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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MJ - DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARANÁ DRCOR - DELEGACIA REGIONAL DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO
1
RELATÓRIO DE ANÁLISE DE MATERIAL DOCUMENTAL Nº 95
Do: APF Luiz Carlos Milhomem
Ao: DPF Eduardo Mauat da Silva
Senhor Delegado,
Em atenção à solicitação de Vossa Senhoria, procedi ao exame
dos relatórios de análise de material apreendidos elaborados, até a
presente data, visando a busca de dados, no bojo da investigação
denominada Operação Lava Jato, acerca das empresas do GRUPO QUEIROZ
GALVÃO (CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO e GALVÃO ÓLEO E GÁS), suas
participações em consórcios que celebraram contratos com a PETROBRAS,
bem como os vínculos dessas organizações com as empresas controladas
por ALBERTO YOUSSEF.
Algumas das empresas do GRUPO QUEIROZ GALVÃO, conforme
consta nos autos da Operação Lava Jato, celebraram contratos vultosos
com a PETROBRAS, investigada por suspeita de abrigar em seus quadros
funcionários envolvidos com o desvio de recursos para enriquecimento
ilícito próprio e pagamento de despesas com campanhas eleitorais de
partidos políticos.
1. LICITAÇÕES E CONTRATOS CELEBRADOS COM A PETROBRAS
Primeiramente, pesquisou-se no sítio de acesso à informação
da PETROBRAS os contratos celebrados entre esta e as empresas em
epígrafe, entre os anos de 2005 a 2014.
Dessa forma, constatou-se que foram celebrados os contratos
abaixo:
CNPJ 33.412.792/0001-60 - CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO S A
Código UASG
Modalidade
Licitação Objeto Início do
prazo Fim do prazo Valor Status Aditiv
os
910816 -Petróleo Brasileiro S.A.
Inexigibilidade
DIQUES, RECUPERAÇÃO DE TALUDES DO PLATÔ DOS TANQUES RAT E BA 19/11/2013 21/11/2014 R$ 78.850.000,00 Ativo 5
926073 -REFINARIA ABREU E LIMA
Inexigibilidade
DIQUES, RECUPERAÇÃO DE TALUDES DO PLATÔ DOS TANQUES RAT E BA 19/11/2013 15/08/2014 R$ 78.850.000,00
Concluído 0
TOTAL R$ 157.700.000,00
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MJ - DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARANÁ DRCOR - DELEGACIA REGIONAL DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO
2
CNPJ 30.521.090/0001-27 - QUEIROZ GALVÃO OLEO E GAS S/A
Código UASG Modalidade
Licitação Objeto Início do
prazo Fim do prazo Valor Status Aditivos
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
LOCAÇÃO DE SONDA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ASSOCIADOS 27/11/2006 02/01/2011 R$ 25.083.650,40
Concluído 4
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
LOCAÇÃO DE SONDA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ASSOCIADOS 27/11/2006 02/01/2011 R$ 60.588.598,20
Concluído 4
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO - SONDA DE PERFURAÇÃO TERRESTRE - QG I 16/04/2008 13/04/2016 R$ 71.017.524,87 Ativo 8
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - SONDA DE PERFURAÇÃO QG VI 10/06/2008 07/06/2016 R$ 130.441.754,96 Ativo 5
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - SONDA DE PERFURAÇÃO QG VII - 5000M 11/06/2008 08/06/2016 R$ 108.106.290,62 Ativo 4
910816 -Petróleo Brasileiro S.A.
Inexigibilidade
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE PERFURAÇÃO - OLINDA STAR 02/08/2009 28/12/2015 R$ 193.365.089,68 Ativo 12
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
SERVIÇO DE PERFURAÇÃO MARÍTIMA - QUEIROZ GALVÃO 14/02/2010 11/02/2018 R$ 495.140.962,99 Ativo 12
910816 -Petróleo Brasileiro S.A.
Inexigibilidade
SERVIÇOS DE PERFURAÇÃO, AVALIAÇÃO, COMPLETAÇÃO SIMPLES E MÚL 14/04/2010 01/08/2014 R$ 20.053.975,20
Concluído 4
910816 -Petróleo Brasileiro S.A.
Inexigibilidade
LOCAÇÃO DE SONDA TERRESTRE DE PERFURAÇÃO HELITRANSPORTÁVEL E 14/04/2010 01/08/2014 R$ 47.786.997,10
Concluído 5
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Dispensa
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE PERFURAÇÃO, AVALIAÇÃO, COMPLETAÇÃO 03/01/2011 01/01/2016 R$ 46.067.099,83 Ativo 2
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS OPERAÇÃO QG SEM NOME (LA 2000 M) 02/04/2011 30/03/2018 R$ 706.864.880,00 Ativo 10
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DA UNIDADE SCORPION TBN. 11/07/2011 08/07/2017 R$ 176.649.672,42 Ativo 9
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DA DELBA V 19/09/2012 17/09/2018 R$ 162.588.330,84 Ativo 8
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DA DELBA VI. 20/11/2012 18/11/2018 R$ 162.588.330,84 Ativo 8
TOTAL R$ 2.406.343.157,95
Código UASG Modalidade
Licitação Objeto Início do
prazo Fim do prazo Valor Statu
s Aditivos
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Dispensa
LOCAÇÃO DE SONDA DE PERFURAÇÃO TERRESTRE 03/01/2011 01/01/2016 US$ 28309963,07 Ativo 3
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
LOCAÇÃO SONDA DE PERFURAÇÃO TERRESTRE HELI - QG III 16/04/2008 13/04/2016 US$ 52619188,00 Ativo 4
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
LOCAÇÃO SONDA DE PERFURAÇÃO TERRESTRE - QG VII - 5000M 11/06/2008 08/06/2016 US$ 56390474,55 Ativo 3
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
LOCAÇÃO SONDA TERRESTRE DE PERFURAÇÃO - QG VI - 6000M 10/06/2008 07/06/2016 US$ 68033418,70 Ativo 4
TOTAL
US$ 205353044,32
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MJ - DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARANÁ DRCOR - DELEGACIA REGIONAL DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO
3
CNPJ 30.521.090/0004-70 - QUEIROZ GALVÃO ÓLEO E GASS.A
Código UASG Modalidade
Licitação Objeto Início do
prazo Fim do prazo Valor Status Aditi vos
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS SONDA HELITRANSPORTÁVEL - Q.G.O.G 04/02/2011 02/02/2015 R$ 45.739.235,94 Ativo 3
910816 -Petróleo Brasileiro S.A.
Inexigibilidade
TERMO DE QUITAÇÃO - CONTRATO 2800.0020714.06.2 23/02/2012 23/03/2012 R$ 294.209,68
Concluído 0
910816 -Petróleo Brasileiro S.A.
Inexigibilidade
QUITAÇÃO DE SERVIÇOS CÂMARA REFERENTES AO CONTRATO 2600.0027 22/08/2012 20/09/2012 R$ 553.469,39
Concluído 0
TOTAL R$ 46.586.915,01
Código UASG Modalidade
Licitação Objeto Início do
prazo Fim do prazo Valor Status Aditi vos
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
LOCAÇÃO DE SONDA PERF. TERRESTRE HELITRANSP. 4.000M - Q.G.O. 04/02/2011 02/02/2015 US$ 27290800,00 Ativo 1
Pesquisou-se a participação dessas empresas em Consórcios
que celebraram contratos para a execução de obras e serviços na
PETROBRAS, entre os anos 2005 a 2014, constatando-se que a empresa sob
comento constituiu os consórcios:
Código UASG
Texto Modalidade Licitação
CNPJ / CPF Fornecedor Objeto
Início do prazo
Fim do prazo Valor
Status
Qtde Aditivos
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Dispensa
08.651.939/0001-28
CONSORCIO QUEIROZ GALVÃO - IESA
HDS - U-4500, U-4580 E OFF-SITES
05/03/2007
23/12/20
11
R$ 1.012.812.446,
85
Concluído 16
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
09.100.726/0001-70
CONSORCIO QUEIROZ GALVÃO - IESA PLA
INTERLIGAÇÕES DE PROCESSO E UTILIDADES ( OFF-SITES ) DAS UNI
05/11/2007
14/05/20
11
R$ 1.245.864.347,
30
Concluído 13
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
10.778.885/0001-08
CONSORCIO DEGREMONT-QUEIROZ GALVÃO
CONSTRUÇÃO E MONTAGEM DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE AGUA (ETA)
24/04/2009
30/11/20
12
R$ 256.075.801,44
Concluído 32
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Dispensa
12.493.046/0001-79
CONSORCIO QUEIROZ GALVÃO-IESA-GALVÃO
CONSTRUÇÃO DAS UNIDADES U-2500 E U-2600 E SUBESTAÇÕES SE2500
20/09/2010
31/12/20
16
R$ 1.422.304.519,
21 Ativo 10
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
18.986.655/0001-46
CONSORCIO QUEIROZ GALVÃO#GALVÃO#IESA#TEC
FORNECIMENTO DE BENS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS RELATIVOS ÀS UN
17/09/2013
02/06/20
16
R$ 640.500.000,00
Ativo 0
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Convite
19.152.575/0001-58 CONSORCIO QGIT
FORNECIMENTO DE BENS E EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE ENG.DAS UNID
07/10/2013
31/01/20
17
R$ 1.808.097.443,
07 Ativo 2
TOTAL
R$ 6.385.654.557,87
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SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARANÁ DRCOR - DELEGACIA REGIONAL DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO
4
Código UASG
Texto Modalidade Licitação
CNPJ / CPF Fornecedor Objeto
Início do
prazo
Fim do
prazo
Valor do Documento MD
Status
Qtde Aditiv
os
910816 -Petróleo Brasileiro S.A. Dispensa
08.651.939/0001-28
CONSORCIO QUEIROZ GALVÃO - IESA
HDS - U-4500, U-4580 E OFF-SITES
05/03/2007
23/12/2011
US$ 1155578,77
Concluído 15
Portanto, os valores dos contratos celebrados
individualmente entre as empresas do GRUPO QUEIROZ GALVÃO e a PETROBRAS
totalizaram R$ 2.610.630.072,96 (dois bilhões, seiscentos e dez
milhões, seiscentos e trinta mil, setenta e dois reais e noventa e
seis centavos) e US$ 232.643.844,32 (duzentos e trinta e dois milhões,
seiscentos e quarenta e três mil, oitocentos e quarenta e quatro
dólares e trinta e dois centavos de dólar).
Já os valores dos contratos celebrados entre os consórcios
dos quais as empresas do GRUPO QUEIROZ GALVÃO fez parte e a PETROBRAS
totalizam R$ 6.385.654.557,87 (seis bilhões, trezentos e oitenta e
cinco milhões) e US$ 1.155.578,77 (um milhão, cento e cinquenta e
cinco mil, quinhentos e setenta e oito dólares e setenta e sete
centavos de dólar).
Dessa forma, a soma dos contratos individuais com a dos
efetuados por meio de consórcio totalizam R$ 8.996.284.630,83
(dezesseis bilhões, seiscentos e vinte e sete milhões, duzentos e
noventa e quatro mil, oitocentos e quatorze reais e trinta e três
centavos) e US$ 233.799.423,09 (duzentos e trinta e três milhões,
setecentos e noventa e nove mil, quatrocentos e vinte e três reais e
nove centavos de dólar).
2. CITAÇÕES À FORMAÇÃO DE CARTEL PARA PARTICIPAR EM LICITAÇÕES E CONTRATOS NA PETROBRAS E ÀS EMPRESAS DO GRUPO QUEIROZ GALVÃO NOS
INTERROGATÓRIOS DA AÇÃO PENAL 5026212-82.2014.404.7000
Os interrogados PAULO ROBERTO COSTA e ALBERTO YOUSSEF foram
enfáticos ao afirmar que havia um cartel atuando nas obras e serviços
da PETROBRAS, que as empresas do GRUPO QUEIROZ GALVÃO participavam
deste cartel e que os contatos com a empresa eram realizados através
dos empresários ILDEFONSO COLARES, OTHON ZANOIDE e ERTON cujas
qualificações serão mencionadas mais adiante neste relatório.
No dia 08/10/2014, PAULO ROBERTO COSTA, Ex-Diretor de
Abastecimento da PETROBRAS afirmou à Justiça Federal:
Juiz Federal: - Sobre esquemas narrados aqui pelo Ministério Público,
de desvios de recursos da Petrobras, através dessas empresas, por ela
contratadas, o que o senhor pode me relatar?
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Interrogado: -Muito bem. Na realidade o que acontecia dentro da
Petrobras, principalmente mais a partir de 2006 pra frente, é um
processo de cartelização. O quê que significa isso? As grandes empresas
do Brasil, e são poucas grandes empresas que têm condição de fazer uma
refinaria, que tem condição de fazer uma plataforma, que tem condição
de fazer um navio de processo, que tem condição de fazer uma
hidrelétrica, como Belo Monte, Santo Antônio, e outras tantas lá no
norte do país, que tem condição de fazer uma usina como Angra 3, são
pouquíssimas. E essas empresas, não só no âmbito da Petrobras, mas no
âmbito de um modo geral, nas grandes obras do país, quer seja
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos, o Brasil fica restrito a
essas poucas empresas
..........
Interrogado: -E essa cartelização obviamente que resulta num delta
preço excedente, não é? Na área de petróleo e gás, essas empresas,
normalmente, entre os custos indiretos e o seu lucro, o chamado BDI,
elas normalmente colocam algo entre 10% a 20%, então, dependendo da
obra, do risco da obra, da... condição do projeto, então de 10% a 20%
pra esse, pra esse, esse BDI. O que acontecia especificamente nas
obras da Petrobras? Por hipótese, o BDI era 15%? Então se colocava,
normalmente, em média, em média, 3% a mais. E esses 3% eram alocados
a agentes políticos.
Juiz Federal: - Mas essa, para eu entender então, as empresas elas
previamente definiam então, elas tinham condições por esse acerto
prévio de definir a proposta de preço que elas iam apresentar?
Interrogado: -Sim.
...........
Juiz Federal: - O senhor mencionou que o senhor teria, fazia tratativas
com os diretores, presidentes dessas empresas diretamente, isso?
Interrogado: -Perfeito.
Juiz Federal: - E eles tinham conhecimento desse, dessa remuneração.
Interrogado: -Sim. Tinham.
Juiz Federal: - Por exemplo, da Camargo Corrêa, com quem o senhor
tratava?
Interrogado: -Camargo Corrêa, tratava-se com Eduardo Leite.
Juiz Federal: - A OAS também participava desse...?
Interrogado: -A OAS também participava.
Juiz Federal: - Com quem que o senhor tratava?
Interrogado: -Leo Pinheiro.
Juiz Federal: - A UTC?
Interrogado: -Ricardo Pessoa.
Juiz Federal: - Na Odebrecht?
Interrogado: -Rogério Araújo e Márcio Faria.
Juiz Federal: - Queiroz Galvão também participava?
Interrogado: -Ildefonso Colares, Queiroz Galvão participava. Ildefonso
Colares.
Juiz Federal: - Uma empresa consta como depositante em conta do senhor
Alberto Youssef, Toyo Setal...
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Interrogado: -Sim, Júlio Camargo. Toyo Setal também participava do
processo, cartelização.
Juiz Federal: - Galvão Engenharia também?
Interrogado: -Galvão Engenharia, Erton, participava.
.................
Nesse mesmo dia, 08/10/2014, ALBERTO YOUSSEF também afirmou
à Justiça Federal:
Juiz Federal: - Que outras empresas participavam desse mesmo esquema
junto a Petrobrás?
Interrogado: -Bom, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Correia, Odebrecht,
UTC, Jaraguá Equipamentos, Engesa, Tomé Engenharia, é....
Juiz Federal: - O senhor participou da negociação desses, desse acerto
financeiro?
Interrogado: -Eu participei de alguns. Participei de alguns.
...............
Juiz Federal: - A Queiroz Galvão o senhor também...?
Interrogado: - Tratei com o diretor, na época, de Óleo e Gás, Othon
Zanoide.
...............
Juiz Federal: - O senhor fez transferências de valores desse... vamos
dizer, desse esquema da Petrobrás pra contas controladas pro senhor
Leonardo Meirelles?
Interrogado: -Sim, fiz.
Juiz Federal: - Inclusive com remessa ao exterior dos valores?
Interrogado: -Não, eu, na verdade, recebi das empresas lá fora,
diretamente da conta do senhor Leonardo Meirelles. Eu nunca fiz uma
remessa daqui para uma conta do senhor Leonardo Meirelles.
Juiz Federal: - Deixa eu ver se eu entendi, a empresa depositava lá
fora e o senhor trazia aqui pra dentro, é isso?
Interrogado: - Exatamente, através do senhor Leonardo.
Juiz Federal: - Como é o que o senhor efetuava os pagamentos pro senhor
Paulo Roberto Costa?
Interrogado: - Eu mandava isso no Rio de Janeiro. A princípio eu
entregava, a pedido dele, para o senhor Genu, que repassava. Depois
eu passei a entregar pra o seu genro, Marcio, que ele me pedia.
Juiz Federal: - Mas o senhor fazia essas transferências eram bancarias
ou o senhor entregava em espécie?
Interrogado: -Sempre em espécie, Vossa Excelência.
Juiz Federal: - Essa movimentação da distribuição desses valores, a
partir da transferência pra MO Consultoria, normalmente era feito em
espécie ou era feito em transferências bancárias?
Interrogado: - Não, todas as transferências bancárias que tinha da MO
era pra obter reais vivos ou realmente pra fazer algum pagamento que
o próprio seu José pedia que eu fizesse, alguma coisa assim desse
tipo. Mas fora isso, era só pra obter reais vivos.
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Juiz Federal: - O senhor não fez depósitos em contas no exterior pro
senhor Paulo Roberto Costa?
Interrogado: -Não, nunca fiz, Vossa Excelência.
Juiz Federal: - Dos outros aqui, o senhor Leandro Meirelles, o senhor
Pedro Argese, o senhor Esdras, o senhor chegou a ter contato com eles?
Interrogado: - Conheci, mas na verdade eu tratava com o Leonardo.
Juiz Federal: - O senhor tratava esses assuntos com o senhor Leonardo,
ele tinha conhecimento da origem desses valores em contrato de
empreiteiras com a Petrobrás?
Interrogado: -Acredito que sim.
Juiz Federal: - Por que acredito que sim?
Interrogado: -Porque teve empresas dele que forneceu notas.
Juiz Federal: - Pra essas empreiteiras?
Interrogado: -Pra essas empreiteiras, pra uma delas no caso.
Juiz Federal: - Qual?
Interrogado: -Se eu não me engano, Queiroz Galvão.
............
Defesa de Marcio e Murilo: - Além dessa aproximação do trabalho
realizado pelo senhor, que deu causa à comissão recebida, aproximação
com a Camargo Correia? O senhor fez, para a Sanko, aproximação com
outras empresas que geraram contratos?
Interrogado: - Sim, fiz. Fiz com várias empresas, fiz com a Jaraguá,
fiz com a UTC, fiz com Consórcio CONEST, que era OAS-Odebrecht, fiz
com a Tomé Engenharia, fiz com a Queiroz Galvão, fiz com a Galvão
Engenharia. Na verdade eu apresentei a empresa Sanko pra várias
empreiteiras, não foi só pra Camargo Correia.
Defesa de Marcio e Murilo: - O senhor recebeu a comissão por esses
contratos também?
Interrogado: - Recebi também, está embutido ali.
3. RELATÓRIOS DE ANÁLISE DE MATERIAL APREENDIDO
3.1. RELATÓRIO DE ANÁLISE DE DOCUMENTOS Nº 44
Documento elaborado pelo APF WILIGTON GABRIEL PEREIRA, com
data de 05/11/2014, contendo análise preliminar dos materiais
arrecadados na Av. Santo Amaro, 298, conjunto 7, Itaim Bibi, São
Paulo/SP, tendo por alvo Arbor Consultoria e Assessoria Contábil.
Trechos do relatório:
Página 1:
III – Dos Termos de Declarações
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Antes de adentrarmos na análise dos contratos e notas fiscais emitidas pelas empresas RCI Software e Hardware Ltda; M.O. Consultoria Comercial e Laudos Estatísticos Ltda; Empreiteira Rigidez Ltda e GFD Investimentos Ltda, utilizaremos os Termos de Declarações prestados perante a autoridade policial, das pessoas abaixo qualificadas para demonstrar que tais empresas, foram utilizadas de forma ilícita, para a legalização de valores oriundos de negociatas, visto que as mesmas não possuíam capacidade operacional para a realização dos contratos assinados, na qualidade de contratada, com diversas empresas (OAS, Sehab, Mendes Junior, Consórcio Integradora URC, Consórcio Viário São Bernardo, Consócio Mendes Junior/MPE/SOG, MPE Montagens, Engevix, Consórcio RNEST, Consórcio CII, Galvão Engenharia, Coesa Engenharia, Arcoenge, Toshiba, EBCP, Setec (Setal), Empresa Brasileira de Engenharia, Paranasa, Metasa, RP Montagens, Jaraguá Equipamentos, Raktec, Neoris, Clude, Sanko Sider, Sanko Serviços, Unipar) cujo objeto era a prestação de serviços de consultoria e assessoria nas mais diversas áreas, entre elas empresarial, financeira, trabalhista, contábil, etc, os quais segundo os depoentes, salvo Marcio Andrade Bonilho, nunca foram prestados efetivamente.
Marcio Andrade Bonilho (empresário, sócio da Sanko Sider e
Sanko Serviços), ouvido em 17/03/2014. Meire Bonfim da Silva Poza (contadora, proprietária da Arbor
Consultoria e Assessoria Contábil), ouvida em 23/07/2014. Carlos Alberto Pereira da Costa (advogado, sócio da GFD
Investimentos e CSA Project), ouvido em 15/08/2014 e 31/10/2014. Waldomiro de Oliveira (aposentado, sócio da M.O. Consultoria e
procurador da RCI e Rigidez), ouvido em 01/10/2014. No termo de Meire, esta quando trata da empresa M.O., de
propriedade de Waldomiro de Oliveira, declara que lhe foi solicitado que a regularizasse, mas constatou que “a empresa não possuía atividade operacional e nem justificativa para a circulação do volume de dinheiro que de fato ocorria”, afirmando ainda que “o próprio Waldomiro emitia as notas em nome da MO”.
No tocante as notas emitidas pela GFD para a Sanko Serviços,
Meire “afirma terem sido emitidas a mando de ENIVALDO QUADRADO, sendo o contato junto a SANKO a pessoa de FABIANA ESTAIANO”, adiante volta a afirmar que para as notas fiscais emitidas pela GFD, M.O. e Rigidez para a Sanko Sider e Sanko Serviços “não havia uma prestação efetiva de serviços”, ocorrendo o mesmo com as notas fiscais emitidas para a Toshiba, Mendes Junior, Unipar, Engevix, MPE, Coesa, Galvão Engenharia e Setec.
Meire também atribui a Quadrado a emissão do documento fiscal
da GFD para a empresa EBCP. Mais adiante Meire confirma que as empresas RCI, M.O. e Rigidez
funcionam de forma idêntica “não possuindo atividade operacional”.
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Já com relação as notas destas empresas emitidas para a Construtora OAS Ltda e OAS S/A, afirma que este assunto era tratado “diretamente entre ALBERTO YOUSSEF e WALDOMIRO DE OLIVEIRA”. Aqui Meire complementa dizendo que os contratos entre a Construtora OAS Ltda e a Empreiteira Rigidez serviam apenas como “uma justificativa para as transferências financeiras”.
Da mesma forma, considera “apenas um documento fiscal formal
emitido a pedido de ENIVALDO” a nota fiscal da GFD para a Paranasa. No termo de Carlos Alberto (15/08/2014), este confirma “que
contratos e notas fiscais visando justificar o fluxo financeiro de ALBERTO YOUSSEF eram fornecidos por WALDOMIRO DE OLIVEIRA por meio das empresas MO CONSULTORIA e EMPREITEIRA RIGIDEZ”.
Calor também relatou que “os contratos de prestação de serviços
por parte da GFD, afirma que o primeiro teria sido por volta do ano de 2011 junto a empresa MENDES JUNIOR, ficando a cargo do declarante apenas a assinatura pela GFD, vez que o mesmo veio pronto da MENDES JUNIOR” e que “tinha ciência de que se tratava de um contrato “frio” eis que a GFD não tinha condições de prestar esse tipo de serviço, servindo apenas para justificar transferências financeiras”.
Também “recorda-se de terem sido feitos contratos entre a GFD e
as empresas MENDES JUNIOR, SANKO e ENGEVIX, também visando transferências financeiras, sem qualquer prestação de serviços”.
Já no termo de 31/10/2014, Carlos Alberto ao tratar da empresa
CSA Project, relatou que “os aportes também ocorriam com a emissão de notas fiscais de consultoria da CSA para diversas empresas, entre elas a Galvão Engenharia”, adiante, descreveu a motivação para tais emissões, dizendo que “estes valores eram relacionados a dívidas destas empresas com o próprio Janene, que utilizava a CSA para recebê-las” e que “posteriormente, estes valores eram repassados para a IMV através de contratos de mútuos diretamente com o declarante na tentativa de desvincular a CSA da IMV”
O declarante Carlos Alberto ao citar os nomes “Janene” e “IMV” se
refere a José Mohamad Janene, falecido em 14/09/2010 e a empresa IMV – Indústria de Metais do Vale Ltda.
Ressalto, porém, que nos diversos documentos apreendidos, não
foram encontradas notas fiscais emitidas pela empresa CSA, as quais podem ter sido retiradas ou extraviadas anteriormente ao mandados de busca e apreensão, restando porém a possibilidade, na questão da empresa Galvão Engenharia, que tais notas tenha sido objeto de sua escrituração contábil, para fazer frente a saída de numerário.
No termo de Waldomiro de Oliveira, este afirma que “passou a
operar essas três empresas, MO CONSULTORIA, RCI e RIGIDEZ, a mando de ALBERTO YOUSSEF, como se este fosse proprietário das mesmas, pois o
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declarante “obedecia as ordens dele””, bem como sabia “que as três empresas eram de fachada, que, de fato não desempenhavam as atividades que formalmente constavam em seus contratos sociais”.
Não bastasse a confissão de que as empresas eram somente
formais, Waldomiro ainda declara que recebia comissão pela emissão da nota fiscal, como podemos observar “era retido 1% do valor depositado pela empresa destinatária da nota fiscal, sendo que o valor correspondente era dividido entre o declarante, “TONINHO” e ALBERTO YOUSSEF”.
Waldomiro ainda indica o caminho seguido para a emissão de nota
fiscal pelas empresas RCI, M.O. e Rigidez, relatando que Alberto Youssef elabora os contratos em destas empresas, colhendo sua assinatura, como sócio na M.O. e procurador da RCI e Rigidez, posteriormente, no mesmo dia ou no seguinte, as quais a assinatura do contrato, autorizava-o verbalmente a emitir as respectivas notas fiscais, as quais eram emitidas por via eletrônica por Toninho.
Que se recorda de ter assinado contratos com as empresas Sanko
Sider; Jaraguá; Construtora OAS Ltda; OAS Engenharia e Participações S/A; OAS S/A; Consórcio Sehab; Consórcio RNEST O.C. Edificações; Arcoenge; Consórcio CII Ipojuca; Sanko Serviços; Mendes Junior; Consórcio Integradora URC; MPE Montagens; Coesa Engenharia; Galvão Engenharia; Setec; Raktec; Sanko Serviços e Sanko Sider, tendo a particularidade com a Sanko de que Waldomiro levou o contrato em mão para que Marcio Bonilho o assinasse. Waldomiro também reconhece de forma contundente que “embora tenham sido assinados tais contratos, não prestaram efetivamente qualquer dos serviços ou objetos que constam das cláusulas contratuais” acreditando que “se tratam todos de contratos simulados, isto é, fraudados”.
Esta afirmação feita por Waldomiro de que não houve a prestação
dos serviços contratados põe em cheque a declaração de Márcio Andrade Bonilho, o qual afirma que todos os serviços que a Sanko contratou com a M.O. foram efetivamente prestados, como podemos ver no seu termo de declarações.
.....................
3.2. RELATÓRIO DE ANÁLISE DE DOCUMENTOS Nº 43
Documento elaborado pelo APF WILIGTON GABRIEL PEREIRA, com
data de 08/10/2014, contendo análise preliminar dos materiais
arrecadados na Av. Santo Amaro, 298, conjunto 7, Itaim Bibi, São
Paulo/SP, tendo por alvo Arbor Consultoria e Assessoria Contábil.
Trechos do relatório:
Página 4:
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IV – Do material analisado: Iniciaremos a análise tomando por escopo as Notas Fiscais
emitidas pelas empresas M.O. Consultoria Comercial e Laudos Estatísticos Ltda e Empreiteira Rigidez Ltda, tendo como tomador dos serviços Consórcio CII Ipojuca Interligações, tendo por sócios IESA e Queiroz Galvão, confrontando-as com os contratos de prestação de serviços elaborados para fazerem frente as mesmas e demais documentos que se mostrarem relevantes.
a) Consórcio CII – Consórcio Ipojuca Interligações – CNPJ 11.387.267/0001-08
Nº da Nota
Fiscal Folha
Tomador do Serviço
Prestador do Serviço
Data Emissão da
NF Referência/Obs. Contrato/Fls
Valor Total da NF
14 373
Consorcio CII –
Consorcio Ipojuca
Interligações
M.O. Consultoria Comercial e
Laudos Estatísticos
Ltda
23/11/2011
Serviços prestados consultoria conforme
contrato RM 11 – Itaú Ag. 8059
c/c 10338-5.
(Vide fls 372, 374 e 375)
(Vide fls 281 a 289)
R$ 386.000,00
Trata-se de empresa inscrita no CNPJ sob o nº 11.387.267/0001-08, com endereço na Rodovia PE 60, s/n, KM 13, Engenheiro Penderama – Suape, Ipojuca/PE.
A nota fiscal supracitada emitida em 23/11/2011 refere-se a
prestação de consultoria conforme contrato RM nº 11, entretanto, dentre o material apreendido não foi possível localizar qualquer contrato firmado entre as empresas M.O. e Consórcio CII.
Ocorre que durante a análise de outros documentos foi possível
identificar que a menção ao termo “RM” se refere a Relatório de Medição, desta forma analisando os documentos constantes das folhas 372 a 375 foi possível tecer as seguintes considerações.
O referido RM nº 11 não se encontra entre os documentos
apreendidos, mas foi utilizado para a emissão de duas notas fiscais com valor unitário de R$ 386.000,00 e com idêntica menção à prestação do serviço, contra a empresa Consórcio CII pelas empresas M.O. (NF 14 – 23/11/2011) e Empreiteira Rigidez (NF 07 – 21/11/2011 – fl 372).
Mais adiante, na folha 374 consta um e-mail (28/11/2011) de Luiz
Roberto Pereira, o qual consta como diretor da Engevix Engenharia S/A, tendo como destinatário m.o.consultoria@uol.com.br, na pessoa de Waldomiro, com cópia para Hilda Mathias Bittencourth. O texto dá indicações de como Waldomiro deve proceder para a emissão de nota fiscal da M.O. contra o Consórcio RNEST O. C. Edificações, informando que a mesma deve ter na “discriminação dos serviços o mesmo texto de sua NF 159, anteriormente emitida”.
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NI-CPF : 600.279.838-20 REGULAR INSCRICAO: 00/00/0000 NOME : LUIZ ROBERTO PEREIRA DT NASC: 08/02/1950 MAE : EVA SCHMIDT PEREIRA TIT. ELEITOR: 00.969.798.101-08 SEXO: M ESTRANGEIRO: N OBITO: ENDERECO: R DARDANELOS,411,AP 111 05468-010 ALTO DA LAPA,SAO PAULO DDD : 0011 TELEFONE: 35549329 CELULAR: COD.MUN.: 7107 SP RES.EXTERIOR: N DOMIC.ELETRONICO: N COD.UA : 0819600
Segue como anexo do e-mail, o arquivo contendo o RM nº 12 (fl
375), onde consta a descrição dos serviços prestados como sendo de consultoria, fazendo menção ao Subcontrato (fls 281 a 289) CEE 040/09 (Contrato Petrobrás nº 8500.0000037.09-2), tal RM encontra-se assinado por Emilio Brunoro Junior (Gerente Geral da Obra) e Jacson Carlos da Silveira (Gerente de Medição e Controle), sendo que o espaço destinado para a assinatura da contratada M.O. encontra-se em branco.
NI-CPF : 638.249.578-68 REGULAR INSCRICAO: 00/00/0000 NOME : EMILIO BRUNORO JUNIOR DT NASC: 23/02/1948 MAE : OLYMPIA M BRUNORO TIT. ELEITOR: 00.073.374.501-16 SEXO: M ESTRANGEIRO: N OBITO: ENDERECO: R CARLOS STEINEN,75,APTO 111 04004-010 PARAISO,SAO PAULO DDD : 0011 TELEFONE: 38842757 CELULAR: COD.MUN.: 7107 SP RES.EXTERIOR: N DOMIC.ELETRONICO: N COD.UA : 0819600 NI-CPF : 836.023.303-97 REGULAR INSCRICAO: 21/01/1998 NOME : JACSON CARLOS DA SILVEIRA DT NASC: 11/10/1980 MAE : MARIA MARLENE DA SILVEIRA LIMA TIT. ELEITOR: 00.500.267.707-10 SEXO: M ESTRANGEIRO: N OBITO: ENDERECO: R PATRICIO FLORENCIO,37,CASA 14 60822-355 CAMBEBA,FORTALEZA DDD : 0085 TELEFONE: 97198080 CELULAR: COD.MUN.: 1389 CE RES.EXTERIOR: N DOMIC.ELETRONICO: N COD.UA : 0310100
Esta NF 159 (fl 276) foi emitida em 10/09/2010, pela M.O. contra o
Consórcio RNEST, ou seja, aproximadamente 13 meses antes do envio do e-mail em tela, o texto de Luiz Roberto Pereira ainda diz para que a NF a ser emitida seja enviada juntamente com o RM nº 12 (fl 375) para a Engevix.
Esta NF 159 possui contrapartida no Subcontrato CEE 040/09 (fls
281 a 289), o qual possui por objeto a prestação de serviços de assessoria técnica, consultoria no desenvolvimento de negócios e suporte em processos de negociação cliente/empresa, para o empreendimento de implantação dos prédios administrativos da Refinaria do Nordeste Abreu e Lima (RNEST), o valor total do contrato é de R$ 5.790.000,00, a serem pagos em 15 parcelas de R$ 386.000,00, assim, para ser possível a verificação se outras empresas, além da contratada (M.O.), receberam parte deste valor, é necessário acesso ao controle de pagamentos dos consórcios CII e RNEST.
Temos ainda um contrato não numerado (fls 677 a 678) envolvendo
a Engevix Engenharia S/A e a M.O., não assinado por nenhuma das partes, mas, com valor, prazo de vigência e objeto idênticos ao do subcontrato CEE 040/09, bem como a data constante (01/10/2009) nos dois documentos são iguais, constando como cliente Consórcio O. C. Edificações, trata-se do
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Consórcio RNEST O. C. Edificações, no qual a Engevix foi incluída no quadro acionário em 23/03/2009.
Desta forma temos as empresas M.O. e Empreiteira Rigidez emitindo notas fiscais contra a empresa Consórcio CII e Consórcio RNEST, sempre no valor de R$ 386.000,00, para a obra localizada na Rodovia PE 60, alternando apenas o KM entre o 10 e o 13, sendo utilizado para as emissões contra o Consórcio CII, o RM nº 11 e para o Consórcio RNEST, o RM nº 12.
O quadro abaixo demonstra qual seria o valor líquido (descontando-
se os valores referentes aos tributos, cujo percentual é de 6,15% - IRRF 1,50%, PIS 0,65% e COFINS 3,00%, CSLL 1,00%) da nota fiscal 14, entretanto não foi localizado o depósito desta importância nos extratos analisados da M.O. Consultoria:
Nota Fiscal Vlr Bruto Vlr Tributos Vlr Líquido/ Depósito
Data Depósito Banco
14 R$ 386.000,00 R$ 23.739,00 R$ 362.261,00 - -
Abaixo estão os dados da empresa e de seu quadro societário
atual, bem como dos sócios já excluídos. CNPJ: 11.387.267/0001-08 (MATRIZ) CPF RESP.: 075.775.568-23 QUALIF.: ADMINISTRADOR N.E.: CONSORCIO CII - CONSORCIO IPOJUCA INTERLIGACOES NOME FANTASIA: DT ABERTURA: 26/11/2009(12/2009) DT PRIM. ESTAB.: 26/11/2009 SIT.CAD.CNPJ: ATIVA DATA DA SITUACAO : 26/11/2009(12/2009) PROC. INSCR. OFICIO: SIMEI: NAO END.: ROD PE 60 S/N KM 13 ENGENHO PENDERAMA BAIRRO : SUAPE MUNICIPIO: 2443 IPOJUCA UF : PE CEP : 55590-000 TELEFONE : 81-35210062 FAX : 81-34285566 ORGAO : 0410111 CNPJ: 11.387.267/0001-08 OPCAO DTE: NAO DATA PRIM. VINCULO: 26/11/2009 PORTE DA EMPRESA: DEMAIS CNAE: 4299-5-99 Outras obras de engenharia civil não especificadas anteriormente NIRE: 26500003191 NAT JUR: 215-1 CONSORCIO DE SOCIEDADES CNPJ ADMININISTRADOR: ORGAO ADUANEIRO - 0415100 Quadro Societário CPF 07.248.576/0001-11 IESA OLEO&GAS S/A SOCIEDADE CONS FONTE: QSA INCLUIDO: 26/11/2009 ULT. ALT: 03/10/2013 CPF 33.412.792/0001-60 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO S A SOCIEDADE CONS FONTE: QSA INCLUIDO: 26/11/2009 ULT. ALT: 03/10/2013 CPF 075.775.568-23 DIOGENES PEREIRA QUEIROZ ADMINISTRADOR FONTE: QSA INCLUIDO: 16/01/2012 Sócio Excluídos CPF 949.035.908-44 MATHEUS GUIMARAES ANTUNES ADMINISTRADOR QSA INC: 26/11/2009(12/2009) EXCLUIDO: 02/06/2010(08/2010) CNPJ 33.412.792/0003-22 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO S A SOCIEDADE CONS QSA INC: 26/11/2009(12/2009) EXCLUIDO: 26/11/2009(08/2010) CPF 389.654.708-97 NOBUO SATO
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ADMINISTRADOR QSA INC: 02/06/2010(08/2010) EXCLUIDO: 31/08/2010(09/2010) CPF 257.822.156-15 OLAVO CESAR SILVA ADMINISTRADOR QSA INC: 31/08/2010(09/2010) EXCLUIDO: 16/01/2012(01/2012)
b) Consórcio CII – Consórcio Ipojuca Interligações – CNPJ
11.387.267/0001-08
Nº da Nota
Fiscal Folha
Tomador do Serviço
Prestador do Serviço
Data Emissão
da NF
Referência/ Obs.
Contrato/ Fls Valor Total
da NF
07 372
Consorcio CII –
Consorcio Ipojuca
Interligações
Empreiteira Rigidez Ltda
21/11/2011
Serviços prestados de consultoria conforme
contrato RM 11.
R$
386.000,00
118 371
Consorcio CII –
Consorcio Ipojuca
Interligações
Empreiteira Rigidez Ltda
04/01/2011
Serviços prestados de consultoria cf contrato (CT CII 218/10) – Itaú Ag. 8059 c/c 10.450-8.
Contrato CII 218/10 (fls. 383 a 390)
Distrato (fls. 377 e 380) E-mail (fl. 369)
(Petrobrás contrato ICJ8500.0000065.10.2)
R$ 321.130,38
(Valor Liquido
é R$ 250.000,00)
110 370
Consorcio CII –
Consorcio Ipojuca
Interligações
Empreiteira Rigidez Ltda
01/12/2010
Serviços prestados de consultoria cf contrato (CT CII 218/10) – Itaú Ag. 8059 c/c 10.450-8.
Contrato CII 218/10 (fls. 383 a 390)
Distrato (fls. 377 e 380) E-mail (fl. 369)
(Petrobrás contrato ICJ8500.0000065.10.2)
NF Cancela-da e substituída pela NF
118 (fl. 371). E-mail (fl. 369)
R$ 250.000,00
Trata-se de empresa inscrita no CNPJ sob o nº 11.387.267/0001-08, com endereço na Rodovia PE 60, s/n, KM 13, Engenheiro Penderama – Suape, Ipojuca/PE.
As notas fiscais 110 e 118 referem-se ao contrato CII 0218/10,
datado de 01/09/2010, embora conste a qualificação dos representantes da empresa Consórcio CII, Olavo Cesar Silva e Tito Avelino Rangel e da Rigidez, Denisvaldo de Almeida, o presente contrato não se encontra assinado por nenhuma das partes envolvidas, somente o distrato (fls378 a 380) deste contrato foi assinado pelas partes, inclusive quem assina por Denisvaldo é Waldomiro de Oliveira.
O contrato possui o valor avençado de R$ 250.000,00 e prazo de
vigência de três meses a conta de 01/09/2010 e tem por objeto a “a prestação desserviços de gerenciamento da implantação do canteiro de obras a ser instalado na Refinaria RNEST”, inclusive este contrato se subordina às condições e obrigações estabelecidas no Contrato ICJ 8500.0000065.10.2, celebrado entre o Consórcio CII e a Petrobrás.
No que se refere a emissão das duas notas fiscais anteriormente
citadas, esclareço que a de número 110 foi cancelada e substituída pela de número 118, observo também que a cancelada fora emitida no valor estabelecido no contrato, ou seja, R$ 250.000,00, o que inclusive respeita a
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cláusula 2.3 (fl 384) no que tange estar incluso no preço avençado os tributos incidentes sobre a prestação de serviço.
Entretanto verificamos um e-mail, enviado em 03/01/2011 (fl 369),
por Wellington Mendonça (wellington.mendonca@consorcioipojuca.com.br) para Waldomiro (waldomiro@imperemetais.com.br) com cópia para Leandro Castilho Jardim, Eunice Jose da Silva, Tito Avelino Rangel e Katarina Senna. O teor do e-mail é uma solicitação para que Waldomiro cancele a nota fiscal 110 no valor de R$ 250.000,00 e emita uma nova nota fiscal no valor de R$ 321.130,38, a explicação para tal valor é que após as deduções dos tributos restará o valor líquido de R$ 250.000,00, valor referente ao avençado no contrato, entretanto ferindo sua cláusula 2.3 como dito anteriormente. Inclusive no próprio e-mail, Wellington pede para que Leonardo (não consta seu sobrenome) providencie o Boletim de Medição (BM) e para que Katarina (Senna) providencie o aditamento do contrato.
Existe ainda uma inscrição, manuscrita na folha do e-mail, aparenta ser “Angelu à parte”, não sendo possível encontrar outros dados que possam identificar com clareza tal expressão.
Mais adiante temos o Distrato (fls 378 a 380) do contrato datado de
01/12/2010, firmado entre o Consórcio CII e a Rigidez, neste distrato há ao contrato principal assinado em 01/09/2010 e seu aditivo, assinado em 03/01/2011, referência ao valor de R$ 321.130,38, o que coincide com o valor informado no e-mail (fl. 369) enviado por Welington Mendonça para Waldomiro. A única questão que não está conforme e que o distrato está com data de 01/12/2010, ou seja, esta tratando de assuntos posteriores a sua elaboração.
Ocorre que apesar de o distrato prever que “o contrato se encerra
com o seu valor total original de R$ 321.130,38, por não ter sido realizado nenhum serviço, objeto deste contrato. Diante disto, as partes renunciam a este valor e a qualquer outro direito remanescente, nem reclamar em juízo ou fora dele, seja a que título for”, houve emissão da nota fiscal 118 em 04/01/2011 no valor de R$ 321.130,38, ou seja em data posterior a ocorrência do distrato, e um dia após o e-mail de Welington.
Temos ainda a nota fiscal 07, de 21/11/2011, no valor de R$
386.000,00, trazendo a discriminação de serviços prestados de consultoria conforme contrato RM nº 11, sendo que RM significa Relatório de Medição, ocorre que tal discriminação também foi utilizada na emissão da nota fiscal 14, de 23/11/2011, pela empresa M.O. contra o Consórcio CII, com o mesmo valor.
Assim o referido RM nº 11, o qual não se encontra entre os
documentos apreendidos, foi utilizado para a emissão destas duas notas fiscais com valor unitário de R$ 386.000,00 e com idêntica menção à prestação do serviço, contra a empresa Consórcio CII pelas empresas Empreiteira Rigidez (NF 07 – 21/11/2011 – fl 372) e M.O. (NF 14 – 23/11/2011 – fl 276).
Mais adiante, na folha 374 consta um e-mail (28/11/2011) de Luiz
Roberto Pereira, o qual consta como diretor da Engevix Engenharia S/A, tendo
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MJ - DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
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como destinatário m.o.consultoria@uol.com.br, na pessoa de Waldomiro, com cópia para Hilda Mathias Bittencourth. O texto dá indicações de como Waldomiro deve proceder para a emissão de nota fiscal da M.O. contra o Consórcio RNEST O. C. Edificações, informando que a mesma deve ter na “discriminação dos serviços o mesmo texto de sua NF 159, anteriormente emitida”, desta forma teremos outra nota fiscal com o valor de R$ 386.000,00. NI-CPF : 600.279.838-20 REGULAR INSCRICAO: 00/00/0000 NOME : LUIZ ROBERTO PEREIRA DT NASC: 08/02/1950 MAE : EVA SCHMIDT PEREIRA TIT. ELEITOR: 00.969.798.101-08 SEXO: M ESTRANGEIRO: N OBITO: ENDERECO: R DARDANELOS,411,AP 111 05468-010 ALTO DA LAPA,SAO PAULO DDD : 0011 TELEFONE: 35549329 CELULAR: COD.MUN.: 7107 SP RES.EXTERIOR: N DOMIC.ELETRONICO: N COD.UA : 0819600
Segue como anexo do e-mail, o arquivo contendo o RM nº 12 (fl
375), onde consta a descrição dos serviços prestados como sendo de consultoria, fazendo menção ao Subcontrato CEE 040/09 (Contrato Petrobrás nº 8500.0000037.09-2), tal RM encontra-se assinado por Emilio Brunoro Junior (Gerente Geral da Obra) e Jacson Carlos da Silveira (Gerente de Medição e Controle), sendo que o espaço destinado para a assinatura da contratada M.O. encontra-se em branco. Inclusive este RM traz o controle dos pagamento efetuados para a empresa M.O., ou seja traz os pagamentos já realizados (R$ 3.474.000,00), o valor da parcela (R$ 386.000,00) e o saldo (R$ 1.930.000,00), considerados para o mês de novembro de 2011. NI-CPF : 638.249.578-68 REGULAR INSCRICAO: 00/00/0000 NOME : EMILIO BRUNORO JUNIOR DT NASC: 23/02/1948 MAE : OLYMPIA M BRUNORO TIT. ELEITOR: 00.073.374.501-16 SEXO: M ESTRANGEIRO: N OBITO: ENDERECO: R CARLOS STEINEN,75,APTO 111 04004-010 PARAISO,SAO PAULO DDD : 0011 TELEFONE: 38842757 CELULAR: COD.MUN.: 7107 SP RES.EXTERIOR: N DOMIC.ELETRONICO: N COD.UA : 0819600 NI-CPF : 836.023.303-97 REGULAR INSCRICAO: 21/01/1998 NOME : JACSON CARLOS DA SILVEIRA DT NASC: 11/10/1980 MAE : MARIA MARLENE DA SILVEIRA LIMA TIT. ELEITOR: 00.500.267.707-10 SEXO: M ESTRANGEIRO: N OBITO: ENDERECO: R PATRICIO FLORENCIO,37,CASA 14 60822-355 CAMBEBA,FORTALEZA DDD : 0085 TELEFONE: 97198080 CELULAR: COD.MUN.: 1389 CE RES.EXTERIOR: N DOMIC.ELETRONICO: N COD.UA : 0310100
Com relação a NF 159 (fl 276), esta foi emitida em 10/09/2010, pela
M.O. contra o Consórcio RNEST, ou seja, aproximadamente 13 meses antes do envio do e-mail em tela, o texto de Luiz Roberto Pereira ainda diz para que a NF a ser emitida seja enviada juntamente com o RM nº 12 (fl 375) para a Engevix.
Esta NF 159 possui contrapartida no Subcontrato CEE 040/09 (fls
281 a 289), o qual possui por objeto a prestação de serviços de assessoria técnica, consultoria no desenvolvimento de negócios e suporte em processos de negociação cliente/empresa, para o empreendimento de implantação dos
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prédios administrativos da Refinaria do Nordeste Abreu e Lima (RNEST), o valor total do contrato é de R$ 5.790.000,00, a serem pagos em 15 parcelas de R$ 386.000,00, assim, para ser possível a verificação se outras empresas, além da contratada (M.O.), receberam parte deste valor, é necessário acesso ao controle de pagamentos dos consórcios CII e RNEST.
Desta forma temos as empresas M.O. e Empreiteira Rigidez
emitindo notas fiscais contra a empresa Consórcio CII e Consórcio RNEST, sempre no valor de R$ 386.000,00, para a obra localizada na Rodovia PE 60, alternando apenas o KM entre o 10 e o 13, sendo utilizado para as emissões contra o Consórcio CII, o RM nº 11 e para o Consórcio RNEST, o RM nº 12.
Para melhor esclarecimento dos fatos narrados acima, será
necessário acesso aos documentos contábeis das empresas Consórcio CII e RNEST, visto que todas as transferências bancárias referentes ao Subcontrato CEE 040/09 foram realizadas para contas correntes de titularidade da M.O. Consultoria somente pelo Consórcio RNEST, não havendo nenhum pagamento identificado nos extratos analisados por parte do Consórcio CII.
O pagamento da nota fiscal 118 foi realizado por transferência
eletrônica para a conta corrente 104508, agência 8059, Banco Itaú Unibanco, de titularidade da Rigidez, descontando-se os valores referentes aos tributos, cujo percentual é de 22,15% (IRRF 1,50%, PIS 0,65%, COFINS 3,00%, CSLL 1,00%, ISSQN 5,00% e INSS 11,00%). Já para a nota fiscal 07 não consta nenhuma transferência nos extratos bancários examinados, como demonstrado na tabela a seguir:
Nota Fiscal Vlr Bruto Vlr Tributos Vlr Líquido/ Depósito
Data Depósito Banco
110 R$ 250.000,00 Cancelada Cancelada Cancelada Cancelada
118 R$ 321.130,38 R$ 71.130,38 R$ 250.000,00 03/01/2011 Itaú Unibanco
07 R$ 386.000,00 - - - -
3.3. RELATÓRIO DE ANÁLISE DE MATERIAL DE INFORMÁTICA Nº 07
Documento elaborado pelo APF LUIZ CARLOS MILHOMEM, com data
de 21/08/2014, contendo análise complementar dos materiais arrecadados
na residência de ARIANNA AZEVEDO COSTA BACHMANN, localizada na Avenida
Flamboyants da Penísula, 155, bloco 302, Barra da Tijuca, Rio de
Janeiro/RJ.
Trechos do relatório:
Página 4/8:
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1.10.3 QUEIROZ GALVÃO:
a) Uma minuta de contrato tendo como contratante a empresa
QUEIROZ GALVÃO, e como contratada a empresa COSTA GLOBAL
CONSULTORIA LTDA – ME, datado de 4 de março de 2013, no
valor estimado de R$ 600.000,00, dividido em 6 parcelas de
R$ 100.000,00.
Objeto do contrato:
‘CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO
1.1. O presente contrato tem por objeto a prestação, pela CONTRATADA à CONTRATANTE, de serviço de consultoria e assessoria nas áreas de engenharia, energia, petróleo, gás, biocombustível, gestão e organização empresarial. “
Neste sentido, foram encontradas na mídia
analisada as seguintes notas fiscais (item 1.12.):
DATA EMPRESA CNPJ VALOR
08/04/13 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO S/A 33412792000160 R$ 100.000,00
02/05/13 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO S/A 33412792000160 R$ 100.000,00
03/06/13 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO S/A 33412792000160 R$ 100.000,00
02/07/13 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO S/A 33412792000160 R$ 100.000,00
02/08/13 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO S/A 33412792000160 R$ 100.000,00
09/09/13 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO S/A 33412792000160 R$ 100.000,00
TOTAL R$ 600.000,00
4. RELAÇÃO DE PESSOAS LIGADAS AO GRUPO QUEIROZ GALVÃO QUE TIVERAM ACESSO ÀS DEPENDÊNCIAS DA GFD INVESTIMENTOS:
Foi gerada uma lista com o controle de acessos da Portaria
do Edifício localizado na Rua Dr. Renato Paes de Barros, 778. O
objetivo foi identificar todas as pessoas que frequentavam o 2º andar
do edifício, onde se localizava o escritório de ALBERTO YOUSSEF. Seguem
abaixo os dados de todas as pessoas que foram cadastradas para
acessarem este andar do edifício.
RG 20044786 - MARCELO MAGNANINI
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5. DADOS DE QUALIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS SÓCIOS E PESSOAS CITADAS NO PRESENTE RELATÓRIO, VINCULADAS AO GRUPO QUEIROZ GALVÃO:
NOME: ILDEFONSO COLARES FILHO
NACIONALIDADE: Brasileiro
NATURALIDADE: Fortaleza, CE
DATA DE NASC: 01/08/1948
FILIAÇÃO: EULÁLIA DE GOES COLARES e ILDEFONSO COLARES
ESTADO CIVIL: Separado judicial
PROFISSÃO: Engenheiro Civil
RG: 2654D-CREA/CE
CPF: 016.554.933-53
PASSAPORTE: FD362811-Val 14/03/2016
ENDEREÇO
Avenida Lúcio Costa, 5000, bloco 1, apto 101, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, CEP 22630-012. Tel 21-24341133. E-mail: icolares@queirozGALVÃO.com
CARGO
Diretor-Presidente da Construtora Queiroz Galvão S.A.
NOME: OTHON ZANOIDE DE MORAES FILHO
NACIONALIDADE: Brasileiro
NATURALIDADE: São Paulo, SP
DATA DE NASC: 26/06/1959
FILIAÇÃO: JANETE NANOIDE DE MORAES e OTHON ZANOIDE DE MORAES
ESTADO CIVIL: Casado
PROFISSÃO: Engenheiro Civil
RG: 298910100-DETRAN/RJ
CPF: 010.975.198-13
PASSAPORTE: FL165554-Val 16/09/2019
ENDEREÇO
Rua Euzébio Naylor, 187, Mansões, Recreio, Rio de Janeiro, RJ, CEP 22793-000. Tel 2135758256
CARGO
Diretor-geral de desenvolvimento comercial da Vital Engenharia, empresa do Grupo Queiroz Galvão.
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NOME: OLAVO CESAR SILVA
NACIONALIDADE: Brasileiro
NATURALIDADE: Divinópolis, MG
DATA DE NASC: 05/09/1952
FILIAÇÃO: TEREZINHA LOPES SILVA e OLAVO JOSÉ DA SILVA
ESTADO CIVIL: Casado
PROFISSÃO: ENGENHEIRO
CNH: 03371388560-DETRAN/MG
CPF: 257.822.156-15
PASSAPORTE: FK891743-Val 07/09/2019
ENDEREÇO
Rua Boa Esperanca, 340, CEP 30310-730, Carmo, Belo Horizonte, MG. Tel 31- 32822196.
CARGO
Diretor do Consórcio CII – Ipojuca.
NOME: TITO AVELINO RANGEL
NACIONALIDADE: Brasileiro
NATURALIDADE: Pitangui, MG
DATA DE NASC: 19/10/1947
FILIAÇÃO: NAIR RANGEL e SEBASTIÃO AVELINO DA COSTA
ESTADO CIVIL: Casado
PROFISSÃO: ADMINISTRADOR DE EMPRESA
RG: 108076-CRA/MG
CPF: 108.369.346-87
PASSAPORTE: CY009799-Val 07/07/2013
ENDEREÇO
Rua Araxa, 506, Apto 704, CEP 31110-272, Colegio Batista, Belo Horizonte, MG. Tel 21-21317211
CARGO
Diretor do Consórcio CII – IPOJUCA.
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É o que tinha a relatar.
Curitiba, 5 de novembro de 2014
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