Revisado i seminário da política nacional de humanização (pnh) macrorregional centro oeste...

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I Seminário da PNH Macrorregional Centro-Oeste I Seminário da PNH Macrorregional Centro-Oeste

Experiências do Fórum Perinatal do Tocantins Experiências do Fórum Perinatal do Tocantins

Maria Roseli de Almeida Pery

Promotora de Justiça da Saúde Pública do Tocantins

Membro da Comissão de Saúde do GNDH/CNPG

Integrante do Grupo de Saúde da CDDF/CNMP

Integrante do Comitê da Judicialização do CNJ

Vice-Presidente da AMPASA

CONSTITUIÇÃO FEDERALCONSTITUIÇÃO FEDERAL

Princípios Fundamentais• Cidadania e Dignidade da Pessoa Humana (art. 1º, II e III, CF)

Direitos e Garantias Fundamentais• Inviolabilidade do direito à vida, à saúde, a proteção à

maternidade e à infância (arts. 5º e 6º, CF)

Ordem Social • Direito à Saúde (arts. 196 a 200, CF)

CONSTITUIÇÃO FEDERALCONSTITUIÇÃO FEDERAL

Do Direito à Saúde

• Artigo 196 da Constituição Federal – A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

FUNDAMENTO LEGAL DA ATENÇÃO PERINATAL

Lei Federal nº 8.080/90 - Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências;

Lei Federal nº 8.142/90 -Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências;

FUNDAMENTO LEGAL DA ATENÇÃO PERINATAL

Lei Federal nº 9.263/96 - Planejamento Familiar;

Portaria MS 1.399/1999 – Competências da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, na área de epidemiologia e controle de doenças;

Portaria MS 569/2000 – Programa de Humanização do Pré-natal, Parto e Nascimento;

FUNDAMENTO LEGAL DA ATENÇÃO PERINATAL

Portaria MS 693/2000 – Norma e Orientação para Implantação do Método Cangurú;

Resolução CFM 1.601/2000 – Responsabilidade Médica do Fornecimento da Declaração do Óbito;

Portaria MS 822/2001 – Programa Nacional de Triagem Neonatal;

FUNDAMENTO LEGAL DA ATENÇÃO PERINATAL

Política Nacional de Humanização (PNH) de 2003 do MS;

Portaria MS 653/2003 – Notificação compulsória do Óbito Materno;

Portaria SAS 756/2004 – Normas para o Processo de Habilitação do Hospital Amigo da Criança Integrante do SUS;

FUNDAMENTO LEGAL DA ATENÇÃO PERINATAL

Lei Federal nº 11.108/2005 e Portaria MS 2.418/2005 – Garantia da gestante a presença de acompanhante durante o trabalho de parto, pré parto, parto e pós parto imediato;

Portaria MS 1.067/2005 – Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal;

Lei Federal nº 11.634/2007 – Direito da Gestante ao conhecimento e vinculação à Maternidade onde receberá assistência no Âmbito do Sistema Único de Saúde;

FUNDAMENTO LEGAL DA ATENÇÃO PERINATAL

RDC ANVISA N° 36/2008 – Regulamento Técnico dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal;

Portaria MS 1.119/2008 – Vigilância do Óbito Materno;

Portaria MS 2.800/2008 – Rede Norte e Nordeste de Saúde Perinatal;

FUNDAMENTO LEGAL DA ATENÇÃO PERINATAL

Portaria SVS/MS 116/2009 – Coleta de Dados, Fluxo e Periodicidade de envio das informações sobre óbitos e nascidos vivos para os sistemas de informações em saúde sob gestão da Secretaria de Vigilância em Saúde;

Lei Federal nº 12.303/2010 – Teste da Orelhinha (exame de emissões otoacústicas evocadas);

Portaria MS 72/2010 – Vigilância do Óbito Infantil e fetal;

FUNDAMENTO LEGAL DA ATENÇÃO PERINATAL

Portaria MS 1.459/2011 – Institui a Rede Cegonha;

Portaria MS 650/2011 – Dispõe sobre os Planos de Ações Regionais e Municipais da Rede Cegonha;

FUNDAMENTO LEGAL DA ATENÇÃO PERINATAL

Portaria MS 904/2013 – Estabelece Diretrizes para implantação e Habilitação de Centro de Parto Normal (CPN) no âmbito do SUS em conformidade com a Rede Cegonha;

Portaria MS 020/2013 – Institui as Diretrizes para organização da atenção à Saúde da Gestação de Alto Risco e define os critérios para implantação e Habilitação da Casa da Gestante Bebê e Puérpera (CGBP), em conformidade com a Rede Cegonha.

CÓDIGOS DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

• Conduta Profissional.

ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS

CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

• Deveres de zelo, dedicação, lealdade, subordinação, presteza, denúncia, proteção do patrimônio público, sigilo, conduta moral, assiduidade, urbanidade, vestimenta adequada, respeito, probidade.

HUMANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

UMA EXIGÊNCIA ÉTICA, UM DEVER LEGAL

• O tratamento humanizado no que tange às relações interpessoais (profissionais/pacientes) é uma obrigação de todos, nos termos do ordenamento jurídico vigente, independentemente do cargo ou função, bem como das justificativas infundadas comumente adotadas por determinados trabalhadores da saúde, para justificarem a conduta inadvertida.

ATENDIMENTO DESUMANO

• O atendimento desumano é um dos maiores problemas existentes na área da saúde que vem sendo reiteradamente abordado em diversos eventos na área da saúde pública e privada. Trata-se de fato notório, constantemente veiculado pela imprensa.

JOSÉ SERRAJOSÉ SERRA

EX-MINISTRO DA SAÚDELANÇAMENTO DO PROGRAMA NACIONAL DE

HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR

“A qualidade da atenção ao usuário é uma das questões mais críticas do sistema de saúde brasileiro, em função do número significativo de queixas referentes a maus tratos em hospitais”.

DOUTOR ALOYSIO CAMPOS DA PAZDOUTOR ALOYSIO CAMPOS DA PAZ

DIRETOR DA REDE SARAH DE HOSPITAIS REVISTA ISTOÉ - 11/09/2002

• Critica a forma como muitos profissionais de saúde estão cuidando dos doentes e defende a necessidade de ocorrer mudanças no comportamento desses profissionais, a fim de que os pacientes sejam atendidos com dignidade.

“Dignidade é a prerrogativa inerente a pessoa humana que a distingue e personifica diante dos demais entes, tornando-a destinatárias de todas as ações que emanam da lei e do Poder Público”.

DOUTOR LUÍS ROBERTO LONDRESDOUTOR LUÍS ROBERTO LONDRES

DIRETOR DA CLÍNICA SÃO VICENTE – RJREVISTA VEJA - 11/09/2002

• Critica a forma como a medicina é praticada no tocante à relação médico paciente e na utilização desnecessária da tecnologia. Acredita que estamos vivendo um período que chama de “Ditadura da Medicina”.

DOUTOR LUÍS ROBERTO LONDRESDOUTOR LUÍS ROBERTO LONDRESDIRETOR DA CLÍNICA SÃO VICENTE – RJ

REVISTA VEJA - 11/09/2002

“Com medo de serem processados, os médicos cercam-se de todos os cuidados. No caso, o maior número possível de exames e internações. É uma bola de neve”.

DOUTOR LUÍS ROBERTO LONDRESDOUTOR LUÍS ROBERTO LONDRES

DIRETOR DA CLÍNICA SÃO VICENTE – RJREVISTA VEJA - 11/09/2002

“A falta de visão humana por parte dos médicos é fruto do tecnicismo que domina a prática médica hoje em dia. O paciente é tratado como um número de estatística, um corpo desprovido de vontade e de história”.

PRINCIPAIS PROBLEMAS - ASSISTÊNCIA PERINATAL

• Pré Natal: acesso, ausência, incompleto, mal realizado;(demora resultado dos exames);

• Parto: internação inoportuna, cesárias sem indicação, erros de procedimento, qualificação, resistência ao trabalho em equipe, falta do empoderamento da gestante;

• Puerpério: ausência; incompleto; mal realizado;(fluxos desordenados entre os serviços da Rede)

• Rede de Atenção Hospitalar: Baixa Resolutividade, Equipamentos, Abastecimento e Gestão;

PRINCIPAIS PROBLEMAS – ASSISTÊNCIA PERINATAL

Transporte Sanitário e Regulação: Ausência de Vinculação à Maternidade, Regulação de leitos, Gestão de Leitos (permanência/alta), transporte inadequado;Qualificação Profissional: Formação Técnica e Processos de Trabalho (protocolos assistenciais, fluxos, comunicação)Desinteresse por parte de alguns médicos (principais atores) em participar das atividades de gestão (compartilhada);Atenção à saúde do RN: Inobservância dos protocolos assistenciais;

PRINCIPAIS PROBLEMAS - ASSISTÊNCIA PERINATAL

Investigação de Óbitos: prazo/ineficiência da gestão municipal;Direito do acompanhante: Maternidades Públicas e PrivadasInadequação à RDC 36/2008: Ambiência dos serviços que realizam parto;Protocolos de Planejamento Familiar: Ausência/Estado e Municípios (gravidez na adolescência);Transferências: Falta de contato prévio e avaliação/indicação e Veículos inadequados para o transporte.

MINISTÉRIO PÚBLICO

O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127).

FUNÇÕES INSTITUCIONAISMINISTÉRIO PÚBLICO

Zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição Federal, promovendo as medidas necessárias à sua garantia (CF, art. 129, II), bem como em matérias que interferem na saúde pública (fatores determinantes e condicionantes da saúde).

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FÓRUM PERINATAL

DO TOCANTINS

O QUE É FÓRUM PERINATAL

É um espaço de cogestão, onde várias instâncias, entidades e instituições do poder público e da sociedade civil se reúnem para análise de situações e de dados, transformando-os em informações estratégicas, onde se exerce a tomada de decisões e implementação de ações, atividades e tarefas para a melhoria da atenção perinatal.

Conhecer e analisar periodicamente o mapeamento da rede de atenção perinatal; Conhecer e analisar sistematicamente os principais indicadores da atenção perinatal; Discutir as garantias dos direitos da mulher e da criança; Propor medidas e estratégias para a redução da mortalidade materna, neonatal e infantil, através de atividades que contribuam para a melhoria técnica e acadêmica dos profissionais envolvidos na assistência obstétrica, além da atuação junto aos gestores e serviços de saúde; Promover ações de divulgação sobre a atenção à saúde da mulher e do RN seus principais indicadores, em articulação com a sociedade civil organizada e instituições de saúde.

FINALIDADES DO FÓRUM

1. Aumento de diálogo e poder de decisão entre os gestores e trabalhadores; 2. Maior articulação entre unidades de atenção primária e unidades hospitalares; 3. Mapeamento da Rede Perinatal;4. Criação de Fóruns Regionais;5. Construção/validação e publicação de Protocolo de Pré-Natal de alto Risco de acordo com a realidade regional; 6. Sistematização do fluxo de exames de rotina do pré-natal;

AVANÇOS

AVANÇOS

7. Criação do Projeto Palmas para o Parto Natural com oferta de visita às gestantes e acompanhantes na maternidade Dona Regina durante o pré-natal, estímulo a utilização do plano de parto. Essa ação tem sido um incentivo para os outros serviços da rede para melhoria da atenção perinatal;

8. Maior compreensão sobre a vinculação das gestantes desde o pré-natal até á maternidade de referência corroborando uma linha de cuidado integral, ampliando o grau de corresponsabilização de gestores e trabalhadores nos encaminhamentos de referência e contrarreferência;

AVANÇOS

9. Construção e validação do protocolo de pré-natal de alto-risco, para reorganização do Ambulatório de alto-risco Maternidade Dona Regina que se encontra em pleno funcionamento e maior identificação dos casos pelas municípios do interior e das unidades básicas de saúde e equipes de saúde da família da capital sobre casos a serem encaminhados ao ambulatório; 10. Elaboração e implantação dos Protocolos Interdisciplinar de Atenção ao Parto e Nascimento e Acolhimento com Classificação de Risco na Maternidade Dona Regina;11. Garantia do direito ao acompanhante em todas as estações de cuidado do HMDR.

REFLEXÃO

“É necessário mudar a forma como os hospitais se posicionam frente ao seu principal objeto de trabalho: a vida, o sofrimento e a dor de um indivíduo fragilizado, sem o que valerão menos esforços para o aperfeiçoamento gerencial, financeiro e tecnológico das organizações de saúde (...) A mais formidável tecnologia sem ética, sem delicadeza, não produz bem-estar, muitas vezes desertifica o homem” (Doutor Fernando Cembranelli ).

OBRIGADA!

MARIA ROSELI DE ALMEIDA PERYPromotora de Justiça da Saúde Pública

mariaroseli@mp.to.gov.br(63) 3216-7674 e 3216-7580