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Apaixonados por futebol, como você.
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DE OLHO NA
SELEÇÃOO atacante Walter revela seu sonho de vestir a camisa do Brasil
ANO 1 • NÚMERO 7 • 2015 • R$10
Ney Franco volta ao Coritiba para
tentar repetir bom desempenho
Luiz Casagrande, o Casinha, assume a presidência do Paraná para ficar até o último minuto
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COORDENAÇÃO DE CONTEÚDOFernanda Brunfernanda@olikcomunicacao.com.br
JORNALISTA RESPONSÁVELThais Vaurof – Mtb: 8270/PRthais@olikcomunicacao.com.brcontato@olikcomunicacao.com.br
COLABORADORESMahani Siqueira, Priciane Crocetti, Ricardo Galeb, Thaisa Meraki e Thiago Ribeiro
REVISÃOThalita Uba (Lumos Traduções)
PROJETO GRÁFICO Lais Pancote
DIAGRAMAÇÃOSabrina Evelize Godarth e Lais Pancote
PARA ANUNCIARcomercial1@revistasofutebol.com (41) 3209-3389
Nenhuma empresa ou pessoa está autorizada a retirar produtos, comercializar espaços publicitários ou editoriais, a não ser com autorização por escrito da Olik Comunicação, situada na cidade de Curitiba.
sta edição da Revista Só Futebol chega
com um ídolo atleticano na capa. Walter
chegou ao Atlético e conquistou os tor-
cedores. Em uma entrevista exclusiva,
ele fala sobre seu desempenho no clube
e sobre o sonho de vestir a camisa da
Seleção Brasileira. Nas próximas pági-
nas, você também vai encontrar uma matéria com Ney
Franco que conta sobre suas expectativas neste re-
torno ao Coritiba e a vontade de repetir o mesmo bom
desempenho do passado. Luiz Casagrande, o Casinha,
também conversou com nossos repórteres e falou do
orgulho que sente do Paraná Clube e da honra de estar
na cadeira de presidente do time.
Por aqui, você também vai saber como estão os times pa-
raenses no Brasileirão e outros campeonatos que estão
rolando pelo estado, com outras equipes. Destacamos,
ainda, a nova forma de acompanhar os jogos, a con-
quista do Operário no campeonato estadual e a volta da
Suburbana. Conversamos também com ex-jogadores de
clubes paranaenses, que falaram da época lúdica do es-
porte, e com torcedores que superam todas as adversi-
dades para dar apoio aos times do coração.
Boa leitura!
E
EDITORIAL
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8 • Revista Só Futebol •
PARANAENSEOperário deixa a
fama de fantasma e levanta
a taça do estadual 2015
CAPAWalter, o novo
ídolo do Furacão, em uma
conversa exclusiva
PERFILLuiz Carlos
Casagrande promete
continuar no Paraná
IMPRENSAO Twitter e a
nova forma de acompanhar
os jogos
BRASILEIRÃOOs desafios dos
times paranaenses nas
quatro divisões
28
GIRO DO FUTEBOLNovidades sobre
o que está rolando
nos campeonatos
12
18 30
24 36
40
24
NOSSA CAPAFOTO: Gustavo Oliveira
SUMÁRIO
9• Revista Só Futebol •
BATE-PAPOEx-jogadores de
clubes paranaenses falam
da época lúdica do esporte
44 TREINADORNey Franco volta ao
Coritiba com o desafio de repetir
o seu bom desempenho
SUBURBANAO maior
campeonato amador do
estado está de volta
TORCIDATorcedores
superam suas condições
físicas para apoiar os times
ONDE JOGARQuadras para
se reunir e jogar com
os amigos
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SAÚDEAs temidas e
frequentes lesões no
tornozelo
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12 • Revista Só Futebol •
GIRO DO FUTEBOL
O que rolou nos campos ao redor do Paraná
Resultadosestaduais
Trio de ferro na semiA terceira rodada da segunda fase do
Campeonato Paranaense Sub-17 foi mais do que
positiva para o Trio de Ferro. O principal desta-
que foi a goleada do Coritiba por 8 a 1 no PSTC ,
na casa do adversário, em Londrina. O resulta-
do isolou ainda mais o Alviverde na liderança do
Grupo E, com 16 pontos ganhos em seis jogos, e
garantiu o time na semifinal do estadual.
Já o Furacão segue imbatível no segundo tur-
no da competição. Jogando em casa, o Rubro-
Negro bateu o Batel, de Guarapuava, por 3 a
0, sem muita dificuldade. Com a liderança do
grupo D garantida (18 pontos em seis jogos), o
Atlético já está classificado para a semifinal do
torneio.
Assim como a dupla Atletiba, o Paraná Clube tam-
bém avançou no Campeonato Paranaense da ca-
tegoria. No entanto, conquistar a vaga na semifinal
não foi fácil. Era preciso vencer o Prudentópolis
fora de casa, mas o objetivo foi alcançado. O
Tricolor bateu o time do interior do estado por 2 a 1
e encara o Coritiba na próxima fase.
© M
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IRA
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IVE
IRA
SUB-17
13• Revista Só Futebol •
Novidade na áreaA primeira edição da Taça FPF
começou e o Atlético iniciou
a competição com 100% de
aproveitamento. Nos dois pri-
meiros jogos, o Rubro-Negro
sub-23 somou seis pontos
e lidera a competição. Atrás
do time da capital aparece o
Toledo CW, com quatro pon-
tos. Coritiba e Paraná Clube
não iniciaram da forma que
gostariam. O time do Alto da
Glória ocupa a quarta posição,
com apenas dois pontos. Já o
Tricolor, com apenas um jogo,
empatou na estreia.
O torneio terá um total de
quatro fases. Na primeira, os
clubes se enfrentam em tur-
no único. As oito equipes mais
bem classificadas avançam
às quartas de final. Além de
Atlético, Coritiba, Paraná Clube
e Toledo CW, outros cinco times
participam da nova competi-
ção organizada pela Federação
Paranaense de Futebol (FPF):
AC Paranavaí, Portuguesa
Londrinense, Maringá FC,
Andraus Brasil e Cianorte FC.
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BASERaphael Veiga é um dos destaques do Coritiba.
14 • Revista Só Futebol •
No Paranaense Sub-19, quem
está na liderança é o Coritiba.
Com uma campanha pratica-
mente impecável, o clube do
Alto da Glória lidera isolado o
Grupo C: 20 pontos em oito jo-
gos. Na cola do Verdão está o
Tricolor. Com um jogo a mais
que o rival, o Paraná Clube ocu-
pa a segunda colocação do gru-
po, com 18 pontos. Em terceiro,
o Atlético segue atrás dos prin-
cipais rivais, com 15 pontos em
oito partidas.
Já no Grupo A, a liderança está
nas mãos dos Foz do Iguaçu
FC, com a melhor campanha
da competição até agora: 22
pontos em oito partidas. No
Grupo B, quem está na ponta é
o Londrina, com 19 pontos (seis
vitórias, um empate e apenas
uma derrota).
GIRO DO FUTEBOL
Tudo embolado
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SUB-19
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15• Revista Só Futebol •
Futebol amador de Curitiba tem vencedor!
Este ano, a Taça Paraná pertence ao Fanático. O clube,
agora heptacampeão do torneio, bateu o Bandeirantes,
em Campo Largo, por 2 a 1, no Estádio Ângelo Antônio
Cavalli, e levantou o caneco da 52a edição da competição.
Apontado como um dos favoritos antes mesmo de o
torneio começar, o time, conhecido como Tricolor da
Terra da Louça, confirmou o status e agora é o se-
gundo maior papa-títulos da história da Taça Paraná,
atrás apenas do Trieste, clube de Santa Felicidade
que possui dez troféus do campeonato.
Além da taça, o time do técnico Juninho terminou o torneio
com o artilheiro da competição, Tamandaré, com oito gols,
e o goleiro Rodrigo se consagrou como o arqueiro menos
vazado, com uma média de apenas um gol sofrido por jogo.
© J
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BD
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16 • Revista Só Futebol •
GIRO DO FUTEBOL
RIVALIDADE EM JOGO NO
Após uma semifinal emocionante, o Campeonato
Paranaense Sub-15 terá um Atletiba na grande final.
O Alviverde se classificou para a decisão após le-
var a melhor sobre o rival Paraná Clube. Na primeira
partida, o Coxa venceu em casa por 1 a 0. No jogo
de volta, foi a vez do Tricolor levar a melhor e bater
o Coritiba pelo placar mínimo. Com a igualdade em
todos os critérios (pontos, saldo de gols, gols pró),
a vaga para a finalíssima foi decidida nos pênaltis.
Nos tiros livres, quem se classificou foi o time do
Alto da Glória, que bateu o Paraná Clube por 4 a 2.
O adversário do Alviverde também saiu após
cobranças de pênaltis. O Furacão sub-15 perdeu a
primeira partida da semifinal para o PSTC, fora de
casa, por 1 a 0, mas se recuperou ao bater por 3 a
2 o time do interior no jogo de volta. Com empate
em todos os critérios, a vaga para a final foi para as
penalidades. Com um aproveitamento melhor nas
cobranças, o Atlético garantiu a presença na final
após marcar três vezes contra apenas uma cobran-
ça acertada do PSTC.
As datas do confronto entre Atlético e Coritiba na
final do Estadual Sub-15 ainda não foram homolo-
gadas pela Federação Paranaense de Futebol.
SUB-15
SUB-15
© G
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IRA
17• Revista Só Futebol •
Campeonato Amigos da Bola
Mais um vexame, BrasilA Seleção Brasileira bem que tentou
apagar a péssima impressão da Copa
do Mundo de 2014, mas não conseguiu.
Dessa vez, não foi um 7 a 1 que eliminou
o Brasil, mas o resultado, assim como
a semifinal do mundial realizado aqui
no país, foi considerado vergonhoso.
Sob o comando do técnico Dunga, o
time canarinho foi eliminado logo nas
quartas de final diante da seleção do
Paraguai na Copa América do Chile, em
disputa de pênaltis, após empatar em 1
a 1 no tempo normal.
Entre os convocados, dois paranaenses
fizeram parte do time titular durante
Com grande destaque na primeira fase
do campeonato, o Operário Ahú, com
um elenco de ex-jogadores profis-
sionais, continua na ponta da tabela.
O destaque é o craque Renaldo, ído-
lo de times como Atlético Parananese,
Paraná Clube e do espanhol La Coruña
e artilheiro do Campeonato Brasileiro
pelo Atlético MG, que continua impiedo-
so com o goleiros. POR: THIAGO RIBEIRO
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IVU
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ÃO
toda a campanha no torneio sul-americano: o zagueiro Miranda e
o meia Fernandinho. Miranda, natural de Paranavaí e ex-Coritiba,
foi um dos escolhidos pelo treinador para ser um dos líderes da
equipe. Apesar da má campanha na competição, o zagueiro foi
negociado pelo Atlético de Madri, da Espanha, e agora é o mais
novo reforço da Inter de Milão, da Itália. Já Fernandinho, que nas-
ceu em Londrina e é ídolo do Atlético, foi o primeiro volante do time
de Dunga. No entanto, assim como na Copa, acabou sendo muito
criticado pelo excesso de faltas e o pouco futebol apresentado.
A final do torneio disputado no Chile acabou com o time da casa
campeão. Com o apoio da torcida, a seleção comandada pelo ar-
gentino Jorge Sampaoli bateu a Argentina nos pênaltis, depois
de um empate emocionante em 0 a 0 no tempo regulamentar.
© V
AL
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IAN
O
18 • Revista Só Futebol •
Futebol
Séries A, B, C e D
BRASILEIRÃO
Com representantes nas quatro
principais divisões do Campeonato
Brasileiro, o futebol paranaense vê
seus times em situações diversas
nesse início de segundo semestre.
Nas séries A e B, Atlético, Coritiba e
Paraná Clube entram na reta final do primeiro turno da
competição com diferentes objetivos. Na terceira divisão,
o Londrina se mantém entre os primeiros colocados do
Grupo B. Já na Série D, Operário e Foz dão seus primeiros
passos na longa caminhada rumo ao acesso.
Relembre o que aconteceu nas últimas rodadas da
principal competição de futebol nacional e prepare a cal-
culadora para os próximos meses. Independentemente
das pretensões do seu time, você certamente precisará
fazer algumas contas até o fim do ano, quando títulos,
classificações para Libertadores e Sul-Americana, rebai-
xamentos e acessos serão finalmente conhecidos.
CSeis times paranaenses encaram
desafios bem diferentes nas quatro divisões do Campeonato Brasileiro
Seis times paranaenses encaram desafios bem diferentes nas quatro divisões do Campeonato Brasileiro
Paranaense
18 • Revista Só Futebol •
19• Revista Só Futebol •
O provérbio diz que, depois da tempestade, vem
a bonança. Os torcedores do Atlético podem di-
zer que sentiram o ditado na calejada pele rubro-
-negra. O péssimo desempenho no Campeonato
Paranaense, a necessidade de disputar o malfa-
dado Torneio da Morte, as trocas no comando e
a recepção desconfiada da torcida na chegada
de Milton Mendes fizeram dos primeiros meses
do ano um desafio e tanto. No entanto, o esta-
dual terminou, o fantasma do rebaixamento ficou
para trás, o principal rival não conquistou o título
(bônus importante para a torcida) e o trabalho do
novo treinador surpreende positivamente.
Brigando pelas primeiras posições da Série A,
o Furacão parece outro time em relação ao do
Paranaense. Comandado por um voluntarioso e empol-
gado Walter, o time voltou a atrair os torcedores e, com
uma equipe que funciona dentro de campo, chegou a
liderar a competição. Uma série de partidas sem vitória
acabou freando o ímpeto atleticano e refletiu na clas-
sificação. De qualquer forma, levando em conta as bai-
xas expectativas, o primeiro turno do Brasileirão saiu
muito melhor do que encomenda. E resultados como
a vitória sobre o Palmeiras no Allianz Parque fazem os
torcedores acreditarem que, com alguns ajustes, é
possível brigar na parte de cima da tabela até o fim.
SÉRIE A
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20 • Revista Só Futebol •
BRASILEIRÃO
SÉRIE A
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TPelos lados do Alto da Glória, o Coritiba vive seu
momento mais complicado no ano. O começo do
trabalho de Ney Franco ainda não deu o resulta-
do esperado pela diretoria e o time luta contra o
rebaixamento. Para piorar, o problema das lesões
tem sido um fantasma frequente. Apesar da evo-
lução tática, a falta de pontaria no ataque, o mau
desempenho fora de casa e a série de decepções
no Couto Pereira comprometem.
A esperança da torcida está nos ombros das
inesperadas e jovens estrelas do elenco. É o
caso do jovem atacante Evandro, de 18 anos, for-
mado nas categorias de base do clube. Contra
Corinthians e Goiás, pelo Brasileirão, e diante da
Ponte Preta, pela Copa do Brasil, o atacante mar-
cou nos últimos minutos e impediu resultados
ainda piores. Na competição eliminatória, o gol foi
fundamental para levar a decisão aos pênaltis e
acabar classificando o Coritiba. Enquanto isso, o
torcedor coxa-branca ainda acredita que é possí-
vel se firmar em um lugar bem longe da parte mais
baixa da tabela da Série A.
21• Revista Só Futebol •
Novo comandante do Tricolor, Fernando
Diniz terá o desafio de implantar seu sistema
de jogo, que valoriza a posse de bola e que
é inspirado no Barcelona. Na sua passagem
pelo Audax, do interior de São Paulo, o treina-
dor teve sucesso. A diretoria, apesar do mau
momento dentro de campo, aposta na polí-
tica de contenção de gastos e saneamento
financeiro para resgatar o clube da má fase
e, quem sabe, dar um novo ânimo na bata-
lha pela volta à Série A. A torcida entendeu
o recado e, animada com o início de trabalho
do novo técnico, tem prometido encher a Vila
Capanema como no empate contra o CRB,
com mais de 15 mil paranistas no estádio.
SÉRIE B
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T
22 • Revista Só Futebol •
Único representante paranaense na terceira
divisão, o Londrina se mantém entre os primeiros
colocados do Grupo B da Série C e tem poten-
cial para dar trabalho até o fim. As vitórias dian-
te de Portuguesa e Guarani, nas duas primeiras
rodadas, animaram a torcida e deram o impulso
inicial de que o Tubarão precisava. O objetivo é se
manter entre os quatro colocados do grupo e ga-
rantir a classificação para a fase final e para os jo-
gos que podem valer o esperado sonho do acesso.
SÉRIE C
Campeão paranaense e vice-campeão do interior,
respectivamente, Operário e Foz são os representan-
tes do estado na disputa da recém-iniciada Série D,
que conta com oito grupos de cinco times. Dos 40,
16 se classificam para a fase final. O time de Ponta
Grossa tem Ypiranga-RS, Resende-RJ, RB Brasil-SP
e Inter de Lages-SC como adversários em sua chave.
Já o Foz encara São Caetano-SP, Volta Redonda-RJ,
Metropolitano-SC e Lajeadense-RS.
O time da cidade das cataratas, com três derro-
tas acachapantes nas três primeiras rodadas, já
faz as contas para reverter o péssimo começo. Já o
Fantasma, com um início promissor, se mantém na
ponta do seu grupo. POR: MAHANI SIQUEIRA
SÉRIE D
BRASILEIRÃO
© G
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CIA
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23• Revista Só Futebol •
24 • Revista Só Futebol •
De olho naamarelinha
Em bate-papo exclusivo com a Revista Só Futebol, Walter, atacante do Atlético, abre o jogo, revela sonho de vestir a
camisa da Seleção e fala sobre o status de ídolo no Furacão
CAPA
fase era complicada. A campanha no
Campeonato Paranaense foi abaixo do
esperado e a torcida atleticana exigia me-
lhores resultados do clube na temporada.
Porém, no dia 15 de abril, a esperança ru-
bro-negra por um ano melhor desembar-
cou no Aeroporto Afonso Pena. Não demo-
rou muito para alcançar o status de ídolo da torcida. A má
campanha no estadual ficou para trás e o clube começou a
lutar na parte de cima da tabela no Brasileirão.
Os resultados vieram e Walter faz questão de dividir os méri-
tos com o restante do time. “Gostei do elenco desde o primeiro
dia em que cheguei. Eles sabiam que eu podia ajudar e também
me ajudaram. Eles me aceitaram. O grupo é humilde, não há bri-
gas. Quando você precisa, eles lhe dão a mão.”
A
24 • Revista Só Futebol •
25• Revista Só Futebol •
© G
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IRA
25• Revista Só Futebol •
26 • Revista Só Futebol •
O sucesso repentino no Rubro-Negro faz o centroavante so-
nhar alto. Com a escassez de camisas 9 no Brasil e a dificuldade
dos últimos técnicos da Seleção Brasileira em encontrar uma
referência para o ataque, Walter não tem dúvida de que há uma
vaga para ele no time canarinho.
“Eu quero jogar pelo Brasil. Com todo respeito, se eu perder
quatro, cinco quilos, tenho certeza de que jogo nessa Seleção
Brasileira. A qualidade eu tenho. Eu não 'me acho', sou humilde,
mas cada atleta sabe do seu potencial. Para eu chegar, só falta
isso. Todo jogador tem um probleminha, o meu é o peso. Trabalho
muito, é difícil, mas estou chegando, garante.
CAPA
Enquanto o sonho de ves-
tir a camisa verde e amarela
não chega, Walter segue sua
vida em Curitiba. No entanto,
o atleta vem enfrentando al-
gumas dificuldades de adap-
tação. Nenhuma delas dentro
das quatro linhas, para alívio
dos atleticanos. Não são os
zagueiros adversários que vêm
dificultando a vida do centro-
avante, mas, sim, o frio da ca-
pital paranaense. O clima da
cidade tem sido um dos princi-
pais desafios do jogador nessa
passagem pelo Furacão.
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IRA
“SE EU PERDER QUATRO, CINCO QUILOS, TENHO CERTEZA DE QUE
JOGO NESSA SELEÇÃO BRASILEIRA.”
27• Revista Só Futebol •
“Estou me acostumando com o frio. Nesses
últimos anos, só peguei clima quente: Goiânia,
Rio de Janeiro, Belo Horizonte. Porém, boa
parte da minha vida eu passei em uma cidade
em que faz frio também, Porto Alegre. Curitiba
é muito bonita, povo educado, parecido com a
Europa. É com o frio que preciso me acostu-
mar, principalmente para treinar de manhã”,
revela o pernambucano.
E nada melhor para combater o frio de
Curitiba do que o calor que vem direto das ar-
quibancadas. Fascinado pela energia da nova
Arena da Baixada, o jogador está empolgado
com o contato tão próximo com os torcedores.
“Vou te falar, já joguei jogo importante e fiquei
louco com essa torcida. Agora, com o teto retrátil,
o eco na Arena é incrível, mais de 30 mil pes-
soas gritando! Rapaz, é incrível. O máximo que
eu tinha presenciado foi em um jogo entre Porto
e Benfica, mas não tinha sentido esse calor tão
próximo como foi diante do Coritiba. Foi um jogo
marcante pra mim. Não vou esquecer pelo gol e
pela festa que a torcida fez”, relembra.
O gol diante do Coxa, no empate em 2 a 2 na
Arena, válido pela 8a rodada do Campeonato
Brasileiro, entrou para a galeria de gols importantes
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IRA
“TEMOS TIME PARA BRIGAR
E VAMOS LUTAR EM CIMA.”
28 • Revista Só Futebol •
CAPA
da carreira do atleta. Para ele, o grande artilheiro precisa
aparecer nessas horas. “Jogador tem que fazer gols nes-
ses jogos, então eu precisava fazer contra eles. É um jogo
diferente, não são só três pontos. O clássico mexe com a
cidade, muda o clima. Fiquei feliz de ter marcado contra o
maior rival”, vibra o novo ídolo do Furacão.
Apesar da boa fase com a camisa do Atlético, a carreira
do jogador não foi sempre repleta de bons momentos. Ainda
no início de sua trajetória no futebol, quando despontava
como uma das revelações do Internacional-RS, o jogador
viveu a fase mais difícil de sua vida.
“Pouca gente sabe o que ocorreu.
Cheguei no Inter em 2010, era titular,
jogando a Libertadores e recebendo um
salário de R$ 15 mil. Pedi um aumento e
a diretoria prometeu pagar, mas não pa-
gou. Muitos não entenderam. Era melhor
eu ir embora, não queria ficar jogando no
Inter enquanto eles contratavam jogador
de R$180 mil mensais que nem ia para
o banco de reservas. Fiquei dez dias em
casa pensando, trancado, sem sair para
a rua. Depois que isso tudo aconteceu,
fui vendido para o Porto por 3 milhões de
euros. Apesar disso, sou bem recebido no
Inter. Em todos os lugares em que joguei
sou recebido de portas abertas”, conta.
O problema não afetou o futuro da
carreira do centroavante. Depois de
passagens pelo Porto-PT e Cruzeiro-
MG, Walter reencontrou o seu futebol
no Goiás. Em duas temporadas no clube
esmeraldino, Walter conquistou títulos
e, principalmente, viu seu nome virar
referência entre os camisas 9 no Brasil.
“Sem dúvidas, meu melhor momento da
carreira foi no Goiás. Acredito que pos-
so repetir, sim, essa temporada aqui no
Atlético, mas se eu chegar um pouco
perto do que fiz no Goiás já está de bom
tamanho”, avalia o atacante.
No que depender do discurso de
Walter, a torcida atleticana pode ficar
esperançosa. “Vamos buscar o G4, G3, a
Sul-Americana e o próprio título brasi-
leiro. Hoje, os times estão muito iguais,
está muito equilibrado. Temos time para
brigar e vamos lutar em cima. Temos que
pensar grande”, promete, confiante, o
novo ídolo. POR: THIAGO RIBEIRO
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IRA
FARO DE GOLLogo em seu primeiro Atletiba, Walter marcou um dos gols no empate na Arena.
29• Revista Só Futebol •
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COM MORAL!
WALTER SE TRANSFORMOU EM UM DOS
LÍDERES DO JOVEM ELENCO ATLETICANO.
30 • Revista Só Futebol •
PARANAENSE
31• Revista Só Futebol •
e quatro anosCinco décadas
Operário é co-
nhecido como
Fantasma da
Vila desde 1958
por assombrar
os grandes clu-
bes da capital.
O apelido foi dado depois que o meio
esportivo de Curitiba constatou que os
times adversários ficavam apavorados
com a garra e a força do time de Ponta
Grossa, que dificilmente perdia alguma
partida em casa. A alcunha não poderia
se encaixar melhor no Alvinegro do que
neste ano.
Na diretoria do clube desde 2012, o
presidente Laurival Pontarollo já pen-
sou em deixar o cargo por não ter o
apoio necessário, mesmo investindo
parte dos lucros de sua empresa agrí-
cola para manter a equipe. O que fez
Pontarollo permanecer foi o sucesso na
adoção de um projeto pouco utilizado
em equipes do interior: investimentos de
O
Só para chegar até a final histórica foram 54 anos de espera. E antes de
vencer o Coritiba, o maior colecionador de títulos paranaenses, o clube
alvinegro amargou 14 vice-campeonatos. Com tantos hiatos e números
desfavoráveis, o que fez o clube de Ponta Grossa – que, no ano passado,
disputou o Torneio da Morte e por pouco não foi rebaixado para a Divisão
de Acesso – para reverter o retrospecto e passar por cima de todos os
participantes do campeonato? É o que descobriremos nas próximas linhas.
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DE
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32 • Revista Só Futebol •
A TAÇA DE CAMPEÃO ESTADUAL FOI LEVANTADA PELA PRIMEIRA VEZ
EM 2015, NA MESMA SEMANA EM QUE O OPERÁRIO FERROVIÁRIO
ESPORTE CLUBE COMEMOROU 103 ANOS DE HISTÓRIA.
PARANAENSE
RUMO À SÉRIE C
A estreia na Série D do
Campeonato Brasileiro acon-
teceu no dia 12 de julho no Rio
de Janeiro, contra o Resende.
Com a perda de cinco titulares
de destaque tanto durante
quanto após o Campeonato
Paranaense de 2015 (Douglas,
Ruy, Juba, Jhonatan, Danilo
Baia), sete jogadores acerta-
ram com o clube para reforçar
a equipe para o Brasileirão:
um goleiro, dois laterais, um
zagueiro e um meia.
empresários. Com um bom planejamento, o chamado “Amigos do
Operário” conseguiu reunir um grupo de 42 patrocinadores do es-
tado do Paraná que mantêm folha de pagamento, as luvas e o bicho
(um bônus que os jogadores recebem quando a equipe demonstra
um bom desempenho depois de uma partida) dos jogadores em dia.
A torcida, principalmente nos três meses finais do estadual, con-
tribuiu ainda mais com o crescimento das receitas. O número de
sócios-torcedores aumentou de 700 para mais de 2 mil. Mesmo
com o fim do campeonato, o clube continuou trabalhando para au-
mentar a quantidade de sócios. Pensando na estreia na Série D, em
meados de julho, o Operário quer chegar aos 5 mil e, desde maio, dá
descontos na mensalidade para quem indicar um novo sócio.
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33• Revista Só Futebol •
A DIRETORIAÀ frente do comando técnico
desde o começo de 2014 está
um catarinense de fala clara e
firme, com um sotaque que re-
vela andanças por diferentes
territórios brasileiros. A história
de Itamar Schulle, 48 anos, co-
meça na zona rural. Seu pai tra-
balhava na lavoura e não tinha
condições de lhe dar uma bola.
Mesmo assim, o menino deu
um jeito de matar suas inquie-
tações infantis com o espor-
te que queria praticar: decidiu
fazer uma bola enrolando, em
uma meia, as bexigas dos por-
cos que o pai matava no sítio
onde moravam em Ituporanga.
Acabou se tornando profissio-
nal. Em 13 anos como jogador,
já foi volante, lateral e atacan-
te. Em 1989, chegou a jogar
ao lado do atual comandante
do Corinthians, Tite, no Clube
Esportivo Bento Gonçalves, do
Rio Grande do Sul. Dessa época
ficou a herança de um futebol
com mais pegada e menos re-
laxamento. Até hoje se inspira
no ex-companheiro de time.
Virou técnico em 2002 e passou
“TREINAR UM TIME É IGUAL A CONSTRUIR. TEM QUE COMEÇAR DEVAGAR, COM CALMA, FAZER UMA BASE SÓLIDA E FORTE PRA PODER AUMENTAR E LEVANTAR A CONSTRUÇÃO.“
Itamar Schulle
Sem atleticanos na família, Claudiney revela que se encantou pelas cores da camisa aos 8 anos
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34 • Revista Só Futebol •
• 17 jogos
• 10 vitórias
• 4 empates
• 3 derrotas
• 28 gols marcados
• 11 gols sofridos
• 1 cachorro torcedor fiel
NÚMEROS HISTÓRICOS NO PARANAENSE 2015
PARANAENSE
por 18 times, entre eles Figueirense, Metropolitano, Joinville,
Brasil de Pelotas, Criciúma, Botafogo-PB, Chapecoense,
Santo André, Caxias e Novo Hamburgo, até chegar a vez de
ser campeão com o Fantasma.
A personalidade forte e a insistência para os atletas não
relaxarem – com sua fama de “bravo” e exigente entre os
jogadores – faz dupla com as metáforas e o bom humor.
“Treinar um time é igual a construir. Tem que começar de-
vagar, com calma, fazer uma base sólida e forte pra poder
aumentar e levantar a construção.” E completa: “Você ama
seus filhos, mas, em algumas horas, vai ter que puxar a ore-
lha deles. É preciso saber educar para não ir por caminhos
errados. Com atletas, é igual.” POR: THAÍSA MERAKI
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35• Revista Só Futebol •A marca do seu próximo recordewww.malhariaoceanica.com.br
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36 • Revista Só Futebol •
histórico paranistaPatrimônio
Com mais de 40 anos no clube, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, promete continuar
no Paraná até o “último minuto”
uando Luiz Carlos Casagrande
chegou ao Paraná Clube, no
começo da década de 1970,
a instituição ainda nem tinha
se transformado em Pinheiros
e atendia pelo nome de Água
Verde. Contratado por Aramis
Tissot como assessor da pre-
sidência, ele não imaginava que o clube entraria na
sua vida e faria parte dela por tanto tempo e com
tamanha intensidade. Casinha, como sempre foi
conhecido, presenciou a transformação do Água
Verde em Pinheiros, viveu a fusão com o Colorado,
participou ativamente das equipes que ganharam
vários títulos do Campeonato Paranaense na déca-
da e também do time que conquistou o pentacam-
peonato estadual entre 1993 e 1997.
Em 2015, mais de 40 anos depois de seus pri-
meiros passos como funcionário, Casinha, então
primeiro vice-presidente, assumiu o cargo dei-
xado por Rubens Bohlen e se transformou no
homem forte do clube ao qual dedicou grande
parte da sua vida. A nova função, no entanto,
nunca foi um sonho. Em entrevista à Revista Só
Futebol, o dirigente preferiu minimizar o fato de
ser, agora, o mandatário tricolor e valorizar o tra-
balho que exerceu ao longo de toda sua trajetó-
ria, ainda sem data para acabar.
“Assumir a presidência foi algo inesperado, que
só aconteceu devido à renúncia do Rubens e por
eu ser o primeiro vice-presidente naquele momen-
to. Nunca foi um sonho meu. Meu desejo sempre foi
prestar um bom serviço pelo clube e fazê-lo cres-
cer, independentemente da minha posição e do
meu cargo. Espero cumprir um bom trabalho, como
sempre tentei fazer ao longo dessas quatro déca-
das aqui no Paraná”, comenta o presidente.
Garantido no cargo até dezembro, quando o
mandato chega ao fim, Casinha tem na sala de
presidente do clube apenas mais um dos cená-
rios que sua longa carreira paranista teve como
pano de fundo. Nesses 45 anos, ele desempenhou
papéis no departamento de marketing, sempre se
fez presente no setor social e nas obras do clube,
Q
PERFIL
37• Revista Só Futebol •
© R
OB
SO
N M
AF
RA
tendo sido um dos responsáveis pela
revitalização da Vila Capanema, na
década passada. Perguntado se pre-
tende concorrer à eleição, que será
realizada em setembro, o dirigente
afirma não ter tomado essa decisão,
mas garante não conseguir se ver
longe do Tricolor.
“Essa decisão sobre a reeleição
não sou eu que tenho que tomar
sozinho. Estou em um grupo de tra-
balho e são essas pessoas, com a
minha participação, que devem de-
finir o que é melhor para o clube. O
que eu posso dizer é que, indepen-
dentemente do que acontecer nos
próximos meses, tenho a convicção
de continuar no Paraná, fazendo
alguma coisa aqui nesse clube, que
eu jamais abandonaria”, promete
Casinha, que assegura nunca ter
cogitado se afastar da instituição
que o acompanha desde 1970.
Nem mesmo os piores momen-
tos, como o pesadelo financeiro em
que o clube se encontra nos últi-
mos anos, foram suficientes para
fazer passar pela cabeça do presi-
dente uma possível despedida do
“ASSUMIR A PRESIDÊNCIA
NUNCA FOI UM SONHO
MEU. MEU DESEJO
SEMPRE FOI PRESTAR UM
BOM SERVIÇO PELO CLUBE
E FAZÊ-LO CRESCER.”
38 • Revista Só Futebol •
Paraná. O trabalho de muitos anos e as boas amizades são,
para Casinha, muito mais importantes do que os percalços
pelo caminho.
“Eu nunca nem pensei em sair. Tenho amigos no clube, co-
nheço os funcionários pelo nome e minha relação com o qua-
dro social sempre foi muito próxima. Por eles e pela minha
história, que foi marcada pelo trabalho e pela dedicação, eu
nunca vou sair. Vou ficar aqui até o último minuto, enquanto
for possível, na função que for melhor para o clube. Jamais
poderia dar uma de Judas com o Paraná. Isso aqui é uma parte
muito importante da minha vida”, declara o atual presidente
tricolor.
Apesar do prazo de validade curto do mandato, da incerteza
sobre o futuro e do momento conturbado da equipe na série
B do Campeonato Brasileiro, Casinha mantém o otimismo que
já apresentava quando assumiu o cargo e ainda acredita no
acesso à primeira divisão nesta temporada. Satisfeito por es-
tar vivendo um momento de relativa estabilidade financeira, o
cartola só consegue pensar na Série A.
PROJETO DINIZ
As características europeias do novo treinador paranista
animam Casinha, que acredita em um futebol mais bonito com
Fernando Diniz no comando do clube.
Nedo Xavier durou pouco. Depois de 11 jogos pelo Paraná, com
um aproveitamento de 34%, ele deu lugar a Fernando Diniz. Com
apenas seis anos de carreira, o ex-treinador do Audax chegou ao
Tricolor com uma proposta tática mais moderna e inspirada em
clubes europeus, o que animou o presidente.
“Nós já conhecíamos o Fernando da sua passagem como
atleta pelo clube entre 1998 e 1999. Ele fez bons trabalhos
como técnico e tem um método diferente. Pelo que vi até ago-
ra, o ritmo dos times dele segue um padrão europeu, com uma
linha de passe mais bem planejada e equipes mais ofensivas.
Pode ser perigoso e arriscado, mas tenho certeza de que,
quando todo mundo assimilar o que ele vem pedindo, faremos
jogos mais bonitos e conseguiremos mais vitórias”, completa.
PERFIL
“Quando assumi o cargo, disse
que o time iria brigar para subir e
fui muito criticado. Disseram que
eu era maluco. As coisas não fo-
ram bem no campo e não nos en-
contramos na parte mais alta da
tabela, mas eu tenho que manter
o otimismo. Temos um novo trei-
nador começando seu trabalho,
e ainda dá tempo de conseguir.
Com algumas vitórias em sequ-
ência, estaremos brigando na
ponta. Temos que conseguir.
Esse acesso será a redenção do
Paraná Clube”, finaliza Casinha,
com a esperança que só um
funcionário tão antigo poderia
ter. POR: MAHANI SIQUEIRA
AD
40 • Revista Só Futebol •
IMPRENSA
futebol está mudando. E a
forma de acompanhá-lo,
também. A velocidade da in-
formação através das redes
sociais criou um novo con-
ceito de interação entre tor-
cedor e o clube do coração.
O tradicional radinho de pilha, que acompanha
muitos torcedores há gerações, ganhou um con-
corrente. Ao invés de análises aprofundadas e co-
mentários longos, opinião em 140 caracteres.
É pelo Twitter (rede social que permite aos usu-
ários compartilhar textos de até 140 toques) que
muitos torcedores acompanham os jogos, prin-
cipalmente quando a partida é em outra cidade
ou não estão no estádio. A interação é simples.
OEM 140 TOQUES
As redes sociais estão mudando a forma de acompanhar o futebol. Clubes e torcedores já adotaram o Twitter nos dias de jogos.
FUTEB L
41• Revista Só Futebol • 41• Revista Só Futebol •
Basta estar conectado ao mi-
croblog e seguir o perfil do time
para ser abastecido, em tempo
real, com todas as novidades em
primeira mão, já que muitos clu-
bes utilizam o Twitter como canal
de divulgação oficial. “As publica-
ções são diretas. Tenho na hora
as informações mais importantes
sobre o jogo do Atlético”, conta a
torcedora Iris Alessi.
Sempre que não pode ir ao
Couto Pereira, o coxa-branca
Carlos Machado acompanha o
jogo pelo Twitter oficial do clu-
be, o @Coritiba. “Às vezes, eu
não tenho como sintonizar o
rádio e essa é a única forma de
saber o que está acontecendo.
É uma maneira ágil e discreta de
acompanhar a partida.” A ferra-
menta também possibilita que
o torcedor desempenhe outras
atividades. É o caso do para-
nista Igor Costa, que trabalha
como porteiro em um prédio co-
mercial. “Trabalho à noite e não
posso ir a muitos jogos. Sempre
que o Tricolor está em campo,
eu sigo o @ParanaClube. Com
o celular conectado, eu posso
saber como está o meu time
sem atrapalhar minha atividade
profissional.”
Os clubes paranaenses pos-
suem contas ativas no Twitter. No
dia a dia, são postadas informa-
ções sobre treinamentos, contra-
tações, desfalques, análise dos
adversários, entre muitos outros
assuntos. E quando a bola está
rolando, a atualização é intensa.
Nada passa batido. Tudo para que
o torcedor, mesmo sem ver o jogo,
possa estar informado.
Há quatros anos, o asses-
sor de imprensa do Paraná,
Douglas Trevisan, é o respon-
sável por atualizar o perf i l
@ParanaClube. Nos jogos
na Vila Capanema, ele fica
CORITIBAPARANÁ ATLÉTICO
42 • Revista Só Futebol •
IMPRENSA
“TUITAMOS AQUILO QUE É ESSENCIAL PARA O TORCEDOR ACOMPANHAR A PARTIDA. TEMOS UM PADRÃO NAS POSTAGENS, ATUALIZANDO A CADA LANCE MAIS IMPORTANTE.”
Douglas Trevisan
NERVOSISMOÉ possível ficar nervoso a
ponto de roer as unhas acom-
panhando um jogo de futebol
pelo Twitter? Para alguns torce-
dores, a ansiedade é muito pa-
recida. “Fico na expectativa toda
vez que atualizo a timeline. Às
vezes, a internet não ajuda e a
informação demora um pouqui-
nho e fico ainda mais nervoso”,
conta Machado. “Em dia de jogo,
quando ouço alguma reação dos
vizinhos, como gritos ou fogos
de artifício, fico na expectativa
para saber se saiu um gol, prin-
cipalmente em partidas decisi-
vas”, destaca Iris. POR: RICARDO
GALEB
posicionado na cabine de im-
prensa e os cliques são pre-
cisos. “Tuitamos aquilo que
é essencial para o torcedor
acompanhar a partida. Temos
um padrão nas postagens,
atualizando a cada lance mais
importante. Não fazemos a
cobertura minuto a minuto,
mas colocamos o essencial.”
Quando os jogos são fora de
Curitiba, a assessoria acompa-
nha a transmissão pela televi-
são e o resultado é o mesmo.
A cobertura feita pela equi-
pe de comunicação do Coritiba
@ATLETICOPR - 601K* SEGUIDORES
@CORITIBA - 582K* SEGUIDORES
@PARANACLUBE - 11.2K* SEGUIDORES
segue o mesmo conceito.
“Tentamos passar a emoção do
jogo com um texto mais infor-
mal. Sempre usamos a hashtag
de cada partida informando o
tempo e placar”, explica Rodrigo
Weinhardt, coordenador de co-
municação. “É o canal mais ágil
de falar com o torcedor, infor-
mando o dia a dia do clube em
primeira mão”. No Coxa os tuítes
também acompanham as ca-
tegorias de base. Nada acon-
tece sem passar pela timeline
do torcedor. “Quando não há
transmissão pela televisão, um
profissional do departamento de
comunicação está in loco para
passar as informações. Foi o que
aconteceu nos jogos da Dallas
Cup, disputado nos Estados
Unidos”, explica Weinhardt.
Ciente da demanda por infor-
mações sobre futebol, o próprio
Twitter organiza o conteúdo
relacionado ao esporte através
de uma linha do tempo onde,
com poucos toques na tela do
celular, o torcedor tem acesso
a tudo o que está acontecen-
do no Campeonato Brasileiro.
Basta realizar uma busca pela
hashtag #Brasileirao.
TWITTER OFICIAL DOS CLUBES PARANAENSES
(*NÚMEROS REFERENTES AO DIA 1/7/15)
Agora também disponívelpara download!
facebook.com/revistasofutebol
44 • Revista Só Futebol •
DO FUTEBOLA era romântica
Ex-jogadores de clubes paranaenses falam da época lúdica do esporte
fácil, em uma conversa com tor-
cedores com mais de 50 e pou-
cos anos, ouvir: “Na minha épo-
ca, o futebol era bom.” O período
em questão são, principalmente,
as décadas de 1960 e 1970, anos
que muitos consideram como os
românticos do futebol, onde brilhavam nos grama-
dos craques da arte de jogar bola.
Nessa época em “preto e branco”, pouco se
transmitia pela televisão e o reflexo era visto nas
arquibancadas, invariavelmente lotadas. O torce-
dor ia para ver espetáculo. Foi nessa época que
muitos mitos e lendas que, até hoje, fazem parte
da história do nosso futebol foram criados.
Por quase 15 anos, Barcímio Sicupira viveu essa
fase romântica do futebol, seja nos jogos na Velha
Baixada – acanhada, mas saudosa para muitos tor-
cedores – ou nos gramados dos estádios de Rio de
Janeiro e São Paulo, onde atuou ao lado de ícones
como Garrincha, Zagallo, Jairzinho e Rivellino. “Foi
uma época incrível. Fiz parte de uma geração de
gênios, um tempo em que o futebol era jogado com
muito talento e sem tanto preparo físico. Tinha mui-
to toque de bola e isso deixava o jogo mais ‘jogado’”,
afirma o eterno camisa 8 do Atlético. O futebol era
mais simples. Ao invés do contrato de imagem era
pago o bicho, uma premiação para cada jogador em
caso de vitória. “A gente fazia uma reunião com a
diretoria antes da partida para definir o valor da pre-
miação”, conta Sicupira.
Com o peso de quem vestiu a camisa alviverde
por 252 partidas, entre 1966 e 1976, justamente um
dos períodos mais nostálgicos da história do clube,
Dirceu Krüger lembra-se muito bem daquela épo-
ca. “O futebol era um espetáculo e os torcedores
esperavam por isso. Eles queriam se divertir vendo
lances bonitos, dribles e gols.” Como as transfe-
rências para o exterior eram raras, os jogadores
permaneciam mais tempo nos clubes, criando uma
identidade. “Existia um verdadeiro amor à cami-
sa, pois a gente criava uma relação muito próxi-
ma com o torcedor. Tinha um envolvimento muito
grande”, conta Krüger, que, durante toda sua car-
reira, jogou em apenas dois clubes: uma década no
Coritiba e três anos no extinto Britânia.
É
BATE PAPO
45• Revista Só Futebol •
“O FUTEBOL ERA UM ESPETÁCULO E O TORCEDOR ESPERAVA POR ISSO.”
Dirceu Krüger, ex-jogador do Coritiba
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RU
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CA
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INI
46 • Revista Só Futebol •
BATE PAPO
Para a grande maioria, ser jogador de fute-
bol não era um objetivo profissional. Campeão
Paranaense em 1967 pelo Água Verde, um dos
clubes que formou o Paraná Clube, Zeola re-
corda-se de como começou a jogar: “Um ami-
go da escola me chamou para fazer um teste
no juvenil do Água Verde. Fui lá, o treinador
gostou, pediu para eu voltar e assim comecei
no futebol.” A proximidade entre dirigentes,
jogadores e torcedores proporcionava um
clima mais informal, quase familiar. “Tudo era
mais simples. O convívio entre nós era próxi-
mo, pois quase todo mundo era de Curitiba.
Eu tinha um relacionamento bem próximo
também com os dirigentes, a ponto de fazer
compras no armazém de um deles.”
ORGULHOZeola exibe a camisa e a faixa de Campeão Paranaense de 67 pelo extinto Água Verde.
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“FIZ PARTE
DE UMA
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DE GÊNIOS,
UM TEMPO
EM QUE O
FUTEBOL
ERA JOGADO
COM MUITO
TALENTO“.
Barcímio Sicupira, ex-jogador do Atlético
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46 • Revista Só Futebol •
47• Revista Só Futebol •
EVOLUÇÃO NO FUTEBOL Com o passar dos anos, o
futebol foi mudando. A profis-
sionalização colocou o espor-
te em um outro nível, aliando
o entretenimento de massa
aos interesses comerciais.
Os jogadores foram impul-
sionados a astros mundiais.
Paralelamente a essa evolu-
ção, o lado mais lúdico do fu-
tebol foi perdendo força e as
novas gerações também têm
uma nova forma de acompa-
nhar esse futebol moderno.
Sicupira acredita na evolução
natural do esporte, que aliou
a ciência e a tecnologia à for-
mação dos jogadores “Hoje,
o preparo físico dos atletas é
excelente. Na minha época,
o diferencial era o talento e,
agora, o talento tem que an-
dar lado a lado com a capaci-
dade física.”
Há décadas atuando na for-
mação de jogadores na base
do Coxa, Krüger faz um alerta:
“É preciso ficar atento para não
deixar o talento de lado. Hoje, é
muita marcação e o futebol não
pode perder a qualidade, senão
não há futebol.” Mas apesar
do saudosismo, o Flecha Loira,
como ficou conhecido pela ve-
locidade e pelos cabelos loiros,
Krüger acredita que, apesar
das diferenças, o futebol nun-
ca perdeu a essência. “Sei que
nunca será como antes, pois os
tempos mudaram e a socieda-
de, também. O futebol é e sem-
pre será importante, indepen-
dentemente da época.” POR:
RICARDO GALEB
ÍDOLOSKrüger (esq.) e Sicupira (dir.) na época de ouro do futebol
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48 • Revista Só Futebol •
PUBLIEDITORIAL
Empresas aproveitam o atual momento da
economia para se destacar no marketing esportivo
Sem criseeconomia parece ser o assunto do
ano. Grandes e médias empresas
não param de anunciar demissões
em massa e a palavra “crise“ faz par-
te das conversas em todos os luga-
res, da reunião de negócios aos en-
contros informais no fim de semana.
Mas fazendo jus à expressão “enquanto uns choram,
outros vendem lenço”, empresas menores e que não
conseguiam se inserir no mercado do futebol, domina-
do por grandes marcas consolidadas no mercado, viram
neste ano de crise a oportunidade de aproveitar a lacu-
na deixada por grandes empresas e estão conseguindo
se destacar no marketing esportivo.
Foi nesse momento que o Vivamil, suplemento ali-
mentar que leva apenas cafeína na sua composição, de-
cidiu entrar com força no mercado esportivo, especial-
mente nos times paranaenses. O suplemento tem sua
fórmula consagrada há mais de 50 anos nos Estados
Unidos e recentemente entrou no mercado brasileiro.
A
AÇÃO APAEA camisa do Rio Branco foi leiloada em prol da Apae de Paranaguá, durante visita dos jogadores.
49• Revista Só Futebol •
Inserção da marca em backdrops, uniformes de passeio, cami-sas oficiais e naming rights de estádio
Criação de terceiro uniforme com as cores da marca
Entrega de brindes e tabelas personalizadas, gerando intera-ção com as torcidas
Plotagem de ônibus com a marca
Fornecimento de suplementação nutricional para os atletas
Ações de marketing promocional interna e externa, com banners em áreas comuns, pórticos, inflá-veis e tapetes personalizados
Reconhecimento ao jogador da partida
Como parte de pagamento, o Vivamil também ofereceu sua estrutura de marketing digital em prol dos clubes, a fim de somar esforços na presença digital diante da torcida.
ONDE O VIVAMIL FEZ A DIFERENÇA PARA OS TIMES
PARANAENSES:
TERCEIRO UNIFORMENo jogo entre Paraná Clube e Rio Branco, ambos patrocinados pelo Vivamil, Rio Branco usou o terceiro uniforme.
Com foco em atletas amadores e profissionais, que
precisam de energia e disposição para colocar em prática
suas habilidades técnicas, a marca Vivamil esteve presen-
te em diversas ações no futebol de 2015, além de outros
eventos esportivos, como corridas de rua e arrancadas.
“Essa é uma ótima maneira de consolidar a marca entre o
nosso público e o momento para investir não poderia ser
melhor para nós”, destaca Tiago Zella, gerente geral da
Nutribrands, responsável pela importação do Vivamil.
As cotas de patrocínio adquiridas pela marca americana nos times em que investe, ou investiu, englobam:
50 • Revista Só Futebol •
SAÚDE
Ponto fracoUma das estruturas mais usadas no futebol, o tornozelo tornou-se alvo fácil de lesões
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UB
51• Revista Só Futebol •
o início do mês de junho,
o jogador peruano Paolo
Guerrero deu um peque-
no susto nos torcedores do
Flamengo (time pelo qual
atua) e do Peru. Em um amis-
toso da seleção peruana contra a sub-22 do país,
para a preparação da Copa América, Guerrero saiu
de muletas após apenas cinco minutos de partida.
O motivo: uma lesão no tornozelo.
Felizmente, a lesão de Guerrero foi leve e ele
logo voltou aos campos. O fato não passou de um
pequeno susto mesmo, mas nem sempre é assim.
O jogador francês Franck Ribéry que o diga. O
meia do Bayern de Munique machucou o torno-
zelo direito em 11 de março e ficou impedido de
participar da semifinal da Liga dos Campões.
Ribéry teve complicações em sua recupera-
ção e está parado há alguns meses. Seu retorno
para a próxima temporada ainda não é certo, já
que há rumores de que o jogador se aposente
devido às lesões seguidas que sofreu. De acor-
do com o ortopedista César Augusto Baggio
Pereira, esses tipos de traumas nos tornozelos
são muitos comuns em jogadores de futebol. “O
pé e o tornozelo são as estruturas mais usadas
no jogo de futebol. Não só para chutar a bola,
mas também para correr e apoiar-se no solo no
momento de chutar. Quando um pé está sen-
do usado para chutar, o outro está firmemente
apoiado sustentando todo o peso do atleta.
NExistem, também, outros fatores que fazem dos
tornozelos alvos fáceis de serem machucados. “As
lesões geralmente acontecem no pé que está apoia-
do no solo e não naquele que está chutando ou cor-
rendo. Além desse fato, pé e tornozelo são os seg-
mentos mais atingidos pelo adversário no momento
de disputar a posse da bola. É um esporte que tem
muito contato entre os jogadores”, explica Pereira.
Assim como aconteceu com Guerrero e Ribéry,
um trauma no tornozelo pode levar ao afastamen-
to dos jogadores do campo. A gravidade do ma-
chucado é o que determinará se o jogador preci-
sará ser afastado, o tempo de afastamento, e até
mesmo o risco de nunca mais voltar a jogar. “As le-
sões ligamentares, como contusões e tendinites,
podem afastar temporariamente, mas as lesões
articulares por fratura ou artrose podem afastar
definitivamente dos campos”, afirma Pereira.
Como qualquer outra lesão, o atleta deverá
tomar extremo cuidado e realizar o tratamento
apropriado para não correr o risco de ter se-
quelas definitivas. Para Pereira, as lesões agu-
das mais comuns são os entorses (lesões de
ligamentos) e as contusões. “Contusões cons-
tantes e mal tratadas ou negligenciadas pelo
atleta podem, a longo prazo, levar à artrose,
que é o desgaste da cartilagem articular. Essa
lesão crônica é de difícil tratamento e, quando
curada, devolve ao atleta apenas a marcha nor-
mal e indolor, mas raramente permite o retorno
ao esporte”, analisa. POR: PRICIANE CROCETTI
“AS LESÕES LIGAMENTARES, CONTUSÕES E TENDINITES PODEM AFASTAR TEMPORARIAMENTE,
MAS AS LESÕES ARTICULARES POR FRATURA OU POR ARTROSE PODEM AFASTAR DEFINITIVAMENTE.”
51• Revista Só Futebol •
TREINADOR
52 • Revista Só Futebol •
Treinador volta ao Coritiba com o desafio de repetir o bom desempenho da passagem anterior e, dessa vez, salvar o Alviverde do rebaixamento
futebol brasileiro não é co-
nhecido exatamente pelo
prestígio concedido aos trei-
nadores quando seus times
entram em uma fase compli-
cada. Continuidade é palavra
rara, e basta uma sequência de maus resultados
para que os técnicos entrem na mira da demis-
são. Prova disso é que, até o fechamento desta
edição da revista nada menos do que 13 treina-
dores tinham perdido seus cargos.
No Coritiba, Ney Franco foge à regra das de-
missões. Desde 2008, ele é o único comandante
alviverde que não saiu do clube pela porta dos
O
Ney vs Ney
53• Revista Só Futebol •
fundos. Sua passagem pelo Alto
da Glória entre 2009 e 2010 só
terminou graças ao convite para
treinar a Seleção Brasileira Sub-
20 e fez com que ele saísse de
bem com torcida e diretoria. Seus
sucessores, de Marcelo Oliveira
a Marquinhos Santos, não tive-
ram a mesma sorte, e todos fo-
ram, eventualmente, mandados
embora.
De volta ao Couto Pereira de-
pois de cinco anos, Ney Franco
sonha em repetir o bom de-
sempenho da campanha ante-
rior, em que conseguiu 69% de
aproveitamento nas 85 partidas
à frente do Coritiba. Novamente
confrontado com a dura reali-
dade da zona de rebaixamen-
to e pressionado a escapar da
degola, o técnico coloca todas
as suas fichas em um trabalho
bem feito, esbanja confiança no
elenco e garante não se inco-
modar com a esperança que a
torcida deposita em seu retorno.
“Eu acho que essa expecta-
tiva no nosso trabalho aumenta
a nossa responsabilidade. Em
contrapartida, é muito legal che-
gar em um ambiente onde você
é bem aceito, em que você tem
o respeito do clube, das pessoas
“EU VOLTO COM UM POUCO MAIS DE EXPERIÊNCIA, UM POUCO MAIS DE BAGAGEM. DEPOIS QUE SAÍ DO CORITIBA, PEGUEI VÁRIOS PROJETOS. ALGUNS DERAM CERTO, OUTROS NÃO FORAM TÃO BONS.”
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ST
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que estão nele, do torcedor, da
crônica local. Isso é muito bom
porque dá a oportunidade de
trabalhar em um ambiente legal.
A aposta é no trabalho, na con-
vicção que temos no dia a dia e
na nossa estrutura. Uma certe-
za que tenho é que é um elenco
qualificado, que dá condição ao
treinador de fazer um bom tra-
balho”, avalia Ney, em entrevista
à Revista Só Futebol.
Determinado a resgatar o
bom futebol que deu ao Coxa
os títulos do Campeonato
Paranaense e da Série B de
2010, o treinador volta mais
ORGULHOTécnico confia na estru-tura e no trabalho para fazer o time engrenar.
TREINADOR
54 • Revista Só Futebol •
experiente, calejado por
alguns trabalhos bem-
-sucedidos e outros,
nem tanto. Ele destaca
os títulos e os jogadores
revelados na Seleção
Brasileira sub-20, time
que comandou entre o
início de 2011 e julho de
2012.
SELEÇÃO BRASILEIRA SUB-20
SÃO PAULO
QUANDO?
Entre janeiro de 2011 e
julho de 2012
COMO FOI?
Campeão sul-americano
(com direito a uma golea-
da por 6 x 0 no Uruguai), o
técnico alcançou o principal
objetivo, que era classifi-
car a equipe para os Jogos
Olímpicos de Londres.
Ainda foi campeão mundial
e só deixou o cargo para
assumir o São Paulo.
QUANDO?
Entre julho de 2012
e julho de 2013
COMO FOI?
Após um começo contur-
bado, conseguiu o título
da Copa Sul-Americana e
classificou a equipe para a
Libertadores. Em 2013, no
entanto, as más atuações
se acumularam e fizeram o
treinador ser demitido, com
direito a críticas pesadas
de Rogério Ceni. O goleiro
disse que o legado deixado
por Ney Franco foi “zero”.
VITÓRIA
FLAMENGO
QUANDO?
Entre setembro de 2013
e maio de 2014 e entre
agosto e dezembro de 2014.
COMO FOI?
Em 2013, levou o Vitória
à quinta colocação do
Brasileirão, mas deixou o
clube em maio do ano se-
guinte, alegando desgaste
e com um contrato engati-
lhado com o Flamengo. Após
péssima campanha no time
carioca, voltou ao rubro-ne-
gro baiano três meses de-
pois da saída, mas não con-
seguiu evitar o rebaixamento
para a Série B e entregou o
cargo. Estava sem emprego
desde o fim do ano passado.
QUANDO?
Entre maio e agosto
de 2014
COMO FOI?
Péssimo. Em sete jogos, não
venceu nenhum e acumulou
um aproveitamento de apenas
14% dos pontos disputados.
Como continuidade não é o
forte dos dirigentes brasileiros,
foi demitido e voltou ao Vitória.
“Eu volto com um pouco mais
de experiência, um pouco mais
de bagagem. Depois que saí do
Coritiba, peguei vários projetos.
Alguns deram certo, outros não
foram tão bons. Entre os que
deram certo está o da Seleção
Brasileira, que foi o que me tirou
do Coritiba: nós fomos campeões
sul-americanos e do mundial em
2011. Foi uma geração que revelou
vários jogadores para a seleção
principal, como Neymar, Lucas,
Oscar, Felipe Coutinho, Danilo e
Alexsandro”, relembra o técnico.
De volta à realidade, Ney
Franco também conversou, na
entrevista, sobre o atual momen-
to vivido pelo Alviverde. Com difi-
culdades dentro de campo, o time
se alterna nas últimas colocações
da tabela do Brasileiro e já perce-
beu que terá um 2015 de sufo-
co. O treinador não esconde que
pretende encerrar o ano na capi-
tal paranaense e, para isso, tenta
mostrar uma visão otimista para a
segunda metade da temporada.
55• Revista Só Futebol •
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RIT
IBA
TRANQUILIDADEDepois de cinco anos, Ney garante estar mais experiente em seu retorno.
“Nós temos duas com-
petições. Um Campeonato
Brasileiro muito difícil, em
que não nos encontramos
em uma posição boa, e, pa-
ralelamente, temos a Copa
do Brasil. E eu espero que a
gente consiga desenvolver
um bom trabalho e que esse
trabalho se traduza em uma
permanência no Coritiba e
na cidade de Curitiba até de-
zembro”, afirma. © G
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PARA O TREINADOR, O ELENCO É
QUALIFICADO E PODE TIRAR
O COXA DO MOMENTO DIFÍCIL.
TREINADOR
56 • Revista Só Futebol •
CINCO ANOS DE SEPARAÇÃO
Desde que saiu do Coritiba, em 2010, Ney Franco comandou Neymar e foi campeão mundial com a
Seleção sub-20, trocou farpas com Rogério Ceni na saída do São Paulo e fracassou em Vitória e Flamengo.
“UMA CERTEZA QUE TENHO É QUE É UM ELENCO QUALIFICADO, QUE DÁ CONDIÇÃO AO TREINADOR DE FAZER UM BOM TRABALHO.”
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PROFISSIONAIS NA BERLINDA
Perguntado sobre o atual mo-
mento do futebol brasileiro e so-
bre a repercussão da dolorida
eliminação da Seleção na Copa
do Mundo de 2014, Ney Franco
prevê um período difícil, mas con-
fia na reformulação e no retorno
dos bons momentos. Ele lembra,
ainda, que a crise econômica que
o país enfrenta também traz con-
sequências para o futebol, como o
enfraquecimento dos campeona-
tos e a impossibilidade de compe-
tir com o mercado externo.
“Claro que a derrota por 7 a 1
para a Alemanha pode ser supe-
rada. Lógico que hoje existe uma
grande cobrança sobre os profis-
sionais que trabalham no futebol
brasileiro, atletas e treinadores.
Temos um momento de reflexão,
cada profissional que respira fu-
tebol sente essa cobrança, mas
entende que uma mudança é
necessária. Vejo que a maior mu-
dança está na formação dos nos-
sos jogadores, para que a gente
possa formar equipes fortes”,
completa o sempre otimista Ney
Franco. POR: MAHANI SIQUEIRA
BONS MOMENTOSNey Franco não se in-comoda com a sombra deixada por ele mesmo e seu ótimo desempe-nho na primeira pas-sagem pelo Alviverde.
57• Revista Só Futebol •
58 • Revista Só Futebol •
SUBURBANA
Após mais de seis meses de espera, é chegada a hora de acompanhar a Suburbana de Curitiba
chegou! Ela finalmente
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59• Revista Só Futebol •
ão com bife, bebidas alcoóli-
cas liberadas, 23 campos qua-
se sempre sem arquibancada,
bola sendo buscada pelos tor-
cedores além do muro do vi-
zinho, partidas do time juvenil
abrindo a dos adultos e entra-
da com um preço simbólico, que muitas vezes
nem é cobrada. A Suburbana de Curitiba fun-
ciona assim, sem frescura, sem ares de futebol
moderno.
Considerado um dos maiores campeonatos
amadores do Brasil, a Suburbana envolve 17
bairros da capital paranaense, muitos deles nas
fronteiras com Almirante Tamandaré, Colombo,
Pinhais, São José dos Pinhais, Fazenda Rio
Grande e Campo Magro. Desde sua primei-
ra edição, em 1941, a Suburbana já coroou 22
campeões diferentes. O vencedor de 2014 foi
o União Nova Orleans (UNO), que conquistou o
título inédito em dezembro do ano passado ao
bater o Operário Pilarzinho em uma decisão de
três jogos e uma acirrada disputa de pênaltis
no último deles.
Quem mais acumulou títulos até então é o
Trieste, com 12. O segundo maior é seu grande
rival, também habitante de Santa Felicidade,
o Iguaçu. Juntos, eles fazem o Clássico dos
Italianos, também conhecido como o Clássico
da Polenta, a rivalidade mais antiga e famo-
sa da Suburbana. E se o assunto é rivalidade
tradicional, em 2015 voltaremos a acompanhar
mais uma: Vila Hauer e Vila Fanny, que, depois
de três anos, se encontram novamente na di-
visão principal.
Uma das peculiaridades da competição é
reunir figurinhas famosas do futebol pro-
fissional, como Nem, Rogério Corrêa e Alex
PMineiro – trio que conquistou o Brasileirão pelo
Atlético-PR, em 2001, e que jogou, em 2012,
pelo Bairro Alto. Entre eles também se destacam
Laércio e Marcelo Tamandaré, ambos ex-Coriti-
ba, que atuaram respectivamente por Iguaçu e
Combate Barreirinha em 2013 – este último que
ainda teve no plantel o meia-atacante Adriano
Gabiru, ex-jogador do Atlético-PR e herói do tí-
tulo mundial do Internacional em 2006. A remu-
neração dos jogadores também não é nada “mo-
derna”, mas a folha de pagamento permanece
em dia e a dança das cadeiras dos técnicos não
é tão frenética como no profissional.
O formato de disputa desta 74ª edição so-
freu algumas alterações. As equipes iniciam a
competição divididas em dois grupos. O Grupo
A é formado por 12 times: Bangu, Nacional,
Nova Orleans, Novo Mundo, Operário Pilarzinho,
Renovicente, Santa Quitéria, Iguaçu, Trieste,
Urano, Vila Fanny e Vila Hauer. Elas estão divi-
didas em dois grupos, cada um com seis times.
No primeiro turno, o grupo A e o grupo B se en-
frentam. No segundo turno, as equipes se en-
frentarão entre si, dentro de cada grupo. Serão,
no total, 11 jogos.
A REMUNERAÇÃO DOS JOGADORES TAMBÉM NÃO É NADA “MODERNA”, MAS A FOLHA DE PAGAMENTO
PERMANECE EM DIA E A DANÇA DAS CADEIRAS DOS TÉCNICOS NÃO É TÃO FRENÉTICA COMO
NO PROFISSIONAL.
60 • Revista Só Futebol •
SUBURBANA
TRADIÇÃOJogos do juvenil abrem as tardes de sábado na competição.
UMA DAS PECULIARIDADES DA COMPETIÇÃO É REUNIR FIGURINHAS FAMOSAS DO
FUTEBOL PROFISSIONAL, COMO NEM, ROGÉRIO CORRÊA E ALEX
MINEIRO – TRIO QUE CONQUISTOU O BRASILEIRÃO PELO ATLÉTICO-PR, EM 2001, E QUE JOGOU, EM 2012,
PELO BAIRRO ALTO.
As quatro equipes que tiverem
mais pontos em cada grupo seguem
para a próxima etapa. Na segunda
fase, dois novos grupos serão for-
mados e os clubes se enfrentam em
turno e returno dentro de suas cha-
ves. Os dois melhores colocados de
cada grupo avançam para as semifi-
nais. Dessa altura do campeonato até
a final acontecem jogos eliminatórios
de ida e volta. Os dois times que con-
centrarem menos pontos na primeira
fase serão rebaixados e jogarão na
Série B em 2016.
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61• Revista Só Futebol •
A Segundona concentra 24 clubes e iniciou
no dia 4 de julho, uma semana depois da Série
A. Nessa primeira fase da disputa, os times es-
tão divididos em dois grupos:
A: Uberlândia, Capão Raso, Grêmio Ipiranga,
Imperial, União Ahú, Caxias, Tanguá, Umbará,
Rio Negro, Bairro Alto e Olímpico.
B: Combate Barrerinha, Palmeirinha, Vila Sandra,
São Braz, Vasco, Santíssima Trindade, Ypiranga,
Boqueirão, Sergipe, Diamante e Flamengo.
Fique de olho:
Vila Hauer
O clube ganhou importantes reforços: atletas
que foram campeões em 2014 com o União Nova
Orleans (UNO).
Novo Mundo
Vem com a base entrosada do Bandeirantes, que
disputou a Taça Paraná no primeiro semestre.
Operário Pilarzinho
O time manteve a base de 2014, ano em que
levou o vice-campeonato e deu trabalho para o
atual campeão.
Nacional
Representando o bairro do Boqueirão, é o cam-
peão da Série B de 2014. Grande parte de seus
jogadores continua no elenco deste ano.
Renovicente
Assim como na temporada passada, começou
muito bem, sendo o único com duas vitórias em
duas rodadas, liderando o Grupo B. Os joga-
dores se mostraram entrosados, só precisam
manter o ritmo para fazer diferente do último
ano, quando perdeu a energia ao chegar na
segunda fase.
União Nova Orleans (UNO)
O atual campeão sofreu mudanças significati-
vas em seu elenco e terá que se reinventar para
defender a taça.
Bangu
Sem grandes novidades, sofreu da mesma
“maldição” que o Renovicente no ano passado e
busca não passar pelo mesmo sufoco de novo.
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62 • Revista Só Futebol •
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A segunda fase, as semifinais e as finais são iguais às
da Série A, com os dois finalistas conquistando o acesso
à elite do próximo ano. A categorial juvenil também fun-
ciona assim, com o time de base acompanhando a tabela
do time adulto e com o mesmo esquema de substituição
caso um dos dois não se classifique.
Os horários de início das partidas permanecem os
mesmos: os jogos dos juvenis começam às 13h30 e dos
adultos, às 15h30. POR: THAÍSA MERAKI
Fique de olho:
Iguaçu
O treinador Juninho trouxe para o
clube de Santa Felicidade a base que
conquistou a Taça Paraná com a ca-
misa do Fanático.
Santa Quitéria
Time sensação dos últimos anos, viu
o título bater várias vezes na tra-
ve. Desta vez, vem de uma grande
reformulação e traz de volta Leandro
Chibior no comando técnico.
Trieste
O Tricolor aposta em Mario Jr., mais
conhecido como Feijão, no comando.
O desafio do novo técnico é enorme:
ele treina pela primeira vez a equipe
que possui mais títulos na competição
e costuma revelar grandes talen-
tos, como Marcos Guilherme – atu-
al Atlético-PR e Seleção Brasileira
sub-20.
Urano
Já “aprontou” na estreia da com-
petição deste ano goleando o Nova
Orleans por 3 a 0 na casa do atual
campeão.
Vila Fanny
Vice-campeão da Série B, participou
da Copa Amador da Capital no primei-
ro semestre de 2015 para embalar o
ritmo. Não fez lá uma boa campanha,
mas a expectativa é de uma tempora-
da tranquila.
SUBURBANA
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TORCIDA
64 • Revista Só Futebol •
BARREIRASTORCIDA SEM
Torcedores de Coritiba e Atlético
superam suas condições físicas
para apoiar os times
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ÃO
65• Revista Só Futebol •
rovavelmente, são vários os torcedores do Coritiba
que se lembram da vitória por 3 a 2 sobre o Bahia, em
novembro de 2014, na partida que salvou o clube do
rebaixamento e marcou a despedida de Alex do futebol
profissional. Entre os atleticanos, é questão de honra
ter guardada na memória a noite em que o Furacão
goleou o Vasco por 7 a 2 na Arena. Dois torcedores em
especial, no entanto, têm motivos a mais para recordar essas e outras
ocasiões em que visitaram os estádios de seus times. Jairton Rocha,
coxa-branca, e Claudiney Zela, atleticano, são portadores de doenças
que dificultam suas presenças nas arquibancadas, mas não impedem
– de jeito nenhum – que a paixão pelos times do coração fale mais alto.
À PRIMEIRA VISTAÚnico atleticano na família, Claudiney Zela se encantou pelas co-
res da camisa rubro-negra quando ganhou uma de presente aos oito
anos, mesma idade em que foi diagnosticado com fibrose cística. A
doença é genética, compromete o sistema respiratório e fazia os mé-
dicos acreditarem se tratar de uma espécie persistente de bronquite.
Apesar do problema, o lapeano de 30 anos revela que sempre deu um
jeito de acompanhar o Furacão.
“Eu tenho um amigo que vendia sorvetes na Arena, e acabava con-
seguindo entrar com ele. Precisava levar o meu tanque de oxigênio,
que é pesado e incomoda bastante, mas sempre valeu a pena. Os
jogos mais marcantes a que assisti foram um 7 a 2 contra o Vasco
e um jogo contra o Paraná, em que o Denis Marques fez um gol de
placa. Quero voltar a ir aos jogos, mas estou esperando receber um
respirador portátil, que vai tornar tudo mais fácil”, afirma o atleticano,
que esteve pela última vez no estádio durante o Torneio da Morte do
Campeonato Paranaense.
P
“FOI UM DIA MUITO ESPECIAL. UMA SURPRESA ORGANIZADA POR UM AMIGO. EU NEM SABIA O QUE IA ACONTECER, E O MARCOS GUILHERME APARECEU NO MEU QUARTO NO HOSPITAL.”
Claudiney Zela
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EMOÇÃOClaudiney Zela comemorou a vitória do Atlético sobre o São Paulo com a visita surpresa de Marcos Guilherme.
66 • Revista Só Futebol •
TORCIDA
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Aliviado com o fim da má
fase que rondou o time duran-
te o primeiro semestre, ele teve
mais um motivo para comemo-
rar no começo de julho. Antes
da vitória rubro-negra por 2
a 1 sobre o São Paulo, o jovem
Marcos Guilherme, autor de um
dos gols do triunfo, visitou Zela
no Hospital de Clínicas, onde o
torcedor passava por um trata-
mento de três semanas. Além
de oferecer o gol em homena-
gem ao torcedor, o atacante
ainda entregou uma camisa au-
tografada ao fã.
“Foi um dia muito especial.
Uma surpresa organizada por
um amigo. Eu nem sabia o que ia
acontecer, e o Marcos Guilherme
apareceu no meu quarto no hos-
pital. Ele é um dos jogadores de
que eu mais gosto nesse elenco,
porque é bom de bola e se mos-
trou ser muito atencioso e ‘san-
gue bom’”, relembra.
CARAVANA DE GUARATUBAVítima de um erro médico
quando tinha apenas 13 anos,
Jairton Rocha convive até hoje
com uma atrofia muscular que
o impossibilita de fazer muitas
atividades, mas jamais de torcer
pelo Coritiba e de acompanhar
o time religiosamente nos bons
e maus momentos, seja pela te-
levisão ou – preferencialmente
– no Couto Pereira. Para visitar
o estádio, Rocha, que mora em
Guaratuba, precisa planejar a
viagem a Curitiba com antece-
dência. Nada que incomode o
entusiasmado torcedor.
“Quando se trata de apoiar
o Coxa, eu não meço esforços.
Minha preparação começa com
mais ou menos 20 dias de an-
tecedência. Primeiro, defino o
jogo a que pretendo ir; depois,
entro em contato com amigos
de Curitiba para viabilizar as
entradas no estádio para mim
e minha família, que sempre me
"É POR ESTE CARINHO QUE VALE A PENA A GENTE CORRER E BATALHAR A CADA DIA"
Marcos Guilherme
67• Revista Só Futebol •
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SONHO REALIZADOEm 2013, Jairton Rocha chegou a assistir um treino do Coxa no Couto Pereira.
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“QUANDO SE TRATA DE APOIAR O COXA, EU NÃO MEÇO ESFORÇOS. MINHA PREPARAÇÃO COMEÇA COM MAIS OU MENOS VINTE DIAS DE ANTECEDÊNCIA.”
acompanha em dias de jogos. Também preciso contar
com amigos daqui que possam me levar em seus car-
ros, pois nós não temos carro próprio. Feito tudo isso,
arrumamos outros pequenos detalhes e partimos para
o Couto Pereira apoiar o nosso Verdão”, conta.
Sempre tratado com muito carinho quando vai ao es-
tádio, Rocha conta ter feito muitas amizades no Couto
Pereira, e que parceiros de arquibancada costumam
ajudar nos custos de suas viagens para assistir às par-
tidas. Os percalços – como uma confusão com segu-
ranças do estádio Noveli Junior, em Itu – acontecem,
mas Rocha é tão otimista quanto coxa-branca, e prefe-
re lembrar principalmente os bons momentos.
“Em novembro de 2013, fui convidado para levar
uma palavra de motivação aos atletas em um treino
no Couto Pereira antes de um
jogo muito importante contra o
Botafogo-RJ e acho que ajudei.
No dia seguinte, assisti ao jogo
das arquibancadas, o Coritiba
venceu por 2 a 1 e, no interva-
lo, o craque Alex me mandou de
presente a camiseta que havia
utilizado no primeiro tempo.
Também me lembro com cari-
nho do último jogo do Alex, con-
tra o Bahia. O Verdão venceu
por 3 a 2, de virada, com gol do
Keirrison no último segundo de
jogo”, completa Rocha. POR:
MAHANI SIQUEIRA
Jairton Rocha
68 • Revista Só Futebol •
Projetoaudacioso
Empresário investe em centro de futebol e eventos
CAMPO
68 • Revista Só Futebol •
69• Revista Só Futebol •
esde 2006, o Centro Iraí de
Futebol e Eventos tem uma
meta audaciosa: oferecer
estrutura de time profissio-
nal para atletas amadores.
Localizado em Pinhais, o
espaço tem cinco alqueires
– cerca de 120 mil metros quadrados – total-
mente dedicados ao futebol.
A ideia nasceu da vontade do advogado Vinicius
de Andrade Mendes em oferecer um espaço am-
plo, aberto ao público, não só para a atividade
exclusiva do futebol, mas também para eventos
sociais. “De alguns anos para cá, começou a se
alastrar o futebol sintético e os campos de gra-
ma foram ficando escassos. Isso se refletiu até
no futebol brasileiro, pois não existe mais o cam-
po de várzea, como antigamente existia. Hoje, os
novos atletas, tanto no que diz respeito à recre-
ação, quanto para os que tem um interesse mais
competitivo, acabam buscando espaços menores,
de futebol de salão ou sintético”, analisa Mendes.
Foi aí que ele enxergou a oportunidade de ter um
local voltado para esse público. “Ao perceber isso,
como eu tinha uma área grande disponível, a ideia
foi fazer um centro de futebol para oferecer essa
possibilidade aos amantes do esporte”, conta.
Hoje, o Iraí tem 60% do complexo em fun-
cionamento e conta com três oficiais de grama
natural, que podem atender quatro modalida-
des: o campo de 11 tradicional, o campo suíço
(60 x 40 m) e o campo de society (fut 7), além
do futebol de salão que será implementado. Até
2018, quando o projeto deve ser concluído, se-
rão, no total, cinco campos oficiais, sendo um
deles sintético para os dias de chuva.
D
© D
IVU
LG
AÇ
ÃO
"NO IRAÍ, PODEMOS FAZER EVENTOS
DE GRANDE MAGNITUDE, COM
ESTRUTURA PARA OS ATLETAS E
VISIBILIDADE PARA OS PATROCINADORES."
Vinicius de Andrade Mendes
69• Revista Só Futebol •
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CAMPO
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Os planos de expansão também incluem
trazer uma grande marca internacional, para
não haver qualquer tipo de resistência por
parte dos torcedores, para compartilhar a or-
ganização e a visão empresarial do futebol.
“A partir disso, queremos ter um trabalho de
formação de atletas e fazer um intercâmbio
entre os nossos esportistas e os do exterior”,
explica Mendes. “Além disso, iremos também
dar um pontapé inicial em um centro de exce-
lência de futebol feminino e fazer um trabalho
social. Essas são as vigas mestras do empre-
endimento”, complementa.
OPORTUNIDADEMendes se orgulha em contar que, no
Brasil, só os grandes clubes profissionais têm
uma estrutura tão ampla quanto a dele. “O
nosso público abrange jovens universitários,
adultos e crianças de todas as idades”, afirma.
Segundo ele, ter um espaço tão amplo é po-
sitivo não apenas para os atletas, mas também
para empresas que querem expor a sua mar-
ca ou até mesmo organizar eventos para seus
colaboradores no local. “No Iraí, podemos fazer
eventos de grande magnitude, com estrutura
para os atletas e visibilidade para os patroci-
nadores. Já organizamos mais de 90 eventos,
entre comemorações e campeonatos”, conta-
biliza. POR: THAIS VAUROF
72 • Revista Só Futebol •
QUADRAS
ONDE JOGAR
72 • Revista Só Futebol •
O menor público do
Brasileirão foi em
um jogo no estádio
Olímpico, em Porto
Alegre, entre Juventude
e Portuguesa com
apenas 55 torcedores.
A ARENA SHOW DE BOLA, ESCOLA DE FUTEBOL OFICIAL DO
BOCA JUNIORS, É UM DOS MAIOS NOVOS ESPAÇOS PARA LAZER
E UM BOM FUTEBOL COM OS AMIGOS. LOCALIZADA DENTRO DO
CLUBE SÍRIO LIBANÊS, FUNCIONA DE SEGUNDA A SÁBADO COM
QUADRA NO TAMANHO OFICIAL DA CBF7 ( 50 X 25M). NELA, O
VIVAMIL INSTALOU UMA DAS MAIORES PLACAS PUBLICITÁRIAS
EM QUADRAS DE FUTEBOL DO BRASIL, MEDINDO 30M X 3M. A
GRAMA UTILIZADA NAS QUADRAS É IMPORTADA, PADRÃO FIFA,
E OS VESTIÁRIOS SÃO AMPLOS E MODERNOS. POSSUI PLACAR
ELETRÔNICO, ESPAÇO KIDS — COM MINICAMPO PARA AS CRIAN-
ÇAS —, PLAYGROUND E FRALDÁRIO.
ARENA SHOW DE BOLA
Rua das Olarias, 552
Santa Cândida
(41) 9191-5889
arenashowdebola.com.br
S
Campo de grama sintética
Wi-fiChurrasqueiras Salões de festaEscolinha defutebol
55
INGRESSO55
INGRESSO
73• Revista Só Futebol •
Já o maior público
pagante em uma
partida de futebol no
Brasil foi no Maracanã.
O jogo entre Brasil e
Paraguai, em agosto
de 1969, foi visto por
183.341 pagantes.
73• Revista Só Futebol •
INAUGURADO EM 2010, O CENTRO ESPORTIVO IPIRANGA
POSSUI UM COMPLEXO ESPORTIVO COM 10 MIL METROS
QUADRADOS, RODEADO DE ÁREAS ARBORIZADAS. O ESPA-
ÇO OFERECE TRÊS QUADRAS COBERTAS DE GRAMA SIN-
TÉTICA PARA FUTEBOL SOCIETY E É EQUIPADO COM AM-
PLOS VESTIÁRIOS, ESCOLINHA DE FUTEBOL, LANCHONETE
COMPLETA COM SEIS CHURRASQUEIRAS E DOIS SALÕES DE
FESTAS PARA A REALIZAÇÃO DE EVENTOS ESPORTIVOS E
CONFRATERNIZAÇÕES.
O CENTRO ESPORTIVO IPIRANGA REALIZA CAMPEONATOS E
TORNEIOS EMPRESARIAIS, ALÉM DE COMPETIÇÕES ORGANI-
ZADAS PELA FPF7.
CENTRO ESPORTIVO IPIRANGA
R. Ipiranga, 770 - Capão Raso
(41) 3598-7098 / (41) 9879-0025
www.ceipiranga.com.br
S
Churrasqueiras Salões de festaEscolinha defutebol
Campos de grama natural
74 • Revista Só Futebol •
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
Solução
www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL
BANCO 28
CGPARAGRAFO
ALBALSULARSOSNE
DANIELESUZUKITTASAOR
MÃOSABUSOOAIRNTMAQUIAGEMEMUOBNAU
DUELOORTHGILMINGAU
CEMGOÇMDOTADOSÃO
OPERADOR(?) World,
parqueaquático
(EUA)
Coreia do(?), país
comunistaasiático
Aprimeira
luz damanhã
Antigopedido desocorro(Morse)
Região deorigem doretirante(abrev.)
Atriz cario-ca da tele-novela "Vi-ver a Vida"
Localdo com-bustívelno avião
(?) sexualinfantil,crime
hediondoTraço
do anãoZangado
(Lit.)
Olga Be-nário, mili-tante comu-nista alemã
A raizquadradade dez mil
(Mat.)
Unidadede medidade massamolecular
SandroDias,
skatistapaulista
Rio (?)Francisco:
O VelhoChico
Marisa(?), atriz
(?) Cavale-ra, baterista
(?) de telemarketing,funcionário que traba-lha em "call centers"
Equipado; munido
O gato deMagali
Mapa, eminglês
Ar, eminglês
Utilidadeda figa
AntílopeafricanoNavio deColombo
Divisão deum texto
Seriado com GeorgeClooney, ambientado
em uma sala de emer-gência de um hospital
(1994 -2009)
Coletânea de defini-ções de termos espe-
cíficos, comum em trabalhos acadêmicos
Casillas, Buffon ou Júlio CésarGênero musical popularesco
que valoriza o consumo de bensmateriais em suas letras
Limpo de (?): honestoMelhor (?),
prêmiotécnico
do Oscar
Bebida al-coólica ja-ponesa, fei-ta de arroz
Caixas rígi-das antigas
Prêmiosalarial
Compositorde "Refa-
zenda"
Combate entre duaspessoas
A maiorave nativa
daAustrália
BodejovemRádio
(símbolo)
3/air — emu — gnu — map — sea. 4/alba — igor — mãos — orth. 13/daniel e suzuki.
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