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STRATEGIG TREASURY SUMMIT 2013
NOVA GESTÃO FINANCEIRA DAS EMPRESAS, MERCADO DE CAPITAIS E IPOs
16 DE MAIO DE 2013Carlos A.Rocca CRC Consultores Associados
INDICE
1. Gestão de Tesouraria ou Gestão Financeira das Empresas2. Cenário econômico brasileiro e mundial: alguns elementos
Cenário mundial: OECDCenário Brasil: FOCUS; inflação e baixo crescimento?
3. Investidores e a taxa real de juros no Brasil : concentração em títulos públicos3.1 Últimos anos: concentração em títulos públicos3.2 Taxa de juros mais baixas: reação do mercado; potencial
4. Empresas e abertura de capital (IPO)4.1 Vantagens e desvantagens na visão das empresas4.2 Lições do ciclo de 206/20074.3 Custo de capital próprio e a integração dos mercados
do mercado5. Conclusões
5.1 Perspectivas de demanda: taxa domestica de juros, expectativas de crescimento, diferençassetoriais5.2 Custo de capital próprio: cenário da economia mundial5.3 Resumo: d/(r-g)
1. Colocação do problema
GESTÃO DE TESOURARIA OU GESTÃO FINANCEIRA DA EMPRESA ?
1. Tema do Summit:Impactos do Cenário Econômico Brasileiro e Internacional nas Estratégias de Tesouraria
2. Principal mudança de cenário: Queda da taxa de juros
3. Gestão de tesouraria: foco disponibilidades, liquidez4. Gestão financeira da empresa:
a. Foco: Agregação de valor à empresa e seus acionistasb. Gestão do disponível:
- Rentabilizar com taxas de juros mais baixas- Otimização de disponível:
- minimizar disponibilidades - gestão de risco de liquidez – CFaR + hedge
GESTÃO DE TESOURARIA OU GESTÃO FINANCEIRA DA EMPRESA
c. Gestão da estrutura de capital e critérios de aprovação de projetos: custo médio ponderado do capital (WACC)
a. Agora existe divida com taxa <ROAb. Otimizar estrutura de capital agrega valor à empresad. WACC fornece critério para avaliação de projetos e seu financiamento
d. Criação de condições internas para minimizar WACC, mesmo nas empresas fechadas:
governançatransparênciagestão de riscos (ERM)
e. Decisão de abertura de capital (IPO): agregação de valor é condição necessária, após aceitação de compartilhamento de controle
2. Cenário econômico brasileiro emundial: alguns elementos
CENARIO ECONOMICO BRASIL
1. Bases:1. Limites:
1. Oferta de mão de obra inelastica2. Salários reais se elevam mais que produtividade na indústria3. Custo unitário do trabalho se eleva, valoriza cambio4. Reduz competitividade da indústria5. Difícil aumentar taxa de investimento – setor publico/privado6. Mudanças improváveis até eleição 2014
2. Cenário:1. Baixo crescimento2. Inflação próxima do teto da meta3. Juros se elevam mas mantem níveis “civilizados”4. Riscos: juros x inflação; cambio versus deficit c/c
BAIXO CRESCIMENTO
INFLAÇAO PROXIMA DO LIMITE SUPERIOR DA META JUROS REAIS: 2013 (1,3%a.a.) 2015 ( 3,3%a.a.) 2017 (2,8%a.a.)
CAMBIO: VALORIZAÇAO DO REAL 2013-2017: IPCA (+ 25%) CAMBIO (+15%)
CENÁRIO INTERNACIONAL
0,00%
1,00%
2,00%
3,00%
4,00%
5,00%
6,00%
7,00%
8,00%
9,00%
10,00%
11,00%
12,00%
2.003 2.004 2.005 2.006 2.007 2.008 2.009 2.010 2.011 2.012 2.013 2.014 2.015 2.016
Cenário de Juros Reais - 2003 a 2012 efetivo e 2013 a 2016 projetado
Juros Reais TIPS EUA Média 2003 a 2009 Juros TIPS + Embi Br Juros EUA + EMBI Br (190 bp. em 2016)
Simulação de Juros Reais
3. Retrospecto: fatores limitantes domercado de capitais brasileiro:investidores e empresas
Fatores limitantes do acesso das empresas ao mercado de capitais
1. Combinação de fatores macro e micro econômicos atuaram para limitar o acesso ao mercado acionário e inibir o mercado de divida corporativa: a. Altas taxas de juros de títulos públicos inibiram mercado
doméstico para ações e títulos de divida privada;
b. Distorções e discriminação tributária de títulos privados;
c. A partir de 2010: crescimento do crédito direcionado com taxas subsidiadas.
2. Regulação do mercado de capitais: em geral tem efeitoliquido positivo, embora com algum excesso de burocracia:a. maior proteção dos investidores;
b. variedade de instrumentos e veículos
c. Burocracia e custos relativamente elevados
INVESTIDORES
-1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00
10,00 11,00 12,00 13,00 14,00 15,00 16,00 17,00 18,00 19,00 20,00 21,00 22,00 23,00
jan
-00
jul-
00
jan
-01
jul-
01
jan
-02
jul-
02
jan
-03
jul-
03
jan
-04
jul-
04
jan
-05
jul-
05
jan
-06
jul-
06
jan
-07
jul-
07
jan
-08
jul-
08
jan
-09
jul-
09
jan
-10
jul-
10
jan
-11
jul-
11
jan
-12
jul-
12
jan
-13
Taxa Real de Juros (Ex Ante sem desconto de tributos)swap DI 360 dias por IPCA Focus % ao ano
INVESTIDORES EM AÇÕES PESSOA FÍSICA: BASE É PEQUENA
Investidores em Ações: pessoas físicas : 95MM/1.340MM = 7,1% (i) baixa educação e familiaridade com teoria de portfolio de investimento → menor entendimento de diversificação e não percebem valor em renda fixa; e (ii) propensão a assumir maiores riscos → especulação e negociação ativa;
Investidores em Ações: pessoas físicas 580 mil/192MM = 0,3%(i) baixa educação e familiarização com mercado de ações; (ii) aversão a maiores riscos; (iii) histórico de alta inflação → maior tendência ao consumo do que poupança;
MÉDIA DOS EMERGENTES : Investidores/População: 5%a
Fonte: Relatório do Grupo PAC-PME; Centro de Estudos do IBMEC
INVESTIDORES INSTITUCIONAIS: PREFERENCIA POR TITULOS PUBLICOS PEQUENA PARCELA EM RENDA VARIAVEL E DÍVIDA
CORPORATIVA
0,7%2,6%
6,4% 7,2% 8,0%
16,0%
20,1%
39,1%
Empréstimos eFinanciamentos a
Participantes
Outros AtivosFinanceiros
DepósitosBancários
Títulos da DívidaPrivada Capt.
Bancária
Títulos da DívidaPrivada
Coorporativos
Ações OperaçõesCompromissadas
Títulos da DívidaPública
Composição da Carteira dos Institucionaisset 2012 Fonte: Centro de Estudos do IBMEC
Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
RENDA VARIÁVEL NA CARTEIRA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO: 9% NO BRASIL, 40% NO MUNDO
Fonte: Relatório do Grupo PAC-PME
Renda Variável
40%
Balanceados Mistos
11%
Outros; 4%
Cambiais20%
Renda Fixa25%
Ativos sob gestão de fundos de investimentos no MUNDO
Renda Variável
9%
BalanceadosMistos
21%
Outros; 23%
Cambiais4%
Renda Fixa43%
Ativos sob gestão de fundos de investimentos no BRASIL
INVESTIDORES ESTRANGEIROS: MAIOR PARTICIPAÇÃO DE RENDA VARIÁVEL (57,2%);
TITULOS PUBLICOS 32% APLICAÇÕES EM TITULOS PRIVADOS TRIBUTADAS ATÉ 12/2010
73,3%
1,6% 0,1%4,1%
21,0%
57,2%
1,2% 0,0%
32,0%
9,6%
Ações Títulos da Dívida Corporativa
Depósitos Bancários
Títulos da Dívida Pública
Fundos de investimento (sem títulos
públicos)
Investidores Estrangeiros ainda não entraram no mercado de dívida privada
dez-01 set-12
Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
Nota: Emissão de Debêntures de Infraestrutura dependem da aprovação de cada projetonos respectivos ministérios
EMPRESAS: LIÇÕES DO CICLO 2006/2007
2006/2007: CICLO RECORDE DE IPOs
CICLO RECORDE DE IPOs DE 2006/2007: Empresas emissoras são grandes emaiores que as existentes; colocação das ações: 70% em investidoresestrangeiros
-
500.000
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2.500.000
3.000.000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Padrão Pré 2007 Padrão IPO's 2007
Ativo Médio (R$ Mil)
Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
0
5
10
15
20
25
7,0%
9,0%
11,0%
13,0%
15,0%
17,0%
19,0%
1T05
2T05
3T05
4T05
1T06
2T06
3T06
4T06
1T07
2T07
3T07
4T07
1T08
2T08
3T08
4T08
1T09
2T09
3T09
4T09
1T10
2T10
3T10
4T10
1T11
2T11
3T11
4T11
1T12
2T12
Custo de Capital Próprio e Número de IPOs
Custo de Capital Próprio Real - método 3 Soma Trimestral de IPOs - eixo da direita
CORRELAÇÃO - 0,63
Baixo custo de capital no período é um fator explicativo desse ciclo.
817 19
1 4
6
12 10
16 10
5
612
27
114
4
3
15
8
1
3
4
2
4
24
42
48
61
37
2005 2006 2007 2008 2009
2006/2007: 43% DOS IPOS SÃO DE EMPRESAS INVESTIDAS POR FUNDOS DE VC/PE (FIPs); 40% DO DESINVESTIMENTO FEITO POR IPO;
2008/2009: APENAS 5% DO DESINVESTIMENTO FEITOS POR IPO
Fonte: Segundo Censo Brasileiro de Private Equity e Venture Capital ABDI
IPO Secondary Sale Trade Sale Buyback Write-off
NO MERCADO DE CAPITAIS 2/3 DAS EMPRESASQUE SE BENEFICIAM SÃO GRANDES (294/444)MAS APENAS 6% DAS GRANDES PARTICIPAM
TAMANHO (faturam.)Número
Empresas Brasil
Cias Abertas Não
Financeiras%
Empresas Fechadas que
emitiram debêntures
(2009 a 2012)
%
Número Empresas Não
Financeiras que participam do mercado de
capitais (*)
%
Grande(acima de R$ 400 milhões)
5.000 195 3,90% 99 1,98% 294 5,88%
Média (entre 20 e 400 milhões)
30.000 78 0,26% 72 0,24% 150 0,50%
Pequena (menor de 20 milhões)
4.500.000 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%
Total 4.535.000 273 0,01% 171 0,00% 444 0,01%
(*) Estimativa só considera empresas SA fechadas que emitiram debêntures, não considera autilização de outros títulos corporativos como FDICs, CRIs, Venture Capital, etc.Fonte: IBGE, BM&FBOVESPA, ANBIMA e Centro de Estudos do IBMEC
4. Evolução recente: alguns fatores limitantes começam a ser superados
COM A QUEDA DA TAXA DE JUROS , CUSTO DE FINANCIAMENTO DAS DEBENTURES SE APROXIMA DO CUSTO MÉDIO DO BNDES
Fonte: BACEN e Centro de Estudos do IBMEC
12,8
8,5
21,2
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
20,0
22,0
24,0
dez
-04
abr-
05
ago
-05
dez
-05
abr-
06
ago
-06
dez
-06
abr-
07
ago
-07
dez
-07
abr-
08
ago
-08
dez
-08
abr-
09
ago
-09
dez
-09
abr-
10
ago
-10
dez
-10
abr-
11
ago
-11
dez
-11
abr-
12
ago
-12
dez
-12
BNDES (estimativa TJLP + 3%) MERCADO CAPITAIS (Debentures)
5,9% 5,9% 5,9%
-40,0%
-30,0%
-20,0%
-10,0%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
0%
3%
6%
9%
12%
15
%
18
%
21
%
24
%
26
%
29
%
32
%
35%
38
%
41
%
44
%
47
%
50
%
52
%
55
%
58%
61
%
64
%
67
%
70
%
73
%
76
%
79
%
81
%
84
%
87
%
90%
93
%
96
%
99
%
ROA das Cias Abertas e Custo de Debêntures Líq. de IR
ROA 2011
Custo Debêntures 2012 Líq. IR
80% DAS CIAS ABERTAS TEM TAXA DE RETORNO DE ATIVOS (ROA) MAIOR QUE CUSTO LÍQUIDO DE DEBÊNTURES
Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
5,9% 5,9%
-60,0%
-40,0%
-20,0%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
0%
3%
6%
8%
11
%1
4%
16
%1
9%
22
%2
5%
27
%3
0%
33
%3
5%
38
%4
1%
44
%4
6%
49
%5
2%
54
%5
7%
60
%6
3%
65
%6
8%
71
%7
3%
76
%7
9%
82
%8
4%
87
%9
0%
92
%9
5%
98
%
ROA das Maiores Empresas Fechadas e Custo de Debêntures Líq. de IR
ROA 2011
Custo Debêntures 2012 Líq. IR
80% DAS MAIORES EMPRESAS FECHADAS TEM TAXA DE RETORNO DE ATIVOS (ROA) MAIOR QUE CUSTO LIQUIDO DE DEBENTURES
Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
MERCADO DE DÍVIDA REAGE COM ICVM476/2009 E QUEDA DE JUROS
35 33 37 37 29
70
146166
226
45
126
157
207
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Número de Emissões de DebênturesFonte: ANBIMA
Total - Número de Emissões Emissões ICVM476
Predominância de empresas grandes, de controle privado nacional e do setor de serviços em todos os anos
ICVM476/2009: PARTICIPAÇAO DE SAs FECHADAS NO MERCADO DE DÍVIDA: EM 2012 ESSAS EMPRESAS JÁ REPRESENTAM 2/3 DAS EMISSÕES
35,7%64,3%
número
Cias Abertas Empresas Fechadas
Fonte : Centro de Estudos do IBMEC, dados ANBIMA
2,1% 1,9% 2,0% 2,1% 2,4% 2,6% 2,8% 3,0% 3,1% 3,0% 3,3% 3,3% 3,5% 3,8% 4,1%0,1% 0,4% 0,6% 0,5%0,4% 0,4%
0,4% 0,2% 0,3% 0,3%0,2% 0,2%
0,3%0,3%
0,3%
0,7%1,1%
0,9% 1,1%1,1% 1,0% 1,0% 0,8%
0,9% 1,0% 0,8% 0,9%1,1%
1,1%1,0%
0,2%
0,2%0,3%
0,3%0,4% 0,4% 0,4% 0,5%
0,6% 0,6% 0,7% 0,7%
0,7%
0,7%0,7%
0,1%
0,1%0,3%
0,3%0,4% 0,4%
0,4% 0,6%
0,6%0,7% 0,7%
0,8%
1,1%
1,2%1,2%
0,1%
0,2%
0,2%0,2%
0,2% 0,2%0,2% 0,3%
0,3%0,2% 0,2%
0,2%
0,2%
0,3%0,3%
3,4%
4,0%4,4%
4,7%5,0% 5,1% 5,3% 5,4%
5,8% 5,9% 6,0% 6,2%
6,9%7,4%
7,8%
dez-07 jun-08 dez-08 jun-09 dez-09 mar-10 jun-10 set-10 dez-10 mar-11 jun-11 set-11 dez-11 jun-12 set-12
Saldo dos Títulos Emitidos por Empresas Não Financeiras% do PIB
1.1 Debêntures não leasing 1.2 Notas Promissórias
1.3 Obrigações IFC 1.4 FDICs
2.1 CRI - Certif. Recebíveis Imobiliários 2.2 CCIM - Cédulas de Crédito Imobiliário
3.1 NCE-Nota de Crédito de Exportação 3.2 Export Notes
4.1 CDCA-Certif. de Direitos Creditórios do Agron. 4.2 CRA Certif. de Recebíveis do Agronegócio
12/2007 A 09/2012: SALDO DE DEBENTURES DOBRA DE 2,1% PARA 4,1% DO PIB; SALDO DE OUTROS TITULOS TRIPLICA (1,3% PRA 3,7% DO PIB)
Fonte : Centro de Estudos do IBMEC
8,0%
9,0%
10,0%
11,0%
12,0%
13,0%
14,0%
15,0%
16,0%
17,0%
18,0%
1T0
5
2T0
5
3T0
5
4T0
5
1T0
6
2T0
6
3T0
6
4T0
6
1T0
7
2T0
7
3T0
7
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7
1T0
8
2T0
8
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8
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8
1T0
9
2T0
9
3T0
9
4T0
9
1T1
0
2T1
0
3T1
0
4T1
0
1T1
1
2T1
1
3T1
1
4T1
1
1T1
2
2T1
2
3T1
2
4T1
2
1T1
3
Custo de Capital Próprio Real - Método 3 - BOVESPA
5. Cenário para abertura de capital (IPO)
Alguns elementos
ALGUMAS CONDIÇÕES
1. Demanda de ações: oportunidade
1. Cenário de taxas de juros favorável
2. Expectativas de crescimento positivas mas modestas
3. Diferenças setoriais
4. Realocação de carteiras:
1. Quase R$ 3 trilhões nos institucionais
2. Pessoas físicas direto: médio prazo
ALGUMAS CONDIÇÕES
2. Empresas
1. Redução do custo de capital próprio favorece emissões primarias e abertura de capital
2. Expectativas de baixo crescimento limitam intenção de investir
3. Setorial: indústria enfrenta dificuldades de competição; se adotados, ajustes levam tempo
4. Grande potencial de emissões primarias de ações e divida: concessões de serviços de infraestrutura
OBRIGADO
crocca@uol.com.br
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