SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO SÓCIO- EDUCATIVO - SINASE APOIO:

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SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO - SINASE

APOIO:

Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n. 8.069 de 13 de julho de 1990

Art.86. A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n. 8.069 de 13 de julho de 1990

Art.88. São diretrizes da política de atendimento:

I – municipalização do atendimento;

III – criação de programas específicos, observada a descentralização político-administrativa;

O QUE É O SINASE? Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo

O SINASE é o conjunto ordenado de princípios, regras e ações, de caráter jurídico, político, pedagógico, financeiro e administrativo, que envolve o processo de apuração de ato infracional e de execução de medida sócio-educativa. Este sistema nacional inclui os sistemas estaduais, distrital e municipais, bem como todos os planos, políticas e programas específicos de atenção a esse público.

Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo

Projeto de Lei de Execução das Medidas Socioeducativas

Resolução do CONANDA sobre as diretrizes

SUAS

Sistema Nacional de Atendimento Sócio-Educativo

SINASE

Sistema Único de Saúde

Sistema Único da Assistência Social

SUS

Sistema Educacional

Sistema de Justiça

INTEGRAÇÃO ENTRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS E SISTEMAS

INCOMPLETUDE INSTITUCIONAL

SINASE e políticas públicas• Educação

Ensino fundamental obrigatório e ensino médio gratuitos

Oferta de ensino noturno regular

Oferta de atendimento educacional aos adolescentes com deficiência

Acesso a programas suplementares de material didático, transporte, alimentação e assistência à saúde

• Saúde

Promoção e atenção integral à saúde do adolescente, especialmente em saúde mental, agravos psicossociais, dependência química, saúde sexual e reprodutiva

Garantia de não confinamento em alas ou espaços especiais dos adolescentes com transtornos mentais

continuação

Acesso a tratamento extra-hospitalar aos adolescentes com transtornos

mentais, de acordo com a Lei de Saúde Mental;

Garantia às adolescentes do direito de assistência pré-natal, parto e

puerpério na rede SUS, bem como do direito à amamentação no prazo

mínimo de 6 meses após o nascimento

Inclusão de dados e indicadores de saúde deste segmento nos sistemas de

informação do SUS

Reforma e aquisição de equipamentos das unidades de saúde

Constituição de equipes mínimas de saúde nas unidades de atendimento

socioeducativo de internação

Fornecimento de medicamentos e insumos destinados às equipes do PSF

continuação

• Assistência Social

Acompanhamento jurídico-social e apoio psicológico Orientação para obtenção de documentos pessoais Oferta de espaços de lazer Acesso a programas de transferência de renda básica Capacitação e preparação para o mundo do trabalho

• Trabalho/Emprego Desenvolvimento de programas de profissionalização, inserção no

mercado de trabalho e geração de renda

• Previdência Social

Direito a plano de benefícios para o adolescente aprendiz e ao trabalhador a partir de 16 anos

• Cultura

Acesso dos adolescentes às fontes de cultura nacional Apoio e incentivo às manifestações culturais dos adolescentes

continuação

• Esporte e Lazer

Utilização do contraturno escolar para atividades esportivas monitoradas

Implantação de núcleos descentralizados para o atendimento de

adolescentes

Orientação de possíveis talentos esportivos

Oferta de material esportivo suplementar

• Segurança Pública

Ampliação de delegacias especializadas nas capitais Criação de Plantão Interinstitucional de acordo com necessidades

regionais Capacitação dos profissionais de segurança pública para conhecimento

dos direitos dos adolescentes Fortalecimento dos procedimentos e instrumentos de Ouvidoria

Organização do SINASE: competências e atribuições

• União:

Coordenar e regular o SINASE;

Elaborar o Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo, com a colaboração dos Estados, Distrito Federal e municípios;

Constituir um sistema nacional de cadastro e informação que possibilite o monitoramento e a avaliação do atendimento socioeducativo;

Prestar assistência técnica aos estados e municípios.

• Estados:

Coordenar e regular o Sistema Estadual;

Elaborar o Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo, respeitadas as diretrizes gerais fixadas pela União;

Prestar assistência técnica aos municípios;

Criar, manter e desenvolver programas de execução das medidas de privação de liberdade, inclusive de internação provisória

continuação• Munícípios:

Coordenar e regular o Sistema Municipal;

Elaborar o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo;

Apoiar o exercício da função fiscalizadora do Conselho Tutelar;

Criar, manter e desenvolver programas de execução das medidas de meio aberto;

Estabelecer consórcios intermunicipais.

• Órgãos de Deliberação: Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente

Editar e acompanhar a implementação de políticas e planos;

Promover e articular campanhas públicas;

Deliberar pela utilização de recursos dos Fundos;

Participar do processo de elaboração do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual;

Registro de entidades e inscrição de programas.

PARÂMETROS DA GESTÃO PEDAGÓGICA NO ATENDIMENTO

SOCIOEDUCATIVO

DIRETRIZES PEDAGÓGICAS DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO

I – PREVALÊNCIA DA AÇÃO SÓCIO-EDUCATIVA SOBRE OS ASPECTOS MERAMENTE SANCIONÁTORIOS

II – PROJETO PEDAGÓGICO COMO ORDENADOR DA AÇÃO E GESTÃO DO ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO

III – PARTICIPAÇÃO DOS ADOLESCENTES NA CONSTRUÇÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DAS AÇÕES SÓCIO-EDUCATIVAS

IV – RESPEITO À SINGULARIDADE DO ADOLESCENTE, PRESENÇA EDUCATIVA E EXEMPLARIDADE COMO CONDIÇÕES NECESSÁRIAS NA AÇÃO SÓCIO-EDUCATIVA

V – DIRETIVIDADE NO PROCESSO SÓCIO-EDUCATIVO

VI – DISCIPLINA COMO MEIO PARA A REALIZAÇÃO DA AÇÃO SÓCIO-EDUCATIVA

VII – EXIGÊNCIA E COMPREENSÃO ENQUANTO ELEMENTOS PRIMORDIAIS DE RECONHECIMENTO E RESPEITO AO ADOLESCENTE DURANTE O PROCESSO SÓCIO-EDUCATIVO

VIII – RESPEITO ÀS APTIDÕES DO ADOLESCENTES QUANDO SUBMETIDOS À PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE

IX – DINÂMICA INSTITUCIONAL GARANTINDO A HORIZONTALIDADE NA SOCIALIZAÇÃO DA INFORMAÇÕES E DOS SABERES ENTRE EQUIPE MULTIPROFISSIONAL (TÉCNICOS E EDUCADORES)

X – ORGANIZAÇÃO ESPACIAL E FUNCIONAL DOS PROGRAMAS DE ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO COMO SINÔNIMO DE CONDIÇÕES DE VIDA E DE POSSIBILIDADES DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL E SOCIAL PARA O ADOLESCENTE

XI – DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL, DE GÊNERO E SEXUAL COMO EIXO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

XII – FAMÍLIA E COMUNIDADE PARTICIPANDO ATIVAMENTE DA EXPERIÊNCIA SÓCIO-EDUCATIVA

XIII – FORMAÇÃO CONTINUADA DOS ATORES SOCIAIS

DIMENSÕES BÁSICAS DO ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO

1. ESPAÇO FÍSICO, INFRA-ESTRUTURA E CAPACIDADE

2. DESENVOLVIMENTO PESSOAL E SOCIAL DO ADOLESCENTE

3. DIREITOS HUMANOS

4. ACOMPANHAMENTO TÉCNICO

5. RECURSOS HUMANOS

6. ALIANÇAS ESTRATÉGICAS

PARA SE CONQUISTAR OS IDEAIS DE SER HUMANO, DE SOCIEDADE E DE CONHECIMENTO QUE QUEREMOS, OS

PROGRAMAS DE ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO DEVEM ESTAR ESTRUTURADOS DENTRO DOS SEGUINTES EIXOS

ESTRATÉGICOS:

1 – EIXO SUPORTE INSTITUCIONAL E PEDAGÓGICO2 – EIXO DIVERSIDADE ÉTICO-RACIAL E DE GÊNERO3 – EIXO EDUCAÇÃO4 – EIXO ESPORTE, CULTURA E LAZER5 – EIXO SAÚDE6 – EIXO ABORDAGEM FAMILIAR E COMUNITÁRIA7 – EIXO PROFISSIONALIZAÇÃO, TRABALHO E PREVIDÊNCIA8 – EIXO SEGURANÇA

Plano Individual de Atendimento (PIA)

• Avaliação inicial, nas áreas jurídica, psicológica, social, pedagógica e de saúde;

• Acesso a programas de escolarização, esporte, saúde, cultura e lazer,

profissionalização e inclusão no mercado de trabalho, além de assistência religiosa

• Garantia de condições adequadas de habitabilidade, alimentação de qualidade,

vestuário, acesso `a documentação

• Acompanhamento técnico com equipe multiprofissional, incluindo atendimento

familiar

• Assistência jurídica ao adolescente e sua família

• Relatórios de acompanhamento

• Articulação com outras entidades e/ou programas de atendimento socioeducativo

visando assegurar a continuidade do trabalho

Inscrição de programas

• Os programas estaduais e municipais deverão ser inscritos nos respectivos

Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente, explicitando, entre outros

requisitos:

Projeto pedagógico

Plano individual de atendimento

Estrutura material, de recursos humanos e estratégias de segurança

Regimento disciplinar

Política de formação de recursos humanos

Espaço físico• Internação:

– Cada unidade atenderá até 40 adolescentes, com espaços residenciais em módulos (máximo de 15 adolescentes) e quartos (máximo de 3 adolescentes)

– Em caso de existir mais de uma unidade no terreno, não poderá ultrapassar a 90 adolescentes

– Construções horizontais para áreas de: administração, atendimento, serviços, auditório, ambulatório, escola, oficinas, quadras poliesportiva, visita íntima e espaço ecumênico

– Espaços para as 3 fases do atendimento (inicial, intermediária e conclusiva)

– Espaços de convivência protetora (para adolescentes ameaçados)

• Semi-liberdade:

– Casas residenciais em bairros comunitários

• Meio aberto:

– Local específico, com salas de técnicos e de atendimento individual e em grupo

CATEGORIAS E INDICADORES DE QUALIDADE DOS PROGRAMAS SÓCIO-EDUCATIVOS

Categoria 1 – Direitos humanos

AlimentaçãoVestuárioHigiene pessoalDocumentação civilDocumentação escolarEscolarizaçãoProfissionalização/trabalhoEsporteCulturaLazerAtenção integral à saúdeAssistência espiritualRespeito e dignidadeDireitos sexuais e direitos reprodutivosDireitos políticos

Categoria 2 – Ambiente físico e infra-estrutura

Capacidade físicaSalubridadeRefeitórioDormitóriosBanheirosEspaço para a escolarizaçãoEspaço para atendimento à saúdeEspaço para prática de esportes, cultura e lazerEspaço para atendimento jurídico, social e psicológicoEspaço para a profissionalizaçãoEspaço para visita íntimaEspaço ecumênicoEquipamentos Segurança

Categoria 3 – Atendimento Sócio-educativo

Atendimento familiarAtendimento jurídicoAtendimento técnicoEncaminhamento para a rede de atendimentoAtendimento ao egresso no caso de internação

Categoria 4 – Gestão e Recursos Humanos

Capacidade de gestãoPlanejamento e Projeto pedagógicoFormação e capacitação de recursos humanosPlano de cargos e saláriosSupervisão e apoio de assessorias externasColeta e registro de dados e informaçõesAvaliaçãoParcerias

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