União Homoafetiva

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União Homoafetiva

Campus III – Guarabira/PBDepartamento de Ciências JurídicasCurso de Bacharelado em Direito

Guarabira/PBAgosto-2013

ASPECTOS HISTÓRICOS

Civilização Grega

Civilização Romana

Idade Média - Condenação a qualquer relação sexual estéril;

Primeiras formas de organização do movimento homoafetivo - Europa (1850) e Estados Unidos (1960).

o Erastes (velhos)

o Erômenos (jovens)

o Sexualidade Ativa

o Relação Romano/Escravo

GÊNERO E SEXUALIDADE

Gênero e Sexualidade como:

o Dimensão social e histórica;o Construção de identidades ;o Discurso que normaliza.

“Nenhuma identidade sexual — mesmo a mais normativa — é automática, autêntica, facilmente assumida; nenhuma identidade sexual existe sem negociação ou construção” (BRITZMAN apud LOURO).

Atletas Paraolímpicos Pesquisas Genéticas

Relações na Internet Laerte

Corpo como – Referência - Evidente por si – Inequívoco;

A Sociedade estabelece divisões e rótulos;

Normal é ser:

Centro X excêntrico;

Desconstrução da ideia binária Masculino/Feminino.

o Homem

o Hétero

o Branco

o Classe Média

o Cristão

“Podemos reconhecer, teoricamente, que nossos desejos e

interesses individuais e nossos múltiplos pertencimentos sociais

possam nos "empurrar" em várias direções; no entanto, nós

"tememos a incerteza, o desconhecido, a ameaça de dissolução

que implica não ter uma identidade fixa"; por isso, tentamos fixar

uma identidade, afirmando que o que somos agora é o que, na

verdade, sempre fomos. Precisamos de algo que dê um

fundamento para nossas ações e, então, construímos nossas

"narrativas pessoais", nossas biografias de uma forma que lhes

garanta coerência.” (LOURO, 2000, p. 7)

As Relações Homoafetivas e o Direito

Discussão sobre o tratamento jurídico;

O direito positivo brasileiro e a lacuna normativa;

– Art. 226, § 3° da C.F.: “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar (...)”.

– Art. 1.723 do C.C. “É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, (...).

DIREITO HOMOAFETIVO

INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL

Ações de reconhecimento do Direito Homoafetivo;

Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277;

Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132;

A interpretação do Superior Tribunal Federal (STF);

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Princípio da Igualdade: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” (caput do art. 5°);

Princípio da Liberdade, do qual decorre a autonomia privada de cada um;

Princípio da Dignidade da Pessoa Humana (integridade a ser assegurada a todas as pessoas por sua existência no mundo);

Princípio da Segurança Jurídica (A inexistência de um regime específico aplicável, é inequivocamente geradora de insegurança Jurídica;

O QUE É FAMILÍA?

A família é um fenômeno sociocultural institucionalizado pelo Direito;

A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado (caput do art. 226 da C.F.);

Constituição de 1988;

o “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento” (art. 226, §3°).

União Homoafetiva = Entidade Familiar

Não há incompatibilidade entre a união estável entre pessoas do mesmo sexo e a união estável entre pessoas de sexos diferentes;

A referência a homem e mulher não traduz uma vedação da extensão do mesmo regime as relações homoafetivas;

Os elementos essenciais da união estável, identificados pelo Código Civil – convivência pacífica e duradora com intuito de constituir família – estão presentes nas uniões heterossexuais, quanto nas uniões homoafetivas;

Dessa forma, mesmo com a falta de norma específica, o reconhecimento dessa modalidade de união tem legalidade devido a presença dos elementos essências que caracterizam as uniões estáveis e as entidades familiares;

FUNDAMENTOS CONTRÁRIOS A UNIÃO HOMOAFETIVA

Impossibilidade de procriação;

Padrões “da normalidade moral”;

Valores cristãos.

PARTILHA DE BENS

Partilha de bens

O Código Civil de 2002 elenca quatro espécies:

o regime da comunhão parcial;o regime da comunhão universal;o regime de separação total;o regime de participação final nos aquestos.

Separação judicial consensual ou a litigiosa;

Divórcio;

Morte

PARTILHA DE BENS NA UNIÃO ESTÁVEL:

o Comunhão parcial de bens.

PARTILHA DE BENS NA UNIÃO HOMOAFETIVA:

o Não existe regulamentação específica;

o Analogiaa sociedade de fato;

a união estável

SOCIEDADE DE FATO:

o Súmula n° 380 do STF: “comprovada a existência de sociedade de fato entre os concubinos, é cabível a sua dissolução judicial, com a partilha do patrimônio adquirido pelo esforço comum”.

UNIÃO ESTÁVEL (Regime da comunhão parcial de bens);

o Dissolução por morte, os bens serão divididos observando-se o que estabelece o art. 1.790 do C.C.

OUTRAS ANALOGIAS Inclusão do companheiro como dependente em plano de

assistência médica, mediante a assertiva de que a relação homoafetiva gera direitos analogicamente a união estável;

Pensão alimentícia;

Imposto de Renda;

Licença-gala;

Adoção.

"Se um homem não pode mudar o mundo, ele deve ao menos tentar mudar a si mesmo por dentro”.

ConfúcioFilósofo chinês

REFERÊNCIAS BRASIL. Supremo Tribunal Federal – STF. Voto do Ministro Ayres Britto – União Homoafetiva. Maio de 2011. Disponível em: http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticianoticiastf/anexo/adi4277.pdf. Acesso em 16 de julho de 2013.

BARROSO, Luís Roberto. Diferentes, mas iguais: O reconhecimento jurídico das relações homoafetivas no BRASIL. N º. 16 – maio / junho / julho / agosto de 2007 Revista Diálogo Jurídico – Salvador – Bahia – Brasil.

CRUZ, Luciana Bastos; MATOS, Raimundo Giovanni Franca. Efeitos patrimoniais na união homoafetiva. Ideias & Inovação Aracaju | V. 01 | N.01 | p. 59-67| out. 2012.

HALL, Stuart. Identidade Cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1997.

LOURO, Guacira Lopes. O corpo educado: pedagogia da sexualidade. Traduções: Tomaz Tadeu da Silva 2ª Edição Autêntica Belo Horizonte 2000.

CRÉDITOS

Ádna Tatiane Soares

Jairo Alves Felipe

Leandro Silva da Rocha

Márcia Adriana de Araújo

Obrigado!SEMINÁRIO DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

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