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Proc. desdemocratização em curso-
Apelo à dissidência política e social
Ant. Pedro DoresOut 2011
Em colapso
• A perestroika (reestruturação) e a glasnost (transparência) foram a salvação ou a implosão da URSS?
• A democracia e a regulação serão a salvação ou a implosão da civilização ocidental?
Integração de Portugal no mundo
• Nem fascismo, nem social-fascismo, independência nacional
• Importação de modelos de vida em contra ciclo
• Percebemos a democracia decadente como “a” democracia
Proc. desdemocratização em curso
• Criminalização extrajudicial do espírito de revolta (Inglaterra e tb em Portugal) por contraste com a democracia como instrumento de solidariedade (Noruega, Islândia)
• Aumento dos encarceramentos e da importância das polícias – e da torturas – e da inconsequência do activismo dos DH
Direito do inimigo
• Desorientação politicamente organizada do sistema judicial (a partir das universidades, dos seus privilégios e da estupidificação que promove)
• Estigmatização de uma parte da população (bairros problemáticos, minorias étnico religiosas, terroristas) a partir da manipulação da inteligência (mentiras, think thanks, polí(ti)c(i)as secretas)
Distinção e promoção social
• Os lucros têm tomada para si todos os aumentos de produtividade e agora estão a reduzir salários (emagrecimento)
• Subir na vida passou a significar tratar os debaixo como não gente – vivem abaixo do nível de pobreza, sem que isso incomode as consciências
“Espírito de Igualdade” de Wilkinson e Pickett
• Desigualdade é correlativa a doenças e violências, no quadro dos países capitalistas
• A paixão pela igualdade parece ter perdido (outra vez) momentum. Mas isso pode mudar (ou não) num momento: estamos à espera?
• A violência policial e a guerra estão aí, assim como a xenofobia galopante
Onde estão os democratas?
• O governo diz que 2013 tudo volta à normalidade, o que todos sabem ser mentira
• O governo diz que quer transformar a sociedade portuguesa, mas ninguém sabe o que isso quer dizer
• O presidente diz que é preciso ter fé e trabalhar mais (do mesmo) que tudo vai passar (por efeito milagroso dos sacrificios)
Avisos à navegação
• O governo informa ter dado liberdade às polícias para descobrirem os activistas que irão pagar as culpas dos tumultos que lhes parecem ser inevitáveis
• Muitos novos partidos concorrem às eleições na esperança de algum eleitorado lhes cair no regaço (que é dos rendimentos mais fáceis de obter nesta sociedade)
Falta democracia
• Na Madeira, como no país, como na Europa, “não há alternativas”
• Há sim receitas furadas mas obrigatórias, quer o povo goste ou não, sem se poder pronunciar ou sequer discutir
• Como pode o Povo escolher se a “guerra” já está decidida e a propaganda pesos pesados organizada? Com a aliança dos principais partidos para a “mudança na continuidade”?
Escolhas do povo
• Depois da Casa Pia, BPN, submarinos, PT, BCP, univ. moderna, univ. independente e muitos outros casos quotidianamente relatados, que sentido faz prender os Isaltinos ou arrengar contra os Jardins, quando o Banco de Portugal e os amigos do governo andam à solta?
Dissidência democrática (I)
• É preciso renovar a esperança na democracia, no governo pelo Povo e para o Povo
• É preciso reconhecer e afirmar que o 25 de Abril deu um passo nessa direcção, mas o caminho há muito se esgotou
Dissidência democrática (II)
• É preciso organizar a dissidência, não como iniciativa da sociedade civil ou como unidade de esquerda, mas como conjugação de esforços políticos anti-sectários (esquerdas e direitas incluídas e colaborantes) para desenvolver novas instituições políticas capazes de substituir as actuais e evitar o sangue que está prometido para que, de facto, têm sido treinadas as forças de “segurança”
Dissidência democrática (III)
• Como medida estratégica primeira, é preciso proteger os desvalidos da chuva de estigmas e porrada que lhes está reservada por órgãos de polícia humilhados pessoal, social e profissionalmente, cuja perspectiva de carreira é tornarem-se ou serem capazes de ser tropas de choque, às ordens dos privilegiados e hipócritas beneficiários da globalização desregulada, cuja política é verem da banca(da) a luta de classes por si organizada
Dissidência democrática (III)
• Isso faz-se com advogados e políticos incorruptíveis inspirados pelas tradições universais do direito a favor da liberdade e da igualdade de todos e cada ser humano.
• A justiça e a política são demasiado importantes para serem deixadas aos privilegiados ou aos profissionais
FIM
A realidade às vezes descontrói-se
A memória enfatiza o que está escondido
A teoria social do estado e transformação (1)
A teoria social do estado e transformação (2)
A teoria social do estado e transformação (3)
Para que serve a democracia?
• É uma essência moral?• É um sistema? Ou um modelo ideal de
sistemas?• Não há alternativa à democracia?• Devemos sacrificar-nos à democracia?• A democracia deve sacrificar-se para o nosso
bem estar?• Há liberdade para se avaliar a democracia?
Porque os governantes estão a desistir da democracia?
• Na gestão das universidades, por exemplo• Na luta contra a corrupção• Na defesa do Estado de direito e dos direitos
humanos• Na organização da guerra como defesa, em
vez de conquista• Na estigmatização de povos (PIGS) aliados e
no rasgar dos contratos com os grupos sociais desfavorecidos
Podem os povos reclamar a democracia?
• É o que estão a fazer, no Norte de África e no Médio Oriente – e também no Sul da Europa
• Com que apoios?• Com que solidariedades?• Onde estão os democratas?• Como se pode avançar para a Humanidade?
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