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SISTCON
CURSO DE TCNICAS DECONCILIAO
Florianpolis Junho / 2009
Plano de exposio
Preparao do ambiente Sesso de abertura Reunio de informaes Identificao das
Questes/Interesses/Sentimentos 12 ferramentas
Preparao do Ambiente
Seleo de local amplo, limpo, iluminado eclimatizado
Disponibilidade de equipamentos deinformtica em perfeito funcionamento
Sanitrios prximos e limpos Assentos suficientes e confortveis gua/caf/ch e lanche
Preparao do Ambiente
Posicionamento das partes Disposio das mesas e cadeiras Recomenda-se que o mediador fique
equidistante das partes Partes devem se ver com facilidade
Mesa redonda
Mesa retangular
Apenas cadeiras
Declarao de Abertura - D.A.
Promoo de estmulos dirigidos s partes afim fazer nascer disposio favorvel aadeso e a aceitao da autocomposio.
Estimula a autocomposio. Deve ser curta: 3 min. D tempo para que as partes se acalmem
D.A.
1. Apresente-se e apresente as partes Anote os nomes das partes e os utilize no
correr da conciliao Chame a parte pela forma que ela indicou Recorde eventuais interaes anteriores
entre o conciliador e as partes
D.A.
2. Explique o papel do conciliador:- No tem poder de deciso- No um juiz- Imparcial- Facilitador da comunicao
D.A. - papel conciliador
Exemplo: Meu papel, neste processo, de auxili-los naobteno do acordo. Trabalharei, portanto, como
um facilitador da comunicao, buscando
compreender seus interesses e descobrir as
questes presentes. Em hiptese alguma, irei
induzir algum a algo que no deseje. O
importante nesse processo que vocs construam,
em conjunto, o entendimento necessrio.
D.A. - mediador nada decide
Exemplo:Devo lembr-los que no sou juiz e,portanto, no irei prolatar nenhuma decisoem favor de uma ou outra parte. Minhaatuao, portanto, ser desenvolvida demodo imparcial, sempre no intuito deauxili-los a terem uma negociaoeficiente.
D.A. - mediador como facilitador
Ressaltar a vantagem da conciliao comooportunidade para melhorar orelacionamento entre as partes.
Exemplo: Alm de auxiliar na resoluo do conflito,devo lembr-los que a conciliao, em geral,pode ser um interessante meio paraaperfeioar o relacionamento das partes.
D.A.
3. Descreva o processo de conciliao:- Informal (nenhuma regra de produo de
prova)- Participao das partes bem como dos
advogados- Tempo da sesso- Quem falar primeiro- Possibilidade de sesso individual
D.A. - encorajamento
Elogiar o esforo pela presena Elogiar a disposio de conciliar Falar de experincias anteriores bem
sucedidas
D.A. - encorajamento
Exemplo: Devo elogi-los, desde j, por estaremempregando esforos para tentar resolversuas questes por meio da conciliao, que,felizmente, em situaes semelhantes a quevocs esto passando, tm obtido bastantesucesso.
D.A.
4. Busque adeso para que seja asseguradaa confidencialidade sobre o que foi ditopelas partes durante a sesso
Exemplo: Devo lembr-los de que tudo o que foraqui dito ser mantido em segredo. Assim,como conciliador no posso ser chamado aservir como testemunha do que ser ditoaqui em um eventual processo judicial.
D.A.
5. Apresente suas expectativas, como conciliador,em relao s partes:
- Trabalhar conjuntamente para tentar alcanar umasoluo
- Escutar sem interrupo- Explicar suas preocupaes- Escutar a perspectiva da outra parte- Tentar seriamente resolver a questo- Revelar informaes relevantes s outras partes
D.A.
6. Confirme disposio para participar daconciliao
7. Perguntas? Exemplo:
Vocs esto de acordo com as regras queapresentei previamente? H algumaobservao que vocs desejam fazer?Alguma dvida?
Coleta de Informaes - C.I
Consiste em reunir informaes com oobjetivo de dar a todos - conciliador e partes a oportunidade de ouvir o relato dos fatose outras percepes de cada uma daspessoas envolvidas.
Viso geral dos fatos
C.I. - procedimento
Aps ouvir AMBAS as partes Conciliador formula questes para entender
o conflito Comear pelo autor No deve rotular o relato Deve fazer respeitar o tempo ajustado
C.I. Audio ativa
Nada mais do que ouvir com seriedade eateno o relato da parte.
No deve fazer outra atividade simultnea Deve olhar diretamente para parte Deve fazer pequenas anotaes sobre o
relato No deve interromper o relato
C.I. - No deve rotular
Exemplo: segundo sua verso, ento.../ esse pontode vista...
Utilizar: voc pode nos relatar o que ocorreu? ou
ento o que tem acontecido e como issotem lhe afetado?
Tcnica do Resumo T.R.
Aps a coleta de informaes Resumir a controvrsia relatada Destacar os pontos principais Evitar passar impresso de parcialidade Deve indagar as partes sobre a correo do
relato
T.R. - exemplos
Pode comear:- deixe-me ver se compreendi o que vocsdisseram; se eu entendi bem, vocsmencionaram que...
- deixe-me sintetizar o que eu entendi detudo o que foi at dito at agora; emresumo....
T.R. - exemplos
Sobre a correo:
Vocs esto de acordo com essa sntese dosfatos?
H algo que queiram acrescentar?
Questo X Interesse X Sentimento
As partes tm a tendncia de aglutinarquestes, sentimentos e interesses em umagrande controvrsia, que lhes pareceextremamente complexa e praticamenteinsolvel.
Questo
Uma questo um tpico para discussopassvel de ser resolvida na conciliao.
um ponto controvertido.
Tem caracterstica objetiva e no subjetiva.
Questo
Exemplo:
- Pagamento de todas as prestaes
- Excluso do nome da parte do SPC
- Pagamento do valor do dano
Interesse
Um interesse pode ser definido como algoque cada uma das partes almeja alcana ouobter.
No processo de conciliao, seroapresentados os mais variados interesses independente de estes serem ou nojuridicamente tutelados ou protegidos.
Interesse
Pode ser:
REAL - a verdadeira motivao que levouao conflito.
LATENTE - o que vem apresentado deforma mais ou menos clara no processo
Interesse
A identificao correta dos interesses emjogo pressuposto para a obteno de umacordo que efetivamente elimine o litgio.
Identificao de Sentimentos
Em todo o processo de conciliao, diversossentimentos iro ser manifestados:ressentimento, dio, frustrao, inveja,cimes, medo, mgoa, amor, entre outros.
Nesse caso, o conciliador deve identificar ossentimentos para que a parte sinta-seadequadamente ouvida e compreendida.
Validao de Sentimentos V.S
Consiste em no desmerecer e no desvalorizar orelato do sentimento da parte acerca da lide.
Devem ser utilizadas expresses tais como: imagino que voc esteja muito aborrecido com otratamento que lhe foi dado pelo Banco tal... ou
voc deve estar se sentindo frustrada diante dessasituao toda....
V.S.
preciso cautela! V.S. no significa indicar para a parte que
ela tem razo quando ao mrito A parte no pode confundir: validao de sentimentos comconcordncia com os sentimentos
12 Ferramentas
Recontextualizao Audio de propostas implcitas Afago ou reforo positivo Silncio Sesses Individuais Troca de Papis
12 Ferramentas
Gerao de opes Normalizao Organizao de questes e interesses Enfoque prospectivo Testes de realidade Perguntas orientadas a solues
1 - Recontextualizao
O conciliador estimula as partes aperceberem a controvrsia por uma outratica, neutra e positiva.
Exemplo:- De um contexto de desprezo por parte deum gerente por no parcelar o dbito paraum contexto de impossibilidade legal.
2- Audio de propostas implcitas
A tcnica de resumo pode servir para ressaltar aapresentao de uma proposta implcita:
Jorge: no pretendo pagar nada para o Tiago afinal ele no terminou de pintar as paredes da
cozinha
Conciliador: Jorge, posso interpretar que o quevoc est dizendo no sentido de que pagar o
Tiago se ele terminar de pintar as paredes da
cozinha?.
3. Afago ou reforo positivo
O afago consiste em uma manifestaopositiva do conciliador a umcomportamento elogivel, eficiente epositivo da parte ou do prprio advogado.
Deve-se elogiar o comportamento no apessoa
Busca-se estimular a parte ou o advogado acontinuar com o comportamento ou posturapositiva para a conciliao
4 - Silncio
Do conciliador O silncio causa inquietao e provoca nas partes a
reflexo, ainda que momentnea, sobre a formacomo esto agindo.
Ao perceber que a parte apresentar uma sada,deve-se apenas ouvi-la
O silncio tambm pode ser usado como forma dedesaprovao de um determinado comportamento.
5 - Sesses Individuais
Quando houver dificuldade de comunicaoentre as partes
A parte deve concordar e o advogado deveparticipar
O tempo deve ser igual para ambas De 5 a 10 minutos Assegurar confidencialidade Deve manter a imparcialidade
6 - Troca de Papis
O mediador quando necessrio deveprovocar as partes para que se coloquem naposio da parte contrria e avaliem osmotivos da conduta dela. Se eles tambmno fariam o mesmo.
Especialmente indicada para as sessesprivadas.
Avisar que vai aplicar a tcnica
7 - Gerao de opes
O papel do conciliador no apresentarsolues e sim estimular as partes parapensarem em novas opes paracomposio da disputa.
Colher as propostas antes de avali-las Na sua opinio, o que poderia funcionar? O que voc pode fazer para ajudar aresolver esta questo?
Que outras coisas voc poderia tentar?
8 - Normalizao
Em regra, as partes se sentem constrangidaspelo fato de estarem em juzo como se issofosse culpa de algum.
Enfatizar que o conflito um fenmenonatural e que pode ser uma oportunidadepara aprimoramento da relao
No vergonha
9 - Organizao de questes e interesses
A controvrsia deve ir sendo resolvida empartes:
Primeiro = questes secundrias +sentimentos e interesses comuns
Segundo = questes principais +sentimentos e interesses conflitantes
10 - Enfoque prospectivo
Estimula a idia de que o passado j passou Alivia o clima de atribuio de culpa Estimula a buscar solues
Exemplo: Tendo em vista que vocs sempre tiveramum bom relacionamento comercial, como voc
imagina que, como prestador de servios, poderia
evitar que uma situao como essa seja evitada em
casos futuros?
11 - Teste de realidade
O teste de realidade consiste em estimular aparte a comparar do seu mundo internocom o mundo externo.
Idia de justia subjetiva X justia objetiva Exemplo:- Depsito irrisrios no SFH.- - Valor da indenizao
12 - Perguntas orientadas a solues
O conciliador/mediador no pode sugerir soluesprontas, s abrir opes
melhor que as partes cheguem sozinhas soluo do litgio.
Uma soluo que pode parecer bvia aoconciliador pode no ser considerada realizvelpelas partes, ou no lhes parecer a melhor opo,da a importncia de incentivar as partes aoferecerem solues.
12 - Perguntas orientadas a solues
Diferente de abrir soluo abrir o leque deopes para a escolha dos interessados.
Eu vi outras famlias resolvendo isso pormeio de um planejamento.
Parece haver trs direes que podem sertomadas: ...
OBRIGADO PELAGENTIL ATENO
Contato: E-mail: germano@jfsc.gov.br Tel.: 48-3431-4200 End.: Justia Federal
2 Vara de Cricima/SC
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