definições de
concepção de educação que mais se aproximem das necessidades de
superação/transformação do que está posto na vida de nossos alunos.
O Marco Conceitual tem como objetivo apresentar a comunidade escolar as
concepções que devem o direcionar as ações educativas, a linha filosófica da
instituição, a Tendência Pedagógica e fundamentar processo ensino-aprendizagem
que queremos construir.
A situação que se configura em razão das crescentes e aceleradas
transformações que passa a sociedade tem contribuído para o desenvolvimento do
individualismo, da intolerância, da violência e de outros valores e sentimentos
negativos na formação dos indivíduos. Esse contexto coloca enormes desafios para
a sociedade e, como não poderia deixar também para a escola. Precisamos
construir uma escola, com base em uma concepção de mundo, homem e educação
coerente com um projeto social que priorize a democratização do conhecimento para
todas as classes sociais.
Neste sentido este colégio orienta suas ações a partir das bases referenciais
do Materialismo Histórico Dialético, já que acreditamos que esta base teórica
sustenta a defesa de uma sociedade onde todos possam ter acesso aos bens
materiais e imateriais. Entende-se por bens materiais aqueles necessários a
sobrevivência material,
“O processo de produção da existência humana implica, primeiramente, a
garantia de sua subsistência material, com a consequente produção, em escalas
cada vez mais amplas e complexas de bens materiais” (SAVIANI, 2005. p. 12).
E por bens imateriais aqueles que segundo o mesmo autor estão ligados a
produção de “ideias, conceitos, valores, símbolos, hábitos, atitudes, habilidades.
Numa palavra, trata-se da produção do saber popular que o aluno já possui para
tornar a aula mais dinâmica e a aprendizagem mais significativa. “O processo de
ensino aprendizagem depende de três elementos que se complementam na prática
pedagógica, professor, aluno e conteúdo que se inter-relacionam na construção do
conhecimento pelo aluno.” (GASPARIN, 2005).
Diante disso, trataremos de nos aprofundar cotidianamente em reflexões que
nos propiciem o compromisso com a realidade, o que implica necessariamente em
36
práticas pedagógicas articuladas entre si e uma gestão planejada.
5.1 Concepção de homem
A educação concebe o homem como um ser biopsicossocial, individualizado,
com emoções e sensações harmonizadas, desenvolvendo suas potencialidades
para a luta em prol de seus direitos humanos e numa perspectiva de conhecimento
da questão política, devendo, assim, estar comprometido com a caminhada na
busca de uma sociedade mais justa e conhecendo profundamente os fatos sociais
que o envolvem.
O alunado carece ser conhecedor da cultura, respeitar e cultivar os
conhecimentos, os bens, os valores simbólicos e significativos do seu grupo e de
outros grupos ou de um tempo histórico concreto, para compreender a
contemporaneidade com base em uma análise a partir da ciência, além de priorizar
um compromisso de vivência solidária, dando ênfase ao ser humano integral no
meio de sua comunidade.
Por esta razão devemos compreender o homem como um ser em
transformação, buscando pela apropriação dos conhecimentos historicamente
produzida, em suas relações e reflexões, percebe suas necessidades e pode
interagir positivamente com o meio onde vive.
De acordo com Paro (2004) é na existência material que o homem produz
conhecimentos, técnicas, valores, comportamentos, atitudes bem como acumula
saberes produzidos historicamente. Todavia no relacionamento que o homem
estabelece com o seu semelhante e com a natureza, não deve fugir do caráter
humano, prevalecendo a solidariedade, a cooperação, o respeito a individualidade, a
liberdade, evitando qualquer relação de dominação, pois essa seria a negação da
condição humana. Com a proposta de formar o homem não apenas para o mercado
de trabalho e sim um ser ativo, emancipado, crítico e participativo.
5.2 Concepção de mundo
Na concepção de mundo da nossa escola buscamos princípios e valores
que para orientação sobre:
- a justiça - na relação de igualdade e equidade;
- a ética - por decisão livre e consciente, favorecer as condições de uma vida
37
desejável para todos;
- a estética - valorizando as belezas naturais e preservando-as; criando
ambientes acolhedores: organizados, limpos, harmoniosos; apreciando as
produções artísticas em suas diferentes modalidades;
- a liberdade - como pressuposto do desenvolvimento humano, relacionando-
-a à responsabilidade;
- a democracia - para que haja compatibilidade entre as liberdades individuais
e a organização social pautada no bem comum; com um sistema de representação
política; estimulando a participação comprometida e responsável;
- a paz - percebendo que os conflitos são inerentes ao desenvolvimento
humano e à vida social e são fontes de crescimento, mas que as diferenças não
devem ser resolvidas com a violência, mas com respeito, tolerância, diálogo e ações
eficazes para a solução dos conflitos.
5.3 Concepção de sociedade
A sociedade é mediadora do saber e da educação, presente no trabalho
concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e do agir social a
partir das contradições geradas pelo processo de transformação da base econômica.
É um espaço de interação e relacionamento humano, no qual se reflete a
maneira de ser, agir e pensar de uma grande comunidade composta por diversas
culturas. Neste sentido demonstra-se almejar relações sociais de qualidade, justiça,
igualdade de direitos e liberdade de expressão, enfim um espaço que congregue a
diversidade e a autonomia, concebendo-as como parte da condição humana. É
necessário compreender as leis que regem o desenvolvimento da sociedade e
cumprir com os deveres, manifestando conscientemente as objeções, visando à
equidade, mediante a qualidade de vida e a democracia.
Abarcamos que a educação tem um papel ambicioso no desenvolvimento
dos alunos e das sociedades. Como um processo ativo e receptivo, ela é
influenciada pelas exigências da sociedade moderna que se mostra a cada dia, mais
exigente e seletiva.
Portanto, escola e sociedade não podem ser abrangidas como espaço de
convivência separados, isolados um do outro. Os conhecimentos que a escola
oferece devem ser produto da construção e recriação, resultantes da interação entre
38
o saber escolar e os demais saberes que os alunos trazem do seu contexto social
5.4 Concepção de educação
A concepção de Educação do Colégio Estadual Dr. João Ferreira Neves opta
por uma educação que propicia a formação nos aspectos político, social, econômico,
e cultural, num processo formativo e contínuo do desenvolvimento humano. Sendo o
homem, um ser provido de qualidades físicas e psíquicas que move e remove
situações de acordo com sua vivência. Partindo desta análise, nosso colégio busca
uma educação que valorize a originalidade, percebendo, reanimando e fortalecendo
o potencial de cada pessoa.
Num processo voltado para o pluralismo como princípio ativo de
enriquecimento cultural e político da sociedade, visando a tolerância e o respeito
para com o outro, como condição necessária à democracia numa dimensão social e
comunitária, sensibilizando e envolvendo o aluno com questões sociais.
Para que tudo isso se concretize é necessário compreender que o aluno é um
sujeito ativo no processo ensino-aprendizagem. Sujeito que inova, transforma e
adquire meios, através da educação de refazer o que já está feito, de forma ampla e
formativa. Cabe ao professor, enquanto um ser politicamente transformador interagir
com o conhecimento observando seus alunos como um todo atuante nesse
processo, porém sempre respeitando suas individualidades.
Compreendemos que a Educação é o meio que permite ao aluno construir
ações que promovam a cidadania e interajam com o ambiente, com o outro,
transformando a sua vida e da sociedade a qual faz parte.
A Educação é o instrumento mediador entre o senso comum e o
conhecimento científico, mais atuante também no sentido de despertar a
sensibilidade e a criatividade a fim de construir um ser completo, crítico e pensante,
possibilitando um crescimento individual e coletivo.
5.5 Concepção de escola
A escola deve ser um espaço transformador, inclusivo; que na sua
concepção priorize o ser humano e o conhecimento. Neste sentido, a instituição
escolar deve ser: democrática, que possibilite o acesso do aluno a informação e o
saber (função social). Devendo ter em seu funcionamento estrutura física, material e
39
humana que atenda a suas necessidades.
A escola pública tem a função social de garantir o acesso e a permanência
dos alunos, assim como de garantir o acesso aos conhecimentos científicos. Ela não
se restringe ao espaço físico, mas age e transforma em conjunto com a família e as
instituições sociais que colaboram na construção do saber.
É através da escola que se envolve e instiga a educação transformadora,
através de seu dinamismo em renovar, inovar e experienciar o conhecimento, que
não deve ser estático e pronto, oferecendo condições para que haja a exploração do
ambiente, inventando, descobrindo e direcionando o ser humano às finalidades de
caráter social e renovador.
A escola ideal não é algo pronto, mas um processo ativo e dinâmico de
discussão e construção. Não será construída com facilidade, porque terá que
trabalhar com interesses divergentes, buscando um e relação pautada no diálogo e
na participação de toda comunidade escolar.
Quer-se uma educação de qualidade, por isso é preciso que paremos para
reconsiderar o papel da escola neste contexto. Em tese, a escola não deverá ser a
mera transmissora do conhecimento, mas principalmente o ambiente fecundo, rico,
que possibilite a crítica e a recriação do saber, deverá ser o local de fácil acesso a
todos que a ela procurarem, possibilitando não só o seu acesso, como também a
sua permanência em uma escola de boa qualidade.
A escola é um espaço de diferença, de diversidade, e também de encontros,
embates, conflitos, possibilidades para alcançar o conhecimento.
5.6 Concepção de professor
O educador ao se propor a exercer o magistério, necessita ter como
concepção incorporar a ideologia de que deverá permanentemente procurar o
aperfeiçoamento profissional, alimentando seus conhecimentos na constante busca
de novas descobertas e técnicas que o capacite a desenvolver métodos de reflexão
sobre os problemas da educação, superando a visão ingênua da realidade, em
direção de uma visão crítica.
Se a opção do professor for por uma educação que possibilite aos alunos o
acesso a instrumentos que vão auxiliar na transformação da sociedade os seus
objetivos devem enunciar claramente essas proposições. Deve ficar evidente o que
40
vai ser essencial para a aprendizagem daquele grupo de alunos, os conteúdos que
serão relevantes, as habilidades e atitudes que irão contribuir, no âmbito de sua
disciplina, com a formação de um indivíduo consciente, crítico e capaz de orientar o
seu próprio aprendizado. (KENSKI, 1995, p.137).
Como educadores temos o compromisso de democratizar o conhecimento,
especialmente estando na escola pública. Portanto, analisar as concepções e
práticas avaliativas do professor, significa buscar compreender sua dinâmica
pedagógica e os desdobramentos didáticos que dela decorrem.
(...) retoma também o papel do professor e a relação ensinar e aprender,
quando diz que o papel do professor é ensinar. Porém ensinar não é transferir
conhecimento. O ato de ensinar se constitui como tal se o ato de aprender for
precedido, ou concomitante ao “ato de aprender o conteúdo, ou o objeto
cognoscível, com que o educando se torna também produtor do conhecimento que
lhe foi ensinado”. (FREIRE, 1993)
O professor estando preparado tem plena consciência da diversidade de
alunos que vai encontrar em suas salas de aula, portanto sempre vai ter de estar
muito bem disposto, pois ao ser questionado por estes, poderá ensinar, bem como,
aprender com eles.
5.7 Concepção de estudante
É o sujeito ativo no processo de ensino aprendizagem ,que inova e
adquire meios, através da educação de refazer o que já está elaborado , de forma
mais ampla e útil.
O aluno deve ser um questionador do mundo, do homem, da sociedade
e de si mesmo, com o objetivo de compreender e perpetuar a cultura a qual está
inserido. É um ser em formação que está buscando seu espaço na sociedade e
precisa de mediação e auxílio para a construção de seus conhecimentos.
O educando apropria-se do conhecimentos científicos, interpreta-os,
adequa-os à sua realidade e desenvolvendo seu senso crítico através das relações
professor/ aluno e aluno/ professor. Modificando a trajetória da educação e do
mundo, respeitando os aspectos afetivos, cognitivos, sociais e culturais e físicos em
sua totalidade.
41
5.8 Concepção de infância
A concepção de infância teve diferentes visões, conforme as formas de
organização da sociedade. Assim, a ideia de infância não existiu sempre da mesma
maneira.
Para Farias,“a criança será percebida pela sociedade de forma diversificada
ao longo dos tempos, conforme as determinações das relações de produção
vigentes em cada época”. Faria (1997, p.9)
A criança era concebida como um ser pouco desenvolvido tanto fisicamente
como intelectualmente. Para Platão, a educação das crianças deveria ser bem
direcionada, tendo em vista a formação dos adultos em potencial.Acreditava-se que
ela poderia perceber e fazer o mesmo que os adultos. Segundo o autor, a criança
era considerada quase invisível ou, em outras palavras, um “mini-adulto”.
Ao decorrer dos anos, as crianças não eram mais vistas como adultos em
miniatura, a infância foi considerada como a etapa do desenvolvimento infantil e
iniciou a organização das classes escolares
“As crianças possuem uma natureza singular, que as caracterizam como
seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio”. Sendo assim,
durante o processo de construção do conhecimento, “as crianças se utilizam das
mais diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem ideias e
hipóteses originais sobre aquilo que procuram desvendar”. Este conhecimento
constituído pelas crianças “é fruto de um intenso trabalho de criação, significação e
ressignificação”. Ainda convém salientar que compreender, conhecer e reconhecer o
jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da
educação infantil e de seus profissionais. Embora os conhecimentos derivados da
psicologia, antropologia, sociologia, medicina, etc. possam ser de grande valia para
desvelar o universo infantil apontando algumas características comuns do ser das
crianças, elas permanecem únicas em sua individualidades e diferenças (Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil, 1998, p.22).
Atualmente, o desafio da educação é pensar na criança que ingressa no
Ensino Fundamental, refletindo sobre a práxis pedagógica que considera a infância,
garantindo a aquisição do conhecimento nas dimensões artística, filosófica e
científica, aliada à exploração da ludicidade em atividades pedagógicas.
42
5.9 Concepção de adolescência
A adolescência corresponde ao período em que o ser humano sofre
mudanças orgânicas, cognitivas, sociais e afetivas. As transformações sofridas pelo
adolescente têm consequências no estado do seu relacionamento interpessoal,
familiar, escolar e social. Estas mudanças físicas que transformam a sua imagem
corporal e intelectual, dar início a formação do conhecimento de si próprio e a
prepará-lo para tomar decisões. Porém, este momento de desenvolvimento é
bastante complexo porque passa por um confronto de forças interiores e exteriores
que afetam o autoconhecimento, tais como o contexto socioeconômico e cultural e a
importância da família e dos seus pares que influenciam as expectativas dos jovens
em relação ao futuro.
Durante essa trajetória o jovem encontra-se em busca de uma identidade que
lhe proporcionar segurança e autoestima. Razão pela qual a companhia dos pais é,
nesta fase, preterida relativamente à corporação dos amigos. No período da
adolescência, o jovem sente necessidade de contestar os valores que lhe foram
incutidos pela família numa tentativa de se afirmar enquanto indivíduo com
existência e características próprias.
A partir do século XIX, o período da adolescência (fase de transição entre a
infância e a vida adulta),foi empregada no mundo ocidental a partir da organização
da escola. É também compreendida como puberdade, pois caracteriza as alterações
decorrentes do corpo em relação ao desenvolvimento das características sexuais, ou
seja, a puberdade é o processo de desenvolvimento do corpo. Waddell (1995)
descreve esse processo do seguinte modo:
A adolescência apresenta uma etapa de conflito que geralmente surge
quando a criança se percebe frente a posições contraditórias, por isso pode-se dizer
que se encontram pertencente em um ambiente de ambiguidades e contradições.
Nessa etapa da vida os sujeitos tendem a reclamar da falta de liberdade e
autonomia.
6 OPÇÕES EDUCACIONAIS ADOTADAS PELA ESCOLA
É importante ter a clareza de que não existe uma única linha pedagógica,
existe uma diversidade de pesquisas na área da história da educação que
demonstra as diversas linhas e teorias pedagógicas possíveis de serem seguidas,
43
cabe a equipe envolvida na educação, definir qual linha seguir. Atualmente, este
estabelecimento de ensino segue:
- TEORIA FILOSÓFICA: Materialismo Histórico Dialético, rico em possibilidades
teóricas e em relatos de práticas educativas múltiplas, contribuindo para o melhor
desenvolvimento da educação em todas as áreas. Deve, portanto, fazer a releitura
deste contexto e analisar a forma possível para que se possa trabalhar na realidade
da escola, compondo, assim, uma prática pedagógica real para esta comunidade
escolar. Para Marx, a teoria filosófica analisar os acertos e desacertos na prática.
“A prática não fala por si mesma. (...) O critério de verdade está na prática, mas
só se o descobre numa relação propriamente teórica com a prática mesma”.
A Filosofia busca a compreensão profunda da realidade educacional e social,
explorando um trabalho de reflexão integral sobre os aspectos fundamentais teóricos
e práticos da educação (pressupostos, conteúdos, método e objetivos),
questionando a atividade educativa.
A filosofia do Colégio consiste em promover o desenvolvimento do senso
crítico, que implica o processo de superação permanente das concepções ingênuas,
superficiais e contraditórias do senso comum. Buscando extrair o centro ou seja, o
bom senso do senso comum e trabalha para dar-lhe expressão elaborada, com
vistas à formação de uma concepção de mundo adequada aos interesses populares.
Assim, ela está fundamentada no materialismo histórico-dialético.
- TEORIA PEDAGÓGICA: Pedagogia Histórico Crítica, As influências das
Tendências Pedagógicas que orientam a educação demonstram que muitas vezes,
estão desprovidas de uma reflexão e de uma intencionalidade mais concreta. Uma
tendência pedagógica é, na verdade, uma inclinação por pensamentos e
comportamentos históricos que em determinados períodos balizam a educação,
porém na prática pedagógica fica implícita nas aulas dos professores. Muitas vezes
na escola ou em uma comunidade, percebe-se práticas educativas cuja orientação,
embora existente não é fruto de uma reflexão histórico crítica, reproduzindo,
portanto, meras explicações e repasses de conteúdos no processo educativo, de
caráter provisório.
No entanto, torna-se necessário uma maior reflexão sobre a práxis atual e a
tendência pedagógica que está sendo utilizada, revendo assim, estas orientações e
tendências, a fim de verificar se os objetivos propostos pela escola estão sendo
44
alcançados observando a sociedade em suas constantes transformações.
Com a Pedagogia Histórico Crítica, se olha para a totalidade como
possibilidade de entender a realidade para além do fenômeno e das aparências.
Toma-se a contradição, não como justificativa para as incoerências, mas como
possibilidades de avanços. Buscando as mediações para o entendimento da
totalidade (que não é única e nem estática).
A construção do conhecimento dessa maneira apresenta-se com caráter
inovador, buscando constantemente a transformação social, valorizando a pessoa
como ser presente, que participa de grupos atuantes e participativos, levando o
aluno a ser mais crítico, investigador e pesquisador dos seus conhecimentos.
- TEORIA DA APRENDIZAGEM: Psicologia Histórico Cultural: Diante do panorama
atual, levando em consideração que o nosso alunado não tem mais o perfil do aluno
tradicional onde o professor fala e o aluno escuta, mas sim, o perfil de um indivíduo
que investe em intermináveis conversas sobre as novidades dos meios de
comunicação, da informática e da internet, da música, do esporte entre outros.
Partindo da análise dessa realidade, compreende-se que a criança aprende
com maior facilidade ao interagir com o meio e/ou com o grupo social com o qual
interage. Assim, nosso colégio assume a tendência pedagógica de uma busca
constante do ensino de qualidade que estimule e desafie o aluno, que se confronte
com o que a humanidade produziu e que propicie o espírito crítico, criando situações
para que todos aprendam cada um de acordo com suas especificidades.
O princípio orientador da abordagem de Vigotsky é a dimensão sócio-histórica
do psiquismo. Segundo este princípio, tudo o que é especificamente humano e
distingue o homem de outras espécies origina de sua vida em sociedade. Seus
modos de perceber, de representar, de explicitar e de atuar sobre o meio, seus
sentimentos em relação ao mundo, ao outro e a si mesmo, ou seja, seu
funcionamento psicológico, vão se constituídos por meios de relações sociais.
7 CONCEITO DE AVALIAÇÃO
No que se refere a avaliação da aprendizagem é necessário que ela seja
contínua e formativa, considerando as especificidades de cada aluno observando
mais os aspectos qualitativos do que os quantitativos, tornando-se assim mais justa
e democrática. A LDB enfatiza que:
45
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será
organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
“A avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre os de eventuais provas finais”.
Segundo Hoffmann (2000), avaliar nesse novo paradigma é dinamizar
oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento permanente do professor
propiciando ao aluno um processo de aprender e refletir acerca da sociedade e do
mundo, formando seres críticos libertários e participativos na construção de seus
conhecimentos intelectuais, integrando-se ao meio social como agente
transformador. Se avaliar é sinônimo de melhorar, esta melhoria se refere ao aluno,
ao currículo, ao professor e, em definitivo, à escola.
A avaliação deve ser concebida como mais um elemento do processo de
ensino aprendizagem, o qual nos permite conhecer o resultado de nossas ações
didáticas e, por conseguinte, aperfeiçoá-las. Ela é compreendida como amplo
processo de aprendizagem, indissociável do todo, que envolve responsabilidade do
professor e do aluno considerando as diferenças de cada aluno. Se a avaliação não
é considerada como parte do processo e alguns alunos não respondem
satisfatoriamente ao conjunto de disciplinas, eles são caracterizados ou rotulados
com dificuldades no aprendizado e muitas vezes excluídos do processo de
escolarização ou até mesmo esquecidos no canto da sala, isso não responde a
necessidade do aluno e a escola não está cumprindo o seu papel. Papel este que
determina a condição de melhorar a aprendizagem do aluno que se encontra com
dificuldade e que deve ser diagnosticada.
7.1 Concepção de inclusão
Os princípios legais da concepção de inclusão devem garantir não apenas a
matricula e a permanência do estudante no colégio, mas sim garantir a
aprendizagem independente das diferenças individuais inerentes a todo ser humano,
buscando na educação um processo de inclusão que seja efetivo, assegurando o
direito a igualdade com equidade de oportunidades.
A filosofia da inclusão defende uma educação eficaz para todos, sustentada em
que a escolas, enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades
46
de todos os alunos, sejam quais forem as suas características pessoais, psicológicas
ou sociais (com independência de ter ou não deficiência). Trata-se de estabelecer os
alicerces para que a escola possa educar com êxito a diversidade de seu alunado e
colaborar com a erradicação da ampla desigualdade e injustiça social." (SANCHEZ,
2005). Isso não significa um modo igual de ensinar a todos, mas uma maneira de
garantir apoio para que cada um aprenda, conforme suas singularidades.
7.2 Concepção de gestão democrática
É impossível pensar na gestão democrática sem antes refletir sobre as
estruturas educativas e contextualizáveis no seu aspecto histórico e social, pois o
processo de análise passa necessariamente pela maneira de como o homem em um
dado contexto analisa sua realidade, seu mundo, percebendo um ser produtor no
seu tempo e espaço como um agente transformador da sua realidade, a qual
racionalmente analisa e busca modificar.
Assim, a Lei de Gestão Democrática do Ensino Público, que "concede
autonomia" pedagógica, administrativa e financeira às escolas, deve oferecer o
devido conhecimento sobre seu funcionamento a diretores, professores, alunos e
demais sujeitos do processo escolar, que desconhecem o significado político da
autonomia baseados numa construção contínua, individual e coletiva.
Para refletir sobre este conceito, VIEIRA (2002) indica que a autonomia não
pode ser pensada como um objetivo por excelência, pois é ela que possibilitará ao
sujeito "instituir", "criar suas próprias leis", deixando de viver sempre o "instituído"
que lhe é estranho.
FREIRE (2001) cita: “... O mundo não é. O mundo está sendo. (...) Não sou apenas
objeto da História, mas seu sujeito igualmente. (...) caminho para a inserção, que
implica decisão, escolha, intervenção na realidade...”, portanto, ele retrata a
construção educacional e de gestão como emancipatória, possibilitando uma visão e
um trabalho integral, de conjunto e de totalidade.
A LDBE - Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996 estabelece que:
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do
ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e
conforme os seguintes princípios:
47
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.
Dessa maneira, o PPP (Projeto Político Pedagógico), construído na base da
autonomia deve permitir aos professores, alunos, coordenadores e diretores que
estabeleçam uma comunicação dialógica, que propicie a criação de estruturas
metodológicas mais flexíveis para reinventar sempre que for preciso. Entretanto, a
sua concretização nesse contexto só poderá ocorrer numa escola realmente
autônoma, permeada por relações pedagógicas e humanizadas.
Faz-se necessário, portanto, romper com as tendências fragmentadas e
desarticuladas no modo de conceber o PPP, significando suas práticas, criando uma
identidade para cada escola, tomando como ponto de partida, o planejamento num
sentido mais amplo. Este processo visa dar respostas a problemas por meio do
estabelecimento de metas, metodologia e finalidades que apontem sua superação,
atingindo, assim, os objetivos antes previstos, possibilitando refletir e prever ações
futuras, sem desconsiderar as condições do presente e as experiências do passado.
Deve, assim, levar em conta os contextos e os pressupostos filosófico, cultural,
econômico e político, tanto de quem planeja, quanto, com quem e para quem se
planeja o PPP.
Partindo desse princípio, a escola necessita da participação da comunidade
como usuária consciente deste serviço, não apenas para servir como instrumento de
controle em suas dependências físicas, mas, como um apoio comprometido com o
desenvolvimento dos processos democráticos na melhoria da educação em contexto
geral. Os professores devem reconhecer a importância de se fazer dialeticamente às
relações necessárias entre as disciplinas que compõem o currículo escolar e a
realidade concreta da vivência do aluno, conhecida pela participação de seus pais
no contexto escolar, partindo de um ponto de vista interdisciplinar do conhecimento,
daí a importância do ato reflexivo no dinamismo da prática pedagógica em conjunto
com um projeto educativo, em oposição à racionalidade técnica.
Pretende enfatizar nesta análise a compreensão da organização do trabalho
pedagógico para se gestar uma nova concepção para o trabalho pedagógico escolar.
Com relação à escola, esta, deve assumir como uma de suas principais
48
tarefas, o trabalho de refletir sobre sua intencionalidade educativa.
A escola dispõe de dois tipos básicos de estrutura organizacional:
Administrativa – gestão de recursos humanos, físicos e financeiros.
Pedagógica – organização das funções educativas, como o Currículo, no que
se refere à organização do conhecimento escolar, o tempo escolar como
elemento constitutivo ação pedagógica.
A estrutura da escola deve ser adequada à realização de objetivos
educacionais científicos e de acordo com os interesses da população, deve prever
mecanismos que estimulem a participação de todos no processo de decisão.
As relações de trabalho deverão estar calçadas nas atitudes de solidariedade,
de reciprocidade e de participação coletiva, em contraposição à organização regida
pelos princípios da divisão do trabalho, da fragmentação e do controle hierárquico.
Desta forma, o PPP é construído a partir da reflexão conjunta das pessoas
envolvidas neste processo, sobre o cotidiano escolar em todos os sentidos, para
tanto, é necessário um tempo hábil para a reflexão e a ação, possibilitando-se o
mínimo necessário para a consolidação de sua proposta.
A atual equipe diretiva e a equipe pedagógica da escola propõem as
seguintes ações como meio de proporcionar qualidade educacional à comunidade
escolar:
Buscar recursos financeiros junto a Secretaria de Educação - SEED e ao Poder
público;
Realizar reuniões pedagógicas e administrativas com a participação da APMF,
Conselho Escolar, buscando auxílio e contribuição nas tomadas de decisões;
Propiciar reuniões para prestação de contas;
Proporcionar autonomia aos professores no desenvolvimento e na aplicação de
conteúdos e projetos desde que estejam de acordo com a proposta da escola;
Oportunizar momentos de diálogos a todas as séries, entre professores, pais,
equipe pedagógica, direção e alunos com o intuito de verificar o desenvolvimento
da turma (dos alunos), possibilitando aos pais conhecerem realmente o que
ocorre em sala de aula, a forma dos professores direcionarem seu trabalho, quais
as dificuldades encontradas, e, assim, juntos diagnosticarem os problemas e
buscarem soluções. Essas reuniões serão registradas em ata, assim, o conselho
de classe terá mais subsídios no momento de suas reuniões, buscando sanar as
49
dificuldades para as quais ainda não se apontaram soluções. Desse modo
estaremos atingindo um nível de diálogo, enquanto processo avaliativo para
despertar a consciência crítica dentro de um projeto que requer alterações que
favoreçam um desempenho discente cooperativo e que cada um se sinta
membro do processo, para tanto, se faz necessário:
Organizar a hora atividade de acordo com a carga horária de cada professor;
Apoiar os formandos, principalmente na questão vestibular, escolha do curso,
promovendo parcerias com as instituições de ensino superior, bem como
simulados.
Organizar palestras de autoestima e motivação para professores e funcionários,
promovendo parceria com profissionais das diversas áreas do conhecimento.
Promover reuniões com os pais. Quando houver necessidade, os pais são
convidados a comparecer no colégio, tendo também a liberdade de vir à escola
ao perceber que o filho esta precisando de auxílio mantendo assim, uma relação
mútua com a escola buscando resolver os problemas educacionais de seus
filhos;
8 MARCO OPERACIONAL
A partir dos princípios de nossa escola descritos nos marcos situacional e
conceitual, apresentamos no marco operacional as linhas de ações que avaliamos
serem as condutoras para a organização do trabalho pedagógico do Colégio.
De acordo com os estudos de Feiges (2003) e Custódio (2008) que explicitam
ser este o momento de organização, instrumentalização, definições e
esclarecimentos
[...] papel específico de cada segmento da comunidade escolar: Conselho Escolar, Conselho de Classe, APMF, Grêmio Estudantil [...] formação continuada a professores, funcionários, alunos representantes de turma, pais, conselheiros. [...] trabalho pedagógico e a prática docente a partir do currículo enquanto núcleo do Projeto Pedagógico, [...] avaliação do processo e os resultados para adequações de novas ações [...] (CUSTÓDIO, 2008, p. 08).
As problematizações da nossa escola estão em constante movimento na
definição de nossas ações, representando uma proposta própria e democrática, e
por isso crítica e participativa, tendo um cunho dinâmico, com certo grau de
mobilidade, sendo por isso, suscetível a mudanças.
50
8.1 Proposta de formação continuada
Segundo a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Art. 67 alínea II e V é
garantido um período reservado aos estudos dos profissionais da educação. Pois a
capacitação de professores tem sido apontada como um dos pré-requisitos
fundamentais para a melhoria da qualidade do ensino. Há estudos que ressaltam a
sua importância, considerando como impacto diferencial no rendimento da
aprendizagem dos alunos, outros, reconhecem a imensa dificuldade em realizar
cursos eficazes, que atinjam a maioria dos profissionais. A diversidade regional do
Estado permite pôr em dúvida se a realização de cursos pontuais, padronizados e
definidos por uma instância central, refletem, de fato, as necessidades dos
professores nas diferentes instituições.
A proposta de formação continuada dos professores da Educação Básica do
Colégio Dr. João Ferreira Neves, baseia no reconhecimento e na valorização dos
conhecimentos e práticas dos quais o professor já é portador. Assim as ações,
devem ser permeadas pelo diálogo constante entre os professores, no qual as
experiências, a reflexão e as ações específicas contribuam para o redirecionamento
das práticas educacionais, a partir das necessidades e interesses dos próprios
docentes.
Diante de tais princípios, a formação continuada dos professores que atuam
na Educação Básica deve ser estruturada de forma a criar oportunidades para o
docente repensar criticamente sua atuação profissional, em suas diferentes
dimensões, redefinir e/ou consolidar, com base na oferta de tempos e espaços nos
quais se realize o diálogo entre teoria e prática, por meio de um percurso no qual a
ação/reflexão torna atitudes intercomunicantes que se iluminam e se alteram
mutuamente, num processo compartilhado de produção de conhecimento, acerca
das questões colocadas pelo trabalho pedagógico, tendo como referencial a própria
dinâmica da prática educacional e da sociedade.
Nestes termos o professor precisa ter a compreensão de que sua
competência docente é fator condicionante. Pode dizer que o conceito de
competência docente apresenta cinco aspectos essenciais:
Domínio competente e crítico do conteúdo a ser ensinado;
Clareza dos objetivos a serem atingidos;
Domínio competente dos meios de comunicação a serem utilizados para a
51
mediação eficaz entre o aluno e os conteúdos do ensino;
Visão articulada do funcionamento da Escola, como um todo;
Percepção nítida e crítica das complexas relações entre educação escolar e
sociedade.
Os encontros entre os professores e a equipe pedagógica serão bimestrais,
usando a parte da hora atividade para as discussões e reflexões sobre teoria/prática;
metodologias inovadoras que transformem informações em conhecimento.
Atualmente é mais necessário que as informações transitem por todos os meios –
livros didáticos, fascículos, apostilas, revistas, jornais, vídeos, programas de
computador e buscas na internet. Esta exigência diante da frequente atualização do
grande volume de material é necessidade constante, tornando necessária para a
atual transformação e acompanhamento nos conhecimentos, habilidades, práticas
cívicas e, enfim, sabedoria para melhor preparar o aluno para esta sociedade. E,
este é o papel do professor, deixa de ser transmissor de conceitos para ser mediador
e dinamizador do processo de aprendizagem, levando o aluno ao conhecimento e a
compreensão das informações em tempo real, para não ficar excluído do contexto
contemporâneo da sociedade.
8.2 Organização da hora atividade
A hora atividade deverá ser cumprida na instituição de ensino, onde os
professores estejam supridos, devendo ser proporcional ao número de aulas.
O diretor que organiza o quadro de distribuição da hora-atividade, estabelece
e acompanha o cumprimento da mesma, em conjunto com a equipe pedagógica que
divulga a organização dos horários para que a comunidade escolar tenha acesso à
informação.
Existem dificuldades por parte do colégio e dos professores em cumprir o
calendário de hora-atividade concentrada proposto pela Secretaria de Estado da
Educação, pois um número considerável de docentes leciona em dois ou mais
estabelecimentos de ensino e, consequentemente, quanto maior o número de
instituições escolares menores as possibilidades de conciliação dos horários. Então
na nossa escola é organizado da melhor forma possível, considerado a disposição
dos horários dos professores para não prejudicar os alunos e os que trabalham em
52
outros colégios.
8.3 Plano de estágio obrigatório e não-obrigatório
Tendo em vista o dispositivo da Lei n° 11,788/08 que se refere ao estágio
obrigatório e não-obrigatório de estudantes, a Deliberação 02/09 SEED e a Instrução
006/09 do CEE, que estabelece normas para a organização e a realização dos
estágios, faz-se necessário elaboração do Plano de Estágio deste Estabelecimento
de Ensino, bem como contribuir com as relações e compreensão do mundo do
trabalho tornando possível ao educando ter: planejamento, organização e realização
das atividades que envolvam rotina administrativa , documentação comercial e
acima de tudo contribua para a formação de cidadão.
O estágio é um ato educativo escolar, desenvolvido no ambiente de trabalho,
que visa a preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam
devidamente matriculados e frequentando o Ensino Médio. O estágio faz parte do
Projeto Pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando.
O objetivo do estágio é contribuir para a formação do educando no
desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do trabalho que oportunizem
concebê-lo como ato educativo, onde sua principal finalidade é a aprendizagem de
competências próprias da atividade profissional e contextualização curricular,
objetivando o desenvolvimento para a vida cidadã e para o trabalho.
Quanto a realização e local do mesmo, será na própria comarca de
Catanduvas, onde há uma parceria com a Justiça Eleitoral e a Ordem dos
Advogados do Brasil, onde os alunos estagiam no período do contra turno com uma
carga horária de 04 horas diárias perfazendo num total de 20 horas semanais. A
duração do estágio contratado com a mesma instituição concedente não poderá
exceder dois anos, exceto quando se tratar de estágio com deficiência.
No que se refere a realização das atividades propriamente ditas,cabe ao
estagiário na área da Justiça Eleitoral: organizar os arquivos, atendimento ao
público, autuações processuais, protocolos, anexação de documentos em
processos, impressão de títulos eleitorais entre outras. Na Ordem dos Advogados do
Brasil dentre outras funções cabe ao estagiário efetuar as seguintes atividades
:impressão de cópias(xerox), recebimento e envio de fax, atendimento ao telefone,
atendimento a consultas processuais e serviços de office-boy.
53
Compete a Instituição de Ensino incluir o estágio no seu Projeto Político
Pedagógico, regimentar o estágio, indicar o professor orientador, celebrar o Termo
de Compromisso com alunos e parte concedente e bem como zelar pelo
comprimento do Plano de Estágio.
Ao Professor Orientador cabe a elaboração do Plano de Estágio e orientar
sua execução, organizar formulários e registros para acompanhamento do estágio
de cada aluno, manter permanentemente contato com os supervisores responsáveis
pela parte concedente, explicitar a Proposta Pedagógica da Instituição de Ensino e
do Plano de Estágio à parte concedente, planejar com a parte concedente os
instrumentos de avaliação e o cronograma de atividades a serem realizadas pelo
estagiário, realizar avaliações que indiquem se as condições para a realização do
estágio estão de acordo com o Plano de Estágio e o Termo de Compromisso
mediante relatório, zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso, orientar a
parte concedente e o aluno sobre a finalidade do mesmo; orientar a parte
concedente quanto a legislação educacional e as normas de realização do estágio,
solicitar relatórios de estágios da parte concedente e do aluno, realizar visitas nas
instituições concedentes para avaliar as condições de funcionamento do estágio e
ainda orientar o aluno estagiário quanto as exigências da empresa, as normas de
estágio, aos relatórios que deverão ser realizados durante o estágio e aos direitos e
deveres do estágio.
As atribuições da parte concedente são as seguintes: tomar conhecimento do
termo de compromisso, orientar e avaliar as atividades do estagiário em
consonância com o Plano de Estágio, preencher os relatórios de estágio e
encaminhar a instituição de ensino, manter contato com o Professor Orientador da
escola, propiciar instalações e ambiente favorável à aprendizagem social,
profissional e cultural dos alunos, encaminhar relatório de atividades com prévia e
obrigatória visita do estagiário à instituição de ensino, com periodicidade mínima de
seis meses.
Ao estagiário é de sua responsabilidade as seguintes atribuições: ter
assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte concedente
como na instituição de ensino, celebrar Termo de Compromisso com a parte
concedente e com a instituição de ensino, respeitar as normas da parte concedente
e da instituição de ensino, associar a prática de estágio com as atividades previstas
54
no plano de estágio, realizar e relatar as atividades do Plano de Estágio e outras
executadas, mas não previstas no plano de estágio e ainda entregar os relatórios de
estágio no prazo previsto.
A forma de acompanhamento do estágio será através de análise dos
relatórios, visitas ás instituições em que o estágio é realizado, contato junto aos
chefes imediatos e informações junto ao estagiário.
Quanto a avaliação do estágio além da ficha de avaliação (anexo II), será
enviado periodicamente boletim do aluno ao órgão concedente, bem como será
solicitado relatórios constando horários de entrada e saídas para verificação de
assiduidade. Nas reuniões pedagógicas e conselhos de classe discutir junto aos
professores o desempenho dos estagiários.
Buscando o bem estar social e cultural dos nossos educandos cabe a Equipe
Pedagógica desta instituição de ensino sensibilizar o estagiário qual é o seu papel
dentro da função da qual o mesmo está sendo indicado e quais são as suas
responsabilidades mediante a parte concedente, bem como a instituição da qual faz
parte.
8.4 Proposta pedagógica curricular
A proposta pedagógica Curricular (PPC) é um documento que sistematiza a
organização do conhecimento no currículo, constando a seleção dos conteúdos
considerados como indispensáveis á formação e emancipação dos alunos. É
elaborada explicando qual conteúdo vai ser trabalhado de acordo com o Projeto
Político Pedagógico, priorizando sempre o objetivo da escola: o ensinar e o
aprender.
Na PPC deve ser abordado a concepção de sujeito, educação e avaliação.
Esses aspectos são direcionados no Projeto Político Pedagógico, por meio dos
alicerces conceituais, metodológicos e avaliativos de cada disciplina da Matriz
Curricular, por etapa e modalidade de ensino.
A Proposta Pedagógica Curricular é um documento construído
coletivamente no âmbito da escola, e tem como referência as Diretrizes Curriculares
orientadoras da Educação Básica do Estado do Paraná.
A Proposta Pedagógica Curricular, por sua vez, é a expressão de uma
determinada concepção de educação e de sociedade, pensada filosófica, histórica e
55
culturalmente no PPP. Ela é construída pelos professores das disciplinas e mediada
pela equipe pedagógica, os quais lançam mão dos fundamentos curriculares
historicamente produzidos para proceder a esta seleção de conteúdos e métodos
com sua respectiva intencionalidade. (SEED, 2009a, p. 56)
A Proposta Pedagógica Curricular não é um elemento fragmentado do PPP,
mas expressa o formato de como as concepções assumidas em grupos , serão
realizadas na prática pedagógica, por meio de seleção, classificação e avaliação dos
conteúdos em cada disciplina.
Nossa Proposta Pedagógica Curricular é direcionada para a formação do
aluno que seja capaz de compreender a dinâmica da sociedade vigente, buscando a
construção de um conhecimento científico que o conduzirá a uma consciência crítica
que irá colaborar com a transformação do meio em que vive, de forma democrática e
consciente.
O Plano de Trabalho Docente parte da Proposta Pedagógica Curricular
por disciplinas dentro da Matriz Curricular. O Plano de Trabalho Docente pode ser
dividido por bimestres deixando claro os conteúdos básicos, específicos,
metodologia, instrumentos e critérios de avaliação.
8.5 Proposta de adequação curricular
A adaptação são atividades didático pedagógicas desenvolvidas pelos
professores sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica
Curricular, para que o aluno que necessita de atividades diferenciadas possa
aprender de uma forma dinâmica respeitando suas especificidades
A efetivação do processo de flexibilização deve especificar as adaptações a
que o aluno está sujeito, elaborando atividades próprias, flexíveis e adequadas aos
educandos. As Adaptações curriculares são essenciais para que o aluno que carece
de exercícios diferenciados tenha oportunidade de ser avaliado conforme as
necessidades deles mesmos, sem comparação com os demais. Ex. o professor da
disciplina de Português não pode esquecer que o aluno surdo, escreve sem
conjugar, ou seja, de um modo diferenciado, porém deve lembrar que existem outras
formas, outros instrumentos de avaliação, assim como os demais professores das
demais disciplinas.
56
9 MATRIZ CURRICULAR
9.1 Ensino fundamental – manhã/tarde
NRE: 06/ CASCAVEL MUNICÍPIO: 0500/CATANDUVAS
ESTABELECIMENTO: 00397/COL. EST. DR. JOÃO FERREIRA NEVES – EFM
ENDEREÇO: AVENIDA DOS PIONEIROS, 501 – CENTRO
TELEFONE: (45)3234-2084
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º Ano
TURNO: 1 - MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2016 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE
NACIO
NAL
COMU
M
DISCIPLINAS /ANOS
6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2 o Ciências 3 3 3 3 Educação Física 2 2 2 2 o Ensino Religioso * *1 *1 - - o Geografia 2 3 3 3 o História 3 2 3 3 o Língua Portuguesa 5 5 5 5 Matemática 5 5 5 5
Subtotal 23 23 23 23
PART
E
DIVER
SIFI-
CADA
L.E.M. – INGLÊS
2
2 2 2
Subtotal 2 2 2 2
o
Total Geral 25 25 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.
*Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.
57
9.2 Matriz curricular ensino médio diurno/noturno
9.3 Língua estrangeira moderna - CELEM
MATUTINO VESPERTINO
Segunda-feira X
Terça-feira
Quarta-feira
Quinta-feira
Sexta-feira X
58
10 ESTUDOS SOBRE O ESTADO DO PARANÁ
O estudo sobre a História e Geografia do Paraná está dividido em etapas que
vão desde a 6ª até o 9ª ano de acordo com as Diretrizes Curriculares .Podemos
afirmar que a História do Paraná é estudada nas disciplinas de História, Geografia e
Arte de maneira mais sistemática, durante todo o ano letivo.
O ensino da História do Paraná tornou-se obrigatório a partir da criação da Lei
Nº. 13.381/01 de 18/12/2001, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública de
ensino. Os conteúdos de história do Paraná serão trabalhados de forma integrada à
História do Brasil, onde será enfocado de forma mais explícita a História do Paraná
partindo de uma relação crítica com o presente, o tempo vivido, que debatido e
refletido, gera questionamentos do passado, para compreensão da relação com
presente.
11 AGENDA 21
AGENDA 21 Iniciou com a Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento Humano, Eco 92 no Rio de Janeiro que foi a mais
importante conferência organizada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em
todos os tempos, a qual tem esse nome porque se refere às preocupações com o
futuro e como podemos continuar desenvolvendo nosso país e nossas comunidades
sem destruir o meio ambiente e com maior justiça social.
Trata de um roteiro de ações concretas, com metas, recursos e
responsabilidades definidas. Devemos, portanto planejar e estabelecer um elo de
solidariedade entre nós e as futuras gerações, servindo de guia para as ações do
governo e de todas as comunidades que procuram o desenvolvimento sem devastar
o meio ambiente.
Neste sentido, a Agenda 21 apresenta-se como propostas para a
aplicação da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável, visando a
implementação da mesma nas escolas para a mobilização de todos os segmentos
da sociedade.
O objetivo da Agenda 21 é desenvolver trabalhos que evidencie os
principais problemas socioambientais enfrentado nos colégios e mobilize a
sociedade e a escola para identificá-los e tentar resolver. As instituições escolares
também trabalha a questão ambiental de forma transversal aos conteúdos de todas
59
as disciplinas, com maior ênfase nas áreas das Ciências de 6ª a 9ª anos e em
Biologia no Ensino Médio, através de aulas expositivas e teóricas sobre reciclagem
de lixo, preservação do meio ambiente, culminados com palestras, preservação e
manutenção do meio de forma sustentável. Em resumo, a Agenda 21 estabelece
uma verdadeira parceria entre governos e sociedades.
12 DIVERSIDADE EDUCACIONAL
Ao longo da história as políticas educacionais se caracterizam por pensar a
escola como instituição destinada a homogeneizar a sociedade marcada pela
diversidade sociocultural. A cultura Afro-brasileira e Africana é trabalhada com o
objetivo de amenizar os preconceitos, reconstruir conceitos e analisar os já
estabelecidos,
A Educação Cultural Afro-brasileira Africana e Indígena passa a ser
obrigatório nas escolas através das Leis 10.639/03 e 11.645/08, sendo trabalhada
em todas as disciplinas. Acreditamos que a diversidade enriquece a sociedade da
qual fazemos parte, dentro desse contexto, podemos afirmar que o colégio procura
trabalhar de forma democrática e transformadora, oferecendo espaços para
discutirmos de forma aberta e críticas questões das relações étnico-raciais, para que
os alunos percebam que vivemos em um país de muitas desigualdades sociais e
que podemos tentar reverter através de ações concretas valorizando e acolhermos
a cultura afro-brasileira, o negro, o pardo e o índio para que nossos alunos possam
conhecer e valorizar a diversidade cultural
12.1 Equipe multidisciplinar
O objetivo da Equipe Multidisciplinar é desenvolver ações que efetivem a
implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico-Raciais, o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, da Cultura
Indígena, das Leis Nº 10.639/03 e Nº 11.645/08 para instigar o respeito à diversidade
humana existente neste estabelecimento de ensino. Através do trabalho
interdisciplinar pretende-se proporcionar dinâmicas que possibilitem aos alunos
compreender o universo próprio do outro, rompendo com o racismo, o preconceito e
a discriminação.
60
13 EDUCAÇÃO DO CAMPO
No Colégio temos um número grande de alunos que residem no campo, ou
seja na zona rural . Produzindo a construção de uma identidade e o respeito a
cultura local em que a economia do Município baseia-se na agricultura e pecuária,
podemos considerar que a escola é parte integrante de uma educação que valoriza
o povo do campo, onde os conhecimentos precisam ser levados em consideração,
constituindo-se um ponto de partida das práticas pedagógicas. É muito importante
que os professores e os estudantes tenham conhecimento da educação do campo
contemplada nas atividades em sala de aula.
O entendimento do campo como um modo de vida social contribui para
autoafirmação da identidade dos discentes que moram nos sítios no sentido de
valorização do seu trabalho, sua história, seu jeito de ser, dos seus conhecimentos.
Para tanto é necessário compreender a educação do campo como construção de um
paradigma de desenvolvimento que tenha como elemento fundamental o ser
humano.
Valorizar o campo como espaço importante, não apenas no âmbito
econômico, mas também no social, cultural e natural. É relevante ressaltar que
campo e cidade são espaços inter-relacionados, um depende do outro, por isso o
campo deve ser valorizado tanto quanto o urbano. Faz-se necessário que a escola
discuta, resgate o contexto da educação do campo, no sentido de subsidiar os
educandos, na valorização e compreensão em relação à vida da “pessoa do campo”
em sua função cotidiana. E que também os alunos que moram na cidade valorizem o
trabalho dos agricultores e pecuaristas para a sobrevivência da nossa sociedade.
14 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Os desafios educacionais contemporâneos - Prevenção ao Uso de
Drogas, Enfrentamento à Violência na Escola, Educação Ambiental, Educação para
as Relações Étnico Raciais, Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal,
Gênero e diversidade Sexual- que serão abordadas durante o ano letivo, devido sua
importância para atender as reais necessidades da escola e o desenvolvimento
integral do educando, oportunizando desenvolver o senso de participação, respeito,
direitos, autonomia.
Os temas precisam perpassar todas às disciplinas, o tempo todo. Assim, ao
61
abordar os temas, o professor oportuniza aos alunos refletirem sobre conceitos, em
vez de apenas coletar informações, ou seja, é preciso, antes da ação, uma
meditação profunda, tratando-se de um trabalho contínuo. Como sabemos estes
desafios estão presente no nosso dia a dia e torna-se quase impossível o professor
trabalhar sem levar em consideração a necessidade de dialogar e discutir com os
alunos tal problemática.
14.1 Educação ambiental
O homem é um ser social em processo constante de autoconhecimento, que
por meio de suas ações transforma e modifica o seu mundo, agindo na natureza e
transformando-a segundo suas necessidades. Nesse processo de modificação, a
sua ação é intencional e planejada, intercedida pelo trabalho, produzindo bens
materiais e não materiais. Conforme Saviani, “O homem necessita produzir
continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a
natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo trabalho”.
(SAVIANI, 1992, p.19).
Esta problemática ambiental está emaranhada na história da humanidade.
Antes, por observações fragmentadas e desconexas; hoje, por demandados
científicos, sociais, políticos e econômicos. Nesse sentido a educação tem um papel
fundamental na reconstrução de uma nova concepção de sociedade e natureza
cumprindo seu papel de questionar e apontar caminhos, promovendo a consciência
ambiental, de tal forma que a escola seja uma promotora fundamental de valores
socioambientais e culturais.
Desta forma a educação ambiental deve fazer parte de um plano de
transformação, de reformulação do fazer pedagógico e didático e da formação de
atitudes e valores, de acordo com as necessidades das pessoas e da coletividade.
Compreender essa dinâmica de educação ambiental constitui um novo desafio que a
educação do presente e do futuro terá pela frente, sobretudo quando se constata
uma prática docente desarticulada dos problemas socioambientais. O despertar da
consciência esta incluído num grande movimento em defesa da vida, a partir dos
problemas ambientais, constitui um novo espaço aglutinador de gestos solidários e
ações de cidadania.
A Educação Ambiental é abordada durante o ano letivo em todas as disciplinas,
62
dando maior ênfase em Ciências, Biologia e Geografia. Todas as datas relevantes ao
meio ambiente como a semana da água e do Meio Ambiente, cartazes são expostos
como forma de informação e conscientização a toda comunidade escolar e a
importância de manter bem o ambiente em que vivemos.
14.2 Educação fiscal
A Portaria Interministerial nº 413/2002 define competências dos órgãos
responsáveis pela implementação do Programa Nacional de Educação Fiscal -
PNEF.
- “Art. 1º Implementa o Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF com
os objetivos de promover e institucionalizar a Educação Fiscal para o pleno
exercício da cidadania, sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do
tributo, levar conhecimento ao cidadão sobre administração pública e criar condições
para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.”
A educação fiscal surge como proposta de despertar na sociedade uma
reflexão e uma ação participativa, voltada para a percepção do contexto em que o
cidadão está inserido, dando a ele informações para uma atuação consistente e de
contribuição para a melhoria das condições sociais vigentes.
A educação Fiscal tem por objetivo, propiciar a participação consciente do
sujeito no funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controles social e
fiscal do Estado, permitindo informar os mecanismos de constituição do Estado, ao
mesmo tempo em que torna o cidadão ciente da importância da sua contribuição,
fazendo com que o pagamento de tributos seja entendido e visto como investimento
para o bem comum. Com a informação, a pessoa pode se apropriar da capacidade
de questionar e verificar a utilização destes investimentos sociais.
É Importante lembrar que a função social do tributo como forma de atuação
na redistribuição da Renda Nacional funciona como um instrumento que pode e
deve ser utilizado para promover as mudanças e reduzir as desigualdades sociais.
Uma nação constituída por pessoas que defendem e honram os seus direitos e
deveres têm melhores condições de diminuir as injustiças sociais, dentre elas as
causadas pela corrupção, e aumentar o nível de desenvolvimento e progresso.
O ensinar deve estar calcado na ética, intercalando ao conteúdo o seu aspecto
pessoal, subjetivo e único, que permitam a transformação, discussão e reconstrução
63
do mesmo. Incentivando a cobrança de notas fiscais. Esse conteúdo é abordado a
partir do nono ano na disciplina de matemática
14.3 Cidadania e direitos humanos
O cidadão é todo sujeito capaz de perceber seu papel na sociedade de modo
crítico, criativo e transformador. Implica em entender que a ordem social (leis,
normas ) é uma forma de organização das pessoas na sociedade para que possam
viver em harmonia, suprindo suas necessidades perante os desafios que a própria
sociedade apresenta, estabelecendo normas e diretrizes necessárias ao bom
funcionamento da mesma. Nesse sentido, faz-se necessário entender que a
cooperação com todos e cumprindo com suas responsabilidades no que diz respeito
ao exercício da cidadania torna esse exercício real e significativo.
De acordo com Boff, a cidadania é um processo histórico social que
capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de
elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de
passar a ser povo, como sujeito histórico. (Boff,2000,p.51)
Esta concepção aborda que a construção da cidadania envolve um
processo ideológico de formação pessoal e social e do reconhecimento em termos
de direitos e deveres. A realização se faz através de lutas contra discriminações, da
eliminação de ações de segregação entre pessoas e contra as opressões e as
desigualdades, ou seja, pela expansão das mesmas condições de acesso às
políticas públicas e pela participação de todos nas tomadas de decisões, cumprindo
a sua cidadania.
A cidadania solicita uma atitude de independência que o indivíduo só
adquire quando passa a pensar sobre a realidade em que se encontra. Com isto é
condição efetiva da cidadania, reconhecer que a emancipação e a concretização da
democracia é fator adquirido pelos homens quando os mesmos possuem
14.4 Enfrentamento à violência na escola
A sociedade convive com diversidades étnicas, cultural, religiosa,
econômica, valores sociais, o que pode gerar conflitos entre as pessoas. A falta de
tolerância e respeito a essas diversidades também se fazem presente na escola e na
comunidade escolar.
64
Os conteúdos de Enfrentamento à violência contra a Criança e ao
Adolescente são trabalhados em todas as disciplinas através de aulas
expositivas,diálogo em grupo ou individual e palestras que promovam uma educação
transformadora, capaz de criar uma nova ética cidadã. A escola é um espaço
privilegiado para a construção da cidadania, onde um convívio harmonioso será
capaz de garantir o respeito aos Direitos Humanos e educar a todos no sentido de
evitar as manifestações da violência.
Combater o círculo da violência que muitas vezes dá início dentro de casa e
em locais que deveriam proteger e socializar as pessoas é uma tarefa que somente
poderá ser cumprida pela mobilização de uma rede de proteção integral. Qualquer
vestígio de violência a escola interfere junto à família para que atitudes que
requeiram o bem estar social da criança e adolescente possa ser restabelecido;
muitas vezes é necessário acionar o Conselho Tutelar para as providências legais.
14.5 Educação para as relações étnico raciais
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-
Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana destacam que
“A importância sobre as relações étnico raciais não se restringe apenas à população
negra, ao contrário diz respeito a todos os brasileiros, uma vez que se educa para a
cidadania, enquanto cidadãos atuantes no meio de uma sociedade multicultural e
pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática”. De modo geral, é
necessário inserir e discutir nas escolas valores morais e reais: o respeito ao outro e
a si mesmo, discussões e debates sobre valores sociais, econômicos e políticos.
Diante do proposto, acredita-se que todas as disciplinas têm contemplado e
abordado a temática por meio de leituras, debates, apresentações, cartazes entre
outras ações. O educador deve aproveitar situações cotidianas da realidade escolar
para trazer a tona discussões pertinentes em relação ao assunto, para que haja a
construção de novos conceitos por parte do alunado.Deste modo é possível concluir
que o Plano Nacional das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnicos-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana é essencial para o desenvolvimento da nação brasileira através de uma
politica de valorização da diversidade, onde todas as pessoas serão reconhecidas
por suas atitudes perante o mundo e não por sua etnia.
65
A Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a divulgação e
produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que
eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de
interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos
legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da democracia.
14.6 Prevenção ao uso indevido de drogas
No Estado do Paraná foi criada a Lei N º.11.273 de 21 de dezembro de
1995, criando a obrigatoriedade da realização de palestras sobre drogas tóxicas e
entorpecentes em geral, nas atividades das escolas da rede pública estadual do
Paraná ,tendo como meta a prevenção e a valorização da vida.
A escola tem sido chamada a se posicionar frente ao aumento crescente de
experimentação e do consumo de substâncias entorpecentes. Notamos a
necessidade de apoio e informação, desenvolvendo trabalhos com a prevenção ao
uso indevido de drogas que devem mostrar que a vida sempre terá momentos de
transtornos, porém, se o sujeito estiver íntegro, a chance de vencer os empecilhos
será grande. Do contrário, aqueles que se drogam, além de não conseguirem
superar os obstáculos, ainda buscam novos problemas, pois haverá deterioração da
mente e corpo, problemas sociais e de convivência na família e na sociedade.
A escola deve ensinar sobre o perigo das drogas psicotrópicas fornecendo
orientações e dando condições de viver a sua realidade. Portanto, prevenção ao uso
de substâncias químicas, na adolescência é, muito mais um processo de se
trabalhar a autoestima de forma positiva, abrindo um caminho para a valorização
pessoal, ajudando os adolescentes e jovens a perceberem que eles podem ser
felizes sem drogas
Este assunto e trabalhado nas disciplinas de: Ciências, Biologia e
Geografia com trabalhos de pesquisas, confecção de cartazes e debates, mas as
demais disciplinas também promover atividades sobre esta problemática.
14.7 Gênero e diversidade sexual
Há muito tempo tem sido comentado sobre Cultura, Diversidade,
Preconceito, Discriminações e essas indagações estão presentes na sociedade. São
inúmeros casos de exclusões e discriminações que ocorrem no cotidiano, como
66
discriminações de Gênero, Étnico-Raciais, diversidade Sexual, os quais são
estereótipos formulados na sociedade.
A escola pode agir, transformando estas situações através de seus alunos
que inseridos no meio social também podem ser agentes de transformação social,
tendo aprendido na escola a fazer reflexões, partindo de concepções do senso
comum e conseguindo conceituar tais questões com uma consciência filosófica,
crítica e autônoma, não preconceituosa e excludente.
É necessário agir coletivamente ajudando o ambiente escolar a ser
compreensivo e respeitador. Pois através dessas transformações, acredita-se, que,
será possível construir uma sociedade livre do preconceito. É fundamental entender
que a escola seja promotora de conhecimentos e não agente da exclusão. Cabe
orientar sobre a necessidade de formação para os educadores auxiliando a
socialização de informações sobre o assunto, para saberem conduzir diversas
situações que possam ocorrer no âmbito escolar, em relação à diversidade de
gênero e orientação sexual, promovendo relações de convivência harmoniosa,
respeitosa e bem informada, negando assim, a formulação de pré-conceitos,
incoerentes e descontextualizados.
Para Valente, o conhecimento da Diversidade das culturas existentes e o
caminho necessário para a superação de conflitos ancorados na percepção das
diferenças étnicas, raciais, de gênero, nacionais, visando a construção e
consolidação de uma sociedade democrática. (Valente ,1999 )
14.8 Prevenção á gravidez na adolescência
A sexualidade é abrangida como uma construção social, histórica e cultural,
precisando ser debatida na escola. O trabalho sobre sexualidade e também
prevenção á gravidez são muito importantes, pois muitas vezes é no colégio que o
educando espera respostas para suas indagações, bem como orientações, porque
nem sempre contam com diálogo na família sobre o assunto, pois muitas vezes
buscam em conversas com amigos ou até na internet de uma maneira incorreta.
Deste modo, cabe à escola através de discussões, palestras e outras
atividades servir de base para esclarecer e orientar os alunos sobre a sexualidade,
sobre os cuidados básicos, que devem ter em relação a sexualidade; prevenção da
gravidez precoce e indesejada, às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST),
67
bem como a valorização do ser humano como pessoa digna, que tem sentimentos,
sendo necessário o respeito a si próprio e a pessoa do outro.
É importante que a instituição escolar trabalhe a conscientização para que o
jovem e adolescente esteja preparado emocionalmente, e saiba tomar decisões
importantes e fazer sua escolha de forma consciente, com maturidade e
responsabilidade. Assim, cabe à escola levar o jovem/adolescente a preparar-se e
ter segurança e determinação diante das questões e decisões em relação à sua
sexualidade, por meio de conhecimento científico e não apenas por meio de valores
e crenças pessoais.
15 PROJETOS
No Colégio Estadual Dr. João Ferreira Neves, equipe diretiva juntamente com
equipe pedagógica ,professores e agentes educacionais desenvolvem ao decorrer
do ano letivo, alguns projetos conforme a necessidade ou problemática que os
mesmos encontram em sala de aulas, podemos citar :
15.1 Projeto sobre o bullyng
Este trabalho é desenvolvido durante o ano letivo através de atividades
pedagógicas em sala de aula, brincadeiras e palestras envolvendo a comunidade
escolar. Todos os integrantes da escola de uma forma interdisciplinar se envolvem
no projeto, tendo como objetivo amenizar os problemas enfrentados com apelidos e
brincadeiras de baixo calão, que muitas vezes culminar em violência verbal e física.
15.2 Festa junina
A realização da Festa Junina, além de enriquecer o conhecimento do aluno,
quanto aos costumes dos povos e a socialização, propiciará o desenvolvimento de
atividades pedagógicas, como a pesquisa de receitas culinárias, textos, músicas,
desenhos, charadas e apresentações de danças ao público.
15.3 Gincana estudantil
Em comemoração ao dia do Estudante no mês de agosto, com a finalidade de
incentivar a comunidade escolar, bem como de promover a socialização, a
solidariedade e a criatividade dos alunos, com atividades esportivas, e culturais.
68
15.4 Projeto de enriquecimento curricular
O Projeto de enriquecimento curricular, visitações e participações em
eventos tem o propósito de complementar o conhecimento teórico adquirido na
escola, são realizadas visitas a eventos culturais, sociais, esportivos e algumas
vezes até turísticos.
Os alunos são motivados a novas experiências fora do ambiente escolar,
socializando e ampliando sua visão para uma nova leitura do mundo. Onde os
discentes irão conhecer novos lugares e culturas, aceitar as diferenças do próprio
grupo e do local visitado, ter responsabilidade, flexibilidade, lidar com possíveis
situações inusitadas, divertirem-se, fatores os quais preparam para a vida adulta.
Visita e Palestras nas Faculdades e Universidades;
Palestras com Promotores e setores empresariais;
Visita e Palestras organizadas por órgãos municipais;
Visitas em Feiras - atividades culturais e esportivas;
Participação Hora Cívica - Semana da Pátria;
Passeio Turístico – Visita Cataratas do Iguaçu, Usina de Itaipu e Parque das Aves
e entre outros.
16 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Essas ações são organizadas e desenvolvidas pelo Colégio Estadual Dr. João
Ferreira Neves, visando verificar o que e como estamos avaliando e também como
está ocorrendo a aprendizagem. O professor vai coletando informações de forma
contínua, com diversos procedimentos metodológicos e, dessa forma verificando o
grau de aprendizagem atingido pela classe e especificamente em relação ao aluno
em suas individualidades. Assim, compreende-se a avaliação como um meio
pedagógico para auxiliar o aluno no processo ensino-aprendizagem.
No processo de avaliação, o professor precisa considerar as informações
sobre os resultados obtidos com os alunos, buscando assim, um replanejamento de
suas atividades didáticas flexibilizando objetivos e conteúdos, desenvolvendo as
adaptações curriculares necessárias.
Neste estabelecimento, as notas das avaliações (provas, exames testes,
trabalhos de pesquisas individuais, coletivos e atividades pedagógicas realizadas em
sala ou extraclasse) serão acumuladas durante o trimestre e devem totalizar o valor
69
10,0, levando em consideração a qualidade em detrimento da quantidade.
Entretanto, deve ser considerado que o sujeito é um ser integral em formação, não
deve ser relativizada somente às notas, mas, compreender que as dificuldades em
resolver as atividades são parâmetros para a avaliação do conteúdo trabalhado, da
metodologia adotada pelo professor e as características individuais apresentadas
pelos alunos. A partir da utilização desta metodologia na avaliação, é possível
proporcionar uma recuperação paralela dos conceitos ainda não assimilados por
alguns alunos, com novos enfoques e métodos, novos meios de avaliar verificando,
assim, o progresso do processo ensino-aprendizagem.
A avaliação deve ser: contínua e formativa, concebendo como mais um
elemento do processo de ensino aprendizagem, o qual nos permite conhecer o
resultado de nossas ações didáticas e, por conseguinte, transformá-las. Essas
ideias, presentes no papel e no discurso formal de muitos docentes, precisam ser
concretizadas, desenvolvendo práticas que busquem inovar e aumentar a qualidade
do ensino.
As avaliações realizadas nas escolas decorrem de concepções diversas das
quais nem sempre se tem clareza de seus fundamentos, apoiadas, muitas vezes
numa avaliação classificatória para verificar a aprendizagem ou a competência
através de medidas e quantificações. Entretanto, este tipo de avaliação pressupõe
que todas as pessoas aprendem da mesma maneira, no mesmo momento e da
mesma forma, não considerando as diferenças e fases na aprendizagem.
A avaliação formativa não tem como objetivo classificar ou selecionar.
Fundamenta-se nos processos de aprendizagem, que levam em conta os aspectos
cognitivos, afetivos, relacionais, significativos e funcionais dos alunos, aplica-se em
diversos contextos, atualizando-se o quanto for preciso para que o aluno continue a
aprender.
Este enfoque tem como princípio fundamental à avaliação que parte do
momento em que se ensina, até a verificação contínua da aprendizagem. Somente
neste contexto é possível falar em avaliação inicial, ou seja, avaliar para conhecer
melhor o aluno e para desenvolver a melhor maneira de levá-lo a aprender. Neste
sentido a finalidade da avaliação é conhecer melhor o aluno, quais suas
capacidades, seu estilo de aprendizagem, seus interesses, suas técnicas de trabalho
e suas dificuldades. Assim, o professor pode adequar o processo metodológico de
70
ensino para atender ao grupo de alunos e àqueles que apresentam dificuldades,
tendo em vista os objetivos propostos. Analisando globalmente o processo de
ensino-aprendizagem ao término de uma unidade, possibilita uma reflexão sobre o
objetivo alcançado, revendo-o e adaptando-o conforme a necessidade e os
resultados apresentados.
A partir das finalidades descritas acima, as características da avaliação devem
ser: Contínua e integrada ao plano diário do professor, devendo ser permanente e
em situações normais, evitando a exclusividade da rotina artificial das situações de
provas, na qual o aluno é medido somente naquela situação e momento específico,
não considerando o que foi realizado e aprendido no decorrer das aulas antes da
prova. A observação registrada é um instrumento de grande auxílio ao professor na
realização do processo de avaliação contínua, como de tarefas de sala e deveres de
casa.
Neste Estabelecimento, as notas das avaliações (provas, exames, testes,
atividades de sala de aula, tarefas de casa, trabalhos de pesquisas individuais e
coletivas) serão somadas durante o trimestre, totalizando o valor 10,0(dez) (ou seja,
é somatória), levando em consideração a qualidade, tendo como possibilidades
instrumentos avaliativos diferenciados, como:
I – atividades de pesquisa bibliográfica e de campo;
II – reflexão com detalhes, a partir dos conteúdos estudados (trabalhados);
III – construção de textos;
IV – exercícios individuais e/ou em grupo com análise interpretativa e
conclusões;
V – construções de gráficos, painéis, paródias, maquetes (com enfoque no
conteúdo explorado);
VI – projetos de ação – refletida a partir da prática real;
VII – filmes didáticos com debates e discussões;
VIII – leitura de textos sobre os temas de estudo;
IX – provas orais e escritas, como análise dos resultados;
X – trabalhos/atividades de sala de aula;
XI – trabalhos/atividades de casa (tarefas).
71
O Colégio aderiu o Registro de Classe Online – RCO no ano letivo de 2017. O
período avaliativo é trimestral com o número mínimo de três avaliações e duas
recuperações. Para o processo avaliativo será utilizada a Média Somatória e cada
docente aplicará no mínimo 03 (três) instrumentos de avaliação, em cada trimestre.
Avaliações (provas escritas ou orais), as quais terão no total valor 6,0 (seis vírgula
zero), sendo obrigatória aplicar no mínimo 02 (duas) por trimestre. Fica a critério de
cada docente distribuir os 4,0 (quatro vírgula zero) pontos em quantas avaliações
que julgar necessárias como (pesquisas, seminários, apresentações, tarefas, entre
outros instrumentos avaliativos, conforme descritos acima), os quais serão somados
totalizando 10,0 (dez vírgula zero) pontos. A recuperação será substitutiva, sendo
aplicado no mínimo 02 (dois) instrumentos de recuperação por trimestre,
prevalecendo sempre a maior nota, sendo obrigatória sua inserção no Registro de
Classe Online.
Os docentes e a equipe pedagógica são conscientes da importância da
recuperação de estudos e da necessidade de ser paralela a aprendizagem, para
recuperar os conceitos básicos, os pré-requisitos e a sequência dos estudos, isto é,
trata-se de recuperar o conteúdo não assimilado e não a nota.
17 CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe tem a obrigação de analisar as ações
educacionais, indicando opções que busquem garantir a efetivação do processo
ensino e aprendizagem. Tendo como atribuições avaliar as informações sobre os
conteúdos curriculares, encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas, bem
como propor formas diferenciadas de ensino, estabelecendo mecanismos de
recuperação concomitantes ao processo de aprendizagem. Destacando algumas
alternativas possíveis de serem aplicadas aos alunos com defasagem na
aprendizagem ou ainda com problemas que impeçam o bom rendimento dos
mesmos.
Notamos que o Conselho de Classe é um momento de reflexão de toda a
prática educativa, onde professores, alunos e demais envolvidos no processo
educativo, discutem suas dificuldades e levantam estratégias. Como afirma
HOFFMANN:
“... não basta discutir a manutenção ou não dos Conselhos de Classe,
72
mas o seu significado. Não é o fato que está em questão, mas a sua concepção”.
Avaliar o que realizamos é importante não só para a instituição escolar, mas
é necessário para todos os segmentos da sociedade e da escola. É no Conselho de
classe que temos a oportunidade de discutirmos os objetivos propostos, as
dificuldades enfrentadas, a parcela de responsabilidade de cada um em toda a ação
e principalmente estratégias que serão adotadas para que alcancemos seus
objetivos.
Durante a reunião do Conselho de Classe será realizada uma ata descritiva
na qual serão registrados: relação de alunos que apresentam dificuldades de
aprendizagem e defasagem de conteúdos, algumas ações relativas a tais
dificuldades ou a determinada turma; os alunos que tem excesso de faltas quando
consideráveis e em alguns casos o comportamento; quando intervir no processo
ensino aprendizagem.
Em uma fase posterior, ou seja o pós conselho, o qual é constituindo de um
conjunto de procedimentos que são implementados a partir das discussões
realizadas no Conselho de Classe. Os procedimentos adotados nesta fase são:
convocação dos pais/responsáveis, devolutiva para turma, convocação do aluno
pela equipe pedagógica para diálogo individual e outros. Portanto, os alunos
relacionados na ata elaborada no Conselho de Classe realizado com os professores
serão chamados pela equipe pedagógica, professores e direção para discutir suas
dificuldades, dúvidas e sugestões buscando a partir delas alternativas para repensar
sua situação e assumir o compromisso para tentar solucionar os problemas
levantados. Esta etapa deve ser estendida aos pais através de reuniões ou
convocações individuais, incentivando a discussão e reflexão sobre o processo
educativo como um todo, fazendo sentirem-se como parte essencial desta escola.
O Conselho de Classe, também é discutido com professores que por motivos
de força maior não puderam comparecer, sobre decisões tomadas pelo coletivo, e
novas medidas são incluídas caso haja necessidade, estas ações se constituem
também anteriormente no pré- conselho.
Para os alunos é de fundamental importância avaliar a própria aprendizagem
e se tornar protagonista no processo educativo, uma vez que todas as discussões
realizadas no Conselho de Classe serão socializadas com os alunos e
posteriormente com os pais, como citado anteriormente. A partir do debate realizado
73
no Conselho de Classe os professores terão a oportunidade de realizar uma
autocrítica, buscando alternativas de ações metodológicas, que levem a realização
dos objetivos primeiros de sua atuação enquanto docente. Será possível o
planejamento de adaptações curriculares para alunos com maiores dificuldades ou
até avaliados no contexto escolar para atendimento especializado em Sala de
Recurso ou encaminhamentos para a Sala de Apoio.
No Conselho de Classe as relações interpessoais são favorecidas, pois é um
momento de debate coletivo onde se tornam significativas as trocas de experiências
entre os professores e todos os envolvidos que poderão propor ações para os
alunos que deram resultado positivo em determinado momento e/ou situação. Para
tanto a escola utiliza critérios para aprovação/reprovação no conselho de classe:
• Avanços obtidos na aprendizagem;
• Trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem;
• Desempenho do aluno em todas as disciplinas;
• Acompanhamento do aluno no ano seguinte;
• Situações de inclusão;
• Não há nota mínima estabelecida: todos os alunos que não atingiram média para
aprovação devem ser submetidos à análise e decisões do Conselho;
• Não há número de disciplinas para aprovar ou reprovar. Mesmo que o aluno tenha
sido reprovado em todas as disciplinas o que está em análise é sua possibilidade de
acompanhar a série seguinte;
• Questões disciplinares não são indicativos para reprovação. A avaliação deve
priorizar o nível de conhecimento que o aluno demonstra ter e não suas atitudes ou
seu comportamento;
• Ter sido aprovado em conselho de classe no ano anterior não quer dizer que não
possa ser novamente aprovado no ano seguinte.
17.1 Proposta de recuperação de estudos
Na LDB 9394/96, compreende-se que o termo recuperar deve ser
considerado como ato de tentar novamente, voltar, retomar o que não foi apreendido
pelo aluno. Nesse sentido é de extrema importância que professores, pais e
educandos saibam compreender o conceito e cumprir com suas responsabilidades
em prol de uma aprendizagem significativa, buscando o desenvolvimento
74
pedagógico dos estudantes, contribuindo com a formação de pessoas que saibam
exercer suas funções políticas e sociais dentro da sociedade.
Deverá ocorrer durante o período letivo, para casos de baixo rendimento
escolar e deve ser oferecida a todos os alunos, mesmo os que têm notas mais altas.
Depois de constatada a necessidade da recuperação de estudos, o professor deverá
retomar os conteúdos e proceder a recuperação dos mesmos registrando-a no Livro
Registro de Classe ou Registro de Classe Online (RCO) ao final de cada bimestre.
A nota da prova de recuperação bimestral presencial e escrita representará
60% (sessenta por cento) da composição da nota bimestral, 40% (quarenta por
cento) através de atividades diversificadas como: debates, trabalhos individuais ou
grupais, seminários, resenhas de livros/filmes, documentários, estudo de casos e
relatórios, dentre outros.
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (dois)
instrumentos de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota,
sendo obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online. Conforme a
Deliberação 007/99-CEE
Art. 10 - O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a
aprovação mediante recuperação de estudos, proporcionados obrigatoriamente pelo
estabelecimento.
Parágrafo Único - A proposta de recuperação de estudos deverá indicar
a área de estudos e os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno
foi considerado insuficiente.
A recuperação de estudos se aplica aos alunos que por motivos diversos
não se apropriaram dos conteúdos ministrados pelo professor, sendo: matrícula
tardia, ausência das aulas por doença ou por causas justificáveis e pelas
características individuais (defasagem, dificuldades) não assimilou o conhecimento.
Aos alunos sempre é reforçada a ideologia de que a nota é consequência de
seu desempenho. Assim reveem metodologias, estratégias, recursos utilizados,
proporcionando ao estudante outra maneira de vivenciar e incorporar o conteúdo.
Cabe a cada professor desenvolver a recuperação de estudos através de meios que
levem o aluno a perceber o real objetivo da recuperação dentro de uma dinâmica de
flexibilidade respeitando o disposto legal. Segundo a Deliberação 007/99-CEE, no
artigo abaixo:
75
Art. 11 - A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu
desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente,
dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.
§ 1º - o processo de recuperação deverá ser descrito no regimento escolar.
(...)
Art. 12. O estabelecimento de ensino deverá proporcionar recuperação de
estudos, preferencialmente concomitante ao período letivo, assegurando as
condições pedagógicas definidas no Artigo 1º desta Deliberação.
Art. 13. A recuperação de estudos deverá constituir um conjunto integrado ao
processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.
Parágrafo Único – A recuperação de estudos realizada durante o ano letivo
será considerada para, além de efeito de documentação escolar, parte importante no
desenvolvimento do processo ensino aprendizagem e aquisição de conhecimentos.
18 INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS
As intervenções pedagógicas do nosso estabelecimento de ensino são
constituídas por um conjunto de procedimentos que são implementados a partir das
discussões e apontamentos, realizado no pré conselho e no Conselho de Classe
e colocadas em práticas no pós –conselho. Podemos citar alguns encaminhamentos
não esquecendo que, consta-se outros no Regimento Escolar, além dos citados
abaixo:
- Convocação dos pais/responsáveis
- Convocação do aluno pela equipe pedagógica para diálogo individual e
outros.
- Encaminhamentos para Sala de Apoio e para avaliação da Sala de Recursos
A equipe pedagógica faz acompanhamento dos alunos juntamente com os
professores diariamente no que se refere à disciplina.
• Auxilia os professores com material de apoio e quando solicitado pelo mesmo
• Diálogo constante com alunos com dificuldades de aprendizagem e/ou alunos com
dificuldades de manter-se disciplinadamente no âmbito escolar.
18.1 Sala de recursos
A Sala de Recursos Multifuncional na Educação Básica tem um Atendimento
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Educacional Especializado, de natureza pedagógica que complementa a
escolarização de estudantes que apresentam deficiência Intelectual, deficiência
física, transtornos déficit de atenção e hiperatividade, transtornos globais do
desenvolvimento, síndrome de asperger, distúrbios de aprendizagem, autismo
clássico comprovados com laudos médicos, relatório de avaliação psicoeducacional
e matriculados na Rede Pública de Ensino.
Os alunos matriculados no ensino regular têm acesso à Sala de Recursos
Multifuncional no contra turno nos períodos matutino e vespertino. A equipe
pedagógica juntamente com os professores da sala regular, quando observam
educandos que apresentam dificuldades acentuadas, comunica a família e solicitam
avaliação do professor da Sala de Recursos. Alguns pais sequer se dão conta de
que o filho não aprende devido a algum fator de impedimento, sendo necessário, em
muitos casos, a própria escola encaminhar o aluno, juntamente com a família, ao
profissional especializado (oftalmologista, neurologista, psiquiatra, psicólogo)
Para auxiliar os estudantes que apresentam um grau mais acentuado de
dificuldade na compreensão e assimilação dos conteúdos, será realizado um
processo de avaliação e se necessário, o aluno será encaminhado para a “Sala de
Recursos”, desenvolvendo atividades de adaptações curriculares, nas questões
metodológicas, conteúdos e avaliação.
É imprescindível aos alunos a flexibilização dos conteúdos, pois necessitam
de um tempo maior para realizar suas atividades ou avaliações. Lembrando que, em
alguns casos, o resultado é mais positivo se a verificação da aprendizagem for feita
oralmente.
A avaliação dos alunos com necessidades educacionais especiais, segundo
a LDBEN (1996), deve acontecer durante todo o processo de aquisição do
conhecimento, destacando-se a avaliação formativa, vista como a mais adequada ao
dia a dia de sala de aula, pois considera que os alunos, possuem ritmos e processos
de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,
possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça.
Portanto, os alunos da sala de Recursos devem ser avaliados continuamente
para que haja êxito escolar do educando, visto que em muitos casos existe pré-
disposição em não reter conteúdos em longo prazo.
O professor da Sala de Recursos participa das atividades previstas no
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Calendário Escolar, especialmente do Conselho de Classe, assim como organiza o
controle de frequência dos alunos em Livro de Registro de Classe próprio ou no
Registro de Classe Online (RCO).
18.2 Sala de apoio
Com relação às dificuldades de aprendizagem, é oferecido aos alunos de 6º e
7º anos a “Sala de Apoio”. O professor regente faz o diagnóstico, preenche
formulário próprio com as dificuldades do estudante conduz para a Equipe
Pedagógica que por sua vez encaminha o aluno para a Sala de Apoio. As matriculas
são realizadas por bimestre, sendo necessário realizar a até a data estipulada pelo
NRE.
A carga horária para cada disciplina, Língua Portuguesa e Matemática, é de 4
(quatro) horas/aula oferecidas em aulas germinadas e em dias não subsequentes,
sempre tendo em vista o beneficio do aluno. Os alunos da Sala de Apoio são
avaliados através de conceitos, o critério de frequência é por dias letivos, não há
reprovação e as avaliações serão bimestrais.
Conceito Descrição de
conceito
Valor inicial Valor final
A Apropriado 8,0 10,0
P Parcialmente 6,0 7,9
NA Não apropriado 0,0 5,9
A saída do aluno é realizada quando o mesmo alcança os objetivos,
superando as dificuldades, o que é constatado no Conselho de Classe bimestral
entre professor regente e professor da sala de apoio, oportunizando o atendimento
de novos alunos.
Um dos problemas enfrentados pela escola em relação à Sala de Apoio é a
questão da frequência do aluno, pois a maioria dos pais não compreende a
necessidade deste apoio na superação dos problemas (defasagem) enfrentados
pelo educando .Quando o aluno deixa de frequentar ou falta muito às aulas, os pais
são imediatamente convocados ou comunicado via telefone, procurando estabelecer
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um diálogo entre escola e família, frisando a importância do comparecimento do
mesmo na Sala de Apoio, na busca da superação da sua defasagem
18.3 CELEM
O ensino aprendizagem da Língua Estrangeira Espanhola proporciona
oportunidades educativas que valorizam o educando como ser social, permitindo o
acesso de conhecimentos, possibilitando o crescimento dentro da sua realidade para
interagir em seu meio social como cidadão crítico e transformador. O
estabelecimento de ensino oferta duas turmas de CELEM no contra turno.
Pensando nesta proposta, o Colégio Estadual Dr. João Ferreira tem como
principal objetivo inserir seus educandos no processo de ensino aprendizagem de
uma segunda língua estrangeira, através do CELEM, visto que o inglês já faz parte
do matriz curricular. Pela importância política, econômica e estratégica, optou-se
pelo ensino do Espanhol, já que todos os países que compõem o MERCOSUL,
falam essa língua.
18.4 Ampliação de jornada escolar (AETE)
AETE - Aulas de Treino Esportivo: tem a carga horária de 04 (quatro) horas
semanais distribuídas em, no mínimo, 2 (dois) dias alternados para os estudantes.
Essa modalidade esportiva está de acordo com o Regulamento dos jogos escolares
do Paraná. Os benefícios proporcionados aos alunos ao praticar vôlei e futebol são
inúmeros, pois aprimora suas aptidões físicas como: melhor capacidade de reação,
velocidade de movimento, orientação espacial, coordenação motora e resistência.
Assim através dessas aulas práticas são oferecidas condições aos alunos para o
desenvolvimento, interação, socialização e melhor convivência em grupo.
18.5 Articulação família/comunidade
A escola deve ser um espaço de troca de conhecimentos entre todos os
segmentos que a compõe (família, alunos, professores e funcionários). Essa
caracterização fundamenta a necessidade do acesso à comunidade escolar, tendo
em vista que a diversidade cultural é categórica no favorecimento de uma sociedade
mais justa.
O Colégio percebe que o acesso, a permanência e a qualidade escolar, não
79
se limita somente no desempenho do aluno, mas sim, numa trajetória do trabalho
docente e discente com qualidade e, que possa atingir com eficiência e eficácia os
objetivos propostos. Os pais, além de informações regulares sobre a frequência e o
rendimento de seus filhos na escola, devem ter acesso ao conhecimento da
proposta educativa da instituição escolar..
Durante o ano letivo, diversas atividades são promovidas em ação conjunta
da escola, Conselho Escolar e APMF, como: reuniões, festas(Festa Junina e
Formatura), projetos ou atividades culturais, para integração família/ escola. Os pais
são consultados para avaliar as decisões do colégio, como: normas do âmbito
escolar, uniforme, passeios, formatura, aspectos positivos e negativos do
estabelecimento. Também são convidados a participar de palestras educativas entre
outros.
Temos buscado o compromisso com uma educação democrática,
transformadora e cidadã: o conhecimento, o relacionamento transparente e a
participação das famílias dos educandos na vida da escola. Essa articulação precisa
ser um aspecto fundamental em nossa proposta pedagógica.
19 INSTANCIAS COLEGIADAS
As instâncias colegiadas são os espaços de representação dos segmentos
da escola: alunos, docentes, pais e comunidade. É pela utilização desses ambientes,
fruto da conquista da própria comunidade, que a gestão democrática ganha força e
pode transformar a realidade escolar.
19.1 Grêmio estudantil
O grêmio é uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse
dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais.
É composto somente de estudantes de forma independente.
O Grêmio permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras
possibilidades de ação, tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade.
Sendo um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência,
responsabilidade e de luta por direitos.
Um dos principais objetivos do grêmio estudantil é contribuir para aumentar a
80
participação dos educandos nas atividades da escola, organizando campeonatos,
palestras, projetos e discussões, atividades culturais, cívicas e sociais, fazendo com
que eles tenham voz ativa e participação juntamente com pais, funcionários,
professores, equipe pedagógica e direção. .
Assim os estudantes compreendem que fazem parte da escola,
percebendo que são respeitados e atendidos em suas reivindicações e, portanto
desenvolvendo sua consciência crítica para atuar como um sujeito modificador na
escola e na sociedade. A partir de um movimento estudantil bem elaborado, o jovem
estudante ampliará seus horizontes e, com certeza, terá uma participação política,
social e cultural significativa na sociedade em que vive.
O espaço escolar é local apropriado e privilegiado para empreender a educação
democrática e desenvolver a ética e a cidadania na prática.
19.2 Conselho escolar
Órgão colegiado, que representa a Comunidade Escolar, de natureza
deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, em conformidade com as políticas
e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o
Projeto Político-pedagógico e o Regimento Escolar, para o cumprimento da função
social e específica da escola
A função do Conselho Escolar é de atuar articuladamente com a direção, no
processo de gestão pedagógica, administrativa e financeira do colégio
Para o Conselho Escolar, o desafio é assumir responsabilidades de forma
mais atuante, como uma questão coletiva, de todos os membros da escola e
representantes da comunidade externa, com a finalidade de ser não meros membros
do Conselho e da APMF, mas sim estar diretamente ligados às questões
relacionadas à instituição, tão quanto abertos a dialogar sobre os assuntos em
pauta, e auxiliar, de forma mais efetiva, na tomada de decisões.
Segundo Silva, o Conselho Escolar tem poder deliberativo sobre questões
administrativas, financeiras e pedagógicas. É considerado o órgão da escola,
definidor das políticas a serem implementadas pela Direção. Tem por finalidade
promover a articulação entre vários segmentos organizados da sociedade e os
setores da escola, a fim de garantir a eficiência e a qualidade de seu funcionamento,
é uma instância criada para garantir a representatividade, a legitimidade e a
81
continuidade das ações. É formado pela Direção, por representantes da Equipe
Pedagógica, Administrativa e de Serviços Gerais, Alunos, Pais e Sociedade Civil
organizada. (Silva,1999,p.22 )
19.3 Associação de pais, mestres e funcionários
APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários. É um órgão de
representação dos pais, mestres e funcionários da instituição de ensino, sem caráter
político, partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos, onde os dirigentes e
conselheiros cumprem suas delegações sem qualquer remuneração.
Promover o intercâmbio entre a família do aluno, os professores, a direção
da escola e funcionários propondo medidas que visem a melhoria. As reuniões são
convocadas pela direção sempre que se faz necessária. O comparecimento dos
envolvidos é sempre constante e as decisões são tomadas com base no consenso
comum, sendo efetiva a participação dos membros em todas as proposições feitas
pela escola. Auxilia na discussão sobre ações e na atribuição de acompanhar o
desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo alterações necessárias ao
cotidiano escolar, que podem ou não serem acatadas.
A APMF, que antes se preocupava apenas com aquisição de verbas, as
quais eram destinadas na maioria das vezes, para fins de conservação da estrutura
do estabelecimento escolar assume um novo aspecto mais amplo e significativo, a
partir das mudanças organizacionais e das transformações pedagógicas e culturais
inevitáveis para a escola.
19.4 Plano de ação
O Plano de Ação da escola consiste em um instrumento de trabalho dinâmico
com o intuito de propiciar ações, destacando seus principais problemas e os
objetivos propostos de metas a serem alcançadas, com critérios de
acompanhamento e avaliação pelo trabalho desenvolvido.
A elaboração do Plano de Ação da escola também é o momento de planejar
para rever a prática educativa por todo o coletivo escolar. Nesse sentido, o
planejamento dos objetivos, metas, ações e resultados esperados devem ser
seguidos pela equipe de gestão, no início do ano letivo, prevendo os desafios a
serem enfrentados no decorrer do ano, em conformidade com o diagnóstico dos
82
indicadores da qualidade da educação. Elaboramos o plano de ação na semana
pedagógica e ao decorrer do ano letivo revemos sempre que necessário.
20 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP
O acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico serão
realizados conforme as necessidades de mudança no contexto escolar pela
comunidade escolar e pelo Conselho Escolar, conforme explicitação no Plano de
Ação.
A Concepção Pedagógica evidenciada neste estabelecimento é a Critica
Social dos Conteúdos, a qual acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto
com as realidades sociais, ou seja, a escola prepara o aluno para o mundo adulto e
suas contradições, fornecendo um instrumento, por meio da aquisição de conteúdos
e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da
sociedade.
O princípio da aprendizagem é a significativa, partindo do que o aluno já sabe,
e contribui para a superação de sua visão parcial ao mesmo tempo em que adquire
uma visão mais clara e unificada. A teoria de aprendizagem que condiz com esta
tendência é a Teoria Social - Cultural de Vygotski na qual a aprendizagem ocorre no
relacionamento do aluno com o professor e com outros alunos, portanto o indivíduo
deve estar inserido em um grupo social e aprende o que seu grupo produz; o
conhecimento surge primeiro no grupo, para só então ser interiorizado.
21 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Não há como pensar em avanços sem uma avaliação sobre o trabalho
desenvolvido na escola. Professores, funcionários, condições físicas e materiais,
práticas pedagógicas, enfim tudo e todos os envolvidos no Ambiente Educativo.
A Avaliação Institucional é um processo que busca avaliar a instituição de
forma global, ou seja, contemplando os vários elementos que a constituem em
função de sua finalidade. Através de instrumentos que permitam a manifestação das
suas características próprias ( identidade), e que também a localizem dentro da
globalidade do sistema, sem deixar de articular identidade e globalidade com o
contexto social.
A avaliação Institucional, processo ao qual se busca avaliar a instituição de
83
forma ampla, geral, ou seja, contempla os vários segmentos que a constituem em
função de sua finalidade. Deste modo avalia os órgãos colegiados da gestão,
(Grêmio Estudantil, APMF, Conselho Escolar, Conselho de Classe, profissionais da
educação, condições físicas e materiais, praticas pedagógicas, ambientes
educativos, acompanhamento e avaliação de índices educacionais), os pontos
positivos e as fragilidades com a finalidade de promover a melhoria da escola e da
concretização do Projeto Político Pedagógico por meio de consulta aos vários
segmentos que compõem a escola direta e indiretamente, após sensibilização das
razões e motivos.
Sendo assim, a avaliação institucional desta escola será por meio de
questionários discutidos em reuniões e seminários para os profissionais e alunos
envolvidos na escola e os pais indiretamente. A avaliação será de forma processual,
democrática e formativa, capaz de intervir efetivamente na realidade educacional, no
sentido de contrapor à crescente exclusão e ao aprofundamento das desigualdades
sociais. Este processo tem potencial direcionador no sentido da construção da
cidadania.
22 BRIGADA ESCOLAR
A escola é uma instituição que zela pela aprendizagem dos alunos. O
Programa Brigada Escolar vem dar apoio técnico e instrumentalizar os profissionais
da educação. É tem como objetivo desenvolver ações preventivas, preparando a
comunidade escolar para atuar de modo seguro em situações de risco visando
proteger a vida.
Para atender esta demanda, o Programa Brigada Escolar, - Defesa Civil na
Escola visa construir uma cultura de prevenção, com a formação de brigadistas
escolares em todas as escolas, e adequar as edificações escolares às normas de
prevenção contra incêndio e pânico, minimizando a exposição de alunos e
profissionais da educação a acidentes. Enfrentando as emergências e desastres
naturais provocadas pelo homem que comprometem a segurança da comunidade
escolar.
Conforme regulamenta o Decreto n°4837/12, a instituição de ensino deverá
implantar medidas de proteção como: Saída de emergências, instalações da
84
iluminação de emergência, sistema de proteção de extintores de incêndio entre
outros.
A simulação do Plano de Abandono Escolar acontece no mínimo uma vez a
cada semestre, conforme data estabelecida em Calendário Escolar, envolvendo
todos os alunos, professores, funcionários e demais presentes no momento do
treinamento. Em seguida, citamos como é a realização do Plano de Abandono no
âmbito escolar:
– Acionamento do sinal previamente combinado. (3 toques prolongados)
– O professor posiciona a turma em fila indiana para saída da sala de aula,
colocando o aluno monitor à frente da turma.
– Os responsáveis pelos corredores nos blocos passam a chamar cada turma
para sair da sala, em ordem, em direção ao Ponto de Encontro. Caso não haja
responsáveis pelos corredores, deve-se adotar a regra geral do abandono, que é a
de que saem primeiras as turmas que estão mais próximas da saída de emergência.
– Os alunos devem se deslocar em fila indiana, quando possível, sem correr,
sem gritar, procurando manter a calma, com os braços soltos ao longo do corpo,
sem empurrar ou puxar outras pessoas seguido as sinalizações (placas) da Rota de
Fuga em direção à Saída de Emergência e, estando fora da edificação, dirigir-se ao
Ponto de Encontro, sempre mantendo a formação de fila.
– O professor é o último a sair da sala de aula, conferindo se ninguém ficou no
seu interior, fechando a porta e fazendo um risco diagonal nela com giz, ou na
parede ao lado dela, quando possível.
– O professor deverá estar munido do livro de chamada para deslocamento ao
Ponto de Encontro.
– A Equipe do Edifício vai direcionando as turmas em fila para o Ponto de
Encontro, controlando o fluxo das turmas, a fim de evitar aglomerações e tumultos.
– A Equipe do Ponto de Encontro, à medida que as turmas forem chegando
àquele local, procede à acomodação das classes.
– O professor realiza a conferência dos alunos de sua turma no Ponto de
Encontro utilizando o Livro de Registro de Classe
– Se constatada falta de qualquer pessoa no Ponto de Encontro após a
conferência, deve-se passar a informação à Equipe do Ponto de Encontro que, por
sua vez, notifica o diretor, fazendo chegar essa mesma informação às equipes de
85
emergência.
23 FORMAÇÃO CONTINUADA
Vivemos numa sociedade em constante evolução, onde o grande volume de
informações veiculadas nos mais diversos meios de comunicação e instituições
sociais requer um cidadão que seja capaz de ler, organizar, compreender e transmitir
tais informações. Diante disso, nós educadores sentimos a necessidade de inserir
nesse “mundo de informações”, através da busca ao saber, novas metodologias de
ensino e aprendizagem, trocas de experiências com professores da mesma área e
também de outras disciplinas.
Estamos cientes dos anseios dos profissionais que aqui atuam e
preocupados em ter um corpo docente plenamente atualizado, é consciente que a
capacitação deve ser constante. Por isso propõe como um momento de encontro e
troca de experiências as Reuniões Pedagógicas, previstas em calendário escolar,
onde estarão reunidos todos os professores das diversas áreas do conhecimento;
podendo ainda ser realizadas nessas reuniões palestras e debates, com temas a
serem definidos previamente pelos próprios professores e funcionários.
De modo a viabilizar a formação continuada de todos os profissionais em
exercício nas Escolas Estaduais, também a SEED organiza no início do ano letivo e
no segundo semestre letivo as Semanas Pedagógicas, conforme previsto em
calendário escolar, onde são discutidas com toda a comunidade as necessidades e
possibilidades de cada instituição a partir de alguns referenciais teóricos definidos
previamente.
De acordo com Fusari
O docente deve ter o domínio competente e crítico do conteúdo a ser ensinado a clareza dos objetivos a serem atingidos, o domínio competente dos meios de comunicação a serem utilizados para a mediação eficaz entre o aluno e os conteúdos de ensino, uma visão articulada do funcionamento da Escola como um todo e uma percepção nítida e crítica das complexas relações entre educação escolar e sociedade. Todos esses saberes não nascem com o ser humano, eles são adquiridos ao longo do tempo, não naturalmente, mas através de muitos estudos. Eles também não são imutáveis, ou seja, sofrem alteração constante, de acordo com as exigências do momento histórico. Na contemporaneidade a informação é mutável a cada segundo, o docente como um portador e disseminador de informações deve se atualizar constantemente, sob pena de se tornar ultrapassado. Diante disso, cabe à escola incentivar e proporcionar momentos de formação continuada a seus professores
86
e colaboradores e criar condições para que esses participem das formações. FUSARI,1992)
Assim, cada estabelecimento estabelece as metas para o próximo período
letivo, pois entendemos que professores, equipe pedagógica, agentes educacionais,
alunos, pais e comunidade não só fazem parte de um mesmo ambiente cultural,
como também constroem este espaço devendo haver a integração entre toda a
comunidade escolar na organização do trabalho pedagógico que define a identidade
da escola e o papel de cada um na construção do P.P.P.
24 HORA ATIVIDADE
Existem dificuldades por parte do estabelecimento de ensino e de
professores em cumprir o calendário de hora-atividade concentrada pela Secretaria
de Estado da Educação, pois um número considerável de docentes leciona em dois
ou mais estabelecimentos de ensino e, consequentemente, quanto maior o número
de escolas, menores as possibilidades de conciliação dos horários de aula.
A Hora Atividade é um momento reservado para formação docente,
realização de estudos, avaliação, correção de atividades propostas, destinadas à
pesquisa, troca de experiências, atendimento a pais e alunos e planejamento para
melhoria da aprendizagem.
A hora-atividade constitui-se um momento muito significativo para o professor,
onde ele pode estar preparando ou corrigindo atividades, pesquisando novas
metodologias de ensino, trocando experiências com professores da mesma área, ou
de outras áreas, discutindo e analisando referenciais teóricos importantes à sua
prática, junto a equipe pedagógica ou direção esclarecendo possíveis dúvidas,
sugerindo mudanças, atendendo a solicitações e contribuindo para a qualidade do
ensino com sua criatividade e inovação relacionados a prática educativa e
desenvolvimento de projetos educativos.
Alguns educadores utilizam a hora-atividade para auxiliar alunos com
dificuldades de aprendizagem na sua disciplina. Também atendem os pais
interessados em saber da aprendizagem escolar do filho, ou quando o próprio
professor solicitar a equipe pedagógica a convocação dos pais de alunos com
defasagem ou dificuldades de aprendizagem ou ainda com problemas de
comportamento, tornando assim mais significativa a solução dos obstáculos.
87
Na Hora atividade temos a oportunidade de analisar e discutir temas que
visam a valorização do professor como sujeito epistêmico que reflete, fundamenta e
planeja sua ação, sob a orientação, supervisão e acompanhamento da equipe
pedagógica ou do diretor da escola e, por isto, devem ser acompanhada de um
processo de reflexão sobre as necessidades e possibilidades de trabalho docente .
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