View
218
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
1
Município de São Bernardo do Campo Secretaria de Educação
Departamento de Ações Educacionais
Macrorregião 2 – Educação Infantil
EMEB GILDO DOS SANTOS
Projeto
Político
Pedagógico
2017
2
SUMÁRIO I – IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR ...................................................................... 3
1 – Identificação dos Funcionários ................................................................................... 4
2 – Quadro de Organização das Modalidades .................................................................. 5
3- Histórico da Unidade Escolar .......................................................................................7
II – CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA ...................................................................................... .10
III- CARACTERIZAÇÃO E PLANOS DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA.....18
1 – Caracterização da comunidade ................................................................................ 19
2 – Comunidade Escolar ................................................................................................. 19
3 – Equipe Escolar ........................................................................................................... 21
4 – Conselho de Escola ................................................................................................... 31
5 – Associação de Pais e Mestres .................................................................................. 34
IV- ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO.....................................37
1-Objetivos....................................................................................................................................37
2-Levantamento dos Objetivos Gerais..........................................................................................38
3-Rotina.........................................................................................................................................56
4-Avaliação das Aprendizagens dos Alunos..................................................................................69
5-Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos...............................................................73
6-Ações Suplementares................................................................................................................74
V- CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO..................................................................................75
VI- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................76
VII- ANEXOS..................................................................................................................................77
3
Município de São Bernardo do Campo Secretaria de Educação
Departamento de Ações Educacionais
Macrorregião 2 – Educação Infantil
EMEB GILDO DOS SANTOS
I – IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
Nome da Escola: EMEB Gildo dos Santos
Rua: Profª Pedra de Carvalho, s/nº - Jardim Lavínia
CEP: 09811-140 – Telefone: 4109-9340 – SBC
E-mail: gildo.santos@saobernardo.sp.gov.br
CIE: 229.908
Equipe Gestora
Diretora Escolar: Patricia Consani de Angelo
Coordenação Pedagógica: Alciana Batista dos S Sobral
Orientadora Pedagógica: Alexandra da Silva
Equipe de Orientação Técnica:
Psicóloga: Denise Monteiro
Fonoaudióloga: Elaine Cristina Paixão da Silva
Assistente Social: Telma de Cassia Bertaçolli Demarchi
Terapeuta Ocupacional: Ana Maria Diniz Canet Modalidade de Ensino: Educação Infantil (0 a 3)
Horário de Funcionamento: das 7h30 às 17h30 – Período Integral
Horário de Funcionamento da Secretaria: das 7h às 18h
4
1 – Identificação dos Funcionários
Nome Matrícula Cargo /função Horário de trabalho
Período de férias
Patricia Consani de
Angelo 30.949-9 Diretora Escolar
2ª e 5ª feiras das 7h às 16h
3ª feira das 7h às 17h30
4ª feira das 7h às 16h30
6ª feira das 11h30 às 17h30
Janeiro 2018
Alciana Batista dos S. Sobral
30.807-9 Coordenação Pedagógica
2ª, e 5ª feiras das 8h30 às 17h30
3ª feira das 7h às 17h30
44ª feira das 8h às 17h30
6ª feira das 7h às 13h
Janeiro 2018
Ana Cristina R dos Santos
40.520-1 Oficial de Escola 7h às 16h 31/05 a 14/06
Andreia Baldow Falcão
26.660-9 Professora 10h às 18h Janeiro/2018
Claudia Maria Abite Marques
11.004-6 Professora 10h às 18h Janeiro/2018
Queila Maris da Silva 36.546-9 Professora 07h às 15h Janeiro/2018
Elaneida Cristina Pereira
37.107-8 Professora 10h às 18h Janeiro/2018
Espedita Natividade da Silva
36.074-4
Professora 7h às 15h Janeiro/2018
Juliana Gaspar 40.876-2
Professora c/Titularidade s/sala
7h às 15h Janeiro/2018
Vivian Polydoro
Mathias 36.409-9 Professora 7h às 15h Janeiro/2018
Flavia Jardim de
Brito 18.670-0 Professora Substituta 7h às 15h Janeiro/2018
Danila Tertuliano G. Bonilha
37.608-6 Auxiliar em Educação 8h às 17h Janeiro/2018
Claudia Moraes da Rosa
38.925-7 Auxiliar em Educação 8h às 17h Janeiro/2018
Luciana Paula de F.
Adriano 34.750-4 Auxiliar em Educação 8h às 17h Janeiro/2018
Michele Paula Novaes 39.079-3
Auxiliar em Educação
7h30 às 16h30 Janeiro/2018
5
Léia Alves Costa 39.694-3 Auxiliar em Educação 8h às 17h
Janeiro/2018
Marcia Ivone dos Santos
60.605-4 Auxiliar de limpeza 7h às 16h 09/01 à 08/02
Lourdes Tadeu dos Santos Nunes
19.575-7 Auxiliar de limpeza 8h às 17h 01/03 à 30/03
Creuza Pereira Dias 62.944-1 Auxiliar de limpeza 8h10 às 17h10 18/02 à 19/03
Tais Vicente Silva 61.980-4 Auxiliar de Limpeza 8h às 17h 02/01 à 31/01
Maria Janaina Brandão Cavalcante
_ Auxiliar de cozinha
CONVIDA 7h às 16h48 _
2 – Quadro de Organização das Modalidades
Nesta escola atendemos crianças de 1 ano e 2 meses até 3 anos e 11 meses
em período integral, com horário de entrada entre 7h30 e 8h00 e saída entre 17h00
e 17h30.
Agrupamento Turma Educadores Total de alunos
por turma
Total de alunos por
modalidade
Infantil I A Queila/Elaneida/Michele/Luci
ana 18 18
Infantil II A Espedita/ Claudia/ Danila 22 44
Infantil II B Vivian/Andréia/Claudia 22
6
2.1- Especificidades das faixas etárias:
Infantil I:
São crianças que nasceram entre janeiro e dezembro de 2014.
Os educadores são responsáveis por dar voz às crianças, observando,
nomeando, dizendo os quereres, desejos, angústias, enfim os sentimentos e
palavras já que a fala ainda está em processo de aquisição.
A exploração do espaço e brinquedos é característica marcante deste grupo e
assim a área externa, quadra e parque chamam a atenção dessas crianças. Elas
gostam de ficar olhando e observando o entorno da escola.
O contato físico, o colo, o acalento, as trocas, fazem parte da faixa etária das
crianças do Infantil I, uma vez que a separação da família, o primeiro contato com
outras crianças e adultos, o desmame, as deixam mais sensíveis e atentas a essas
novas relações que se estabelecem. É preciso atenção individual às necessidades
das crianças.
O momento da alimentação requer atenção especial, é necessário no início
do ano ensinar as crianças a usarem os talheres, a segurarem as canecas.
Infantil II:
São crianças que nasceram entre janeiro e dezembro de 2013, a turma é
constituída de alunos que já frequentavam esta creche e alunos novos.
Algumas características dessa faixa etária são a retirada das fraldas, a
autonomia do uso do banheiro, a grande aquisição de palavras, a verbalização dos
desejos e preferências. Já são capazes de alimentarem-se sozinhos.
É também nessa faixa etária que acontecem as reações de oposição aos
adultos, sejam estes os pais, ou educadoras, etc. Comportamentos esses que
leigamente são conhecidos como birra, mas que demonstram que as crianças estão
desenvolvendo a autonomia e se consideram capazes de realizar algumas coisas
sozinhas e tomarem suas próprias decisões.
7
3 - HISTÓRICO DA UNIDADE ESCOLAR
A EMEB GILDO DOS SANTOS foi inaugurada em 1981, na época
denominada Creche Comunitária Jardim Lavínia, sua construção visava criar um
local para deixar as crianças do bairro enquanto suas mães trabalhavam. A
concepção de creche então era totalmente assistencialista.
No final dos anos 80, a Constituição Federal responsabilizou a Educação por
todas as instituições de atendimento a crianças de 0 a 6 anos, e com a evolução das
discussões sobre o papel desse equipamento, não só neste município, mas em nível
nacional, a creche começou a transformar-se. Novos profissionais com papéis
definidos foram contratados, começou-se a dar maior importância para a atividade
da criança.
Em 1991 as creches passaram a integrar o Departamento de Educação na
Secretaria de Educação e Cultura de São Bernardo do Campo. A preocupação com
a estruturação do trabalho pedagógico tem sido constante desde 1990. Desde então
tem acontecido a formação permanente de educadores (através de reuniões
pedagógicas com participação de toda a equipe, reuniões de trio e HTPC’s) e a
sistematização dos instrumentos do educador (registro, planejamento, observação e
avaliação).
Em 1992 foi publicado “UMA PROPOSTA INTEGRADA PARA O TRABALHO
EM CRECHES E EMEIs”, currículo que seria norteador para todas as unidades de
atendimento às crianças de 0 a 6 anos neste município.
Em 1994 vieram as primeiras professoras para trabalhar nesta creche, foi
uma grande conquista para a U.E. enquanto espaço educacional.
Em 1995 esta creche, juntamente com as Creches Municipais Antônio José
Mantuan, Josué de Castro e Vila das Paineiras, elaborou o “PROJETO CRECHE
VIVA” que estruturou o trabalho em três eixos: organização do espaço, organização
da rotina e postura do educador, e tinha como objetivo “proporcionar às crianças
maior possibilidade de liberdade, aprendizagem e prazer considerando sua
individualidade dentro desse espaço coletivo de educação que é a creche”.
Desde 1997 as dirigentes das creches vêm participando de assessorias
contratadas pelo Departamento de Educação e cursos voltados principalmente para
o trabalho com linguagem, foram oferecidos aos educadores da rede. O trabalho
com rotina também foi tema de assessoria e de discussões dentro desta unidade.
8
Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que
possibilitou um salto na qualidade destes dois momentos.
Esta creche passou por uma reforma que ampliou suas instalações em 1998.
Foram construídas: mais uma sala de aula, diretoria, lactário e foram ampliados o
banheiro das crianças, a lavanderia e a cozinha. Esta obra levou cerca de 8 meses e
durante este período a creche atendeu apenas uma classe de 3 anos na EMEB
Mariana Neves Interliche.
Ao retornar às suas atividades após a reforma, atendeu pela primeira vez
apenas classes de 3 anos, seguindo orientações do Departamento de Educação.
No final de 1998 foi aprovado o novo Estatuto do Magistério, entrando em
vigor em janeiro do ano seguinte, que, entre outras coisas, alterou a jornada de
trabalho dos professores com as crianças e fixou o tempo de formação e estudo.
Com isso a organização dos grupos também foi alterada. Pela primeira vez em 2000,
a creche atendeu duas classes em período parcial.
A partir da reflexão sobre o mundo em que vivemos e como a escola pode
interferir, mesmo que minimamente na realidade, toda a equipe envolveu-se no
“Projeto Cultura” em 2001 elaborado a partir da preocupação com a decadência
cultural e a inversão de valores presentes na sociedade e tinha entre seus objetivos
resgatar elementos da cultura popular e promover a participação dos envolvidos.
Neste ano realizamos a “Festa da Cultura”.
A Associação de Pais e Mestres iniciou efetivamente seus trabalhos em 2002
(apesar de ter sido fundada em 2001), quando contratou engenheiros para
elaborarem um projeto de reforma e ampliação da escola, visando dobrar a
capacidade de atendimento da unidade. Porém esse projeto foi dividido em diversas
fases de acordo com as verbas repassadas.
Em 2003 foi feita uma parte da reforma que consistia em alterar a posição da
lavanderia, construir dois banheiros de adulto, reforma e ampliação do banheiro da
sala de 2 anos.
Em 2004, após chegada da verba, foi finalizada a construção do radier,
alteração da posição da sala de 3 anos (integral) e construção da diretoria e
secretaria.
Fizemos também uma parceria com a presidência da Sede de Moradores do
Bairro para abertura de um portão possibilitando o acesso e a utilização da quadra
de esportes.
9
Em fevereiro de 2005 houve a saída da diretora Rosa Regina de Oliveira
Delgado e chegada da diretora Lúcia Regina Bortoto e também da Professora de
Apoio Pedagógico Ana Lúcia Cézar Moraes, sendo que ambas respondiam por duas
unidades escolares (EMEB Gildo dos Santos e EMEB Lóide Ungaretti Torres).
Este ano também, o grupo de educadores participou de um estudo sobre o
Brincar para a escrita da Proposta Curricular II em HTPC’s e com representação na
comissão de escrita deste tema.
No início de 2006 foram extintas as salas de 3 anos do período parcial e
formada uma nova turma em período integral. Houve ainda a organização da
biblioteca dentro do espaço disponível (antiga diretoria) e parceria com a PABE da
EMEB Teotônio Vilela para a realização de projetos.
Em dezembro de 2006 a Resolução da SEC n° 00/06 de 22/12, determinou a
separação das creches agrupadas em duas unidades com apenas uma diretora ou
dirigente. Na EMEB Gildo dos Santos permaneceu na direção a Diretora Lucia
Regina Bortoto.
Em 2007, ocorreu mais uma reforma, de acordo com o Plano de Trabalho da
APM que contemplou a reforma geral da cozinha e despensa, troca de chuveiros
individuais por cuba de banho e trocador no banheiro coletivo infantil, colocação de
mais um vaso sanitário no banheiro da sala de 2 anos, colocação de chuveiros
adequados às cubas de banho, manutenção no telhado, colocação de beiral sobre
as portas das salas e cobertura na entrada da escola. Pintura geral interna e
externa, troca do alambrado e colocação de piso na área externa e nivelamento,
troca da caixa d’água e reforma no depósito de brinquedos, colocação de bebedouro
no parque, limpeza e tratamento do piso das salas de aula, troca do vitrô da
biblioteca, revisão geral da parte elétrica e hidráulica.
Em 2008, a EMEB recebeu a PAP Ana Nery Alves Pereira Guimarães para
apoio no trabalho pedagógico da unidade escolar. Pela primeira vez a EMEB Gildo
dos Santos teve uma PAP para atuar exclusivamente na unidade, o que veio a
enriquecer o trabalho da equipe docente e contribuir com a formação continuada dos
profissionais desta escola. Em 2010, Andréa Gomes Cortez assumiu o cargo de
Coordenadora Pedagógica no concurso realizado pela Secretaria de Educação em
2009.
10
Em maio de 2011, a Coordenadora Pedagógica Andréa Gomez Cortês
afastou-se por motivos de saúde, ficando a Professora Renata de Oliveira Lima
responsável pela Coordenação Pedagógica.
No inicio do ano de 2012, a Diretora Lucia Regina Bortoto aposentou-se e
assumiu o seu lugar em 07 de março a Diretora Jussara Almeida Bezerra, também
em 2012, duas professoras que iriam trabalhar no CEU Vila São Pedro, a ser
inaugurado em 14 de abril, estiveram desde o inicio do ano na escola, auxiliando no
período de adaptação e durante a rotina escolar.
Devido ao processo de remoção, no ano de 2013 iniciou os trabalhos a
diretora Patricia Consani de Angelo e a coordenadora Dislene Mercia de O S Ladeia,
também houve uma grande alteração no quadro de professoras e funcionários com
a troca de praticamente 90% da equipe.
No ano de 2014 a equipe gestora se mantém, porém ocorre a troca das
auxiliares em educação devido ao processo de movimentação desta categoria
realizado pela SE.
Em outubro de 2014, a Diretora Patricia Consani de Angelo afastou-se por
motivo de saúde e assumiu a direção a PRD (Professora Respondendo por Direção)
Lilian Martineli que permanece na unidade escolar até dezembro de 2015.
Durante a remoção de 2014, veio para esta EMEB a Coordenadora
Pedagógica Alciana Batista dos S. Sobral, que se encontrava afastada por motivo de
saúde e assumindo seu lugar, temos a PRCP (Professora Respondendo por
Coordenação Pedagógica) Solange M. M. Gomes. Durante está remoção, também
houve mudança de 90% do quadro de professoras.
Em Junho de 2015 a PRCP Solange aposenta e retorna as atividades a
coordenadora Alciana que permanece até a presente data.
Em janeiro de 2016 retorna às atividades a diretora Patricia que permanece
até a presente data.
Outro aspecto a ser mencionado é que a escola é eco ponto, sendo
desenvolvido um trabalho de separação de matérias para coleta específica realizada
pela Prefeitura, onde a comunidade local também pode descartar seus reciclados.
II – CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA
PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM O TRABALHO
11
Os princípios que norteiam nossa prática pedagógica não se limitam ao
espaço escolar, mas envolvem ações de todos os educadores nas várias relações e
níveis de participação para uma educação de qualidade. A integração e participação
da família na escola é fundamental para a formação da criança em todos os
aspectos: cognitivos, sociais, afetivos, físicos e éticos. Na escola são sistematizadas
situações de aprendizagens onde os envolvidos aprendem de maneira lúdica e são
construtores ativos do seu conhecimento. Convivemos com a diversidade,
procurando acolher a todos em suas necessidades.
Temos como referência para o nosso trabalho na unidade: a Proposta
Curricular de São Bernardo do Campo, baseada nas concepções pedagógicas de
Piaget, Vigotsky e Wallon, a partir da concepção interacionista.
CONCEPÇÕES DE MUNDO, CRIANÇA, EDUCAÇÃO E ESCOLA
Elaborar o Projeto Político Pedagógico da escola nos coloca novamente
frente a questões como: que mundo nós queremos construir e que indivíduos
queremos vivendo e atuando neste mundo. Estas reflexões dão continuidade ao que
já foi iniciado em anos anteriores, pois sabemos que a educação se constrói num
processo contínuo e é enriquecida a cada dia com as reflexões que fazemos sobre a
prática.
Queremos contribuir para a formação de indivíduos críticos, autônomos,
participativos, que valorizem a vida, saibam respeitar o outro, sejam conscientes a
respeito do meio ambiente, saibam lidar com situações diversas e adversas e atuem
para transformar a sociedade.
Queremos um mundo no qual todos possam ter consciência e partilhar de
ações pautadas no compromisso com o nosso planeta e todas as formas de vida
nele existentes.
A ESCOLA
A escola da infância que acreditamos deve ser um ambiente acolhedor,
prazeroso, que oportunize vivências e experiências significativas e interessantes
para as crianças, favorecendo a construção de conhecimento, além de ser seguro,
limpo e organizado. Um ambiente que possa atender às necessidades individuais e
dos grupos de 0 a 3 anos e que seja desafiador, que instigue a exploração e a
curiosidade das crianças.
12
Acreditamos que a construção de uma escola para um mundo melhor exige
compromisso e envolvimento da própria escola e de toda a sociedade.
AUTONOMIA
Um dos papéis da escola é contribuir para a construção gradativa da
autonomia por parte das crianças, que permita constituírem-se como indivíduos
capazes de atuar para transformação da sociedade, tendo desde cedo oportunidade
de vivenciar situações onde possam expressar seu desejo e fazer escolhas.
Sabemos que a criança de 0 a 3 anos ainda é heterônoma, isto é, legitima as
regras e os valores que provêm de fora, em geral de um adulto a quem ela atribui
força e prestígio. Esta fase é importante, pois contribui para a construção de
princípios a partir dos referenciais externos e a escola tem um papel importante no
processo de construção da autonomia da criança. São as oportunidades que ela tem
de exercitar as escolhas, as tomadas de decisões, que contribuem para o
desenvolvimento de recursos internos que favorecem a construção da autonomia.
Assim, cabe à escola criar condições para este exercício, planejando
atividades que deem oportunidade de escolhas, que tenham regras claras, que
contribuam para que a criança sinta-se segura e com propriedade sobre suas ações.
A intenção de contribuir para a construção da autonomia deve permear todos os
momentos da escola.
Podemos então, planejar três aspectos para que favoreçam a construção da
autonomia: a organização do espaço, a rotina e a postura do educador.
- A organização do espaço deve garantir que a criança se aproprie dele e
possa se “autogerenciar”, escolhendo materiais, utilizando brinquedos, decidindo
sobre os lugares a serem utilizados em suas atividades, reconhecendo suas
preferências e interessando-se por brincadeiras.
- A rotina é também um fator organizador, assim como o espaço, e favorece
a organização interna da criança. A frequência e constância das atividades
contribuem para que conheça o seu dia e possa ter tranquilidade sobre ele, e assim,
exerça maior autonomia.
- A postura que o educador assume pode contribuir muito para o exercício
da autonomia, isto porque, além de dar as referências externas que a criança
precisa, também pode ajudá-la a fazer suas próprias escolhas e a encontrar
soluções para suas dificuldades.
13
INTERAÇÃO
Um dos eixos que devem nortear todas as ações da escola é a interação, isto
quer dizer que, as atividades e espaços devem ser planejados através de vivências
e experiências que oportunizem as crianças trocas a partir de seus saberes, serem
ajudadas por parceiros mais experientes, ou ajudarem outros na aquisição de novos
conhecimentos.
Interação não é apenas estar junto, mas compartilhar das ações durante as
conversas, as brincadeiras ou as descobertas. Estas ações se constroem na relação
com outras crianças da mesma faixa etária ou de idades diferentes, ou ainda com os
adultos. Os espaços delimitados e os brinquedos organizados para facilitar o acesso
das crianças são fundamentais para promover situações de interação.
As experiências de troca com outros devem ser provocadas pelos
educadores, que devem organizar o espaço e a rotina para isso.
A organização da rotina também deve contribuir para a interação, pois
durante o tempo que a criança fica na escola, deve haver momentos para que
experimente, vivencie, interaja e/ou brinque com crianças da mesma faixa etária que
a sua e outras com quem possa estabelecer relações.
É importante que haja momentos em que a atividade seja realizada com todo
o grupo e outros em que as crianças possam atuar em pequenos grupos. Esta
diversidade visa garantir que um maior número de interações ocorram e com isso a
qualidade da aprendizagem seja melhor.
ATENDIMENTO À DIVERSIDADE
É compromisso da escola incluir todas as crianças, independente de classe
social, etnia, gênero, características individuais ou necessidades educacionais
especiais, que possam aprender juntas numa escola de qualidade que respeita as
diferenças.
O atendimento à diversidade, segundo a Lei 11.645/08, estabelece o estudo
obrigatório da história e cultura afro-brasileira e indígena, valorizando o negro e o
índio na formação da sociedade brasileira.
Refletimos a respeito de como isso se traduz, no dia a dia, na interação de
crianças de 0 a 3 anos:
14
Proporcionar momentos, atividades, histórias, brinquedos, cantigas, imagens, que
valorizem nossas influências afro-indígenas, como características positivas e
enriquecedoras.
Atentar para as interações adulto-adulto e adulto-criança, aguçando a sensibilidade
para as formas de tratamento, não utilizando de apelidos e rótulos (loira burra, olha a
cor da pele dele, princesinha, é negra ‘mas’ é linda, programa de índio) bem como
para as manifestações físicas da afetividade a uma só criança.
Outro cuidado é sensibilizar para as maneiras como a equipe escolar se refere às
famílias das crianças, evitando comentários desnecessários.
CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE
O ingresso da criança na escola favorece a possibilidade de conviver com
outras crianças e adultos que trazem hábitos distintos de seu núcleo familiar.
Portanto, entendemos ser esse um espaço fundamental de contato e respeito às
diferenças, onde a criança se identifica e se distingue do outro, em situações de
aprendizagem, cercadas de sentido, que lhe permitem construir sua identidade e
uma imagem positiva de si, como ser capaz de avançar em relação aos desafios que
enfrenta e construir conhecimento.
CONCEPÇÃO DE CRIANÇA
Entendemos a criança de 0 a 3 anos como um ser em desenvolvimento que
tem o adulto como mediador de suas relações com o mundo. Assim, destacamos
que seu desenvolvimento e aprendizagem ocorrem num ambiente não escolarizado,
mas pensado e planejado de forma a proporcionar situações que lhe sejam
significativas. Tais situações carregam em si, a certeza de que a criança é um ser
capaz de exercer gradativamente sua autonomia e construir aprendizagens na
medida em que explora, experimenta, argumenta, constrói conceitos sobre
diferentes objetivos, situações e interações, ampliando assim a visão de mundo.
ANÁLISE DA AVALIAÇÃO 2016
Onde quer que haja mulheres e homens,
há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender. Paulo Freire
15
A avaliação realizada ao final do ano é um momento de levantar as
informações e refletir sobre a trajetória percorrida pela escola ao longo de 2016 e
fazer projetos para o próximo ano. A avaliação escolar traz a oportunidade do grupo
fazer um levantamento das demandas coletivas, das metas e das ações necessárias
para realiza-las no ano seguinte. Permite elucidar os problemas da escola e envolve
todos na busca de soluções.
Todo processo de avaliação coletivo é trabalhoso, conflituoso e exige tempo,
disposição e muita reflexão. Porém, ao mesmo tempo, ele promete resultados
bastante significativos para toda a escola, os alunos e a comunidade.
Diante deste fato, este ano temos alguns eixos ou diretrizes que foram dados
pela Secretaria de Educação e que nortearam a avaliação deste ano. Dentro destas
diretrizes, tínhamos um compromisso para analisar; deveríamos verificar quais foram
as ações tomadas para cumprir o compromisso, os avanços e por fim quais são os
desafios que precisam ser superados.
O primeiro deles diz respeito à Gestão Democrática, o segundo refere-se à
Qualidade social da Educação por meio da prática pedagógica e por fim, o
terceiro diz respeito ao Acesso, permanência e sucesso escolar.
Tivemos como base a avaliação realizada na nossa unidade escolar no ano
anterior e que foi baseada nos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil.
Segue o resultado apontado pelos membros da equipe.
Gestão Democrática – Compromisso: Evidenciar a participação e
corresponsabilidade da comunidade escolar, dando voz a todos os envolvidos de
forma que lhes faça sentido e que cada um se reconheça no documento desde o
acesso, implementação do projeto, tomada de decisões até a avaliação. Propostas
para aperfeiçoar a atuação dos órgãos colegiados. Ações em parceria com
programas, dispositivos da comunidade, dentre outros.
Ação: Participação de todos os segmentos na elaboração e desenvolvimento
do PPP; Acompanhamento da equipe gestora sobre as ações; A efetivação dos
planos de ação: Comunidade escolar, Conselho de escola/APM; A efetivação dos
planos de ação: Professores, Auxiliares Funcionários; Respeito e acolhimento;
Direito das famílias no acompanhamento de vivencias e produções das crianças.
16
Avanços: Contínua participação efetiva de todos na elaboração do PPP; todas
as propostas foram acompanhadas desde a realização até a conclusão; todas as
propostas para a comunidade escolar e Conselho/APM foram realizadas; Desde o
momento da adaptação a equipe escolar vem demonstrando acolhimento e
envolvimento com as crianças e as famílias; a presença dos pais nas reuniões
melhorou;
Desafios: dar continuidade às ações deste ano e explanar a situação do
espaço físico escolar, trazendo os pais para preocupação e participação nas
mudanças e melhorias, e conscientizá-los quanto à necessidade de cobrarem os
órgãos responsáveis. Planejamento dos professores mensal e mais objetivo.
Efetivação de um mural para divulgação de atividades para visualização de todos.
Sugestão de um responsável para divulgação das informações no dia posterior no
whatsapp; Auxiliares devem receber a pauta dos HTPC’s e o professor responsável
por redigir a ata dos HTPC’s deve divulgar a informação para todos. Explicar a
necessidade de se cumprir horários para as famílias; Dar continuidade as atividades
que aproximem a família na escola; Retomar encaminhamentos médicos de saída
para a UBS;
Qualidade Social da Educação por meio da prática pedagógica –
Compromisso: Planos de formação articulados, a partir do levantamento coletivo das
necessidades para todos e cada um, construindo diversos espaços e tempos
formativos. Planos de formação específicos de acordo com as necessidades dos
diversos sujeitos envolvidos na elaboração do PPP. Praticas didáticas significativas,
contextualizadas e inclusivas que garantam o processo de ensino e aprendizagem
de todos e de cada um.
Ação: Formação inicial das professoras; Formação continuada; Condições de
trabalho adequadas; Diferentes propostas e atividades realizadas com as crianças e
as aprendizagens esperadas.
Avanços: Formação com as professoras foi boa, produtiva (continuidade do
ano de 2015). Adequação do horário de HTP para que a Unidade pudesse fechar às
17h30, visando a segurança dos profissionais. Início na rede do HTPC à distancia.
Ganho da titularidade pelos auxiliares. As tardes musicais não aconteceram com
pessoas de fora, no entanto, foram realizadas dentro das salas com os profissionais
17
envolvidos. A participação dos pais é boa nas festas e reuniões, devido a boa
divulgação realizada na U.E. Passeios aconteceram como previsto; Teatro com
GCM’s, Teatro para bebês; Semana das crianças; Visita de alguns animais em todas
as salas.
Desafios: discussão em grupo sobre os eventos realizados na U.E.; Reunião
de formação (regulares) para os auxiliares; Programação cultural em reunião
pedagógica, com discussão de assuntos comuns a todos; Criação de canal de
comunicação interna incluindo todos os segmentos; Visitas a espaços culturais.
Melhorar o tempo da duração dos passeios; Arrumação do ateliê, almoxarifado,
retirada dos pneus pois estão tendo acumulo de água e bichos ou repensar outra
forma para seu uso; Aumentar as atividades de circuitos; realização de intersalas.
Acesso, permanência e sucesso escolar: Formas de acolhimento aos
educandos, considerando necessidades coletivas e individuais e respeitando as
diversidades de gênero, etnia, credo, pessoas com deficiência; Organização da
rotina a partir das necessidades dos sujeitos.
Ação: interação adulto/criança quanto ao respeito à dignidade, identidade,
interesses, desejos e ideias, conquistas e produções das crianças; Interação criança/
criança quanto à convivência e a relação. Responsabilidade pela alimentação
saudável das crianças; Limpeza, salubridade e conforto. Segurança. Os espaços e
mobiliários a favor das experiências das crianças e necessidades dos adultos.
Variedade e acessibilidade dos materiais.
Avanços: continua acontecendo as interações adulto/criança e nesse ano
melhorou ainda mais, pois a equipe escolar está colaborando de forma conjunta.
Houve um planejamento mais sistematizado nos trios pensando em desenvolver
atividades nos espaços externos além do uso dos brinquedos de parque
(escorregador e balança). Quanto ao período de adaptação houve uma maior
preocupação em atender as especificidades de cada criança respeitando seu ritmo e
ampliando o período de adaptação para aquelas que apresentavam mais choro ou
algum indício de sofrimento pela separação da família.
Esse ano houve uma maior participação das famílias, principalmente com
relação aos projetos de cada turma. Brinquedos novos, motocas e livros novos.
18
Desafios: que o grupo continue se responsabilizando pelas crianças,
independente da função que a pessoa exerça e a qual turma a criança esteja
inserida. Intensificar a participação da família. Proporcionar interação criança/criança
nos momentos de intersalas. Ex. hora da história semanais com todas as turmas.
Brincadeiras nos parques e solário. Elaborar um painel informativo para os
professores na sala de HTPC. Elaborar um caderno informativo para que toda
equipe tome ciência dos eventos e deverá permanecer na secretaria para ler e
assinar. Maior variação do cardápio, com pedaços de legumes para que a criança
reconheça e experimente. Providenciar espelhos adequados conforme indicativo no
ano anterior; canto simbólico fixo e voltado para uma atividade mais calma, por conta
do espaço pequeno e movimentado. Colocar sofás de caixas de leite, espelho com
acessórios. Manter a organização do almoxarifado e ateliê. Estante com livros nas
salas para as crianças manusearem qualquer tipo de livro, mas com cuidado,
orientação e supervisão. É necessária a manutenção dos livros danificados como
aqueles que estão rasgados. Rede de proteção entre o parque e o solário e no
corredor entre solário e gás.
A partir dessas considerações, iremos pensar em ações que nos ajude a
avançar e minimizar os impactos desses desafios que temos na rotina da nossa
Unidade Escolar.
III- CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE
ATUAÇÃO DA ESCOLA
1- Caracterização da Comunidade
O Jardim Lavínia fica entre os bairros Assunção e dos Casas. Nos últimos
anos, o bairro vem passando por modificações com a urbanização de núcleos
habitacionais e ampliação da Avenida Presidente João Café Filho, que passa em
frente à unidade escolar, onde foi construída uma ciclovia e uma pista de caminhada
e também a construção do viaduto que liga o bairro ao centro da cidade e a via
Anchieta.
Grande parte das famílias mora nos prédios que foram construídos a partir de
uma proposta de urbanização e também há moradores de bairros vizinhos.
19
Próxima a nossa escola está localizada a EMEB Mariana Neves Interliche,
que atende crianças de 3 a 5 anos, é prática de nossa escola realizar uma visita
próxima ao término do ano, com as crianças, a fim de conhecer o novo espaço que
frequentarão no próximo ano, pois como continuidade ao atendimento das crianças
da EMEB Gildo dos Santos, elas são encaminhadas para as escolas de educação
infantil da região ou próximas de suas residências, em sua maioria em período
parcial.
Existem outras escolas da Rede Municipal que atendem o Ensino
Fundamental I, além da rede Estadual, que atende fundamental II e médio, bem
como escolas particulares.
Há também um sacolão que é ponto de referência do bairro e a feira livre que
ocorre às sextas-feiras na rua da escola, que muitas vezes é visitada pelas crianças.
Possuímos também uma parceria com a sede da Associação dos Moradores
do Jardim Lavínia, que está localizada ao lado da escola e frequentemente cede o
salão de festas para eventos da unidade e a quadra é utilizada por nossos alunos
todos os dias no período da manhã.
2 – Comunidade Escolar
2.1 – Caracterização
Ao longo dos anos, a comunidade percebia a escola como um local
assistencial e voltado para os cuidados. Hoje, com o crescimento sócio- econômico,
bem como trabalho realizado com os pais em reuniões e eventos abertos à
comunidade, percebe-se que houve uma mudança na concepção de que se tem da
creche, reconhecendo o trabalho pedagógico e as aprendizagens que ocorrem na
unidade.
No primeiro atendimento prestado aos pais, durante o ato da matrícula e
entrevista inicial, observamos as expectativas dos pais relacionadas ao
desenvolvimento e à aprendizagem dos filhos: relatam o desejo de que as crianças
se desenvolvam, aprendam muitas coisas, que melhorem a linguagem; preocupam-
se com questões de segurança, alimentação, cuidados; também manifestam
interesse nas possibilidades de interação da criança, que se relacione com outras
crianças, que aprenda a dividir; se preocupam com o bem estar e o prazer delas,
esperam que a criança goste da escola, que se adapte, seja mais independente, se
desenvolva e amplie o repertório de brincadeiras.
20
2.2 – Plano de Ação para Comunidade Escolar e educadoras
Público Alvo: Familiares das crianças atendidas pela EMEB Gildo dos Santos e
suas respectivas educadoras
Iniciamos um trabalho com a comunidade escolar no final de 2016, na reunião
com pais novos sobre uma efetiva participação dos mesmos no conselho de escola
e APM, além de explicar a importância destes colegiados incorporamos a
necessidade de melhorias principalmente estruturais que só aconteceriam com a
colaboração deles no sentido de desenvolver ações junto a Secretaria de Educação.
No início de 2017 retomamos este trabalho na primeira reunião com pais do
ano e realizamos a eleição destes colegiados conseguindo uma participação muito
grande. Na prática isso se refletiu com melhorias para o prédio escolar com a mão
de obra de pais, como troca de lâmpadas e limpeza da caixa de água evitando
gastos financeiros para a APM, também aconteceram intervenções junto a
Secretaria de Educação para cobrar serviços urgentes. Este trabalho deve continuar
durante o ano letivo e acontecerá nas reuniões dos colegiados.
Continuamos o trabalho implantado no ano anterior no que se refere a
adaptação, pois foi bem avaliado pelas famílias.
No decorrer do ano, manteremos o diálogo com os pais na entrada, na saída,
através de agenda, telefonemas, bilhetes, cartazes, sábados letivos, mostra das
produções das crianças, reunião com pais e sempre que houver necessidade. Todas
estas ações têm como objetivo a aproximação, a construção de vínculos e parceria
com a comunidade.
No ano de 2016, houve a proposta do Departamento de Pós Graduação em
Psicologia da Universidade Metodista de realizar uma pesquisa junto aos bebês das
creches de São Bernardo do Campo, entre 0 e 36 meses, de terem verificados os
diversos aspectos de seu desenvolvimento: cognitivo, motor, linguagem, sócio-
emocional e comportamento adaptativo. Este ano este projeto será finalizado em um
dia da semana para a devolutiva das pesquisadoras somente com as crianças que
necessitam de encaminhamento para especialista. A família será convidada a
comparecer um dia agendado com a pesquisadora na escola para receber o
encaminhamento, conversar com a pesquisadora e tirar duvidas.
2.3 – Avaliação
21
A avaliação será contínua durante os encontros por meio de registros,
discussões e apontamentos realizados pelo grupo de onde partirão os
encaminhamos para o próximo ano.
3– Equipe Escolar
3.1 – Professores
3.1.1 – Caracterização
O nosso quadro de professores é composto por oito profissionais com
experiência na Educação. Devido ao processo de remoção em 2014 recebemos 7
professoras novas em 2015, sendo que uma teve experiência apenas com turmas de
Infantil II, as demais já trabalharam em creche. Entre as professoras temos uma
professora efetiva sem classe e uma substituta volante.
Nossos momentos de formação dividem-se entre os HTP’s, HTPC’s e
reuniões pedagógicas. Os HTPC’s acontecem todas as terças-feiras das 7h00 às
10h00 e das 15h00 às 18h00. Este ano teremos 9 reuniões pedagógicas.
PROFESSORES
Nome
Situação funcional
Escolaridade Graduação/
Pós- Graduação
Tempo na PMSBC
Tempo na escola
Andreia Falcão
Efetiva Pedagogia e Educação Artística
Pós em Educação Infantil
17 anos e 10 meses
2 anos e 3 meses
Juliana Efetiva Pedagogia 2 anos e 8 meses
2 anos e 3 meses
Vivian Efetiva Pedagogia 6 anos e 1 mes
2 meses
Flavia Substituta Pedagogia e Gestão 12 anos e 8 meses
2 meses
Claudia Maria
Efetiva Pedagogia 30 anos e 9 meses
3 anos e 11 meses
Queila Efetiva Pedagogia
6 anos e 1 mes
2 meses
Elaneida Efetiva Pedagogia 5 anos e 10 meses
2 meses
Espedita Efetiva Pedagogia/Psicopedagogia Pós em Educação Artística
6 anos e 7 meses
5 anos
“Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante”
Paulo Freire
22
3.1.2 Plano de Formação para os Professores
Justificativa
É por meio das formações continuadas que os professores repensam e qualificam
suas práticas, aprimorando a sua atuação para atingir melhores resultados no cuidar e
educar das crianças pequenas. Neste sentido o Plano de Formação faz-se de extrema
importância, pois constitui-se em espaço coletivo para discussão, sistematização e
apropriação da práxis de instrumentos teórico-metodológicos, que permitam a todos os
envolvidos reafirmar suas posições e avaliar suas práticas, ressignificando-as. Nessa
perspectiva, o Plano deve ser concebido, assumido e vivenciado no cotidiano da prática
social docente como um resgate dos princípios que embasam a prática pedagógica, num
processo de ação-reflexão-ação, como base para a estruturação pedagógica da escola.
Deve-se garantir o desenvolvimento de competências profissionais relacionando a teoria à
prática através da reflexão sobre a atuação profissional. Podemos definir as necessidades
formativas detectadas junto ao grupo docente através de observações, acompanhamento
dos Planos de Ação e também pelo levantamento de expectativas formativas realizada
com os professores ao longo do ano letivo.
Em 2016 fizemos as formações baseadas nas necessidades apontadas em
questionário pelo grupo, e também em alguns assuntos que foram avaliados pela equipe
de gestão como necessários. O grupo de professoras apontou em sua grande maioria
que desejavam estudar as Especificidades das faixas Etárias com seus objetivos e
conteúdos revisitando a nossa Proposta Curricular. Esse foi o tema principal, mas tivemos
outros assuntos de importância relevantes que permearam as formações, como o
desenvolvimento infantil e as questões das birras, acolhimento entre outros.
Em 2017 também tivemos algumas indicações por parte dos professores que
apontaram a necessidade de estudar o desenvolvimento infantil, resolução de conflitos,
artes, expressão corporal, e também os campos de experiências. Este último tema é o
tema elencado pela gestão, pois já está em documentos oficiais estas mudanças de
Áreas do Conhecimento para Campos de Experiências, por isso se faz necessário o
estudo desse tema para tomarmos conhecimento e para futuras mudanças no nosso
PPP. Junto com os Campos de Experiências também iremos estudar o Desenvolvimento
Infantil, Avaliação na Educação Infantil e relatórios e também vivenciaremos a
socialização de boas atividades práticas de Artes e Movimento.
23
O Plano de Formação é flexível, está aberto a mudanças e deve ser um instrumento
orientador das ações, objetivando aprofundar e refletir a prática pedagógica, mesmo por
que este ano de 2017 tivemos mudanças na administração e acredito que teremos
formações organizadas pela Secretaria de Educação.
ACOLHIMENTO
A entrada da criança na escola, em qualquer época do ano, é um processo que
pressupõe adaptação a uma situação nova por parte da criança, da família e da
instituição. Cabe à escola propiciar condições para que esse processo transcorra da
forma mais tranquila e natural possível. É importante ressaltar que a adaptação não é
somente uma questão de tempo, mas principalmente de investimento e de planejamento
cuidados e que ocorre durante todo o ano, não só quando a criança ingressa, como
também de algum afastamento médico, ou algo similar. Pensando nestas questões
queremos ter o cuidado com esse momento e período e buscarmos soluções para fazê-lo
menos sofrido para todos os envolvidos.
CAMPOS DE EXPERIÊNCIA
Nossa responsabilidade com as infâncias é contribuir com a cultura infantil e o
desenvolvimento de corpo, emoção e inteligência. A Base Nacional Comum Curricular
partiu das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil que está
fundamentada em experiências a serem oferecidas, preparadas, efetivadas com as
crianças de forma a garantir esses direitos de aprendizagem das crianças. O currículo da
Educação Infantil é concebido com um conjunto de práticas que buscam articular as
experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do
patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o
desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.
Na Educação Infantil, em consonância com as formas de pensar e agir no mundo
que as crianças de até seis anos possuem, a BNCEB (Base Nacional Comum da
Educação Básica) rearticulou as Áreas de Conhecimento (como eram denominadas)
para Campos de experiências, ou seja, em conjunto de experiências.
Os campos de experiências, organização interdisciplinar por excelência, devem
oferecer as crianças oportunidades de atribuir um sentido pessoal aos saberes e
conhecimentos que vão a ele articulados como uma rede e construídos na complexidade
e transversalidade dos patrimônios da humanidade.
24
Se a criança EXPERIMENTA brincando e se expressando, é por meio da brincadeira
e da expressão que os diversos campos serão desenvolvidos articuladamente. Esses são
os campos de experiências:
O eu, o outro, o nós;
Corpo, gestos e movimentos;
Escuta, fala, pensamento e imaginação;
Traços, sons, cores e imagens;
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações;
A priori, temos a intenção de iniciar esses estudos para entendermos a concepção
do ensino nesta nova organização. Posteriormente iniciar a reformulação da escrita da
parte II Concepção Pedagógica – Princípios que Norteiam o trabalho e Concepções de
mundo, criança, educação e escola, para substituição no nosso PPP no próximo ano.
SOCIALIZAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS DOCENTES
As práticas pedagógicas tornam-se campo de mobilização de saberes e de produção
de conhecimento, levando à formação do professor e à construção de sua identidade,
visto que os professores em seu trabalho participam de um processo reflexivo ao
confrontar e ressignificar saberes diversos. Nesse sentido, o professor é entendido como
um protagonista das práticas educativas e de sua formação profissional, capaz de
construir a si próprio, de repensar criticamente sua prática, em consequência de suas
experiências cotidianas no ensino. Por meio das boas práticas pedagógicas exercidas
pelos professores, uma gama de saberes é retomada de forma crítica e, dentre esses
saberes que constituem o saber docente, atribuímos especial valor àqueles provenientes
da própria experiência do professor. Assim, teremos alguns momentos de HTPC que
serão destinados a essas socializações.
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E RELATÓRIOS
Faz-se necessária uma reflexão sobre os instrumentos de registro do processo de
aprendizagem dos bebês e das crianças pequenas, atestando os ganhos do processo
observados ao longo do ano e indicativos para continuidade do processo de
desenvolvimento integral.
Organização dos encontros:
25
Conforme acordado em Reunião Pedagógica de fevereiro, nossos HTPC’s da creche
sempre acontecerão às terças-feiras no período da manhã e da tarde, considerando o
contra turno da atividade docente do professor; Sempre que for possível (quando tivermos
o quadro completo de professores e auxiliares), um auxiliar participará dos encontros;
A ata do HTPC deverá ser digitada pelos responsáveis de cada encontro e lida no início
do encontro subsequente ao grupo para retomada das discussões anteriores. Após a
leitura, a mesma será entregue para arquivo, junto à Equipe Gestora. Os responsáveis
pela ata do encontro, ainda organização indicações literárias para acolhimento no início
das reuniões formativas e contribuição para ampliação do repertório literário e cultural dos
docentes.
Solicitamos o comprometimento a pontualidade dos professores e respeito aos horários,
estando nos locais pré-estabelecidos das reuniões.
Os materiais formativos de suporte às discussões e referências (aporte teórico) serão
socializados pela Coordenadora Pedagógica (impressos ou compartilhados digitalmente).
ETAPAS DE TRABALHO E ESTRATÉGIAS:
Fevereiro: HTPC e Reunião Pedagógica: 01,02 e 03 – Reunião Pedagógica: Atribuição, acolhimento no CENFORPE dos
educadores, planejamento da semana de adaptação, planejamento da reunião com pais,
organização da sala para receber as crianças, organização de acolhimento aos pais.
07 - discussão do calendário escolar, reuniões pedagógicas, sábados letivos,
reuniões com pais, formação do Conselho de escola e APM.
14 – Combinados do HTPC, e leitura do texto a construção do grupo – Madalena
Freire.
21 - Avaliação do período de adaptação. Montagem do instrumento que será
entregue aos pais para avaliarem este período e o que podemos melhorar. Montagem dos
horários das rotinas da turmas, inclusive com horários alternativos para dias chuvosos.
Março:
01 – Reunião Pedagógica – Vídeo: Novo é sempre novo – Terezinha Rios. Revisão
do Projeto Político Pedagógico. Palestra com a TO Ana Maria Diniz sobre postura na
creche.
26
07 – Relatório da turma sobre o período de adaptação. Combinados para o bom
funcionamento escolar.
14 – Tabulação da avaliação do período de adaptação; Paralisação contra a reforma
da previdência e pauta coletiva para a reunião com pais.
21 – Reunião com pais.
28 – Formação: entre adaptar-se e ser acolhido – Cisele Ortiz.
Abril
04 – Oficina de brinquedos com sucatas;
11 – Início dos estudos: Base nacional comum e avaliação nacional da Educação
Infantil: Desafios para a formação docente – Apresentação de PP de Zilma de Moraes
Ramos de Oliveira.
18 – BNCEB – A Etapa da Educação Infantil;
25 – Leitura: Pressupostos e concepções norteadoras para o Currículo: O que
significa considerar a criança como sujeito?
Maio
02 – Análise e comentários sobre o texto lido a semana anterior.
09 – Após pesquisa de dificuldades na rotina, foi apontado que o momento da
alimentação é um dos mais dificultosos. Assim tivemos a leitura do texto: Alimentação na
creche do livro: Educação de 0 a 3 o atendimento em creche de Elinor Goldschimied e
Sonia Jackson.
16 – Passeio a BEI do teatro Elis Regina;
23 – Continuação da leitura do texto sobre a alimentação;
30 – Análise e comentários sobre o texto e discussão sobre o que poderemos mudar
para melhorar nossa rotina na alimentação./ Avaliação e Relatórios.
Junho
06 – Escrita de relatórios.
13 – Organização do sábado letivo.
20 – Leitura: Como ocorre o processo de apropriação e transformação do mundo
pelas crianças?
23 – Reunião Pedagógica: Palestra SAMU: primeiros socorros e organização do
sábado letivo;
28 - Análise e comentários sobre o texto lido a semana anterior.
Julho
04 – Avaliação do semestre e confraternização;
27
07 – Reunião Pedagógica: pintura do muro;
25 – Retomada dos projetos planejamento do semestre; Leitura do texto: Como
ocorre o processo de apropriação e transformação do mundo pelas crianças?
29 – Reunião Pedagógica – Saída cultural;
Agosto
01 – Análise e comentários do texto do HTPC anterior. Leitura: Qual o papel da
escola nesse processo? Qual o papel da educação infantil?
08 – Análise e comentários do texto anterior;
15 – Socialização de boas práticas: Diversificada.
22 – Texto: Como uma instituição de Educação infantil pode organizar seu currículo?
25 – Reunião Pedagógica – pauta a ser definida;
29 – Análise e comentários do texto lido no encontro anterior;
Setembro
05 – Início da escrita para alterações necessárias no PPP.
12 – Continuação da escrita para alterações no PPP.
19 – Organização do currículo por Campos de Experiência
26 - Continuação de Campos de Experiências;
Outubro
03 – Preparação da semana das crianças;
10 – Organização para o Sábado Letivo;
17 – Socialização de boas práticas;
20 – Reunião pedagógica para organização do Sábado Letivo;
24 - Continuação: Campos de Experiências;
25 – Reunião Pedagógica – pauta a ser definida pela equipe;
31 – Continuação: Campos de Experiências;
Novembro
07 – Continuação: Campos de Experiências;
14 – Continuação: Campos de Experiências e fechamento dessas discussões;
21 – Avaliação e Relatórios;
28 – Escrita de Relatórios;
Dezembro
02 – Reunião Pedagógica: Avaliação
05 – Organização e pauta para Reunião com pais;
12 – Avaliação do ano letivo;
28
19 – Confraternização.
3.1.3 – Avaliação do Plano de Formação
A avaliação do plano de formação ocorrerá de forma continua e as reflexões
realizadas passarão a compor o PPP desta unidade, registrando assim o processo de
aprendizagem vivenciado por esse grupo de professoras, além disso, realizaremos
avaliações periódicas:
Auto avaliação: através de reflexões propostas nas quais as professoras poderão
pensar sobre sua prática, percebendo avanços e novos desafios a serem superados;
Avaliação pelo grupo de professores e equipe de gestão das estratégias formativas
(nutrições literárias e visuais, dinâmicas, leituras, discussões, etc.).
Acompanhamento da prática através de observações e leitura dos registros
reflexivos e planejamento como estratégias avaliativas que favorecerão a equipe de
gestão a perceber avanços nas práticas das educadoras que incluem o
planejamento de propostas que considerem os saberes e promovam construção de
novos conhecimentos.
3.2 – Auxiliares em Educação
3.2.1 – Caracterização
Temos 5 auxiliares distribuídas da seguinte forma: duas no infantil I devido ao inicio
destas crianças na escola e a dificuldades em se adaptarem e uma auxiliar em cada
turma de infantil II. Além delas, contamos com uma auxiliar volante, que faz rodízio entre
todas as turmas. Todas apresentam formação superior e nenhuma encontra-se em
probatório.
AUXILIARES EM EDUCAÇÃO
Nome
Situação funcional
Escolaridade Graduação/
Pós- Graduação
Tempo na PMSBC
Tempo na
escola
Claudia Morais Soldi Efetiva Pedagogia 3 anos e
11 meses
3 anos e
11 meses
Danila T. Guida Efetiva Psicologia 5 anos e 1 1 ano e 2
29
Bonilha mes meses
Leia Alves Costa Efetiva Pedagogia e
Pós em
psicopedagogia
4 anos e 2
meses
4 anos e 2
meses
Luciana Paula de F.
Adriano
Efetiva Graduação em
comunicação
social
7 anos e 7
meses
5 anos e 4
meses
Michelle Paula
Novaes
Efetiva Pedagogia e
Letras
4 anos 1 ano e 2
meses
3.2.2 – Plano de Formação para os Auxiliares em Educação
Público Alvo: Auxiliares em educação
Período: 03/2017 a 12/2017
Periodicidade: última quarta-feira do mês.
Espaço formativo: Reuniões Pedagógicas/ reuniões esporádicas.
Justificativa:
O discurso nas escolas de educação infantil de 0 a 3 anos, salienta a
responsabilidade de todos os funcionários como educadores de crianças pequenas. A
indissociabilidade entre cuidado e educação e a importância da formação continuada
nesse contexto, no entanto, embora o auxiliar em educação tenha atuação direta no
atendimento às crianças, não é previsto para ele um espaço que garanta sua formação
em serviço, buscando maior compreensão e qualidade no desempenho de seu trabalho.
Objetivos:
Com os estudos realizados esperamos que auxiliares em educação desta escola
tenham ampliado o seu saber acerca do desenvolvimento infantil e de seu papel na
relação com a criança, permitindo dessa forma que suas intervenções sejam mais
intencionais considerando as características da criança nessa faixa etária.
Conteúdos:
Desenvolvimento Infantil;
Rotina;
30
Relação adulto – criança;
Estratégias:
Apontamentos teóricos;
Apreciação e análise de boas situações de aprendizagem;
Encaminhamentos para escrita do PPP;
Troca de experiências.
3.2.3 – Avaliação do Plano de Formação
Ocorrerá de forma contínua, através do exercício da reflexão sobre a prática e das
estratégias utilizadas pela equipe de gestão como acompanhamento de registros e
planejamento e observações de práticas.
3.3 – Funcionários
3.3.1. – Quadro de Funcionários
Nome Situação Funcional
Escolaridade Tempo na PMSBC
Tempo na Escola
Maria Janaina Brandão Cavalcante
Terceirizada Médio _ 1 ano
Creuza Pereira Dias Efetiva Médio 5 anos 1 ano
Lourdes Tadeu dos Santos Nunes
Efetiva Médio 11 anos e 2 meses
2 anos e 1 mês
Marcia Ivone dos Santos
Efetiva Médio 11 anos e 5 meses
8 meses
Tais Vicente Silva Efetiva Médio 08 anos 8 meses
Ana Cristina Rosalen dos Santos
Efetiva Médio 2 anos e 11 meses
11 meses
Caracterização
O quadro de funcionários de apoio desta unidade é composto, em sua maioria,
por funcionárias antigas na rede: auxiliares de limpeza e funcionárias da empresa
Convida. O nível de escolaridade varia do fundamental ao nível superior. Suas
expectativas com relação ao trabalho na escola apresentam desejos de trabalho
coletivo, espírito de colaboração e clima de respeito entre todos, especialmente no trato
com as crianças.
3.3.2 – Plano de Formação dos Funcionários
31
O trabalho de todos os membros da equipe escolar na busca de uma educação
de qualidade para as crianças, requer que todos estejam envolvidos no exercício da
formação e na construção de um profissional reflexivo, pesquisador e que tenha o perfil
de um profissional de educação da creche, como educadores que somos.
Acreditamos ser de extrema importância o envolvimento de toda a equipe no
estudo de temas de interesse do grupo, oportunizando a reflexão sobre o compromisso
da escola de período integral com a criança de 0 a 3 anos, visando a melhoria constante
da qualidade do ensino.
Justificativa
Objetivos
Ações Propostas
Responsáveis
O envolvimento de todos no
propósito de um trabalho coletivo
na escola, o trabalho em
equipe destacando a
importância do papel educativo de cada função na realização
deste trabalho.
Envolver todos os funcionários no
trabalho coletivo.
Trazer à luz do conhecimento o
papel de cada um e a sua
importância no fazer pedagógico da rotina escolar.
Encontros para discussão em
Reuniões Pedagógicas e
encontros mensais
Análise de Vídeos e textos.
Equipe gestora.
3.3.3 – Avaliação do Plano de Formação
A avaliação será durante todo o processo de formação por meio de observação
do envolvimento dos funcionários e de encontros reflexivos e registro e da ação dentro
da rotina escolar.
4 – Conselho de Escola
4.1 – Caracterização
O Conselho de Escola é um órgão colegiado composto por diversos segmentos
da comunidade escolar. Contribui para a criação de um novo cotidiano escolar, onde a
escola e a comunidade se identificam em função de atuar, articuladamente, no processo
de gestão pedagógica democrática e de qualidade.
32
Por meio do Conselho, todas as pessoas ligadas à escola podem se fazer
representar e decidir sobre os aspectos administrativos, financeiros e pedagógicos
da Instituição.
Nome
Segmento Função Mandato
Heliomar Coelho
Silva Junior
Pai de Aluno Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
Eliandro da
Fonseca Oliveira
Pai de aluno Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
Cosma dos
Santos Oliveira
Mãe de aluno Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
Alexandra Destro
Camacho
Mãe de Aluno Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
Marilin dos
Santos Oliveira
Mãe de Aluno Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
Paulo Cesar
Vieira da Costa
Pai de Aluno Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
Paulo Rogério
Garcia
Pai de Aluno Suplente 01/04/2017 a
31/03/2018
Solange Jesus da
Conceição
Mãe de Aluno Suplente 01/04/2017 a
31/03/2018
Patricia Consani
de Angelo
Diretora Escolar Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
Andreia Baldow
Falcão
Professora Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
Claudia Maria
Abite Marques
Professora Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
Alciana Batista
dos S. Sobral
Coordenadora Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
Claudia Moraes
Soldi
Auxiliar em Educação Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
Marcia Ivone dos
Santos
Auxiliar de Limpeza Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
33
Ana Cristina R.
dos Santos
Oficial de Escola Suplente 01/04/2017 a
31/03/2018
Léia Alves Costa Auxiliar em Educação Suplente 01/04/2017 a
31/03/2018
4.1.2 – Plano de Ação do Conselho de Escola
Objetivos Ações Propostas (metodologia)
Responsáveis Estratégias
- Proporcionar participação efetiva do Conselho de Escola na deliberação de questões pertinentes ao Plano de Trabalho da APM.
- Tornar as reuniões mais frequentes e produtivas
- Oportunizar espaços para reflexão, planejamento e execução de atividades culturais com a comunidade escolar.
- Encaminhar sugestões para melhoria no atendimento à comunidade.
-Participar das decisões de melhoria e manutenção do prédio escolar
- Assembleia para eleição da nova composição dos membros.
- Reuniões previstas no calendário e/ou extraordinárias.
- Participação nas atividades realizadas na escola.
- Registros.
-Atuar efetivamente na manutenção do prédio escolar
- Equipe Gestora.
-Pais
- Envio de bilhetes em forma de edital, para os pais, bem como afixação em mural informativo da U.E.
- Discussão das atividades realizadas na escola, como: sábados letivos e atividades extraclasse entre outros.
-Crias grupo do Conselho no watsap para facilitar a comunicação e participação de todos os membros.
- Apresentação da função do Conselho de Escola em reuniões de pais no ano anterior da eleição (pais novos)
- Levantamento das expectativas dos membros com relação ao projeto educacional da unidade escolar.
- Elaboração e execução de projeto para pintura do muro da escola.
- Planejamento, execução e reflexão de atividades culturais com a comunidade
34
previstas em calendário escolar.
-Discussão dos Princípios Norteadores de Qualidade – Proposta Curricular;
- Discussão dos Indicadores de qualidades para o atendimento de Educação Infantil
- Avaliação da atuação do conselho.
4.1.3 – Avaliação
A avaliação acontecerá em todos os encontros por meio de discussão e
registro para sistematizar os encaminhamentos deste ano e para o início do próximo.
5 – Associação de Pais e Mestres
5.1 – Caracterização
É uma Instituição Jurídica, sem fins lucrativos, que gerencia as verbas
repassadas à escola para atender suas necessidades, com objetivo da melhoria na
qualidade do ensino.
É constituída por pais de alunos e professores, com funções deliberativas,
executivas e fiscais.
A EMEB Gildo dos Santos recebe recursos municipais para ampliação do seu
atendimento. Para que esse recebimento aconteça, é celebrado anualmente o
convênio entre a Prefeitura e a Instituição. A partir disso, ocorrem trimestralmente
repasses de verbas em categorias e natureza distintas.
Além dos recursos municipais, a instituição também conta com o repasse
anual de verba do Governo Federal, denominada PDDE.
Objetiva-se que todos participem de forma democrática conforme o Estatuto
da APM, visando melhorias para a escola de acordo com os princípios e diretrizes da
Secretaria de Educação do Município.
35
As expectativas dos membros são, em sua maioria, o desejo de contribuir
para o funcionamento da escola, colaborando com melhorias nos aspectos físicos/
materiais e participando das atividades e propostas pedagógicas.
MEMBROS DA APM 2016
NOME SEGMENTO FUNÇÃO MANDATO
Diretoria Executiva
Everton Pinheiro de Jesus
Lima
Pai de aluno Diretor Executivo
01/04/2017 a
31/03/2018
Eliandro da Fonseca de
Oliveira
Pai de aluno Vice-Diretor Executivo
01/04/2017 a
31/03/2018
Salete Alves dos Reis Mãe de aluno 1ª Tesoureira 01/04/2017 a
31/03/2018
Rubens Pinheiro Ribeiro Pai de aluno 2º Tesoureiro 01/04/2017 a
31/03/2018
Elaneida Cristina Pereira Professora 1ª Secretária 01/04/2017 a
31/03/2018
Espedita Natividade da Silva Professora 2ª Secretária 01/04/2017 a
31/03/2018
Conselho Deliberativo
Queila Maris da Silva Professora Presidente 01/04/2017 a
31/03/2018
Juliana Mello Moraes Mãe de Aluno 1ª Secretária 01/04/2017 a
31/03/2018
Caroline Alice Chagas Mãe de aluno 2ª Secretária 01/04/2017 a
31/03/2018
Cristiane Matos Amorim Mãe de aluno Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
Patricia Consani de Angelo Diretora de Escola
Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
Conselho Fiscal
Juliana Gaspar Professora Presidente 01/04/2017 a
31/03/2018
36
Jéssica Ferreira da Silva Mãe de aluno Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
Irene Maria de Sousa Mãe de Aluno Membro 01/04/2017 a
31/03/2018
5.2 – Plano de Ação da Associação de Pais e Mestres
Objetivos Ações Propostas
(metodologia)
Responsáveis
Estratégias
- Favorecer a compreensão do funcionamento da
APM e a importância de sua atuação na
comunidade escolar. - Esclarecer à equipe
escolar e pais de alunos o
funcionamento e gerenciamento do
repasse de verbas da APM.
- Destacar a importância da
participação da APM na execução das
atividades pertinentes a estes órgãos
para o desenvolvimento do
trabalho administrativo e pedagógico da
escola.
- Reuniões
previstas no
calendário
e/ou
extraordinárias
.
- Registros.
- Avaliação.
Equipe gestora.
- Assembleia para eleição
da nova composição dos
membros.
- Apresentação da função
da APM.
- Gestão financeira:
planejamento e organização
para o bom gerenciamento
dos recursos da nossa
instituição.
- Apresentação do Plano de
Trabalho / categorias de
gastos (custeio,
manutenção, etc).
- Levantamento das
necessidades da unidade
escolar.
- Reflexão e planejamento
de atividades culturais com
a comunidade, previstas em
calendário escolar.
- Socialização de encontros
de APMs.
- Prestação de contas.
-Discussão dos Princípios
Norteadores de Qualidade –
Proposta Curricular;
- Discussão dos Indicadores
de qualidade para o
atendimento de Educação
Infantil
- Acompanhamento de
37
projetos coletivos da U.E.
- Planejamento da Semana
da Criança.
- Avaliação do
semestre/ano.
5.3 – Avaliação
A avaliação ocorrerá em todos os encontros por meio de reflexão e
analisando as ações na relação com o atendimento as necessidades da escola.
IV. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
1 – Objetivos – Bases legais para o trabalho da Educação Infantil
Lei 9.394 de 20/12/1996 – Lei de Diretrizes e Bases.
Da Educação Básica
LDB: Título V – Dos Níveis e das Modalidades de educação e Ensino
Capítulo II
Seção I
Art. 22º - “A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando,
assegurando–lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”
Art. 26º §2º - “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos
diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural
dos alunos.” e § 4º “O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições
das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente
das matrizes indígena, africana e europeia.”
Seção II
Da Educação Infantil
38
Art. 29º - “A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade (ou zero a
cinco, na medida em que as crianças de seis anos ingressem no Ensino
Fundamental), e em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade.”
Lei 9.795 de 27/04/99 Art. 1º 2º e 3º com o inciso II
Art. 2º - “A Educação Ambiental é componente essencial e permanente da Educação
Nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.”.
2 – Levantamento de Objetivos Gerais
Objetivos Gerais da Escola
Promover a construção do conhecimento num ambiente agradável e seguro,
onde as crianças desenvolvam a autoestima, o brincar, a autonomia e a criatividade.
Incentivar a curiosidade das crianças através de propostas que possibilitem
ampliação de conhecimento, oralidade e coordenação motora.
Desenvolver o conhecimento do próprio corpo, valorizando hábitos
saudáveis de higiene.
Respeitar os direitos de todos, valorizando o ser humano em sua
diversidade.
Áreas de Conhecimento / Temas
Entendemos que o trabalho com a faixa etária de 0 a 3 anos não tem um currículo
específico e sim temas a serem desenvolvidos. Na verdade, acreditamos na construção
de um currículo que oportunize vivências e experiências para que as crianças possam
aprender, respeitando a individualidade, o ritmo de cada criança de acordo com o seu
desenvolvimento.
Brincar
39
""TTooddaa ccrriiaannççaa tteemm oo ddiirreeiittoo aaoo ddeessccaannssoo ee aaoo llaazzeerr,, ee aa ppaarrttiicciippaarr ddee aattiivviiddaaddeess ddee
jjooggoo ee rreeccrreeaaççããoo,, aapprroopprriiaaddaass àà ssuuaa iiddaaddee,, ee aa ppaarrttiicciippaarr lliivvrreemmeennttee ddaa vviiddaa ccuullttuurraall ee
ddaass aarrtteess..””
Artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança da ONU
No Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil a brincadeira é
considerada como uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da criança
pequena, sobretudo para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. Enquanto
brincam, as crianças desenvolvem importantes capacidades, como atenção, imitação,
memória, imaginação. O brincar é um espaço privilegiado onde a criança pode se divertir
e sentir prazer de interagir com seus pares, sejam eles adultos ou outras crianças,
aprendendo assim a se socializar e vivenciar regras de convivência de forma
significativa e contextualizada.
Quando brincam de faz-de-conta, as crianças enriquecem sua identidade porque
podem experimentar outras formas de ver e pensar, ampliando suas concepções sobre
as coisas e pessoas, ao desempenhar papéis sociais ou personagens. É nesse contexto
também que as crianças aprendem a agir em função da imagem de uma pessoa, de
uma personagem, de um objeto e de situações que não estão imediatamente presentes
e perceptíveis para ela, pois no cenário do brincar as crianças tornam-se capazes não
só de imitar a vida como também de transformá-la.
As possibilidades de brincadeira são as mais diversas, pois as crianças brincam
quando chutam uma bola, montam um quebra-cabeça, dão mamadeira para a boneca,
mas também brincam de formas mais simples que nem sempre são reconhecidas como
brincadeira, como quando trocam objetos de lugar, desenham ou jogam um lápis para o
ar. Nestas ações as crianças, além de brincar, estão conhecendo o mundo ao seu redor
por meio dos sentidos.
Não podemos esquecer, portanto, que embora o brincar pareça um comportamento
espontâneo da criança, ele é um terreno fértil para aprendizagens, não só no que diz
respeito a outros conteúdos, como também em relação à própria brincadeira, ou seja, o
brincar é aprendido e se aprende brincando. É papel da escola, enriquecer em
quantidade e qualidade as oportunidades de brincadeiras das crianças durante o seu
tempo de permanência neste espaço.
40
Objetivos
Desenvolver autonomia;
Desenvolver sua identidade;
Compreender o mundo estabelecendo relações com o cotidiano, através da
brincadeira;
Expressar suas necessidades e desejos;
Participar de situações em que as regras sejam significativas e contextualizadas;
Interagir com crianças e adultos;
Ampliar sua capacidade imaginativa.
Orientações didáticas
Garantir espaço diário para a brincadeira simbólica seja em atividades diversificadas,
em momentos específicos para ela ou na intersalas;
Utilizar a observação das brincadeiras como instrumento que apoie as decisões
referentes ao planejamento e intervenções nas mesmas;
Selecionar, a partir de observação, quais materiais serão utilizados na brincadeira e
disponibilizar os que mais se adéquem ao tema, sem exigir que eles tenham o uso
pensado pelo educador;
Organizar previamente o espaço da brincadeira, de acordo com o tema definido no
planejamento, a partir da observação do grupo. Ex: Um ambiente que simule um
supermercado com materiais que são normalmente encontrados neste espaço
(carrinhos, embalagens de produtos, sacolas etc.);
Não reforçar questões de gênero, como, por exemplo, oferecer carrinhos para os
meninos e bonecas para as meninas;
Ampliar as possibilidades de brincadeiras na área externa trazendo novos elementos
para a brincadeira com motocas, por exemplo, criando ruas, corridas, trajetos com
desafios, etc.;
Para o parque, introduzir bolas, cordas, diferenciando e enriquecendo a brincadeira
que acontece cotidianamente neste espaço.
Linguagem oral e escrita
41
O aprendizado da linguagem é um elemento importante para a inserção da
criança no mundo e sua participação nas diversas práticas sociais, pois é através da
linguagem que a criança se torna capaz de expressar seus desejos, desagrados e expor
suas ideias, estabelecendo comunicação com seus interlocutores.
Aprender a falar, portanto, é muito mais do que decorar sons e palavras, é inserir-
se num meio social, apropriando-se da sua cultura com todas as nuances e
complexidade que lhe são características. Cada grupo tem seu vocabulário, maneira de
falar, entonação e histórias que lhe são próprias. Na medida em que tem acesso a esse
grupo e sua linguagem, a criança vai sendo inserida nesse contexto, aprendendo sobre
si e o outro e construindo sua identidade.
O desejo e esforço para estabelecer uma comunicação com as pessoas que a
cercam, ficam claros desde os primeiros meses de vida. Basta ouvir e observar os bebês
emitindo sons para chamar a atenção dos adultos com quem se relacionam ou mesmo
chorando para indicar seus desconfortos como fome, sono, etc. e, é na resposta dada
por estes adultos e nas conversas que se estabelecem na sua presença, que a
complexidade da linguagem vai sendo apresentada ao novo integrante daquele grupo, o
bebê. Desta forma, a criança vai se aproximando das características reais da língua e as
utiliza nas suas tentativas de se comunicar.
Portanto, a interação com o outro é fundamental para o aprendizado da língua,
situação está, em que além de aprender a falar, a criança também aprende sobre
posturas, gestos e sinais, que completam a função comunicativa.
Linguagem Oral
No processo de apropriação da fala, muito antes de saber comunicar-se
convencionalmente, entendendo o outro e fazendo-se entendida, a criança já estabelece
comunicação e constrói conhecimento sobre a linguagem. Para tanto, usa o choro, o
riso, as expressões faciais e gestos. Em outros momentos, procura descobrir nas
regularidades que constituem a língua, como sons, palavras, expressões, elementos que
lhe permitam inserir-se no mundo e compreende-lo.
Com o ingresso da criança na educação infantil de 0 a 3 anos, os interlocutores
deixam de ser, em sua maioria, da família, pois são apresentadas a um grupo muito
maior, que inclui além dos educadores e funcionários, outras crianças. A escola passa a
42
ser, portanto, um espaço privilegiado para comunicação, onde a criança vivencia
situações nas quais é desafiada a experimentar a linguagem, como em rodas de
conversas, rodas de música, escuta e reconto de histórias, brincadeiras, etc.
Quanto mais a criança vivencia experiências diversificadas e ricas, envolvendo os
diversos usos possíveis da língua, maior se torna sua capacidade de usá-la de forma
cada vez mais competente. Desta forma, o educador planeja situações de fala, escuta e
compreensão da linguagem, participando da construção da linguagem pela criança, se
mostrando também como um ouvinte interessado na sua fala e ajudando-a a elaborar
sua narrativa.
Além da importância em si, a linguagem oral tem um papel de destaque no
processo de ensino, pois permeia todos os conteúdos trabalhados na escola em todas
as áreas de conhecimento.
Objetivos da linguagem oral para crianças de 0 A 3 anos:
Participar de situações de comunicação oral;
Desenvolver a oralidade melhorando a pronúncia;
Expressar sentimentos e necessidades através da linguagem;
Relatar pequenos fatos e experiências significativas;
Interessar-se por ouvir diferentes textos, demonstrando prazer nesta
atividade;
Utilizar algumas formas convencionais de intercâmbio social, como
saudações, despedidas, solicitações, agradecimentos, etc.;
Reproduzir jogos verbais como parlendas, trava-línguas, quadrinhas, poesias,
etc.
Apreciar a leitura de histórias, vivenciando emoções;
Fazer reconto de histórias conhecidas;
Ampliar vocabulário;
Participar da roda de conversa, falando e ouvindo o outro;
Apresentar questionamentos, argumentos e conclusões próprias.
Conteúdos
Jogos verbais como: parlendas, adivinhas, quadrinhas, poesias, notícias,
gibis, etc.;
43
Relatos de experiências significativas;
Diálogos em diferentes momentos;
Histórias;
Reconto.
Linguagem Escrita
Desde muito cedo a criança está em contato com escritas diversas. Ao seu redor
estão símbolos gráficos que comunicam coisas. Depara-se com rótulos dos materiais
que manipula, visualiza outdoors na rua, está em contato com leitores, enfim, a escrita
permeia seu cotidiano. Começa, então, a desenvolver seu interesse pela escrita e a
perceber gradativamente sua função social.
O trabalho com linguagem escrita é importantíssimo, pois contribui para que a
criança passe a compreender a função da escrita, possa perceber a diferença entre a
escrita e o desenho e comece a utilizar este conhecimento nas suas brincadeiras.
Trabalhar linguagem escrita também significa inserir a criança no mundo de
leitores e desenvolver o gosto dela pela leitura e seu interesse por textos diversos.
Objetivos:
Manusear materiais impressos;
Imitar atos de escrita em suas brincadeiras;
Reconhecer a escrita de seu próprio nome;
Desenvolver interesse pela leitura, apresentando comportamentos leitores.
Conteúdos:
Observação e manuseio de materiais impressos;
Participação de situações de letramento;
Reconhecimento do próprio nome e outros que lhes sejam significativos;
Textos coletivos.
Orientações didáticas
Faça uso de diferentes estratégias para estimular o desenvolvimento da
linguagem como, a música, jogos verbais e contação de histórias, etc.;
Utilize imagens que estimulem as crianças a se expressarem através da fala
nos momentos de roda ou expostas na própria sala como, figuras de animais, fotos
dos próprios alunos ou da família, etc.;
44
Procure manter um diálogo natural com as crianças sem a necessidade de
utilizar diminutivos ou falas infantilizadas para se fazer entendido;
Como ainda estão desenvolvendo a capacidade de se comunicar, em muitos
momentos a professora precisará “traduzir” em palavras, os gestos e ações das
crianças;
Ofereça escuta atenta às formas de expressão da criança como, choro, grito,
procurando entender o que ela deseja comunicar;
Aproveite os momentos de atendimento individual, como por exemplo, as
trocas e o momento de alimentação para conversar com a criança.
Acreditamos que para construir conhecimento sobre as noções matemáticas,
a criança de 0 a 3 anos precisa vivenciar experiências contextualizadas,
contrariando assim, a crença ultrapassada de que a aprendizagem nessa área
estava intimamente ligada às práticas de memorização e repetição dos conteúdos
apresentados isoladamente. Para aprender, as crianças precisam de experiências
que lhe permitam “pensar, observar, criar hipóteses, usar de diferentes estratégias”.
No entanto, apenas experimentar não é suficiente para construir
aprendizagens e continuar avançando, nesse contexto a figura do educador é
fundamental, por perceber conhecimentos que as crianças já trazem e outros que
precisam desenvolver e com base nessa observação, propor de forma intencional e
planejada situações que desafiem as crianças a dar sentindo ao que já conhecem e
ampliar seus saberes, organizadas nas diferentes modalidades: projetos,
sequenciadas, atividades permanentes e independentes.
A escolha de estratégias pelo professor se baseia no intuito de promover a
aproximação entre a criança e as noções matemáticas que estão presentes em
nosso cotidiano como a contagem, a quantificação, a relação espacial entre outros.
Para tanto, podemos fazer uso de diferentes estratégias como jogos, brincadeiras,
calendário, exploração de brinquedos e objetos.
MATEMÁTICA
45
As possibilidades de trabalho são bem variadas sendo importante ao realizar
o planejamento, lembrar-se de que não deve se restringir apenas ao Sistema De
Numeração, pois esse é apenas um dos blocos de conteúdos, tendo também
Espaço e Forma e Grandezas e Medidas.
Objetivos
Ampliar sua capacidade de utilizar a contagem oral, noções de
quantidade, tempo e espaço;
Recitar a sequência numérica coletiva e/ou individualmente;
Resolver situações problema em seu cotidiano que envolvam juntar,
tirar, repartir;
Manipular e explorar objetos e brinquedos para descobrir suas
propriedades, características e possibilidades, empilhar, rolar, encaixar;
Ter contato com diversos objetos que a levem a perceber diferentes
formas, tamanhos;
Fazer uso de expressões como dentro, fora, em cima, embaixo, frente,
atrás, etc.
Conteúdos
Utilização da contagem oral, da quantificação e do registro em diferentesentes
contextos como música, jogos, brincadeiras, calendário, etc;
Recitação da sequencia numérica em situações de uso real;
Exploração do espaço, objetos e brinquedos, com diferentes
características como formas, tamanhos, etc.
Relação entre parte e todo.
Orientações Didáticas
Considerando que as crianças pequenas estão começando a conhecer o
mundo e estabelecendo as primeiras aproximações com objetos e espaço, as
situações cotidianas devem ser utilizadas para o desenvolvimento do trabalho,
tais como: o calendário para marcar datas importantes como aniversários,
passeios; músicas e parlendas que trazem ideias matemáticas e recitação dos
números;
46
É de fundamental importância que o professor proporcione atividades
que contemplem recortar, colar, montar e desmontar para que a criança
perceba que o todo pode ser dividido em partes menores e que depois pode
voltar a ser o todo inicial, como por exemplo: quebra-cabeça e brinquedos de
encaixe.
A hipótese que a criança elabora na tentativa de compreender o mundo,
aproxima-a gradativamente do uso ideal e o erro que acontece nessa tentativa
deve ser percebido como uma possibilidade de novas intervenções pelo
professor.
É de suma importância a execução de atividades que estimulem a
percepção espacial. Isso pode ser feito por meio de atividades em que o aluno
se situe no espaço, desloque-se nele, dele receba instrução de localização,
compreenda e utilize termos como esquerda, direita, giro, distancia,
deslocamento, acima, ao lado, na frente, atrás, perto, etc.
A divisão da turma em pequenos grupos deve ser uma estratégia
utilizada para diminuir o tempo de espera nas situações de jogos e
brincadeiras.
“Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música
não começaria com partituras, notas e pautas.
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria
sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria
que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.
Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas
para a produção da beleza musical.
A experiência da beleza tem de vir antes".
Rubem Alves
A música é uma linguagem que está presente desde os primeiros meses
de vida de uma criança e pode estar relacionada à grande número de
situações, pois há músicas para dormir, acordar, dançar, chorar, celebrar, etc.
Um conteúdo tão presente no cotidiano, não poderia ser desconsiderado
na escola de educação infantil e para ser aprendido de forma significativa
MÚSICA
47
temos que considerar os conhecimentos trazidos pelas crianças e garantir a
possibilidade de vivenciar e refletir sobre questões musicais.
Desta forma, ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda,
realizar brinquedos sonoros, são estratégias que despertam e estimulam o
desenvolvimento do interesse pela atividade musical, além de atenderem as
necessidades de expressão que passam pela esfera afetiva, estética e
cognitiva.
Objetivo
Desenvolver capacidade de escuta e concentração;
Descobrir o universo sonoro (som e silêncio) e apreciá-lo;
Experimentar situações de interação da música com o movimento;
Explorar materiais adequados à confecção de materiais sonoros;
Desenvolver habilidades como socialização e expressividade;
Movimentar-se espontaneamente ao som de músicas com ritmos
variados;
Desenvolver a capacidade de imitar em situações contextualizadas
(danças, gestos);
Explorar, repetir e reproduzir sons vocais e não vocais (natureza, carro,
avião, etc.);
Cantar músicas diversas;
Ampliar repertório musical;
Aprimorar a linguagem oral através das músicas, cantigas de roda e
parlendas;
Escutar a si e ao outro;
Utilizar diversos tipos de sucata como fonte de produção de som;
Confeccionar instrumentos;
Fazer música (por meio da improvisação) com os instrumentos
confeccionados pela turma.
Conteúdos
Exploração de brinquedos sonoros, bandinha e outros materiais que
48
produzem som;
Participação em brincadeiras, jogos cantados e rítmicos que utilizem
música com ou sem movimentos corporais;
Escuta de repertório musical variado;
Confecção de material sonoro.
Orientações didáticas:
Reconhecer a música como linguagem cujo
conhecimento se constrói;
Considere os conhecimentos prévios das crianças, bem como seu gosto
musical e o amplie apresentando outras possibilidades;
Não esqueça que música é descontração, brincadeira e alegria.
“Nosso corpo é uma unidade múltipla de expressões. Quando falamos de corpo,
motricidade e movimento humano, falamos de nosso próprio ser, da vontade, do desejo, de
nosso raciocínio, da nossa força... do nosso presente, passado e futuro... das perspectivas, do
nosso imaginário e das nossas dores...
Falamos de ser humano!!!”
Ricardo Melani
Na história da humanidade, o corpo humano é visto como instrumento
através do qual o homem manifesta e comunica sensações antes mesmo de poder
fazê-lo por meio da linguagem oral, seja através de gestos ou da expressão, até
mesmo uma criança pequena procura se fazer entender por aqueles com quem
convive.
A função da locomoção, conquistada por volta do primeiro ano de vida
também é um importante ganho que possibilita ao corpo a ação sobre os objetos,
basta observar bebês que desde muito cedo já se esticam, rolam, engatinham e
posteriormente andam na busca intensa de descobrir o mundo, agir sobre ele e
apropriar-se de suas características.
CORPO E MOVIMENTO
49
Na medida em que vão vivendo diversas experiências, as crianças adquirem
cada vez mais controle sobre o seu próprio corpo e sobre as possibilidades de
interação deste com o meio. Ao movimentar-se expressam sentimentos, emoções e
pensamentos, o movimento é por tanto, mais do que deslocar-se no espaço, é uma
linguagem que permite a criança agir sobre o mundo mobilizando as pessoas por
meio do teor expressivo do movimento.
Tais observações nos permitem compreender o importante lugar que o corpo
ocupa na relação que a criança estabelece com o mundo. No entanto, por longo
tempo fomos levados a acreditar que a aprendizagem só poderia acontecer de forma
satisfatória na imobilidade e deixamos o corpo e seus movimentos num lugar
secundário na escola. Discussões recentes provocam mudanças nesta concepção e
o corpo volta gradativamente a ocupar o lugar importante que lhe é próprio na
educação, sobretudo quando se fala do atendimento à crianças tão pequenas, que
tem no movimento a característica de sua expressão e importante ferramenta de
aproximação e conhecimento do mundo que a cerca.
Objetivos
Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo;
Confiar nas próprias capacidades e habilidades motoras como correr, andar, pular,
deslocando-se com destreza no espaço;
Conhecer culturas corporais por meio de jogos e brincadeiras, ampliando assim seu
repertório;
Expressar-se nas brincadeiras e demais situações de interação, por meio da
exploração de gestos e ritmos corporais;
Explorar objetos que permitam desenvolver habilidades de preensão, encaixe,
lançamento;
Realizar diferentes movimentos individuais e em grupo;
Vivenciar situações com regras em brincadeiras, jogos e na interação com crianças
e adultos.
Conteúdos
Desenvolvimento de atitudes de confiança nas próprias habilidades;
Desenvolvimento da capacidade de manuseio de diferentes materiais;
50
Conhecimento de culturas corporais, através de jogos brincadeiras e danças;
Exploração de movimentos corporais;
Vivencia de jogos de regras.
Orientações didáticas
Faça uso de fontes (fotos, vídeos, livros, revistas etc.) para pesquisa a respeito de
danças e brincadeiras;
Respeite as especificidades de cada criança, seja em relação aos movimentos ou à
participação em propostas;
Utilize diferentes materiais para estimular movimentos variados;
Favoreça momentos em que as crianças desenvolvam sua própria coreografia;
Diversifique momentos em que apresente dança e brincadeiras de outras culturas;
Aproveite o repertório de danças e brincadeiras que as crianças já trazem;
Elabore circunstâncias que favoreçam a vivência contextualizada de regras.
O mundo onde as crianças vivem se constitui em um conjunto de fenômenos
naturais e sociais indissociáveis, diante do qual elas se mostram curiosas e
investigativas. Desde muito pequenas, pela interação com o meio natural e social no
qual vivem, as crianças aprendem sobre o mundo fazendo perguntas e procurando
respostas às suas indagações e questões.
Dessa forma é fundamental que o trabalho seja desenvolvido de maneira onde
as informações não tenham um fim em si mesmo, mas sim que sirvam ao aluno como
instrumentos para a busca da compreensão da realidade, para que ele desenvolva
atitudes e procedimentos que colaborem para a descoberta de ações que transformem
esse meio e a si próprio.
É importante destacar que a elaboração de hipótese pela criança vai ter as
características relacionadas ao pensamento sincrético, no qual crianças pequenas
articulam realidade e fantasia na intenção de entender e explicar a realidade. O trabalho
com ciências e educação ambiental deve considerar que as ideias prévias dos alunos,
CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
51
são pontos de partida importantes e necessários para o trabalho pedagógico, a fim de
permitir que os conhecimentos se desenvolvam e se transformem.
O trabalho com esta área de conhecimento na educação infantil consiste em
possibilitar a observação, a reflexão e a busca de informações sobre o meio ambiente
natural e social onde as crianças estão inseridas, permitindo que elas estabeleçam
relações que possam situar-se melhor em sua realidade.
Objetivos
Ter contato com diferentes culturas;
Valorizar sua própria cultura e ampliar seu universo cultural;
Estabelecer contato com pequenos animais, com plantas e com objetos diversos,
manifestando curiosidade e interesse;
Estabelecer gradativamente relações de cooperação, participação e socialização em
diferentes situações de interação;
Valorizar a vida sobre suas mais diversas formas, adotando posturas de respeito e
convívio;
Vivenciar alguns procedimentos de pesquisa, observando, levantando
hipóteses, buscando respostas para indagações e socializando-as com o grupo.
Conteúdos
Os conteúdos a serem trabalhados deverão partir da necessidade e interesse
de cada grupo, respeitando-se a faixa etária. E a transposição dos conteúdos para a
prática deve consolidar-se através do despertar da curiosidade das crianças, do
incentivo à observação e pesquisa, experimentação, socialização e registro das
hipóteses das crianças, finalizando com a validação e constatação:
Desenvolvimento de atitudes e comportamentos cooperativos e solidários;
Construção da identidade a partir da convivência com pessoas de seu grupo;
Conhecimento do próprio corpo através de jogos, brincadeiras e pesquisas;
Observação e comparação de plantas e animais;
Cidadania: participação e interação nos diversos grupos sociais, levando a
construção do eu (autoestima, autonomia, conhecimentos de suas capacidades e
limites).
52
Artes Visuais
A arte vem sendo produzida pelo ser humano desde que ele, pela primeira
vez, realizou um registro gráfico em sua caverna, emitiu um som ou um gesto e a ele
atribuiu significado.
Por meio da arte temos acesso aos sentimentos e aos pensamentos das
comunidades de qualquer época, povo, cultura ou país. Produzindo arte nos
conhecemos melhor e nos damos a conhecer ao outro.
O trabalho com a ARTE garante às crianças o acesso a informações sobre
linguagens artísticas seja, por meio de apreciação de obras de arte, visitas à
exposições, passeios, contato com músicas, teatro, dança ou por imagens da nossa
realidade.
As linguagens artísticas podem ser o estudo das cores, das formas, dos
tamanhos, das proporções, das relações, das perspectivas, do som, do ritmo, da
melodia, da harmonia, do gesto expressivo, da cenografia e sonoplastia.
O conhecimento implica em sentir, pensar, construir, compreender, comparar,
relacionar, selecionar, simbolizar. Ora, se em arte estão presentes todos esses
aspectos: sentimento, razão, produção, comparação, seleção, construção,
simbolização, representação de um mundo e expressão, poderíamos então afirmar
com segurança que “ARTE É CONHECIMENTO E LINGUAGEM”.
Se arte é linguagem, pressupõe leitura e é nessa decodificação que o
apreciador torna-se quase um coautor. Cresce em conhecimento de si mesmo, de
mundo e em humanidade.
No trabalho com arte em nossa escola as crianças têm a oportunidade de
utilizar diversos materiais, meio e suporte, expressando assim sua sensibilidade,
imaginação, criatividade e interação.
Objetivos
Utilizar diversos materiais sobre diferentes superfícies explorando suas
características e possibilidades para ampliar suas formas de expressão e
comunicação;
Desenvolver o gosto pelo fazer e apreciar artes visuais;
ARTES VISUAIS
53
Interessar-se e valorizar suas próprias produções e as de outras crianças;
Interessar-se por obras artísticas, ampliando seu universo cultural e seu
conhecimento de mundo;
Perceber seu próprio corpo e o espaço como subsídio para produção artística;
Desenvolver a leitura de imagens a partir das observações das obras de arte
contribuindo para a realização de suas próprias produções;
Desenvolver a autoconfiança na produção dos trabalhos visuais bem como as
atitudes de cooperação e solidariedade;
Cuidar das próprias produções e das demais crianças;
Desenvolver seu percurso criador.
Conteúdos
Exploração e manifestação de diferentes materiais gráficos e suportes variados;
Exploração de diferentes movimentos gestuais, visando a produção de marcas
gráficas;
Cuidado com os materiais e com os trabalhos e objetos produzidos individualmente
ou em grupo;
Apreciação de atividades artísticas (das próprias crianças e de artistas
consagrados ou não).
Orientações didáticas
Possibilitar o acesso à diversidade de produções artísticas;
Propiciar troca de experiências, socializando observações e comentários;
Encarar a arte como linguagem de ideias e sentimentos;
Propiciar momentos de prazer no trabalho individual ou em grupo, desenvolvendo a
autoconfiança;
Garantir oficinas de percurso como atividade permanente para que sejam
realizados projetos pessoais;
Proporcionar às crianças o contato sistemático com atividades de apreciação de
diferentes modelos de imagem sejam elas das próprias crianças, de artistas
(qualquer linguagem) e artesãos de diferentes culturas;
Apresentar diversos modelos para que o aluno desenvolva seu próprio gosto
estático pessoal;
54
Visitar espaços de exposição, tais como: museus, galerias, ateliê de artistas, etc.,
convencionais ou não (bancos, praças, etc.);
Oferecer aos alunos contato com reproduções de obras vindas de diferentes
fontes;
Veicular informação através de exposições das crianças convidando outras
classes, pais e comunidade;
Conhecer e entender o desenvolvimento gráfico para compreender as produções
das crianças, valorizando-as;
Trabalhar com atividades sequenciadas ou com projetos, garantindo uma
apropriação dos conteúdos de forma significativa;
Criar constantemente atividades que possibilitem soluções investigadoras e
criativas para as crianças;
Os trabalhos das crianças devem ser expostos no espaço escolar.
Orientações gerais
O tempo didático em Artes Visuais pode ser dividido em:
ATIVIDADES PERMANENTES: oficina de percurso, apreciação do próprio
trabalho e dos colegas;
ATIVIDADES SEQUENCIADAS: figura humana, figuras geométricas,
paisagens, artistas, etc.;
PROJETOS: investigação com produto final.
Características da Oficina de Percurso
Objetivos
Valorização da marca pessoal;
Aprimorar seus procedimentos;
Autonomia para escolher meios e suportes;
Pesquisa de diferentes materiais;
Possibilidades de criação.
Papel do professor
Organizar a sala e os materiais;
Fazer intervenções individuais;
Apreciar com respeito as produções das crianças;
55
Expor os trabalhos dando destino a eles;
Socializar os trabalhos por meio de exposições e apreciações.
Tempo
O bom senso do professor deve nortear seu planejamento, pois é ele que
conhece as características da sala que está trabalhando (a faixa etária) deve ser
levada em consideração;
Espaço de tempo regular (frequência sistemática) uma vez por semana;
O trabalho pode ser continuado na próxima semana.
Espaço físico
Classificar os materiais por cor, tamanho e forma;
Atentar para que os materiais fiquem sempre no mesmo lugar, assim as
crianças não ficarão perdidas procurando.
Materiais
Colocar os materiais em bancadas para facilitar o acesso das crianças;
Apresentar aos alunos, antes da oficina, como estão organizados;
Antes de colocar um material diferente na oficina, o professor deve familiarizar
as crianças nos trabalhos coletivos como proposta;
Adequar meio e suporte, e intervir quando os materiais não forem
compatíveis.
Organização das crianças
Organizar o espaço de modo a permitir fácil acesso aos materiais e a
possibilitar a circulação das crianças;
Destino dos trabalhos (sugestões)
Troca dos trabalhos entre classes;
Exposição de artes;
Decoração para o refeitório e espaços da escola;
Presentear alguém;
Cartão postal e convites para as festas em geral;
56
Ilustração de livros.
3 – ROTINA
ADAPTAÇÃO
O momento que a criança ingressa na escola é um dos principais períodos de
adaptação e é sobre ele que nos detemos. Porém, não é o único. A passagem de um
grupo para outro, a mudança de escola, ou mesmo a volta de um período de afastamento,
seja por férias ou por alguma doença, são também momentos importantes que devem ser
tratados com atenção.
O inicio do ano suscita diversos sentimentos e exige grande esforço por parte não só
da criança, mas também da família, dos professores e da unidade escolar que irá recebê-
la. Nesta ocasião as pessoas ficam mais sensíveis e esta sensibilidade pode ajudar ou
dificultar este processo. Pode ajudar as pessoas a estarem mais flexíveis e mais abertas
a escutarem o que os outros têm a dizer, mas também pode produzir um nível de
ansiedade muito grande dificultando o entendimento.
Em geral, a criança convive com poucas pessoas em casa. Está habituada com o
ambiente, com os objetos que possui, os cômodos da casa e as pessoas que ali vivem.
Ao entrar na escola, terá que conviver com um número grande de pessoas, materiais,
rotina e espaços novos e ainda ficar separada de seus pais e conhecidos. Esta mudança
lhe causa estranheza e muitas vezes a assusta, ou a amedronta.
Os educadores precisam conhecer cada criança e suas famílias, acolher cada uma
delas, observar os conhecimentos e interesses da criança, descobrindo pouco a pouco
estas novas pessoas que estão chegando.
A escola também, ao receber as crianças e as famílias recebe novas culturas, novos
costumes e assim é alterada nesta interação, além de precisar se estruturar, organizar
espaço, rotina, material, pessoal para esta recepção.
Como se vê, este período contém uma grande gama de sutilezas que precisam ser
compreendidas e a maior implicada neste processo é a criança.
Ainda aprendendo a lidar e expressar os sentimentos que foram provocados por
estas alterações na sua vida, a criança reage à separação de diferentes maneiras: com o
choro, ficando muito calada ou quieta, pode recusar-se a comer, a dormir ou a brincar,
57
pode agredir outras crianças ou mesmo adoecer com maior frequência. Estas são
reações naturais, e precisam ser entendidas e acolhidas para que possam ser superadas.
Iniciar na escola implica em perceber a diferença entre sua casa e este novo espaço
e passar a ter confiança e segurança neste local. Para isso, precisa construir novos
vínculos, nos quais o educador ganha papel fundamental devendo tornar-se um “porto
seguro” para a criança, garantindo-lhe atenção e atividades adequadas, sendo mediador
entre ela e o novo mundo a que agora tem acesso, encorajando-a a atingir uma condição
mais autônoma. Este novo adulto passa a ser referência para a criança, que retorna a ele
a cada situação de desconforto ou insegurança, buscando apoio para poder reorganizar
suas emoções.
Porém, este esforço não pode ser exclusivo da criança, que busca ficar bem no
novo ambiente e sim da creche em acolhê-la, facilitando sua entrada e a formação dos
vínculos. A forma como a criança é acolhida diz da qualidade da sua adaptação. Acolher
significa aconchegar, amparar, tentar proporcionar bem estar, conforto físico e emocional.
Neste momento especialmente, olhar cada criança individualmente é fundamental.
Perceber que cada uma tem seus rituais, seus apegos, como por exemplo, o “paninho”
para dormir ou a chupeta amarrada na fralda e respeitá-los, permitindo que sejam trazidos
para a creche e que sejam usados sempre que houver necessidade, é respeitar sua
individualidade e entender que estes objetos servem para remetê-la às situações e
pessoas conhecidas, garantindo maior conforto.
Receber bem a criança ajuda-a a sentir-se importante, a formar uma boa imagem
de si mesma e assim ter boas referências para construir o seu jeito de se cuidar e de
tratar as pessoas. O “bom dia” sorridente, o contato afetivo, a atenção e o carinho em
todos os seus momentos podem demonstrar respeito pelas suas emoções. Nisto se inclui
o colo, que além de oferecer conforto e segurança à criança, pode proporcionar
experiências táteis importantes para a construção da sua identidade, devendo fazer parte
do trabalho educativo. Conversas sobre seus sentimentos e sobre o que vai acontecer no
tempo que estiver na creche, também podem ajudá-la a se sentir mais segura. Assim,
como toda ação em educação, precisa ser planejada com base neste entendimento. Para
isso, quanto mais informações prévias os educadores tiverem sobre a criança mais
facilmente poderá pensar estratégias para melhor acolhe-la.
Neste sentido, entrevistas com os pais podem ser eficientes e ainda criar
oportunidade desta família conhecer um pouco mais sobre o papel do educador e ao
mesmo tempo tranquilizar-se, podendo tornar-se assim, aliados neste processo. Desta
58
forma, é imprescindível organizar o espaço para que fique acolhedor e convidativo,
utilizando materiais variados, como brinquedos, livros, almofadas e materiais
pedagógicos. O conhecimento do espaço é um grande passo neste momento e deve ser
facilitado e incentivado pelo educador, que o apresenta para a criança. A rotina
interessante também deve ser grande parceira, tornando-se cada vez mais uma
referência, podendo provocar maior segurança. Saber que a mãe vai voltar num
determinado momento (comunicado pelo educador e percebido na rotina) e ter o seu
horário de adaptação aumentado gradualmente, pode tranquilizar a criança.
O respeito pela criança inclui permitir que manifeste suas emoções, sejam elas de
raiva ou descontentamento. O que inclui o momento da despedida da mãe, que em
muitas vezes, sai escondida, sem se despedir tentando evitar o choro, acreditando ser
mais fácil para o filho, acaba por diminuir a possibilidade de manifestar seus sentimentos
e ser consolada. Despedir-se antes de sair pode aumentar a confiança da criança e
ajudá-la a perceber que todos os dias a mãe volta para buscá-la. Aliás, permitir que um
dos pais permaneça na creche por um tempo pode facilitar a entrada da criança.
Hoje sabemos o quanto os pais precisam ser acolhidos em suas ansiedades para
que o processo de adaptação seja favorecido. Reconhecer este momento como de
grande importância também para as famílias e planejar estratégias para que possam
sentir-se recebidos, pode contribuir para a passagem tranquila por este momento. Os
primeiros contatos entre a família e a escola são importantíssimos dentro desta
perspectiva. Assim, nesta unidade, o acolhimento das famílias é planejado pensando na
matrícula, primeira reunião com os pais novos em dezembro com a diretora e a
coordenadora, além de, na primeira reunião com pais do ano letivo, estar prevista uma
conversa entre a família e as educadoras com o objetivo de conhecer alguns aspectos
sobre a criança e diminuir a ansiedade dos pais. Neste momento as educadoras podem
escutar as preocupações existentes e explicar um pouco as características do
atendimento.
No ano de 2016, além das medidas mencionadas, desenvolvemos uma avaliação
do período de adaptação para conhecer a expectativa dos pais e conhecer a opinião
deles sobre o trabalho feito pela equipe escolar neste período. Percebemos que a
avaliação nos ajudou a verificar algumas angústias e necessidades dos pais e assim
minimizar o impacto que este período causa, inclusive neles: os pais.
No ano de 2017 também realizamos esta avaliação do período de adaptação.
Segue abaixo os resultados tabulados:
59
AVALIAÇÃO DO PERÍODO DE ADAPTAÇÃO
Infantil I A, II A e II B
1. O seu filho vivenciou o Período de Adaptação (os primeiros dias de
aula/entrada na escola) com:
Alegria – 27
Ansiedade – 10
Entusiasmo - 18
Choro – 7
Medo –2
Outros: Sono – 1; Timidez - 1
Comentários: foi bom; chorou quando começou a ficar sozinha na escola.
2. Os pais/responsáveis consideram importante a atividade de acolhimento no
processo de adaptação nos primeiros dias de aula? (Atividade realizada
em classe com pais e filhos trabalhando juntos).
Sim – 43
Não participou – 1
Por que? Filhos mais seguros – 22
Por que? Eles estranham - 1
Filhos mais contentes – 2
Filhos mais confortáveis – 3
Conhecer a escola e amigos – 4
Nova rotina – 1
Novos conhecimentos – 2
Pais mais seguros – 2
Pais conhecendo o ambiente – 2
Pais participativos – 3
Soltar vínculo familiar – 1
3. Os pais/responsáveis participaram da atividade de acolhimento com pais e
filhos?
Sim – 38
60
Ajuda na aceitação e permanência na escola – 4
Passar segurança para o filho – 6
Pais aprendem junto e conhecem melhor a escola/prof. – 5
Se é seguro e confiável – 2
Importante por ser o 1º ano escolar do filho – 3
Presença dos pais é essencial: sim (16) - não (3) devido a motivo de trabalho
4. Na preparação de seu filho para o início ou retorno às aulas, a família realizou:
Conversa – 33
Org. horário dia – 17
Organização horário noite – 26
Outros: Divisão com os colegas e cuidado com a escola - 1
5. Você já percebeu alguma transformação em seu filho durante este período de
adaptação?
Sim – 27
Não – 7
Esse ano ficou bem – 1
Falando mais – 7
Come sozinho – 3
Não usa mais fraldas – 2
Vai para escola sem chorar – 3
Normal é tudo de bom – 2
Brinca com mais segurança – 3
Mais atento –
Mais esperto – 4
Mais independente – 2
Mais chorona – 2
Quer tudo do jeito dela, mas está começando por suas coisas sem chorar e gritar,
pedindo – 1
61
Canta o dia todo – 1
Criança tranquila, se sentiu segura – 1
Criança mais ativa e cansada – 1
Diferença na questão do sono, horários e costumes – 2
Desenvolvimento no andar - 1
Amedrontada, não querendo circular sozinha pela casa como antes (falando de alguém
que tinha olhos grandes) – 1
Rosto ralado – 1
Cabeça cortada com a queda do balanço – 1
Está se enturmando mais com outras crianças – 2
6. Sugestões para o período de adaptação do próximo ano:
Meio período de adaptação por conta do trabalho;
Aumento gradativo das horas, porém o máximo possível;
Satisfeita com o progresso da criança e com nosso trabalho;
Colocar TV na sala para filmes infantis;
Arrumar a balança ou colocar encosto para maior segurança;
Ótimo com o que já fazemos;
Experiência positiva, conhecer mães e crianças diferentes;
Quanto mais dias, melhor – 2
Agradecimento – 1
No segundo dia que as educadoras interajam mais com as crianças como se fosse
um dia normal. Como se comportam com as intervenções e cuidados das
educadoras;
Ter mais um dia de adaptação com os pais para as crianças que choram muito.
Como forma de devolutiva desta avaliação, fizemos uma tabulação e na primeira
reunião com pais realizada no mês de março as professoras realizaram conversas
individualizadas com as famílias das crianças que ainda encontravam dificuldades em
adaptar-se na creche e tentamos elaborar em conjunto estratégias para melhor atende-
las. Neste dia também conversamos com todas as famílias presentes sobre o processo de
adaptação de seus filhos nestes primeiros 30 dias de aula.
62
Diante do exposto, planejamos o período de adaptação partindo destes
pressupostos, na intenção de acolher a criança, a família e ajudá-las a construir boas
referências nas relações que irão estabelecer com os adultos e com os colegas. Para o
próximo ano, tentaremos garantir alguns aspectos que foram elencados nas avaliações.
ORGANIZAÇÃO DA ROTINA
A organização e o tratamento dado à rotina, parte do conhecimento de que a rotina
ensina. A forma como está organizada e como é realizada comunica de forma eficiente
qual a concepção de criança que está implícita e mais, qual a concepção de homem e de
mundo que se pretende.
Partindo do princípio que a criança é um ser ativo, capaz, sujeito do seu
conhecimento e que deve ser respeitada na sua individualidade como uma pessoa inteira,
que pensa, sente, emite opiniões, etc., e que pretendemos contribuir para a construção de
um mundo no qual as relações sejam democráticas e que os homens sejam sujeitos de
sua existência, organizamos e tratamos a rotina buscando refletir e explicitar estes
princípios, além de fazer circular conhecimentos socialmente acumulados, sabendo da
importância da rotina para a construção dos conhecimentos pela criança, atuando como
um fator organizador, facilitando sua organização interna.
É a partir da organização externa, que a criança pode organizar-se internamente e
o tempo é um dos fatores importantíssimos desta organização. Assim, esta unidade
trabalha com uma rotina frequente, com uma sequência de atividades constante (lógico
que com flexibilidade necessária). Esta sequência é comunicada às crianças verbalmente
ou através de recursos visuais e pela estabilidade das atividades.
A previsibilidade do que vai acontecer permite que a criança se sinta mais segura,
se aproprie da rotina, se organize a partir dela e comece sua construção da noção do
tempo.
Nesta sequência está previsto o equilíbrio entre tipos e formas de atividades:
movimentadas e tranquilas, na área externa e dentro de salas, em pequenos e grandes
grupos, iniciadas pelo adulto e pela criança, procurando atender suas necessidades de
brincadeira, de iniciativa, de movimento, de concentração, de repouso, de acesso ao
conhecimento, etc.
Os momentos de escolha e iniciativa da criança são importantes para ela, pois
podem satisfazer suas necessidades e realizar seus desejos, assim como os adultos, pois
63
pode compartilhá-las com a criança além de observar sua ação e as hipóteses que está
levantando.
Os momentos iniciados pelo adulto são importantes, pois é quando os educadores
podem trabalhar com áreas de conteúdo previstas no currículo, além de poderem ampliar
o repertório de brincadeiras das crianças como, por exemplo, as brincadeiras tradicionais.
As crianças precisam desenvolver competências com sua experiência na escola. Uma
das formas utilizadas para se aprofundar nas áreas de conteúdo é a realização de
projetos de estudo.
Esta rotina procura respeitar o tempo e o ritmo das crianças, as diferenças de cada
faixa etária, características do grupo e individuais. Isto quer dizer que cada idade tem
tempo diferente de concentração e interesse por atividade, cada pessoa tem também
ritmo distinto de realizar atividades, como por exemplo, pessoas que comem rapidamente
e outras que comem devagar, cada grupo tem história própria e cada pessoa tem suas
características e isto tudo é considerado. A rotina exige um olhar coletivo e individual
simultaneamente, oferecendo alternativas que consideram as diferenças, como por
exemplo, as crianças que não querem dormir ou dormem pouco, as crianças que não
sentem fome no café da manhã, as crianças que comem rápido demais, etc., encontrando
possibilidades de ação, dando maior fluidez ao dia, eliminando o tempo de espera
desnecessário.
A preocupação em ter uma rotina que faça sentido para as crianças nos leva a
planejar sempre um elo entre as atividades. Estas não podem ser simples tarefas
isoladas, devendo estar dentro de um contexto que faça sentido. Nisso se inclui desde um
trabalho com um material novo, até a realização de festas, por exemplo.
Queremos crianças críticas e responsáveis e procuramos ajudá-las a se inserirem
no todo, facilitando sua compreensão sobre o processo, possibilitando que participem das
etapas de decisões. Quanto mais uma pessoa conhece e participa do todo, mais se
apropria dele, mais crítica e menos alienada se torna.
A rotina desta unidade busca ser interessante e desafiadora para a criança e
descentralizada do adulto. Os diversos momentos do dia são previstos para ajudar a
criança a se apropriar cada vez mais do seu tempo e da sua ação, promovendo cada vez
maior autonomia e descentralização do adulto. O adulto é um parceiro importante no
desenvolvimento da criança, mas ela é o sujeito ativo da sua aprendizagem.
64
Por fim, entendendo que a aprendizagem se dá através da interação, esta rotina
busca favorecê-la durante todo o dia, com materiais e pessoas do seu grupo e de toda a
creche.
O ESPAÇO
Os princípios em que nos baseamos para a organização do espaço é que este
deve favorecer a autonomia, a interação e o conhecimento, pois o espaço comunica
coisas. Através da organização externa a criança pode organizar-se internamente.
Para tanto, precisa ser organizado com objetos acessíveis, identificados e em
lugares definidos.
Deve promover a identidade pessoal, utilizando, por exemplo, trabalhos expostos,
pertences pessoais identificados, etc., para que a criança possa se reconhecer neste
espaço. Deve também dar oportunidade ao desenvolvimento de competências,
possibilitando que as crianças satisfaçam suas necessidades sem assistência constante,
oportunidade para crescimento, com ambientes ricos e variados que facilitem os
movimentos corporais (subir, correr, andar) e a estimulação dos sentidos, experimentando
as variações existentes na natureza (brisas, odores, etc.), músicas e vozes, sabores, etc.
Deve promover oportunidades para contato social e privacidade, variando o
tamanho de áreas dentro de um mesmo espaço e oferecer oportunidade para isolamento,
atividades em pequenos grupos ou de todo o grupo.
As áreas devem ser delimitadas, utilizando, por exemplo, móveis baixos, cortinas,
tapetes, de modo que a criança possa ver o adulto e sentir-se segura e assim favorecer a
formação de pequenos grupos e da interação. Dessa maneira o adulto passa a ser um
mediador das atividades da criança e não um centralizador.
O espaço deve ser dinâmico, montado de acordo com os objetivos propostos
dentro das áreas de conteúdo e da rotina, sendo enriquecido com kits (diversos materiais
organizados por assunto, tais como, casinha, médico, cabeleireiro, etc.) no caso do faz-
de-conta, favorecendo o aparecimento e representação de diversos personagens. A
organização dos kits deve partir da observação dos educadores, de conversas com as
crianças e deve prever a participação delas.
MOMENTOS DA ROTINA
65
ATIVIDADE DIVERSIFICADA
As atividades diversificadas são planejadas pelo educador, de maneira a garantir
sua qualidade e diversidades e/ou materiais e o rodízio dos alunos pelas mesmas,
acontecem no momento da entrada, tornando-as agradáveis e aconchegantes,
propiciando maior autonomia na escolha da atividade e do grupo com o que querem
trabalhar.
Atividades de livre escolha, diferenciadas, desafiadoras, que ocorrem num mesmo
momento e das quais os alunos já devem ter certo domínio, para que possam trabalhar
com autonomia, de forma individualizada ou em parceria.
O brincar deve conservar seu caráter lúdico e ser usado como estratégia para
conhecer o mundo, para organização e localização no tempo e espaço e não para se
ensinar conteúdos e atividades orientadas.
Os espaços devem garantir a possibilidade de convívio e interação entre as
diferentes faixas etárias, através de materiais, objetos, brinquedos, fantasias e jogos
variados. Os locais de brincadeiras podem ser organizados através de divisórias, tecidos,
almofadas, etc..
RODA DE CONVERSA
Neste momento são criadas possibilidades de conversas como acontecem na
sociedade. É um momento coletivo e os assuntos devem ser de interesse comum. É
fundamental que as crianças sintam a importância de sua participação na conversa e ao
mesmo tempo sintam-se pertencentes ao grupo.
Podem ser utilizadas para fazer combinados para o dia, falar do cotidiano, conversar
sobre um assunto que estão estudando, ou contar algum acontecido, dentre outras
coisas. O educador deve atuar como mediador, ficando atento à fala da criança
procurando atribuir sentido a ela, ampliando a linguagem da criança através de
questionamentos, interpretando a fala, facilitando assim, a construção da narrativa,
criando um clima de confiança para que a criança consiga organizar seu pensamento,
adquirindo uma perspectiva temporal e espacial. O educador deve falar corretamente sem
infantilizar a linguagem.
As rodas de conversa devem ser sempre planejadas de acordo com os objetivos do
educador propondo assuntos interessantes, utilizando de recursos para garantir a
oralidade e a participação das crianças, considerando-a como um ser capaz.
66
RODA DE MÚSICA
Consideramos este momento mágico, onde as crianças são convidadas a ouvir,
aprender, participar cantando, personalizando com gestos (dançando, mexendo com as
mãos, pernas, cabeça, corpo, etc.) cada música e sons, tendo acesso a diferentes tipos
de música.
O ambiente é organizado para que as crianças possam ter oportunidade de
participar tanto coletivamente, quanto individualmente.
A música amplia o espaço da roda para além da sala de aula e se incorpora em
outros momentos da rotina, ampliando o repertório cultural das crianças. Nessas rodas
também podem circular os conhecimentos relativos à apreciação musical, onde o
educador poderá também apresentar diferentes instrumentos, compositores, ritmos,
épocas, estilos.
FAZ-DE-CONTA
O faz de conta é uma imitação da realidade, vivenciada e transformada no plano
das emoções e das ideais. É também um espaço de elaboração pessoal, onde a criança
decide o que vai fazer, do que vai brincar.
A brincadeira é um espaço rico onde o educador observa preferências, aptidões,
atitudes e lideranças.
É de suma importância que o educador proponha situações diferenciadas de
brincadeiras, organizando kit’s temáticos, como salão de cabelereiros, consultório médico,
supermercado, oficina mecânica, posto de gasolina e outros, aos quais as crianças
possam ir acrescentando novos elementos.
A intervenção intencional do educador é permitir o enriquecimento das
competências imaginativas, criativas e organizacionais da criança.
CANTO SIMBÓLICO
Em nossa unidade escolar foi criado, este ano, o Canto Simbólico, onde a turma
pode brincar de faz-de-conta. Mensalmente é renovado o espaço com outros temas de
brincadeira simbólica.
INTERSALAS
Deve ser planejado em conjunto, deverá ser feito rodízio de áreas e planejamento
entre as educadoras.
67
No Intersalas, deve ser organizado pelo menos três áreas constantes e em lugares
fixos. É uma atividade que favorece a autonomia, a interação e integração das crianças
de diferentes faixas etárias, devendo-se manter um educador referência de cada sala
durante a atividade. As áreas deverão ser planejadas e organizadas com as atividades de
domínio das crianças.
Nos momentos de Intersalas o educador deve brincar junto somente se for
convidado pela criança e no papel que a criança determinar, intervir sem interferir e
observar, focar e registrar. Não é momento de ensinar.
O Intersalas deve acontecer dentro da rotina como uma atividade permanente, as
terças-feiras, .
REPOUSO
Neste momento os educadores procuram criar condições para que as crianças
descansem. É oferecido como primeira possibilidade, o sono. As crianças que não
querem dormir desenvolvem atividades tranquilas, como leitura ou pequenos jogos. Estas
atividades precisam ser organizadas para que sejam interessantes, ofereçam alternativa
ao sono e sejam também relaxantes.
Estas atividades são propostas também às crianças conforme vão acordando,
procurando respeitar o ritmo e a necessidade de cada um. O ambiente é preparado para
que fique aconchegante e convide ao repouso. Podem ser utilizadas músicas tranquilas,
como canções de ninar ou clássicas.
O educador conversa com as crianças em voz baixa, deixando evidente o respeito
ao sono dos que dormem. Conforme vão acordando, começam a calçar-se, realizando
esta ação de maneira cada vez mais independente. Em seguida é servido o lanche da
tarde.
ALIMENTAÇÃO - MOMENTOS DE REFEIÇÃO
Nosso primeiro contato com o mundo se dá pelo alimento. A primeira coisa
oferecida ao bebê, depois de seu nascimento é o leite materno. Os momentos de refeição
vêm sempre acompanhados da possibilidade do encontro, da troca, do afeto, da
autonomia e contribuem para a construção da identidade.
Por isso, é importante que o cardápio seja variado, gostoso e bem apresentado,
pois o ato de alimentar-se, além de atender uma necessidade física básica, deve
proporcionar bem estar, como um ato prazeroso.
68
BIBLIOTECA: VIDEOTECA
As propostas para este ano são: biblioteca circulante; exploração e manuseio de
livros; mala literária; contos e recontos de histórias com diversos recursos que estimulem
a imaginação da criança com fantoches, entre outros, feito pelo professor e pelas
crianças, garantindo assim acessibilidade, familiarização com material impresso, gosto
pela leitura, cuidados com o manuseio e a preservação desses materiais.
Este espaço é utilizado também para uso de vídeo com diversos títulos,
objetivando ampliar o repertório musical e de histórias, ampliando o conhecimento e
estimulando a criatividade e a linguagem, dando cor e movimento à fantasia e à
imaginação. O vídeo é um recurso que ajuda a enriquecer os projetos desenvolvidos
pelas turmas.
ATELIÊ
Neste ambiente os alunos podem experimentar atividades de artes diferenciadas
das proporcionadas em sala de aula, pois podem utilizar diversos materiais com o fazer
artístico, centrado na exploração, expressão e comunicação de produção de trabalhos de
arte por meio de práticas artísticas, propiciando o desenvolvimento de um percurso de
criação pessoal.
ÁREA EXTERNA
PARQUE:
Os espaços lúdicos ao ar livre estão presentes na rotina, nste é o momento em que
as crianças escolhem os materiais que vão usar, como os brinquedos, as atividades que
vão fazer e os parceiros com quem vão interagir. Podem realizar atividades de grandes
movimentos, além de ter contato com elementos da natureza (terra, grama e árvores).
Os educadores participam das atividades das crianças como parceiros,
incentivando suas iniciativas, ajudando-as a resolverem problemas e garantindo sua
segurança. É um momento para brincar e esta ação é incentivada. Os educadores estão
sempre promovendo desafios para o desenvolvimento das crianças.
TANQUE DE AREIA:
Este é mais um local do brincar e interação, possibilitando a e exploração de
brincadeiras neste espaço.
69
SOLÁRIO:
Mais um espaço lúdico ao ar livre onde procuramos neste espaço diversos estímulos
para as brincadeiras. No solário, os educadores tem a possibilidade de atividades
direcionadas, pois podem oferecer, a cada dia um brinquedo diferente, como: motoca,
bola, corda, balanço, bambolês entre outros
QUADRA:
Contamos ainda com um portão para facilitar o acesso das crianças à quadra, que
veio enriquecer as possibilidades para o planejamento de atividades de movimento tais
como: brincadeiras de roda, circuitos, jogos entre outros.
Nessas atividades, pequenas regras podem ser apresentadas, mas deve-se
respeitar a faixa etária e serem flexíveis quando necessário.
A quadra não é um espaço que pertença à escola, mas é cedida pelo presidente da
sede do Jardim Lavínia, que disponibiliza seu uso das 8h às 9h15, de terça à sexta feira.
Por ser um espaço amplo e plano, favorece as brincadeiras com motoca, patinho, corrida,
bola, desenho com giz, brincadeiras com bexiga d’agua, oportunizando o
desenvolvimento da criança em sua coordenação motora, equilíbrio, socialização.
Hoje utilizamos a frente da escola para várias atividades tais como: brincadeiras com
carrinhos, jogos de encaixe, circuito, entre outros.
SÁBADOS LETIVOS
As atividades planejadas pela equipe escolar para acontecerem nos sábados letivos
tem por objetivo a aproximação da escola com a comunidade, apresentando as atividades
e produções que as crianças realizam ao longo de seu período de permanência na
escola, mostra cultural o foco para tematizar esse objetivo, uma vez que valorizam os
saberes das crianças.
4 – Avaliação das Aprendizagens dos Alunos
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil e a
Proposta Curricular do Município, a avaliação nesta modalidade dá-se por meio da
observação e do registro. Portanto, desenvolvemos a avaliação das aprendizagens por
meio dos instrumentos metodológicos.
INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS
70
Embasamos o nosso olhar sobre a avaliação, nos estudos de Jussara Hoffmann e a
proposta da rede. Utilizamos os instrumentos sistematizados por Madalena Freire, como a
observação, registro, reflexão, planejamento e avaliação, sendo o eixo norteador do
nosso trabalho. Os instrumentos possibilitam o professor pensar no que faz e como faz,
propiciando que este reflita acerca da ação para as aprendizagens das crianças. Pensar
sobre sua prática leva o professor a aprender sobre o seu fazer, aprimorando suas
intervenções e o seu olhar para o grupo e para cada aluno.
OBSERVAÇÃO
A observação é um importante instrumento metodológico, pois o professor consegue
através dele, avaliar a construção do conhecimento dos seus alunos e rever a sua prática
em sala de aula. Isso exige um olhar estudioso e intencional da realidade. É um olhar
direcionado, pesquisador, questionador, acolhedor e argumentador, que favorece um
constante exercício de ação-reflexão-ação, compreendendo como os educandos
constroem seus conhecimentos, reconhecendo-os como parte integrante do processo de
aprendizagem.
Observar é um ato de estudar a si mesmo, ao outro e a realidade, à luz de uma
teoria. Portanto, remete-nos aos princípios que defendemos em educação e à nossa
concepção de sujeito e de sociedade.
Entendemos que a observação é parte fundamental do ato de avaliar, portanto a
observação exige alguns focos a serem observados:
O que quero observar?
É preciso observar todas as crianças ao mesmo tempo?
Meu olhar é atento e observador?
O que observo me ajuda a replanejar a minha aula?
O que observo me ajuda a pensar nas minhas intervenções?
Em contrapartida, a observação não registrada cai no vazio, no esquecimento. É
preciso registrar o que foi observado para que, mais tarde, isso possa ser retomado de
maneira significativa a fim de orientar os próximos passos, que serão trilhados na
construção do conhecimento. Se essas informações se perdem, perde–se também a
história do processo que está sendo construído.
REGISTRO
71
O registro é um grande desafio para os professores. Pensamos desafios, porque
junto com ele vêm as dúvidas:
O que registrar?
Com que frequência?
Qual o foco do meu olhar?
Será necessário escrever páginas relatando tudo o que acontece durante as aulas
naquele dia?
Como fazer um registro reflexivo?
Em que momento eu registro?
Para quem é o registro?
Após discussão pudemos entender que para se fazer um bom registro é
necessário uma observação refinada e sensível, para se definir o foco do que se quer
registrar, levando-se em conta o planejamento/objetivo proposto para a sala. O foco
definido, a observação deve ocorrer no cotidiano com breves anotações e participação
também dos auxiliares, que ao nosso entender contribuem e muito na escrita dos
registros e até mesmo dos relatórios.
O relatório é um registro mais elaborado sobre as aprendizagens construídas pelas
crianças. Os educadores elaboram relatórios semestrais, sendo dois coletivos e dois
individuais durante o ano.
Registrar é muito mais do que o ato de escrever. Registrar é refletir e avaliar a
prática pedagógica e as aprendizagens das crianças. O ato de registrar deve servir ainda
para planejar e replanejar sempre que necessário.
PLANEJAMENTO
O planejamento é um instrumento fundamental no cotidiano escolar. Ele permite que
o professor antecipe a sua ação a partir de dois referenciais: Os saberes que as
crianças têm e o lugar aonde querem chegar.
Entendemos que o planejamento deve conter os seguintes passos:
Objetivos gerais;
Levantamento dos saberes das crianças (observação);
Objetivos específicos;
Estratégias;
Conteúdos;
Organização no tempo;
72
Avaliação;
Replanejamento
Para Madalena Freire, no planejamento estão os encaminhamentos e as
intervenções: “Os encaminhamentos são as propostas de atividades dentro da
rotina, os passos a seguir em determinada atividade, a mudança da pauta que
exigiu um novo encaminhamento”. (Madalena Freire, 1997). A partir da observação do
grupo e de cada aluno o professor pensa em suas ações, planeja suas atividades, as
aulas e as intervenções que fará para atingir seus objetivos, intervenção aqui entendida
como as ações que farão o educando refletir, pensar sobre o objeto de estudo. Os
encaminhamentos e intervenções não estão somente nas atividades propostas, mas
também nos espaços preparados para que eles aconteçam.
Entendemos, portanto, que planejar é mais do que um ato mecânico de distribuir
atividades em uma grade de dias e horários, garantindo um “fazer“ pela criança ao longo
do tempo em que está na escola. No planejamento está toda a intencionalidade educativa
do professor que norteia a ação organizada, não significa uma ação estática, mas ato
constante de reflexão, de intervenção na realidade, a partir de observações diárias e
intenção educativa.
O planejamento é também condição para a realização de outro instrumento: a
avaliação.
AVALIAÇÃO
Na Educação Infantil, de acordo com o Referencial Curricular Nacional, a avaliação
se dará por meio da observação e não tem um caráter de promoção.
Aqui na rede, desde a década de 90 os professores fazem relatórios periódicos
detalhando os conteúdos e objetivos alcançados pelos alunos. No início, eram mais gerais
e amplos. Aos poucos foram tendo seus focos mais fechados, explicando o porquê da
prática, relacionando-a a teoria e pensando cada vez mais nas aprendizagens individuais.
Hoje os relatórios se baseiam em vários pontos de observação:
Quem são as crianças desta turma?
O que estão aprendendo?
O que as crianças são capazes de fazer sozinhas?
Quais são as oportunidades de vivências e experiências proporcionadas pelos
educadores?
73
Entendemos que perguntas como estas orientam a avaliação do trabalho
Pedagógico para uma maior reflexão e acompanhamento do processo de
desenvolvimento das crianças, através dos registros e relatórios.
Segundo Hoffmann, os relatórios da avaliação devem constituir–se na síntese
organizadora do processo vivido pelos professores e as crianças e como foi construído. A
partir de tais reflexões, o professor transforma seu próprio modo de pensar, refletindo
sobre os caminhos que foram percorridos, os obstáculos que encontraram e como os
superaram e os conhecimentos construídos. Já para as crianças significa o registro do
seu processo de desenvolvimento, por meio dos registros que permitam a pais e
educadores o estabelecimento de relações entre o que já conquistou e o novo a aprender
e conquistar, o reconhecimento de seus avanços, suas dificuldades e principalmente suas
possibilidades.
Enfim, entendemos que os instrumentos metodológicos só têm fundamento se tiver
reflexão e acompanhamento. Portanto a equipe gestora tem um papel formativo e de
acompanhamento do processo de avaliação do trabalho pedagógico.
Em nossa escola realizamos o registro semanal, que é acompanhado pela
coordenação, assim como o planejamento com devolutiva. Ainda estamos em processo
de formação com os auxiliares, considerando a importância dos registros e como estes
auxiliam na escrita dos relatórios. É necessário que eles entendam que suas observações
também fazem parte da avaliação das crianças e da escrita dos relatórios e que os
mesmos são escritos em parceria com professor e auxiliares.
Avaliação na Educação Infantil
Conforme mencionado anteriormente, avaliamos as aprendizagens por meio dos
instrumentos metodológicos.
Os professores, juntamente com seus auxiliares, observam, registram, planejam e
avaliam as aprendizagens das crianças. A partir desta reflexão-ação constroem os
relatórios, individuais e coletivos dos alunos.
5 – Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos
A equipe gestora acompanha os instrumentos metodológicos da seguinte forma:
Planejamento e registros: leitura e devolutiva semanal escrita.
Relatório individual e coletivo de aprendizagens das crianças:
semestralmente.
74
6- Ações Suplementares
6.1. AEE – Atendimento Educacional Especializado
Resolução CNE/CBB 4/2009, que institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento
Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial,
relacionadas por definição.
O AEE, atendimento em contra turno e no período regular em sala de aula,
auxiliando e sugerindo atividades, tem como função, complementar ou suplementar a
formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e
estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e
desenvolvimento de sua aprendizagem.
Consideram-se recursos de acessibilidade na educação, aqueles que asseguram
condições de acesso ao currículo dos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida,
promovendo a utilização dos materiais didáticos e pedagógicos, dos espaços, dos
mobiliários e equipamentos, dos sistemas de comunicação e informação, dos transportes
e dos demais serviços (Artigo 2º).
Nossa escola conta neste ano com duas professoras-referência sediadas na EMEB
Flamínio Araújo de Castro Rangel, que não estão atualmente atendendo a nossa escola,
tendo em vista que não temos nenhuma criança com necessite deste atendimento.
Contamos também com a equipe técnica referência, a orientadora e a coordenadora
pedagógica da unidade.
VI. CALENDÁRIO HOMOLOGADO
75
76
VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta
preliminar, Segunda versão Revista, abril de 2016.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC,SEB,DICEI, 2013.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
v. 1.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de
Educação e Cultura. Proposta Curricular – Educação Infantil.
SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação, Cultura e Esportes. Cadernos de
Validação. São Bernardo do Campo.
BASSEDAS, Eulália (orgs.) – Aprender e Ensinar Na Educação Infantil. Porto Alegre:
Artmed, 1999.
BONDIOLLI, Anna e MANTOVANI, Suzana (orgs.) – Manual de Educação Infantil: de
0 a 3 anos – uma abordagem reflexiva. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
DOMINGUES, Isaneide – O coordenador pedagógico e a formação contínua do
docente na escola. Cortez editora, São Paulo, 2014.
FARIA, Vitória Líbia Barreto de. Currículo na educação infantil: diálogo com os
demais elementos da Proposta Pedagógica. 2 ed. – São Paulo: Ática, 2012
FALK, Judit (org), Educar os três primeiros anos: a experiência de Loczy.
Araraquara: Junqueira e Marin, 2004.
FOCHI, Paulo. Afinal, o que os bebês fazem no berçário?: comunicação, autonomia
e saber-fazer de bebês em um contexto de vida coletiva. Porto Alegre: Penso, 2015.
GOLDSCHMIED, Elinor e JACKSON, Sonia – A Educação de 0 a 3 anos – O
atendimento em creche – Editora Artmed– 2ª edição.
IAVELBERG, Rosa. O desenho Cultivado da criança: pratica e formação de
educadores. 1ªEd. Porto Alegre: Editora Zouk, 2006
MAJEN, Tere e ÒDENA Pepa – Descobrir Brincando – Autores Associados, 2010.
MELLO, Suely Amaral - A educação das crianças até os três anos.
MELLO, Suely Amaral – A educação das crianças de 0 a 6 anos: regularidades e
desenvolvimento.
MELLO, Suely Amaral – A escola como lugar de cultura mais elaborada.
77
Proposta Curricular da Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo.
ROSSETI-FERREIRA, Maria Clotilde – Os fazeres na Educação Infantil - Porto
Alegre Ed. São Paulo – Cortez, 2008.
VIII. ANEXOS
Estrutura Física
O prédio escolar é composto por três salas de aula, dois sanitários infantis,
dois sanitários para adultos (masculino e feminino), refeitório, cozinha com
despensa, biblioteca, ateliê/sala dos professores, lavanderia, diretoria, coordenação,
secretaria e almoxarifado.
A área externa possui um parque com tanque de areia, instalado em 2015, e
um solário, onde temos um depósito de brinquedos.
Em 2010 deu-se início à cobertura e piso do espaço em que temos torneiras
na área externa para adequação do ateliê de artes que foi concluído em 2011, com
verba da APM.
No ano de 2013, a Secretaria de Educação, reformou a área externa na frente
da escola, nivelando o terreno e deixando piso de cimento no parque, para que em
2014 fosse colocado piso emborrachado, mas que não ocorreu até a presente data.
O solário, também foi cimentado, sendo utilizado entre outras atividades para
brincadeiras com motocas.
Em 2015, o ateliê foi reorganizado e o espaço foi dividido para a implantação
da sala dos professores, montada com a doação de uma mesa pela PRD e das
cadeiras pela PRCP.
Recommended