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Revista Capital 1

Quer uma equipe especializada e produtos de alta qualidade para sua festa ou solenidade? Seu evento tem carater inter-nacional? Você gostaria de requintado serviço à francesa?

PARA O SUCESSO DO SEU EVENTO

O Fenix Buffet é a 1a. empresa brasileira a receber da Embai-xada de Belarus o Diploma de Reconhecimento pelo impe-cável serviço em sua Data Na-cional, em 2016.

Em 2013, foi selecionada para realizar a inauguração da Embaixada do Casaquis-tão no Brasil.

A excelência do seu atendimento vem de sua estrutura completa para tornar o seu evento inesquecível, atendendo em qualquer locali-dade do DF e entorno.

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2 Revista Capital

Neste segundo semestre que começa gelado na Ca-pital do Brasil, seguimos alertas e esperançosos, pre-parando nossas vidas para as surpresas de um ano re-pleto de percalços mas sempre salpicado de alegrias. O brasileiro é otimista por natureza e não abre mão de se divertir. Apesar da crise que todos estamos perceben-do, os finais de semana são sempre regados a cerveja, um churrasquinho e a esperança de que tudo vai me-lhorar. E no círculo virtuoso para superar as dificulda-des, só fica quem tem criatividade, tanto para comprar quanto para vender.

Nesse ritmo, lojas fecham as portas, outras se lançam no mercado; profissionais mudam de carreira; a oferta de concursos públicos é reduzida; famílias diminuem os gastos; a sociedade de consumo muda os hábitos e passa a alimentar o comércio de produtos usados e até o escambo.

Enquanto o povo se vira para acomodar-se da melhor forma e seguir para um futuro totalmente imprevis-to, o leme do Brasil permanece bambo, precisando de governo, fiscalização e principalmente ORDEM. O des-respeito corre solto em relação ao contribuinte, hoje carente de tudo pelo que tem pago: segurança, saúde, educação e condições de viver dignamente.

Mas nada abate a vontade de ser feliz; e festejar está

sempre em nossos planos e, agora, mais do que nunca, temos de usar a nossa criatividade e habi-lidade para fazermos as coisas boas acontecerem, sem perdermos de vista a grave situação que atra-vessa o nosso país!

Nazareth Tunholi

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Revista Capital – A revista de BrasíliaEdição de Julho/Ago/Set/2017Presidente: jornalista Nazareth Tunholi – Registro Profissional: 2537/13/15-DFFotografias: Nelson Fleury e Paulo LimaColaboradores: Palmerinda Donato e Maria Alsimar Mello https://www.facebook.com/Capital-Web/ https://revistacapital.wordpress.com/nazaretunholi@gmail.com - Fones: (61) 98251-8508 – 99257-1990* As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores.

Edições Revista Capital

Vontadede ser felizEd

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Sumário

BAILE BRASÍLIA 57 ANOS EPRÊMIO PERSONALIDADE DE BRASÍLIA 11

QUADRILHAS, UM CHAMEGO CULTURAL DO POVO BRASILIENSE

42

A LÓGICA E A INTELIGÊNCIA DA VIDA

36

ARTIGOS

O AMOR ESTÁ NO AR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35UMA AULA POÉTICA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

CANAL BRASÍLIA VIP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

CAPA

JULIE MOUDOUTE-BELL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .04

CELEBRAÇÃO

ANIVERSÁRIO DE NAZARETH TUNHOLI . . . . . .49

TROFÉU MULHER 2017 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06

CULTURA

TARDE CULTURAL . . . . . . . ...... . . . . . . . . . . . . . . .38

DIPLOMACIA

EMMANUEL MACRON . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55SIMON BOLIVAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

FILOSOFIA

OPINIÃO

A LIGA DOS CABEÇAS BRANCAS. . . . . . . . . . . . 47

PERSONA

ALMEIDA FISHER . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . 40

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Cap

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A embaixatriz Julie-Pascale Moudoute-Bell é espo-sa do embaixador da República do Gabão, Jaques Mi-chel Moudoute-Bell, em missão diplomática no Bra-sil, há dois anos.

Julie tem um currículo brilhante pois é diplomada em Línguas Estrangeiras pela Universidade Omar Bongo, no Gabão, país africano cujo idioma oficial é o francês. Também é Diplomada em Marketing, com especialização em Vendas, pelo Instituto de Ciências de Administração, de seu país.

Amante da cultura, o casal Moudoute-Bell tem aberto as portas da residência oficial da Embaixada para vários eventos, entre eles o “Momento Cultural Brasil/Gabão com Palmerinda Donato”, com lança-mento do livro “Eu e Eles”, no dia 18 de maio. Nes-se evento, tive o prazer de ser apresentada pelo Sr. Embaixador, que falou em francês, com tradução si-multânea para o português. Julie também falou, em português dando as boas-vindas à grande plateia de convidados presentes, inclusive, embaixadores e amigos. A apresentação musical foi comandada por Matheus Donato, que fez um solo tocando o Hino do Gabão - La Concorde.

Tive o prazer de usar da palavra para tecer compa-rações entre o Brasil e o Gabão, discorrendo sobre as áreas, capitais, moedas (real e franco), bandeiras (que são semelhantes), hinos nacionais, povos das fronteiras com o Gabão, densidades demográficas, religiões, exportações e importações.

Mencionei que a Amazônia é o ‘primeiro pulmão do mundo’, com quatro habitantes por km2 e o Ga-bão é o ‘segundo pulmão do mundo’, com 5,5 habi-tantes por km2.

Entre os embaixadores presentes, cito minha ami-ga Yvete Goddard, de Barbados. O evento contou também com homenagem ao poeta Aureo Mello, seguida de farto coquetel. Os dois países saíram enaltecidos com as informações prestadas.

Vale registrar também a Tarde Cultural promovi-da pelo Clube Internacional de Brasília, com dan-ças típicas, músicas e degustação na residência da Embaixada gabonesa e a bela palestra da Doutora Clotilde-Chantal Allela, do Gabão, sobre a Mulher de seu país, realizada no auditório da Associação Nacio-nal dos Procuradores Federais da Previdência Social,

*Palmerinda Donato

Julie-Pascale Moudoute-Bell A Embaixatriz do Gabão

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com o apoio da Embaixada do Gabão e da Academia Internacional de Cultura – AIC.

No dia 27 de abril, a AIC entregou o Troféu Mulher/2017 a dez per-sonalidades, entre elas a Embaixatriz Julie, pelo seu trabalho diplomático, cultural e pela sua grande atuação em projetos so-ciais.

No âmbito dos círculos que frequenta, Julie é a Presidente do Grupo de Cônjuges dos Chefes de Missão. Entre os proje-tos que toca, destacam-se a luta contra o câncer de mamas em mulheres e também a luta contra a

violência à mulher, como atuante na Fundação Sylvia Bon-go. É responsável por projetos sociais, como membro do Comitê de Projetos Sociais do Grupo.

O Senhor Embaixador e a Senhora Embaixatriz merecem ser homenageados. É o que fazemos nesta oportunidade.

Parabéns !!!

*Palmerinda Donato é Farmacêutica Química, Auditora Fiscal da Receita Federal (escritora, com nove livros publica-dos) e detentora de importantes láureas, entre elas o título de Mulher-Cidadã Bertha Lutz, do Senado Federal.

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Troféu Mulher eBanquete Anual da AIC

No dia 27 de abril, a AIC realizou o seu tradicional Banquete Anual, no Parlamundi, oportunidade em que fez a entrega do Troféu Mulher 2017 a um seleto grupo de senhoras: Alinne Macambira, Julie Moudoute-Bell, Márcia Rollemberg, Lúcia Bessa, Sônia Couto, Letícia Vieira Pereira, Maria Olímpia Gardino, Carmen Antoni, Isabel Almeida, Cleusa Carvalho e Ana Margareth Costa (foto acima).

Na foto ao lado, a criadora e vice-presidente da AIC, Nazareth Tunholi e a Presidente Meireluce Fernandes fazem a entrega do troféu à Primeira Dama do DF, Márcia Rollemberg

Mesa Diretora da solenidade: Vânia Diniz, Márcia e Rodrigo Rollemberg, Meireluce Fernandes, Nazareth Tunholi, Basilina

Pereira e Palmerinda Donato

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Maria Olímpia Marotta Gardino

Rodeada pela família e por amigos, a professora e nutri-cionisa Maria Olímpia Marotta Gardino marcou presença no Parlamundi, para receber o Troféu Mulher 2017, outor-gado pela Academia Internacional de Cultura.

Nascida no Rio de Janeiro, filha do imigrante Italiano Ar-turo Marotta, e de Rosa da Cruz Marotta, veio para Brasília em 1975, acompanhando o marido, o engenheiro Mario Gardino.

Exerceu cargos na Administra-ção Pública e foi presidente do Conselho Regional de Nutricio-nistas - CRN - 1ª Região e da As-sociação de Nutricionistas do DF.

Ocupou cargos em Diretorias, Conselhos Fiscais e em Comis-sões de diversas entidades cultu-rais, sociais e filantrópicas.

Atualmente é da diretoria do ICB e da FBB no Núcleo Bandei-rante Paranoá.

O casal Olímpia e Mário Gardino com os amigos: Lia Elaine, Rosângela e os casais Boner, Ornellas e Kuhn

Olímpia entre os filhos, engenheiro Leonardo e da estatística Priscilla Gardino

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Can

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rasíl

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o Parabenizamos o presidente do Rotary Club Península Norte, Ney Natal de Andrade Coelho e o novo presidente Florentino José Teobaldo

dos Reis pela linda festa de transmissão de cargo, realizada no Clube do Congresso, dia 29.06. Deseja-mos uma gestão de sucesso à atual diretoria!o Aplaudimos o almirante Silva Rodrigues pelo exce-lente trabalho da Diretoria e equipe do Clube CAALEX.o Também agradecemos os inúmeros convites rece-bidos neste trimestre, augurando êxito a todos que nos prestigiam.o Nesta edição, o Canal Brasília VIP mostra eventos im-portantes da sociedade: Na Festa Junina do Correio Solidário, a nossa big mesa, no Minas Hall; a palestra e o lançamento do livro “Okinawa” da escritora Kazuko Akamine; a festa italiana da aniversariante Lúcia Alas-mar; a posse de Raab Simões, Luciana Rocha e Dalva Alcoforado no Comitê Nacional do Cerimonial Público, CNCP Brasil, no DF; a tarde cultural do Clube Interna-cional de Brasília, na residência da Embaixada do Ga-bão e a gravação de dois belos eventos por este Canal.

by

Nazareth Tunholi

Na Festa Junina do Correio Solidário, Rosa Rezende, esta jornalista (fui madrinha do evento) e Luciana Santos. Abaixo, nossa mesa decorada.

Em nossa mesa, dez pessoas animadas: Rosa Rezende, Lu-ciana Santos, Carlos Alberto e Marlênio José Oliveira (foto acima), Raimunda e Marcelo Serra Azul (foto abaixo)

Maurício Sercheli, Letícia, Rogério e eu, Nazareth Tun-holi, na animação do Arraial Solidário, no Minas Hall

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Ana Lúcia Alasmar Neri, Rachel Tuchiyyah e Ana Paula Alasmar Freddi

Nena Queiroz no auge da festa

Alfredo Junior, Graziela Lenzi, Lúcia e Alfredo Alasmar

Aniversário de Lúcia Alasmar

Kazuko Akamine fez palestra e lançou seu belo livro “Okinawa”, na Livraria Cultura, em maio

Prestigiando Kazuco: Aldemita Oliveira, Basilina Pereira, Rose Rocha e Gilma Limonge

Márcia, Claudia Jucá, Daniele Antoni, Tathny Kefalas e esta jornalistaA anfitriã, Rita

Muita dança e alegria

Maria Inêz, Lúcia, Odaísa e Angélica

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Can

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rasíl

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IPA administradora e professo-ra universitária Raab Simões (ao centro da foto), especia-

lista em Cerimonial, Proto-colo e Etiqueta tomou posse como diretora de Represen-

tação do Comitê Nacional do Cerimonial Público, CNCP Brasil, junto com a vice-dire-

tora Luciana Rocha (à es-querda) e a secretária Dalva

Alcoforado (à direita).

No dia 27 de junho o clubeInternacional de Brasília rea-lizou uma Tarde Cultural naresidência oficial da Embai-xada do Gabão com a pre-

sença de várias sócias.

Carmen Bocorny, Dodoia Rezende, Ilza Jussara, Cosete Ramos, Wanzenir Adler, Leda Scaf e Rita Pepitone

Maria Luisa Mathias, a anfitriã Emb. Julie Moudoute-Bell, Heloísa Aroeira,

Lúcia Chaves e Anete Braga

Presença do Canal Brasília VIP na festa italiana de Lúcia Alasmar e no restaurante Le Jardin da AliançaFrancesa, com cobertura desta apresentadora e imagens do cinegrafista Lucas Freitas.

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Baile BRASÍLIA 57 ANOS & Prêmio Personalidade de Brasília

Promoção: Revista CapitalProdução: Nazareth Tunholi

Nazareth e Rogério Tunholi

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Baile BRASÍLIA 57 ANOS & Prêmio Personalidade de Brasília

O Clube CAALEX (da Marinha do Brasil) sediouo grande Baile do Aniversário de Brasília e a premiação promovida por esta revista para homenagear as personalidades da CapitalFederal, no dia 19 de abril.

Prestigiando o evento, os casais: Pedro e Patrícia Calmon; Fernando Brites e Divanda Pereira

Revista Capital 13

O big bolo de aniversário feito pela espe-cialista Ruth (Sabor & Arte) e a animação

dos casais: Embaixadora Diana Vanegas (El Salvador) e Wiliam Gsaint; Letícia Tunholi e

Maurício Sercheli

Cel

ebra

ção

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Baile BRASÍLIA 57 ANOS & Prêmio Personalidade de Brasília

Amélia de Godoy e Carlos Henrique Porto Neto

A dança alegre de Hosanah Lima e Francisco Antônio de Farias

Rachide Andrade com o filho Thiago

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Bem animado o baile, com a Banda Infinity

A elegância de Clotilde Chaparro, Trudy Mathias, Guida Carvalho, Irene Maia, Olímpia Gardino, Rosângela Meneghetti e July Benevides

A psicóloga e artista plástica, JULY BENEVIDES foi uma das ilustres pessoas agraciadas com o Prêmio Personalidade de Brasília

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Nair Ewertonde Sá

Elza NardeliTambém recebeu o Prêmio Personalidade de Brasília

ELZA NARDELLI. Graduada em Contabilidade é poliglo-ta e católica. Em 1968, formou o grupo Bandeirante, na invasão da antiga Vila IAPI. O Grupo ganhou terreno na Ceilândia, onde se instalou em 1971 para trabalhos comunitários com idosos, crianças, jovens e adultos. Pelos seus programas assistenciais, tem recebido vá-rios prêmios e homenagens.

Nair Ewerton de Sá é administradora de empresa na área de Hotelaria. Atua na empresa Iane Ewerton Arquitetura. É a prefeita da Quadra 108 Sul e a presidente da Liga das Mu-lheres Eleitoras do Brasil no DF. Pelo seu dinamismo e com-petência, Nair foi uma das homenageadas por esta revista.

Paulo Sérgio Sá, Nair e o casal Mirelda e Donato

A homenageada com Tathny Kefalas e Daniele Antoni

Kerolly Nascimento, Charles Ewerton de Sá, Juliana Ewerton de Sà e Miguel de Sá

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Recebendo o Prêmio Personalidade de Brasília das mãos da presidente Nzareth Tunholi, da Revista Capital, o subo-ficial da Marinha do Brasil HUMBERTO ALENCAR, numa das mais requintadas comemorações do aniversário de Brasília.

O dinâmico homenageado é formado pela Escola de Sargentos da Marinha e atua como presidente do Clube Almirante Alexandrino - CAALEX.

HumbertoAlencar

Aylton Clínio com os casais Evandro Brasiliano e Cláudia Machado; Humberto Alencar e Tiana

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Ozaina BarrosUma das mais notáveis personalidades premiadas na gran-

de comemoração do Aniversário de Brasília foi Ozaina Barros. A empresária mineira destaca-se no Distrito Federal como es-critora, cerimonialista, palestrante, professora e consultora de etiqueta, protocolo e cerimoniais.

Em Brasília desde 1976, é licenciada em Letras Português/Es-panhol com especializações em Management Development Pro-gram (University of Califórnia), Berkeley (University Extension) Programa Gerencial, Jornalismo Literário e Gestão de eventos e Cerimoniais. É autora de “Contos de Esperança Infinita”; “Além de um Olhar”; e o livro infantil “COM LICENÇA, POSSO FALAR?”

As escritoras Nádima Nascimento, Meireluce Fernandes e Ozaina

A homenageada com Railda Cân-dido e Lúcia Bessa

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Ana Paula Leite Maia

Entre os ilustres agraciados com o Prêmio Personalidade de Brasília, des-taca-se ANA PAULA LEITE MAIA, ela que é nascida aqui e é formada em Fisiote-rapia e pós-graduada em Acupuntura. Também especializou-se em Dermato Funcional e em RPG.

Atualmente, é empresária e adminis-tra as três POLICLÍNICAS ANA MAIA, das quais é sócia proprietária, com seus pais, o médico Everaldo Maia e Irene. São duas, uma na 608/609 Norte e a outra é em Águas Claras, todas com 12 especialidades e todos os convênios.

Ana Paula foi prestigiada pela presen-ça de seus pais, do esposo Diogo Gomes e de vários amigos.

Elegância e alegria ao receber o seu troféu

Irene e Everaldo Maia,pais da homenageada

O casal Ana Paula Maia e Diogo Gomes

A elegância da mãe, Irene Maia

20 Revista Capital

Helena dos Santos

Premiada com o título de Personalidade de Brasília, HELENA MIRANDA DOS SANTOS abrilhantou a festa, com elegância e cer-cada de amigos.

Ela é uma baiana com alma brasiliense, que está aqui há 48 anos. Trabalhou no INCRA mas foi ao lado do saudoso senador e escritor Áureo Mello que ela se apaixonou pela Cultura, área pela qual, até hoje, dispensa profunda atenção, seja divulgando a pre-ciosa obra literária de Áureo, seja apoiando importantes eventos no Distrito Federal.

Helena com a amiga Palmerinda, também home-nageada no Baile de Aniversário de Brasília

Helena recebendo seu troféu entregue pela colaboradora da Revis-ta Capital, escritora Erwelley Andrade

e Thaize Ferreira RibeiroAnaeno dos Santos Xavier

Joaquim da Silva, Raimundinha Serra Azul, ahomenageada e Elizângela Lucena da Silva

Geovana

Revista Capital 21

Ana Cecília FagundesAna Cecilia Fagundes uma das mais brilhantes agraciadas com o Prê-

mio Personalidade de Brasília, gosta de ser candangucha - “mais can-danga que gaúcha”. Chegou a Brasília aos 7 anos com o pai Deputado Federal. Formada em Letras Plenas e Pós-graduada em Coordenação Pedagógica, foi secretária parlamentar na Câmara dos Deputados; assessora de imprensa no Ministério da Agricultura; Chefe de Gabi-nete de Ministro no Superior Tribunal Militar e Professora de Inglês/Português. Atua nos Clubes: Internacional de Brasília e Soroptimista e é tesoureira da Região Brasil. Membro da Sociedade dos Amigos da Polônia, tem formação Metodista. Na festa, vestiu um modelo da Boutique Aurora.

O charme e o bom gosto de Maria Lúcia Choairy, Ana Cecília, Helena Sother, Antonia Freire e Arina Estela

22 Revista Capital

Meireluce FernandesA escritora Meireluce Fernandes fez jus ao Prêmio Per-

sonalidade de Brasília, pela sua notável atuação como pre-sidente da Academia Internacional de Cultura – AIC. PhD em Ciências da Terra com mestrado em Ciências da Infor-mação, atuou no CNPQ, na Agência Espacial Brasileira e no Uniceub, como professora universitária.

Meireluce comandou mais uma realização da AIC, a en-trega do Troféu Mulher 2017, oportunidade em que re-cepcionou o governador do DF Rodrigo Rollemberg, na foto abaixo, com a acadêmica Ozaina Barros.

O casal, José Carlos Brito

e Meireluce Fernandes

No dia 27 de junho, Mei-reluce lançou seu livro «Regando a terra e a vida», em noite de autógrafos realizada no Parlamundi e prestigiada por vários grupos de amigos. Na foto à esquer-da, a escritora com o casal João Ferreira e Márcia Nabao

Revista Capital 23

PalmerindaDonato

A escritora Palmerinda Vidal Donato foi uma das agraciadas com o Prêmio Personalidade de Brasí-lia, no Baile do Aniversário da Capital Federal, no clube Almirante Alexandrino, realizado pela Revista Capital.

Farmacêutica Química, aposentada na carreira de Auditora Fiscal da Receita Federal, e autora de vá-rios livros, Palmerinda é memorialista de Juscelino Kubitschek e detentora de várias homenagens e tí-tulos, entre eles o de “Mulher Cidadã Bertha Lutz” que lhe foi outorgado pelo Senado Federal e o títu-lo de Cidadã Honorária de Brasília.

Na sua brilhante história destaca-se ter presidido

a Academia Internacional de Cultura - AIC por 17 anos.Foi protagonista de três importantes eventos em 2017:

a entrega do “Mérito Cultural Palmerinda Donato” ins-tituído pela AIC (foto ao lado - falando no plenário da Câmara Legislativa); o “Encontro Cultural com Palmerin-da Donato” na Embaixada do Panamá e a palestra que realizou sobre o Gabão, dia 18 de maio, na residência oficial do embaixador Jacques-Michel Mou-dout Bell e sua Senhora, a embaixatriz Julie Pas-cale Moudoute Bell.

Palmerinda Donato dis-cursando no Plenário da

Câmara Legislativa/DF, quando a AIC entregou o Troféu do Mérito Cultural

que leva o seu nome

Wiliam Gsaint, Embaixadora Diana Vane-gas (El Salvador) Palmerinda Donato, Julie Moudoute-Bell e seu esposo, o Embaixa-

dor Jaques-Michel (Gabão)

24 Revista Capital

O carismático Padre Norbey Londroño Buitrago recebeu o Prêmio Personalidade de Bra-sília, pelo seu dinâmico de-sempenho na Paróquia Nossa Senhora do Lago; sua atuação como Juiz Auditor no Tribu-nal Eclesiástico de Brasília; e como Assessor Eclesiástico nos Cursilhos de Cristandade.

Ele é colombiano e che-gou ao Brasil em 1989, onde concluiu o Curso de Teologia. Desde 93 é o responsável pela Paróquia Nossa Senhora do Lago.

Padre Norbey é também ar-tista plástico, com várias obras espalhadas pelo mundo.

Norbey Londroño Buitrago

Leila e Antônio Carlos Ribeiro

Edgard e Ninfa Beatriz Chaparro Acosta parabe-nizando o Padre home-nageado

O Padre Norbey receben-do o abraço da paroquia-na Rita Ballock

Izabel Rocha, a mãe brasi-leira do Padre, ladeada por

ele e por Eliana Alves de Campos

Revista Capital 25

Railda Cândido Azevedo

Agraciada com o Prêmio Personalidade de Brasília, grande foi a emoção de Railda ao receber o troféu, das mãos da colaboradora da Revista Capital, Nádima Nascimento.

Cearense de Cascavel, Railda chegou a Brasília em 1962. Graduada em Serviço Social, atuou na Funda-ção do Serviço Social do GDF onde aposentou-se em 2005; e também no INSS, como Assistente Social, aposentando-se em 1988.

A homenageada entre o casal Marcelo Andrade Vasconcelos e Patrícia

Recebendo o abraço da editora desta re-vista, jornalista Nazareth Tunholi, Railda

posou para mais uma foto

Recebeu o título de Cidadã Ho-norária de Brasília, o que também muito a orgulha.

Com atuação destacada em vá-rios congressos nacionais e inter-nacionais, Railda Cândido partici-pa da organização de movimentos sociais e ongs, desde a sua chega-da a Brasília. Por todo o seu dina-mismo e competência, tem rece-bido o reconhecimento de várias entidades, como a Medalha do Mérito Alvorada do GDF.

26 Revista Capital

Ney Natal de Andrade Coelho

Procurador do DF, Ney Natal de Andra-de Coelho foi agraciado com o Prêmio Personalidade de Brasília, por serviços prestados à Pátria. Como Diretor Geral do Tribunal Superior Eleitoral, por qua-tro anos, conseguiu 100% das urnas ele-trônicas para o Brasil.

Foi Secretário–Geral do Conselho da Justiça Federal e também Presidente do Rotary Clube Península Norte, atuando no projeto de plantio de 2 mil mudas de Ipês na Península.

Lucas Andrade,Thiago Andrade,

Nilce Andrade, Ca-rolina Tomil, Alexan-

dre Tomil,Rachide Andrade, Carlos

Alberto Marques e Ney Natal

Lucas Andrade, Rachide Andrade,Ney Natal e Thiago Andrade

Revista Capital 27

Margarita Bazzano

A cardiologista Margarita Coronel Bazzano foi agraciada com o Prêmio Personalidade de Brasília por se destacar entre os me-lhores profissionais da área cardiológica de Brasília.

Foi notável a sua alegria no Baile do Aniversário de Brasília, no Clube Almirante Alexandrino, onde dançou e esteve cercada de amigos. Dra. Margarita atua na Clínica Cardiocor (Águas Claras Shopping) e na Clinicordis (710/910 Sul).

Ana Margareth Costa, Danúbio Garcete, Renato Palmieri,a homenageada, Ana Maria Cunha e Rodrigo Martins; em pé:

Gilberto, Mariane Souza, João e Diane SouzaMargarita com o Embaixador do Gabão, Jacques Michel Moudoute-Bell e sua esposa Julie

A médica ladeada pelo casal Wiliam Gisant e Embaixadora Diana Vanegas (de El Salvador)

28 Revista Capital

Luiz Carlos Ballock

Lícia Braga

Entre os ilustre homenagea-dos, o administrador Luiz Carlos Ballock. Consultor, ideólogo, ele é o fundador e atual presidente do Instituto ALIANÇA LIVRE, e do Movimento de União dos Con-tribuintes da República (UCR). Trabalha com vistas ao estudo de cenários, para o aperfeiçoa-mento do regime de Estado e da democracia.

Na foto à direita, Luiz Carlos com a esposa Rita Ballock e o fi-lho Carlos Henrique Porto Neto.

Justa homenagem a Maria Lícia Braga, uma indígena que nasceu em Miracema do Tocan-

tins. É escritora, compo-sitora e atua como Ser-vidora Pública Federal. É membro da Academia de Letras e Música do Brasil e da Academia Interna-cional de Cultura.

Linda Vieira, Izabel Alexandre, Elaine Maria e Verônica MendesLeonardo e Sandra Carnaúba

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RosângelaCohenMeneghetti

Radiante, Rosângela Cohen Mene-ghetti foi uma das homenageadas do dia 19 de abril, no Baile do Aniversário de Brasília, promovido por esta revista.

Graduada em Administração de Em-presa, trabalhou em vários órgãos pú-blicos, dentre eles a presidência da República e a Câmara dos Deputados, atuando principalmente na Constituin-te de 1987.

Além dos negócios da família, hoje, Rosângela dedica-se ao voluntariado de entidades sociais, recreativas e be-neficentes; elaborando e executando importantes projetos de seguimentos variados.

Dando prioridade à família, sua ativi-dade preferida é ser a vovó do Lucas e do Bento, atualmente.

Silvia de Moura, Guida Carvalho, Ma-ria Olímpia Gardino e a homenageada

Rosângela com a família: Pedro e Luciana, Marco Antonio e Luiza Meneghetti

Marco Antonio Meneghetti e Cláudio Cohem com Rosângela e seu meritoso troféu

30 Revista Capital

ClotildeChaparro

A Revista Capital homenageou a escritora CLOTILDE CHAPARRO, pelo conjunto de sua obra, com o Prêmio Personalidade de Brasília.

Clotilde é Cidadã Honorária de Brasília, Auditora do Trabalho, advo-gada e hoje dedica-se à literatura e ao voluntariado. Seus livros, traduzi-dos para o espanhol e inglês, estão espalhados pelo Brasil e por vários países da Europa e da América, es-

No dia 1º de junho, Clotilde fez o lançamento dos livros de bol-so A má babá, A dona da pensão ou Coraline e Minha pronúncia do idioma inglês, no restauran-te Steak Bull, com almoço em benefício da Casa São José (do Varjão), comemorando também seu aniversário, quando recep-cionou centenas de convidados.

Centenas de amigos no aniversário de Clotilde no Steak Bull e o bolo com seus livros

Livros de bolso da escritora distribuídos no almoço

pecialmente Duzinda, que trata da violência moral e psicológica contra a mulher.

Ela participou de seis feiras inter-nacionais de livros: Buenos Aires, Argentina, Miami, USA, duas ve-zes Nova York, USA, Guadalajara, México e Bogotá, Colômbia e já está agendada para duas Feiras Interna-cionais de Livros: Fankfurt, Alemanha e novamente Guadalajara, México.

Revista Capital 31

Carmen Bocorny, Marisa Macedo e Lucinha Itapary prestigiando Clotilde

Gitana Lyra e Marly Nogueira marcando presença

Bernadete Alves, Ilza Jussara, Odete Boeck, Carminha Antoni, Neiva Corrêa, Rita Márcia Machado, Loiva de Moraes e Alzira FloresDad Squarisi e Márcia Rollemberg Kátia Kouzak, Maria Olímpia Gardino e a aniversariante Beatriz Schwab e Eliane Ulhoa

32 Revista Capital

Raimunda Serra Azul

A Revista Capital fez uma homenagem póstuma ao escritor JOÃO HENRIQUE SERRA AZUL, no âmbito das comemorações do aniversário de Brasília. Ele que foi o Príncipe dos Poetas, com a sua obra poética reconhecida nacional e internacional-mente, tal como a sua competência profissional, como Subpro-curador Geral da República.

Sua esposa, a advogada Raimunda Serra Azul prestigiou o evento para receber o Prêmio Personalidade de Brasília, em nome de seu saudoso esposo. No baile, ela dançou com o filho Marcelo (foto) e esteve rodeada por amigos.

Erick Persijin, Joana D’Arc, Marcelo Serra Azul, Raimundinha, Mônica Ianini, Evangelina Cariné e Adriana Broklin

Revista Capital 33

A solenidade de entrega do Troféu Mulher 2017, promovida pela Academia Internacional de Cultura - AIC, foi abrilhantada pela poesia do saudoso João Henrique Serra Azul. Na foto, Raimun-

dinha e Marcelo Serra Azul, ao lado do banner colocado no salão do evento.

O novo livro de João Henrique Serra Azul será lançado em agosto, sob o pseudônimo do grande poeta, conforme ele assinou a obra que dei-xou quase pronta, antes de partir.

O escritor Fagundes de Oliveira lançou o livro “Lira das Auras”, que goteja reluzente poesia. Na foto, Raimundinha aguardando seu autógra-fo ao lado de Heronisa, a esposa do autor.

34 Revista Capital

O AMOR ESTÁ NO AR

Havia um país continental, com problemas tão gran-des quanto a extensão de seu território. Também as desigualdades sociais abissais, além dos problemas éticos e políticos, nada visto até então, por nenhum povo da terra. Nem mesmo pelos seus vizinhos, acos-tumados a todo tipo de governantes, alguns dema-gogos, desonestos e mafiosos.

O contraste entre a natureza bela, com praias e montanhas, clima quente e saudável, a abundância de cereais, com a triste realidade de governos lidera-dos por incompetentes e larápios, era motivo de tris-

*Gracia Cantanhede

Art

igo

teza pelas pessoas exploradas, as verdadeiras vítimas de tanta desonestidade.

Pois esse país tão solar, com povo alegre, escondia um lado negro, entranhado em sua história: seus go-vernantes. Não satisfeitos com todas as benesses dos cargos públicos, inventaram uma moeda paralela: a propina. Escorregadia e mal cheirosa, a propina era carregada em malas, sacolas, bolsas, cuecas e meias. Os que ocupavam os postos mais elevados manda-vam esses “rendimentos” para os bancos das ilhas distantes, da Indonésia, da Suiça ou de qualquer ou-

tro lugar que fosse longe do povinho sofrido, escalda-do por tantos descalabros.

Ocorre, porém, ser aquele mesmo povo muito gen-til, amoroso e divertido, principalmente se rolasse uma bola nos gramados de suas cidades ou aldeias.

Mulheres belas, vaidosas, com tendências à perfei ção lotavam as clínicas de cirurgias plásticas, os sa-lões de beleza, as academias de ginástica.

Infelizmente, a maioria do povo desse país longín-quo não gostava muito de ler. Infelizmente. Mas iam à escola, tinham prazer e orgulho de ostentar título de nível superior.

Poderiam até ser considerados pacifistas, não fosse a novidade das redes sociais. Aí, para desconsolo dos mais velhos, começou o pandemônio. Brigas, discus-sões, parentes desunidos, tudo culpa das opiniões divergentes. O que já não faz mais parte de muitos países civilizados passou a ser motivo de discórdia naquele lugar: a divisão entre direita e esquerda.

Ora, dirão alguns, isso é absolutamente ultrapassa-do! Mas aqui, não. Não, no reino da propina! Alguns também protegiam seus bandidos. Guerra mesmo: Meu bandido é melhor do que o seu! – Ora, meu ban-dido e mais inteligente que o de vocês… É, não é! É, não é! A bandidagem continuava a correr solta. Pren-diam, mas os larápios continuavam a roubar atrás das grades.

*Gracia Cantanhede é escritora de contos, poemas e ensaios e aguarda o lançamento do seu romance juve-nil “Madonna Chegou”.

Certo dia, o povo desolado em face de tanta desmo-ralização dos governantes, do colegiado e de alguns juízes da alta corte, já não tinha motivos para sorrir. Eis que, de repente, algo mágico, surreal, aconteceu, no país do absurdo: às dez horas da manhã do dia 12 de junho, uma bola de tamanho gigantesco sur-giu no céu, escanteando as nuvens, num brilho inu-sitado, desconhecido. Sim, com um letreiro enorme visto por todo o país. Nas ruas todos olhavam com os olhos inebriados, sorrisos por todos os rostos, e todos sentiram carinho, e estenderam as mãos uns para os outros, e todos diziam a uma só voz: Que ma-ravilha! Leiam: Uma mensagem de amor! Justamente no dia dos namorados! Lá estava, no céu muito azul, a frase em dourado, representando irmandade, ami-zade e respeito: O AMOR ESTÁ NO AR.

Era um momento único, em que ricos e pobres, ho-mens e mulheres, jovens e velhos deram-se as mãos e sorriram como há muito não faziam e todas as bri-gas, todos os ressentimentos, todos os xingamentos foram apagados. Foi assim que renasceu a esperança, no milagre da união, filha única da fé.

E daquele dia em diante, quando alguém queria in-vocar a paz e a alegria, lembrava-se da faixa no céu, como mensagem da data em que todos fomos amor.

36 Revista Capital

No aeroporto, uma menini-nha pedia que a mãe abrisse um pacote de m&m’s. A mãe atendia, sorridente, ao seu pe-dido, e lhe devolvia o pacote aberto, junto com um beijo; singela e meiga cena. Um dia, a menina crescerá; já poderá abrir, e até mesmo comprar seu próprio pacote de m&m’s, ou outra coisa qualquer que deseje. Ainda assim, amará

a mãe, mas será... um pouco diferente. Chegará um tempo, mais ainda no futuro, em que a mãe já não poderá comprar nem abrir seu próprio pacote de m&m’s, e a filha abrirá para ela; os sentimentos ain-da estarão aí, mas ainda mais diferentes que na cena anterior: a filha agora tem seus filhos, seu trabalho... as demandas da sua própria vida, e a mãe terá que achar espaço no meio delas. Um espaço que, em ge-ral, se estreita quando o tempo avança.

Em tudo isso, guardando lugar para as sempre pos-síveis variações individuais, os sentimentos sofrem variações previsíveis e “mapeáveis” com antecedên-cia, até. É a chamada “dança da vida”, com passos nem sempre tão belos, algumas vezes dolorosos para seus integrantes. Isso transmite uma impressão es-tranha: como se fôssemos executantes de um “sof-tware” cujo final, um tanto amargo, já conhecemos desde a aquisição do “pacote”.

Quando vivemos um momento como o que hoje vivo, em que alguém que amamos se vai, algumas ve-zes, a vida nos surpreende com algo não previsto em nenhum software conhecido: pessoas sem qualquer vínculo de sangue físico, capazes de entrar na tua dor e dividi-la contigo, por simples compromisso com a dor humana. Pessoas que tomam para si a tua dor e “pagam o preço” junto contigo. Pessoas...

Isso me faz pensar sobre a margem de imprevisibi-

A Lógica e aInteligência da Vida

Lúcia Helena Maya (Diretora Adjunta da Nova Acrópole - Brasil)

lidade dos sentimentos humanos; parece que existe uma “quota básica” dos mesmos, incluída no “pacote vida” adquirido, mas isso não é tudo: é apenas o co-meço. A partir daí, parece que o sentimento humano envereda por uma outra lógica, sem algoritmo previsí-vel, uma espiral ascendente e ousada, bela e... huma-na. Ainda iremos querer nossos pacotes de m&m’s, talvez, podendo ou não adquiri-lo ou abri-lo sozinhos; mas haverá mais que prazeres e desejos deste peque-no eu, amante de chocolates e de si mesmo, e de não muito mais. Que insólito processo o homem é capaz de desencadear ao desbravar novos circuitos de sen-sibilidade e necessidade, como se trouxesse o cora-ção do outro para si; já não é gratidão, convenção ou protocolo social que rege o processo; é só... coração.

Isso surpreende, e dá um novo sabor de aventura à vida; quem sabe o que ainda virá, quantos corações conseguiremos compactar e incluir dentro do nos-so? Aonde as necessidades deles nos levarão? Posso mesmo ousar imaginar o ponto final deste processo: todos os corações dentro de um só; todas as necessi-dades humanas demarcando o seu destino; um espa-ço que se expande quando a vida avança; uma outra lógica... Só o vislumbre dessa possibilidade dá uma nova perspectiva à vida, mais doce que m&m’s, mais contundente convite ao voo rumo a um céu huma-no de possibilidades do que qualquer aeroporto do mundo possa simbolizar.

Se tem um nome para isso, talvez seja... Humanida-de; esse território inexplorado e belo como um conto de fadas; acho mesmo que estes contos são diários de viagem de quem andou por aí, e quis nos deixar uma trilha, um passaporte. Honra, nobreza, grandes de-safios compartilhados, amores eternos... onde? Nos caminhos tão pouco explorados... do coração huma-no, quando se abre e se expande além de qualquer “script”, por um simples e grandioso ato de amor e de vontade.

www.acropole.org.br

Filosofia

Revista Capital 37

UMA AULA POÉTICA SOBRE TEXTO E LINGUAGEM

Bendita linguagem! Será que estamos condena-dos ao teu emaranhado? Se a resposta é sim, em que bela prisão nos encontramos, pois é por meio de ti que exaltamos o amor, qualificamos os oceanos, as famílias das borboletas e dos pássaros, as cores, os abismos, a complexidade da vida e tudo que há den-tro e fora de nós. Não te configuras somente como o falar porque nem toda linguagem é feita de palavras. Gestos, acenos, sobrancelha arqueada, olhar raivoso ou amoroso e silêncios fazem parte de teu reino. Po-rém, és puro texto. Não há nada fora do texto, seja ele dito ou não.

Assim, poeticamente, o professor de redação inicia-va as aulas, nada enfadonhas e convencionais dado o tecido em que era engendrado o discurso tal qual brocado salpicado de pérolas. Nosso aprendizado se-guia luxuoso. Manoel de Alcântara Carvalhosa apre-sentava-se nessa ordem: professor, escritor e pintor. Naquele final de 1999, quando o planeta comentava a chegada do ano 2000 com as mais variadas profecias, repetia-se a seguinte frase: “De dois mil passaremos? ”. Os questionamentos eram parecidos. Como seria o fim? Fogo em profusão, inundação, queda de aste-roide? Teríamos a destruição inevitável da Torre de Babel da modernidade com suas inúmeras línguas e desentendimentos? Quem sabe, depois de tudo não

nasceria uma só língua entre os povos e a linguagem da paz se materializasse?

Carvalhosa era sutil, sem arroubos apocalípticos, contrário a utopias sobre a existência de mundos perfeitos. Dizia que vivíamos em orbe inacabado, a ser esculpido por nós, da mesma forma como ela-boramos um bom texto, com componentes neces-sários para torná-lo agradável: ritmo, clareza na ex-pressividade, bom senso, simplicidade, ordem direta, conhecimento do que se fala, boa pontuação, sem repetições de ideias e palavras, equilíbrio, encan-tamento, sentimento dosado! Fale para os outros e não simplesmente para você mesmo, recomendava. Cavalgue pelo texto e as palavras como se seguisse aquela velha trilha: nem tanto a terra, nem tanto ao mar. Mas emocione!

Nossa! Exclamou um aluno do fundo da sala: é muita coisa para se colocar em poucas linhas! O pro-fessor, com sorriso no canto da boca, acrescentou: e tem mais. Inclinou-se um pouco na cadeira e conti-nuou: deixe as portas da imaginação abertas, comun-gue com a sensibilidade, embriague-se de fantasia, apaixone-se e, sobretudo, não tente dissecar a alma dos homens porque, possivelmente, sua história fica-rá entediante, recheada de ensinamentos e clichês. Mas sobrevoe essa alma, reconheça e tente assimilar as eternas inquietações do coração humano. Por fim, deixe o leitor tirar suas conclusões, depois de sedu-zi-lo.

E essa era apenas a primeira de uma série de aulas sobre texto e linguagem! Que fôlego! Eu só consegui balbuciar uma única frase: “Meu Deus, dai-me inspi-ração! ”

*Maria Félix Fontele é jornalista e escritora

*Maria Félix Fontele

Art

igo

38 Revista Capital

TARDE CULTURAL com Mônica MedonçaA pianista Mônica Mendonça recebeu em sua casa se-

leto grupo de amigos para uma audição de piano, decla-mações e a fala do Padre Aleixo, sobre o “Pai Nosso”, a oração que o Senhor ensinou.

No âmbito da programação, Mônica recebeu o título

“Maximum Cultus” que lhe foi outorgado pela Acade-mia Internacional de Cultura. O diploma lhe foi entre-gue pela presidente da AIC, Meireluce Fernandes e pela vice, Nazareth Tunholi. Após as apresentações, Mônica ofereceu um farto lanche aos seus convidados.

A pianista e seu diploma “Maxi-mum Cultus” e, ao lado, ela com a sua família

Padre Aleixo e José Carlos Brito

Meireluce Fernandes e Raimundinha Serra Azul

Tathny Kefalas e Graziele Goulart Lúcia Toledo Lasmar

Alberto e Eliana Vilar Trindade, Viviane, Augusto e João Pedro

Mendonça, Marina Vilar Trindade, Arthur Mendonça e Matheus

Vilar Trindade

Ana Márcia Yunes

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1 12

4 5 6

3

1 - A pianista tocando músicas clássicas e populares para os seus convidados2 - Palmerinda Donato ganha beijo de Geovana Ribeiro3 - Presença de Helena dos Santos na elegante tarde cultural4 - Viviane Mendonça e Eliana Vilar Trindade5 - Tereza Lasmar6 - José Antonio e Regina Gonçalves com Maria de Lourdes Fonseca

40 Revista Capital

o inigualávelAlmeida Fisher,

*Raimunda Serra Azul

Acho-me bastante corajosa por falar sobre uma pessoa de tanta valia nos meios onde conviveu: Oswaldo Almeida Fisher.

Naturalmente, discorrerei apenas sobre o Dr. Fisher com quem tínhamos convivência no nosso meio so-cial, intelectual e familiar.

Como escritor e crítico literário, porém, posso di-zer somente que li um livro de sua autoria, num só fôlego, entrando noite adentro pelo fato de ter-me motivado muito o enredo. Tal livro foi “O homem de duas cabeças”.

Conhecemo-lo no ano de 1969, quando o meu marido publicou o seu primeiro livro de poesias – “Sonetos e Poemas” e o procurou para entregar um exemplar.

Daí por diante, tivemos grande amizade, leal e sin-cera.

Ele convidou o Serra Azul para frequentar a Asso-ciação que havia fundado. Disse mais, que para fir-mar a nova entidade ele teria que ir todas as noites, apesar do local improvisado para receber as pesso-as. Era o Teatro Nacional, uma pequena parte, próxi-ma a um barzinho, cujo garçom se chamava Geraldo,

que nos atendia aos pedidos de bebidas e salgados.Ali, ficávamos bebericando até às 23 horas.Era uma turma mais antiga. O Dr. Fisher no centro

das conversações, nós, o Aluísio e a Aparecida Valle, ambos escritores, que voltaram para o Rio, o Aquíles (já falecido) e esposa, a Zilpa, o Anderson, o Aldo Ma-galhães e a Aderci (ambos falecidos), grandes jorna-listas: José Hélder de Souza e Dário Macedo; os mé-dicos e Senhoras: José Maria Leitão e Ester, esta filha de um dos maiores gramáticos de língua portuguesa, radicado em Fortaleza; Otávio Farias; Afonso Ligório e sua esposa a psiquiatra Jeanete, o Alan Viggiano e Helena; Waldemar Lopes e Iraci, que punham sua residência no Lago Sul (QL1), aos sábados para um excelente almoço. Era sempre aos sábados, porque aos domingos, ela oferecia a casa ao sobrinho (não tinha filhos), que trazia os seus colegas acadêmicos de medicina para passar o dia. Como a Iraci era gene-rosa! E outros os quais à memória não me ocorrem.

Era desconfortável, porque havia muriçocas que incomodavam. Mesmo assim, Almeida Fisher não faltava um dia.

O Serra Azul dava aula à noite, mas na hora que

Pers

ona

Revista Capital 41

podia sair, estávamos lá, ele e eu.Fisher era uma pessoa sincera, gentil, atencioso

com todos, sem paranoia.Vez por outra, ele recebia visitas importantes: Di-

nah Silveira de Queiroz e seu marido Embaixador Dário de Castro Alves, sempre conduzindo a cachor-rinha dela. E outros.

Com algum dinheiro apurado, quer de associados, quer de doações, a Associação mudou-se para a Quadra 414 – Sul.

Daí a frequência melhorou 100%, dados os convi-tes que o Dr. Fisher fazia.

Numa conversa coloquial, comentei com Dr. Fisher que o fato de Serra Azul ser bacharel em direito, não contava pontos para ele trabalhar mais perto de casa, tendo que ir para periferia, para dar aulas.

Ao saber do caso, o nosso protagonista falou as-sim: “Cerro Azul, por que você não faz concursos para a área de advogado ao invés de ser professor?”.

A ideia foi dada e meu marido começou a fazer os concursos que surgiam, passando em todos, sem ex-ceção: Assessor da Anatel, do Senado, Juiz de Direito do DF e de Rondônia, Procurador do TCU, Assistente Técnico do Tribunal de Contas do DF e Procurador da República.

Graças ao nosso amigo, que deu a motivação, o Serra Azul escolheu ser Procurador da República, pelo fato de gostar mais de dar pareceres e se deu bem.

Fisher era assim, uma personalidade envolvente em tudo, sendo mesmo impressionante.

Em 1973, mudamos para o Lago Sul, onde, ainda hoje, dispomos de um grande jardim, pomar e pisci-na. Então, nós convidamos o Dr. Fisher, com a famí-lia, para passar os domingos conosco.

O convite foi aceito e todos os domingos, está-vamos juntos: os três filhos dele (dois meninos e umamenina) e nossos três meninos. Ao todo, eram seis, mais nós, dois casais. E interessante que as seis crianças se davam muito bem, sem terem nenhuma rusga. O meu caçula tinha apenas quatro anos e o caçula deles, apenas seis. Até hoje, eles se falam, inclusive nas redes sociais, com grande carinho.

Nós íamos, vez por outra, passar o dia no Iate Clu-

be, onde as crianças brincavam nos brinquedos que existiam e tomavam banho de piscina, enquanto nós ficávamos no barzinho até o almoço.

Almeida Fischer além de prestigiado, era prestimo-so. Nunca foi egoísta. Aqueles amigos dele, políticos e grandes intelectuais ficavam também nossos ami-gos. Era uma verdadeira família de escritores.

Certa vez tive problema com minha chefia imedia-ta, que não me deixava quieta, observando a minha indumentária: onde comprou, quem fez etc, etc. Todo o dia, ela inquiria tudo o que eu usava: cola-res, sapatos, brincos, comentando que estava muito bonito. Essas coisas me deixavam pouco à vontade. Aí então, pedi para sair, acionando Deus e o mundo, para não trabalhar mais naquela secção, pois não me sentia bem, de modo algum, com tanta pergunta.

Ninguém resolveu. Mas, ao saber do fato o nosso grande intelectual falou com o presidente da minha corte e foi tiro certo. Fui trabalhar na presidência do tribunal, local relevante, onde passei três anos.

Era assim o nosso amigo Fisher: amado por todos: governadores, ministros e todo o pessoal dirigente, sem fanfarrice.

Quando fazia comentários sobre pessoas, só fazia elogios.

Sentir-me-ia muito feliz se a terra onde o ilustre in-telectual nasceu se chamasse Almeida Fischer ao in-vés de Piracicaba. É uma ideia, assim como já existe uma cidade chamada Casimiro de Abreu. É um pen-samento para os nossos escritores pleitearem.

A sede própria da Associação Nacional de Escrito-res foi uma etapa que ele venceu com o Alan Viggia-no na presidência.

Não posso deixar de registrar que o meu marido Serra Azul foi quem retomou o terreno para a cons-trução, cujo processo já quase perdido já no Supre-mo Tribunal Federal foi ganho a mercê do trabalho, inteligência e bom relacionamento com os ministros.

Folgo em ver que o referido prédio tem o nome de Almeida Fischer! SALVE!

*Raimunda Serra Azul é advogada, autora do livro “Nossa Cultura - Sabores do Nordeste

42 Revista Capital

Quadrilhas, um chamego cultural do povo brasiliense

*Nádima Nascimento

Art

igo

Salve São João, e também, São Pedro e San-to Antônio. Começou o friozinho em Brasília. Quem está aqui desde os idos de 60 lembra com nostalgia o começo da Festa dos Estados, tem-pos de usar o casaco novo de lã, com o gorrinho combinando. Aqui era bem mais frio e seco. A minha primeira festa popular foi a dos Estados entre a 104 e 105 Sul. Nós crianças ficávamos deslumbrados com essa festança de junho.

Hoje no inverno da Cidade, há festas juninas, julhinas, o movimento começa em maio indo até o início de agosto. Todos comemoram - Clu-bes, Igrejas, Associações, Escolas, Embaixadas... Os Santos juninos realmente marcam a alegria de nossa cidade com a música animada e as gostosas comidas. Época das roupas coloridas, quadriculado, chitas; pendurar as bandeirinhas e se dar a confraternizações. Lógico que não se esquecendo de cumprir promessas e pedir mais aos santos casamenteiros.

Agora, os jovens, filhos e netos dos pioneiros saudosos, estimulam uma tradição, maravi-lhosamente bem-vinda. Desde a década de 80 começaram a formação de grupos de Quadri-lha pelas Cidades Satélites e Entorno. Pasmem, o Distrito Federal já teve ocasião de ganhar o campeonato nacional, com o grupo Mala Veia

em 2006, e ano passado ficou em nono lugar. Existem duas ligas nacionais, a CONFEBRAQ e a CONACJ.

Sim, esse folclore nordestino, essa expressão da cultura popular está bem viva nas Cidades de Ceilândia, Samam-baia, Águas Lindas, Planaltina, Paranoá, São Sebastião e Taguatinga.

Grupos como: Chamegos do Ó, Se Bobiar a Gente Pimba, Pau-Melado, Arraiá dos Matutos, Triscou Queimou, Arroxa o Nó, Formiga da Roça, Num Só Piscar, Saca-Rolhas e até Busca Fé, a primeira quadrilha evangélica, estão a todo va-por.

A Quadrilha é formada com 12 a 40 casais. Obrigato-riamente, deve ter os noivos e o marcador, que dirige o andamento da apresentação. Mas, também quadrilheiros podem ser o padre, os cangaceiros e a rainha, eleita pelo grupo pelo carisma, técnica e animação.

Presenciei no Centro de Atenção Integral à Criança - Co-légio CAIC do Paranoá, no Domingo das Mães, a abertura desse movimento com a apresentação da Quadrilha do Pa-ranoá, Xamegar, dançando vários ritmos do Nordeste, e de sua convidada a Mexi-Mexi, de Águas Lindas, que faz um belo tributo a Luiz Gonzaga.

A beleza e harmonia dos trajes são inquestionáveis e cer-tamente, as Mães presentes, como eu, ficaram felizes com a delicadeza. Ver os jovens nesse exercício de cidadania, lazer saudável com suas famílias e, nos elevando, com essa chamada de nossas raízes, foi algo esplendoroso.

O mais interessante é que o que começou como uma brincadeira, hoje é um exercício profissional.

O rapaz da foto, João Paulo Cavalcante, que é professor de vários estilos e trabalha na Produtora Chams, junto com sua companheira de dança, Carina Beatriz, nos contou que nessa fase são muitas as convocações para se apresenta-rem nas festas de Brasília, DF e Entorno. Verdade, pode-mos contatar os grupos pelas redes sociais, e nossa anima-ção será garantida!

*Nádima Nascimento é escritora, graduada em Mate-mática e Doutora em Desenvolvimento Sustentável.

Revista Capital 43

Cel

ebra

ção 20 Anos da AIC

Sessão Solenee Homenagens

A presidente da Academia Internacional de Cultura - AIC, Meireluce Fer-nandes (à direita) com a homenageada Palmerinda Donato, que deu nome ao Troféu do Mérito Cultural entregue na Sessão Solene realizada na Câ-mara Legislativa/DF, dia 30.03, em comemoração aos 20 anos da AIC. A sessão foi proposta pelo ilustre deputado Chico Vigilante.

Na foto abaixo, a vice-presidente e criadora da AIC, jornalista Nazareth Tunholi entrega o troféu ao ilustre colega potiguar Flávio Rezende.

44 Revista Capital

Na solenidade, o Coral Alegria entoou vários cantos e o Hino Oficial da AIC, com o acadêmico Nestor Kirjner, autor da letra do hino, que tem música de autoria do maestro Sebastião Theo-doro Gomes.

O autor da proposta da Sessão Solene pelos 20 anos da AIC, deputado Chico Vigilante, recebeu o Troféu do Mérito Cultural

Palmerinda Donato, com muita alegria

A Banda da Marinha do Brasil marcou presença no plenário da Câmara Legislativa do DF, para saudar a AIC

com números musicais

Revista Capital 45

Janice Lamas

Na memorável solenidade em comemoração ao seu vigésimo aniversário, a Academia Internacional de Cultura - AIC homenageou um seleto grupo de personalidades, entre elas a Dra. Janice Lamas, pe-los seus notáveis serviços prestados à população de Brasília.

Graduada em Medicina, Janice fez residência em Radiologia. É mestre em Epidemia Clínica, pesqui-sadora associada ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu de Engenharia Biomédica da UnB e responsá-vel técnica pela Clínica Janice Lamas de Radiologia. Atende em sua clínica há mais de 30 anos, promo-vendo a prevenção contra diversas doenças, por meio de imagens. Também foi presidente da Aca-demia de Medicina de Brasília.

Por tudo isso, essa brilhante médica recebeu o Troféu do Mérito Cultural Palmerinda Donato.

Janice Lamas recebendo o seu troféu das mãos da presidente da AIC, Meireluce Fernandes

A médica entre outros dois homenageados, Antônio Rodrigues e Cleusa Carvalho

A médica com a escritora Palmerinda, que dá nome ao troféu

46 Revista Capital

Shirlene Rodopoulos

Foi grande a emoção e alegria da homenageada ao receber o

seu belíssimo troféu

No dia 30 de março, Shirlene Rodo-poulos foi agraciada pela Academia Internacional de Cultura - AIC, com o Troféu do Mérito Cultural Palmerin-da Donato, pela sua destacada atua-ção em Brasília.

No plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Shirlene rece-beu o troféu das mãos da presiden-te Meireluce Fernandes, em meio à Sessão Solene comemorativa dos 20 anos da AIC.

Shirlene é graduada em Ciências Contábeis, em Administração de Em-presas e em Direito, pós-graduada em Perícia Contábil e Auditoria Inter-na e Externa. Fez mestrado interna-cional em Criminologia Forense pela UCES - Buenos Aires - Argentina.

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Shakespeare e Sherlock Holmes se unem contra os ladrões brasileiros!

*Theófilo Silva

Esse artigo ia se chamar O Canalha da Cabeça Bran-ca. Um excelente título, no entanto, acabei mudan-do-o, porque lembrei do conto de Sherlock Holmes, A Liga dos Cabeças Vermelhas! Fã apaixonado que sou, como quase todo mundo – são sessenta contos (quatro são consideradas novelas) – pelo genial dete-tive inglês, conterrâneo de Shakespeare, não poderia deixar essa oportunidade passar em branco. Decidi parodiar esse título, porque é uma história sobre la-drões. E como o Brasil é um país de ladrões…Tem en-redo melhor: corruptos brasileiros fazendo parte de uma trama de Sherlock Holmes! Legal, não é mesmo?

A Liga dos Cabeças Vermelhas é um dos melhores e mais originais contos policiais de Sherlock Holmes. Trata-se do seguinte: dois pilantras resolvem roubar um banco. A melhor forma é cavando um túnel a par-tir de uma pequena loja ao lado, de propriedade de um ingênuo comerciante, famoso por ter o cabelo vermelho, de tão ruivo que é. O problema era como afastar o comerciante da propriedade, que além de tudo lá residia! Foi então que eles tiveram a ideia de

criar a Liga dos Cabeças Vermelhas, já que um dos ladrões também tinha o cabelo vermelho. E inventa-ram a seguinte história: um rico comerciante morrera e deixara uma herança para cinco homens nascidos na Inglaterra que tivessem o cabelo tão vermelho quanto o dele. Resultado: no dia seguinte, filas enor-mes se formaram na porta do escritório dos pilantras. O objetivo foi atingido: o senhor Jabez Wilson, o tolo comerciante, “foi o escolhido”. Seu bem remunerado emprego era muito simples, tinha que passar oito ho-ras no local de trabalho copiando a Enciclopédia Bri-tânica. E que não se ausentasse um minuto do local, o escritório dos golpistas. Assim, enquanto O Cabeça Vermelha copiava a enciclopédia, os ladrões cavavam o túnel. É então que aparece Sherlock Holmes e des-linda o caso, pegando os ladrões literalmente com as mãos na massa. Resultado, os ladrões são presos e A Liga dos Cabeças Vermelhas é desfeita.

O pior canalha é o da cabeça branca, pois tem ares de venerável! É mais que natural, achar que as pesso-as, à medida que envelhecem, vão aprimorando seu

A Liga dos Cabeças Brancas O

pini

ão

48 Revista Capital

caráter, corrigindo arroubos da juventude e agindo com mais correção e responsabilidade, num pro-cesso natural de amadurecimento, até mesmo por-que já são agora pais, avós e bisavós. E é preciso dar exemplos aos seus descendentes queridos, ou seja, à família. Deveria ser assim, e é na maioria das so-ciedades que nos cercam. No Brasil há um grupo di-ferente. Observamos que, aqui, quanto mais velhos nossos homens públicos ficam, mais sem-vergonhas eles se tornam! Pelo menos é isso que estamos ven-do no Brasil atual. Quanto mais cabelos brancos ele tem, mais safado ele é. É como se cada fio de cabelo embranquecido aumentasse sua depravação. Claro que não são todos. Mas o percentual é elevadíssimo. Lembro que na antiga União Soviética, antes da su-bida de Mikhail Gorbachev, a imprensa internacional

chamava o governo russo de gerontocracia. Podemos dizer o mesmo com Brasil de hoje! Somos governa-dos por um bando de velhos corruptos! Olhem para eles! E são poucos os Cabeças Pretas a se revoltarem contra esses safados!

Vejamos a quadrilha que compõe o governo atual: um bando de sem-vergonhas septuagenários, men-tirosos apoiados por outros safados octogenários de fora do governo, que desfrutam de benesses para eles ou seus filhos e netos, mentindo e emitindo opi-niões em defesa da quadrilha, amparados num juridi-quês fajuto. Muitos desses calhordas ostentam uma calvície, ou mesmo uma careca, que escondem os cabelos brancos que já se foram. Pomposos, cheios de argumentos falaciosos, eles defendem a quadri-lha instalada no governo. Denomino-os de a Liga dos Cabeças Brancas. Uma quadrilha que está acabando com o Brasil, chefiada por um cabeça branca comple-tamente desmoralizado.

A Liga dos Cabeças Vermelhas, da Inglaterra, foi destruída por Sherlock Holmes, o maior detetive de todos os tempos! Pergunto agora: quem vai desmon-tar a Liga dos Cabeças Brancas do Brasil? Com a pala-vra, os cabeças Pretas do Brasil!

*Theófilo Silva é escritor, especialista em Shakespeare e análises históricas.Blog: Shakespeare Indignado

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Almoço de Aniversário

Dia 06 de maio, Nazareth Tunholi almoçou com amigos no Le Jardin, na Aliança Francesa, para comemorar seu aniversário, com muita ale-gria, música e requintado cardápio.

Heloisa Queiroz, Bia Lobo, Lucinha Batista e Olívia Miranda

Ana Boccucci, Elga Laborde e Tânia Gomes

Janete Bernardes, Arthur Vargas, a aniversariante, Édila e Leopol-

do Chaves e Marilana Vargas

July Benevides, Cristina e Milton Barbosa e Milton Moretti

Trudy Mathias, Lúcia Choairy, Maryvan Rossi, Eliana de Campos, Olímpia Gardino, Antônia Freire, Lourdinha Fernandes e Ana Cecília Fagundes

50 Revista Capital

Mônica Mendonça, Palmerinda Dona-to, Olímpia Marotta e a aniversariante

Luciana Santos, Letícia Tunholi e Rosa Rezende

Viviane Rocha, Letícia, Rogério e Nazareth Tunholi, Ra-fael, Nicole, Mauro e Juliana Rocha com Vanessa Tunholi

João Inpacio e Sirenise Lima com a aniversariante

Railda Cândido, Maryvan Rossi, July Benevides, Lourdinha Fer-nandes, Irene Maia, Bette Maria, Alice Ribeiro e Ingrid Fenselau

Revista Capital 51

Marli Vianna, Palmerinda Donato e Railda Cândido

A aniversariante com Gracia Cantanhede

Rosário Farias, Nazareth Tunholi e Raab Simões

Bia Lobo, Lucinha Batista, Olívia Miranda e Marilana Vargas

Meire Fernandes entrevistando a aniversariante

A alegria de Nádima Nascimento e Edineusa Carvalho

52 Revista Capital

SIMÓN BOLÍVARE O BRASIL

*José Carlos Brandi Aleixo

O 234º aniversário do nascimento, em Caracas, de “Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar y Palácios”, em 24 de julho de 1783, é boa oportu-nidade para refletir, brevemente que seja, sobre El Libertador e, particularmente, sobre suas relações com o Brasil.

O renomado professor mexicano Leopoldo Zea, em sua notável obra Fuentes de la Cultura Latinoameri-cana, reuniu cem textos. É significativo que ela co-mece com a histórica “Carta de Jamaica”, de Simón Bolívar, de 1815, e conclua com três artigos primoro-sos sobre El Libertador, da autoria do Apóstolo José Martí: dois de 1883 e um de 1893.

O cenário da ação política e militar de Bolívar, em vinte anos de vida pública, abrangeu mais de 5 mi-lhões de Km2. Perlustrou terras banhadas pelas três grandes bacias do Orenoco, do Amazonas e do Prata. Assumiu a missão hercúlea de tornar independentes numerosas populações e de uni-las em nova ordem internacional. Logrou singular excelência nas letras,

na oratória, nos campos de batalha e na suprema magistratura, tendo governado a Grã Colômbia, o Peru e o país que o homenageou, sobremaneira, ao assumir o nome de Bolívia.

O periodista brasileiro Hipólito José da Costa, exila-do em Londres, fundou, em 1808, e dirigiu até seu fa-lecimento em 1822, o jornal Correio Braziliense. Ele apoiou as lutas de Francisco Miranda, de Simón Bo-lívar e de outros próceres hispano-americanos pela emancipação de seus povos.1 Cabe ressaltar que o atual Correio Braziliense menciona, cotidianamente, em sua primeira página, o nascimento de seu homô-nimo em 1808.

Em Lisboa, antes do 7 de setembro de 1822, Silves-tre Pinheiro Ferreira, chanceler do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, empenhou-se para que seu projeto de “Tratado de Confederação e mútua garantia da Independência dos Estados que nele se mencionam”, chegasse a Simón Bolívar, cuja “influên-cia e prestígio militar e político na América é imenso”.2

1 LIMA, Nestor dos Santos. “O Pensamento de Hipólito José da Costa”. Correio Braziliense. Brasília, p. 35, 21 abr. 1979. Ele é também autor do importante livro La imagen del Brasil en las cartas de Bolívar. (Banco do Brasil, [1978] 67 p.). 2 O tema é comentado pelo grande diplomata e historiador venezuelano Simón Planas-Suares em: Notas Históricas y Diplo-máticas. El reconocimiento de la independencia Hispanomericana y El proyecto de Confederación de las Naciones del Estadis-ta Portugués Sivestre Pinheiro Ferreira. Buenos Aires: Imprenta López, 1961, Edición refundida, p. 180-185. Ver o texto em: ALEIXO, José Carlos Brandi. EL Congresso Anfictiónico de Panamá de 1826. La presencia de Brasil en su historia. Saarbrucken, Alemania, Editorial Academica Española, 2012,p.103-107.

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Em 7 de dezembro de 1824 Simón Bolívar, pela Cir-cular de Lima, convocou vários países para um Con-gresso anfíctiônico no istmo do Panamá. Francisco de Paula Santander, Vice-Presidente da Colômbia, no exercício da presidência enviou convite ao Brasil. Ele foi muito bem aceito por Dom Pedro I que nomeou o Conselheiro Theodoro José Biancardi para participar dele. Razões alheias à sua vontade, tais como escas-sez de tempo, ausência de linha de navegação direta entre o Brasil e o local do Encontro, provável enfermi-dade do próprio delegado, praticamente, impossibi-litaram a viagem. Provas do grande apreço do Brasil pela histórica e genial iniciativa do Libertador foram a aquisição em 1941, das únicas Atas remanescentes conhecidas do Congresso e, em 20 de março de 2001 a entrega delas, no Panamá, em depósito, no Salão Bolívar, pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso à Presidente Myreia Moscoso, na X Cúpula Iberoame-ricana de Chefes de Estado e de Governo.

É gratificante para os brasileiros recordar que Simón Bolívar tomou a iniciativa de designar Dom Leandro Palacios como primeiro Enviado Extraordinário e Mi-nistro Plenipotenciário da Grã Colômbia no Brasil. No dia 3 de fevereiro de 1827 Dom Pedro I recebeu-o com manifesto agrado, em audiência solene.

Uma das últimas audiências, senão a última, conce-dida pelo Libertador, como Presidente, foi a do dia 30 de abril de 1830, em Bogotá, na qual acolheu Luis de Souza Dias, primeiro Enviado Extraordinário e Minis-tro Plenipotenciário do Brasil. Nela afirmou:

Grande elo entre Brasil e Simón Bolívar é o valoro-so e devotado pernambucano José Inácio de Abreu e Lima.4 Em 18 de fevereiro de 1819, estando em An-gostura — hoje Cidade Bolívar —, em missiva reme-tida ao Libertador, prontificou-se a “sacrificar-se pela independência e pela liberdade da Venezuela e de toda América do Sul”.5 Em carta de 7 de fevereiro de 1828 Bolívar escreveu ao General Mariano Montilla: “Como é necessário repelir a mentira e não temos em Maracaibo quem escreva, suplico o Senhor que man-de Abreu e Lima refutar tudo naquele lugar, que tanto necessita de opinião e calor”. 6

A obra de Abreu e Lima foi publicada no Rio de Ja-neiro, em 1922.7

3 BOLIVAR, Simón. Obras completas. Caracas. Ministerio de Educación Nacional, s. f., vol.III, p. 820. O Presidente da Venezuela, Luís Herrera Campins, citou essas palavras em Caracas, em discurso de saudação ao Presidente João Batista Figueiredo, pro-nunciado em 6 de novembro de 1979. Ver: Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, p. 4, quarta-feira, 7 nov. 1979.4 1) CHACON, Vamireh. Abreu e Lima: General de Bolívar. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983, 244 p.; 2) MOURA, Luís Cláudio Rocha Henriques. Abreu e Lima: uma leitura sobre o Brasil. Brasília, set. 2006, 234 p. Tese de Doutorado realizado na Univer-sidade de Brasília e orientada pela Professora Dra. Geralda Dias Aparecida.5 A carta, de forma integral, foi estampada no livro: PÉREZ VILA, Manoel (Comp.). Bolívar y su Época: cartas y testimonios de extranjeros notables. Compilación de Manoel Pérez Vila y Prólogo de Vicente Lecuna. Caracas: Publicaciones de la Secretaria General de la Decima Conferencia Interamericana. Colección Historia nº 10, tomo I, 1953, p. 753-55. Apud CHACON, Vamireh. Op. cit. p. 75.6 1) BOLIVAR, Simón. Op. cit. p. 771; 2) MOURA, Luís Cláudio Rocha Henriques de. Op. cit. p. 39-60. 7 LIMA, José Ignácio de Abreu. Resumen Histórico de la Última Dictadura del Libertador Comprobada con Documentos. Rio de Janeiro: “O Norte”, MCMXXII, 308 p.

A missão de que vindes encarregado por parte da S. M. [Sua Majestade] o Imperador do Brasil, junto ao governo de Colômbia, me enche de satisfação, porque ela será um vínculo de amizade entre ambas nações. O Império do Brasil, recentemente criado pelo seu ilustre monarca, é uma das garantias mais poderosas que as repúblicas da América receberam no curso da sua independência. Dando vosso sobera-no o belo exemplo de submeter-se espontaneamen-te à Constituição mais liberal, faz-se credor do aplau-so e da admiração do mundo. Esse apreço que me haveis manifestado por parte de sua Majestade o Im-perador do Brasil é por demais lisonjeiro para mim, e eu faltaria a meu dever se não o reconhecesse como rasgo de sua benevolência, e rogo-vos, Senhor Minis-tro, que vos sirvais transcrever a S. M. os sentimen-tos com que o governo da Colômbia deseja cultivar e estreitar as mais amigáveis relações com o Brasil. 3

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8 “Brasil deseja fortalecer os pactos Andino e Amazônico”. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, quarta-feira, 7 nov. 1979, 1º cad-erno, p. 4.9 Idem, Ibidem 10 “Campins chega hoje às 13h para visita de quatro dias”. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, segunda-feira, 10 ago. 1981, 1º caderno (Política e Governo), p. 2.11 JÚLIO, Sílvio. Bolívar. Rio de Janeiro: Revista Continente Editora LTDA, 1981, p. 300.12 “Estátua equestre de Simón Bolívar oferecida ao Rio pela Venezuela é inaugurada”. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, ano LXXXVIII, nº 188, sexta-feira, 13 out. 1978, 1º Caderno (Cidade), p. 5.

*José Carlos Brandi Aleixo é Padre eProfessor Emérito da Universidade de Brasília

Em Caracas, no monumento “La Nación a sus Pró-ceres” há homenagem “a los oficiales extranjeros que contribuyeron a la causa de la Independencia”. O nome de José Inácio de Abreu e Lima está em primei-ro lugar entre os Generais de Brigada.

O Presidente João Batista Figueiredo iniciou, em 6 de novembro de 1979, sua viagem de 44 horas à Ve-nezuela. Nessa data, acompanhado de altas autorida-des, depositou uma coroa de flores junto ao sarcófa-go de Simón Bolívar.8

No mesmo 6 de novembro, o Presidente Luís Her-rera Campins condecorou o Presidente João Batista Figueiredo com o colar da Ordem do Libertador, em seu grau supremo, que só se confere a Chefes de Es-tado. Ela foi instituída para honrar a memória do Li-bertador Simón Bolívar.9

O Presidente Luís Herrera Campins, em viagem ao Brasil, visitou Brasília, Rio de Janeiro e Recife.10 Na ca-pital pernambucana encontra-se o túmulo de Abreu

e Lima.Com muita propriedade, observou o Professor Síl-

vio Júlio: “Manejava a pena com desembaraço e a certeza de um ‘Sarmiento’, ocupava a tribuna com a elegância e a eloquência de um ‘Martí’, dirigia as na-ções com a mesma maestria que não o abandonava à cabeça dos exércitos...”11

Em 12 de outubro de 1978 — aniversário da che-gada de Cristovão Colombo à América — ocorreu a inauguração, no Rio de Janeiro, da estátua equestre de Simón Bolívar oferecida ao Brasil pelo Governo da Venezuela. Houve a presença de: Delegação Venezue-lana, chefiada pelo Ministro J. B. Salcedo Bastardo; do Governador Faria Lima; de muitas outras autoridades civis e militares do Brasil e da Venezuela; e de alunos da Escola Municipal Bolívar.12 O Prefeito da Cidade Ma-ravilhosa, Marcos Tamoyo, iniciou seu discurso com as palavras “Ele não chega hoje. Sempre esteve aqui”. Hoje podemos acrescentar: ele continua conosco.

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Emmanuel Jean-Michel Frederic Macron, ou sim-plesmente Emmanuel Macron, cujos nomes Jean-Mi-chel Frederic pertencem ao pai, nasceu em Amiens, na França no dia 21 de dezembro de 1977, estando atualmente com apenas 39 anos.

Tomou posse como presidente da França, em 7 de maio de 2017, sendo o mais novo presidente eleito na França.

A terra francesa, com suas raízes que remontam aos filósofos que criaram o lema: “Liberté,Egalité e Fraternité” (Liberdade, Igualdade e Fraternidade), da época da revolução de 1789, deu-nos agora um gênio: inteligência, sabedoria, altruísmo e raciocínio rápido para a política.

Enquanto garoto, os demais colegas assistiam te-levisão e só se divertindo, como pessoas comuns, o menino Macron lia os clássicos na intenção de se promover como escritor. Assim se fez romancista,

poeta e pianista.Escreveu um romance com o título “Babilônia, Ba-

bilônia”, com enredo épico.Era muito maduro para sua idade, tendo ido estu-

dar teatro e lá, encontrou o amor da sua vida, Brigitte Trogneux. Era sua professora, que se encantou com aquele rapazito por ser diferente dos demais. Des-tarte, iniciou uma parceria de afinidade, tendo como consequência um namoro. Só que em sendo casada, esposa de um empresário do chocolate, só conseguiu concretizar o casamento, quando ele completou 18 anos. Ela já estava divorciada há 1 ano.

O enlace matrimonial se deu em 2007. Antes, como professora dele, sendo a Senhora Brigitte muito dis-creta, ninguém percebera que eles estavam apaixo-nados. Supunham que se tratava de amizade com a filha dela, que na época tinha 17 anos.

Seus pais, ao saberem que Macron estava gostando da mestra, arranjaram um pretexto para que ele fosse estudar em Paris, a fim de dissuadir daquela amizade com enorme diferença de idade (mais de 24 anos). Ambos são médicos, sendo que o pai de Macron é professor de neurologia na Universidade de Paris.

Pode-se dizer que esse amálgama de paixão serviu de elevação profissional do rapaz que no futuro seria o presidente da República Francesa com imensa vo-tação.

Antes, foi funcionário público, pianista e ministro da economia do impopular Presidente François Holand. Tornou-se sócio do Banco Rothschild. Estudou em Paris, na melhor faculdade de administração (ENA), Escola Nacional de Administração; deu aulas de filo-sofia, sendo assistente de um filósofo, na faculdade.

Em agosto de 2016, saiu do governo, já com a in-tenção de candidatar-se à Presidência da República. Daí, fundou seu próprio partido (nem socialista, nem republicano), o que causou estranheza a muita gente,

O atual Presidente da França Emmanuel Macron

*Raimunda Serra Azul

O Presidente Emmanuel Macron e sua esposa Brigitte Trogneux-Macron

56 Revista Capital

supondo tratar-se de uma estrela solitária, isto é, sem eleitores.

Mas o homem que teve sempre em mente o pro-gresso, não pensou assim; tudo com ele era diferen-te. Fez o seguinte raciocínio: - Se aos 18 anos casou com uma senhora, 24 anos mais velha que ele, sem sofrer nenhuma represália, por que não candidatar-se a Presidente da República?

Assim, já tendo ganho bilhões de euros na socie-dade, aventurou-se na tarefa, com a excelente plata-forma de UNIR a França à União Europeia. A outra candidata, Marine Pen perdeu longe para ele. Muitos políticos pensavam que o partido fundado por ele – A Marcha (En Marche), não iria captar tantos votos, achavam-no visionário, uma condição de grandeza para seu país.

Quem sabe se a influência da eminência parda da professora Brigitte, sua preceptora não inspirou a grande inteligência de Macron? Porque ele sempre foi ligado às coisas sérias e do interesse do mundo.

Sua votação foi extraordinária de 66% contra 34%. Isto porque a candidata derrotada era pessimista. Macron pregava sempre o otimismo com a vitória do patriotismo. Destarte, carrilhou muita popularidade.

Brigitte incutiu-lhe a ideia de não esperar para can-didatar-se depois de 2017, sabendo que em 2022, não estaria com o mesmo rosto, envelhecendo mais.

A plataforma de Macron tratava de renovação, sem medos nem perigo de decadência, achava que podia ser; queria passar otimismo. Assim, sua vitória foi um marco de força até para os chineses que não toleram incertezas principalmente quando perturbam o mer-

cado mundial.Os americanos que não sufragaram Trump ficaram

felizes com a ascensão de Macron à Presidência.Macron é infatigável na sua disposição de trabalhar

a fim de resgatar a união e a força da França tão avil-tada ultimamente.

Quanto à primeira dama mulher de grande talento deverá ser convidada pelo marido, segundo ele para trabalhar na área da educação, onde vai dar a melhor contribuição à nação francesa.

Aqui no Brasil, tivemos a eleição de um presidente jovem, Fernando Collor de Mello, com 39 anos, tam-bém; todavia, ele não se deu bem pelo fato de obstar a entrada de outros partidos na base do PRN. Sendo assim, sem maioria no Congresso, cujos componen-tes não comungavam os ideais que preconizava, aca-bou impedido.

Em 1992, entrou o saudoso Itamar Franco, que conseguiu salvar o Brasil de muitos erros, inclusive da inflação galopante, com o Plano Real, sendo o Mi-nistro da Fazenda o Professor e Sociólogo Fernando Henrique Cardoso. Este, se elegeu presidente, pôs as finanças em dia, superou terros, apesar de muita re-volta dos partidos da oposição. Foi sucedido por ou-tro presidente no poder e deu no que vemos hoje.

Só Deus salvará este país! Mas também gosto de pensar positivo, como o presidente Macron, e já an-tevejo muita sorte para nós todos brasileiros. E segu-ramente para a França.

*Raimunda Serra Azul é advogada, autora do livro “Nossa Cultura - Sabores do Nordeste

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