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A Revista - Atelier Das Artes é uma publicação trimestral, onde encontrará varias sugestões e técnicas nas mais diversas áreas do Artesanato
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Este Trimestre
Revista Atelier das Artes 4º Edição
Miguel Miranda
Patrícia Dias
Editor Atelier das Artes
atelierdasartes@live.com.pt
Revista Trimestral
4ª Edição Agosto 2011
Correcção de textos:
Ana Vieira
Sofia Caixeirinho
Débora Rodrigues
Assistência Logística:
Hugo Tadeu
Carolina Tadeu
Sofia Caixeirinho
Ana Vieira
Design Gráfico
Carolina Tadeu
Colaboradores
Débora Rodrigues, Júlia Talita, Sofia
Caixeirinho, Soledade Lopes, Ana Viera,
Carmo Braga
Convidados Especiais
Miguel Miranda
Patrícia Dias
Propriedade Fórum – Atelier das Artes
Miguel Miranda
Caros leitores e amigos
Já há muito que lutamos por refortalecer as artes decorativas. Desta forma, e com o in-
tuito de atrair e cativar mais artesãos, foi desenvolvida a Revista – Atelier Das Artes.
Para dar resposta e alcançar cada vez mais leitores, surgiu a ideia de obter um domínio na
internet.
Desta feita, é com grande orgulho que, com esta 4ª Edição da Revista – Atelier Das Artes,
celebramos a aquisição do domínio próprio do sítio na internet dedicado às nossas artes-
www.revista-aartes.com
Aqui poderá obter, gratuitamente e de forma mais simples e rápida, a nossa revista, ao
mesmo tempo que desfruta das inúmeras funcionalidades e informações que o sítio AArtes
tem para oferecer.
Esta nova edição da Revista – Atelier Das Artes, como não podia deixar de ser, é dedicada
ao Verão e, evidentemente, ao período de férias.
Encontrarão, também nesta edição, consagrada às férias, as elucidativas dicas económicas
que sempre lhe oferecemos, bem como magníficos e esclarecedores Passo-a-Passos gen-
tilmente elaborados e cedidos por membros e amigos do Fórum – Atelier Das Artes.
Tal como em anteriores edições, não faltará brilhantes entrevistas a artesãos magníficos e
altamente conceituados.
E, quando em Portugal se fala de férias, é indissociável falar do Algarve, que, por esta ra-
zão, é a Região escolhida para a rubrica Regiões & Costumes, seguida ainda, da sua rica e
voluptuosa gastronomia.
A equipa Atelier das Artes desejam-lhes
Guarda Jóias
Foto: Miguel Miranda Destaque Pirografia
Areias
Embossing
Guarda Jóias
Especial Brasil
Foto: Patrícia Dias
Economia ( Débora Rodrigues)
Entrevista Miguel Miranda ( Carolina Tadeu)
Galeria de Trabalho I
Galeria de Trabalho II
Regiões & Costumes Algarve ( Débora Rodrigues, Ana Vieira, Hugo Tadeu)
Gastronomia ( Ana Vieira )
Agradecimento ( Grupo AArtes )
Areias
Embossing
Atelier das Artes 6
Economia
Economia Nesta edição, dedicada ao período de férias, não poderia faltar algumas dicas de pla-
neamento dos tão desejados dias de descanso.
É com frequência que se ouvem queixas de férias não reabilitantes. Hoje ajudamos
todos os leitores a transformar o período de férias numa forma de recargar as energias
gastas ao longo do ano.
Desde já, e como sempre afirmo, é necessário planear todos os detalhes antecipada-
mente.
Não se deve esperar por promoções “Last Minute” (promoções de última hora). Isso
leva a um começo de férias logo em stress, embora consiga encontrar boas promoções, es-
tas causarão o caos, na hora de escolher. E, para além do mais, não haverá tempo para
planear e agendar todos os sítios e acontecimentos que deseja visitar e participar.
Note-se que, quanto maior a flexibilidade nos horários e datas de viagens, maior po-
derá ser a poupança neste período de férias. Os preços têm grandes variações consoante
os dias da semana, os meses do ano e até as horas do dia a que viaja.
Recorda-se que as crianças têm também opinião válidas a dar. Devem ser responsa-
bilizadas pelas suas opções. Portanto, na hora de decidir o destino e agendar as
“passeatas”, e sempre que for pertinente, deve dar-se ouvidos aos mais pequenos, inte-
grando-os e deixando-os colaborar nas discussões e decisões a tomar.
Antes de se iniciar a pesquisa do destino de férias, deve calcular-se o orçamento do-
méstico para este período, de forma a fazer face a todos os custos esperados e, principal-
mente, aos inesperados.
Nunca faça férias acima das suas possibilidades e, muito importante, não deve, de
forma alguma, contrair-se créditos para as mesmas. Umas férias de sonho não necessitam
de ter um valor exorbitante, basta haver criatividade no seu planeamento. É importante ter
em mente que despender muito dinheiro, não significa melhor qualidade.
O ideal é poupar o máximo, durante o ano, retirando mensalmente uma pequena
porção do salário mensal, à parte daquela porção que se retira para poupança (e que falá-
mos em edições anteriores), de forma a pagar as despesas a pronto ou socorrer-se de
meios de pagamento a prazo, sem juros.
4º Edição 7
AArtes Economia AArtes Por alturas do Verão, as agências de viagens multiplicam-se em ofertas de pacotes de fé-
rias. Uma boa opção seria a agência não cobrar juros nem comissões pelo pagamento em
prestações. No entanto, não se esqueça de ler as “letras pequenas” para não ser, posteri-
ormente, surpreendido.
É importante esclarecer que taxa de juro zero nem sempre é sinónimo de pacote mais ba-
rato.
Após estes conselhos resta ajudar a planear alguns detalhes mais específicos destes perío-
dos de férias.
Dependendo do orçamento disponível e das condições familiares, é possível usufruir-se de
diferentes tipos, percursos e destinos de férias.
Dormidas
O "couchsurfing" (http://www.couchsurfing.org/ ) pode ser ideal para os mais jovens e
aventureiros. Este é um sistema em que as pessoas disponibilizam um sofá ou outra parte
da sua casa para receber os turistas. Sendo um sistema de estadas gratuitos, economiza-
se neste âmbito e pode usufruir-se do intercâmbio cultural, amizade e experiências de
aprendizagem únicas.
Na mesma linha, existe a possibilidade da “Troca de Casa” (http://www.trocacasa.com/).
Esta forma de alojamento, dá-se quando uma família troca de casa com outra família. A
regra principal é o respeito. Aqui, tal como o "couchsurfing", as despesas das férias resu-
mem-se a deslocações e alimentação (que, fazendo refeições em casa, se torna ainda mais
económico). No entanto, este sistema tem um custo anual que não excede os 40€.
Se nenhuma das opções for do agrado, pode render-se aos chamados Hostels (http://
www.hostels.com/). Não são só as viagens que podem ser "low-cost", os hotéis também o
são. No entanto, para se reduzir no preço, reduz-se também nas mordomias. Todavia, se o
objectivo é ter apenas um sítio para descansar e usufruir das regras básicas de higiene,
então, um hostel pode ser a solução.
Deve ponderar-se a possibilidade de integrar o turismo rural. À primeira vista, esta forma
de turismo aparenta ser muito dispendiosa, no entanto, após alguns minutos de pesquisa,
é com sucesso que se encontra locais maravilhosos e a um preço bastante acessível.
Importante, na hora de escolher, e de forma a minimizar os riscos de burlas, é seleccionar
apenas alojamento com opiniões e comentários.
Economia Economia Refeições
Se a viagem é para fora de Portugal e para um dos países Europeus, maior parte das cafe-
tarias e cafés próximos das regiões turísticas têm ao dispor dos viajantes um buffet de pre-
ço fixo, principalmente nos pequenos-almoços. É nesta refeição que se deve comer o me-
lhor possível, não só para manter uma dieta equilibrada, como para saciar o organismo du-
rante o maior tempo possível.
Ainda assim, é sempre bom haver algumas frutas ou barras de cereais por perto, para se
ingerir sempre que necessário. Frequente então as mercearias e supermercados locais on-
de se encontram os produtos com preços mais baixos.
Sempre que a hospedagem inclua pequenos-almoços, estes devem ser aproveitados o mais
possível.
No orçamento da viagem deve incluir-se a estimativa de gastos com alimentação, onde,
excepcionalmente, se pode adicionar uma ou duas refeições em sítios que se deseje visitar.
Tirando estas ocasiões, e dependendo do tipo de alojamento, pode fazer-se refeições mais
baratas e saudáveis.
Deve procurar-se refeições e alimentos típicos das regiões. Para além de alargar a cultura
gastronómica, estes alimentos são mais abundantes, o que faz com que os preços sejam
mais baixos. A mesma regra serve para as bebidas. É indispensável, também, estar sem-
pre na posse de água engarrafada e não ingerir água da canalização (atenção às bebidas
com gelo).
Calendário
Uma vez que o mercado do turismo se rege pelas mesmas leis da oferta e da procura dos
demais mercados, obviamente, o preço dos produtos e serviços, oferecidos por ele, acom-
panha as oscilações na procura. Daí que seja muito mais barato tirar férias quando a maio-
ria das pessoas está a trabalhar.
Devem ser evitadas a todo o custo zonas bastante frequentadas por turistas, consoante a
estação do ano (no inverno os locais de esqui, e no verão as praias). Assim, para além de
se poupar com as viagens, ainda evita o stress causado pela confusão inerente a estes es-
paços nestas épocas específicas.
Atelier das Artes 8
Economia Os locais tropicais são bons durante todo o ano, mesmo em épocas baixas. Podendo apro-
veitar-se os baixos custos de deslocamento e alojamento e fugir à balburdia das épocas
altas.
Outra forma de diminuir os gastos com as deslocações e estadas é fazer as viagens duran-
te a semana, evitando o fim-de-semana onde os preços são estão inflacionados.
Descontos
Com a crise actual, a indústria de turismo ficou muito agressiva em promoções e descon-
tos, de forma a atrair mais clientes. Existem vários acordos entre estas agências e vários
grupos e associações. Muitas vezes obtém-se excelentes descontos em serviços e aloja-
mentos.
Outra forma de conseguir descontos é fazer-se viagens em grupo, ou seja, quanto maior o
número de pessoas a integrarem um determinado grupo, maior os descontos em estadias
e serviços (como excursões e aluguer de viaturas).
Todos estes descontos encontram-se em maior quantidade na internet. Para se usufruir
deles, é necessário estar-se bastante atento e acompanhar diariamente os sítios de agên-
cias na internet ou outros que se dediquem ao propósito de ajudar os consumidores a es-
colher as melhores férias.
Há a possibilidade de se adquirir cartões de acesso a museus e monumentos que oferecem
descontos em lojas e restauração, pelo que o consumidor deve sempre informar-se com
antecedência de todos os descontos que o turismo oferece.
Visitas
Se a escolha do destino recai em função dos pontos de interesse a visitar, será importante
estudar bem os horários de funcionamento dos museus e monumentos, enumerá-los e in-
vestigar os trajectos e meios de deslocação mais económicos.
Deve confirmar-se se os locais de interesse a visitar têm horário de entrada gratuita, po-
dendo assim poupar-se bastante nesta actividade.
4º Edição 9
Segurança
Nunca é demais recordar algumas medidas de segurança primordiais para se ter
umas férias tranquilas.
O lema é “Casa segura, férias tranquilas”. Para assim ser, existem várias medidas a tomar
para não surgirem surpresas desagradáveis no que toca à segurança dos lares.
A Polícia de Segurança Pública desenvolveu um programa especial, chamado “Operação Fé-
rias” direccionado ao cidadão que queira viajar tranquilamente, deixando o seu lar desabita-
do ao encargo de agentes especializados.
Qualquer cidadão que viaje entre o período de 01 de Julho e 15 de Setembro, deve deslocar
-se à esquadra da PSP mais próxima de sua casa e pedir esclarecimentos acerca deste pro-
grama, preenchendo os formulários necessários.
A PSP aconselha algumas medidas essenciais:
Dê uma aparência de actividade à sua residência, peça a alguém de confiança que abra re-
gularmente as persianas ou cortinas durante o dia e ligue a iluminação interior algumas noi-
tes;
Não diga a estranhos que vai de férias;
Verifique e feche bem portas e janelas;
Não deixe acumular a correspondência na sua caixa de correio. Peça a alguém da sua confi-
ança para a recolher;
Catalogue, se possível, os seus objectos de valor e anote os seus números de série.
Boas Férias!
Economia Economia
Atelier das Artes 10
Texto: Débora Rodrigues
Especial Atelier das Artes Férias
http://nokasfx.blogspot.com
http://magiadascores2010.blogspot.com
Telefone: 962588099
email: lurdesagostinhoribeiro@hotmail.com
Loja de Artes Decorativas, pintura a óleo, pastel
seco, Biscuit, tecidos, chacotas, madeiras
Rua Padre João Pinto, 7-C
2675-388 Odivelas
www.pinta-e-cria.com
http://pinta-e-cria.webnode.pt/
Telefone: 917564995
Um espaço dedicado à mulher
Moderna
http://mimosdecarol.blogspot.com
Trabalho executado por: Elisabete Pinheiro
Para: Sonhos
Blog: http://beta-sonhos-de-vida.blogspot.com
Economia
Atelier das Artes 12
Guarda – Jóias
1 Caixa de madeira (tratada
com base de artesanato e li-
xa)
Tinta acrílica branca
Tinta de água preta
Kit de pintura craquelê (2
passos)
Cola permanente
Veludo em pó de cor branca
Material necessário:
Como Fazer: 1º Passo
Depois da caixa devidamente tratada, pinta-la toda de
branco. se necessário dar duas demãos.
2º Passo
Depois da peça seca, pintar a tampa (só a parte de fo-
ra) com o verniz da pintura craquelê. Deixar secar
bem.
3º Passo
Seguidamente, pintar a tampa abundantemente com tinta
craqueladora preta e movimentos em cruz.
Realizado por: Sofia Ramalho
Para: Artes da Sofy
4º Edição 13
Guarda – Jóias Passo a Passo 4º Passo
De modo a ficar com um aspecto espelhado e brilhan-
te. Deixar secar muito bem.
5º Passo
No interior da caixa (depois da tampa devidamente se-
ca) passar, espalhando bem (de forma a não haver ex-
cessos) a cola permanente.
6º Passo
Colocar, abundantemente, o veludo em pó dentro da caixa .
7º Passo
Fechar a caixa e agitar bruscamente de modo a que o
veludo se cole a todas as paredes da caixa.
8º Passo
Por fim, retirar o excesso de veludo dando leves golpes
na caixa para cair o excedente.
9º Passo
Para dar um toque final à caixa, pode fazer-se uns dese-
nhos arabescos. Para isso deve molhar-se um pincel
chato (do tamanho que preferir) e com a ponta maior
colocar um ponto de tinta preta e fazer o desenho que
se pretende. Com a ajuda da água pode fazer-se as
sombras que se quiser obter.
Foto: Sofia Ramalho
Destaque
Atelier das Artes 16
A palavra Pirografia é de origem grega e significa “escrita à fogo”. Cogita-se que a Piro-
grafia foi a primeira manifestação artística humana, já que a humanidade descobriu o
fogo há mais ou menos dez mil anos. É uma forma de arte primitiva, ancestral, que nos
remete aos antepassados, existindo como um inconsciente.
Ninguém fica indiferente à Pirografia. A história da Pirografia é tão antiga, que a palavra
antropologia pode ser utilizada. Está directamente ligada à história do fogo. O fogo fasci-
na a humanidade há milhares de anos. Foi onde a humanidade encontrou o poder para
moldar a natureza à sua vontade. O fogo foi utilizado como protecção, na caça, como
aquecimento. Quando aprendeu a cozinhar, o homem pré-histórico Tornou-se gourmet.
Além disso, o homem pré-histórico ainda desenhou nas paredes das cavernas com car-
vão (Arte Rupestre).
Este tipo de desenho foi a primeira manifestação artística da humanidade e pode ser
chamada de Pirografia.
Mas a grande revolução desta arte ocorreu na Idade dos Metais (último período da pré-
história), quando o ser humano dominou a criação de ferramentas metálicas. E foi só na
Idade Média que esta arte floresceu.
Na Europa, por volta de 1600, nas tabernas, homens colocavam fogo em lareiras e utili-
zavam uma ferramenta adequada para acomodar as brasas e a lenha. Essa ferramenta
aquecia e em brasa era usada para decorar as mesas e paredes de madeira da taberna e
por ser chamada de “poker”, deu origem ao termo “poker art” ou “poker work”.
O primeiro trabalho impresso sobre pirografia data de 1751, publicado na Inglaterra. Ac-
tualmente há em museus europeos, aparelhos utilizados no Século XIX, onde principal-
mente mulheres aqueciam vários “pokers” com carvão, para realizar trabalhos mais de-
talhados e finos. Até esta altura, os “pokers” eram de ferro, onde, para segura-los, era
necessário envolvê-los em panos ou papéis. Depois de algum tempo, apareceram
“pokers” com cabos de madeira, que rapidamente invadiram todos os utensílios que
aquecem, como ferros de passar, ferros de soldar, etc.
No final de 1800, o benzeno era o combustível predominante. Um sistema de pirografia
foi criado com uma garrafa e duas mangueiras de borracha. Através do bombeamento
de um atomizador (como os utilizados por perfumes) o artista conseguia manter a cane-
ta aquecida mais tempo. Nessa época, também chamada de Era Vitoriana, a pirografia
floresceu na Europa e nos Estados Unidos, tornando-se uma arte popular. Alguns dos
trabalhos do inventor deste sistema de pirografia ainda podem ser vistos no Smithsonian
Institute, em Washington.
Finalmente o advento da eletricidade veio facilitar muito o trabalho do artista pirogravu-
rador. Os primeiros ferros de soldar elétricos foram utilizados com sucesso para a piro-
grafia. Mas, em 1916, houve a primeira patente para o Hot Point Pen (ou caneta de pon-
ta quente). O fio que levava energia para a caneta passava por um reostato, que contro-
lava a intensidade da corrente, dando ao artista a variação de temperatura, tão necessá-
ria para os efeitos de luz e sombras.
Destaque
Foto :Juan Carlos Gonzalez Foto: Miguel Miranda
Entrevista
Atelier das Artes 18
Os trabalhos que apresentamos
nesta edição são da autoria de:
Miguel Miranda Pirografia - arte na Madeira
AArtes: Conte-nos como foi que entrou
para este mundo do Artesanato.
Miguel Miranda: Desde muito jovem que
gosto de trabalhos manuais, e ao ficar de-
sempregado resolvi dedicar-me realmente
ao que sempre gostei de fazer, ao artesa-
nato, e comecei a fazer algumas peças.
AArtes: Quando e como começou o inte-
resse por esta arte?
Miguel Miranda: O interesse por esta arte
apareceu na minha vida por acaso. Pesqui-
sando na Internet por trabalhos artesanais.
Encontrei trabalhos de Pesquisando na In-
ternet por trabalhos artesanais, encontrei
trabalhos de Pirografia. Resolvi experimen-
tar e gostei de tal forma do resultado, e
das coisas que se podia fazer com esta téc-
nica, que não deixei mais.
AArtes: Enquanto profissional/artista como
se definiria?
Miguel Miranda: Sou um artista por gos-
to e curiosidade de dar vida a certo tipo de
materiais, considero-me um artista
auto-didacta já que nunca tive curso algum
nesta arte. Faço por gosto.
AArtes : A sua dedicação a esta arte tem
correspondido com as expectativas?
Miguel Miranda: Sim, por gostar do resul-
tado final dos meus trabalhos.
AArtes: Os seus trabalhos são previamen-
te pensados ou vão tomando forma à me-
dida que avança?
Miguel Miranda: A maior parte são previ-
amente pensados, outros por fotos ou te-
mas que são solicitados por alguns clientes.
AArtes: Que tipo de material utiliza nas
suas peças?
Miguel Miranda: Na maioria dos traba-
lhos uso a madeira, mas dá para usar uma
grande variedade de materiais como pele,
cana, cortiça, tecido, etc. Basta dar asas a
imaginação.
AArtes: Em média quanto tempo leva para
fazer uma peça?
Miguel Miranda: O tempo de cada peça é
muito relativo. Depende muito do tamanho
da peça ou da imagem em sim, Mas um
quadro mediano, por exemplo, leva em
média um dia. O trabalho requer muita cal-
ma para não cometer erros, depois da a
madeira estar queimada não há como vol-
tar atrás. Tem que haver tempo e concen-
tração no que se está a fazer.
Foto: Miguel Miranda
Entrevista Pirografia
4º Edição 19
AArtes: Acredita no artesanato como fonte
de rendimento ou de prazer e terapia?
Miguel Miranda: Acima de tudo é um pra-
zer e uma terapia. Como fonte de rendi-
mento. Isso depende da qualidade dos tra-
balhos que são feitos e da sorte também.
AArtes: Trabalha num atelier? Descreva o
ambiente em que desenvolve as suas obras
de arte.
Miguel Miranda: Tenho um espaço na ofi-
cina só para os meus trabalhos. Uma ban-
cada com todos os materiais necessários,
música ambiente e bastante luz.
AArtes: Quais são as principais caracterís-
ticas focadas pelos seus clientes quando lhe
pedem a realização de um trabalho?
Miguel Miranda: As características mais
focadas pelos clientes é obter uma peça ex-
clusiva e original. Para além do resultado
do trabalho, o preço também é discutido
devida à crise.
AArtes: Na sua família existem outros ar-
tesãos?
Miguel Miranda: Na minha família não
existe ninguém que goste e tenha paciência
para artesanato. Este gosto já nasce com
a pessoa. Sou o único que gosto de criar,
para além da minha família gostar e valori-
zar o artesanato.
AArtes: Como faz para conseguir vender
os seus trabalhos ?
Miguel Miranda: Vendo-os através de
amigos que conhecem o meu trabalho, por
recomendações de clientes a outras pesso-
as e também através do Facebook .
AArtes: Qual é a sua formação? Frequen-
tou algum curso específico ou faculdade?
Miguel Mirada: Eu tenho curso de massa-
gista de Recuperação de Desporto.
AArtes: Na sua opinião, o que deveria ser
feito para que as pessoas aderissem mais
à compra de peças artesanais e por quem?
Miguel Miranda: Poderia haver mais feiras
de artesanato, mais divulgação do artesa-
nato que existe em Portugal. As próprias
Câmaras Municipais criarem mais eventos,
como exposições, etc.
AArtes: Para terminar, tem algo a acres-
centar a esta entrevista?
Miguel Miranda: Êxitos para o Atelier das
Artes, por esta forma de divulgar o artesa-
nato.
Entrevista realizada por: Carolina Tadeu
Atelier das Artes
Foto: Miguel Miranda
Foto: Soledade Lopes
Foto: Miguel Miranda
Foto: Soledade Lopes
Foto: Soledade Lopes
Foto: Miguel Miranda
Foto: Miguel Miranda
Blog: http://cantinho-da-cor-
artesdecorativas.blogspot.com
Traga a ideia e deixe o resto comigo
email: oficina.da.cor@live.com.pt
Porque são os pequenos gestos que fazem a
diferença.
http://abelhita-pequenosgestos.blogspot.com/
Telefone: 91 735 73 10
email: pequenosgestos.abelhita@gmail.com
Blog: http://artesdasofy.blogspot.com
email: artes.da.sofy@hotmail.com
Trabalho executado por: Nélia
Para: Lembra-te de mim
Site: http://lembratedemim.com
http://coisinhasdaclaudia.blogspot.com
Entrevista
Atelier das Artes 24
Os trabalhos que apresentamos
nesta edição são da autoria de:
Patrícia Dias Customização
AArtes: Conte-nos como foi que entrou pa-
ra este mundo do Artesanato.
Patrícia Dias: Desde criança gosto de de-
senhar (sou autodidata) e, muitas vezes
quero adquirir um produto exclusivo ou es-
pecífico, o qual não encontro no mercado.
Então, crio o meu próprio ou customizo,
conforme a minha necessidade ou minha
criatividade.
AArtes: Quando e como começou o inte-
resse por esta arte?
Patrícia Dias: Começou por necessidade
pessoal. Sou fã de rock e do All Star Con-
verse desde a adolescência. E, por não en-
contrar os tênis com estampas das minhas
bandas preferidas, customizei meu primeiro
All Star, há alguns anos. Então, meus ami-
gos também usavam este estilo de calçado
e começaram a pedir que eu fizesse o mes-
mo com o tênis deles. A partir de então, fui
aprimorando as técnicas de pintura e fixa-
ção das estampas e os pedidos foram au-
mentando consideravelmente. E, como o
Converse é um ícone jovem de moda
(completou 100 anos em 2008), que atra-
vessou anos fazendo parte de muitas gera-
ções de jovens, versátil e confortável, vi
neste tipo de trabalho uma oportunidade e
motivação para continuar.
AArtes: Enquanto profissional/artista como
se definiria?
Patrícia Dias: Sou muito dedicada e per-
feccionista. Pesquiso sempre novas tendên-
cias, texturas e temas atuais. Procuro aten-
der a demanda, tanto de jovens quanto de
pessoas mais maduras, da melhor maneira
possível, sondando bem o que meu cliente
pretende. Dessa forma, o deixo mais confi-
ante em relação ao resultado final do traba-
lho e, por fim, conquisto a satisfação do
mesmo.
AArtes: A sua dedicação a esta arte tem
correspondido com as expectativas?
Patrícia Dias: Sim, muito! Em princípio,
não achava que meu trabalho fosse fazer
tanto sucesso. Mas, após a criação de meu
canal de vendas virtual, os pedidos foram
aumentando com o passar do tempo. Em 2
anos, já vendi mais de 200 pares de ténis
customizados em todo o Brasil e alguns no
exterior, também.
AArtes: Os seus trabalhos são previamen-
te pensados ou vão tomando forma á médi-
da que avança?
Entrevista Especial Brasil
4º Edição 25
Patrícia Dias: Bom, tenho projectos pron-
tos de alguns temas que vou criando ao
longo do meu tempo livre. Mas, comum-
mente, eu trabalho da seguinte forma:
meu cliente escolhe o tema (filmes, bandas
de rock, personagens de livros ou HQ, Pop
Art, etc...), eu crio 2 layouts no Photoshop
e envio por email para aprovação e/ou al-
teração de 1 deles. Após a aprovação do
layout final, inicio a customização, que fica
pronta em 2 dias.
AArtes: Que tipo de material utiliza nas
suas peças?
Patrícia Dias: Eu utilizo tinta para tecido e
fixador, ambos importados. A finalização
fica por conta de aplicação de mini strass,
mini paetês, bordados, fitas, glitter, cadar-
ços coloridos. Solicitados previamente pelo
cliente.
AArtes: Em média, quanto tempo leva pa-
ra fazer uma peça?
Patrícia Dias: Entre a concepção da idéia
(baseado no tema sugerido), projecto
(layout photoshop), customização
(pintura), demanda, em média, 3 dias.
AArtes: Acredita no artesanato como fonte
de rendimento ou de prazer e terapia?
Patrícia Dias: No meu caso é fonte de
rendimento, principalmente. Mas, a terapia
que ele me proporciona é muito gratifican-
te.
AArtes: Trabalha num atelier? Descreva o
ambiente em que desenvolve as suas obras
de arte.
Patrícia Dias: Tenho um pequeno espaço
reservado em minha casa para este traba-
lho, com uma mesa, máquina de costura,
aviamentos, tintas, laptop, impressora, etc.
AArtes: Quais são as principais caracterís-
ticas focadas pelos seus clientes quando
lhe pedem a realização de um trabalho?
Patrícia Dias: Bom, todos os clientes são
muito exigentes e desejam ser bem atendi-
dos, rapidez na entrega e esperam que o
resultado final do trabalho seja o esperado.
Mas, comummente, recebo elogios de que
o resultado foi muito além das expectati-
vas. Isto é muito gratificante!
AArtes: Na sua família existem outros ar-
tesãos?
Patrícia Dias: Somente a minha mãe, Ve-
ra Lúcia, que, vez ou outra, faz algumas
peças em tricô. Mas, não comercializa. Ulti-
mamente, está dedicada à arte de florista
em tecido. E, a cada dia, nos surpreende e
presenteia com flores belíssimas de muito
bom gosto. As quais aproveito em outras
peças feitas por mim, como bolsas e ténis.
AArtes: Como faz para conseguir vender
os seus trabalhos ?
Patrícia Dias: Como o Brasil, é responsá-
vel por 50% de todas as transacções de
comércio electrónico em toda a América
Latina, segundo a Câmara Brasileira de Co-
mércio Electrónico,
utilizo a internet como principal fonte de
divulgação e vendas dos meus produtos.
Meus trabalhos são comercializados através
de um importante canal de vendas online,
além de utilizar também o meu blog como
ferramenta de divulgação e venda.
AArtes: Qual é a sua formação? Frequen-
tou algum curso específico ou faculdade?
Patrícia Dias: Sou formada em Publicidade
e Propaganda desde 1998, em fase de con-
clusão do MBA em Negócios do Varejo e
Moda. E, autodidata em desenho à mão li-
vre e computação gráfica.
AArtes: Na sua opinião, o que deveria ser
feito para que as pessoas aderissem mais à
compra de peças artesanais e por quem?
Patrícia Dias: Apesar do Brasil ser um
grande exportador (e consumidor interno)
de artesanato, de existir algumas revistas
especializadas no assunto e denotar-se um
considerável crescimento de profissionais
liberais do ramo no mundo virtual, ainda
sinto falta de um investimento em mídias
de grande massa. Existem poucas que ain-
da dão o valor devido ao artesão, às tradi-
ções herdadas de gerações anteriores. O
consumismo exagerado e desenfreado está
fortalecendo a produção industrial em larga
escala de produtos muito baratos, sem
qualidade e descartáveis, às custas do tra-
balho semi escravo, em âmbito mundial. E,
por consequência, estamos poluindo o
mundo com o nosso lixo, de forma inaceitá-
vel, piorando cada vez mais a nossa vida
na Terra, bem como de gerações vindou-
ras. Acredito que o próprio consumidor de-
veria ter uma consciência ecologicamente
saudável e mudar os seus hábitos de con-
sumo. Dando valor aos produtos naturais,
feitos artesanalmente, de melhor qualidade
e durabilidade. E, sugiro ainda que as gran-
des mídias de massa, formadoras de opini-
ão, como TV, jornais e revistas, deveriam
incentivar e valorizar este tipo de atitude
eco inteligente.
AArtes: Para terminar, tem algo a acres-
centar a esta entrevista?
Patrícia Dias: Sim, agradeço imensamente
à Carolina Tadeu pelo convite especial. E,
não poderia deixar de agradecer à minha
querida Dalila Neiva (conceituada artesã)
por sua dedicação e força, bem como à mi-
nha amada mãe, Vera Lúcia, que é minha
grande e principal incentivadora.
Além, de parabenizar o trabalho exemplar e
de qualidade da Revista — Atelier das
Artes, bem como o respeito que demons-
tram aos artesãos, em geral. Blog
Entrevista realizada por: Carolina Tadeu
Atelier das Artes
Atelier das Artes 26
Foto: Dalila Neiva
Foto: Patrícia Dias
Foto: Patrícia Dias
Morada: Rua Paiã 2-B, Odivelas
2675-495 Odivelas
Telefone: 210 158 763
http://www.atelierarcoiris.blogspot.com/
email: atelier-arcoiris@hotmail.com
email: tulipas.cintilantes@live.com.pt
Trabalho executado por: Fátima Lobo
Para: Artes d´Amitaf
Blog: http://
lembrancasofertasdiversas.blogspot.com/
Telefone: 915054880
email: lembrancasofertasdiversas@gmail.com
Criações da Mina
Blog: http://criacoesdamina.blogspot.com/
E-mail: criacoesdamina.bijuteria@gmail.com
Economia Galeria de Trabalhos AArtes
Trabalho executado por: Alda Nunes
Para: Biskuit Art
Atelier das Artes 30
Trabalho executado por: Carolina Tadeu
Para: Mimos da Carol
Trabalho executado por: Maria João Cerqueira
Para: Cantinho da Cor
Trabalho executado por: Sofia Caixeirinho
Para: Atelier Arco Íris
Trabalho executado por: Marina Ribeiro
Para: Criações da Mina Trabalho executado por: Lurdes Ribeiro
Para: Magia das Cores
AArtes AArtes
4º Edição 31
Trabalho executado por: Sofia Caixeirinho
Para: Atelier Arco Íris
Trabalho executado por: Marina Ribeiro
Para: Criações da Mina
Trabalho executado por: Cláudia Pereira
Para: C. Artes
Trabalho executado por: Sara Castelo de Carvalho
Para: Os Pequenos Gestos da Abelhita
Trabalho executado por: Marina Ribeiro
Para: Criações da Mina
Trabalho executado por: Sofia Caixeirinho
Para: Atelier Arco Íris
Trabalho executado por: Alda Nunes
Para: Biskuit Art
Areias
Atelier das Artes 32
Material necessário: Papel autocolante de 2 faces
Tintas dimensionais
Papel Absorvente
Dodots
Papel Químico
X-acto
Lápis
Caneta de Acetato
Areias Arenart nas cores: preto; castanho escuro;
castanho claro; azul marinho; azul celeste; violeta
claro; branco; rosa claro; vermelho; laranja claro;
amarelo.
Verniz de acabamento em spray Arenart .
Realizado por: Cláudia Pereira
Para: CArtes
Como Fazer: 1º Passo
Passar o desenho, conforme indica a imagem, para o
papel dupla face utilizando o papel químico. Ficará co-
mo indica a imagem.
2º Passo
Cortar todos os traços com ajuda do x-acto,
sem retirar a película protectora e tendo o cui-
dado de não perfurar a película adesiva.
3º Passo
Retirar a película protectora consoante as zonas que se quer
aplicar a areia. Dicas: Começar sempre pelas zonas onde
se pretende colocar areias mais escuras.
Areias Passo a Passo
4º Edição 33
4º Passo: Aplicar as areias
deitando-as em forma de
chuva sobre a película ade-
rente posta anteriormente
e descoberto.
5º Passo: Usando a ponta
dos dedos, fixar as areias,
comprimindo-as e compac-
tando-as contra a parte
adesiva.
6º Passo: As areias ex-
cedentes devem ser rea-
proveitadas, sacudindo a
folha que serve de forra à
mesa de trabalho.
7º Passo: Deitar os exce-
dentes de areia nos res-
pectivos recipientes.
8º Passo: Continuar com
a aplicação das areias da
escura para a mais clara.
9º Passo: Terminar o fun-
do com as areias escolhi-
das.
10º Passo : Contornar to-
dos os limites do desenho,
incluindo os pormenores
como olhos, bocas, etc,
com a caneta de acetato.
11º Passo: Terminar o de-
senho, aplicando alguns
pormenores, com tintas
dimensionais, e dar o aca-
bamento de verniz.
Foto: Cláudia Pereira
http://susaart.blogspot.com/
email: susa.art@gmail.com
Artes d'Amitaf
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Telefone: 915054880
email: lembrancasofertasdiversas@gmail.com
http://astralhasdasol.blogspot.com/
Trabalho executado por: Elisabete Pinheiro
Para: Sonhos
Blog: http://beta-sonhos-de-vida.blogspot.com
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Embossing
Atelier das Artes 36
Material necessário Base de corte; Bisturi; Dobradeira; Estile-
te; Texturador; Pincel; Tesoura; Tesoura
Decorativa; Almofada de cor rosa para
carimbo; Placas de Texturas diversas;
Régua de texturar; Régua de corte; Al-
mofada de Embossing; Base para carim-
bos; Carimbo “Parabéns”; Pó de Embos-
sing; Palete de cores para Embossing;
Cola para Scrapbooking (Do Crafts); Cor-
tador de cantos; Fita de Cetim; Folha de
Papel para Scrapbooking (Papermania);
Folhas de papel decorativo para Scra-
pbooking (Papermania); Almofadas de re-
levo (Stix2);
Como Fazer:
O Embossing é uma técnica para criar desenhos ou letras em
relevo sobre folhas de papel.
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Utilizar uma folha de papel para Scrapbooking, e com a ajuda de uma base de corte e de
um bisturi, corta-la ao meio (Ilustração 1) . De seguida, usando uma dobradeira, marcar
o centro do postal, para que este dobre na perfeição (Ilustração 2). Dobrar o postal e
cortar o excedente do papel (Ilustração 3). Está pronta a base do postal.
Realizado por: Sara Castelo de Carvalho
Para: Os Pequenos Gestos da Abelhita
Embossing Passo a Passo
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Utilizar uma folha decorativa, uma régua com motivos para embossing e um estilete
(Ilustração 4). Colocar a folha virada com os motivos decorativos para baixo para que o
efeito embossing em relevo seja criado, (Ilustração 5) e com o estilete passa-se nas ra-
nhuras (Ilustração 6). É importante que o papel não se mova, especialmente depois de se
começar a criar o relevo, para que o desenho fique conforme o original. Para ajudar na ori-
entação, pode levantar-se um pouco a folha numa das pontas. Não existe necessidade de
preocupação se houver alguma marcação fora da ranhura, pois isso não irá alterar negati-
vamente o nosso trabalho.
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Terminado de passar o desenho (Ilustração 7), pode confirmar-se que apesar de algu-
mas pequenas marcas deixadas pelo estilete, por passar fora do desenho, este não foi
comprometido (Ilustração 8 e 9). Recortar os motivos (neste caso flores) para poste-
riormente decorarem o postal . (Ilustração 10 e 11)
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Passar a almofada de cor rosa para carimbo sobre as flores (Ilustração 12 e 13), para
acentuar o embossing em torno da flor, de seguida. Utilizar um pincel humedecido, passar
nas cores pretendidas (Ilustração 14 e 15) e pintar a flor a gosto (Ilustração 16).
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Usando um papel decorativo, uma placa com texturas e um texturador (Ilustração 17), Co-
locar a folha, virando a parte onde se deseja que o efeito de embossing em relevo seja cri-
ado (Ilustração 18), e com o texturador fricciona-se o papel sobre a placa com texturas
(Ilustração 19), em movimentos circulares ou lineares conforme o desenho, (neste caso
foram feitos movimentos lineares). Destaca-se, novamente , a importância de não movi-
mentar o papel, para não comprometer a forma do desenho.
Terminado o processo, vira-se a folha e podemos ver que a textura ficou gravada com re-
levo (Ilustração 20). Recortar um quadrado, para ser usado na decoração do postal
(Ilustração 21).
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Passo a Passo Embossing Il
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Utilizar um novo papel decorativo, uma nova placa com texturas e o texturador (Ilustração
22), repetir o processo da folha virada para onde queremos que o efeito de embossing em
relevo seja criado (Ilustração 23), e, com o texturador, fricciona-se o papel com movi-
mentos circulares (Ilustração 24).
Terminado o processo, vira-se a folha e constate-se que a textura ficou gravada com rele-
vo (Ilustração 25). Para realçar o relevo passa-se a almofada para carimbo rosa
(Ilustração 26).
Medir e recortar com a tesoura decorativa, um rectângulo, de forma ficar maior que o qua-
drado anterior (Ilustração 27). Recortar um novo rectângulo, um pouco maior, numa folha
decorativa diferente, desta vez, sem proceder à textura. Mais uma vez, textura-se um no-
vo rectângulo, um pouco maior que o anterior, desta feita, numa folha sem padrão (lisa)
de cor rosa (Ilustração 28 e 29). Terminado o processo, corta-se o rectângulo com a te-
soura decorativa (Ilustração 30). De seguida, recorta-se os cantos do postal, dando um
efeito arredondado (Ilustração 31).
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Passando à decoração do postal, inicia-se por fazer três linhas de cola para Scrapbooking ,
para colar três fitas de cetim de cor rosa (Ilustração 32 e 33). Cola-se os rectângulos an-
teriormente recortados e texturados, do maior para o mais pequeno, e aplica-se no postal
(Ilustração 34). De seguida, cola-se a flor com a qual se iniciou este passo-a-passo
(Ilustração 35), e, com três fitas de cetim fazemos um laçarote (Ilustração 36).
Colamos o laçarote no canto superior direito e aparamos as fitas. (Ilustração 37 e 38). E o
nosso postal já ganha forma (Ilustração 39). Com a sobra do papel para Scrapbooking utili-
zado para a base do nosso postal, iremos recortar dois rectângulos, um maior e outro mais
pequeno (Ilustração 40 e 41) O maior fica sem motivos de corte e iremos aplicá-lo de fren-
te. O mais pequeno iremos recortar com a nossa tesoura decorativa e iremos utilizar o ver-
so.
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Irá usar-se ,agora uma outra técnica de embossing, utilizando uma almofada de embossing
transparente, um carimbo a dizer “Parabéns” e uma base para carimbos (Ilustração 42).
Passar o carimbo com a base na almofada de embossing e marcar no papel (Ilustração 43 e
44). Usando uma folha branca para ajudar a reaproveitar o pó de embossing, polvilha-se
o rectângulo já marcado com o descritivo “Parabéns” (Ilustração 45) e retira-se o excesso.
Após secar, está pronta a etiqueta de "Parabéns" (Ilustração 46) Nota: Para uma secagem
mais rápida, pode utilizar-se uma pistola de ar quente
Para aplicar o "Parabéns", usa-se as almofadinhas de relevo (Ilustração 47) e coloca-se, no
postal, do rectângulo mais pequeno ao maior (Ilustração 48 e 49). Para o interior do postal,
recorta-se, de um dos papéis usados anteriormente, um rectângulo com a tesoura decorati-
va. A aplicação deve ser feita de forma centrada e com cola para Scrapbooking (Ilustração
51).
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4º Edição 41
Economia Galeria de Trabalhos AArtes
Atelier das Artes 44
Trabalho executado por: Sara Castelo de Carvalho
Para: Os Pequenos Gestos da Abelhita
Trabalho executado por: Maria João Cerqueira
Para: Cantinho da Cor
Trabalho executado por: Alda Nunes
Para: Biskuit Art
Trabalho executado por: Sofia Caixeirinho
Para: Atelier Arco Íris
Trabalho executado por: Carolina Tadeu
Para: Mimos da Carol
Trabalho executado por: Diana Almeida
Para: Artes e Bijux da Diana
AArtes AArtes
4º Edição 45
Trabalho executado por: Maria João Cerqueira
Para: Cantinho da Cor
Trabalho executado por: Marina Ribeiro
Para: Criações da Mina
Trabalho executado por: Lurdes Ribeiro
Para: Magia das Cores
Trabalho executado por: Cláudia Pereira
Para: C. Artes
Trabalho executado por: Lurdes Ribeiro
Para: Magia das Cores
Trabalho executado por: Carolina Tadeu
Para: Mimos da Carol
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Algarve
Algarve
O Algarve é a região mais a Sul de Portugal
Continental e representa uma área de 5000km². Com 200 km de costa banhada
pelo Oceano Atlântico, usufrui de um clima de características mediterrânicas. A sua po-pulação aproxima-se dos 400 mil habitan-
tes de tendência cosmopolita, distribui-se por 16 municípios concentrando-se particu-
larmente na zona litoral Sul.
Um Pouco de História O Al-Gharb (“O Ocidente”) foi o último re-
duto árabe em Portugal, pois permaneceu durante mais de 5 séculos sob o domínio
dos Mouros. Em meados do séc. XIII, dá-se a sua integração na coroa portuguesa, pas-
sando D. Afonso III a proclamar-se "Rei de Portugal e dos Algarves", tamanha era a sua diferença em relação ao resto do país.
O património arquitectónico marcado pela influência dos povos que aqui habitaram é
visível nos monumentos que subsistiram após os grandes terramotos do séc. XVIII. Os magníficos azulejos e as chaminés de
estilo próprio e muito trabalhadas são al-guns símbolos intemporais da terra.
Hoje, o Algarve é sinónimo de sol, praia e turismo. A essência desta região é inquesti-onavelmente o seu fantástico litoral. Mas
há com certeza muito a dizer sobre toda a
extensão do território algarvio que se en-
contra dividido em duas zonas horizontais, Barlavento (Oeste) e Sotavento (Este)
e três zonas verticais, Litoral, Barrocal e Serra.
O Barlavento (Oeste) apresenta uma paisa-
gem litoral rochosa recortada por belíssi-mas falésias de cores intensas e praias recônditas. O Sotavento (Leste) por sua
vez exibe uma costa mais suave composta por largas extensões de praias arenosas
onde o clima é mais ameno e as águas um pouco mais cálidas. Predominam no Litoral as zonas de comple-
xos turísticos de grande qualidade, as zo-nas comerciais e de lazer com os seus res-
taurantes, bares, hotéis e lojas. As suas numerosas unidades de lazer e a sua inten-sa vida nocturna são alguns dos atractivos
O Algarve. O que visitar e o que fazer…
Fonte: http://www.strawberryworld-algarve.com
Fonte: http://www.strawberryworld-algarve.com
4º Edição 47
Fonte: http://www.strawberryworld-algarve.com
Regiões & Costumes O Barrocal é um intermédio entre Litoral e
Serra, rural e genuíno com as suas árvores de frutos e vegetação selvagem e onde já
se encontram alguns aspectos mais típicos, misturando modernidade e tradição. A Serra é o verdadeiro Algarve desconhe-
cido, intacto e cativante. Promessas de aventura concretizam-se ao palmilhar ser-
ras e montes, ao confraternizar com os ha-bitantes e conhecer hábitos seculares. Aqui se descobre o folclore algarvio, dança
e música popular onde usam roupas e ins-trumentos muito próprios entoando sintoni-
as alegres. Durante os meses de Verão es-tes grupos actuam em diversas Festas e Romarias por todo o Algarve.
Conhecer a produção de aguardente de medronho e licores diversos é algo a não perder. Os concelhos de Tavira, Silves, La-
goa e Portimão, são característicos pelos seus pomares, uma herança deixada pelos
Mouros. Todavia é habitual encontrar la-ranjas do Algarve à venda até à beira das estradas e deliciar-se com o seu sumo dou-
rado e doce como o mel. O figo, a amên-doa e a alfarroba também são típicos do
Algarve e constituem um dos principais in-gredientes da doçaria regional.
Artesanato no Algarve O artesanato surge do nada à nossa frente
pelas mãos hábeis de alguns habitantes que se sentam à soleira da porta fazendo calmamente a “empreita” arte de trabalhar
a palma, confeccionando cestos, bases pa-ra as mesas, chapéus e muitos outros ob-
jectos de utilidade ou de decoração. Embo-ra seja característico do barrocal Algarvio,
é em Loulé que tem o seu ponto forte.
As rendas para decorar bonitas toalhas,
lençóis, roupas para a casa e enfeitar al-gum vestuário, são predominantes de luga-
res como Castro Marim, Olhão e Fuzeta.
A arte de trabalhar os tecidos, como as lãs e o linho, permitem a execução de belos
trabalhos tais como mantas e tapetes pro-venientes sobretudo de Monchique. Grande
parte dos artigos descritos, não esquecen-do os objectos em barro e porcelana tão conhecidos da região de Tavira ou de La-
goa, os quais podem ser adquiridos nas inúmeras lojas de artesanato que se en-
contram em todos os lugares de concentra-ção turística no Algarve.
Fonte: http://www.meloteca.com/folklore-portugal.htm
Fonte: http://www.visitportugal.com
Fonte: http://viajandoevivendo.blogspot.com
Fonte: http://www.guitec.pt
Atelier das Artes 48
Algarve Regiões & Costumes O Algarve é hoje um destino de férias pre-
dilecto que se tornou famoso pela extrema
beleza das suas praias, as suas paisagens
deslumbrantes, a sua intensa vida noctur-
na, os seus esplêndidos campos de golfe,
as suas excelentes unidades hoteleiras, a
sua cultura e tradições populares e a sim-
patia do seu povo acolhedor. O seu clima
fantástico, ameno e ensolarado todo o ano,
proporciona aos visitantes grandes mo-
mentos para desfrutar de variadíssimas ac-
tividades desportivas, culturais e de lazer.
Alcoutim O concelho de Alcoutim divide-se em 5 fre-
guesias : Alcoutim; Giões; Martinlongo; Pereiro; Va-
queiros . Alcoutim possui um extenso património
histórico com variadíssimos vestígios roma-nos visíveis no Montinho das Laranjeiras e
no Álamo. Ao visitar o Castelo de Alcou-tim, construído em xisto, deslumbre-se com a vista sobre o Rio Guadiana. É na Er-
mida de Nossa Senhora da Conceição de Alcoutim que se pode visitar o Núcleo Mu-
seológico de Arte Sacra e Arqueologia. As aldeias de Pereiro, Giões, Martinlongo e Lutão de Baixo que parecem ter ficado pa-
radas no tempo merecem também uma vi-sita. Em Guerreiros do Rio existe a possibi-
lidade de alugar um barco e fazer um pas-seio pelo rio Guadiana. É perto da povoação de Vaqueiros que foi
recuperada uma mina pré-histórica onde se aprende a evolução da metalurgia ao longo
da evolução do homem, no Parque Mineiro da Cova dos Mouros. No mês de Junho de-corre a Feira de Artesanato onde encontra
as mantas, toalhas, alforges ou ainda pe-
ças de lã ou linho executadas pelas tece-
deiras locais.
Delicie-se com os pratos tradicionais desta
região que tem como base as carnes de
borrego, porco, javali, lebre e perdiz. O
peixe aqui é do rio como a lampreia e a en-
guia. Por sua vez os doces tem como base
as massas de pão de onde surgem os fola-
res e as filhós.
Aljezur O concelho de Aljezur divide-se em 4 fre-guesias:
Aljezur; Bordeira; Odeceixe; Rogil
Aljezur é uma vila pequena e tranquila cu-ja actividade principal é a agricultura. No entanto esta parte da costa Ocidental do
Algarve possui maravilhosas e extensas praias com enormes areais ou pequenas
baías protegidas pelas falésias. Algumas destas praias com boas acessibilidades, co-mo a da Arrifana, Odeceixe, Bordeira, Praia
do Amado e Monte do Clérigo são muito procuradas para a prática de surf e bo-
dyboard.
Fonte: http://www.villageterraneo.org/pt/aljezur.htm
4º Edição 49
Regiões & Costumes Integrada no Parque Natural da Costa Vi-
centina, que se estende de Burgau no Con-celho de Vila do Bispo até à Ribeira da Jun-
queira em São Torpes no Concelho de Sines (Alentejo), incluindo uma faixa costeira submarina de 2 Km de largura. Este par-
que, riquíssimo do ponto de vista de fauna e flora existindo mesmo algumas espécies
únicas que só aqui se encontram, é tam-bém classificado no seu património históri-co, geológico e arqueológico. Este Parque
Natural é frequentado por raposas, gato bravo e o javali, entre outros.
Com o mar tão próximo, gastronomicamen-te oferece-nos pratos riquíssimos que vão desde os pargos, os sargos, os robalos e os
besugos grelhados até às deliciosas caldei-radas, não esquecendo os perceves tirados
das rochas batidas pelas ondas e sendo a batata-doce a base de alguns pratos mais
fortes e particularmente dos doces regio-nais. Será em meados de Outubro que po-derá apreciar o Festival da Batata-Doce e
dos Perceves, evento já muito divulgado e frequentado.
Como pontos de interesse destacamos a vista panorâmica a partir do Castelo cons-truído no séc. X, o Museu Municipal, a Igre-
ja Matriz, a Igreja da Misericórdia, o Pelou-rinho e a Casa Museu José Cercas.
Do seu artesanato salienta-se a olaria de onde saem trabalhos de grande qualidade e valor. Ainda se fazem algumas colheres de
pau e cestaria ficando mais esquecidas as características cadeiras de madeira.
Não perca uma visita às restantes freguesi-as, Bordeira, Odeceixe e Rogil, onde encon-trará sempre um monumento de interesse
histórico para conhecer.
Castro Marim O concelho de Castro Marim divide-se em 5
freguesias : Altura; Azinhal; Castro Marim; Odeleite
Banhada pelo rio Guadiana e detentora de uma paisagem de interior fabulosa, Castro
Marim surge assim no nosso horizonte. Fa-zer um cruzeiro pelo Rio Guadiana para descobrir um pouco mais do nordeste Al-
garvio deslumbrando-se com o verde con-
trastante da paisagem é algo inesquecível.
Castro Marim oferece aos seus visitantes belíssimas praias de areia dourada e fina
onde os azuis e verdes das águas tempera-das se confundem. Integrada na Reserva Natural do Sapal, este local oferece-nos a
possibilidade de conhecer as salinas e o processo de obtenção do sal, e claro, toda
a avifauna e vida marinha característica de um meio de sapal e charcos.
Foi concedido foral ao concelho em 1282 e
foi sede da Ordem de Cristo entre 1319 e 1356, o único período em que esta ordem (criada a partir dos Templários portugue-
ses) não esteve sediada em Tomar. Dos monumentos a visitar destacamos a igreja
matriz, a igreja de Santo António e a igreja da Misericórdia. O seu Castelo e o Forte de S. Sebastião proporcionam uma vista mag-
nífica sobre o sapal e os montes serranos. É no Castelo que no fim do mês de Agosto
decorre durante três dias a Festa Medieval que já se tornou conhecida a nível nacional.
Pequenas aldeias como Odeleite, Azinhal, Almada d’Ouro e Beliche onde ainda pouco
ou nada mudou, mantêm o seu tradiciona-lismo com casario branco de janelas e por-
tas emolduradas de azuis, ruas estreitas e trabalhos que se fazem à soalheira da por-ta.
Fonte: http://viagenstravel.com
Fonte: http://viagenstravel.com
Atelier das Artes 50
Regiões & Costumes Algarve
Faro O concelho de Faro divide-se em 6 fregue-sias:
Conceição; Estoi; Montenegro; Santa Bár-bara de Nexe; São Pedro e Sé.
Faro, primitivamente denominado Ossóno-ba, é capital administrativa do Algarve e
continua a ser um importante centro urba-no desde a ocupação romana, hoje com perto de 60 mil habitantes. O aeroporto in-
ternacional de Faro é o primeiro ponto de contacto com a região para a maioria dos
visitantes estrangeiros. O Museu Marítimo Almirante Ramalho Orti-
gão, a Igreja da Sé, o Museu Municipal, o Museu Arqueológico, a Lapidar do Infante D. Henrique e a Igreja de São Francisco
são exemplos do que se pode visitar. Não se pode deixar de passear pela parte velha
da cidade, a que chamaram de Vila Aden-tro. Aqui pode ver o Arco da Vila, o Arco do Repouso, o Centro Histórico, a Igreja do
Carmo e o Museu Regional do Algarve. Um conjunto de ilhas e penínsulas arenosas
estendem-se junto à costa e inserem-se na fabulosa Ria Formosa, uma reserva natural que se estende ao longo de 60 km da costa
do Sotavento Algarvio, entre o Ancão e a Manta Rota. Este é um lugar onde poderá
passar um dia maravilhoso em contacto com a natureza entre canais, sapais, ilho-tes e uma diversificada fauna indígena
composta essencialmente de aves raras. Poderá conhecer melhor a Ria Formosa
num pequeno cruzeiro a partir de Faro. No mês de Agosto não perca as Festas da Ria Formosa, em Faro e na Fuzeta, dando-
lhe a conhecer os melhores pratos da regi-ão, sendo o peixe e marisco os reis da me-
sa. Em Outubro, é já tradição a Feira de
Santa Iria, feira franca onde pode encon-trar os mais variados objectos de utilidade
ou apenas algumas horas de diversão nos carrosséis. Já se tornou famoso além fronteiras a con-
centração que o Motoclube de Faro organi-za há já 25 anos durante 4 dias em Julho.
Um enorme recinto na “Quinta das Almas” perto do aeroporto e da praia de Faro aco-lhe mais de 20.000 participantes de origens
diversas e milhares de visitantes que se juntam num convívio motard. Este evento
que representa a “Meca do motociclismo” conta com vários entretenimentos como um “Bike Show” fantástico, espectáculos ao
vivo de várias bandas rock e shows eróti-cos, e encerra com um desfile impressio-
nante de todos os motociclistas pelas ruas e arredores de Faro.
Saindo de Faro e tomando a direcção de São Braz de Alportel irá encontrar Estói, uma pequena vila repleta de história. O seu
magnífico palácio conta com uma colecção de azulejos antigos absolutamente maravi-
lhosa, uns jardins lindíssimos e uma vista sobre a serra deslumbrante. Em Maio, de-corre uma Feira com produtos artesanais
de onde se destaca o licor de medronho tão característico da serra do Caldeirão. À saí-
da de Estói poderá também encontrar as Ruínas de Milreu, uns vestígios interessan-tes de uma antiga urbe romana.
Lagoa O concelho de Lagoa divide-se 6 fre-
guesias : Barão de São João; Bensafrim; Luz; Odiáxere; Santa Maria e São Sebastião
Fonte: http://www.ecoviagens.com
Fonte: http://algarvecom.blogspot.com
4º Edição 51
Regiões & Costumes A cidade de Lagoa nasceu a partir da dre-
nagem de alguns pântanos que deram lu-gar a terrenos de cultivo. Em tempos viveu
da agricultura e pesca artesanal. De traços típicos e mantendo as tradições, virou-se para o turismo. Localizada perto do Rio
Arade e com uma costa de encanto invul-gar, podemos apreciar algumas praias em
Ferragudo, Carvoeiro, Lagoa e Porches. De-tentora de vários monumentos de valor histórico e artístico cuja Igreja Matriz, com
imagens do séc. XVIII e altares Barrocos, e o Convento de S. José, são exemplos a
apreciar. É no final do mês de Agosto que decorre a já famosa FATACIL, a maior feira de agri-
cultura, gastronomia, artesanato, turismo, comércio e indústria do Algarve.
Porches é sinónimo de cerâmica de origens seculares com cores e desenhos caracterís-
ticos e é na sua redondeza que poderá des-cobrir algumas chaminés consideradas as mais belas e raras da região. Aproveite pa-
ra visitar ainda a igreja Matriz e a Capela Nossa Senhora da Rocha.
O charme e a localização privilegiada da aldeia do Carvoeiro suscitam o encanto a todos os que a visitam. A não perder igual-
mente é a esplêndida vista panorâmica a partir do Farol de Alfanzina.
Em Estombar, para além da Igreja Matriz do séc. XVI e da Igreja da Misericórdia pas-se pelo Parque de Lazer das Fontes, lugar
agradável para descobrir e passear. Conheça o porto de pesca de Ferragudo as-
sim como a Capela da Nossa Senhora da Rocha e as surpreendentes rochas de Algar Seco. Para um dia bem passado em família
ou com amigos, poderá descarregar as su-as energias num dos parques aquáticos da
zona. Presente na gastronomia algarvia, o sabor a mar ou a serra, confere sempre aos pra-
tos confeccionados nas diferentes regiões algo especial a não perder. Também aqui
se poderá deliciar com as Sopas de Peixe, as Sardinhas Assadas, as Cataplanas de Peixe ou Marisco, Feijão Branco com Buzi-
nas, Ensopado de Peixe ou Carapaus Ali-mados. Se é apreciador de carne, não per-
ca o Cozido de Rabo de Boi com Grão e o Borrego Assado Arabesco.
Qualquer que seja a sua escolha terá sem-
pre um bom vinho da região para acompa-nhar. Para sobremesa, os doces regionais
como o Morgadinho de massa de Amêndoa, o Dom Rodrigo, o Morgado de Figo, o Pu-dim de Laranja ou o Florado de Lagoa são
pequenos “pecados” irresistíveis.
Lagos O concelho de Lagos divide-se 6 freguesi-
as : Carvoeiro; Estômbar; Ferragudo; Lagos; Parchal e Porches.
De grande importância, a cidade de Lagos foi o principal centro naval durante os des-
cobrimentos no séc. XV sendo aqui que D. Afonso Henriques armava as naus para partirem para a costa de África. Foi capital
do Algarve desde finais do séc. XVI até me-ados do séc. XVIII. Durante grande parte
do séc. XIX e início do séc. XX a indústria conserveira de peixe, teve um lugar pre-ponderante na vida económica e social des-
ta cidade, localizada no Barlavento Algar-vio.
Lagos é hoje mais uma cidade cuja activi-dade económica principal é o turismo. Local pitoresco, cheio de cor, movimento e rico
no seu património histórico, oferece aos seus visitantes belos pontos a visitar de
onde destacamos o Castelo e as muralhas que proporcionam vistas esplêndidas sobre a cidade. Locais de interesse a não perder
são igualmente a igreja de Santo António, com uma riquíssima talha dourada barroca,
a igreja de S. Sebastião, o Museu Municipal Dr. José Formosinho e o Museu Forte da Ponta da Bandeira, ponto observatório e de
defesa da costa e edificado nos finais do séc. XVIII.
Fonte: http://www.ecoviagens.com
Atelier das Artes 52
Regiões & Costumes Algarve A Ponta da Piedade é uma referência de
visita obrigatória. Ex-libris desta parte da costa, é constituída por espantosas forma-
ções rochosas entre altas falésias, furnas marinhas e grutas esculpidas na rocha pelo mar.
Um passeio de barco dar-lhe-á a conhecer melhor este local e proporcionar-lhe-á mo-
mentos inesquecíveis de observação da costa d'Oiro, ideal para a prática de des-portos náuticos. As praias deste concelho
são das mais belas e procuradas da região. Também aqui os apaixonados pelo golfe
poderão usufruir de campos magníficos co-mo o de Palmares e Boavista ambos com óptimas condições.
O magnífico panorama da pequena aldeia da Luz fez-lhe ganhar fama e é hoje muito
procurado por estrangeiros que aqui pre-tendem adquirir a sua residência de férias.
Ao visitar as Termas Romanas da Luz, fica-rá a conhecer um pouco mais sobre o povo que noutro século habitou esta região.
No Parque Zoológico de Lagos, em Bensa-frim, terá oportunidade de descobrir como
coabitam espécies exóticas e espécies en-démicas da região. No interior rural, onde a natureza ainda nos presenteia com as co-
res, os sons e os aromas do campo, tem lugar a Feira de Tradições e Artes do Algar-
ve. Este evento que decorre no mês de Se-tembro, dá a conhecer a sua gastronomia, doçaria, artesanato, a arte equestre e todo
um património de tradições e saberes secu-lares.
Loulé O concelho de Loulé divide-se em 12 fre-guesias: Almancil; Alte; Ameixial; Benafim; Boli-
queime; Quarteira; Querença; Salir; São Clemente; São Sebastião; Tôr.
Loulé é uma cidade situada a 18 km a nor-deste de Faro e onde perdura a tradição do artesanato, desde trabalhos feitos em la-
tão, cobre, cerâmica a mobiliário de verga, etc. Aos sábados, o Mercado Municipal cau-
sa grande afluência de visitantes com ven-da de frutos, legumes, bolos frescos entre outros alimentos e produtos típicos.
Uma ida às Igrejas de São Clemente, São Francisco e da Nossa Senhora da Piedade
satisfaz quem se interessa por cultura reli-giosa. Visite também o Museu de Arte Mo-derna, o Museu e Estação Arqueológica
Cerro da Vila e o Jardim dos Amuados. Conhecido em todo o país, o Carnaval de
Loulé é já tradição e traz visitantes de to-das as regiões para festejar os dias de fo-lia, com muitos carros alegóricos, muita
dança e animação de rua. Mas, para sam-bar como no Brasil é preciso sentir o calor,
e é em Agosto que Loulé e Quarteira vol-tam a ser palco do Carnaval de Verão. Em Almancil, e especificamente no Centro
Cultural de São Lourenço, poderá apreciar as várias exposições de arte moderna ou
assistir a um dos numerosos concertos que aqui têm lugar. Os mais aventureiros terão possibilidade de dar umas voltas no circuito
de Karting de Almancil. Pertencendo ao Concelho de Loulé, Vila-
moura, Quarteira, Quinta do Lago e Vale do Lobo ocupam o litoral desta região onde se localizam luxuosos empreendimentos turís-
ticos oferecendo uma larga escolha para umas férias de sonho. Aqui concentram-se
muitos dos melhores campos de golfe da Europa assim como variadíssimos restau-rantes de elevada qualidade.
Vilamoura já se tornou famosa internacio-nalmente graças ao seu Casino e à sua im-
pressionante Marina que proporciona exce-lentes passeios ao fim do dia.
4º Edição 53
Regiões & Costumes Aqui também poderá aproveitar para visitar
as ruínas romanas ou até disputar um jogo no super mini golfe. No Semino, perto de
Quarteira, terá oportunidade de passar um dia inesquecível com a família num dos vá-rios parques aquáticos que existem na regi-
ão. E ao final da tarde, num dos muitos restaurantes da cidade, delicie-se com o
tão conhecido camarão de Quarteira. O Barrocal serve de passagem para a serra onde nos perdemos com o fulgurante verde
e com os aromas silvestres que rodeiam a cidade de Loulé. Em Boliqueime, as Festas
Populares são festejadas em Junho com marchas e mostras da gastronomia tradici-onal.
Alte, aldeia que já foi considerada a mais típica de Portugal, é palco de uma vista es-
plêndida sobre a Serra do Caldeirão e conti-nua hoje a ser visitada por inúmeros turis-
tas que procuram o verdadeiro artesanato tradicional. Em finais de Abril e início de Maio tem lugar a Festa Gastronómica, de
Artesanato e Cultural desta região seguido do Festival de Folclore durante o mês de
Agosto. Também Salir e Querença festejam em Maio, mês de tradição popular. No Dia da Espiga é costume compor um ramo com
oliveira, espiga, malmequeres e papoilas entre outras. Pleno de simbolismos, dizem
que quem guardar o ramo até ao ano se-guinte, não faltará a felicidade no lar. É também em Maio que se começa a comer
os caracóis, com orégãos e pão caseiro tor-rado, petisco muito apreciado no nosso pa-
ís. Não deixe de visitar Querença, um lugar magnífico rodeado de verde, com a sua be-
la igreja e uma vista soberba sobre a serra, com alguns restaurantes onde se come di-
vinamente pratos tradicionais tais como o Galo de Cabidela ou o Xarém (as papas do milho, tradicional do Algarve). A Festa das
chouriças e enchidos ou Festa dos Folares são outros motivos de visita à aldeia assim
como a passagem obrigatória pelas grutas da Salustreira com quase oitenta metros de comprimento e doze de altura, junto à Fon-
te da Benémola.
Monchique O concelho de Monchique divide-se em 3 freguesias:
Alferce; Marmelete e Monchique.
Apelidada de “Jardim do Algarve”, este lo-
cal é o mais elevado da região, com os seus 902 metros de altitude, onde se en-
contra a Fóia, ponto de observação sobre quase todo o Algarve e onde até a Serra da Arrábida em Setúbal se pode avistar com
bom tempo. Vale a pena uma visita vertigi-nosa, principalmente pelo ar puro que se
pode respirar neste mar de verdura. No início de Março, a Feira dos Enchidos
Tradicionais da Serra de Monchique faz mostra dos produtos locais, como o presun-to, os enchidos e o mel. Alguns restauran-
tes típicos apresentam pratos como o cozi-do de grão, feijão ou milho com carnes di-
versas e xarém. Faça prova da aguardente de medronho, fruto oriundo das serras de Monchique, Caldeirão e da Serra do Espi-
nhaço do Cão e destilado com lenha de azi-nho em alambiques de cobre. Esta água da
vida combina bem os doces tradicionais à base de figo e amêndoa, sendo o mais ca-racterístico o bolo do Tacho e o Pudim de
Mel. Em Outubro, na Feira Anual de Mon-chique, os artesãos dão mostras de como
trabalhar a madeira, o couro e a tapeçaria. Não deixe de visitar as Caldas de Monchi-que com vestígios da presença romana e
onde existem hoje as termas para trata-mento de doenças reumáticas e problemas
respiratórios. A não perder, o Omega Par-que, um dos poucos lugares que se dedica à protecção de espécies em vias de extin-
ção.
Fonte: http://blog.hotelclub.com
Atelier das Artes 54
Regiões & Costumes Algarve Olhão O concelho de Olhão divide-se em 5 fre-guesias:
Fuseta; Moncarapacho; Olhão; Pechão e Quelfes.
Olhão, cidade do Sotavento Algarvio essen-
cialmente piscatória com um porto de pes-ca admirável, intitula-se a capital do maris-co. Impõe-se um passeio pelo mercado on-
de se vende o peixe mais fresco, acabadi-nho de chegar dos inúmeros barcos vindos
da faina. A Igreja Matriz, a Ermida de Nos-sa Senhora da Soledade e o Museu da Ci-
dade de Olhão são locais que merecem uma visita. No Cerro da Vila também se en-contram traços visíveis da passagem de po-
vos romanos, visigodos e Árabes. Na primeira quinzena de Agosto, não perca
o Festival do Marisco de Olhão, no Jardim do Pescador e delicie-se com as melhores receitas tradicionais na preparação dos fru-
tos do mar. Na Fuseta, podemos encontrar ainda um
pouco do Algarve tradicional. Vila essencial-mente piscatória, dirige também a sua acti-vidade para o turismo com o exemplo da
carreira de barco que leva os visitantes até à ilha da Fuseta e Armona, local distinto de
águas tépidas e areia branca. O facto de se encontrar integrada no Parque Natural da Ria Formosa, permite-nos observar a ri-
quíssima flora e avifauna característica que vive neste habitat, como a Galinha Sultana,
a Garça Real, o Pato Real, o Flamingo-Comum, o Perna-Longa, entre outros.
Portimão O concelho de Portimão divide-se em 3 fre-guesias:
Alvor; Mexilhoeira Grande e Portimão.
A seguir a Faro, Portimão é o centro comer-
cial e habitacional mais importante do Al-garve. A origem da cidade acredita-se da-tar do Neolítico graças ao que resta de uma
necrópole de nome Alcalar que comprova a presença humana naquela era. Dos monu-
mentos a conhecer salientamos a igreja da nossa Senhora da Conceição e o Colégio dos Jesuítas.
Atravessando o rio Arade entramos nesta cidade que é o principal centro para cruzei-
ros de recreio e pesca desportiva no Algar-ve. Os itinerários dos cruzeiros percorrem
toda a costa de leste a oeste dando a co-nhecer um espectacular cenário de caver-nas, penhascos e grutas.
Com excelentes praias, realçamos a Praia da Rocha cuja fama nacional e internacio-
nal a proclama como a ou uma das melho-res praias da região. Nas docas de Portimão encontra o peixe
mais fresco, principalmente a tradicional sardinha, conhecida como a melhor do Al-
garve. É sobre o cais do Rio Arade que al-guns restaurantes aguardam os apreciado-res da sardinha, já com as brasas quentes,
é só esperar alguns minutos e deliciar-se. Um dos eventos que atrai muitos amantes
dos sabores da cozinha tradicional algarvia é o Festival de Gastronomia que se realiza no mês de Maio. Também neste mês, o Rio
Arade é palco do impressionante Grande Prémio de Portugal F1 Motonáutica.
Entre Portimão e Lagos, a Ria de Alvor, sí-tio protegido, é um excelente observatório de aves, como o Perna-Longas, o Corvo-
marinho, a Cegonha entre muitas outras.
Fonte: http://pt.db-city.com
Fonte: http://www.directline-holidays.co.uk
4º Edição 55
Regiões & Costumes É da Ria que vêm as conquilhas, as amêi-
joas, o lingueirão e outros deliciosos frutos do mar que pode saborear na antiga povo-
ação piscatória de Alvor. Zona muito apreciada para a prática de golfe, Portimão conta com três campos de-
tentores de vistas paisagísticas magníficas como o campo de Golfe da Penina, de Pal-
mares e Alto Golf.
São Brás de Alportel O concelho de São Brás de Alportel compõe-se de uma única freguesia.
São Brás de Alportel já é uma cidade com o sabor a serra e o encanto do passado. Para apreciar melhor a ligação ainda existente
ao passado, faça um passeio pelo Vale de Alportel e visite algumas povoações carre-
gadas de história, como o sítio de São Ro-mão, Vilarinhos, Soalheira e Malhão, Vale da Corte, Juncais, Moremos e Úmbria, San-
ta Catarina e Alportel. Durante os meses de Janeiro e Fevereiro
poderá apreciar, como um pouco por todo o Algarve, o manto branco que se espalha com o florir das amendoeiras, com se fosse
neve. Reza a história que um príncipe ára-be casou com uma princesa nórdica e com
o passar dos anos ela estava cada vez mais triste de saudades da sua terra natal, onde havia muita neve. O príncipe mandou então
plantar amendoeiras em todo o Algarve, para que quando florissem se visse apenas
um manto branco e assim a tristeza da sua princesa desapareceria. É na serra do Caldeirão e especificamente
nesta região que encontramos a melhor cortiça do mundo, seleccionada para os
melhores champanhes franceses. Uma curi-
osidade deveras interessante são os “rolhões” (recipientes encontrados na via
pública junto aos ecopontos para a coloca-ção das rolhas de cortiça para posterior re-ciclagem).
Alguns dos monumentos a não perder são a Igreja Matriz, o Palácio Episcopal, o Mer-
cado, o Museu do Traje Algarvio e a Pousa-da, uma das mais antigas do país e onde se pode visitar o “moinho da pousada” com
uma vista magnifica sobre São Brás de Al-portel.
Na Páscoa, a Festa da Aleluia e das Tochas Floridas permite admirar tapetes de flores compostos directamente no chão. No fim
de Julho, não perca a Feira da Serra onde irá deleitar-se com os sabores da serra do
Caldeirão. Durante 3 dias, o artesanato, os produtos típicos, a doçaria, as melodias, os
saberes tradicionais e a animação de rua é constante.
Silves O concelho de Silves divide-se em 8 fre-
guesias: Alcantarilha; Algoz; Armação de Pêra; Pê-
ra; São Bartolomeu de Messines; São Mar-cos da Serra; Silves e Tunes.
Fonte: http://www.portugalvirtual.pt
Fonte: http://www.algarve-web.com
Atelier das Artes 56
Regiões & Costumes Algarve Tavira O concelho de Tavira divide-se em 9 fre-guesias: Cabanas de Tavira; Cachopo; Conceição;
Luz; Santa Catarina da Fonte do Bispo; Santa Luzia; Santa Maria; Santiago; Santo
Estêvão.
Tavira é opulenta no seu património histó-
rico com a sua Praça Principal, as suas 37 igrejas a ponte romana e outros monu-
mentos, não esquecendo o magnífico Cas-telo que proporciona um passeio pela cida-de bastante enriquecedor. Do cimo da Tor-
re de Tavira, o visitante poderá desfrutar de um olhar fascinante sobre esta bela ci-
dade. O Jardim junto ao rio Gilão oferece agradáveis momentos de descanso. Cidade essencialmente piscatória nas suas
origens, baseia a sua gastronomia nos pro-dutos do mar com os quais prepara delicio-
sos pratos entre eles os choquinhos com tinta, as lulas fritas, o atum e o polvo pre-parado das mais diversas maneiras. As es-
pecialidades da serra são a perna de cabri-to no forno e a açorda de galinha e para
sobremesa um delicioso folhado de Tavira ou uma bola de figo. Entre outros eventos, salientamos a feira mensal de produtos bi-
ológicos. Se é amante da natureza, tem um bom
motivo para fazer a travessia do rio e ir até à ilha de Tavira conhecer a praia de Caba-nas ou do Barril que apresentam belíssimas
paisagens entre as dunas e o Cemitério das Âncoras. Toda esta zona de ilhas encontra-
se inserida no Parque Natural da Ria For-mosa, sendo possível observar algumas
espécies de flora e aves.
O Barrocal de Tavira oferece também vari-adíssimos pontos de interesse.
A Freguesia de Santo Estêvão localiza-se mais ou menos a 17 km de Tavira. Seguin-do a direcção de Moinhos da Rocha, encon-
tra o Pego do Inferno, local ideal para rela-xar e ouvir os sons da natureza. São pe-
quenas cascatas que se formam no curso da Ribeira de Asseca e nas suas margens podemos observar diversas espécies, como
o cágado, o sapo e o ouriço caixeiro. O Parque das Merendas, em Santa Catarina
da Fonte do Bispo, é um local onde predo-mina o pinheiro manso proporcionando um lugar agradável para um piquenique. O ca-
maleão, um simpático réptil já em vias de extinção, encontra aqui o seu habitat pre-
ferido. No mês de Maio, na aldeia do Cachopo, é
organizada a Festa de Artesanato onde ar-tesãos partilham o seu saber com quem os visita. O Núcleo Museológico também é um
lugar de interesse a conhecer. E na fregue-sia de Santa Luzia em Pedras d’El Rei, en-
contra-se uma oliveira bimilenária com uma copa de 7,7 metros de altura e um diâmetro de 11,8 metros.
Vila do Bispo O concelho de Vila do Bispo divide-se em 5 freguesias:
Barão de São Miguel; Budens; Raposeira; Sagres; Vila do Bispo.
Fonte: http://www.hardmusica.pt
4º Edição 57
Regiões & Costumes Do ponto de vista geográfico Vila do Bispo
conta com duas costas, a costa ocidental menos recortada mas com ondulação propí-
cia à prática de desportos radicais como o Surf, e a costa sul, onde encontra belíssi-mas praias, que mesmo na época alta mui-
tas delas estão praticamente desertas, pro-porcionando grandes momentos de harmo-
nia com a natureza.
Do seu riquíssimo património histórico des-tacamos a igreja de Vila do Bispo, a Forta-
leza de Sagres e alguns Fortes que serviam para proteger a cidade. Encontramos tam-
bém muitos moinhos, alguns dos quais ain-da a funcionar, caracterizando o meio rural e agrícola em que se baseia parte da eco-
nomia da região.
Por outro lado, a partir dos anos 80 come-
çou a abrir as suas portas ao turismo. Inse-rida numa área de Parque Natural, conse-
gue preservar a sua beleza deixando prati-camente intacto este lugar de magníficas
paisagens ainda virgens.
Muito atractiva do ponto de vista gastronó-mico, oferece-nos delicioso marisco, como
os búzios e os famosos perceves, a moreia frita, o arroz de safio e o sargo no forno. Como prato mais do interior conheça o co-
zido de couve com enchidos e para sobre-mesa um delicioso bolo de mel. Todos os
anos, em Setembro tem lugar a Feira de Actividades Económicas, Artesanato, Gas-tronomia e Pecuária do Concelho de Vila do
Bispo, dando a conhecer melhor as suas
gentes e cultura.
No início do séc. XV, toda a Europa atraves-sava uma grave crise, e Portugal não era excepção. A falta de trigo, ouro e prata le-
varam os Portugueses à expansão maríti-ma. O ilustre Infante D. Henrique foi o
grande impulsionador dos Descobrimentos, e para preparar esta grande aventura era necessário reunir os sábios e navegadores.
Foi em Sagres que encontrou o lugar ideal para pôr em prática os conhecimentos des-
tes ilustres conhecedores da geografia e da navegação, partindo daqui algumas das ca-
ravelas à descoberta de outros continentes.
Fala-se mesmo da possibilidade de ter exis-tido uma Escola Náutica relacionada com os
feitos de D. Henrique, mas os factos históri-
cos contradizem-se e acabam por pôr a hi-pótese dessa escola nunca ter existido. O
Infante D. Henrique passou as últimas dé-cadas da sua vida em Sagres, falecendo a 13 de Novembro de 1460 no Cabo de São
Vicente.
O Cabo de S. Vicente é o ponto mais a su-
doeste de Portugal e da Europa, que lhe oferece vistas panorâmicas magnificentes sobre o Oceano Atlântico. Local estratégico
de passagem das embarcações em direcção ao mediterrâneo, conserva ainda hoje al-
guns monumentos característicos dessa época, como exemplo, as Ruínas do Con-
vento do séc. XVI.
A igreja Matriz de Nossa Senhora da Con-ceição e a Ermida da Nossa Senhora de
Guadalupe na Freguesia de Raposeira me-recem um olhar mais atento. Existem tam-
bém aqui inúmeros menires testemunhos
pré-históricos nestas paragens.
Vila Real de Santo António O concelho de Vila Real de Santo António divide-se em 3 freguesias:
Monte Gordo; Vila Nova de Cacela; Vila Real de Santo António.
Foi durante o séc. XVIII, e a seguir ao ter-ramoto de 1755, que o Marquês de Pombal
mandou construir esta cidade com um perfil geométrico de ruas perpendiculares devida-mente ordenadas à imagem da sua obra na
baixa de Lisboa. Como monumentos desta-camos a igreja Matriz de Nossa Senhora da
Encarnação e a Praça Marquês de Pombal símbolo desta arquitectura linear.
Atelier das Artes 58
Regiões & Costumes Algarve Em tempos cidade piscatória e virada para
a indústria conserveira, encontra-se hoje mais ligada ao turismo graças às praias do
seu concelho que apresentam areais dou-rados a perder de vista e águas bem tem-peradas pela proximidade do Mar Mediter-
râneo. As praias de Monte Gordo, do Ale-mão e de Manta Rota são exemplos das
mais procuradas pelos veraneantes.
Outro belo sítio a visitar é a pequena povo-ação de Cacela Velha, já no final do Parque
Natural da Ria Formosa, onde facilmente se encontram as tão apreciadas ostras. Locali-
zada no cimo de um monte, este local ofe-rece uma vista encantadora a partir das muralhas do seu Castelo e sobre toda a zo-
na que a rodeia. Com poucas casas, mas de pessoas muito simpáticas, saboreia-se
aqui óptimo marisco e peixe fresco. No pe-queno porto da vila poderá apanhar um
barco-táxi e descobrir onde termina a Ria
Formosa.
Também aqui a gastronomia tem como ba-
se o peixe e para saborear uma boa refei-ção recomenda-se como prato típico um
bife de atum ou a “estupeta”, nome dado a pedaços de atum em salmoura e depois co-zinhados num refogado de tomate e acom-
panhado de batata cozida.
As relações comerciais com a vizinha Espa-
nha são acentuadas devido à sua proximi-dade. A navegabilidade do Guadiana per-mite visitas a zonas como Alcoutim, no in-
terior Nordeste do Algarve, bem como dar um pulo à outra margem para “hablar con
nuestros hermanos”
Um modo muito próprio de fa-
zer, de sentir e de festejar.
Muito mais do que praias magníficas e um
clima abençoado, o Algarve tem para ofe-recer um riquíssimo património etnográfico
que vale bem a pena partilhar com os pra-zeres do Sol e do Mar. Ou então dedicar-lhe um tempo próprio. Porque no Algarve
há hábitos seculares, tradições ainda vivas e património construído, que podem ser
usufruídas ao longo de todo o ano. Desde
modos tão particulares de celebrar ocasi-ões festivas (como a Páscoa, o Natal ou a
Primavera) até testemunhos edificados de épocas antigas e recentes, passando, natu-ralmente, pelas irresistíveis iguarias que
fazem a Gastronomia da região, os algar-vios deixaram, ao longo dos séculos, um
legado tão precioso que se impõe conhecer
intimamente.
Casas Típicas
Inspirações mouras A arquitectura tradicional algarvia reflecte
a história, o gosto popular e as necessida-des das gentes do sul.
A brancura da cal nas paredes, eficaz re-flectora da luz do sol, e frequentemente renovada como prova de asseio e vaidade,
e as barras coloridas a emoldurar portas e janelas, são elementos que unem as casas
algarvias. As características variam, no en-tanto, consoante as regiões.
Fonte: http://albufeira.com/algarve/pt/
Fonte: http://www.panoramio.com
Fonte: http://br.olhares.com
4º Edição 59
Regiões & Costumes Na Serra do Caldeirão, as casas eram circu-
lares e feitas de pedra ou barro, com tecto cónico de colmo; hoje são quadrangulares e
feitas em xisto e grés vermelho. Em Mon-chique, são construídas em pedra granítica acinzentada. Já na planura, a casa típica é
pequena, e levantada com pedra e cal, e telha moura ou portuguesa. No litoral, são
construídos terraços sobrepostos, com es-cadas exteriores, terminando com um mi-rante no ponto mais alto, para observar o
regresso do barco da faina. Também carac-terísticas do litoral, de influência muçulma-
na, surgem as açoteias, terraços onde se procura o fresco e o descanso, e onde se secam figos, amêndoas e milho. De utilida-
de decorativa, as platibandas rematam as fachadas, com formas geométricas e múlti-
plas cores. As chaminés, símbolo da região algarvia, exibem-se trabalhadas em todas
as habitações.
As chaminés da vaidade Cilíndricas ou prismáticas, quadradas ou
rectangulares, simples ou elaboradas, as chaminés algarvias são um símbolo da regi-
ão, fruto da influência de cinco séculos de ocupação árabe. No Algarve não havia duas chaminés iguais,
porque os motivos decorativos dependiam sempre dos dias de construção e das pos-
ses do proprietário. Aliás, era costume en-tre os mestres pedreiros perguntar quantos dias queriam de chaminé, para avaliar o
valor do trabalho. Quanto mais delicada e difícil a sua elaboração, mais dispendiosa se
tornava. A cor predominante era o branco da cal, mas existem honrosas excepções, sobretudo em ocres e azuis.
Mais do que pura utilidade, as chaminés ti-nham um valor ornamental. A chaminé de
uso, e também a mais simples e funcional,
ficava na divisão onde se faziam as refei-
ções, enquanto a chaminé rendilhada, mais pequena e personificada, ocupava um lugar
de destaque na cozinha, onde apenas se recebiam visitas. Em termos práticos, a chaminé era conside-
rada um sinal de presença de pessoas, um bom indício do estado do tempo, e o local
onde era marcada a data de construção da casa. O interior do Algarve, especialmente Que-
rença, Martinlongo e Monchique, são os lo-cais onde melhor se podem contemplar es-
tas seculares chaminés, símbolos da arte popular, prova da perícia do pedreiro e mo-tivo de orgulho para qualquer proprietário.
A força da água e do ar Engenhos do passado que laboravam apro-veitando as forças da natureza, os moinhos de maré, as azenhas, e os moinhos de ven-
to, são um importante legado na história da região algarvia.
Sempre no cimo dos montes, os moinhos de vento construíam-se com paredes circu-lares caiadas de branco, prova de limpeza e
boa conservação, e tecto em forma de co-ne. Espalhadas pela serra, e esporadica-
mente no barlavento litoral, vêem-se ruínas destes moinhos, outrora apetrechados com velas de lona e mós que trituravam o milho
e o trigo com que se fazia o pão. Para não deixar morrer a tradição, o parque eólico de
Vila do Bispo continua a aproveitar o vento, desta vez com moinhos de esguias pás de aço, para produzir energia amiga do ambi-
ente.
Localizados sobretudo ao longo das ribeiras e no estuário dos rios, os moinhos de maré valiam-se das águas contidas em enormes
represas, que eram abertas na baixa-mar para fazer mover as suas mós; as azenhas,
utilizavam a água dos ribeiros. Actualmen-te, restam as sombras destes engenhos com excepcionais casos de recuperação,
como na Quinta do Marim
Atelier das Artes 60
Regiões & Costumes Algarve situada no Parque Natural da Ria Formosa,
que mantém o moinho a trabalhar regular-mente e aberto a visitas.
Técnicas engenhosas para regar
os campos- Engenhos milenares utilizados para elevar a água e conduzi-la ao campo, as noras, as
cegonhas, e os açudes, suportam técnicas primitivas de irrigação que fazem parte da história da agricultura algarvia.
Introduzidas pelos árabes, as noras são caiadas de branco e compostas por uma
roda que faz mover a corda a que estão presos alcatruzes – baldes que transportam a água. Inicialmente, eram accionadas por
mulas, burros, ou machos que se desloca-vam de olhos vendados num movimento
circular, mas hoje trabalham com potentes motores.
As noras são diferentes consoante as regi-ões. No barlavento, predominam as noras de alcatruzes, com engenhos montados em
poços e os círculos para o animal caminhar. Já a nora de elevação, com mina, para tirar
água a balde pelo interior, é típica do sota-vento. Em Faro e Olhão, destaca-se a nora com um eixo ligado ao engenho, localizan-
do-se de lado o círculo que o animal per-corre.
Utilizado em pequenas culturas, temos a cegonha, que permitia tirar água dos poços e ribeiros, baixando e levantando um balde
preso no extremo de uma vara. Os açudes, muros de pedra construídos em rios ou le-
vadas, serviam para reter, elevar e desviar a água destinada à rega.
Modos de Fazer Criatividade e saber em objectos com história.
Testemunho das artes tradicionais, mas também da cultura, da sociedade e da eco-
nomia do Algarve de outros tempos, o arte-sanato desta região faz hoje as delícias dos visitantes. Constituído por algumas peças
de cariz decorativo, mas maioritariamente por objectos com utilidades muito específi-
cas, é representativo da criatividade das gentes algarvias que souberam encontrar
maneiras práticas e graciosas de utilizar os recursos naturais da região. Os artigos mais comuns são os provenien-
tes da arte da tecelagem, actividade exerci-da, ainda hoje, um pouco por todo o Algar-
ve. Entre mantas, passadeiras, toalhas, li-nhos finos e alegres tapetes a oferta é vas-ta e a escolha difícil.
Talvez os mais populares, os objectos de barro, perderam alguma da sua importân-
cia utilitária, mas adquiriram qualidades or-namentais que os tornam irresistíveis e, por isso, muito procurados.
Outros objectos, como simpáticas bonecas que recriam o quotidiano das gentes, peças
em madeira, cobre e ferro forjado, rendas decorativas e cestos de formato e utilização diversa, são de fácil aquisição nas muitas
lojas da especialidade espalhadas por toda a região.
Folclore
A alma de um povo O movimento acelerado da música e o colo-rido dos trajes são a alegria do folclore al-garvio, enriquecido pelas sucessivas inva-
sões, e viagens empreendidas pelos algar-vios de espírito aventureiro.
4º Edição 61
Regiões & Costumes O “corridinho”, o “baile de roda” e o “baile
mandado”, em que os dançarinos executam os movimentos que lhes dita o “mandador”,
são as danças que melhor identificam o Al-garve. Ouve-se o tilintar dos ferrinhos, o acordeão solta as notas endiabradas e os
pares rodopiam até não se ver mais senão pernas trepidantes, que seguram coroas de
saias, e saiotes a levantarem voo. Se as danças populares do Algarve são um corrupio, já certos cantares tradicionais
apresentam uma faceta bem diferente da alma algarvia. É o caso das cantigas de tra-
balho, como as “leva-leva” dos pescadores, ou das cantigas que acompanham o ritmo da ceifa, nos campos. Há ainda as canções
de embalar e os romances, que podem ser lentos e arrastados ou vivos como marchas.
Normalmente, as letras são adaptadas ao tempo e às circunstâncias em que se can-
tam. Actualmente, já não são os camponeses que cantam, mas os grupos folclóricos e os
conjuntos de música tradicional que, ciosos das tradições culturais, se apresentam ao
longo de todo o ano em hotéis, restauran-tes, feiras e festas tradicionais.
Tecelagem
Fios úteis Testemunho das artes tradicionais da Serra Algarvia, a tecelagem é parte de uma he-rança cultural ainda bem viva no quotidiano
das gentes que a conservam como uma no-bre actividade artesanal.
À semelhança do que acontecia nos tempos antigos, a tecelagem é executada em casa pelas mulheres, mas o ciclo de tratamento
da lã e do linho é partilhado pelo casal. As bonitas mantas da Serra de Monchique,
sejam de lã de carneiro ou de trapos finos, são muito procuradas pelo seu efeito deco-rativo, sendo algumas delas peças de mu-
seu. Além dos tapetes, no nordeste algarvio fabricam-se, também, alforges que se po-
dem adaptar às dimensões da bicicleta.
Todos estes trabalhos são fáceis de encon-
trar, ao longo da Serra do Caldeirão. Um pouco por todo o concelho de Alcoutim, é
possível descobrir as tradicionais peças de lã e de linho que nascem das hábeis mãos femininas que trabalham nos teares.
Ao contrário da tecelagem tradicional, origi-nária do interior, a trapologia existe em to-
da a região. Uma arte que aproveita reta-lhos e restos de roupa inutilizados, cortados em tiras, e outras formas geométricas, pa-
ra depois serem cosidos uns aos outros, à mão, dando, assim, forma aos famosos ta-
petes e mantas de trapos coloridos.
Trapos e juta em forma de bo-
necas Uma actividade artesanal e minuciosa que
recria o quotidiano típico das aldeias algar-vias, especialmente as da zona interior, é a confecção de bonecas.
As famosas bonecas de Martinlongo con-tam, cada uma delas, uma história sobre o
quotidiano das gentes de Alcoutim. Maiori-tariamente femininas, estas bonecas repro-duzem em pormenor elementos físicos e o
modo de vestir das pessoas que lhes deram o nome, como é exemplo a Ti Zefa da Le-
nha. Todas têm um apanhado na bainha do vestido a fazer de pé, a cabeça adornada, e muitas empunham utensílios que ajudam a
identificar as actividades que representam. Fonte: http://www.cm-alcoutim.pt
Atelier das Artes 62
Regiões & Costumes Algarve
Mais a centro, as bonecas de trapos de Querença reproduzem os costumes locais
desta aldeia do concelho de Loulé. Retra-tam os hábitos locais, exibindo trajes tradi-cionais, outrora usados nos trabalhos do dia
-a-dia. Com cerca de 25 centímetros de al-tura, e vestidas a rigor com roupas regio-
nais, têm o rosto bordado e os cabelos fei-tos em lã. Na sua confecção, utiliza-se ara-me forte, trapos de toda a espécie, espuma
e tecido.
Bonitas e pitorescas, são uma excelente op-
ção para quem gosta de comprar pequenas recordações.
Rendas e Bilros
Rendas requintadas Diz o povo que “onde há redes, há rendas” e região algarvia não foge a essa máxima. Protagonistas do artesanato do sul de Por-
tugal, as rendas de bilros, de duas e cinco
agulhas, o crochet com agulha de barbela e a renda de filet de malheiro continuam hoje
a embelezar a casa e a roupa, como orna-mento requintado.
Em Castro Marim, as rendas de bilros conti-nuam a ser pacientemente tecidas por
mãos femininas, que perpetuam uma he-rança vinda da Flandres. Já no Azinhal, per-siste a renda de folhas, um modelo especí-
fico da região. Nas zonas de Olhão e Fuze-ta, é mais comum a renda com duas agu-
lhas, uma malha que lembra a rede do pes-cador posteriormente embelezada com os mais diversos motivos, e a renda com cinco
agulhas. O crochet com agulha de barbela, que se destaca em Loulé, permite executar
as mais variadas peças. A renda de filet ou malheiro, característica das zonas maríti-
mas, é conseguida com fio de algodão e o auxílio do malheiro (régua de madeira), sendo a malha esticada num bastidor onde
é bordada com pontos e motivos diversos.
Bater e moldar os metais com
arte
Forjar o ferro e bater o cobre são activida-des com grande tradição no Algarve. Ainda
é possível encontrar latoeiros que continu-am a moldar o cobre, com a destreza e a imaginação que lembram a influência árabe
do Norte de África, ou ferreiros (já raros), que engendram os portões e as protecções
de sacadas para decorar as casas mais abastadas.
4º Edição 63
Regiões & Costumes Na arte de bater o cobre, as criações são
várias e de grande utilidade para o quotidi-ano, como as famosas cataplanas, onde se
cozinham as amêijoas com carne de porco. Os trabalhos em lata, produzem vinagrei-ras, bilhas, cântaros, funis e cata-ventos.
Utensílios provenientes de uma actividade artesanal masculina que pode, ainda hoje,
ser presenciada nas zonas de Silves, Porti-mão, Tavira e Loulé. Em Lagos, Portimão e Faro, os trabalhos
em ferro forjado mantêm-se presentes nos cata-ventos, portões e gradeamentos de
algumas casas, o que outrora era um sinal exterior do prestígio e da riqueza de quem lá vivia.
Outros exemplos são as ferramentas do trabalho agrícola, instrumentos adaptados
à vida da região, que perderam grande parte do seu papel social quando a indús-
tria chegou, mas que ainda se podem apre-ciar no Algarve rural.
Entrançados de palma e cana Duas das actividades artesanais mais re-presentativas do Algarve são a empreita,
um entrançado de palma fina enrolado nos mais diversos feitios, tradicionalmente fe-
minino, e a cestaria, técnica de entretecer a cana e o vime, efectuado, quase exclusi-vamente, por homens.
A empreita, assim chamada por em tempos ter sido paga de acordo com a quantidade
produzida ao dia, é característica da zona do barrocal, onde a palma, uma espécie de palmeira anã, cresce no mato. Loulé é o
concelho por excelência deste trabalho ar-tesanal, feito em forma de capachos, tape-
tes, abanos, alcofas e chapéus. Mais típica das zonas ribeirinhas da Serra de Monchique e do Vale do Guadiana, onde
a cana cresce livremente, na cestaria fabri-
cam-se objectos utilitários, como cestos para os ovos, esteiras para secar os frutos
ou covos para a pesca. Os cestos ganham características específi-cas consoante a região. Os de Monchique
são originais pelo feitio e pela cor. Já no caso de Vila Real de Santo António, são re-
dondos e com tampa. Em Odeleite, feitos de vime ou de cana, têm um cariz muito utilitário, servindo para guardar a fruta e
para a pesca no rio.
Objectos úteis e arte decorativa Distinta representante do artesanato tradi-cional, a olaria algarvia soube acompanhar
a evolução dos tempos, transformando ob-jectos úteis em arte popular, com grande
valor ornamental. Outrora insubstituíveis nas lides do dia-a-dia, os cântaros de asas assimétricas, que
lembram ânforas romanas, ganharam nova vida. Velhas formas são agora embelezadas
com desenhos estilizados ou jogos de cores quentes que as transformam em bonitas peças de decoração. Ainda importantes,
mas sem quebrar a tradição e a utilidade, mantêm-se os artigos destinados à cons-
trução (telhas, ladrilhos e chaminés) e os alcatruzes – artefactos utilizados na pesca do polvo.
Por todo o Algarve, mas especialmente no litoral, é fácil encontrar bons exemplares
da arte oleira. O concelho de Lagoa, por exemplo, é conhecido pelas peças pintadas em tons de azul.
Atelier das Artes 64
Regiões & Costumes Algarve Em Porches, produz-se a mais conhecida
cerâmica do Algarve, e na região de Al-mancil encontramos o maior centro produ-
tor de louça regional, que se distingue pe-los seus desenhos. Em Lagos, continuam a reproduzir-se as chaminés algarvias, além
dos cântaros, telhas, alcatruzes, pratos, jarros e potes.
Já o fabrico de azulejos, decorados com motivos florais e pintados com diversas co-res, é assegurado por artesãos espalhados
por todo o Algarve.
Rota da Cortiça
Da cultura do sobreiro à produ-
ção das rolhas A história da cortiça em Portugal está in-
trinsecamente ligada a S. Brás de Alportel, concelho algarvio onde se fabricam as me-lhores rolhas do mundo. A proximidade da
Serra do Caldeirão, a norte, e a linha de cerros do Barrocal, a sul, proporcionam um
paraíso climático para os montados de so-breiros. Inicialmente utilizada no fabrico de baldes
e alguidares, depressa, e graças à industri-alização, a casca do sobreiro ganhou novas
utilidades. Hoje, produzem-se rolhas, cabos de cana de pesca, penas para volantes de badmington, malas e sapatos, revestimen-
tos para construção, isolantes térmicos e acústicos, entre outros.
O processo de tratamento da cortiça é mo-roso e exige técnicas especiais. Uma vez extraída do sobreiro, a cortiça é deixada a
secar durante seis meses, sendo posterior-mente cozida e colocada em repouso algu-
mas semanas. Só depois de separada e
prensada, fica pronta para ser transforma-
da. Actualmente, esta indústria milenar é alvo
do interesse turístico. A chamada Rota da Cortiça - um itinerário pela Serra do Cal-deirão que mostra a produção dos monta-
dos, a extracção da cortiça e a sua trans-formação industrial - vem também contri-
buir para proteger e divulgar o único pro-duto em que Portugal é líder mundial.
Transportes, decoração e peças
utilitárias Matéria-prima essencial no fabrico de inú-meros objectos, a madeira continua a fazer parte do artesanato algarvio, apesar da
evolução dos tempos ter obrigado à substi-tuição de grande parte dos objectos origi-
nais por réplicas miniaturais. Fiéis à tradi-ção, mantêm-se algumas carroças, as ca-
deiras de tesoura de Monchique e as colhe-res de pau de Aljezur. Apesar das carroças de madeira continua-
rem hoje a ser usadas como meio de trans-porte nas zonas mais interiores, as gentes
do litoral deram-lhes outra utilidade, recu-perando e decorando a preceito estes veí-culos tradicionais para passeios turísticos
pela região. Em Monchique, o artesanato de madeira é
um dos principais atractivos e, um pouco por todo o lado, é possível observar a des-treza e a habilidade dos artesãos no fabrico
de mesas, bancos, cajados decorados, e outros objectos. No entanto, o símbolo da
região é a cadeira de tesoura, um legado deixado pelos romanos que aqui habita-ram.
4º Edição 65
Regiões & Costumes Na região de Aljezur, subsistem os talheres
de pau, arcas e cadeiras de tábua e palha entrançada. Lagoa é rica em miniaturas de
barcos de pesca e carros de tracção animal em madeira, executadas por artesãos per-feccionistas que retratam com o máximo
rigor os exemplares de tamanho real.
Sabores da Serra e do Mar Sinfonia de aromas Conhecer a cozinha regional algarvia é
obrigatório para quem visita a região. Simultaneamente rica de sabores e simples
de confecção, a gastronomia do Algarve, à semelhança de tudo o resto, tem as suas raízes em tempos e quotidianos longínquos
e absorveu influências diversas. Por ser terra de pescadores virada para o
Atlântico, os peixes e mariscos desempe-nham papel protagonista nesta cozinha. Nestes casos, as melhores receitas provêm
dos pescadores que, ao longo de séculos aperfeiçoaram a melhor forma de conser-
var os sabores naturais – grelhando-os len-tamente no carvão. Mas não só. Há várias receitas em que os frutos do mar são deli-
ciosamente confeccionados com a ajuda das ervas aromáticas, especiarias e outros
sabores. A mais famosa é a de Amêijoas na Cataplana, recipiente de cobre de origem islâmica, especialmente eficaz na conserva-
ção dos aromas. Mas não é só do mar que vêm as influências. Toda a região interior
dotou a gastronomia algarvia de maravilho-sas receitas baseadas em produtos hortíco-las, plantas silvestres e carne proveniente
dos pastos serrenhos. Internacionalmente famosa, a doçaria é de
comer e chorar por mais! Não há quem re-sista ao sabor e aspecto das guloseimas divinalmente confeccionadas com amên-
doas, figos, laranjas e alfarrobas cultivadas
no Algarve, a que são adicionados açúcar e ovos.
Pertença deste magnífico património, são também a famosa aguardente de Medro-nho, os licores de frutos e os vinhos da re-
gião. Trata-se de um legado riquíssimo, cada vez
mais possível de ser apreciado em restau-rantes ou típicas tasquinhas por toda a re-gião.
Gastronomia Serrana
Sabores da terra A arte culinária algarvia, um tesouro sabo-
roso influenciado pelas actividades econó-micas da região, destaca-se no reino da
gastronomia portuguesa. A Serra, que se impõe entre o Alentejo e o Barrocal, adaptou a sua cozinha às produ-
ções locais, sem perder o saboroso gosto do sul. Salientam-se os pratos de carne de
porco, os enchidos, as papas moiras com farinha de milho e água da cozedura das morcelas, e os presuntos de carne escura.
A época de caça acrescenta ao cardápio a deliciosa sopa de lebre e a perdiz estufada.
Na gastronomia serrana são ainda típicos os diferentes cozidos, de couve, grão, fei-jão ou milho. O porco, o toucinho, e os en-
chidos do fumeiro, são as carnes de criação caseira que lhes dão sabor. Nos vales al-
garvios também não faltam deliciosos legu-mes, perfeitos em saborosos pratos e fres-cas saladas, com as ervilhas e favas em
lugar de destaque. O bolo do tacho e o famoso pudim de mel
de Monchique completam a refeição, rema-tada com um copo de aguardente de me-dronho, para ajudar a digestão.
Uma gastronomia variada e com um aroma especial, proveniente dos muitos condi-
mentos que a terra oferece para criar a di-ferença no sabor .
Atelier das Artes 66
Regiões & Costumes Algarve Peixes
Sabores do mar
No litoral algarvio, a pesca influencia direc-tamente a alimentação das gentes. O peixe
é o prato forte, cozinhado nas mais varia-das formas sem nunca deturpar o seu deli-cado e apetitoso paladar.
Saboreadas junto ao mar, as sardinhas são um petisco inigualável que supera, na sua
simplicidade, pratos mais elaborados. Di-zem os apreciadores que devem ser comi-das grelhadas, sobre uma fatia de pão ca-
seiro e uma salada montanheira a acompa-nhar, ou com batatinhas, cozidas com cas-
ca. O atum, outrora abundante em toda a cos-
ta, é uma especialidade em Tavira e Vila Real de Santo António, em bife, com amên-doas ou em estupeta, sendo a escolha difí-
cil. Em Santa Luzia, perto de Tavira, estão
guardadas as melhores receitas de polvo - estufado em vinho, panado, grelhado, com arroz malandro ou simplesmente assado no
forno. A caldeirada, que mistura os mais variados peixes, é um dos pratos mais
apreciados, sendo primorosamente cozi-nhada pelos pescadores. Peixe fresco grelhado ao lume lento do car-
vão, sopa de cação, arroz de safio, cara-paus de tomatada, charrinhos alimados,
salada de polvo, ou lulas com ferrado, são alguns dos pratos obrigatórios, impossíveis de resistir, especialmente se forem sabore-
ados numa praia, a ouvir o mar.
Sabores do Barrocal
Frutos doces e temperos es-
peciais A faixa de transição entre o litoral e a ser-
ra, o Barrocal, tem uma ementa variada, pois além do peixe da costa, recorre à pro-
dução de legumes, à criação de gado e à apanha dos frutos. As laranjas são um dos símbolos da região,
a par dos tradicionais frutos de sequeiro, como as amêndoas, os figos e as alfarro-
bas. Tal como as romãs, tidas como o fruto da sorte e da paixão, os citrinos colhem-se a partir de Outubro. Os medronhos são
apanhados no início do Inverno, mas espe-ram até ao Carnaval pela transformação
em aguardente.
É uma típica gastronomia de origem cam-ponesa, simples e prática, em que se des-tacam as favas, galinha cerejada, perna de
borrego no tacho, cozido de grão ou de re-polho, conserva de cenoura ou caracóis co-
zidos com ervas aromáticas. Pratos devida-mente condimentados pelo azeite, orégãos, poejo, alecrim e os coentros, que a terra
dá e o homem aproveita. Os queijos de cabra e ovelha, e os delicio-
sos doces tradicionais feitos à base de amêndoas, figos e alfarrobas, são uma óp-tima sugestão para terminar a refeição,
acompanhados por um dedal de aguarden-te de medronho ou licor de figo.
Mariscos
Petiscos com sabor a mar Terra de pescadores, o Algarve é exímio na arte
de bem cozinhar os mariscos, que chegam frescos
todas as manhãs.
4º Edição 67
Regiões & Costumes Petiscos de comer e chorar por mais, que
fazem as delícias dos algarvios e turistas que visitam a região.
Entre amêijoas, ostras, conquilhas, berbi-gões e lingueirões, os bivalves da costa sul são reis à mesa. Frutos do mar cozinhados
na chapa, na frigideira, ou no fundo de um tacho. O burrié e o percebe são normal-
mente comidos ao natural, em ambiente de convívio, entre anedotas e copos de vinho fresco.
A sopa de camarão, a feijoada de búzios, o xerém de conquilhas, o arroz de lingueirão
e a açorda de marisco são outros exemplos de fazer crescer água na boca. Muito pro-curada é a famosa receita de amêijoas na
cataplana, um dos pratos tradicionais mais apreciados do Algarve, cujo segredo está
na utilização do recipiente de cobre, de ori-gem árabe, que retém o sabor dos alimen-
tos nele cozinhados. Bivalves de encher o olho e o estômago que, todos os dias, são apanhados por pes-
cadores que dominam a arte do marisqueio e teimam em participar na gastronomia re-
gional algarvia com estes deliciosos frutos do mar. Teimosia que o turista agradece!
Doces Adoçam a boca e encantam o olhar… Feitos com as amêndoas, os figos e as alfarrobas,
os doces algarvios deixam um leve travo a tentação.
As lendárias amendoeiras e as figueiras são as grandes protagonistas. A pastelaria mais requintada inclui os Dom Rodrigo, o morga-
do de amêndoa, usualmente enfeitado com motivos regionais e flor de amendoeira, e o
maçapão, bolo de massa dura de amêndoa, recheada de fios de ovos e doce de chila. O figo é o principal ingrediente das estrelas e
dos figos cheios, recheados com pedaços
de amêndoa, açúcar e chocolate; os delici-
osos queijos de figo são moldados com uma pasta de figo e amêndoa moídos, cho-
colate, açúcar e condimentos “misteriosos”. Já os famosos doces em forma de peixes ou galinhas usam, simultaneamente, figo
moído e figo inteiro, cortado à tesoura. Por todo o Algarve continua a fazer-se o
folar, tradicional na Páscoa, e sempre pre-sente na mesa familiar, assim como outros doces de épocas festivas, como as empa-
nadilhas e os fritos de Natal. Estes doces de criar água na boca viciam o
estômago e a alma e justificam o regresso ao Algarve, só para os saborear.
Vinhos e espirituosos
Companhia indispensável Com uma região vinícola demarcada, que utiliza castas tradicionais para produzir vi-
nhos com sabor a fruto, baixa acidez, a que o sol de clima tipicamente mediterrâneo dá
uma graduação elevada, os vinhos e aguar-dentes juntam-se à tradição gastronómica do Algarve.
A importância da vinha remonta à presença árabe, época em que já se exportava o sa-
boroso líquido. Hoje, continuam a produzir-se vinhos de grande qualidade, aproveitan-do a localização protegida pela barreira
montanhosa de Monchique, contra os ven-tos frios do norte, e a exposição em anfite-
atro virada ao sul. Actualmente, a região vitivinícola do Algar-ve divide-se por Lagos, Portimão, Lagoa,
Albufeira e Tavira. A variedade de vinhos é grande, mas para acompanhar os delicio-
sos pratos algarvios aconselha-se o Vida Nova oriundo de Albufeira, o Balsa da zona de Tavira, o Alvor Vinho Regional Algarve
ou o Tapada da Torre, de Portimão. Monchique é a terra da aguardente de me-
dronho, destilada em alambiques de cobre por métodos ancestrais. Os licores são o resultado de receitas antigas, em que não
falta a afamada aguardente, e a que se juntam aromáticas ervas como o poejo, a
hortelã, o funcho, a erva-doce estrelada, ou frutos tão diversos como laranjas, mo-rangos ou amêndoas.
Fonte: http://www.visitalgarve.pt/
Atelier das Artes 68
Regiões & Costumes Gastronomia Charrinhos alimados
Ingredientes: Carapaus médios ou pequenos
Salsa, Alhos, Azeite Vinagre, Sal, Pimenta e malagueta q.b.
Confecção:
Amanham-se os carapaus ou charrinhos (pequenos carapaus), tiram-se-lhes as cabeças e os rabinhos e salgam-se, dispondo-os dentro de um prato de esmalte, em camadas alter-nadas com muitíssimo sal grosso, sendo a primeira e a última camada de sal. Tapam-se
com outro prato de esmalte, em cima do qual se põe um objecto muito pesado, como por exemplo um vaso com uma planta. O objectivo é endurecer o peixe por compressão, dei-
xando-se assim o peixe até ao dia seguinte, num local onde possa escorrer o líquido que deitam. Lava-se então e mergulham-se rapidamente num tacho que esteja ao lume com
água a ferver. Mal torna à fervura, escorrem-se, passam-se por água fria e, cuidadosa-mente, limam-se, isto é, limpam-se de pele, serrilhas, barbatanas e quaisquer outras espi-nhas que possam retirar-se sem os desfazer. Devem ficar branquinhos e rijos. Dispõem-se
numa travessa, cobrem-se com um pouco de água a ferver, regam-se com um fio de azei-te e outro de vinagre, salpicam-se com salsa, pimenta, pedacinhos de malagueta e alhos
picados e rodeiam-se com batatinhas cozidas. Há quem tempere a água a ferver com um raminho de orégãos, o que contribui bastante para enriquecer o aroma.
Fonte: http://iguarias.wordpress.com/2008/06/19/charrinhos-alimados/
4º Edição 69
Regiões & Costumes Arroz de Lingueirão
Ingredientes:
1,2 kg de lingueirão inteiro
400 g de arroz
1 dl de azeite
100 g de cebolas
2 dentes de alho
1 folha de louro
3 cravinhos de cabecinha
200 g de tomates
1 pimento verde pequeno
100 g de azeitonas pretas
1 dl de vinho branco seco
sal q.b.
pimenta q.b.
Confecção: Lave bem os lingueirões em água doce. Pique os alhos e a cebola muito fino. Pele os tomates e corte-os em pedaços pequenos. Em seguida, retire as sementes ao pimento, lave-o e corte pedaços pequenos.
Leve um tacho ao lume. Ponha dentro os lingueirões e cubra-os com água. Deixe cozer. Depois de cozidos retire os miolos do lingueirão e lave-os para libertarem a areia que pos-
sam ter. Passe o caldo onde cozeu os lingueirões por um coador fino, para dentro duma tijela. Lave o tacho e leve novamente ao lume. Coloque dentro o azeite e deixe aquecer. Em se-
guida, deite os dentes de alho, a cebola, a folha de louro e os cravinhos. Deixe alourar mexendo com uma colher de pau. Adicione o pimento e os tomates. Junte o
vinho e deixe refogar. Adicione o caldo onde cozeu os lingueirões e os lingueirões. Deixe ferver.
Junte o arroz, tempere com sal e pimenta e coza cerca de 15 minutos. Depois de cozido está pronto a servir. Decore os pratos com azeitonas.
Atelier das Artes 70
Regiões & Costumes Gastronomia Pudim de Água
Ingredientes: 12 gemas
450 g de açúcar
1 chávena de café de água
1 chávena de açúcar para o caramelo
Confecção: Misturam-se bem as gemas com o açúcar, mas sem bater. Adiciona-se a água fria e mexe-
se de modo a obter um preparado homogéneo. Tem-se uma forma de pudim, com chaminé e tampa, barrada com caramelo. Deita-se den-tro o preparado e leva-se a cozer tapado em banho-maria sobre lume brando durante 1
hora e meia a 2 horas. Verifica-se a cozedura espetando um palito no pudim; estando cozido o palito sairá seco.
Depois de frio desenforma-se o pudim. Na panela de pressão, este pudim leva apenas 20 minutos a cozer. Fonte: http://www.cgalgarve.com/receitas/algarve025.html
4º Edição 71
Miniarte Site: www.miniarte.lojasonline.net
Telemóvel: (+351) 939531463
e-mail: miniarte2011@hotmail.com
Das linhas aos Pontos Blog: http://
rendasebordadosefeltros.blogspot.com/
e-mail: pcfmmiranda@gmail.com
Mimos Biju Blog: http://mimosandra.blogspot.com/
email: sapaul.m@gmail.com
4 Pontos de Cor Site: http://www.4pontosdecor.com
e-mail: geral@4pontosdecor.com
Biskuit Art e-mail: biskuitart@gmail.com
blog: http://www.biskuitart.blogs.sapo.pt/
Nossos
Artesãos
Isaulindo Lopes Entrevistado 1º Edição da Revista
Presente na Fil na Feira de Artesanato 2011
Soledade Lopes Entrevistada 3º Edição da Revista
Presente na Fil na Feira de Artesanato 2011
Agradecimento
4º Edição 73
Agradecemos a todas as pessoas que gentilmente
Colaboraram connosco nesta 4ta. Edição da
Revista Atelier das Artes
Miguel Miranda
Pirografia - arte na
Madeira
Contacto: Facebook
Sara Castelo de
Carvalho
Os Pequenos Gestos da
Abelhita
Contacto: Blog
Cláudia Pereira
C. Artes
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Sofia Ramalho
Artes da Sofy
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Patrícia Dias
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zado
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