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Edição 27 - Julho de 2011
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PetrópolisRio de JaneiroJulho 2011Distribuição Gratuita
Nº 27Confira aProgramação Cultural
Vitral
[ ]+Tesouros da Arquitetura
Arnaldo Rippel Biblioteca do Museu Imperial e Biblioteca Rocambole
Hospital Santa Teresa
Entrevista Bisbilhoteca
InvernoFestivais aquecem a estação mais badalada da serra
Petrópolis A Revista da Cultura e do Turismo
economia local
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690 mil pessoas
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cultura petropolitana
O inverno chegou. E com ele a alta temporada, que
transforma a Petrópolis Imperial em um dos
destinos mais cobiçados da estação.
O clima frio da Serra é um verdadeiro convite para
quem deseja momentos românticos ao lado da
pessoa amada ou, simplesmente, curtir os amigos
e a família em dias mais intimistas, regados de
gastronomia de excelência, vinhos de alta
qualidade, aquecidos em ambientes charmosos e
aconchegantes.
Desde junho, quando os termômetros já
anunciavam a chegada da estação mais
concorrida da cidade, hotéis, pousadas e
restaurantes estão preparados para receber de
maneira muito especial os turistas. Durante todo o
inverno, festivais de fondues, caldos e cremes
aquecem paladares de todos os gostos.
A grande movimentação de turistas também se dá
com a chegada dos Festivais de Inverno que
durante todo o mês de julho, transformam
Petrópolis na capital cultural da serra.
Com uma programação mais clássica o Festival de
Inverno de Petrópolis - FIPET, promovido pela
Dell'Arte oferece de 01 a 17 de julho, 54 eventos
em espaços históricos da cidade que devem atrair
mais de 100 mil espectadores.
Já o Festival de Inverno Sesc Rio 2011, que
acontece de 8 de julho a 31 de julho, no Sesc
Quitandinha, traz grandes nomes como Beatriz
Segall, Herson Capri, Paulo Betti, Deborah Evelyn,
Julia Lemmertz, Fafá de Belém, Wagner Tiso,
Afroreggae, Leo Jaime, Tim Rescala, Arnaldo
Antunes, entre outros.
Parte do calendário oficial de eventos da cidade,
os Festivais atraem milhares de turistas e
visitantes aquecendo a economia local que
registra, neste período, um aumento de mais de
25% nas vendas do comérc io l oca l ,
principalmente, no setor de modas da Rua Teresa.
Com tudo isso, Petrópolis só tem o que
comemorar. Com cerca de 4.500 leitos e uma
ocupação média de 95%, espera-se receber, até
agosto, em torno de 315 mil turistas. Segundo a
Fundação de Cultura e Turismo o número de
visitantes (aquele que não pernoita na cidade)
deve ficar em 375 mil, ou seja, devem passar pela
cidade em torno de 690 mil pessoas, injetando na
economia local cerca de R$ 100 milhões de reais
até o final da estação.
Alta temporada aquece
a economia
A REVISTA DA CULTURA E DO TURISMO
PREFEITURA MUNICIPAL DE PETRÓPOLIS Prefeito: Paulo Mustrangi
FUNDAÇÃO DE CULTURA E TURISMO DE PETRÓPOLIS Diretor-Presidente: Charles Rossi
JORNALISTA RESPONSÁVEL: Isabela Lisboa (MTB 40.621/SP)
TEXTOS: Isabela Lisboa e Daiane Machado
GERENTE DE PROGRAMAÇÃO CULTURAL: Pedro Troyack
DESIGN GRÁFICO: DOM Criatividade | IMPRESSÃO: Editora e Gráfica Sumaúma
CENTRO DE CULTURA RAUL DE LEONI: Praça Visconde de Mauá, 305 - Centro | Tel.:(24) 2233 1201
Site: www.petropolis.rj.gov.br | TIRAGEM: 6.000 exemplares
Fale conosco: fctprevista@petropolis.rj.gov.br
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ais do que um Hospital, o Santa Teresa é um
importante tesouro da arquitetura de Petrópolis. E
como todo tesouro que deve ser preservado, o
hospital acaba de ter sua fachada totalmente
restaurada, trazendo de volta toda a beleza deste patrimônio
histórico do século XIX.
A reinauguração da fachada é mais um marco na vida deste
prédio cheio de histórias para contar. O projeto nasceu em
2008, após dois anos de estudos, e a obra, totalmente
financiada pelo Banco Itaú, custou R$ 1 milhão.
A restauração foi a primeira desde a inauguração do hospital,
em 1876. Idealizado pela Família Imperial em 1855, a
construção do conjunto arquitetônico demorou 15 anos para
se concretizar. A pedra fundamental foi lançada em 1871,
quando, a pedido do Imperador, o governo da Província do
Rio de Janeiro incumbe o arquiteto Eduardo Guimarães de
realizar a obra.
Seis anos depois era inaugurado o Hospital Santa Teresa –
nome dado em homenagem à Imperatriz Teresa Cristina, que
dedicou parte de sua vida à assistência aos mais pobres –
com 40 leitos e uma capela.
Sua arquitetura neoclássica segue o estilo simples das
fachadas dos hospitais da Santa Casa de Misericórdia do Rio
de Janeiro, edificados na década de 1840. Possui também
M
Serviço:
Hospital Santa Teresa - Rua Paulino Afonso, nº 477 – Centro / Tel: (24) 2233-4600
Petrópolis A Revista da Cultura e do Turismo
referências ecléticas com torreão e cobertura de cobre, além
das esculturas de leões, doadas ao hospital após serem
exibidas em uma exposição de flores no Palácio de Cristal,
por volta de 1876.
Em 1900, o Hospital Santa Teresa é entregue às irmãs da
Associação de Santa Catarina, entidade religiosa e
filantrópica criada em 1583, na Polônia, por Madre Regina
Protmann. A Congregação possui inúmeras obras
desenvolvidas em todo o mundo e no Brasil, voltadas para as
áreas social e da saúde, com creches, hospitais e escolas.
Mesmo tendo passado por muitas dificuldades financeiras,
um incêndio em 1911 e até mesmo por ameaças na Segunda
Guerra Mundial (quando movimentos populares perseguiam
alemães em Petrópolis), o Santa Teresa se manteve firme em
seus propósitos. Desde então, o Hospital vem crescendo e se
modernizando com novas alas e equipamentos de última
geração.
Atualmente, o prédio conta com 150 leitos, sendo 24 de CTI e
um centro Cirúrgico com 10 salas. Possui ainda uma ampla
unidade coronariana, banco de sangue, laboratórios e
ambulatórios de última geração.
05
Petrópolis A Revista da Cultura e do Turismo06
A Cervejaria Bohemia voltouNo dia 22 de junho, durante a abertura oficial da 22ª Bauernfest –
Festa do Colono Alemão, a Bohemia inaugurou a sua fachada e o
inicio de sua produção fabril. Todo o chopp da festa foi produzido
na fábrica, ou seja, turistas e petropolitanos puderam saborear,
“direto da fonte”, o exclusivo chopp Bohemia, marcando,
definitivamente, a volta da Cervejaria Petrópolis a Cidade.
Além da fábrica, o local também abrigará o Memorial da Cerveja,
o Centro de Tradições Petropolitanas, um restaurante e lojas de
souvenirs. A inauguração de todo o complexo está prevista para
o segundo semestre.
O dia 29 de junho – Dia do Colono – foi exaltado com a cerimônia que marcou o tombamento da Casa do Colono, que se
deu pelo decreto de nº 517 publicado em 24 de maio de 2011. Localizado na Rua Cristóvão Colombo, nº 1.034, bairro
Castelânea, o museu, de visitação gratuita, é marcado por suas paredes de
pau a pique, fogão interno e outras peculiaridades da época. Uma vez
tombado, o governo municipal pode conseguir linhas de crédito tanto de
órgãos governamentais quanto de iniciativas privadas para sua manutenção e
restauração. A Prefeitura de Petrópolis também decretou o tombamento do
antigo Cinema Petrópolis; do antigo Cine-teatro Capitólio; do Teatro Santa
Cecília; do Teatro Mariano; do Cinema Miragem; do Parque Cremerie; do
Belvedere; da Ponte da Grota Funda (antiga Serra da Estrela) e do Hotel
Majestoso (próximo ao Cremerie). O próximo da lista será Trono de Fátima,
que já está em processo de tombamento.
Tombamento Casa do Colono
Desde o dia 16 de maio, o bairro Quitandinha recebe o
projeto Ciranda das Artes nas Comunidades. A princípio,
em fase de implantação no bairro, o projeto dá
oportunidade aos moradores da região de fazerem
oficinas gratuitas de jazz, hip-hop, dança de salão,
artesanato, teatro, capoeira, ballet, entre outras, num
total de 12 cursos ministrados por profissionais
capacitados. Foram criadas 600 vagas para as aulas que
serão realizadas até dezembro de 2011.
O Ciranda das Artes visa à formação cultural, à iniciação
artística e à inclusão social e é aberto a todos os públicos.
Ciranda nas Comunidades
Foto: Divulgação
Foto: Alexandre Peixoto
Foto: Isabela Lisboa
Petrópolis A Revista da Cultura e do Turismo 07
Coral Canta RockA segunda edição do projeto “Coral Municipal Canta
Clássicos do Rock” foi um sucesso! Nos dois dias de
apresentações, cerca de 800 pessoas compareceram ao
Theatro D. Pedro. O coral, regido pelo maestro Paulo
Afonso Filho, interpretou um vasto repertório de clássicos
do rock com canções dos anos 1960 e 1970 das bandas
Queen, Scorpions, Pink Floyd, Led Zeppelin, Yes e Jethro
Tull. O evento foi promovido pela Associação dos Amigos
do Coral Municipal de Petrópolis em parceria com a
Fundação de Cultura e Turismo e contou com a
participação de uma banda de Rock'n Roll e uma
orquestra de câmara.
A cidade agora conta com uma entidade engajada na difusão da cultura
cervejeira do município: a Associação de Cervejeiros Artesanais de
Petrópolis (ACervA), criada em 21 de maio de 2011. Qualquer pessoa
pode participar desde que seja maior de idade e indicada por um dos
associados. Além disso, é imprescindível ter paixão pela fabricação de
cerveja para consumo próprio.
O grupo se reúne para degustação da bebida e troca de experiências,
mas leva a sério o que faz. Em junho, a ACervA Petrópolis participou do 6º
Concurso Nacional de Cervejas Artesanais, em Florianópolis, enviando
uma Barley Wine. A associação pretende, ainda, participar dos próximos
eventos da cidade com apresentações dos produtos produzidos pelos
membros e workshops.
Saiba mais em: http://www.cervejaartesanaldepetropolis.blogspot.com
ou http://www.acervapetropolis.blogspot.com.
Associação dos Cervejeiros Artesanais
Convênio Pontos de CulturaA Prefeitura de Petrópolis, por meio da Fundação de Cultura e Turismo,
assinou um convênio com a ONG Comando da Paz (Terreiro Cultural), o
CDDH (Filhos da Terra), o Canarinhos de Petrópolis (Aprendiz de
Canarinhos) e a Cia Língua de Trapo (Independência é Arte), instituições
sem fins lucrativos selecionadas pelo Programa Pontos de Cultura, do
Governo Federal, para receberem uma verba mensal de R$ 2 mil a ser
aplicada no desenvolvimento e ampliação de seus projetos. O programa é
uma parceria entre o Ministério da Cultura, através do Programa Mais
Cultura/ Viva Cultura – Pontos de Cultura, a Secretaria de Cultura do Estado
do Rio de Janeiro e as Instituições sem fins lucrativos e consiste em uma ação de inclusão sociocultural, que surgiu da
necessidade de apoiar projetos culturais já existentes, mas que precisam de recursos.
Fotos: Divulgação
Foto: Isabela Lisboa
Foto: Isabela Lisboa
Petrópolis A Revista da Cultura e do Turismo08
trativa o ano inteiro, a Petrópolis Imperial fica
ainda mais charmosa com a chegada do inverno.
O clima frio da serra é o convite ideal para casais
apaixonados, para amantes da boa mesa e para
aficionados em cultura de boa qualidade.
Basta os termômetros baixarem para que a cidade seja o
destino cultural imbatível. Milhares de turistas e visitantes
encontram aqui, o cenário perfeito para dias mais
intimistas, regados de alta gastronomia, vinhos de
excelência e um calendário de eventos de primeira linha.
A estação que marca o início da alta temporada em
Petrópolis teve seu ponto de partida em junho com a 22ª
Bauernfest – Festa do Colono Alemão, que durante 12
dias, lotou pousadas e hotéis da cidade, que puderam
desfrutar do melhor da cultura germânica, no Palácio de
Cristal e arredores. Restaurantes também entraram no
clima da festa oferecendo o melhor da gastronomia alemã
no 2º Circuito Gastronômico Alemão.
Em julho, uma vasta e variada programação, acontece em
dois Festivais de Inverno consecutivos. A oferta traz uma
formidável seleção de shows e espetáculos, espalhados
pelos mais diversos espaços, potencializando o charme da
cidade e a transformando em capital cultural da região,
atraindo gente de todo o país e do exterior.
Em sua 11ª edição, o Festival de Inverno de Petrópolis -
FIPET, promovido pela Dell'Arte oferece de 01 a 17 de
julho, 54 eventos em espaços históricos da cidade com
ingressos a preços populares ou gratuitos, mediante a
doação de 1 kg de alimento não perecível. Grandes
expoentes nacionais e internacionais da música clássica,
do jazz, MPB, corais, teatro, palestras, ballet, além de
jovens e promissores talentos com ênfase na música
clássica, poderão ser conferidos.
Entre as novidades deste ano está a abertura das
dependências do Palácio Rio Negro para a música e a
inserção de um palco na Praça da Liberdade, onde o
público terá a oportunidade de assistir, gratuitamente, a
apresentação inédita da Cia. Brasileira de Ópera, com o
espetáculo “Barbeiro de Servilha”, de Gioachino Rossini.
Outra apresentação de peso será a do pianista João Carlos
Martins, na regência da Camerata Bachiana, no Theatro D.
Pedro. Mesmo após um acidente que afetou o
desempenho de suas mãos, nunca desistiu da música
clássica, continuando a difundi-la através da regência.
Valem a pena ser conferidos também os espetáculos que
acontecerão no Palácio de Cristal: o Cristal Jazz, como o
próprio nome diz, trará sempre às 21h, o melhor do jazz
com Anna Elis Trio e banda (Holanda); Nacho Mena
Quartet e banda (Chile) e Dudu King (Petrópolis).
Destacam-se ainda as apresentações da a Cia. Brasileira
de Ballet apresentando “Gisele” que abre aqui a sua
temporada e os grupos modernos como o “Túnel do
Tempo”, de volta este ano com a Beatlemania, a pedido do
Fotos: divulgação
Petrópolis A Revista da Cultura e do Turismo09
público. Outros expoentes da música nacional brasileira
como Zeca Baleiro e Yamandu Costa também estão
agendados no Theatro D. Pedro.
Quem estiver em frente ao teatro antes do show de Zeca
Baleiro terá uma grande surpresa: a Cia. Quase Cinema,
vencedora do Prêmio FUNARTE Artes Cênicas na Rua,
fará uma intervenção cênica de “Sombras na Arquitetura”.
E na Praça dos Expedicionários, em frente às escadarias
do teatro, haverá a sensacional Orquestra Voadora.
Com uma programação mais moderna e contemporânea,
o Festival de Inverno Sesc Rio 2011 será realizado de 8 a
31 de julho, no Sesc Quitandinha. Ao completar 10 anos
traz para Petrópolis outros grandes nomes e novos
talentos nas áreas de teatro, música, dança, literatura,
cinema e artes plásticas.
A força do festival está na qualidade da programação e
seus protagonistas. Lázaro Ramos assina a direção
artística da comédia dramática “Namíbia, não!”. Beatriz
Segall e Herson Capri encenam o drama “Conversando
com a mamãe”. Ainda no teatro, Paulo Betti, Deborah
Evelyn e Julia Lemmertz sobem ao palco na interpretação
da comédia “Deus da carnificina”. No set de shows,
destaque para Fafá de Belém, Wagner Tiso, Afroreggae,
Leo Jaime, Tim Rescala e Arnaldo Antunes. Em literatura,
uma mini maratona de contos especial, com histórias de
reconstrução e superação. Os espetáculos têm ingressos
a preços populares, entre R$ 4,00 e R$ 16,00.
A programação completa dos festivais pode ser conferida
no encarte com a programação da Revista Petrópolis ou
nos sites www.petropolis.rj.gov.br e www.sescrio.org.br ou
Disque-Turismo 0800 024 15 16.
Pousadas, hotéis e restaurantes também entram na “onda”
dos festivais oferecendo serviços diferenciados,
especialmente preparados para atender aos públicos mais
diversificados.
Carro chefe das noites de inverno, os Festivais de Fondue
são uma deliciosa e romântica opção para aquecer o
paladar e podem ser encontrados em diversos locais da
cidade.
Na Pousada Paraíso Açu, todos os sábados, o fondue é
servido em seu restaurante, que conta com decoração
especial com velas e lareira. A opção é para hóspedes ou
sob reserva de acordo com a disponibilidade. Há ainda,
diariamente, aulas de artesanato, onde hóspedes e
visitantes aprendem técnicas de pintura em MDF,
cerâmica, produção de velas e reciclagem com jornal e
filtro de café. Ideal para quem gosta de trabalhos manuais.
Para os esportistas, a pousada ainda oferece mini golfe,
rapel, escalada, trilhas para caminhadas, arco e flecha,
entre outros.
continua na pág. 10
10
Na Pousada Paraíso Açú, também aos sábados é
oferecido jantar à luz de velas e um Sarau com voz e violão.
Ao comprar um fondue de carne, um de queijo e um de
chocolate, se ganha uma garrafa de vinho chileno ou um
Espumante Casa Valduga. O local também é um convite
para momentos de relaxamento e reflexão possuindo
serviços de massagem Zen-Shiatsu todos os dias e aos
sábados, pela manhã, alongamento e caminhada guiada
no Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
No Solar Fazenda do Cedro, acontece o tradicional
Festival de Fondues e Racletes. Este ano, serão
apresentadas versões diferentes e surpreendentes
regadas de muito bom gosto e acompanhadas de uma
excelente carta de vinhos. Os preços variam de R$ 68,00 a
R$ 88,00 para duas pessoas.
Já no Cervejota Bar e Botequim e no Capitólio Sushi bar, os
destaques são os cremes e caldos. No primeiro, de quarta
a domingo são oferecidos sete tipos. No segundo, todas as
terças e quartas é realizado o rodízio de caldos, com show
as terças da banda SouS. Em seu menu também constam
todos os dias, fondues de carne, queijo, camarão, frango e
chocolate.
Para os apaixonados por vinhos, vale uma visita aos
restaurantes Don Bistrô, em Itaipava e Bordeaux, no
Centro Histórico. Com uma vasta carta de vinho e menu
requintado, estes restaurantes são parada obrigatória para
quem deseja fazer um tour enogastronômico em
Petrópolis.
No Resort Bomtempo, pacotes especiais foram
preparados para quem pretende viajar em família. Entre os
diversos serviços, são oferecidos tratamentos estéticos
aliados a momentos de descanso no Spaço Bomtempo e
para as crianças e jovens, o hotel dispõe de sede infantil,
mini cinema, estação de aventura e atividades
especialmente programadas. Em julho traz para seus
hóspedes a Clínica de Férias com Dacio Campos.
Estas são apenas algumas das centenas de opções de
hospedagem e lazer que Petrópolis esta preparando para
este inverno. Vale lembrar que muitos hotéis e pousadas
possuem o serviço de Day Use, para quem deseja curtir os
serviços fornecidos sem precisar pernoitar no local. Uma
ótima opção para quem tem pouco tempo, ou mesmo,
mora na cidade.
Conheça outras opções de hotéis, pousadas e
res tau ran tes em: www.pe t ropo l i s . r j . gov.b r /
www.destinopetropolis.com.br ou Disque-Turismo 0800
024 15 16.
Petrópolis A Revista da Cultura e do Turismo 11
Tendo em vista a importância desse acervo para a história
petropolitana e do país será montada, na casa, uma biblioteca
com todos os livros da coleção Cláudio de Souza. Duas
técnicas, incluindo uma filóloga, atenderão ao público que
poderá consultar as obras. No segundo andar, alguns
cômodos serão montados com os móveis do escritor para
apreciação dos visitantes. A ideia é que, na casa, também
sejam realizadas exposições com temas relacionados à
história e ao acervo de Cláudio de Souza e que ali funcione um
centro de pesquisas ligado às artes, principalmente música e
teatro. No local também será disponibilizado um espaço para
pesquisa na internet. A inauguração da casa está prevista para
a primeira quinzena deste mês.
Atualmente, a casa abriga o Instituto Histórico de Petrópolis, a
Academia Brasileira de Poesia - Casa de Raul de Leoni, a
Academia Petropolitana de Letras e a Academia Petropolitana
de Educação.
ão há como negar a rica história de Petrópolis,
gravada nos nomes das ruas, bairros, praças e
casarões dos mais diversos estilos arquitetônicos.
Um deles é a Casa de Cláudio de Souza,
localizada em uma área privilegiada do Centro de
Petrópolis: a Praça da Liberdade. Recentemente,
o local, tombado em 1964 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan), vem passando por um intenso
processo de restauração, que teve início em novembro de 2010,
pelo Museu Imperial.
O imóvel que data do final do século XIX e início do XX, com
estilo eclético e influências art-deco foi doado, em 1956, pela
viúva do escritor, dona Luiza Leite de Souza, e entregue à União
para ser anexada ao Museu Imperial e receber atividades
culturais. Também foram doados livros, fotografias e demais
objetos, totalizando 158 peças entre móveis, utensílios de uso
pessoal e pinturas modernistas.
Quem foi Cláudio de Souza?Cláudio Justiniano de Souza nasceu em São Roque, São Paulo, em 1876. Colaborou nos jornais cariocas O
Correio da Tarde e A Cidade do Rio, apesar de sua formação em medicina. Trabalhou na capital paulista e
lecionou na Faculdade de Farmácia, que hoje pertence à Universidade de São Paulo. Em 1898, publicou seu
primeiro trabalho, Os nevropatas e os degenerados, ao mesmo tempo em que continuou contribuindo para jornais
por meio de pseudônimos. A comédia escrita por ele, Eu arranjo tudo, marcou sua estreia no teatro, em 1915.
Pouco depois, apresentou Flores de sombra, comédia que se tornou obra de grande influência no teatro
brasileiro.
Foi membro-fundador da Academia Paulista de Letras, em 1909. A paixão pela escrita falou mais alto e, quatro
anos mais tarde, abandonou a medicina e se dedicou à literatura e a viagens pelo mundo. Escreveu inúmeras
peças teatrais, artigos e textos científicos. Presidiu a Academia Brasileira de Letras em 1938 e 1946, onde ocupou
a cadeira de número 29, cujo patrono é Martins Pena. Cláudio de Souza faleceu, no Rio de Janeiro, aos 78 anos.
A biblioteca particular de Cláudio de Souza possui um total de 660 obras, incluindo livros de sua autoria e de outros autores consagrados. A
maioria é constituída por peças de teatro brasileiro com dedicatória dos autores.
A coleção engloba ainda algumas obras raras, como: Cântico da paschoa (Aloysio de Castro, 1930); Madame de Sablé: nouvelles études
sur la societé et les femmes illustres du XVIIe. siécle (Victor M. Cousin, 1859); Le more de Venise: journal d'un poète (Alfred de Vigny, 1863);
O romance de um homem rico (Camilo Castelo Branco, 1889); Sentenças de d. Francisco de Portugal, 1º Conde do Vimioso: seguidas das
suas poesias publicadas no cancioneiro de Garcia de Resende (1905); e L'oeuvre du divin Arétin (1909).
Texto: Daiane MachadoFotos: Isabela Lisboa / Arquivo Histórico Biblioteca Gabriela Mistral
N
Petrópolis A Revista da Cultura e do Turismo
Em 4 de julho de 1911 surgia um dos mais tradicionais e queridos
clubes de Petrópolis: o Petropolitano Fut-Ball Club. Seu escudo,
bandeira e flâmula foram definidos, anos mais tarde, nas cores
preto e branco e, em 1923, o Petrô, como foi apelidado
carinhosamente, conquistou seu primeiro campeonato de
futebol na cidade. Agora ele comemora seus 100 anos de
existência, orgulhoso de seu complexo esportivo, situado no
bairro Valparaíso, e de sua sede social na Rua Roberto Silveira,
no Centro. Quem está, desde 2005, por trás da gestão desse
patrimônio, é o petropolitano Arnaldo Rippel. Sua missão:
resgatar os valores e adaptar o clube aos novos tempos, sem
perder sua tradição. Formado pela Faculdade de Medicina de
Teresópolis em ortopedia e traumatologia, atualmente exerce a
função em um renomado hospital petropolitano, onde ocupa a
vice-presidência do Centro de Estudos, e é sócio de uma clínica
da cidade. Também é membro das Academias: Brasileira de
Poesia e Petropolitana de Letras, tendo fundado, em 1985, o
Clube de Poesia na sede social do Petropolitano F. C. Mas sua
história no Petrô vem de muito tempo, da época em que ali
funcionava o hotel-cassino Tênis Clube de Petrópolis.
12
Premiação Concurso de Poesias do Petropolitano - 1990
Concedida a: Daiane Machado l Fotos: Alexandre Peixoto e arquivo pessoal
Petrópolis A Revista da Cultura e do Turismo13
Também foi palco de grandes torneios
como o Campeonato Mundial de
Xadrez, em 1973, com a participação
dos melhores enxadristas do mundo.
Recebeu títulos importantes como o
Tricampeonato Estadual de Tênis de
Campo, o Campeonato Estadual Mirim
de Futsal, o Campeonato Nacional de
F u t e b o l d e M e s a I n f a n t i l , o
Campeonato Estadual de Handball,
além de 14 títulos municipais de
futebol e o inédito octadeca (18 vezes)
no Campeonato Municipal de
Basquete. A que você atribui todas
essas conquistas?
A.R. – É muita garra, muita vontade e
determinação. A pessoa tem que se
dedicar. É difícil hoje você ter dirigentes
de clube que trabalhem, disponham de
seu tempo, larguem a família e muitos
programas para estar dentro do clube.
Mas, felizmente, contamos com pessoas
dedicadas que nos ajudam muito e
aproveito para agradecer minha esposa
Patrícia dos Santos, sempre presente
nos momentos felizes e nem tão felizes
dessa trajetória nossa no clube.
R.P. – O que o público de Petrópolis
pode esperar paras as comemorações
do centenário do Petropolitano Fut-
Ball Club, que tem início no dia 04 de
julho (data de sua fundação) com
duração de um ano?
A.R. – O público pode esperar muita
festa. Dia quatro haverá um grande
foguetório e um café da manhã, vamos
mostrar nossa maravilhosa sala de
troféus, os filmes e fotos antigas do
clube.
Uma frase que eu sempre digo é que
Petrópolis é tão importante para o
Petropolitano quanto o Petropolitano é
importante para Petrópolis. Nós temos
um projeto social com três mil jovens de
20 comunidades carentes. O clube está
mudando, está desmistificando a
imagem de clube da elite, porque ele é
normal, de pessoas normais e de uma
cidade especial que é Petrópolis, e que
tem que caminhar de braços dados não
só com o pe t ropo l i tano , mas ,
evidentemente, com a cidade também.
Revista Petrópolis – Sua ligação é
bem antiga com o clube. Seu avô
trabalhava no Palace Hotel e levou,
muitas vezes, refeições para o aviador
Alberto Santos Dumont, que praticava
esporte no antigo Tênis Clube de
Petrópolis, hoje Petropolitano Fut-
Ball Club, e o convidou para ser
boleiro. Pode-se dizer que ele foi peça
essencial para o início da sua história
na casa alvinegra?
Arnaldo Rippel – O Santos Dumont
acabou sendo cupido do meu avô e da
minha avó, num almoço ajantarado aqui
no próprio Tênis Clube. O vovô foi sócio
do Petropolitano por quase 80 anos,
minha mãe frequentava as festas de
carnaval que eram realizadas, meu pai
foi conselheiro e eu vinha ao clube já
desde a época da gravidez da minha mãe
que, no carnaval, trouxe a minha irmã
com sete anos de idade e eu na barriga
dela.
R.P. – O fato de desde cedo frequentar
o clube, sobretudo utilizando as
quadras de tênis do Petrô, aliado ao
seu senso crítico, fez com que
recebesse o convite para assumir o
cargo de subdiretor social, em 1981.
Por que você se considera o elo entre
o velho e o novo no que diz respeito ao
Petropolitano?
A.R. – Eu tinha contato sempre com as
pessoas mais antigas, conselheiros,
diretores, com o pessoal mais tradicional
do clube e, no final do ano de 1981, me
convidaram. Passei por vários cargos,
tanto na área cultural quanto social e, em
2005, surgiu a oportunidade de tentar
resgatar o Petropolitano, que não estava
morto, mas estava em um caminho não
muito bom. E estamos conseguindo.
R.P. – O Petropolitano chegou a contar
com mais de 6 mil sócios e hoje esse
número decaiu bastante, apesar do
crescimento nos últimos anos. A que
você atribui essa desistência?
A.R. – Um dos motivos foi a grande
chuva de 1988, que fez com que a cidade
não tivesse carnaval por dois anos.
Depois a situação ficou mais complicada
com a chegada do videocassete, do
DVD, dos condomínios com piscina, das
casas com quadra de tênis e das saunas
particulares. Então, tudo aquilo que era
feito dentro do clube passou a ser feito
extramuros. Sem movimento você não
tinha como investir em atividades sociais,
mas há seis anos estamos aqui e,
felizmente, multiplicamos por seis o
número de associados e espero que a
tendência de agora em diante,
principalmente nessa fase do centenário,
seja crescermos ainda mais.
R.P. – Durante o seu mandato foram
feitos resgates de festas tradicionais e
colocadas em prática algumas
inovações. Fale um pouco sobre elas
e do que virá pela frente.
A.R. – Fizemos o resgate das festas e de
tudo o que marcou a história e a vida do
Petropolitano. O Baile do Preto e Branco
(antigo Baile de Máscaras), o Baile do
Hawaí, a Terça-Feira de Carnaval, o
Baile da Ressaca, as festas Som Petrô, e
agora, a noite dançante com o pessoal de
mais de 40 anos toda sexta-feira, são
alguns exemplos. Vamos voltar a fazer os
grandes bailes que a sociedade tanto
pede, com grandes orquestras. Vamos
iniciar com o Baile de Aniversário, com a
orquestra Tupi, uma das melhores
orquest ras da Amér ica Lat ina .
Voltaremos também com o Petrô Teen,
aos domingos, e faremos um teatro
infantil. Nossa missão agora, nesses três
anos, é reformar o clube, não só na área
esportiva, mas também na área social. A
ideia é que agora nós trabalhemos e
marchemos juntos para a reforma do
patrimônio, até porque com 100 anos
você tem que fazer uma plástica, senão
não tem jeito. (risos).
R.P. – Nesses 100 anos do
Petropolitano Foot-Ball Club foram
mais de dois mil troféus, além de
medalhas, placas comemorativas e
flâmulas, conquistados pelas equipes
do clube. Celebridades como Pepino
de Capri, Roberta Kelly, Lulu Santos,
Chico Buarque de Holanda e tantas
outras se apresentaram no local.
Texto: Daiane Machado l Fotos: Museu Imperial/IBRAM/MinC
14 Petrópolis A Revista da Cultura e do Turismo
Novo espaço de leitura para crianças leva o nome do cachorro da princesa Isabel
Biblioteca Infantil Rocambole – Museu Imperial
Horários de funcionamento:
Quarta a sexta-feira: das 9h às 12h e das 14h às 17h (atividades para grupos escolares com agendamento prévio).
Informações: (24) 2245-4182 / (24) 2245-4162
Agendamento para grupos escolares: (24) 2245-7735 (Setor de Educação)
Biblioteca do Museu Imperial
Horário de funcionamento:
Segunda a sexta-feira das 13h30 às 17h30.
Contato: (24) 2245-4162/4182
mimp.biblioteca@museus.gov.br
SERVIÇOS:
O Museu Imperial também possui desde sua criação, em 1943, uma
biblioteca voltada para o público adulto, especializada em História,
principalmente a do Brasil no período imperial. São,
aproximadamente, 50 mil títulos, com oito mil obras raras,
organizados em seis grandes coleções: Coleção de Obras Raras,
Coleção de Periódicos, Coleção Cláudio de Sousa, Coleção Lourenço
Luiz Lacombe, Coleção Pedro Karp Vasquez e Acervo Geral.
Na Biblioteca estão disponibilizados mais de dois mil volumes para
consulta rápida, que compreendem dicionários, enciclopédias,
glossários, entre outros. Qualquer pessoa pode realizar pesquisas,
inclusive pela internet, no site http://www.museuimperial.gov.br, que
oferece buscas por autor, artigo e assunto.
Para facilitar o acesso aos consulentes e visitantes, desde março, a
biblioteca conta com uma nova entrada. O acesso ao setor é agora
realizado pelo saguão, localizado em frente ao Bosque do Imperador.
As pessoas portadoras de deficiência podem entrar pelo portão dos
funcionários, ao lado do prédio, com rampa para o andar da Biblioteca.
á dois meses, a cidade de Petrópolis conta com mais
uma biblioteca. O espaço infantil, denominado
Rocambole, foi inaugurado durante as comemorações
da 9ª Semana Nacional de Museus, no Museu Imperial,
e recebeu esse nome em referência a um dos cães de estimação da
princesa Isabel.
O ambiente colorido é extremamente atrativo às crianças e todo
marcado pelas “pegadas” do Rocambole. Os livros são separados por
faixa etária, com indicação de leitura específica para crianças.
Esse é mais um espaço que visa incentivar a leitura, estimulando o
público infantil a desenvolver a imaginação, a curiosidade e a
criatividade. No local são oferecidas atividades educativas e culturais
que colaboram com a difusão da literatura infantil e,
consequentemente, com a formação de leitores. Entre elas estão a
“Hora do Conto”, comemoração de datas especiais, exibição de
vídeos e lançamentos literários.
A Biblioteca Rocambole possui um acervo de, aproximadamente, 350
volumes, que inclui livros, periódicos, atlas, revistas, jornais, gibis,
jogos, dicionários e DVDs. A inscrição é gratuita e podem ser feitos
empréstimos dos materiais, com exceção dos que estão sendo
usados para trabalhos específicos, brinquedos e as obras de
referência (enciclopédias, dicionários, etc). Para efetuar cadastro
basta o usuário ou responsável apresentar documento de identidade,
comprovante de residência, uma foto 3x4 e preencher o Termo de
Compromisso. Entre os direitos do usuário estão desconto de 10%
nos produtos da Loja do Museu Imperial e uma entrada gratuita, por
ano, em um dos eventos permanentes do museu, como visitação ao
Palácio, o Espetáculo Som e Luz e Um Sarau Imperial.
A biblioteca está localizada na área de atividades do Setor de
Educação e é voltada, principalmente, para crianças entre um e dez
anos de idade, além de grupos escolares.
Para divulgar a nova biblioteca e fornecer outras informações a
c r i a n ç a s , p a i s e p r o f e s s o r e s , f o i c r i a d o o b l o g
http://bibliotecarocambole.blogspot.com. Na página é possível
encontrar toda a programação da Biblioteca Rocambole, horários de
funcionamento, contatos e conteúdo para o público infantil.
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