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Decreto Nº 402/XII que aprova o Regime Jurídico da Ourivesaria e das Contrastarias, aqui comentado por Henrique Correia Braga, que conforme o Diário da República III série, nº 278 de 3 do 12 de 1979, ficou classificado em 1º lugar no concurso para avaliadores oficiais a nível nacional.
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DECRETO N. 402/XII
Aprova o regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias e revoga os Decretos-
Leis n.os 391/79, de 20 de setembro, 57/98, de 16 de maro, e 171/99, de 19 de maio
A Assembleia da Repblica decreta, nos termos da alnea c) do artigo 161. da
Constituio, o seguinte:
Artigo 1.
Objeto
A presente lei aprova o regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias.
Artigo 2.
Aprovao do regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias
aprovado, em anexo presente lei e da qual faz parte integrante, o regime jurdico da
ourivesaria e das contrastarias.
Artigo 3.
Dispensa de matrcula e licena
As entidades que se encontravam dispensadas de matrcula e licena, nos termos do
n. 3 do artigo 15. do Regulamento das Contrastarias, aprovado pelo Decreto-Lei
n. 391/79, de 20 de setembro, alterado pelos Decretos-Leis n.s 384/89, de 8 de novembro, 57/98,
de 16 de maro, 171/99, de 19 de maio, 365/99, de 17 de setembro, e 75/2004, de 27 de maro,
dispem do prazo de 60 dias a contar da publicao da presente lei para procederem obteno da
licena exigida no regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias, aprovado em anexo
presente lei, por cada estabelecimento onde seja efetuada a venda de artigos com metais preciosos,
constituindo a falta de licena contraordenao muito grave, punida de acordo com o disposto no
mesmo regime jurdico.
Pelo decreto de 79 s as entidades bancrias e de crdito estavam isentas de matrcula e licena,
podendo unicamente vender moedas, barras ou medalhas comemorativas. O decreto de 89 refere-
se iseno de marca para pequenos objectos em prata e para or clebres relgio de plstico e
metal que tinham que ser marcados, nada est escrito quanto a matrculas ou licenas. O decreto
57 de 98 prende-se com o reconhecimento de algumas marcas estrangeiras, por fora de acordos e
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tratados com Portugal, sendo que no que respeita a licenas passa a obrigar todas as entidades
singulares ou colectivas que comercializem barras ou medalhas comemorativas a matricularem-se
nas contrastarias, nada sendo dito sobre as moedas de ouro. Como nota curiosa neste decreto est
escrito (art 97) criado o Conselho Tcnico de Ourivesaria, quando o mesmo havia sido
criado pelo decreto de 79!. O decreto 171/99 aborda a questo da obrigatoriedade de matrculas
e licenas sem isentar nenhuma entidade, continuando as moedas de ouro a permanecer no limbo.
O decreto 365/99 sobre as casas prestamistas, que sempre foram obrigadas a matrcula.
Finalmente o decreto 75/2004 sobre as caues dos avaliadores e dos ensaiadores, que so
abolidas.
Portanto as nicas entidades que se encontravam isentas de matrcula, data actual, eram as
leiloeiras, cujo regime passava por uma licena especial para cada leilo, por este regulamento
ficam srias e justificadas dvidas sobre se tero de requerer matricula e licena anual. Mais
caricato o facto de que no decreto de 79 havia um artigo, o 19, que isentava de matrcula e
licena as exposies de carcter cultural, agora pelos visto igrejas e museus tm que se ir
matricular! Quanto ao comrcio online, so regidas as firmas nacionais mas os sites
internacionais ficam num regime de salve-se quem puder, onde o vale tudo a norma.
Artigo 4.
Avaliadores oficiais
1 - Os avaliadores oficiais que tenham sido empossados pela Imprensa Nacional Casa
da Moeda, S.A. (INCM), ao abrigo do Regulamento das Contrastarias, aprovado pelo
Decreto- Lei n. 391/79, de 20 de setembro, passam a ter as funes atribudas no regime
jurdico da ourivesaria e das contrastarias, aprovado em anexo presente lei, aos
avaliadores de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos, sem necessidade
de qualquer formalismo adicional, cabendo INCM assegurar o averbamento do ttulo
profissional no respetivo processo individual.
Resumindo, extingue-se a secular figura do avaliador oficial, sendo substitudo por essa
nova figura de avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos,
penso que os antigos podero continuar a utilizar o termo de (ex)Avaliador Oficial,
encimado por escudo nacional com tarja negra em sinal de luto
2 - Para efeitos do disposto no artigo 47. do regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias,
aprovado em anexo presente lei, todos os avaliadores oficiais que tenham mais de 10
anos como profissionais em exerccio da atividade desde a data da respetiva nomeao
3
devem fazer uma prova de reavaliao dos seus conhecimentos, no prazo de 180 dias a
contar da entrada em vigor da presente lei.
Ficamos a saber que existe uma nova teoria do conhecimento, onde a experincia leva ao
desconhecimento, onde a idade um inexorvel processo de regresso cognitiva, no sei se
aplicado por este governo a outras actividades, gostaria de assistir ao jubilamento dos
catedrticos na pompa e circunstncia de um qualquer infantrio! Experincia para qu,
agora o que est a dar o empreendedorismo
E, j agora, quem (re)avalia o jri? Tambm no deviam eles fazer prova dos seus
conhecimentos, magicamente sempre actuais mesmo sem nunca terem avaliado coisssima
nenhuma em toda a sua vida, o que se aplica a todos ( com excluso do Rui Galopim de
Carvalho, que chegou a avaliar para uma leiloeira de nome Afinworld, sendo que ao 3
leilo foi alvo de uma operao do ministrio pblico e polcia judiciria, que ps assim
cobro a uma actividade que ocultava esquemas financeiros ilegais).
3 - Os candidatos prova de reavaliao de conhecimentos, referida no nmero anterior,
devem poder realizar uma nova prova, no prazo mximo de 45 dias a contar da data da
primeira, sempre que ocorra uma situao de ausncia devidamente justificada originada
por facto que no seja imputvel ao prprio, nomeadamente doena, acidente ou
cumprimento de obrigaes legais, ou em funo de avaliao negativa na primeira prova.
Artigo 5.
Implementao do sistema de segurana
O disposto no artigo 67. do regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias, aprovado em
anexo presente lei, deve ser implementado no prazo de 180 dias a contar da publicao da
presente lei.
Artigo 6.
Regulamentao
No prazo de 90 dias a contar da publicao da presente lei aprovada:
a) A portaria que fixa as taxas devidas nos termos do regime jurdico da ourivesaria e
das contrastarias, aprovado em anexo presente lei;
b) A portaria que fixa as condies mnimas do seguro de responsabilidade civil
4
mencionado nos artigos 54. e 55. do regime jurdico da ourivesaria e das
contrastarias, aprovado em anexo presente lei.
portanto escusado andar a indagar nas seguradoras se fazem este tipo de seguro,
pois ainda faltam quase 3 meses para se ficar a saber o que so essas condies
mnimas
Artigo 7.
Disposio transitria
1 - Os agentes econmicos que exeram a atividade de compra e venda de artigos com metal
precioso usado, incluindo aqueles que exeram essa atividade ao abrigo de matrcula de
retalhista de ourivesaria, devem requerer, no prazo de 60 dias a contar da entrada em vigor
da presente lei, a licena de retalhista de compra e venda de artigos com metal precioso
usado.
Nada referido sobre compras pontuais, nomeadamente nos casos em que o cliente ao
comprar um artigo novo entrega um ou mais artefactos de metal precioso em pagamento.
2 - Nas situaes previstas no nmero anterior, e para efeitos do disposto no n. 4 do artigo
41. do regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias, aprovado em anexo presente
lei, os retalhistas de compra e venda de artigos com metal precioso usado e de casa de
penhores dispem de um prazo de 180 dias.
3 - Aps o decurso do prazo referido no n. 1, a Autoridade de Segurana Alimentar e
Econmica (ASAE) ou as autoridades policiais podem encerrar e selar as instalaes dos
operadores econmicos no licenciados ou relativamente aos quais no se verifique existir
pedido de licenciamento em tramitao.
4 - Do encerramento e selagem das instalaes realizados nos termos do nmero anterior
dado conhecimento s Contrastarias.
5 - A reabertura das instalaes pode ser autorizada pela ASAE ou pela autoridade policial
que tiver procedido ao encerramento nos casos em que seja apresentado pedido de
licenciamento em prazo igual ou inferior a 30 dias a contar do encerramento e selagem, e
aps deferimento do mesmo pela Contrastaria.
6 - A quebra da selagem a que se refere o presente artigo punida nos termos do artigo
356. do Cdigo Penal, se pena mais grave no couber por fora de outra disposio legal.
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Artigo 8.
Norma revogatria
So revogados:
a) O Decreto-Lei n. 391/79, de 20 de setembro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 384/89,
de 8 de novembro, 57/98, de 16 de maro, 171/99, de 19 de maio, 365/99, de 17 de
setembro, e 75/2004, de 27 de maro;
b) O Decreto-Lei n. 57/98, de 16 de maro;
c) O Decreto-Lei n. 171/99, de 19 de maio;
d) A Portaria dos Ministros das Finanas e da Indstria e Energia, publicada no Dirio da
Repblica, 2. srie, n. 275, de 29 de novembro de 1989.
Artigo 9.
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor no prazo de 90 dias a contar da data da sua publicao.
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ANEXO
(a que se refere o artigo 2.)
Regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias
CAPTULO I
Disposies gerais
Artigo 1.
Objeto
O regime jurdico da ourivesaria e das contrastarias, doravante designado RJOC, regula o
setor do comrcio de artigos com metais preciosos e a prestao de servios pelas
Contrastarias, bem como as atividades profissionais de responsvel tcnico de ensaiador-
fundidor de metais preciosos e de avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais
gemolgicos.
Artigo 2.
mbito
O RJOC aplica-se a todos os artigos com metais preciosos, com exceo dos artigos com
metais preciosos destinados a uso cientfico, tcnico, dentrio ou mdico, bem como a
moedas de metal precioso, de curso legal ou antigas, os quais so regidos por legislao
prpria.
Artigo 3.
Definies
Para efeitos do disposto no RJOC, entende-se por:
a) Acrescentamento, o ato de ligar, a um artigo com metal precioso marcado com os
punes de contrastaria, qualquer outro artefacto ou pertence, ou ainda s parte dele,
no marcado com os referidos punes;
b) Artefactos compostos, os artefactos constitudos por partes de metal precioso e
partes de metal comum, fora dos casos a que se refere o requisito tcnico previsto na
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alnea h) do n. 1 do artigo 56., usados por razes decorativas;
c) Artefactos de bijuteria, os artefactos de metal comum;
d) Artefactos de metal precioso ou artefactos de ourivesaria, os artefactos
constitudos por metais preciosos ou pelas respetivas ligas, adornados ou no com
pedras, prolas, esmaltes ou outros materiais no metlicos, incluindo os artefactos
mistos de metal precioso e os relgios de metal precioso;
e) Artefactos de ourivesaria de interesse especial, os artefactos de ourivesaria de
reconhecido merecimento arqueolgico, histrico ou artstico que tenham sido
fabricados em territrio nacional anteriormente criao das Contrastarias e os que
contenham marcas de extintos contrastes municipais;
O que isso de artefactos arqueolgicos fabricados em territrio nacional, se por
definio todos os artefactos arqueolgicos so anteriores fundao de Portugal. E,
aps esta, o que entende o legislador por territrio nacional, antes ou depois do
Tratado das Tordesilhas?! o territrio antes ou depois da descolonizao, antes ou
depois de Bombaim ter sido oferecida em dote aos ingleses? E o que isso de
reconhecido merecimento histrico ou artstico? E tudo o que no foi feito em
territrio nacional, independentemente de como isso se pode provar ou no, fica
automaticamente excludo!? Deixam por isso de ter interesse especial e passam a
ser marcadas com punes que se confundem com objectos banais e actuais? E como
saber se um determinado artefacto foi criado antes ou depois da criao das
Contrastarias, e j agora, qual a data da criao destas: 1882 ou 1887?
f) Artefactos mistos de metal precioso, os artefactos com partes de diferentes metais
preciosos;
g) Artefactos revestidos ou chapeados, os artefactos que tm a superfcie revestida ou
chapeada por uma camada de metal precioso ou de uma liga deste metal, aplicada, de
maneira indissocivel, sobre um suporte composto de outro metal precioso ou
comum, a todo o artefacto ou na parte deste, por um processo qumico, eletroqumico
ou mecnico, sendo que:
i) Os artefactos revestidos ou chapeados, cujo metal base seja metal precioso de
toque legal, so considerados artefactos de metal precioso;
ii) Os artefactos revestidos ou chapeados sobre metal comum, nos quais se
incluem os artefactos designados por bilaminados, as casquinhas, os plaqus,
os dourados e os prateados, no so considerados artefactos de metal precioso;
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h) Artigos com metal precioso, os artefactos de metal precioso, os artefactos
compostos, as medalhas e os objetos comemorativos de metal precioso, as barras de
metal precioso, abreviadamente designados por artigos;
i) Artigos com metal precioso usados, os artigos com metal precioso comercializados
em segunda mo;
j) Artigos com metal precioso exportados, os artigos com metal precioso fornecidos
a pases terceiros a partir do territrio nacional, no mbito de atividade comercial, a
ttulo oneroso ou gratuito;
k) Artigos com metal precioso importados, os artigos com metal precioso adquiridos
a fornecedores de pases terceiros para colocao no mercado nacional;
l) Autocolante de toque, a etiqueta autocolante com a marca de contrastaria,
indicativa dos metais e toques;
m) Barra de metal precioso, o produto resultante da fundio de um ou mais metais
preciosos;
n) Contrastarias, os servios oficiais e tcnicos integrados na Imprensa Nacional
Casa da Moeda, S.A. (INCM), que asseguram o ensaio e a marcao dos artigos com
metais preciosos, bem como a aposio da marca de garantia do toque legal desses
artigos, e exercem as demais competncias previstas no RJOC;
o) Disponibilizao no mercado de artigo com metal precioso, a colocao,
distribuio ou utilizao no mercado nacional de um artigo com metal precioso, no
mbito de uma atividade comercial, a ttulo oneroso ou gratuito;
p) Distribuidor ou distribuidor de artigo com metal precioso, a pessoa singular ou
coletiva estabelecida num Estado membro da Unio Europeia ou no Espao
Econmico Europeu que, no circuito comercial e alm do importador, disponibiliza
um artigo no mercado, a ttulo oneroso ou gratuito, sem alterar as suas
caractersticas;
q) Exportao de artigo com metal precioso, o fornecimento a um pas terceiro, no
mbito de uma atividade comercial, a ttulo oneroso ou gratuito, de artigo com metal
precioso a partir do territrio nacional;
r) Exportador de artigo com metal precioso, a pessoa singular ou coletiva
responsvel pela exportao a partir do territrio nacional de artigo com metal
precioso;
s) Filigrana, o resultado do trabalho executado com dois ou mais fios de um metal
9
precioso, torcidos, batidos e ligados entre si com solda, na quantidade indispensvel
consolidao do conjunto, de modo a obter um tecido rendilhado;
O conceito de filigrana no se esgota no tipo de filigrana atrs descrito, bem pelo
contrrio, a mais antiga era feita num s fio granulado, o objectivo era imitar a
granulao, sem recorrer a grnulos individuais que requeriam muito mais trabalho e
percia, s muito mais tarde que surgiu a filigrana feita por toro de dois fios e
posterior batimento, que nunca aparenta gros to ntidos como a tcnica de um s
fio. Mas fica o registo de Portugal ser a primeira nao do mundo a definir
oficialmente o que ou no a filigrana!
t) Importao de artigo com metal precioso, a introduo em livre prtica ou no
consumo no territrio aduaneiro da Unio Europeia, atravs do territrio nacional, de
um artigo com metal precioso proveniente de pas terceiro;
u) Importador de artigo com metal precioso, a pessoa singular ou coletiva
responsvel pela colocao em livre prtica ou no consumo no territrio aduaneiro da
Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu, atravs do territrio nacional, de
um artigo com metal precioso proveniente de pas terceiro;
v) Liga de metal precioso, a soluo slida contendo, pelo menos, um metal precioso;
w) Lote, o conjunto de artefactos do mesmo metal ou idntica combinao de metais,
de igual toque legal e denominao, obtidos pela mesma tcnica de fabrico, ou da
combinao do mesmo metal precioso e metal comum;
x) Marca, a impresso em relevo aposta por um puno ou gravada por laser no
artigo com metal precioso;
y) Marca de contrastaria, a marca aposta por um puno, gravada por laser ou
impressa numa etiqueta autocolante, que identifica a Contrastaria que efetua a
marcao do artigo com metal precioso e, em geral, o metal precioso e o toque legal
em causa;
z) Marca de responsabilidade, de fabrico ou equivalente, a marca aposta por um
puno de responsabilidade ou gravada por laser, identificadora do responsvel pela
introduo no mercado do artigo com metal precioso;
aa) Marca de toque, a marca aposta por um puno ou gravada por laser que
identifica o toque legal em causa em algarismos rabes;
bb) Materiais gemolgicos, as gemas, as substncias orgnicas e os produtos
artificiais usados em joalharia ou em objetos decorativos, nos termos do The
10
Gemstone Book da Confederao Mundial de Joalharia;
cc) Matriz, o cunho em ao gravado com o desenho do puno;
dd) Medalhas e objetos comemorativos em metal precioso, os artigos em metal
precioso obtidos por meio de estampagem, de fundio ou de montagem;
ee) Metais comuns, todos os metais, exceto os metais preciosos;
ff) Metais preciosos, a platina, o ouro, o paldio e a prata, assim indicados por
ordem decrescente de preciosidade;
Ainda esto na era em que a platina valia mais que o ouro, sendo a Rssia o maior
produtor no se vislumbra que isso volte a acontecer nos anos mais prximos
gg) Organismo de ensaio e marcao independente, a Contrastaria, bem como a
entidade competente de outro pas que exerce as funes de contrastaria, incluindo
a realizao de ensaios e anlises por laboratrios acreditados pelo Instituto
Portugus de Acreditao, I.P., ou pelo organismo nacional de acreditao relevante
na aceo do Regulamento (CE) n. 765/2008, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 9 julho de 2008, bem como a marcao dos artigos com metais
preciosos que constitua a garantia de toque legal desses artigos e cuja gesto e
pessoal administrativo e tcnico seja independente de quaisquer crculos, grupos ou
pessoas com interesses, direta ou indiretamente, ligados a esta rea de atividade;
hh) Passagem de marca, o ato de ligar a um artigo com metal precioso carecido de
marca de contrastaria, ou de marca equivalente, feita por organismo de ensaio e
marcao independente, qualquer outro artefacto ou parte dele, do mesmo ou de
diferente toque, que contenha uma das referidas marcas;
ii) Puno, a ferramenta metlica feita de ao que contm numa das extremidades
uma gravura invertida, a qual utilizada para aplicar marcas;
jj) Puno de contrastaria, o puno que contm a gravura correspondente
Contrastaria ou ao organismo de ensaio e marcao independente que a utiliza e
que corresponde, em geral, a um determinado metal e toque legal, utilizado para
certificar os artigos com metais preciosos com toques legais, nos termos e para os
efeitos previstos no RJOC;
kk) Puno de responsabilidade, de fabrico ou equivalente, o puno que contm a
gravura identificadora do responsvel pela colocao do artigo com metal precioso
no mercado nacional;
ll) Relgio de metal precioso, o relgio cuja caixa feita de metal precioso;
11
mm) Subproduto novo resultante de artigos com metal precioso usados, o artigo com
metal precioso no transformado, em forma de barra, lmina ou outro artigo com
metais preciosos que resulte da fundio de artigos com metal precioso usados e
adquiridos a um particular.
nn) Toque, o contedo de um dado metal precioso, medido em termos de partes por
mil (milsimas), em peso de liga;
oo) Toque legal, o contedo mnimo de um dado metal precioso, medido em termos
de partes por mil (milsimas), em peso de liga, definido nos termos do RJOC.
Artigo 4.
Contrastarias
1 - As Contrastarias so servios oficiais integrados na INCM, sem prejuzo da sua total
independncia face gesto desta.
2 - Os colaboradores das Contrastarias esto sujeitos aos impedimentos constantes do Cdigo
do Procedimento Administrativo, no podendo desenvolver qualquer atividade industrial,
comercial, de importao ou de exportao, relativa a artigos com metais preciosos, seja
diretamente, por interposta pessoa, individualmente ou por meio de uma sociedade
comercial.
3 - As Contrastarias encontram-se distribudas pelo territrio nacional do seguinte modo:
a) A Contrastaria de Lisboa, que abrange os distritos de Beja, vora, Faro, Leiria,
Lisboa, Portalegre, Santarm e Setbal e as regies autnomas;
b) A Contrastaria do Porto, que inclui a delegao de Gondomar, e abrange os distritos
de Aveiro, Braga, Bragana, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Porto, Viana do
Castelo, Vila Real e Viseu.
4 - Cada Contrastaria dirigida por um chefe de Contrastaria, o qual reporta ao diretor das
Contrastarias, nomeado pelo conselho de administrao da INCM.
5 - Os particulares e os operadores econmicos podem recorrer aos servios de qualquer
Contrastaria, independentemente da sua situao geogrfica.
6 - Por despacho do membro do Governo responsvel da rea das finanas podem ser criadas
outras Contrastarias em qualquer parte do territrio nacional, ou fora dele, desde que a
expanso e o desenvolvimento da indstria ou do comrcio de ourivesaria o justifiquem.
12
Artigo 5.
Misso e competncias
1 - As Contrastarias tm por misso assegurar o servio pblico de garantir a espcie e o toque
dos metais preciosos, certificar os profissionais para o exerccio das atividades de
responsvel tcnico de ensaiador-fundidor de metais preciosos e de avaliador de artigos
com metais preciosos e de materiais gemolgicos, com vista a assegurar a defesa dos
consumidores e o cumprimento das disposies do RJOC.
2 - Sem prejuzo de outras competncias que lhes sejam atribudas por lei, as Contrastarias
detm as seguintes competncias exclusivas:
a) Confirmar a marca comum de controlo ou as marcas de garantia de toque
reconhecidas, quando solicitado ou quando necessrio nos termos legais;
b) Ensaiar e marcar, pela aposio da marca de contrastaria e a marca de toque, quando
aquela no inclua o toque, os artigos com metal precioso, de forma a garantir a
espcie e o toque dos respetivos metais preciosos;
c) Aprovar os punes de responsabilidade nos termos previstos no RJOC;
d) Conceder licena para o exerccio da atividade aos operadores econmicos do setor
de ourivesaria nos termos previstos no RJOC e organizar e manter atualizado o
registo informtico desses operadores e dos respetivos punes de responsabilidade
aprovados;
e) Prestar servios de peritagens de artigos com metais preciosos nos termos previstos
no RJOC;
f) Prestar informao tcnica sobre a legalizao de artigos com metal precioso;
g) Integrar a composio de comisses tcnicas e jurdicas representativas de Portugal
junto de organizaes e instncias internacionais referentes atividade das
Contrastarias, mediante indicao do Governo, em termos a definir por despacho do
membro do Governo responsvel pela rea das finanas.
3 - Compete s Contrastarias de Lisboa e do Porto exercer as faculdades inerentes qualidade
de organismo de ensaio e marcao independente nos termos e para os efeitos das
disposies do RJOC.
Artigo 6.
Servios adicionais
13
1 - Qualquer pessoa singular ou coletiva pode solicitar s Contrastarias a prestao de outros
servios no previstos no RJOC desde que respeitem atividade destas e dos servios
tcnicos da INCM, nomeadamente os seguintes:
a) Informaes e exames aos metais e marcas das peas apresentadas;
b) Ensaios qumicos sobre os artigos apresentados;
c) Marcao a laser;
d) Servios de ensaio e marcao fora das instalaes das Contrastarias;
e) Anlises de metais preciosos ou de outros materiais para quaisquer entidades;
f) Punes de responsabilidade solicitados pelos operadores econmicos habilitados
para o efeito nos termos do RJOC;
g) Servios de assistncia tcnica aos operadores econmicos.
2 - As Contrastarias asseguram o exerccio de todas as demais atividades que a INCM delibere
cometer-lhes na esfera das suas competncias tcnicas.
3 - Os preos dos servios mencionados nos nmeros anteriores so aprovados pelo conselho
de administrao da INCM e publicitados no respetivo Portal.
CAPTULO II
Colocao no mercado e comercializao de artigos com metal precioso
Artigo 7.
Autorizao prvia
O regime de colocao no mercado nacional de artigos com metal precioso obedece a um
procedimento de autorizao prvia tal como definido no Regulamento (CE) n. 764/2008, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de julho de 2008, que estabelece procedimentos
relacionados com a aplicao de certas regras tcnicas nacionais a produtos legalmente
comercializados noutros Estados membros da Unio Europeia, comummente designado
Regulamento do Reconhecimento Mtuo, competindo s Contrastarias assegurar o seu
cumprimento nos termos dos artigos 8. e 9. do RJOC e sem prejuzo da aplicao do regime
constante dos artigos 10. a 13., nos casos neles previstos.
14
Artigo 8.
Requisitos da colocao no mercado
1 - A colocao no mercado do territrio nacional de artigos com metal precioso depende da
conformidade desses artigos com os requisitos previstos no RJOC, no respeitante:
a) aposio da marca de contrastaria e marca de toque, quando aquela no incluir o
toque;
b) aposio da marca de responsabilidade, de fabrico ou equivalente, aprovada ou
depositada na Contrastaria;
c) confirmao da marca comum de controlo, nos termos dos artigos 72. e 74.;
d) existncia da marca comum de controlo, nos termos do artigo 10.;
e) existncia das marcas reconhecidas como equivalentes, nos termos do artigo 11.;
f) Aos requisitos tcnicos previstos nos artigos 56. a 60..
2 - Para efeitos do disposto no nmero anterior, considera-se que o procedimento de
autorizao prvia foi efetuado quando o artigo com metal precioso apresente a marca de
contrastaria e a marca de toque, quando aquela no inclua o toque.
3 - A identificao do responsvel pela colocao do artigo com metal precioso no mercado
nacional e a aprovao ou o depsito das respetivas marcas, nos termos previstos no RJOC,
so tambm requisitos de cumprimento obrigatrio de que depende a colocao no
mercado desses artigos.
4 - Constitui contraordenao muito grave a colocao no territrio nacional de artigos com
metal precioso em violao do disposto nos nmeros anteriores.
Artigo 9.
Marcao de artigos com metal precioso
1 - As disposies do RJOC relativas aposio de marca de contrastaria e marca de toque,
quando aquela no inclua o toque, nos artigos com metal precioso e aos requisitos tcnicos
so de cumprimento obrigatrio prvio colocao no mercado do territrio nacional, sem
prejuzo do disposto nos nmeros seguintes, e da aplicao do regime constante dos artigos
10. a 13., nos casos neles previstos.
2 - No caso de artefactos de ourivesaria de interesse especial, o disposto no nmero anterior
assegurado pela aposio da marca de puno de contrastaria que lhes exclusivamente
reservada, podendo a Contrastaria solicitar o recurso a um perito externo ou o parecer da
15
Direo-Geral do Patrimnio Cultural para reconhecimento do merecimento histrico,
arqueolgico ou artstico.
Pensar sequer que alguma vez a Direo Geral do Patrimnio Cultural se iria pronunciar
sobre o merecimento arqueolgico, histrico ou artstico, excesso de inocncia. O que
um perito externo tambm no se faz ideia, mas pelos vistos os agora intitulados
avaliadores de metais preciosos e materiais gemolgicos no so chamados para esta
questo. O que devia estar escrito na lei que o requerimento para aposio desta marca
devia ser sempre acompanhado de uma parecer a fundamentar esse pedido, sendo
corresponsveis por tal parecer tanto a entidade que o pede como quem assina esse parecer,
caso sejam entidades distintas, assim ficariam salvaguardadas as Contrastarias, que no
tm meios nem esto vocacionadas para dar ou validar pareceres sobre matria que
indiscutivelmente as transcende.
3 - O disposto no n. 1 pode ser assegurado por meio da aposio de um autocolante de toque,
nos termos do artigo 21..
A dita marca de autocolante faz essencialmente todo o sentido para os artefactos referidos
no n 2, basta ir ao Museu Nacional de Arqueologia para se constatar da barbaridade que
foi marcar peas arqueolgicas na Casa da Moeda! A redao da lei deixa dvidas sobre
esta matria, esperemos que prevalea o bom senso por parte de quem a vai executar.
4 - O disposto no n. 1 no se aplica aos artigos com platina ou ouro de peso igual ou inferior a
0,5 gramas, nem aos artigos com prata de peso igual, ou inferior, a 2 gramas.
5 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos n.s 1, 2 ou 3.
Artigo 10.
Artigos de Estados contratantes de conveno ou acordo internacional
1 - Tendo em vista a sua livre disponibilizao no mercado do territrio nacional, consideram-
se legalmente marcados os artigos com metal precioso provenientes de um Estado
contratante de tratado ou acordo internacional em vigor de que o Estado portugus seja
parte, desde que tais artigos tenham apostas, nas precisas condies fixadas por esses
instrumentos, a marca comum de controlo e outras que nos termos neles definidos sejam
consideradas necessrias e suficientes respetiva livre circulao nos demais pases
contratantes.
16
2 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto no nmero anterior.
Artigo 11.
Artigos provenientes de outros Estados membros
1 - Sem prejuzo do disposto no artigo anterior, os artigos com metal precioso provenientes de
um Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu encontram-se
marcados e podem ser colocados no mercado nacional sem necessidade de ensaio e de
marcao pela Contrastaria, desde que cumpram os seguintes requisitos cumulativos:
a) Tenham apostas as seguintes marcas:
i) Marca de responsabilidade, de fabrico ou equivalente;
ii) Marca de contrastaria e marca de toque, quando aquela no inclua o toque;
b) Depsito na Contrastaria do documento comprovativo do registo da respetiva marca
de responsabilidade, de fabrico ou equivalente no pas que efetuou o controlo e a
garantia de qualidade;
c) Reconhecimento pelo Instituto Portugus da Qualidade, I.P. (IPQ, I.P.), mediante
parecer favorvel do diretor da Contrastaria, dos seguintes requisitos cumulativos:
i) O contedo informativo das marcas de garantia de toque, marca de contrastaria
e marca de toque, equivalente ao das marcas de garantia de toque
estabelecidas no RJOC;
ii) O contedo informativo das marcas de garantia de toque, marca de contrastaria
e marca de toque, no suscetvel de induzir em erro o consumidor;
iii) As condies de marcao das marcas de garantia de toque, aplicadas por um
organismo de ensaio e marcao independente no pas que efetuou o controlo e
a garantia de qualidade, so equivalentes s estabelecidas no RJOC.
2 - Para efeitos do disposto na subalnea ii) da alnea a) do nmero anterior, as marcas de
contrastaria e de toque podem ser apostas numa nica marca ou em marcas separadas.
3 - Os artigos com metais preciosos provenientes de um Estado membro da Unio Europeia ou
do Espao Econmico Europeu que se encontrem dispensados de marcao nos termos da
respetiva legislao, mas que no estejam dispensados de marcao ao abrigo da legislao
portuguesa, devem ser previamente ensaiados e marcados numa Contrastaria portuguesa ou
na Contrastaria do pas de origem reconhecida, a fim de poderem ser colocados no
mercado nacional.
4 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nas alneas a), b) ou c) do n.
17
1, bem como no nmero anterior.
Artigo 12.
Depsito de marcas de responsabilidade
1 - As entidades estabelecidas num Estado membro da Unio Europeia ou do Espao
Econmico Europeu, que possuam marcas de responsabilidade registadas nos respetivos
pases e que pretendam marcar os seus artigos nas Contrastarias para efeitos do disposto na
alnea b) do n. 1 do artigo anterior, devem solicitar ao chefe da Contrastaria o depsito das
suas marcas de responsabilidade.
2 - O requerimento de depsito deve ser acompanhado dos seguintes elementos:
a) Identificao completa do titular requerente, ou cpia do documento de constituio
da sociedade, consoante o titular seja uma pessoa singular ou coletiva;
b) Documento comprovativo do registo da marca de responsabilidade no pas de
origem, em nome do titular requerente, legalmente certificado;
c) Duas pequenas chapas metlicas com as marcas de responsabilidade cujo depsito se
requer.
3 - A Contrastaria apenas pode aceitar o depsito de marcas de responsabilidade cujos
desenhos no sejam suscetveis de serem confundidos com os desenhos das marcas de
Contrastaria.
4 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto no n. 1.
Artigo 13.
Princpio da reciprocidade
1 - Compete ao IPQ, I.P., sempre que lhe for solicitado pela INCM, pedir o reconhecimento
das marcas de contrastaria portuguesas aos Estados membros da Unio Europeia ou do
Espao Econmico Europeu e a pases terceiros.
2 - Quando o IPQ, I.P., receber um pedido de reconhecimento de marca de contrastaria
proveniente de uma autoridade competente de um Estado membro da Unio Europeia ou
do Espao Econmico Europeu ou de pas terceiro, deve informar o diretor da Contrastaria,
de forma a possibilitar o equivalente pedido de reconhecimento mtuo de marcas de
contrastaria em ambos os pases.
18
3 - O IPQ, I.P., pode celebrar acordos de reconhecimento mtuo de marcas de contrastaria
com as autoridades competentes de outros Estados membros da Unio Europeia ou do
Espao Econmico Europeu e de pases terceiros que disponham dos organismos de ensaio
e marcao independentes quando acreditados pelo organismo nacional de acreditao na
aceo do Regulamento (CE) n. 765/2008, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9
julho de 2008, sempre que o contedo informativo das marcas de garantia e de toque
reconhecidas e as respetivas condies da sua aplicao sejam equivalentes aos das
Contrastarias.
4 - reconhecido como organismo de ensaio e marcao independente para efeito da
aplicao do regime constante do RJOC e para efeito da aplicao da Conveno sobre o
Controle e Marcao de Artigos de Metais Preciosos, aprovada, para ratificao, pelo
Decreto n. 56/82, de 29 de abril, e alterada pelos Decretos n.s 42/92, de 13 de outubro,
39/99, de 19 de outubro, e 2/2006, de 3 de janeiro, a entidade competente de outro pas que
a exera a misso e as atribuies equiparadas s das Contrastarias, incluindo a realizao
de ensaios e anlises, e a marcao dos artigos com metais preciosos que constitua a
garantia de toque legal desses artigos.
5 - O IPQ, I.P., deve informar a Autoridade de Segurana Alimentar e Econmica (ASAE) dos
acordos que celebra, bem como fornecer todos os dados necessrios ao exerccio das
competncias desta.
E tambm devia publicar todas as marcas estrangeiras que esto reconhecidas, coisa que
no faz, nomeadamente como que as casas de venda de artigos em 2 mo e as leiloeiras
podem saber se as marcas de um determinado artefacto esto ou no reconhecidas? Ter que
se ir l caso a caso seria um absurdo.
CAPTULO III
Toques legais dos metais preciosos e marcas de contrastaria
SECO I
Toques
Artigo 14.
Toques legais de metais preciosos
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1 - Os toques legais dos metais preciosos que entram na composio dos artigos com metal
precioso para colocao no mercado em territrio nacional so os seguintes:
a) Platina: 999, 950, 900, 850;
b) Ouro: 999, 916, 800, 750, 585, 375;
c) Paldio: 999, 950, 500;
d) Prata: 999, 925, 835, 830, 800.
No ouro branco ligado a paldio fica um vazio, se for de 9 quilates forosamente deixa
de ser ouro para passar a paldio de 500, mas esse o entendimento das contrastarias?
Ou prevalece a marca requerida pelo apresentante do artefacto, a qual oscilar
consoante a cotao relativa destes dois metais?
2 - S so admitidos para colocao no mercado e comercializao em territrio nacional
artigos com metal precioso com toques iguais ou superiores aos indicados no nmero
anterior desde que tais artigos sejam marcados pelo organismo de ensaio e marcao
independente de um Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico
Europeu, reconhecido nos termos do artigo 11..
3 - No so admitidas tolerncias para menos em qualquer um dos toques previstos no n. 1.
4 - As barras de metal precioso so marcadas com o toque determinado pelo correspondente
ensaio.
5 - Constitui contraordenao muito grave a exposio e ou a venda ao pblico de artigos com
metal precioso em violao do disposto em qualquer uma das alneas do n. 1, bem como
nos n.s 2, 3 ou 4.
Caso no sejam vendidos como artefactos de metal preciosos, nada impede a
comercializao de peas com toques mais baixos que os legalmente previstos. Existiram
vrios pases onde o ouro no toque de 8 kt era legal, mesmo em Portugal, no sculo XIX,
foram produzidas muitas joias nesse toque, nomeadamente para serem exportadas para o
Brasil, hoje tm que ser vendidas como mero metal pobre, mas nada impede a sua venda
em antiqurios ou leiles.
Artigo 15.
Toques legais de artefactos de ourivesaria de interesse especial
1 - O toque mnimo dos metais preciosos de artefactos de ourivesaria de interesse especial
marcados com punes de extintos contrastes municipais 750.
20
2 - Os metais preciosos que entrem na composio dos artefactos de ourivesaria de interesse
especial podem ter qualquer toque para a sua colocao no mercado em territrio nacional,
desde que no inferior a 375.
H uma clara lacuna neste articulado, o que devia estar escrito era a explicitao de que o
ponto 2 se refere aos tais artefactos de merecimento arqueolgico, histrico ou artstico,
produzidos nessa Twilight Zone a que, por fora desta lei, foi transformado o territrio
nacional.
3 - A existncia de quaisquer acessrios de metal comum de presumvel aplicao data do
fabrico do artefacto, ou de soldaduras de reparao que no afetem notoriamente o mrito
da pea, no pode constituir um motivo autnomo impeditivo da marcao dos artefactos.
4 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos nmeros anteriores.
SECO II
Punes de contrastaria
Artigo 16.
Punes de contrastaria utilizados no territrio nacional
1 - Os punes de contrastaria portugueses so cunhos do Estado que servem para aplicar as
marcas de garantia do toque legal dos metais preciosos, conforme previsto no artigo 17.,
para identificar a Contrastaria que as colocou, nos termos do nmero seguinte, ou para
assinalar as situaes previstas no artigo 18..
2 - Os punes de contrastaria portugueses so produzidos exclusivamente pela INCM e
apenas podem ser utilizados pelas Contrastarias de Lisboa e do Porto e respetiva delegao
de Gondomar.
3 - Os punes de contrastaria portugueses identificam as Contrastarias que os utilizam e
consistem, respetivamente, numa figura curva, ou num octgono irregular simtrico,
consoante se trate das Contrastarias de Lisboa ou do Porto.
4 - Para alm dos punes de contrastaria indicados nos nmeros anteriores, devem existir nas
Contrastarias outros punes, cujos smbolos, designao e significado se encontram
definidos na Conveno sobre Controle e Marcao de Artigos de Metais Preciosos,
aprovada, para ratificao, pelo Decreto n. 56/82, de 29 de abril, e alterada pelos Decretos
n.s 42/92, de 13 de outubro, 39/99, de 19 de outubro, e 2/2006, de 3 de janeiro, que so
21
reconhecidos como punes de contrastarias e, como tal, considerados cunhos do Estado
para todos os efeitos legais, nomeadamente os preventivos e repressivos da sua eventual
falsificao.
5 - Constitui contraordenao muito grave, quando tal no constitua crime, a violao do
disposto nos n.s 2 ou 4.
6 - Constitui contraordenao muito grave, quando tal no constitua crime, a aposio de
marca de contrastaria falsa em artigo com metal precioso.
7 - Constitui contraordenao muito grave, quando tal no constitua crime, a exposio e
venda ao pblico de artigos com metal precioso com marca de contrastaria falsa.
Artigo 17.
Smbolos das marcas de contrastaria
1 - As marcas de contrastaria tm os seguintes smbolos:
a) Uma esfera armilar amovvel e sobreposta s palavras platina, ouro, paldio ou prata,
para aplicar nas barras desses metais;
b) Uma cabea de papagaio, voltada para a esquerda, tendo na base um dos nmeros,
em rabe, 999, 950, 900 ou 850, para aplicar nos artigos com platina dos respetivos
toques;
c) Uma cabea de veado, voltada para a esquerda, tendo na base um dos nmeros, em
rabe, 999, 916 ou 800, para aplicar nos artigos com ouro dos respetivos toques;
d) Uma andorinha em voo, tendo na base um dos nmeros, em rabe, 750, 585 ou 375,
para aplicar em artigos com ouro dos respetivos toques;
e) Uma cabea de lince, voltada para a esquerda, tendo na base um dos nmeros, em
rabe, 999, 950 ou 500, para aplicar em artigos com paldio dos respetivos toques;
f) Uma cabea de guia, voltada para a esquerda, tendo na base um dos nmeros, em
rabe, 999 ou 925, para aplicar em artigos com prata dos respetivos toques;
g) Uma cabea de guia, voltada para a direita, tendo na base um dos nmeros, em
rabe, 835, 830 ou 800, para aplicar em artigos com prata dos respetivos toques.
2 - Constitui contraordenao muito grave, quando tal no constitua crime, a exposio e
venda ao pblico de artigos com metal precioso em violao de qualquer uma das alneas
do nmero anterior.
22
Artigo 18.
Smbolos das marcas especficas de contrastaria
As marcas de contrastaria destinadas a assinalar as situaes a seguir indicadas, apostas pelos
respetivos punes ou gravadas a laser, tm os seguintes smbolos:
a) Uma cabea de velho, que se deve aplicar nos artefactos de ourivesaria de interesse
especial de grandes dimenses possuidores de marcas de extintos contrastes
municipais;
b) Uma cabea de velho mais pequena do que a referida na alnea anterior, que se deve
aplicar nos artefactos de ourivesaria de interesse especial de pequenas dimenses
possuidores de marcas de extintos contrastes municipais;
c) Uma cabea de velho, coroada com um laurel, que se deve aplicar nos artefactos de
ourivesaria de interesse especial de grandes dimenses e de reconhecido interesse
arqueolgico, histrico ou artstico, de fabrico anterior criao das Contrastarias;
d) Uma cabea de velho, coroada com um laurel, mais pequena do que a referida na
alnea anterior, que se deve aplicar nos artefactos de ourivesaria de interesse especial
de pequenas dimenses e de reconhecido interesse arqueolgico, histrico ou
artstico, de fabrico anterior criao das Contrastarias;
Aqui j foi deixada cair a referncia ao territrio nacional, ser uma porta da traseira
para possibilitar que se marque um Faberg ou um Thomas Germain com cabea de
velho e no com uma cabea de pelicano?
e) Uma pomba, que se deve aplicar em artigos com metal precioso apresentados
individualmente, significando que a garantia de toque se cinge a metal limpo, e que
recebe a designao de puno especial de contrastaria;
f) Uma cabea de pelicano, que se deve aplicar nos artigos com metal precioso
importados por entidades no registadas, e quando for desconhecido o responsvel
pelo seu fabrico, nomeadamente os artigos destinados a venda em leiles pblicos e
os artigos apreendidos com fundamento na falta de marca.
Artigo 19.
Marcas comuns de controlo da Conveno sobre Controle e Marcao de Artigos de
Metais Preciosos
23
Aos smbolos das marcas utilizadas pelos punes constantes da Conveno sobre Controle e
Marcao de Artigos de Metais Preciosos, aprovada, para ratificao, pelo Decreto n. 56/82,
de 29 de abril, e alterada pelos Decretos n.s 42/92, de 13 de outubro, 39/99, de 19 de outubro,
e 2/2006, de 3 de janeiro, aplicvel o regime dessa Conveno.
Artigo 20.
Gravao de marcas por laser
1 - Quando o artigo com metal precioso no suporte, pela sua constituio, a marca a apor
pelo puno de contrastaria, o operador econmico deve solicitar Contrastaria a respetiva
gravao por laser.
2 - A marcao a laser da marca de responsabilidade pode ser sempre requerida Contrastaria.
3 - Constitui contraordenao muito grave a gravao de marcas de contrastaria por laser em
artigos com metais preciosos que no seja efetuada por uma Contrastaria.
Artigo 21.
Autocolante de toque
1 - As etiquetas autocolantes de toque legal com a marca de contrastaria indicativa dos metais
preciosos e dos toques legais so utilizadas em artigos com metal precioso que no possam
suportar a marcao, nem a gravao por laser, bem como na embalagem dos artigos com
metal precioso assepticamente embalados.
Era bom que estivessem melhor definidos os artefactos suscetveis de levar esta marca, j
referi os arqueolgicos e de interesse histrico ou artstico, quanto a marcar embalagens
asspticas que no fao ideia do que seja
2 - Constitui contraordenao muito grave a exposio para venda ao pblico de artigos que
no cumpram o disposto no nmero anterior.
Artigo 22.
Passagem de marca, acrescentamento e substituio
1 - expressamente proibido passar de um para outro artigo com metal precioso a parte ou o
24
todo que contenha a marca de Contrastaria.
2 - expressamente proibido acrescentar ou substituir qualquer pea ou componente
posteriormente marcao do artigo com a marca de Contrastaria.
Isto s vlido para os artigos que esto venda, levada letra isso significaria que no se
podem aumentar aros nos anis, ou substituir um fecho de brincos que o cliente no goste.
Querer prever e legislar sobre tudo leva a estes disparates, agora no se pode acrescentar
um fio ou pulseira?
3 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos nmeros anteriores.
Artigo 23.
Alterao de marca de contrastaria e elementos de segurana adicionais
1 - Mediante proposta fundamentada das Contrastarias, a alterao do smbolo da marca de
qualquer puno de contrastaria pode ser autorizada por despacho do membro do Governo
responsvel pela rea das finanas, sempre que essa alterao for justificada em
consequncia de roubo, furto, falsificao, ou por motivo de avano tecnolgico.
2 - As Contrastarias podem fixar elementos de segurana adicionais nos punes e nas marcas
gravadas por laser.
Artigo 24.
Publicidade das marcas
A INCM torna pblico no seu stio na Internet as marcas de Contrastaria a que se referem os
artigos 17. a 19..
SECO III
Puno de responsabilidade
SUBSECO I
Regras do puno de responsabilidade
Artigo 25.
Smbolos da marca de responsabilidade
25
1 - A marca de responsabilidade, puncionada ou gravada a laser, consiste numa gravura que
identifica os operadores econmicos mencionados no artigo seguinte, contendo um
desenho privativo e uma letra do nome prprio, dos apelidos ou da sua firma, sendo o
desenho e a letra visivelmente distintos e encerrados num contorno perifrico.
2 - O desenho a que se refere o nmero anterior no pode ser suscetvel de confuso com
outros j existentes, nem extrado do reino animal.
Artigo 26.
Titulares do puno de responsabilidade
1 - O puno de responsabilidade um puno privativo e obrigatrio para os operadores
econmicos licenciados nos termos do artigo 41. e a seguir identificados:
a) Industrial de ourivesaria;
b) Artista de joalharia;
c) Ensaiador-fundidor;
d) Armazenista de ourivesaria, quando marca artigos com metal precioso provenientes
de outros pases, que no se encontrem legalizados para efeitos de colocao no
mercado;
e) Retalhista de ourivesaria, com ou sem estabelecimento, quando marca artigos com
metal precioso provenientes de outros pases, que no se encontrem legalizados para
efeitos de colocao no mercado;
f) Importador de artigos com metais preciosos.
2 - O uso do puno de responsabilidade simultaneamente uma obrigao e um direito
exclusivo dos operadores econmicos referidos no nmero anterior a favor dos quais for
registado, sejam pessoas singulares ou coletivas, bem como dos seus comissrios ou
mandatrios, desde que devidamente credenciados.
3 - expressamente proibida a utilizao e ou a reproduo do puno de responsabilidade
fora dos casos previstos no RJOC.
4 - S permitido o incio de atividade pelos operadores econmicos referidos nas alneas a) a
c) e f) do n. 1, ou o exerccio das atividades nas condies previstas nas alneas d) e e) do
mesmo nmero, aps a tomada de posse do respetivo puno de responsabilidade.
5 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos nmeros anteriores.
26
Artigo 27.
Funo do puno de responsabilidade
1 - O puno de responsabilidade serve para identificar cada um dos operadores econmicos a
que se refere o artigo anterior, responsabilizando-os pelo seguinte:
a) Quaisquer defeitos de fabrico dos artigos com metal precioso inapreciveis nos testes e
ensaios da Contrastaria;
b) Falta de homogeneidade entre os diversos artigos com metais preciosos constantes
dos lotes apresentados para ensaio, ou pela marcao incorreta desses artigos pela
Contrastaria, por esse motivo;
c) Quaisquer vcios praticados sobre os artigos com metais preciosos aps a respetiva
marcao, com o comprovado conhecimento do titular do puno de
responsabilidade;
d) Colocao no mercado de artigos com metais preciosos dispensados de marcao
pela Contrastaria, contendo apenas a marca de responsabilidade do seu titular.
2 - Constitui contraordenao muito grave:
a) A aposio de marca de responsabilidade falsa em artigo com metal precioso;
b) A exposio e venda ao pblico de artigos com metal precioso com marca de
responsabilidade falsa.
3 - Constitui contraordenao grave a violao do disposto nas alneas a), b) ou c) do n. 1.
Artigo 28.
Procedimento de aprovao do puno de responsabilidade
1 - O procedimento para aprovao do puno de responsabilidade inicia-se com a
apresentao no Balco do Empreendedor do desenho privativo do requerente, em formato
eletrnico, de acordo com os requisitos previstos no artigo 25..
2 - Com a apresentao do desenho privativo o requerente procede entrega no Balco do
Empreendedor dos seguintes elementos:
a) Identificao do requerente com meno do nome ou firma e da nacionalidade ou
estatuto de residncia;
b) Endereo da sede ou do domiclio fiscal, consoante se trate de pessoa coletiva ou de
empresrio em nome individual;
27
c) Cdigo da certido permanente ou declarao de incio de atividade, consoante se
trate de pessoa coletiva ou de empresrio em nome individual;
d) Certificado de registo criminal do requerente ou, tratando-se de pessoa coletiva, dos
respetivos administradores, diretores ou gerentes;
e) Declarao escrita, sob compromisso de honra, atestando que em relao ao
requerente ou, tratando-se de pessoa coletiva, aos respetivos administradores,
diretores ou gerentes no se verifica qualquer uma das circunstncias que
determinam a inidoneidade do operador econmico;
f) Indicao do local de exerccio da atividade no territrio nacional;
g) Dados de identificao civil, fiscal e criminal do responsvel tcnico de ensaiador-
fundidor qualificado nos termos do artigo 45., no caso de ser submetido a aprovao
o desenho de um puno de responsabilidade de um ensaiador- fundidor.
3 - O requerente pode ser dispensado da apresentao dos elementos indicados nas alneas
referidas no nmero anterior caso preste o seu consentimento para que a entidade
responsvel pelo procedimento possa, atravs da Plataforma de Interoperabilidade da
Administrao Pblica, proceder sua obteno.
4 - A Contrastaria dispe do prazo de 15 dias para aprovar o desenho, podendo solicitar
esclarecimentos adicionais ou um novo desenho, suspendendo-se o prazo at receo dos
esclarecimentos ou do novo desenho.
5 - Aprovado o desenho privativo, o requerente apresenta na Contrastaria um puno em
conformidade com o desenho aprovado nos termos do nmero anterior, e representado de
forma legvel, para efeito de registo do puno e de arquivo do respetivo smbolo.
6 - A Contrastaria dispe do prazo de 10 dias para confirmar se o puno de responsabilidade
a reproduo fiel e ntida do desenho aprovado nos termos dos nmeros anteriores.
7 - Aprovado o puno pela Contrastaria, o titular notificado para tomar posse do puno e
assinar o correspondente termo de responsabilidade pelo seu uso.
8 - No caso de o titular do puno de responsabilidade pretender exercer outra atividade que
exija tambm um puno de responsabilidade nos termos do artigo 26., pode requerer
Contrastaria a manuteno de um nico puno para o exerccio de ambas as atividades,
desde que entregue uma cpia certificada passada pela Autoridade Tributria e Aduaneira
(AT) do respetivo averbamento.
9 - Se o titular do puno de responsabilidade alterar a sua denominao social pode requerer
Contrastaria a manuteno do mesmo puno de responsabilidade, desde que o faa nos
28
cinco dias seguintes, mediante entrega de cpia certificada da alterao da sua
denominao social.
10 - Os factos indicados nos nmeros anteriores so averbados no registo de atividade.
11 - A aprovao do puno de responsabilidade confere ao seu titular o direito
correspondente utilizao nos termos do RJOC.
12 - A Contrastaria deve organizar e manter atualizado o arquivo dos smbolos das marcas dos
punes de responsabilidade.
13 - Constitui contraordenao muito grave a utilizao de puno de responsabilidade que no
se encontre aprovado nos termos do disposto no presente artigo.
14 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos n.s 8 ou 9.
Artigo 29.
Integrao no procedimento aplicvel ao exerccio da atividade
O procedimento de aprovao do puno de industrial de ourivesaria e do puno de
ensaiador-fundidor independente dos procedimentos administrativos aplicveis ao exerccio
da atividade industrial nos termos do Sistema de Indstria Responsvel, aprovado pelo
Decreto-Lei n. 169/2012, de 1 de agosto, alterado pelos Decretos-Leis n.s 165/2014, de 5 de
novembro, e 73/2015, de 11 de maio, e a respetiva tramitao decorre previamente ao
procedimento previsto no referido diploma no Balco do Empreendedor, nos termos do artigo
103. do presente RJOC.
Artigo 30.
Idoneidade
1 - As atividades identificadas no n. 1 do artigo 41., bem como a profisso de responsvel
tcnico de ensaiador-fundidor e a de avaliador de artigos com metais preciosos e de
materiais gemolgicos s podem ser exercidas por operadores econmicos considerados
idneos.
2 - Para efeitos do disposto no nmero anterior, entende-se que determina a inidoneidade do
operador econmico a verificao de alguma das seguintes circunstncias:
a) Ter sido declarado insolvente por deciso judicial nos ltimos cinco anos, encontrar-
se em fase de liquidao, dissoluo ou cessao de atividade, sujeito a qualquer
meio preventivo de liquidao de patrimnios ou em qualquer situao anloga, ou
que tenha o respetivo processo pendente, salvo quando se encontrar abrangido por
29
um plano especial de recuperao de empresas ao abrigo da legislao em vigor;
b) Ter sido condenado, em Portugal ou no estrangeiro, com trnsito em julgado, pela
prtica de um dos seguintes crimes, desde que punveis com pena de priso superior
a seis meses:
i) Crimes contra o patrimnio;
ii) Crime de trfico de metais preciosos ou de gemas;
iii) Crime de associao criminosa;
iv) Crime de trfico de estupefacientes;
v) Crime de branqueamento de capitais;
vi) Crime de corrupo;
vii) Crimes de falsificao;
viii) Crime de trfico de influncia;
ix) Crimes tributrios ou aduaneiros previstos no Regime Geral das Infraes
Tributrias (RGIT), aprovado pela Lei n. 15/2001, de 5 de junho;
x) Burla;
xi) Fraude na obteno de puno de contrastaria ou puno de
responsabilidade;
xii) Contrafao ou imitao e uso ilegal de marca de contrastaria.
3 - Determina ainda a inidoneidade do operador econmico a verificao de alguma das
circunstncias elencadas no nmero anterior relativamente aos seus administradores,
diretores ou gerentes.
4 - As condenaes a que se refere a alnea b) do n. 2 deixam de ser relevantes para os efeitos
previstos nesse nmero e no n. 3 a partir da data do cancelamento definitivo da sua
inscrio no registo criminal.
5 - A falta superveniente do requisito de idoneidade determina a caducidade da licena do
operador para o exerccio da atividade reportada data da verificao da circunstncia que
determina a inidoneidade.
Artigo 31.
Renovao do puno de responsabilidade
1 - O titular de um puno de responsabilidade aprovado nos termos do artigo 28. mantm o
direito de uso durante 10 anos, findos os quais deve renovar o puno.
30
2 - O pedido de renovao do puno instrudo mediante a apresentao de uma declarao escrita, confirmando que se mantm todos os requisitos e condies que, nos termos do
artigo 28., permitiram a aprovao do puno, a que se deve juntar a declarao
empresarial simplificada, quando a mesma seja exigida, modelo 22 ou modelo 3 da AT,
consoante a natureza jurdica do operador econmico, relativos ao ano anterior ou certido
da AT comprovativa do exerccio da atividade.
3 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto no n. 1, sem prejuzo da
aplicao do artigo 35..
SUBSECO II
Vicissitudes do puno de responsabilidade
Artigo 32.
Cessao voluntria de atividade
1 - No caso de cessao voluntria da atividade junto da Contrastaria, o titular de um puno
de responsabilidade pode solicitar Contrastaria a manuteno do registo do puno
aprovado, pelo prazo mximo de cinco anos, desde que prove no ter qualquer dvida para
com o Estado, de qualquer natureza.
2 - A faculdade a que se refere o nmero anterior apenas pode ser exercida se o titular
interessado efetuar o depsito do puno e da correspondente matriz na Contrastaria,
conjuntamente com a comunicao da cessao voluntria da atividade.
3 - Se, no decurso do perodo indicado no n. 1, o titular do puno retomar a atividade, pode
efetuar a renovao da autorizao de utilizao do puno junto da Contrastaria nos
termos do RJOC, sendo-lhe restitudos o puno e a matriz.
4 - Findo o prazo indicado no n. 1 sem que o titular do puno retome a atividade, o puno e
a matriz so inutilizados pela Contrastaria nos termos do artigo 37., com a presena
facultativa do titular.
Artigo 33.
Morte ou dissoluo do titular do puno
1 - No caso de morte da pessoa singular ou de dissoluo da pessoa coletiva titular de um
puno de responsabilidade registado, os herdeiros ou os responsveis legais devem, no
31
prazo mximo de 60 dias, devolver o puno e a correspondente matriz Contrastaria para
se proceder sua inutilizao, nos termos do artigo 37..
2 - Constitui contraordenao grave a violao do dever de devoluo no prazo fixado no
nmero anterior.
3 - Constitui contraordenao muito grave o uso do puno em violao do disposto no n. 1,
sem prejuzo do disposto no artigo seguinte.
Artigo 34.
Transferncia do puno aos herdeiros
1 - No prazo de 60 dias a contar da morte do titular do puno, qualquer um dos herdeiros,
devidamente habilitado e desde que com o consentimento dos demais, pode requerer
Contrastaria:
a) A transferncia, a seu favor, do direito de utilizao do puno;
b) A posse a ttulo precrio do puno e da matriz e a prorrogao do prazo at 150 dias
para prova da aquisio do direito de utilizao do puno por morte do anterior
titular.
2 - O direito transferncia da utilizao do puno indivisvel, podendo ser exercido por
todos ou por alguns dos sucessores, quando regularmente associados.
3 - A posse de um puno a ttulo precrio no pode exceder 150 dias, salvo se a Contrastaria
autorizar a prorrogao do prazo, mediante pedido fundamentado do detentor do puno
para prova do direito a que se refere a alnea b) do n. 1, com o mximo de trs
prorrogaes e at 420 dias no total.
4 - Constitui contraordenao leve a violao do disposto nos n.s 1 ou 2 e na primeira parte
do n. 3.
5 - Constitui contraordenao muito grave o uso do puno para alm do prazo mximo de
prorrogao admitido na parte final do n. 3.
Artigo 35.
Cancelamento do direito de utilizao do puno de responsabilidade
1 - O direito de utilizao do puno de responsabilidade cancelado pela Contrastaria nas
seguintes situaes:
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a) Se o titular do puno de responsabilidade no solicitar a renovao, nos termos do
artigo 31.;
b) Se o titular do puno de responsabilidade no proceder devoluo do mesmo
Contrastaria no caso de cessao da atividade no territrio nacional;
c) Se o detentor no solicitar a manuteno da posse precria do puno de
responsabilidade no prazo previsto no n. 3 do artigo anterior.
2 - Para efeito do disposto na alnea b) do nmero anterior, quando a Contrastaria tiver
conhecimento de que o titular do puno suspendeu ou cessou a atividade, voluntria ou
coercivamente no territrio nacional, notifica-o por meio de carta registada com aviso de
receo para que proceda devoluo do puno e da matriz respetiva no prazo mximo de
30 dias.
3 - Se o aviso de receo no for devolvido ou se o puno e a matriz no forem entregues
Contrastaria no prazo fixado no nmero anterior, a Contrastaria notifica a entidade
fiscalizadora competente para promover coercivamente a recuperao do puno e da
matriz.
4 - Os punes e as matrizes recuperados nos termos do nmero anterior so inutilizados de
acordo com o disposto no artigo 37..
5 - Constitui contraordenao grave a no devoluo do puno e ou da matriz Contrastaria,
em violao do disposto nos n.s 2 ou 3.
Artigo 36.
Fabrico e reforma do puno de responsabilidade
1 - O fabrico das matrizes e dos punes de responsabilidade pode ser efetuado pela INCM
mediante solicitao do titular ou de outra entidade legitimada para o efeito nos termos
legais.
2 - A reforma do puno de responsabilidade consiste na remarcao do desenho do puno
com base na respetiva matriz e deve ser assegurada pelo seu titular ou por quem este
indicar nos 10 dias seguintes comunicao da Contrastaria de que se encontra pouco
legvel.
3 - Qualquer titular de um puno de responsabilidade pode solicitar INCM que execute a
reforma deste, entregando para o efeito a respetiva matriz.
33
Artigo 37.
Inutilizao do puno e da matriz
1 - A inutilizao do puno e da matriz efetuada na Contrastaria e na presena do titular se
este o solicitar.
2 - Na situao prevista no n. 4 do artigo 32., o puno e a matriz entregues Contrastaria
so de imediato destrudos.
3 - Da inutilizao ou da destruio de qualquer puno e respetiva matriz lavrado o
competente auto de destruio.
SECO IV
Outras marcas
Artigo 38.
Direito ao uso de marca comercial
1 - Nos artigos com metal precioso permitida a aposio, por meio de marcao, gravura ou
por qualquer outro processo, de marca comercial pertencente aos titulares ou legtimos
detentores de puno de responsabilidade.
2 - , ainda, permitida aos industriais e artistas de ourivesaria a aposio, por meio de
marcao, gravura ou por qualquer outro processo, de marcas comerciais pertencentes a
terceiros, desde que devidamente mandatados para o efeito.
3 - Constitui contraordenao grave a utilizao de marcas comerciais em artigos com metal
precioso em violao do disposto nos nmeros anteriores.
Artigo 39.
Requisitos das marcas comerciais
1 - As marcas comerciais devem ser apostas em local separado da marca de responsabilidade
de modo a permitir a aplicao da marca de contrastaria.
2 - As marcas comerciais no podem em caso algum ser confundveis com as marcas de
contrastaria e com as marcas de responsabilidade, nem incluir qualquer indicao relativa
ao toque do metal.
3 - Cada artigo com metal precioso s pode ter aposta uma marca comercial.
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4 - Constitui contraordenao grave a violao do disposto nos nmeros anteriores.
Artigo 40.
Outras marcas
1 - Nos artigos com metal precioso permitida a aposio de outras marcas desde que no
sejam suscetveis de confuso com qualquer outra marca prevista no RJOC.
2 - Nos artigos com metal precioso vedada a aposio de qualquer outra marca indicativa de
um toque diferente do representado pela marca de contrastaria ou pela marca de toque,
quando aquela no inclua o toque.
3 - Se se verificar a situao indicada no nmero anterior, compete Contrastaria eliminar a
marca de toque, sem prejuzo da aplicao das sanes a que haja lugar.
4 - Constitui contraordenao grave a violao do disposto nos n.s 1 ou 2.
CAPTULO IV
Operadores econmicos
SECO I
Obrigaes dos operadores econmicos
Artigo 41.
Licena de atividade
1 - A licena de atividade dos operadores econmicos do setor da ourivesaria confere ao
titular a faculdade de exerccio da respetiva atividade, a saber:
a) Armazenista de ourivesaria: adquire artigos com metal precioso a industriais,
armazenistas ou corretores de ourivesaria, no mercado comunitrio para os fornecer a
outros operadores e exporta e vende a outros operadores econmicos;
b) Artista de joalharia: desenha e produz artigos com metal precioso, em oficina
adequada, utilizando meios artesanais, e exporta ou vende esses artigos, incluindo a
joalharia de autor, que se traduz na produo de peas de edio limitada ou nica,
constitudas por materiais no metlicos e metais preciosos e ou comuns;
Percebe-se o que quis alcanar esta lei com este artigo, mas no deixa de ser curioso
35
pensar no que isso de joalharia de autor, a outra nasce de gerao espontnea? E
meios artesanais, e oficina adequada, e qual o parmetro para edio limitada?
c) Casa de penhores: expe e vende diretamente ao pblico artigos com metal
precioso e moedas de metais preciosos provenientes dos penhores;
d) Corretor de ourivesaria: adquire artigos com metal precioso, a industriais ou
armazenistas de ourivesaria para os vender ou promover a respetiva venda a firmas
registadas no RJOC;
e) Ensaiador-fundidor: afina, funde e ensaia barras ou lminas de metais preciosos,
em oficina e laboratrios autorizados nos termos legais;
f) Importador de artigos com metais preciosos: importa artigos com metais preciosos
de pases terceiros para os fornecer a outros operadores econmicos;
g) Industrial de ourivesaria: produz artigos com metal precioso em fbrica ou oficina
prpria, instalada e equipada nos termos legais, e vende ou exporta esses artigos;
h) Retalhista de ourivesaria com estabelecimento:
i) Importa ou adquire para exposio e venda ao pblico no seu estabelecimento
artigos com metal precioso, relgios e moedas de metal precioso;
ii) Vende artefactos revestidos ou chapeados, bem como cristais, acessrios de
moda, artigos militares, papelaria, artesanato, entre outros;
iii) Vende artefactos de ourivesaria de interesse especial;
iv) Vende artefactos de filigrana, ou artefactos reconhecidos e certificados como
de ourivesaria tradicional;
O que isso de certificado de ourivesaria tradicional, pensava que j tinham
aprendido com os disparates do passado, seria bom no voltar a ver montras
com peas produzidas em sria na China como se fossem artesanato portugus,
devidamente certificado, j bastam as pseudo-filigranas feitas em fundio
por cera-perdida, a partir de moldes de cera injectados em borracha ou nas j
to espalhadas impressoras 3D.
i) Retalhista de ourivesaria sem estabelecimento: exerce o comrcio dos artigos
referidos na alnea anterior distncia, ao domiclio, em feiras e mercados ou em
locais fora dos estabelecimentos comerciais;
j) Retalhista de compra e venda de artigos com metal precioso usado: exerce a ttulo
principal ou secundrio a atividade de compra e venda, diretamente a particulares, de
artigos com metal precioso usado, bem como a venda dos subprodutos resultantes da
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fundio dos artigos com metais preciosos, em estabelecimento aberto ao pblico.
2 - A cada uma das atividades indicadas no nmero anterior corresponde uma licena, bem
como para cada estabelecimento ou equivalente onde seja exercida a atividade.
3 - A licena de ensaiador-fundidor de metais preciosos a que se refere a alnea e) do n. 1
pode ser obtida por pessoas individuais ou coletivas e depende ainda da prvia verificao
cumulativa dos seguintes requisitos:
a) Assegurar o responsvel tcnico, nos termos do artigo 45.;
b) Ser titular de um puno de responsabilidade, nos termos do artigo 26.;
c) Possuir instalaes adequadas e equipadas com a aparelhagem indispensvel
afinao, fundio e execuo dos ensaios, bem como os punes indicativos das
espcies de metais preciosos e punes para marcar os toques das barras ou lminas
que ensaiar, em algarismos rabes.
4 - A licena de retalhista de compra e venda de artigos com metal precioso usado e a licena
de casa de penhores dependem ainda da declarao do operador econmico, sob
compromisso de honra, de que est assegurado o acompanhamento dirio da atividade de
compra e venda de artigos de metais preciosos usados por um avaliador de artigos com
metais preciosos e de materiais gemolgicos, qualificado nos termos do artigo 45., sem
necessidade de permanncia no local de venda.
Como as Contrastarias se tornaram numa fbrica de avaliadores, havia que arranjar algum
espao na lei para que o dinheiro continue a pingar nos cofres da Casa da Moeda ( e dos
professores), assim temos que todas as casas de penhor e todos os retalhistas que compram
e vendem artigo usado tm que ter acompanhamento dirio de um avaliador, que deixou
de ser oficial para se tornar acompanhante dirio, com o absurdo de no ter que
permanecer no local, avalia por smartphone, tablet ou computador, ou ento tem que estar
ligado rede de cmaras ditas de segurana que passaram a ser obrigatrias. Teremos
ento um avaliador/voyeurista, sentado no sof com pacote de pipocas na mo e a avaliar o
que v no ecr! Ou tambm vlida uma simples chamada de voz?
5 - O operador econmico proveniente de outro Estado membro da Unio Europeia ou do
Espao Econmico Europeu que pretenda comercializar artigos de metal precioso em
territrio nacional de forma ocasional e espordica, em regime de livre prestao de
servios, est isento de licena, desde que comprove estar legalmente estabelecido nesse
Estado membro, devendo para o efeito ser portador do documento comprovativo desta
situao.
37
6 - proibido o exerccio das atividades indicadas no n. 1 sem a correspondente licena.
7 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto no n. 2, nas alneas a), b) ou
c) do n. 3 e nos n.s 4, 5 ou 6.
Artigo 42.
Procedimento de obteno da licena de atividade
1 - O pedido de licena de atividade apresentado no Balco do Empreendedor, dirigido ao
chefe da Contrastaria, acompanhado dos seguintes elementos, quando os mesmos no
tenham j sido presentes para efeitos de aprovao do puno de responsabilidade, nos
termos do artigo 28.:
a) O nome ou firma do titular;
b) O respetivo nmero de identificao fiscal (NIF) e domiclio fiscal;
c) O endereo de todos os estabelecimentos ou locais onde seja exercida a atividade,
bem como dos armazns;
d) A modalidade de atividade a exercer e a Classificao das Atividades Econmicas
Portuguesas (CAE) respetiva;
e) A data de incio de atividade ou de abertura ao pblico de cada estabelecimento;
f) A rea ou a superfcie de venda do espao, local ou estabelecimento comercial;
g) Certido do ato ou contrato que confirma a posse ou legtima ocupao do local
onde se prev o exerccio da atividade;
h) Comprovativo da aprovao do puno de responsabilidade, quando aplicvel;
i) Termo de responsabilidade do avaliador de artigos com metais preciosos e de
materiais gemolgicos que garante acompanhamento do estabelecimento, no caso
previsto no n. 4 do artigo 41..
2 - A deciso notificada ao interessado no prazo de 30 dias, dispensando-se a audincia
prvia no caso de deferimento do pedido.
3 - A concesso da licena de atividade depende do pagamento da correspondente taxa, a fixar
por portaria do membro do Governo responsvel pela rea das finanas.
4 - A Contrastaria procede ao envio ao interessado, atravs do Balco do Empreendedor, do
Documento de Identificao de Licena de Atividade, ou pode o titular proceder ao seu
levantamento na Contrastaria aps o pagamento da taxa a que se refere o nmero anterior.
5 - No caso de Licena na hora a respetiva taxa deve ser liquidada de imediato, sendo o seu
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montante fixado na portaria referida no n. 3.
6 - O procedimento de obteno da licena de atividade previsto no presente artigo decorre
previamente ao procedimento aplicvel ao exerccio da atividade industrial ao abrigo do
Sistema de Indstria Responsvel, aprovado pelo Decreto-Lei n. 169/2012, de 1 de agosto,
alterado pelos Decretos-Leis n.s 165/2014, de 5 de novembro, e 73/2015, de 11 de maio,
sem prejuzo do disposto no nmero seguinte.
7 - Tratando-se de estabelecimento industrial de tipo 2 ou 1, o industrial pode optar pela
obteno de licena da atividade a que se refere o presente artigo no quadro dos
procedimentos previstos no Sistema de Indstria Responsvel, aprovado pelo Decreto-Lei
n. 169/2012, de 1 de agosto, sendo, para o efeito, a Contrastaria territorialmente
competente considerada uma das entidades pblicas consultadas nos termos e para os
efeitos previstos no mesmo sistema.
8 - A licena de atividade concedida vlida pelo perodo de cinco anos, devendo ser
renovada findo esse perodo, sob pena de caducidade.
9 - A renovao da licena de atividade depende da verificao dos requisitos referidos no n.
1.
Artigo 43.
Alteraes e cancelamento da licena de atividade
1 - O titular da licena de atividade deve comunicar Contrastaria, atravs do Balco do
Empreendedor, qualquer alterao dos elementos constantes da mesma no prazo mximo
de 30 dias aps a sua ocorrncia.
2 - A licena de atividade oficiosamente cancelada pela Contrastaria nas seguintes situaes:
a) Cessao da atividade para efeitos fiscais;
b) Condenao por crime relacionado com a atividade exercida, por deciso transitada
em julgado;
c) Verificao de qualquer uma das situaes que determinam a inidoneidade do
operador econmico nos termos do artigo 30.;
d) Caducidade da licena.
3 - Para efeito do disposto na alnea a) do nmero anterior, a AT comunica oficiosamente s
Contrastarias a cessao de atividade dos operadores referidos no n. 1 do artigo 41..
4 - Nas situaes previstas no n. 2, o operador econmico fica obrigado a entregar na
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Contrastaria o puno de responsabilidade e a matriz no prazo mximo de 10 dias, a contar
da data de cessao de atividade para efeitos fiscais, da deciso condenatria ou da
notificao efetuada para o efeito.
5 - Constitui contraordenao leve a violao do disposto no n. 1.
6 - Constitui contraordenao muito grave a falta de devoluo do puno de
responsabilidade, e ou a falta de devoluo da matriz, em violao do disposto no n. 4,
sem prejuzo da aplicao do n. 3 do artigo 35..
Artigo 44.
Deveres do ensaiador-fundidor
1 - No mbito da sua atividade, o ensaiador-fundidor est obrigado a:
a) Marcar as barras ou lminas com o puno de responsabilidade e com os punes
indicativos da espcie de metal ou metais preciosos presentes e dos respetivos
toques;
b) Emitir um boletim de ensaio por cada barra ou lmina que fundir e ensaiar, com o
desenho do seu puno impresso, o nmero de registo do ensaio, o toque encontrado
e o peso da barra ou lmina;
c) Comunicar Contrastaria e participar autoridade policial as suspeitas de que os
objetos ou os fragmentos de metal precioso entregues para fundir possuam valor
arqueolgico, histrico ou artstico, abstendo-se de proceder fundio desses
objetos;
d) Comunicar Contrastaria e participar autoridade policial as suspeitas de que os
objetos ou fragmentos de metal precioso entregues para fundir tm uma provenincia
delituosa, abstendo-se de proceder fundio desses objetos;
e) Exigir o comprovativo escrito de que o operador econmico cumpriu a obrigao
constante do n. 6 do artigo 66. tratando-se de fundir artigos com metais preciosos
usados.
2 - Na situao prevista nas alneas c) e d) do nmero anterior, o ensaiador-fundidor pode
entregar os objetos autoridade policial no momento da comunicao, lavrando-se o
competente auto policial.
3 - O ensaiador-fundidor responsvel pelos prejuzos resultantes da falta de homogeneidade
verificada nas barras ou lminas fundidas nas suas instalaes, bem como pelos erros
cometidos nos ensaios que efetuar.
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4 - O ensaiador-fundidor tem a obrigao de organizar e manter diariamente atualizado o
registo eletrnico com a identificao das peas a ensaiar e ou fundir, tais como barras,
lminas ou outro tipo de artigos com metal precioso.
5 - O ensaiador-fundidor deve assegurar que o registo a que se refere o nmero anterior
sequencialmente numerado, e contm a data, o nome e a morada do apresentante, a espcie
do metal, o peso e os toques encontrados, as quantidades e pesos de peas fundidas, assim
como a identificao dos compradores, com o seu nome, morada e NIF e os dados a que se
refere a alnea e) do n. 1 sempre que aplicvel.
6 - O ensaiador-fundidor deve garantir que o registo eletrnico se encontra disponvel para o
chefe da Contrastaria, as autoridades policiais e a ASAE.
7 - Constitui contraordenao grave a violao de cada um dos deveres fixados nas alneas a),
b), c) ou e) do n. 1, bem como a violao do disposto nos n.s 3, 4, 5 ou 6.
SECO II
Requisitos de acesso e exerccio das atividades de responsvel tcnico de ensaiador-
fundidor de artigos com metais preciosos e de avaliador de artigos com metais preciosos
e de materiais gemolgicos
Artigo 45.
Ttulo profissional
1 - Podem obter o ttulo profissional para o exerccio da atividade de responsvel tcnico de
ensaiador-fundidor de artigos com metais preciosos os candidatos que cumulativamente:
a) Renam condies de idoneidade, nos termos do artigo 52.;
b) Obtenham aprovao em exame, nos termos do artigo 48..
2 - Podem obter o ttulo profissional para o exerccio da atividade de avaliador de artigos com
metais preciosos e de materiais gemolgicos os candidatos que cumulativamente:
a) Renam condies de idoneidade, nos termos do artigo 52.;
b) Obtenham aprovao em exame, nos termos do artigo 48..
3 - O responsvel tcnico de ensaiador-fundidor e o avaliador de artigos com metais preciosos
e de materiais gemolgicos encontram-se obrigados ao sigilo profissional.
Sigilo esse que passa por terem que assentar o nome e morada de todas as pessoas que
recorrem aos seus serviosbem como a relao dos bens que possuem, a qual tm que
41
facultar a uma srie de entidades!!!
4 - A INCM a entidade competente para o procedimento de habilitao e emisso do ttulo
de responsvel tcnico de ensaiador-fundidor de artigos com metais preciosos e de
avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos, nos termos dos
artigos seguintes.
5 - Constitui contraordenao muito grave a violao do disposto nos nmeros anteriores.
Artigo 46.
Atividade de responsvel tcnico de ensaiador-fundidor de artigos com metais preciosos
A atividade de responsvel tcnico de ensaiador-fundidor, habilitado com o respetivo ttulo
profissional vlido, consiste em confirmar a certeza e assegurar o rigor tcnico do exerccio da
atividade econmica do ensaiador-fundidor, designadamente pelas seguintes funes:
a) Ensaiar os metais preciosos de acordo com os mtodos de ensaio definidos no RJOC;
b) Assinar o boletim de ensaio emitido por cada barra ou lmina que seja fundida e
ensaiada;
c) Assegurar a correta marcao das barras ou lminas com o puno de
responsabilidade e com os punes indicativos da espcie de metal ou metais
preciosos presentes e dos respetivos toques;
d) Fundir os metais preciosos de modo a garantir a homogeneidade;
e) Proceder afinao de metais preciosos.
Artigo 47.
Atividade de avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos
1 - A atividade de avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos,
habilitado com o respetivo ttulo profissional vlido, consiste, designadamente no exerccio
das seguintes funes:
a) Avaliar artigos com metais preciosos;
b) Avaliar materiais gemolgicos;
c) Conferir os artigos com metais preciosos, para efeito de iseno de direitos, que se
encontrem em regime de reimportao ou importao e exportao temporrias.
2 - O avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos est obrigado a
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observar as seguintes regras:
a) Emitir certides das avaliaes que efetuar;
b) Possuir a aparelhagem necessria ao exerccio da profisso;
O que isso de aparelhagem necessria, aquela que usada nos exames? Um
aparelho para distinguir diamantes naturais de sintticos custa mais de 20.000, que
tal um protocolo entre a Casa da Moeda e entidades pblicas ou privadas que
possuem esse tipo de instrumentao, por forma a que os avaliadores possam tirar
dvidas que na prtica equivalem a disparidades monetrias enormes?
c) Possuir um registo eletrnico das avaliaes realizadas, numerado sequencialmente,
do qual conste o nmero de ordem, a designao, a qualidade, a quantidade e o peso
dos objetos avaliados, a designao dos materiais gemolgicos, o nome e a morada
do apresentante, o valor arbitrado e a importncia cobrada pela avaliao;
Aqui est o tal sigilo!
d) Abster-se de avaliar barras de metal precioso que no estejam marcadas pela
Contrastaria ou organismo de ensaio e marcao independente reconhecido nos
termos do RJOC.
3 - O registo indicado na alnea c) do nmero anterior deve ser disponibilizado ao chefe da
Contrastaria, s autoridades policiais e ASAE, sempre que solicitado.
Depois l temos polcias a assaltar casas, etc, etc! Basta pesquisar no Google
4 - Os avaliadores de artigos com metais preciosos e de materiais gemolgicos so
responsveis perante os lesados pelos prejuzos resultantes dos erros cometidos nas
avaliaes que efetuem, bem como pelos prejuzos que resultem dos desvios s tolerncias
referidas no nmero seguinte.
5 - So admitidas as seguintes tolerncias nas avaliaes:
a) 1% do seu valor, para as barras;
b) 10%, para os artefactos desprovidos de materiais gemolgicos;
c) 20%, para os materiais gemolgicos ou para o conjunto dos artefactos que os
contenham incrustados.
Eis um ponto em que j uma tradio legislar coisas absurda
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