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Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Embrapa Informação TecnológicaBrasília, DF
2008
Agricultura TropicalQuatro décadas de inovações tecnológicas,
institucionais e políticas
Ana Christina Sagebin AlbuquerqueAliomar Gabriel da Silva
Editores Técnicos
Vol. 1Produção e produtividade agrícola
Exemplares desta publicação podemser adquiridos na:
Embrapa Sede
Parque Estação Biológica (PqEB)Av. W3 Norte (final), Ed. Sede70770-901 Brasília, DFFone: (61) 3448-4433Fax: (61) 3347-1041sac@embrapa.brwww.embrapa.br
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte,constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610).
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Embrapa Informação Tecnológica
© Embrapa, 2008
Agricultura tropical: quatro décadas de inovações tecnológicas, institucionais epolíticas / editores técnicos, Ana Christina Sagebin Albuquerque, AliomarGabriel da Silva. - Brasília, DF : Embrapa Informação Tecnológica, 2008.[ ] v. : il. ; 18,5 cm x 25,5 cm.
Conteúdo: v. 1. Produção e produtividade agrícola – v. 2. Utilização sustentáveldos recursos naturais.
ISBN 978-85-7383-432-1 v. 1ISBN 978-85-7383-433-8 v. 2
1. Agricultura sustentável. 2. Instituição de pesquisa. 3. Políticas públicas.4. Produção agrícola. 5. Recurso natural. 6. Tecnologia. I. Albuquerque, AnaChristina Sagebin. II. Silva, Aliomar Gabriel da. III. Embrapa. Empresa Brasileirade Pesquisa Agropecuária. IV. Título: Produção e produtividade agrícola.
CDD 630.72
Coordenação editorialFernando do Amaral Pereira
Mayara Rosa Carneiro
Lucilene M. de Andrade
Supervisão editorialJuliana Meireles Fortaleza
Revisão de texto e normalização bibliográficaCleide Maria de Oliveira Passos
Projeto gráfico e capaCarlos Eduardo Felice Barbeiro
Ilustração da capaAlex Ferreira Martins
Editoração eletrônicaCarlos Eduardo Felice Barbeiro
Júlio César da Silva Delfino
Tratamento de figuras e tabelasGrazielle Tinassi Oliveira
Samuel Rodrigues Falcão
Alex Ferreira Martins
1ª edição
1ª impressão (2008): 1.500 exemplares
1049Parte 11 | Produção animal
Capítulo 7
Búfalos
José Ribamar Felipe MarquesJosé de Brito Lourenço Júnior
Raimundo N. C. Camargo JúniorLuiz O. D. de Moura Carvalho
Norton Amador da Costa
Os búfalos domésticos (Fig. 1) são mamíferos da espécie Bubalus bubalisH. Smith, grande família dos bovídeos. Na moderna classificação zoológicados mamíferos, estão enquadrados como:
Ordem: Artiodactyla
Subordem: Ruminantia
Infra-ordem: Pecora
Superfamília: Bovidea
Família: Bovidae
Subfamília: Bovinae
A subfamília Bovinae compreende seis gêneros:
Bos – Linneu, 1758
Bison – H. Smith, 1827
Bibos – Hodgson, 1937
Syncerus – Hodgson, 1937
Anga – H. Smith, 1827
Bubalus – H. Smith, 1827
Em todo o mundo, os animais da espécie Bubalus bubalis são conhecidoscomo búfalos d’água (water buffalo), sendo descritas três subespéciesou variedades:
Bubalus bubalis bubalis – é o búfalo preto que apresenta cariótipo 2n =50 cromossomos, denominado de búfalo-de-rio (river buffalo), abrangendoos rebanhos da Índia, Paquistão, China e de alguns países da Europa eAméricas. No Brasil, está representada pelas raças Jafarabadi (Fig. 2),Mediterrâneo (Fig. 3) e Murrah (Fig. 4), todas reconhecidas pelaAssociação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB).
Agricultura Tropical1050
Bubalus bubalis kerebau – é o búfalo da Malásia, Indonésia, Filipinas,Tailândia, etc., cariótipo 2n = 48 cromossomos. No Brasil, compõe a raçaCarabao (Fig. 5) ou Rosilho (como era denominado, no passado, na Ilhade Marajó, como referência à pelagem nesse tom). É conhecido naliteratura mundial como búfalo-de-pântano (swamp buffalo).
Bubalus bubalis fulvus – é o búfalo nativo da região nordeste da Índia,especialmente do Assam, que vive em estado semidoméstico ou selvagem,sendo animal de porte menor que os das subespécies anteriores. É decoloração pardacenta ou avermelhada, com alguma semelhança com otipo Baio existente no Brasil (Fig.6). Esses dados e informações podemser encontrados em versões adaptadas de Marques (1999, 2000).
Fig. 1. Rebanho de búfalos domésticos.
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Fig. 2. Búfalo da raça Jafarabadi.
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Fig. 3. Rebanho de búfalos da raça Mediterrâneo.
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Fig. 4. Búfalos da raça Murrah.
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O búfalo doméstico (Bubalus bubalis H. Smith) é um animal de múltiplasaptidões, criado no Brasil para a produção de carne e leite, servindo, ainda,como animal de trabalho (sela, tração de carroças, toras de madeira, canoas ebarcos, além do preparo de áreas para agricultura) e atração turística, entreoutras.
1051Parte 11 | Produção animal
A bubalinocultura é uma atividade em franco progresso no País. Os primeirosanimais foram introduzidos por volta de fevereiro de 1895, oriundos da Itália,dando origem à raça Mediterrâneo. Foram importados pelo criador VicenteChermont de Miranda, da Fazenda Dunas, localizada em Soure, Ilha de Marajó,no Estado do Pará. Esses animais saíram do porto de Nantes, na França, emum navio denominado Brasileiro, e pertenciam ao conde italiano CamiloBosfigliolli, de Roma.
A introdução do búfalo doméstico no Brasil é, geralmente, confundidacom a entrada da raça Carabao no País. Para essa subespécie, Bubalusbubalis kerebau, a história narra versões semelhantes, datadas do iníciodo século 20. Uma delas conta que detentos de um presídio da GuianaFrancesa, denominado Ilha do Diabo, fugiam dali em barcaças, trazendoesses animais, até atingirem a costa norte do País, no Arquipélago doMarajó, onde os trocavam por comida com os fazendeiros locais.
A outra versão suporta o mesmo argumento, acrescentando que asbarcaças se destroçavam contra as pedras da costa da ilha, com os animaisfugindo e se embrenhando nas matas e pântanos, onde se adaptaram ese reproduziram, aumentando consideravelmente o rebanho. Essesanimais ficaram nos campos e matas da ilha sem qualquer manejo, pormais de meio século, e fizeram lendas pelas famosas caçadas aos búfalosasselvajados que se expandiram pelos “gebres” marajoaras, locais dedifícil acesso, pantanosos, com vegetação altamente espessa,predominando as espécies espinhentas, dificultando a movimentaçãode animais e do homem.
Nos anos seguintes, foram realizadas outras importações por este e outroscriadores, compondo, assim, um considerável rebanho de animais da raçaMediterrâneo. As raças Jafarabadi e Murrah foram introduzidas da Índia emoutros momentos, por volta de 1923, para Cássia, Minas Gerais e, depois, já
Fig. 5. Bubalinos da raça Carabao.
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Fig. 6. Búfalos do tipo Baio.
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Agricultura Tropical1052
em 1961 e 1962 para São Paulo e outros estados, incluindo a Usina Leão, emAlagoas, quando, provavelmente, foram introduzidos, também, os animais dotipo Baio. As importações de animais das raças Jafarabadi e Murrah forampoucas, com pequena quantidade de animais, contudo, não se podem precisaros números.
Associação de criadorese incentivo à criação
Com a expansão da bubalinocultura em algumas regiões, um dos momentossignificativos nas últimas quatro décadas foi a fundação da AssociaçãoBrasileira de Criadores de Búfalos (ABCB) (www.bufalos.com.br), entidade declasse fundada no dia 21 de abril de 1960, que tem como objetivo principal apoiaratividades que, de algum modo, auxiliem no desenvolvimento da bubalinocultura.Os principais objetivos da entidade são: apoio ao criador; união de pecuaristasem núcleos regionais interligados à ABCB; orientação técnica da produção; auxíliona comercialização (bolsa comercial); serviço de registro genealógico;desenvolvimento de provas zootécnicas; promoção de eventos específicos, comoexposições e feiras; e cursos, seminários e congressos da ABCB.
Outras associações existem em vários estados, do Norte ao Sul do Brasil,Pará, Bahia, Pernambuco, Ceará, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande doSul, entre outros, demonstrando o quanto a atividade já é importante no País.
Pesquisas e resultadosImportante, também, é o início das pesquisas sobre búfalos no Brasil e a décadade 1950 constitui o marco desse fato, começando com os estudos sobre ocomportamento produtivo dos búfalos para produção de carne e leite, queperduraram por mais de três décadas, demonstrando a excelente adaptaçãoàs diversas condições do País, com excelente produtividade.
Os primeiros resultados dessas pesquisas surgiram nas décadas seguintes eforam importantes para a bubalinocultura nas Américas, pois, a partir dali,estavam delineados sistemas de produção para a criação desses animais nasdiversas regiões do País, estendendo-se para vários países sul-americanos,destacando-se o Peru, a Venezuela e a Argentina.
A grande maioria dos trabalhos de pesquisa com búfalos na Amazônia foidesenvolvida nos antigos Instituto Agronômico do Norte (IAN) e Institutode Pesquisas e Experimentação Agropecuária do Norte (Ipean), no Centro
1053Parte 11 | Produção animal
de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido e Centro de Pesquisa Agroflorestalda Amazônia Oriental, esses últimos reunidos como Unidade Descentralizada da,Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a partir de 1974, hojeEmbrapa Amazônia Oriental, em Belém, no Estado do Pará.
Os projetos seguiram linhas de pesquisa relacionadas à produção de leite ecarne, destacando-se em todos a baixa taxa de colesterol, associada a algumascaracterísticas satisfatórias, como alto teor de gordura do leite, tornando-oaltamente competitivo quando da transformação em subprodutos, como queijose iogurtes. O sabor e a maciez da carne, com baixa gordura, colocando-a entreos alimentos nobres, que podem prevenir doenças de toda ordem, também foiobjeto da pesquisa desenvolvida acerca desses animais. Somam-se a esses, ostrabalhos com tração animal, alimentação e nutrição, destacando-se aspastagens e forrageiras nativas e cultivadas nas várzeas e terra firme, alémde saúde animal.
Assim, sobressaem os resultados com informações sobre eficiência e manejoreprodutivo, produção de leite e carne em pastagens nativas e cultivadas, devárzea e terra firme, até a década de 1980. Após isso, os trabalhos com bubalinoscontinuaram tendo como objetivo primordial a produção de carne e leite, masdirecionando o foco para sistemas de produção com destaque para projetos sobreavaliação de modelos produtivos para carne e leite. Nesses projetos, foramestudados ambientes diversificados, como pastagens inundáveis e de terra firme,com dados sob pastejo rotacionado (terra firme), além de alguns experimentosem ambientes mais controlados, incluindo os confinamentos.
Concomitantemente, iniciaram-se os trabalhos na área de melhoramento ereprodução, com ênfase para a inseminação artificial, seguindo-se aspesquisas: Estratégias, para o aumento da produtividade de bovídeos naAmazônia; Identificação, caracterização, utilização de resíduos e subprodutosagroindustriais e restos de culturas na alimentação animal; Desenvolvimentode sistemas pecuários sustentados em ecossistemas de pastagem nativas daAmazônia; e Modelos físicos de sistemas de produção de leite como instrumentode pesquisa e desenvolvimento.
Nos anos seguintes, foram desenvolvidos projetos mais relacionados commelhoramento genético, emprego de biotécnicas e de caracterização genéticapor meio de marcadores moleculares, além da implantação de um Banco deConservação dos Recursos Genéticos Animais da Amazônia Oriental (Bagam)em Salvaterra, Pará, na Ilha de Marajó, principalmente para ações de bancode germoplasma, visto que grupos como a raça Carabao e o tipo Baioconstituem germoplasma único no País, encontrando-se em risco de extinção.
Os resultados sobre essas diversas linhas de pesquisa são mostrados nasTabelas 1 a 8, enquanto os resultados sobre produção de leite e características
Agricultura Tropical1054
afins são mostrados nas Tabelas 9 e 10. Nas Tabelas 11 e 12 são encontradosdados da eficiência reprodutiva dos búfalos. Já os resultados de vários autoressobre a produção de carne em diferentes condições e ambientes, rendimentode carcaça e performance no desenvolvimento ponderal, em tempos e locaisdistintos, são encontrados nas Tabelas 13 e 14 (MOURA CARVALHO, et al.,2002; LOURENÇO JUNIOR et al., 2000; 2002; COSTA et al., 2002a, b;PEREIRA; TAVARES, 2000). Nascimento et al. (1979). Pacola et al. (1979),Villares et al. (1979a, b) Nascimento e Guimarães (1970).
Tabela 1. Características e qualidades do leite de búfala.
Composição média(%)
Água Lactose Proteína Cinzas / Minerais Sólidos totais
82,04 5,38 4,36 7-8,00
Gordura
0,80 18,90Fonte: Marques et al. (2000).
Tabela 2. Características da carne de búfalo.
Características(1) Valores
Caloria (Kcal)
Proteína (N x 6,25)
Lipídios (g)
Ácidos Graxos
Saturados-total (g)
Insaturados-total (g)
Polissaturados-total (g)
Colesterol-total (mg)
Resíduo mineral fixo (g)
Vitaminas-total (mg): ácido ascórbico, tiamina, riboflavina,niacina, ácido pantotênico, vit. B6 e B12 e ácido fólico
Água (%)
Matéria seca (%)
93,40
21,79
0,25
0,60
0,53
0,36
61,00
0,96
20,95
76,00
39,50(1) Informações por 100 g de carne.Fonte: Marques et al. (2000).
1055Parte 11 | Produção animal
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Dados
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11,5
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55,4
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2,0
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24
36,7
0±3,
07
35,5
0±2,
96
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87
35,5
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46
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1±3,
95
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(1998).
Agricultura Tropical1056
Tabela 4. Idade, em meses, à primeira cria de bubalinos, por grupo genéticoestudado no período de 1960 a 1995, em várzea da Amazônia Oriental; médiade 346 animais.
Raça / GS(1) Número deobservações
Idade à primeira cria
Baio(Ba)
Carabao(Ca)
Jafarabadi(Ja)
Mediterrâneo(Me)
Murrah (Mu)
½ MU + QGS(2)
½ Me + QGS(-½Mu)
½ Ba + QGS(- ½Mu, ½Me e ½Ja)
½ Ca + QGS ½
Média Desvio-padrão
9
16
8
185
36
10
22
19
41
34,81
38,10
36,70
35,63
34,77
34,05
35,20
37,02
35,74
2,00
2,24
3,07
2,63
2,85
4,70
2,94
3,69
3,62
(1) GS - grau de sangue.(2) QGS - qualquer grau de sangue.
Fonte: Cardoso (1997).
No final da década de 1980, foi implantado, na Embrapa Amazônia Oriental,um programa de melhoramento genético de búfalos na mesma ocasião emque foi introduzido sêmen de reprodutores das raças Murrah (‘Memo’ e‘Memoire’), Jafarabadi (‘Positiv’), de animais indianos que se encontravam naBulgária. Sêmen de reprodutores da raça Mediterrâneo foram, também,introduzidos, mais especificamente dos touros ‘Napoli’ e ‘O sole mio’, da Itália.O desempenho produtivo de bubalinos da raça Mediterrâneo obtido porinseminação artificial foi avaliado e os dados de desenvolvimento ponderalse encontram nas Tabelas 15 e 16.
1057Parte 11 | Produção animal
Tabela 5. Intervalo de partos de bubalinos, em dias, de acordo com os gruposgenéticos estudados em várzea da Amazônia Oriental no período de 1960 –1995; média de 350 animais.
Raça / GS(1) Número deobservações
Baio (Ba)
Carabao (Ca)
Jafarabadi (Ja)
Mediterrâneo (Me)
Murrah (Mu)
½ Mu + QGS(2)
½ Me + QGS (- ½Mu)
½ Ba + QGS
(- ½Mu, ½Me e ½Ja)
½ Ca + QGS ½
Média Desvio-padrão
381,04
396,54
391,73
384,28
381,95
385,40
383,10
388,52
399,70(1) GS - grau de sangue.(2) QGS - qualquer grau de sangue.
Fonte: Cardoso (1997).
48
54
45
502
101
5
21
31
23
25,08
29,30
31,29
28,38
28,50
29,80
27,34
28,72
28,89
Intervalo de partos
Tabela 6. Período, em dias, de serviço de bubalinos de acordo com os gruposgenéticos estudados em várzea da Amazônia Oriental no período de 1960 a1995; média de 350 animais.
Raça / GS(1) Número deobservações
Baio (Ba)
Carabao (Ca)
Jafarabadi (Ja)
Mediterrâneo (Me)
Murrah (Mu)
½ Mu + QGS(2)
½ Me + QGS (- ½Mu)
½ Ba + QGS
(- ½Mu, ½Me e ½Ja)
½ Ca + QGS ½
Média Desvio-padrão
71,04
86,54
81,73
74,28
71,95
75,40
73,10
78,52
89,70
48
54
45
502
101
5
21
31
23
25,08
29,30
31,29
28,38
28,50
29,80
27,34
28,72
28,89
Período de serviço
(1) GS - grau de sangue.(2) QGS - qualquer grau de sangue.
Fonte: Cardoso (1997).
Agricultura Tropical1058
Tabela 7. Eficiência reprodutiva média (ERm) de bubalinos, em porcentagem,por grupos genéticos estudados em várzea da Amazônia Oriental no período de1960 a 1995; média de 950 animais.
Raça / GS(1)
Baio (Ba)
Carabao (Ca)
Jafarabadi (Ja)
Mediterrâneo (Me)
Murrah (Mu)
½ Mu + QGS(2)
½ Me + QGS (- ½Mu)
½ Ba + QGS (- ½Mu, ½Me e ½Ja)
½ Ca + QGS ½
ERm
(1) GS - grau de sangue; (2) QGS - qualquer grau de sangue.
Fonte: Cardoso (1997).
95,94
95,91
93,19
94,99
95,65
96,83
95,54
93,84
91,82
Tabela 8. Vida útil produtiva de bubalinos, em anos, de acordo com os gruposgenéticos estudados em várzea da Amazônia Oriental no período de 1960 a1995; média de 296 animais.
Raça / GS(1)Número de
observaçõesPeríodo de serviço
Baio (Ba)
Carabao (Ca)
Jafarabadi (Ja)
Mediterrâneo (Me)
Murrah (Mu)
½ Mu + QGS(2)
½ Me + QGS (- ½Mu)
½ Ba + QGS(- ½Mu, ½Me e ½Ja)
½ Ca+ QGS ½
Média Desvio-padrão
14,79
10,35
10,87
10,47
9,40
6,58
6,97
8,91
7,40
14
38
38
206
66
12
22
29
35
2,98
3,76
4,08
4,50
3,00
0,92
1,28
1,99
1,92(1) GS - grau de sangue; (2) QGS - qualquer grau de sangue.
Fonte: Cardoso (1997).
1059Parte 11 | Produção animal
Tabela 9. Dados de produção de leite (kg) e gordura (%) de bubalinos no Brasil.
Villares et al.(1979b e 1983)
Nunes (1982)
Marques (1984)
Marques (1984)
Tonhati et al.(1988a)
Vasconcellos eTonhati (1996)
Vasconcellos (1998)
Toledo et al. (1998)
Produção de leite /lactação
Produção de leite /lactação(n = 682)
Produção de leite /lactação (n = 682)
Produção de leitetotal
Produção de leite /lactação (n = 688)
Duração de lactação(n = 1.021)
Produção de leite /lactação (n = 1.020)
Produção de leite /lactação (n = 682
Proteína
Gordura
Acidez
Densidade
São Paulo
Pará
Pará
Pará
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
1.616,1 ± 16,7
(221,4 dias)
1.184,9 a 1.329,5
(305 dias)
1.513,18
1.655,60 ± 306,60(274,20 ± 64,60)
1.526 ± 29,30(Me)
1.715,90 ± 29,90(½ MuMe)
1.627 ± 40,50(¾ MuMe)
1.623,90 ± 59,10(7/8 Mu)
725,45 ± 228,81 kg
271,02 ± 37,32 dias
1.496,30 ± 60,70
1.171,68 ± 253,67(CV = 21,67 %)
3,774 ± 0,712 %
6,504 ± 1,315 %
16,848 ± 3,556 °D
1,034 ± 0,002
Fonte(ano de publicação)
Local doestudo
Característicasestudadas(1) Valores(2)
(1)n – número observações; (2)CV – coeficiente de variação; Me – Mediterrâneo; Mu – Murrah.
Agricultura Tropical1060
Tabela 10. Características produtivas de búfalos no Brasil.
Fonte Gordura total no leite(kg)
Villares et al. (1979b)
Villares et al. (1979b)
Villares et al. (1983)
Marques (1984)
Villares e Ramos (1983)
Villares e Ramos (1983)
Barbosa et al. (1987)
Ramos (1990)
113,1
6,98
6,4
7,10 ± 0,8
6,28
Produção de leite/dia (kg)
7,625 ( )
Ja
Me
Mu
9,707
8,136
6,969
Variação de 3,36 a 6,95
Mestiças
Ja
Mu
Me
13,951
13,876
9,517
9,111
Grupogenético(Elite)
Mestiças
Ja
Mu
Me
14,747
16,003
14,995
11,933
Máximo
22,483
18,370
18,733
13,833
Mínimo
6,333
14,050
13,833
10,000
Gordura no leite
(%)
Ja - Jafarabadi, Mu – Murrah, Me – Mediterrâneo.
1061Parte 11 | Produção animal
Tabela 11. Dados da eficiência reprodutiva de búfalos no Brasil.
Fonte Local doestudo
Característicasestudadas Valores
Sampaio Netoet al. (2001)
Traad da Silvaet al. (1991)
Cassianoet al. (2003)
Marqueset al. (1985)
Baruselli(1997)
Pereira e Tavares(2000)
Barros e Moura(1999)
São Paulo
Paraná
Pará
Pará
São Paulo
PortoVelho
Ceará
Idade à primeira cria
Intervalo de partos
Idade à primeira cria
Intervalo de partos
Eficiência reprodutiva
Período de serviço
Intervalo de partos
Idade ao primeiro parto
Idade ao primeiro parto
Idade ao primeiro parto
Idade ao primeiro parto
Intervalo de partos
1.132,69 ± 166,99 dias
(37,14 meses)
430,79 ± 100,44 dias
38,28 meses
399,22 dias
91,54 %
191,30 dias
380,32 dias
1.194,6 dias
1.068,9 dias
1.132,21 ± 214 dias
33,9 ± 5,01 meses
375,6 ± 35,4 dias
Agricultura Tropical1062
Tabela 12. Dados reprodutivos de bubalinos no Brasil.
Fonte IPC(1) (meses)
( ± s)
Nogueira et al. (1989)
Marques et al. (1985)
-
Villares et al. (1979a)
Marques (1986)
-
Villares et al. (1979a)
Marques (1984)
Me
Ja
37,70 ± 1,10
35, 29 ± 1,79
39,80 ± 5, 10
½ MuMe
Me
¾ MuMe
7/8 Mu
39,7 ± 0,9
41,6 ± 1,1
43,2 ± 0,9
43,9 ± 1,1
IDP(2) (dias)
( ± s)
Vale do Tietê 390,4 ± 15,4
Vale do Ribeira 396,4 ± 4,1
462,9 ± 104,2
450,20 ± 8,40
471,50 ± 13,30
484,40 ± 21,70
491,20 ± 10,50ER(3) (%)
( ± s)
Vale do Tietê 92,2
Vale do Ribeira 93,5
Amazônia 78,2
½ MuMe
¾ MuMe
7/8 Mu
Me
½ MuMe
¾ MuMe
7/8 Mu Mu
Me
74,5
81,1
77,5
75,6(1) IPC – idade à primeira cria; (2) IDP – intervalo de partos; (3) ER – eficiência reprodutiva;Ja - Jafarabadi, Mu – Murrah, Me – Mediterrâneo.
1063Parte 11 | Produção animal
Tabela 13. Médias do rendimento de carcaça de bubalinos no Brasil.
Características Valores
Peso vivo de abate (kg)
Carcaça quente (kg)
Rendimento carcaça (%)
Cabeça (kg)
Pele (kg)
Língua (kg)
Coração (kg)
Fígado (kg)
Rins (kg)
Estômago limpo (kg)
484,30
251,68
52
18,00
48,00
2,20
2,50
6,50
1,70
9,70Fonte: Marques et al. (2000).
Tabela 14. Média da composição da carcaça de bubalinos no Brasil.
Composição média (%) Relação carne / ossos
Fonte: Marques et al. (2000).
Carne Ossos Gordura Tendões
69,73 19,40 18,01 2,52 4,01
Tabela 15. Desenvolvimento ponderal médio, em quilogramas, de machos bubalinosna Embrapa Amazônia Oriental no período de 1992 a 1995.
Touro
‘Napoli’ ‘O sole mio’Idade
Ao nascer
30 dias
90 dias
180 dias
1 ano
1,5 ano
2 anos
2,5 anos
3 anos
Macho Fêmea Macho Fêmea
39,19
70,48
123,14
194,61
292,58
405,34
483,30
509,20
590,20
36,66
66,23
116,38
188,61
285,18
365,78
437,26
467,72
542,50
39,20
69,46
122,71
193,10
273,66
379,11
456,00
502,00
594,65
38,00
67,69
120,39
185,45
254,50
346,42
429,12
478,68
551,94
Fonte: Marques e Souza (1999).
Agricultura Tropical1064
Tabela 16. Ganho de peso diário médio, em quilogramas, de machos bubalinosna Embrapa Amazônia Oriental no período de 1992–1995.
0,99
0,89
0,84
0,68
0,60
0,55
0,47
0,46
1,05
0,93
0,85
0,64
0,62
0,57
0,51
0,51
0,99
0,92
0,82
0,59
0,56
0,54
0,48
0,47
Fonte: Marques e Souza (1999).
30 dias
90 dias
180 dias
1 ano
1,5 ano
2 anos
2,5 anos
3 anos
1,04
0,93
0,86
0,69
0,67
0,60
0,51
0,50
Touro
‘Napoli’ ‘O sole mio’Idade
Macho Fêmea Macho Fêmea
Tabela 17. Tempo, em horas, utilizado para o desenvolvimento das principaisatividades agrícolas em um hectare na Embrapa Amazônia Oriental, no períodode 1987–2002.
OperaçãoBúfalo Homem
Equipamento Tempoutilizado
1
1
1
2
2
Arado de aiveca fixa
Grade de 10 discos
Grade de ponta
Semeadeira/adubadeira
Cultivador de enxadas
25,0
15,0
3,0
10,5
11,0
Fonte: Martinez et al. (1985).
Aração
Gradagem
Nivelamento
Semeadura
Capina
1
1
1
1
1
Quantidade
Tabela 18. Tempo, em horas, utilizado para o desenvolvimento das principaisatividades agrícolas – preparo de canteiros/dia em horticultura na EmbrapaAmazônia Oriental, no período de 1987–2002).
Número decanteiros BúfaloAnimal
Equipamento Tempoutilizado
1
1
5
5
9
4
1
-
QuantidadeDimensão (m)
1,4 x 50,0
1,4 x 50,0
Arado de aiveca fixa
EnxadaFonte: Martinez et al. (1985).
1065Parte 11 | Produção animal
Parâmetros genéticosUm dos grandes problemas da bubalinocultura é a falta de reprodutoresselecionados que imprimam ganho genético para leite e carne, possibilitandoefetivo melhoramento genético dos rebanhos e, adicionalmente, o acesso àsalternativas de manejo reprodutivo, principalmente, às biotécnicas atuais,tendo como base a inseminação artificial.
Segundo Silveira (2001), o conhecimento de parâmetros genéticos é necessáriona estimativa de valores genéticos, na combinação de características em índicesde seleção, na otimização de esquema de seleção, bem como na previsão derespostas à seleção. Esses parâmetros só podem ser obtidos com a implantaçãode serviço de escrituração zootécnica nas fazendas, ou seja, com as anotaçõessobre todos os dados dos animais e suas produções e ocorrências em geral.
Dados das correlações, herdabilidade e repetibilidade das característicasprodutivas e reprodutivas, obtidas em vários rebanhos de todo o País,encontram-se nas Tabelas 20 e 21, segundo Marques (1991), Cardoso (1997) eCassiano et al. (2003, 2004). As estimativas para as mudanças genéticas,fenotípicas e de ambiente para o intervalo de partos foram, respectivamente,-2,96, -6,58 e -3,99 dias; no caso da produção de leite por lactação e produçãode gordura foram, respectivamente, -14,33 e -0,69; 8,32 e 1,54; 22,65 e 2,23.Com base nesses estudos e na opinião de vários técnicos, estão resumidos, naTabela 22, os principais índices zootécnicos sugestivos para a criação debúfalos no Brasil.
Tabela 19. Tempo, em dias, utilizado para o desenvolvimento das principaisatividades agrícolas (capina) na Embrapa Amazônia Oriental, no período de 1987a 2002.
Tipo Dias/hectare
Búfalo
Manual, com enxada
2
7
Número de homens
2
2
Fonte: Martinez et al. (1985).
Agricultura Tropical1066
Produção de gordura
(1) PGO – produção de gordura; PG – porcentagem de gordura; PD – produção de leite pordia; PLIDP – produção de leite por dia de intervalo de partos; IDP – intervalo de partos; PS– período de serviço; (2)n – número de observações.
Fonte: Marques e Souza (1999).
Tabela 20. Correlações genéticas (rg), fenotípicas (rp) e de ambiente (re) entreas características produtivas de bubalinos no Brasil no período de 1966-1986.
Produção de leite por lactação
rp re
484
484
296
296
296
296
0,113
0,894
0,618
0,699
0,092
-
0,680
0,965
0,508
0,664
0,058
-
PGO (kg)
PG (%)
PD (kg)
PLIDP
IDP
PS
Características(1)
Porcentagem de gordura
PG (%)
PD (kg)
PLIDP
IDP
PS
n(2)
PD (kg)
PLIDP
IDP
PS
464
464
296
296
296
-
-
-
-
rg
-0,944 ± 0,187
0,884 ± 0,287
0,910 ± 0,163
0,857 ± 0,222
0,290 ± 0,701
0,289 ± 0,698
0,321 ± 0,555
0,179 ± 0,805
0,829 ± 0,936
0,805 ± 0,931
0,525
-0,068
0,000
-0,028
-0,029
-0,677 ± 0,510
-0,898 ± 0,207
-0,827 ± 0,365
0,297 ± 0,544
0,278 ± 0,542
0,455
0,632
0,085
0,085
0,818
0,498
-1,295
0,450
0,435
0,608
0,699
0,008
0,010
1067Parte 11 | Produção animal
Tabela 21. Herdabilidade (h2) e repetibilidade (t) de características produtivase reprodutivas em búfalos.
Características t
(1) IDP – intervalo de partos.
Fonte: Marques e Souza (1999).
h2
Reprodutiva
Idade à primeira cria
Período de serviço
Intervalo de partos
Produtiva
Produção de leite por lactação
Produção de gordura
Porcentagem de gordura
Produção de leite animal/dia
Produção de leite/dia de IDP(1)
Período de serviço
0,249 ± 0,113
0,039 ± 0,033
0,096 ± 0,046
0,304 ± 0,151
0,049 ± 0,072
0,396 ± 0,117
0,412 ± 0,181
0,262 ± 0,153
0,072 ± 0,103
-
0,115 ± 0,026
0,133 ± 0,026
0,456 ± 0,048
0,452 ± 0,048
0,496 ± 0,046
0,455 ± 0,052
0,344 ± 0,065
0,183 ± 0,030
Tabela 22. Índices zootécnicos sugestivos para a criação de búfalos no Brasil.
Intensivo(1) Semi-intensivo(2)
1 UA/4,5 ha•ano
90 %
2 %
1 %
1 %
> 20 %
18 a 24 meses
> 450 kg
2,5 anos
I. A. (4)
4
Alto
1 UA/ha•ano
75 %
4 – 6 %
1 %
1 %
15 %
2,5 anos
400 kg
3 anos
1 : 30
8
Médio
Capacidade de Suporte
Natalidade
Mortalidade até 1 ano
Mortalidade de 1 ano a 2 anos
Mortalidade de adultos
Descarte
Idade de abate
Peso de abate
Idade da primeira cria
Relação touro: vaca
Vida útil produtiva / tempo norebanho (anos)
Retorno financeiro
Discriminação Extensivo
1 UA(3)/6 ha•ano
60 %
8 %
5 %
4 %
5 %
4 a 5 anos
350 a 400 kg
> 3,5 anos
1 : 20
> 10
Baixo
(1)Pastagens cultivadas de boa qualidade; (2)Pastagem cultivada de baixa qualidade; (3) UA –matriz de 450 kg de peso vivo/pastagens nativas; (4) I. A. – inseminação artificial.
Sistema de criação
Agricultura Tropical1068
Concluindo, todos os trabalhos técnico-científicos indicam que os búfalosapresentam boa performance produtiva e reprodutiva para as condições depastagens cultivadas e nativas de terra inundável do País, podendo,efetivamente, constituir grande alternativa para o fornecimento de proteínasnobres.
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1069Parte 11 | Produção animal
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Agricultura Tropical1070
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