View
221
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
0
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
FACULDADE DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS
JULIANA DE CARVALHO RIBEIRO
AÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Eucalyptus citriodora NANOENCAPSULADO SOBRE NEMATOIDES GASTRINTESTINAIS DE
PEQUENOS RUMINANTES
FORTALEZA 2013
1
JULIANA DE CARVALHO RIBEIRO
AÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Eucalyptus citriodora NANOENCAPSULADO SOBRE NEMATOIDES GASTRINTESTINAIS DE
PEQUENOS RUMINANTES
FORTALEZA 2013
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Ciências Veterinárias. Área de Concentração: Reprodução e Sanidade Animal. Linha de Pesquisa: Reprodução e sanidade de pequenos ruminantes. Orientador(a): Profa. Dra. Claudia Maria Leal Bevilaqua
2
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Estadual do Ceará
Biblioteca Central Prof. Antônio Martins Filho
Bibliotecário Responsável – Francisco Welton Silva Rios – CRB-3/919
JULIANA DE CARVALHO RIBEIRO
R484a Ribeiro, Juliana de Carvalho
Ação do óleo essencial de Eucalyptus citriodora nanoencapsulado sobre nematoides gastrintestinais de pequenos ruminantes / Juliana de Carvalho Ribeiro. -- 2013.
CD-ROM. 53 f. : il. (algumas color.) ; 4 ¾ pol. “CD-ROM contendo o arquivo no formato PDF do trabalho
acadêmico, acondicionado em caixa de DVD Slim (19 x 14 cm x 7 mm)”. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual do Ceará,
Faculdade de Veterinária, Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinária, Curso de Mestrado Acadêmico em Ciências Veterinárias, Fortaleza, 2013.
Área de Concentração: Reprodução e Sanidade Animal. Orientação: Prof.ª Dr.ª Claudia Maria Leal Bevilaqua. Co-orientação: Prof.ª Dr.ª Ana Lourdes Camurça Fernandes
Vasconcelos. 1. Quitosana. 2. Nanoemulsão. 3. Nematodeos. 4. Eucalyptus
citriodora. I. Título.
CDD: 547.782
3
4
Dedico
Aos familiares e amigos.
A Deus, pois a fé nos faz crer no incrível,
ver o invisível e realizar o impossível.
5
AGRADECIMENTOS
A Deus por toda a sua glória, por ser a luz que ilumina minha vida e me dá esperança. Por me
confortar e me fazer erguer a cabeça em momentos que julguei impossível.
Ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias (PPGCV) e à Universidade Estadual
do Ceará (UECE) por terem contribuído com minha formação profissional.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) por ter fornecido
uma bolsa de estudos durante o período de pós-graduação.
Agradeço em especial ao meu pai, Isauro Ribeiro Filho, à minha mãe, Vânia Maria de Carvalho
Ribeiro, e à minha irmã, Monique de Carvalho Ribeiro, por estarem SEMPRE ao meu lado e por
fazerem parte da minha família.
À professora Claudia Maria Leal Bevilaqua por ter me orientado durante graduação e pós-
graduação e me ensinado a ser uma profissional correta e dedicada.
À Dra. Ana Lourdes Camurça Fernandes Vasconcelos por toda a confiança no meu trabalho, à
amizade, à atenção e ao tempo dedicado me ensinando e co-orientando.
Ao Prof. Dr. Haroldo César Beserra de Paula pela grande e importante contribuição com as
análises químicas dos óleos essenciais.
Aos companheiros do LABODOPAR, Wesley Lyeverton Correia Ribeiro, Iara Tersia Freitas
Macedo e Jessica Maria Leite dos Santos, por contribuírem de forma imprescindível na
realização desse trabalho.
Aos eternos integrantes do LABODOPAR, João Batista e Silva Júnior, Fernanda Cristina
Macedo Rondon, Eudson Maia de Queiroz Júnior, Mayara de Aquino Mesquita e Maria Vivina
Barros Monteiro, por terem dedicado tempo e amizade.
A todos os estudantes de iniciação científica que fazem ou fizeram parte do LABODOPAR, em
especial a José Vilemar de Araújo Filho e Rafaela Damasceno Magalhães, por toda a ajuda nos
testes in vitro e in vivo, pelo cuidado com os animais e pelos momentos de conversas e
descontrações.
6
Aos meus grandes e queridos amigos, Igor Ciríaco Barroso, Ana Caroline Moura Rodrigues e
Brandinice de Almada Guerra, pela amizade tão importante na minha trajetória de vida.
À minha amiga Bárbara Mara Bandeira Santos que me acompanhou durante toda a graduação e
pós-graduação socorrendo-me, auxiliando-me e dando-me a mão em momentos que mais
necessitei na minha vida profissional e pessoal.
À minha amiga e irmã de coração, Leilane Mercedes Gomes Marculino, por tudo e um pouco
mais, por sempre poder me ouvir e estar ao meu lado, pelos conselhos que me dá, pelo ombro
amigo e pelos doze anos dedicados a nossa amizade.
Ao meu psicólogo Francisco José Medeiros de Andrade que me auxiliou em momentos de
grande necessidade e agonia, fazendo com que compreendesse minhas limitações e ensinando-
me a ultrapassá-las com muita paciência e determinação.
Aos ovinos e camundongos, pois todo o nosso trabalho só pôde ser realizado graças à existência
e sacrifício dessas criaturas.
7
RESUMO
A fitoterapia é apontada como alternativa de controle de parasitoses destacando-se o óleo
essencial de Eucalyptus citriodora (OEEc). Porém, a eficácia deste óleo ainda não atingiu os
níveis desejados, tendo-se a necessidade do desenvolvimento de novas formulações, como o
nanoencapsulamento, que pode aumentar o tempo de permanência da droga no organismo do
animal. Este trabalho teve como objetivo avaliar o OEEc nanoencapsulado e livre in vitro e in
vivo sobre nematoides gastrintestinais de pequenos ruminantes. A determinação da composição
química do OEEc foi realizada usando cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa.
Uma solução de 1% de quitosana foi utilizada como matriz encapsulante. Para o encapsulamento
do OEEc, a seguinte metodologia foi realizada: tween 80 foi adicionado ao OEEc na proporção
de (1:4) sob agitação constante por 10 minutos e a solução de quitosana foi adicionada sob
agitação mecânica por 5 minutos. O OEEc nanoencapsulado foi caracterizado por espectroscopia
de infravermelho. O tamanho das partículas e a distribuição foram determinados por
espectroscopia de correlação do fóton. Foi realizado o teste de eclosão de ovos (TEO), onde as
concentrações do OEEc utilizadas foram: 0,4; 0,2; 0,1; 0,5; 0,25 e 0,125 mg/mL. No teste de
desenvolvimento larvar (TDL), as concentrações utilizadas para o OEEc livre e nanoencapsulado
foram: 0,5; 1; 2; 4 e 8 mg/mL. Foram realizadas três repetições com cinco réplicas para os testes
in vitro. A toxicidade aguda do OEEc livre e nanoencapsulado foi avaliada utilizando-se 90
camundongos que receberam doses variando de 500 a 3.500 mg/kg para o cálculo das doses
letais para 10% (DL10) e 50% (DL50) dos animais. Para o teste de redução da contagem de ovos
nas fezes (FECRT) foram utilizados 30 ovinos divididos em 3 grupos (n=10), os quais receberam
250 mg/kg do OEEc livre, nanoencapsulado e da solução de 1% de quitosana e 3% Tween 80.
Fezes foram coletadas antes do tratamento, 10 e 17 dias pós-tratamento para a contagem de ovos
(opg). O OEEc livre e nanoencapsulado inibiu em 97,2% e 92,8% a eclosão larvar, nas doses 4 e
2 mg/mL, respectivamente. No TDL, a eficácia do OEEc livre e nanoencapsulado foi de 99,8 e
98,1% na concentração de 8 mg/mL, respectivamente. As DL10 e DL50 foram de 1998,8 e
2653.0 mg/kg, e 1120,9 e 1680,7 mg/kg para OEEc livre e nanoencapsulado, respectivamente.
No FECRT, o OEEc livre e nanoencapsulado tiveram uma eficácia de 52,3 e 36,0% no dia 10
pós-tratamento e 68,0 e 64,8% no dia 17 pós-tratamento, respectivamente. Porém, o opg dos
animais tratados não diferiu estatisticamente do controle. Em conclusão, o OEEc
nanoencapsulado não obteve eficácia.
Palavras-chave: Quitosana. Nanoemulsão. Nematodeos. Eucalyptus citriodora
8
ABSTRACT
Herbal therapy is indicated as an alternative control parasitic highlighting the Eucalyptus
citriodora essential oil of (EcEO). However, the effectiveness of this oil has not reached desired
levels, it is necessary to develop new formulations, such as nanoencapsulation, which can
increase the residence time of the drug in the body of the animal. This study aims to evaluate the
nanoencapsulated and free EcEO in vitro and in vivo on gastrointestinal nematodes of small
ruminants. The determination of the chemical composition of the EcEO was carried out using
mass spectrometry coupled with gas chromatography. A 1% solution of chitosan was used as the
encapsulating matrix. For the encapsulation of EcEO, the following methodology was applied:
tween 80 was added to the EcEO (1:4) under stirring for 10 minutes, and the chitosan solution
was added under mechanical stirring for 5 minutes. The EcEO nanoencapsulated was
characterized by infrared spectroscopy. The particle size and distribution were determined by
photon correlation spectroscopy. Eggs hatching test (EHT) was performed, where the
concentrations of the EcEO were used: 0.4, 0.2, 0.1, 0.5, 0.25 and 0.125 mg/mL. Larval
development test (LDT), the concentrations used for the free and nanoencapsulated EcEO were
0.5; 1; 2; 4 and 8 mg/mL. Three repetitions were carried out with five replicates for in vitro
testing. The acute toxicity of free and nanoencapslated EcEO was assessed using 90 mices
receiving doses ranging from 500 to 3.500 mg/kg to calculate the lethal dose for 10% (LD10)
and 50% (LD50) of the animals. To the fecal egg count reduction test (FECRT) 30 sheep were
divided into 3 groups (n = 10) who received 250 mg/kg of EcEO free, nanoencapsulated and 1%
solution of chitosan and 3% Tween 80. Feces were collected before treatment, 10 and 17 days
after treatment for egg counts (epg). The free and nanoencapsulated EcEO inhibited 97.2% and
92.8% larval hatching in doses 4 and 2 mg/mL, respectively. On the LDT the effectiveness of
free and nanoencapsulated EcEO was 99.8, and 98.1% at the concentration of 8 mg/mL,
respectively. The LD10 and LD50 were 1998.8 and 2653.0 mg/kg, and 1120.9 and 1680.7 mg/kg
for free and nanoencapsulated EcEO respectively. In FECRT the nanoencapsulated and free
EcEO had an efficiency of 52.3 and 36.0% on day 10 post-treatment and 68.0 and 64.8% by day
17 post-treatment respectively. However, opg the treated animals did not differ statistically from
the control. In conclusion, the EcEO did not get the expected efficacy.
Keywords: Chitosan, nanoemulsion, nematodes, Eucalyptus citriodora
9
LISTA DE FIGURAS
REVISÃO DE LITERATURA
Figura 1. Folhas, flores e frutos de Eucalyptus citriodora............................................................18
Figura 2. Representações das estruturas primárias de quitina e quitosana, onde n é o grau de
polimerização.................................................................................................................................21
CAPÍTULO 1
Figure 1. Infrared spectra of the sample of Eucalyptus citriodora essential oil nanoencapsulated
with chitosan……………………………………………………………………..………………35
10
LISTA DE TABELAS
CAPÍTULO 1
Table 1. Effectiveness (± standard error) of free and nanoencapsulated Eucalyptus citriodora
essential oil on Haemonchus contortus eggs hatching……………………………………..……36
Table 2. Effectiveness (± standard error) of free and nanoencapsulated Eucalyptus citriodora
essential oil on Haemonchus contortus larval development…….………………………..……...37
Table 3. Reduction (± standard error) in egg counts per gram of feces (epg) and efficacy of
nanoencapsulated and free Eucalyptus citriodora essential oil
(EcEO)…………………………………………...……………………………………...……….38
11
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
cm, µm, nm – centímetro, micrômetro, nanômetro
EC50 – Concentration to inhibit 50%
EcEO, OEEc – Óleo essencial de Eucalyptus citriodora, Essential oil of Eucalyptus citriodora
ECUA – Ethics Committee for the Use of Animals
EHT, LDT – Egg hatch test, Larval development test
epg - eggs in feces
FECRT – Fecal egg count reduction test
GC – Gas chromatography
h – horas
IVM, TBZ – Ivermectina, Tiabendazol
kg – quilos
L1, L3– larva de primeiro estágio, larva de terceiro estágio
LD10, LD50- Lethal dose required to 10%, Lethal dose required to 50%
MS – Mass spectrometry
mg, mL, µL – miligramas, mililitros, microlitros
n – número
opg – ovos por grama de fezes
PCS – Photon correlation spectroscopy
rpm – rotações por minuto
T1, T2– Média de opg antes do tratamento, Média de opg pós-tratamento
TDL, TEO – Teste de desenvolvimento larvar, Teste de eclosão de ovos
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 13
2 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................... 15
2.1 Plantas medicinais..................................................................................................... 15
2.2 Óleos essenciais......................................................................................................... 16
2.3 Eucalyptus citriodora................................................................................................ 17
2.4 Encapsulamento......................................................................................................... 20
2.5 Quitosana................................................................................................................... 21
3 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................... 23
4 HIPÓTESE CIENTÍFICA............................................................................................ 24
5 OBJETIVOS.................................................................................................................. 25
5.1 Objetivo Geral....................................................................................................... 25
5.2 Objetivos Específicos............................................................................................. 25
6 CAPÍTULO I................................................................................................................. 26
7 CONCLUSÕES............................................................................................................. 45
8 PERSPECTIVAS........................................................................................................... 46
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ 47
13
1 INTRODUÇÃO
A produção de ovinos e caprinos no Nordeste brasileiro apresenta alguns obstáculos,
dentre eles destacam-se as helmintoses gastrintestinais, representando o mais grave problema
sanitário que acomete os pequenos ruminantes, além de prejudicar economicamente a criação
(VIEIRA, 2008). As perdas econômicas decorrentes das helmintoses são principalmente devido
ao crescimento retardado, perda de peso, redução no consumo de alimentos, queda na produção
de leite, baixa fertilidade e nos casos de infecções maciças, altas taxas de mortalidade, além de
custos para o seu controle (VIEIRA, 1999).
Os nematoides gastrintestinais de ovinos e caprinos identificados na região Nordeste do
Brasil, são: Haemonchus contortus, Trichostrongylus axei, Trichostrongylus colubriformis,
Oesophagostomum columbianum, Trichuris spp., Cooperia spp., Strongyloides papillosus,
Skrjabinema ovis e Bunostomum trigonocephalum. Estes parasitas ocorrem geralmente em
infecções mistas e os sinais clínicos variam com a idade, imunidade, estado nutricional do
hospedeiro, intensidade da carga parasitária e com o gênero de nematoides envolvidos na
infecção, sendo que o mais prevalente é H. contortus (AROSEMENA et al., 1999; SILVA, et al.,
2003). Este nematoide promove elevadas perdas econômicas devido ao hábito hematófago que
acarreta anemia nos animais, além de perda de peso decorrente da diminuição do apetite, danos
às funções gástricas e alterações no metabolismo de proteínas totais (FOX, 1993) e, em elevadas
infecções observa-se edema submandibular. A elevada carga parasitária gera altas taxas de
mortalidade, sendo os animais mais jovens os mais acometidos (SANTA ROSA, 1996).
Os tratamentos utilizando anti-helmínticos previnem e minimizam as perdas de produção
ocasionadas pela verminose gastrintestinal, porém geram elevadas despesas devido à necessidade
de aquisição de fármacos (SOUSA, 2008). Além disso, o uso inadequado de anti-helmínticos
tem resultado na seleção de parasitas resistentes aos princípios ativos disponíveis no mercado
(CARVALHO, 2011).
A resistência anti-helmíntica é consequência de várias modificações genéticas sofridas
pelos organismos de uma população de parasitas devido ao constante uso de um composto
químico, levando-os à sobrevivência (MOTTIER; LANUSSE, 2001). Alguns fatores podem
contribuir para a ocorrência desse fenômeno, como o curto intervalo entre os tratamentos, o uso
de subdosagens e a rápida alternância de diferentes grupos de vermífugos (MOLENTO;
PRICHARD, 1999). Além disso, a maioria dos produtores não vermifugam adequadamente seus
rebanhos em consequência da falta de conhecimentos no que se refere à biologia e à
epidemiologia dos parasitas (VIEIRA et al., 2010). Ultimamente, o fator considerado como o
14
mais importante para o desenvolvimento da resistência é a falta de uma população de parasitas
em refugio, que é aquela que ainda não entrou em contato com um anti-helmíntico, sendo,
portanto, uma população sensível. Quando os tratamentos são realizados na seca, época em que a
maior parte da população de parasitas está presente nos animais, estes entram em contato com o
anti-helmíntico, aumentando o número de parasitas resistentes (KENYON et al., 2009).
O desenvolvimento da resistência e a necessidade de reduzir a contaminação anti-
helmíntica, pela presença destes produtos no ambiente e em alimentos de origem animal,
incentivaram busca por novos princípios ativos (NERY et al., 2009). Neste contexto, a utilização
de produtos de origem vegetal no controle do parasitismo por nematoides gastrintestinais pode
ser uma alternativa já que poderão contribuir para a redução do uso e o prolongamento da vida
útil dos medicamentos disponíveis (VIEIRA, 2008).
O conhecimento tradicional sobre a utilização de plantas medicinais na área veterinária
foi adquirido por diversas populações ao longo dos anos e vem sendo repassado verbalmente de
geração a geração (BARBOZA et al., 2007). Em alguns países pode-se observar uma grande
importância com relação ao uso de produtos derivados de plantas, pois o acesso a medicamentos
convencionais para a sanidade animal é difícil (McGAW et al., 2007).
Dentre várias espécies de plantas que estão sendo estudadas, destacam-se as do gênero
Eucalyptus spp., podendo ser considerado como o mais cultivado no mundo (VITTI; BRITO,
2003). Recentemente, o óleo essencial de Eucalyptus citriodora mostrou-se eficaz contra
nematoides gastrintestinais de pequenos ruminantes (MACEDO et al., 2011). Porém, estes
resultados não atingiram os níveis desejados.
Muitas drogas disponíveis no mercado ou produtos que ainda estão sendo testados são
limitados pela baixa disponibilidade no organismo do animal e efeitos secundários indesejáveis
(UNDERWOOD; EPS, 2012). O nanoencapsulamento representa uma alternativa viável e eficaz
contra o parasitismo gastrintestinal, pois pode aumentar a estabilidade física das substâncias
ativas, protegendo-as das interações com os alimentos e aumentando sua atividade (DONSÌ et
al., 2011).
15
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Plantas medicinais
O uso de plantas medicinais tem se destacado devido ao fato de existir uma grande
variabilidade de espécies vegetais associado à facilidade para obtenção e disponibilidade em
determinadas regiões (HEIMERDINGER, 2005). Neste contexto, o Brasil se destaca, pois uma
das suas maiores riquezas é constituída pela biodiversidade de espécies vegetais, constituindo
uma possível fonte para obtenção de novas substâncias com finalidade terapêutica (OMENA et
al., 2007).
Os vegetais possuem dois tipos de metabólitos, denominados primários e secundários, a
partir dos quais se originam os compostos ativos usados no tratamento de diversas doenças. Os
metabólitos primários são substâncias amplamente distribuídas na natureza, estando, no caso de
plantas superiores, concentrados frequentemente em sementes e órgãos de armazenamento. Os
metabólitos primários possuem um importante papel no metabolismo celular básico em virtude
de serem fundamentais para o desenvolvimento fisiológico das plantas (CHAGAS, 2004a).
Os metabólitos secundários são armazenados em menores quantidades que os primários e
a biossíntese desses compostos geralmente é realizada por células e em condições específicas,
dependendo do estágio de desenvolvimento do vegetal e de determinadas condições ecológicas
ou ambientais (CHAGAS, 2004a). A produção dos metabólitos secundários está relacionada à
proteção da planta contra raios ultravioletas, à atração de polinizadores e, ainda, à defesa contra
agentes externos, como microrganismos, insetos e predadores. Dessa forma, estes metabólitos
não são compostos essenciais relacionados ao crescimento e ao desenvolvimento do vegetal
(ATHANASIADOU; KYRIAZAKIS, 2004). Portanto, o metabolismo secundário é considerado
o responsável pela produção de substâncias que, sozinhas ou unidas a outros compostos,
proporcionam as propriedades terapêuticas das plantas. Dentre estes compostos destacam-se os
flavonóides, alcalóides, cumarinas, lignóides, triterpenos, saponinas, polifenóis e taninos
(ALVES, 2001).
Misturas complexas de metabólitos secundários estão presentes em óleos essenciais, dos
quais derivam às essências características ou fragrâncias, desempenhando um papel importante
de proteção dos vegetais (GREATHEAD, 2003). Existe um grande número de plantas
conhecidas atualmente que são utilizadas para a produção de óleos essenciais, destacando-se
diversas espécies que vão desde rasteiras, como é o caso da hortelã, até plantas de porte arbóreo,
como o eucalipto (VITTI; BRITO, 2003).
16
2.2 Óleos essenciais
Os óleos essenciais são também chamados de óleos etéreos aromáticos e constituem os
elementos voláteis contidos em vários órgãos das plantas, flores, brotos, sementes, folhas,
galhos, cascas, ervas, madeira, frutas e raízes (GREATHEAD, 2003).
Os óleos essenciais são os responsáveis pela capacidade de adaptação das plantas às
condições do meio em que vivem, proporcionando a capacidade de defesa contra insetos ou
favorecendo sua atração para a dispersão de pólens e sementes; a resistência ao frio quando estão
no estágio de plântula; o efeito alelopático e a redução da perda de água, além disso, reduzem o
apetite dos herbívoros (BAKKALI et al., 2008).
Estudos experimentais relataram uma série de efeitos benéficos promovidos pelos óleos
essenciais para o homem e animais, como: a influência positiva sobre o metabolismo lipídico e
de proteínas ruminais, a produção de ácidos graxos voláteis, a estimulação da digestão de fibras,
a supressão da produção de metano e ação sobre patógenos de origem alimentar (ACAMOVIC;
BROOKER, 2005; BENCHAAR et al., 2008).
Os benefícios dos óleos essenciais são determinados pelos seus componentes que fazem
parte de dois grupos com origem distinta: o grupo principal que inclui os terpenos e terpenóides,
e o grupo dos componentes aromáticos e alifáticos. Todos os compostos de ambos os grupos
possuem um baixo peso molecular (BAKKALI et al., 2008).
Efeitos dos óleos essenciais são atribuídos aos seus compostos principais (BARBOSA et
al., 2010). Porém, muito de suas ações podem ser atribuídas não a um composto isolado, mas ao
sinergismo que existe entre todos os constituintes presentes nos óleos essenciais. Isto quer dizer
que os compostos presentes em menores quantidades, também podem contribuir para melhorar a
atividade do óleo essencial com o aumento da eficácia promovida pelos constituintes presentes
em maiores quantidades (NERIO et al., 2010). Isto reflete a importância da complexa mistura de
constituintes que existe nas composições dos óleos essenciais.
Para que possamos obter uma constituição constante dos óleos essenciais, o ideal seria
extraí-los sob as mesmas condições, ou seja, do mesmo órgão da planta, solo, clima, estação do
ano e, se possível, de plantas que possuam uma idade e estágio do ciclo vegetativo semelhantes
(BAKKALI et al., 2008).
Pesquisas estão sendo realizados para a busca de produtos naturais que sejam igualmente
eficazes quanto os produtos químicos utilizados atualmente. Os óleos essenciais são conhecidos
por possuírem atividade biológica significativa a partir de diversas espécies de plantas. Dentre as
atividades dos óleos essenciais, o efeito nematicida tem se destacado (BARBOSA et al., 2010).
17
Óleo essencial extraído de Cymbopogon schoenanthus conseguiu inibir em 97,5% e 93,3% a
eclosão e o desenvolvimento larvar de H. contortus, respectivamente, na concentração de 180
mg/kg (KATIKI et al., 2011). Óleos essenciais extraídos de Croton zehntneri e Lippia sidoides
foram eficazes contra ovos e larvas de H. contortus em 99,9 e 100%, respectivamente, na dose de
1,25mg/mL (CAMURÇA-VASCONCELOS et al., 2007). Óleo essencial de Eucalyptus
staigeriana foi 99,2% eficaz contra ovos e larvas de H. contortus nas doses de 1,35 e 5,4 mg/mL,
respectivamente (MACEDO et al., 2010).
Os óleos essenciais derivados de Eucalyptus spp. são bastante populares no Brasil.
Estima-se que mais da metade de toda a área reflorestada do Brasil está representada por
plantações de eucalipto (VITTI; BRITO, 2003).
2.3 Eucalyptus citriodora
Os óleos essenciais provenientes de Eucalyptus spp. são produzidos por pequenas
cavidades globulares, conhecidas como glândulas que se encontram distribuídas em todo o
parênquima das folhas da maioria das espécies, sendo este o local onde ocorre a sua maior
produção (VITTI; BRITO, 2003).
O óleo extraído das folhas do Eucalyptus spp. possui na sua constituição uma complexa
mistura de componentes orgânicos voláteis que, quando isolados apresentam de 50 a 100 ou até
mais componentes. Dentre eles, destacam-se hidrocarbonetos, álcoois aldeídos, cetonas, ácidos e
ésteres (SINGH et al., 2012).
Existem mais de 600 espécies de Eucalyptus spp. que foram descritas até hoje, destas
pouco mais de 200 foram designadas como produtoras de um relativo teor de óleos essenciais,
porém apenas menos de 20, têm sido usadas na exploração comercial. Dentre elas, três merecem
atenção na produção de óleo essencial no Brasil: E. citriodora, E. globulus e E. staigeriana
(VITTI; BRITO, 2003).
E. citriodora é uma espécie proveniente da Austrália pertencente à família Mirtaceae e
ao sub-gênero Corymbia. Pode ser chamada de eucalipto-cidró ou eucalipto-cheiroso, tendo
como características seu porte que varia em média de 50 a 1000 metros, e a alta densidade de sua
madeira (0,99 g/cm) (Figura 1). É uma espécie bastante indicada para plantios devido aos seus
múltiplos usos. Esta espécie é também conhecida pela presença de óleo essencial em suas folhas
(VITTI; BRITO 1999).
18
Figura 1: Folhas, flores e frutos de Eucalyptus citriodora
Fonte: http://www.abundantlifeessentials.com/eucalyptus%20citriodora%20essential%20oil.htm
O óleo essencial de E. citriodora é extraído a partir de folhas parcialmente secas, sendo
amplamente utilizado na indústria de perfumaria e para a produção de mentol sintético a partir do
citronelal. Além deste já foram identificados diversos grupos químicos incluindo
hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, cetonas, ácidos e ésteres (VITTI; BRITO 2003).
No Brasil, os rendimentos do óleo essencial de E. citriodora variam de 1 a 1,6%, o que
significa que a cada tonelada de biomassa foliar destilada pode-se extrair de 10 a 16 kg de óleo
(VITTI; BRITO, 2003).
E. citriodora é a principal espécie comercializada no Brasil, sendo utilizada para
produção de uma gama de produtos essenciais ao bem-estar da sociedade, como papel para
livros, cadernos, higiene pessoal e embalagens; madeira para fabricação de móveis, geração de
energia, carvão vegetal e construção civil (GBENOU et al., 2013). E. citriodora é a espécie que
mais produz óleos essenciais com os quais são fabricados produtos de limpeza, perfumes e
remédios, entre outras aplicações (SINGH et al., 2012).
Diversos estudos demonstraram que citronelal é o principal constituinte de E. citriodora
(BATISH et al., 2008) e tem sido atribuído a este composto as diversas atividades do óleo de E.
citriodora (CLEMENTE et al., 2010). O citronelal pode apresentar-se em diferentes
concentrações: 94,9% (CHAGAS et al., 2002), 71,77% (MACEDO et al., 2011), 60,66%
(SINGH et al., 2012), 83,5% (GBENOU et al., 2013). Tendo como demais constituintes
citronelol (12,58%) e isopulegol (8,19%) (SINGH et al., 2012).
O óleo essencial de E. citriodora e o seu principal composto, o citronelal, tiveram ação
confirmada contra fungos fitopatogênicos, como Macrophomina phaseolina, Colletotrichum
lindemuthianum, Fusarium oxysporum, Helminthosporium oryzae, Alternaria triticina,
Rhizoctonia solani e Alternaria solani (RAMEZANI et al., 2002) e a dose de 40 µL inibiu 100%
19
do crescimento micelial de Sclerotium rolfsii, Phytophthora sp, Alternaria alternata,
Colletotrichum sublineolum e R. solani (BONALDO et al., 2007). Este óleo e seus compostos
exibiram atividade antioxidante que variou de moderada a forte o que implicaria em proteção
potencial contra doenças oxidativas podendo ser utilizados como antioxidante natural em
alimentos (SINGH et al., 2012).
E. citriodora apresentou efeito analgésico por 9,43 segundos e anti-inflamatório, além de
conseguir reduzir hipertemia por até 360 minutos e cólicas abdominais sobre ratos Wistar na
dose de 1800 mg/kg (GBENOU et al., 2013). E. citriodora também inibiu a atividade de 17
espécies de bactérias (CIMANGA et al., 2002), assim como, de Staphylococcus aureus,
Escherichia coli e Salmonella choleraeseus (ESTANISLAU et al., 2001).
O efeito inseticida do óleo essencial de E. citriodora foi confirmado pela eficácia de
94,68%, 100% e 88,13% contra ovos, larvas e adultos de Lutzomyia longipalpis, na concentração
de 40, 6,5 e 10 mg/mL, respectivamente (MACIEL et al., 2010). O óleo oriundo das folhas
frescas da planta foi eficaz em 100% sobre formas promastigotas de Leishmania (L.) chagasi
(BRITO, 2007). O efeito acaricida do óleo essencial de E. citriodora foi relatado contra larvas e
fêmeas de B. microplus, obtendo 100% de eficácia nas concentrações de 10 e 25%,
respectivamente (CHAGAS et al., 2002).
O óleo essencial de E. citriodora foi eficaz contra o larvas do nematoide fitoparasita
Meloidogyne incógnita, onde na concentração de 250 ppm obteve um percentual de mortalidade
de 100% (PANDEY et al., 2000). A ação do óleo essencial de E. citriodora contra nematóides
gastrintestinais de pequenos ruminantes foi confirmada in vitro, pois na concentração de 10,6 e
5,3 mg/mL inibiu 99,71 e 98,8% do desenvolvimento larvar e da eclosão de ovos de H.
contortus, respectivamente. O óleo de E. citriodora na dose de 500 mg/kg diminuiu em 58,24% a
contagem de ovos nas fezes de caprinos após 15 dias de tratamento (MACEDO et al., 2011).
Outro estudo in vitro demonstrou que o óleo essencial de E. citriodora na concentração de 5%
conseguiu inibir em 100% a eclosão de larvas de H. contortus, Trichostrongylus spp e
Oesophagostomum spp (CHAGAS, 2004b).
Os resultados obtidos pelo óleo essencial de E. citriodora contra nematoides
gastrintestinais são promissores. Dessa forma, para que se tenha uma melhor eficácia desses
fitoterápicos, há necessidade de novas formulações, que aumentem o tempo de permanência no
organismo do animal. Nesse contexto, o encapsulamento é uma técnica que poderá preencher
esses requisitos.
20
2.4 Encapsulamento
O termo encapsulamento é derivado do latim cápsula, que significa pequena caixa. O
encapsulamento consiste basicamente em isolar substâncias do meio externo por um tempo
determinado. O encapsulamento forma uma barreira material, usando-se uma molécula ou uma
partícula sólida, líquida ou gasosa (AZEREDO, 2005). Assim, a indústria farmacêutica utiliza
esta técnica para realizar emulsões fundamentadas em sistemas de liberação controlada, a fim de
promover o transporte de agentes ativos até locais específicos dentro do trato gastrintestinal para
que os bioativos sejam liberados apenas no local de ação (PORTER; WASAN, 2008).
A diferença entre encapsulamento, microencapsulamento e nanoencapsulamento está
apenas no tamanho das partículas. O encapsulamento pode trazer muitos benefícios, como
aumento no tempo de vida útil de um composto volátil, pois a membrana impede a sua
evaporação; a proteção dos efeitos da degradação do princípio ativo; o aumento na absorção de
drogas facilitando a difusão pelo epitélio; modificação do perfil de distribuição e da
farmacocinética da droga no tecido; aumento na penetração e distribuição intracelular da
substância encapsulada (AZEREDO, 2005).
O encapsulamento pode controlar a liberação do princípio ativo aumentando o tempo de
permanência do fármaco no organismo do animal por dias ou semanas. Esta característica pode
ser pertinente para a medicina veterinária, pois a dose utilizada para os medicamentos será menor
quando comparada com a dose do fármaco livre, isto poderá permitir o uso mais abrangente de
medicamentos considerados caros, ou diminuir a quantidade de resíduos nas carcaças e, como
consequência, nos alimentos, levando a um menor impacto ambiental (UNDERWOOD; EPS,
2012).
A escolha do método de encapsulamento é uma etapa importante neste processo e
dependerá: do tamanho da partícula que se quer obter, propriedades físicas e químicas do
bioativo e da matriz, aplicação do produto final, dos mecanismos de liberação e da viabilidade
econômica da produção (AZEREDO, 2005). Porém, não é apenas o método de escolha que irá
garantir o sucesso do encapsulamento, mas também a afinidade entre a matriz e o bioativo, a
forma de armazenamento e a funcionalidade da aplicação final (PARAMERA et al., 2011).
Existe uma variedade de formulações com finalidades diferentes que geram
nanopartículas de diversas formas e tamanhos, com propriedades químicas diferentes, utilizando
diversos tipos de matrizes encapsulantes, como: nanopartículas poliméricas, nanopartículas
sólidas de lipídios, lipossomas, micelas, nanopartículas inorgânicas, nanopartículas magnéticas,
nanoemulsões, dentre outras (UNDERWOOD; EPS, 2012). Nanoemulsões são dispersões onde o
21
tamanho das gotas dispersas estão em escala nanométrica, sendo a faixa de tamanho
compreendida entre 1 e 1000 nanômetros (MORAES et al., 2006). As nanoemulsões possuem
algumas vantagens, como: preparação de baixo custo e simples, alta estabilidade, capacidade de
solubilizar substâncias lipofílicas e protege-las da degradação (UNDERWOOD; EPS, 2012).
A liberação do material encapsulado pode ocorrer por difusão por uma rede polimérica,
por rompimento mecânico das partículas, por ativação dos solventes, temperaturas e pressão, ou
ainda, por meios pH-dependentes. Alguns trabalhos chamam atenção sobre o local de liberação
do fármaco, pois estes poderão exercer uma grande influência, com relação ao pH que irão
apresentar, sobre o comportamento das microcápsulas (GASSEROD et al., 1998).
A escolha do material encapsulante ocorre em função das propriedades físicas e químicas
do agente ativo, da aplicação pretendida e do método utilizado para formar as micropartículas. O
encapsulante ideal deve apresentar baixa viscosidade em concentrações elevadas e ser de fácil
manipulação durante o processo; possuir baixa higroscopicidade, para facilitar a manipulação e
evitar aglomeração; não ser reativo com o material a ser encapsulado; ter habilidade de selar e
segurar o material ativo dentro da estrutura da cápsula; liberar completamente o solvente ou
outros materiais utilizados durante o processo de encapsulamento; proporcionar máxima
proteção ao material ativo contra condições adversas, tais como luz, pH, oxigênio e ingredientes
reativos; ser solúvel em solventes comumente usados; possuir as propriedades desejadas de
liberação do material ativo; não apresentar sabor desagradável no caso de consumo oral; e ser
econômico. Os materiais mais utilizados como encapsulantes incluem: carboidratos, gomas,
lipídeos, poliésteres naturais, polímeros sintéticos, proteínas e a quitosana, que é extraída da
casca de crustáceos (SANTOS et al., 2000).
2.5 Quitosana
A quitosana, um biopoliaminosacarídeo natural, é geralmente obtido por desacetilação
alcalina de quitina (Figura 2). É o segundo polímero mais abundante na natureza depois de
celulose, sendo o principal componente do exoesqueleto de crustáceos, como caranguejos,
camarões, lagostins, lagostas, e das paredes celulares de alguns fungos como Aspergillus, Mucor
e Zygomycetes (SINHA et al., 2004). A produção de quitosana é economicamente viável, é um
produto natural, de baixo custo, renovável e biodegradável, de grande importância econômica e
ambiental. Sua utilização reduz o impacto ambiental causado pelo acúmulo nos locais onde é
gerado ou estocado (HEJAZI; AMIJI, 2003; SINHA et al., 2004)
22
Figura 2: Representações das estruturas primárias de quitina e quitosana, onde n é o grau de
polimerização (BATTISTI; CAMPANA-FILHO, 2008).
Diversos estudos recentes mostram que a quitosana pode ser utilizada para preparar
microesferas para diversos propósitos. A versatilidade deste polímero permite a preparação de
microesferas de diferentes formas e tamanhos, envolvendo vários produtos e derivados. Podem-
se destacar o fato de que, sendo a quitosana um polissacarídeo, apresenta ainda a vantagem de ter
alta estabilidade em solventes orgânicos em adição à hidrofilicidade e à porosidade dos produtos
formados (DENKBAS et al., 2002). Quando comparada a outros polímeros, a grande quantidade
de orifícios/poros se mostra de maneira linear desde a superfície até seu interior, provendo desta
maneira uma grande difusão do substrato (AZEVEDO et al., 2007).
Dentre as diversas aplicações da quitosana, pode-se destacar a sua utilização na indústria
farmacêutica como adjuvante em formulações sólidas de uso oral, atuando na liberação
controlada de fármacos e melhorando a dissolução e biodisponibilidade de fármacos insolúveis
em água, uma vez que ela apresenta vantagens tais como não-toxicidade, biocompatibilidade e
mucoadesividade (BRANNON-PEPPAS, 1995).
Uma solução de 4% (v/v) de quitosana foi utilizada para encapsular o óleo essencial de E.
staigeriana na formulação de hidrogel, onde houve redução quatro dias pós-tratamento de
40,51% da carga parasitária de Meriones unguiculatus infectados experimentalmente com H.
contortus, na dose de 500 mg/kg por três dias consecutivos (RIBEIRO et al., 2013). Esta mesma
formulação, na dose de 365 mg/kg, foi eficaz contra nematoides gastrintestinais de pequeno
ruminantes, onde houve redução de 60,79% da carga parasitária, treze dias pós-tratamento
(MESQUITA et al., 2013).
23
3 JUSTIFICATIVA
O controle dos nematoides é realizado basicamente pela utilização de anti-helmínticos
sintéticos, porém o advento da resistência anti-helmíntica exige a pesquisa de novas substâncias.
Na busca por fitoterápicos, E. citriodora apresenta-se como uma das espécies mais promissoras.
No entanto, a eficácia obtida pelo óleo essencial de E. citriodora, até o presente momento, não
atingiu os níveis esperados. Devido à necessidade de melhorar os resultados propõe-se o
nanoencapsulamento como forma para promover uma maior estabilidade, manter uma ação mais
prolongada da droga e consequentemente aumentar a eficácia do óleo.
24
4 HIPÓTESE CIENTÍFICA
O nanoencapsulamento do óleo essencial de E. citriodora promove uma liberação lenta,
aumentando sua eficácia sobre nematoides gastrintestinais de pequenos ruminantes.
25
5 OBJETIVOS
5.1 Geral
Avaliar a atividade do óleo essencial de E. citriodora nanoencapsulado contra nematoides
gastrintestinais de pequenos ruminantes.
5.2 Específicos
• Avaliar a ação de E. citriodora nanoencapsulado e livre sobre ovos e larvas de H. contortus;
• Determinar a toxicidade aguda do óleo essencial de E. citriodora nanoencapsulado em
camundongos;
• Avaliar a ação do óleo essencial de E. citriodora sobre a redução de ovos nas fezes de ovinos
naturalmente infectados com nematoides gastrintestinais.
26
6 CAPÍTULO 1
Ação do óleo essencial de Eucalyptus citriodora nanoencapsulado e livre sobre nematoides
gastrintestinais de pequenos ruminantes
Effect of free and nanoencapsulated Eucalyptus citriodora essential oils on small ruminant
gastrointestinal nematodes
Periódico: Veterinary Parasitology (Submetido em novembro de 2013)
Qualis: A1
27
Effect of free and nanoencapsulated Eucalyptus citriodora essential oils on small ruminant
gastrointestinal nematodes
Juliana de Carvalho Ribeiro1, Iara Tersia Freitas Macedo1, Wesley Lyeverton Correia Ribeiro1,
Ana Lourdes Fernandes Camurça-Vasconcelos1, Jessica Maria Leite dos Santos1, Haroldo Cesar
Beserra de Paula2, José Vilemar de Araújo Filho1, Rafaela Damasceno Magalhães1, Claudia
Maria Leal Bevilaqua1*
1Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Estadual do Ceará, Brazil;
2Departamento de Química Analítica e Físico Química, Universidade Federal do Ceará, Brazil
* Corresponding author:
Claudia Maria Leal Bevilaqua
Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias/FAVET/UECE
Av. Dedé Brasil, 1700, Campus do Itaperi
CEP 60714-903
Fortaleza, Ceará, Brazil
Phone: + 55 85 31019853 Fax: + 55 85 31019840
E-mail: claudiamlb@yahoo.com.br
28
Resumo
O desenvolvimento de fitoterápicos com ação anti-helmíntica pode ser uma alternativa para o
controle e prevenção sustentável dos nematoides gastrintestinais. O nanoencapsulamento de
óleos essenciais poderá aumentar a absorção de fármacos melhorando sua eficácia. O presente
estudo teve como objetivo avaliar a eficácia in vitro e in vivo do óleo essencial de E.
citriodora (OEEc) livre e nanoencapsulado sobre nematoides gastrintestinais de pequenos
ruminantes. A quitosana foi utilizada como matriz para a formulação de uma nanoemulsão.
Foram realizadas análises cromatográficas e físico-químicas do OEEc. Os testes de eclosão
ovos (TEO) e de desenvolvimento larvar (TDL) avaliaram a eficácia do OEEc
nanoencapsulado e livre sobre ovos e larvas de Haemonchus contortus. A toxicidade aguda do
OEEc foi avaliada utilizando camundongos. A eficácia in vivo foi calculada pela redução da
contagem de ovos nas fezes (FECRT) utilizando 30 ovinos naturalmente infectados com
nematoides gastrintestinais que foram tratados com 250 mg/kg do OEEc livre e
nanoencapsulado. O OEEc livre e nanoencapsulado inibiu a eclosão das larvas em 97,16% e
92,84%, nas concentrações de 4 e 2 mg/ml, respectivamente. OEEc livre e nanoencapsulado
na concentração de 8 mg/ml inibiu o desenvolvimento larvar em 99,76% e 98,07%,
respectivamente. No teste de toxicidade aguda a DL10 e DL50 do OEEc livre e
nanoencapsulado foram de 1998,97 e 2653,05 mg/kg, e de 1120,92 e 1680,67 mg/kg,
respectivamente. OEEc livre e nanoencapsulado reduziu a contagem de ovos nas fezes nos
dias 10 e 17 pós-tratamento porém estes resultados não diferiram significativamente do
controle. O OEEc nanencapsulado não obteve a eficácia esperada in vivo, porém seu uso não
deve ser descartado, pois novas formulações podem ser desenvolvidas para melhorar a
disposição deste óleo no organismo do animal.
Palavras-chave: Quitosana, nanoemulsão, nematoides, Eucalyptus citriodora
29
Abstract
Herbal medicines with anthelmintic effects are alternatives for the sustainable control and
prevention of gastrointestinal nematodes. The nanoencapsulation process of essential oils has
been proposed to enhance the absorption of their constituents and improve their efficacy. The
present study aimed to evaluate the efficacy of free and nanoencapsulated Eucalyptus
citriodora essential oil (EcEO) on the gastrointestinal nematodes of small ruminants in vitro
and in vivo. Chitosan was used as a matrix for the formulation of a nanoemulsion.
Chromatographic and physico-chemical analyses of EcEO were performed. Egg Hatch (EHT)
and larval development (LDT) tests were conducted to evaluate the effectiveness of
nanoencapsulated and free EcEO on the eggs and larvae of Haemonchus contortus. Acute
toxicity of free and nanoencapsulated EcEO was evaluated using laboratory animals. Finally,
in vivo efficacy was calculated by treating 30 sheep naturally infected with gastrointestinal
nematodes with 250 mg/kg of free and nanoencapsulated EcEO, which reduced their fecal egg
counts (FECRT). The free and nanoencapsulated EcEO inhibited larvae hatching in 97.16%
and 92.84% at 4 and 2 mg/ml, respectively. Free and nanoencapsulated EcEO at 8 mg/ml
inhibited larval development in 99.76% and 98.07%, respectively. In the acute toxicity test,
the LD10 and LD50 of free EcEO was 1998.97 and 2653.05 mg/kg, respectively, while the
LD10 and LD50 of nanoencapsulated EcEO was 1120.92 and 1680.67 mg/kg, respectively.
Nanoencapsulated and free EcEO reduced fecal egg counts at 10 and 17 days post-treatment,
but these results did not significantly differ from the control. Nanoencapsulated EcEO did not
obtain the expected efficacy in vivo, but new formulations can be developed to improve the
use of this oil in animals.
Keywords: Chitosan, nanoemulsion, nematodes, Eucalyptus citriodora
30
1. Introduction
Diseases caused by gastrointestinal nematodes in small ruminants reduce animal
production, causing serious economic losses worldwide (Molento, 2009). In northeastern
Brazil, the following nematodes have already been described: Trichostrongylus spp.,
Oesophagostomum spp., Cooperia spp., Trichuris spp. and Haemonchus contortus, which is
an abomasal nematode that is prevalent throughout the region (Melo et al., 2009). The
inappropriate use of conventional anthelmintics to treat this parasitism led to the emergence of
drug-resistant nematode populations (Jackson and Coop, 2000).
Currently, low cost and less harmful methods have been studied to control and prevent
gastrointestinal parasite infections. Among these are pasture management, selection of
nematode resistant animals and the development of herbal medicines with anthelmintic
activity, which involves the formulation of herbal drugs and their metabolites (Vieira, 2008;
Hoste and Torres-Acosta, 2011).
Eucalyptus spp., belonging to the family Myrtaceae, has several species of economic
importance, and its essential oils have been used for various purposes (Vitti and Brito, 1999;
Silva et al., 2006). The essential oil of Eucalyptus citriodora is well known for its use in the
fragrance industry, and its major constituent is citronellal (Vitti and Brito, 2003). Studies have
shown that E. citriodora oil functions as an antioxidant (Singh et al., 2012), antifungal (Brito
et al., 2012), antibacterial (Cimanga et al., 2002) anti-inflammatory, analgesic (Gbenou et al.,
2013), insect repellent (Seyoum et al., 2003), insecticide (Maciel et al., 2010, Zoubiri and
Baaliouamer, 2011), acaricide (Clement et al., 2010) and nematicide (Macedo et al., 2011).
The encapsulation of essential oils of Eucalyptus spp. was used to improve their
efficacy against gastrointestinal nematodes of small ruminants (Mesquita et al., 2013; Ribeiro
et al., 2013). Encapsulation is the incorporation of a bioactive substance into a material called
an encapsulating matrix, coating material or carrier (Paramera et al., 2011). This incorporation
protects the drug from degradation, improves its absorption and facilitates its diffusion
through the epithelium, thus promoting tissue and intracellular distribution more efficiently
(Couvreur and Vauthier, 2006).
Chitosan is a natural polymer (Sahoo, et al., 2010) obtained by the deacetylation of
chitin, the main component of the exoskeleton of crustaceans (Zivanovic et al., 2005) and the
cell wall of some fungi (Sinha et al., 2004). It has been used as an encapsulating matrix for
drug delivery because it is biodegradable, biocompatible, renewable, non-toxic and aqueous,
and it circumvents the need for organic solvents (Senel et al., 2000; Abreu et al., 2012). The
31
chitosan microsphere formulation for the controlled release of drugs improves their
dissolution and bioavailability (Hejazi and Amiji, 2003; Sinha et al., 2004). Thus, the aim of
this study was to evaluate the action of the essential oil of E. citriodora on the gastrointestinal
nematodes of small ruminants by comparing both free and nanoencapsulated forms.
2. Materials and Methods
This study was approved by the Ethics Committee for the Use of Animals of State
University of Ceará under protocol number 12641984-1 and followed the standards of animal
welfare recommended by law.
2.1 Chemical analysis of E. citriodora essential oil
E. citriodora essential oil (EcEO) was purchased from FERQUIMA® (Vargem Grande
Paulista, São Paulo, Brazil). The chemical composition of the EcEO used in this study was
determined by gas chromatography (GC) and mass spectrometry (MS). The oil was analyzed
in a Hewlett-Packard 5971 instrument using the following experimental conditions: DB-1
coated fused silica capillary column (30 m × 0.25 mm); helium carrier gas; injector
temperature of 250°C; detector temperature of 200°C; column temperature
program: 35 to 180°C at 48°C/min and then 180 to 250°C at 10°C/min. For MS, the electron
impact was 70 eV.
Compounds of EcEO were identified according to their GC retention time expressed
through Kovat’s index, which was calculated by the Van den Dool and Kratz equation using a
hydrocarbon homologous series. Additionally, the test compound mass spectra were
compared to spectra in the National Institute for Standard Technology computer
database (NIST; 62,235 compounds) and published spectra (Adams, 2001).
2.2 Nanoencapsulation of E. citriodora essential oil
Chitosan powder (POLYMAR®) was used as encapsulant biopolymer. Chitosan was
solubilized in acetic acid (1%) under constant stirring for 24 hours to obtain a solution of 1%
chitosan. At the end of this period, vacuum filtration was conducted for the remaining
particles still in suspension. In parallel, Tween 80 was added to EcEO at a ratio of 1:4 under
constant stirring for 10 minutes. The organic phase (EcEO + Tween 80) was added to the 1%
32
chitosan solution under mechanical stirring for 5 minutes at 18000 rpm, thereby obtaining a
nanoemulsion of chitosan. We tested various proportions of the organic phase in relation to
the chitosan solution to obtain a stable product containing higher oil content. The macroscopic
characteristics of EcEO stability were observed for 72 hours after the preparation of the
nanoemulsion to monitor for a possible phase separation.
2.3 Physicochemical characterization of the nanoemulsion
The nanoemulsion of EcEO was characterized by infrared spectroscopy (FTIR) using
the Shimadzu instrument, model 8300. The particle size and distribution were determined by
photon correlation spectroscopy (PCS) on a Malvern Zetasizer Zen model 3500.
2.4 Egg hatch test (EHT)
Feces was collected directly from the rectum of sheep harboring a monospecific
infection of H. contortus and kept in metabolic cages. H. contortus eggs were recovered
according to Hubert and Kerboeuf (1992). The egg hatch test (EHT) was performed based on
the methodology described by Coles et al. (2006). Briefly, 250 µl of an egg suspension,
containing approximately 100 fresh eggs, was incubated with 250 µl of EcEO at
concentrations of 4, 2, 1, 0.5, 0.25 and 0.125 mg/ml in test tubes for 48 hours at 25°C. After
this time, drops of Lugol were added to the tubes. The eggs and first stage larvae (L1) were
counted under a microscope. Five groups were included: G1: nanoencapsulated EcEO; G2:
free EcEO; G3: negative control consisting of 3% Tween 80 and 1% chitosan; G4: negative
control consisting of 3% Tween 80; and G5: positive control consisting of 0.025 mg/ml
thiabendazole. Three repetitions with five replicates for each concentration and for each
control were performed.
2.5 Larval development test (LDT)
The larval development test (LDT) was performed using an aliquot of egg suspension
obtained as described by Hubert and Kerboeuf (1992). The suspension was incubated
for 24 hours at 37°C to obtain L1. The LDT was performed as described by Camurça-
Vasconcelos et al. (2007). A 1 ml aliquot of solution containing approximately 250 L1 H.
contortus was incubated with 2 g of feces collected from a sheep free of gastrointestinal
33
nematodes, and it was added to 1 ml of the oils. After six days, third stage larvae (L3) were
recovered, and drops of Lugol were added. The L3 were counted under an optical microscope.
In this test, five groups were included: G1: nanoencapsulated EcEO at concentrations of 8, 4,
2, 1 and 0.5 mg/ml; G2: free EcEO at the same concentrations; G3: negative control
consisting of 3% Tween 80 and 1% chitosan; G4: negative control consisting of 3% Tween
80; G5: positive control with 0.008 mg/ml ivermectin. Three repetitions with five replicates
for each concentration and for each control were performed.
2.6 Acute toxicity test
A total of 90 female Swiss albino mice (Mus musculus) were used, and they weighed
between 25.8 and 32.6 g. The mice were kept in polypropylene cages and given commercial
feed and water ad libitum. The animals were randomly divided into groups (n = 10) based on
treatment: G1 to G4: 500, 1000, 1500 and 2000 mg/kg of nanoencapsulated EcEO, G5 to G8:
2000, 2500, 3000 and 3500 mg/kg of free EcEO and G9: 4000 mg/kg of matrix containing 1%
chitosan solution and 3% Tween 80.
A single dose of the oils and chitosan solution (control) were orally administered by
esophageal gavage. The doses were established from the results of Macedo et al. (2011)
assuming the nanoencapsulated oil could increase toxicity. The animals were observed for 15
days, and behavioral changes and mortality were recorded. The total number of dead animals
was recorded to calculate the lethal dose for 10% (LD10) and 50% (LD50) of animals.
2.7 Fecal egg count reduction test (FECRT)
A total of 30 mongrel sheep of both sexes were used, and they weighed 30 kg on
average and were aged between 6 and 18 months. The sheep lived in semi-intensive systems,
were fed with commercial feed and hay and received mineral salt and water ad libitum.
The choice of animals was performed according to the number of eggs in feces (epg)
over 500 using the McMaster technique (Ueno and Goncalves, 1998). The sheep were divided
into 3 groups (n = 10): G1: 250 mg/kg of nanoencapsulated EcEO; G2: 250 mg/kg of free
EcEO; and G3: 250 mg/kg of 1% chitosan and 3% Tween 80. Feces was collected directly
from the rectum of the animals before and after 10 and 17 days of treatment. Treatment
efficacy was determined by the reduction of epg. Fecal cultures were performed according to
the method of Roberts and O'Sullivan (1950) for the identification of larvae.
34
2.8 Statistical analysis
The results of in vitro tests are presented as percentages and were analyzed by an
analysis of variance (ANOVA) followed by comparison with the Tukey test using Graph Pad
Prism 5.0 software. The significance level was set at 5%.
For EHT, the efficacy of each treatment was calculated based on the percentage of
hatching using the following formula: (number of hatched larvae / number of hatched larvae
+ number of eggs) x 100. For the LDT, the efficacy of each treatment was calculated using
the formula: [(L3 control group - L3 treated group) / L3 control group] x 100. The effective
concentration to inhibit 50% (EC50) of hatching and larval development was calculated by
linear regression between the dose and efficacy using probit analysis with the SPSS 8.0
software.
The doses required to kill 50% (LD50) and 10% (DL10) of mice were calculated from
the acute toxicity by probit analysis with the SPSS 8.0 software.
The effectiveness of FECRT was calculated by the BootStreet program through
arithmetic average, using the formula 100 x (1 - [T2 / T1]), where T1 and T2 are the average
epg before and after treatment, respectively (Kochapakdee et al., 1995). To compare the
differences between epg, the data were transformed to log (x + 1) and subjected to an
ANOVA to compare the significant differences between groups by Tukey's test using the
Graph Pad Prism 5.0 software. The significance level was set to 5%.
3. Results
Chromatographic analysis revealed that the major EcEO components were citronellal
(67.48%), citronellol (6.95%) and menthol (6.10%).
To obtain a stable nanoemulsion (no phase separation), 36.36% (v/v) of the EcEO
content was used. Analysis of the resulting nanoemulsion particles demonstrated a mean size
of 232 nm with unimodal distribution and polydispersity. By infrared spectroscopy, chitosan
displayed bands appearing at 1643, 1457, 1375 and 1099 cm-1 (Figure 1). The characteristic
bands of citronellal can be observed at 2923 and 1742 cm-1 and are assigned to CH and C=O
aldehyde groups, respectively. Vibrational modes of (CH) methyls and methylenes of the
essential oil components were observed between 3000 and 2800 cm-1. The band of the
35
hydroxyl groups (OH) of chitosan and the essential oil components was observed between
3500 and 3340 cm-1.
Figure 1: Infrared spectra of the sample of Eucalyptus citriodora essential oil
nanoencapsulated with chitosan.
The inhibition of egg hatching was dose-dependent, and the results are shown in
Table 1. The dose of 4 mg/ml of free EcEO inhibited 97.16% of hatching eggs, while the
nanoencapsulated EcEO inhibited 92.84% at a dose of 2 mg/ml. The effective doses to inhibit
50% of hatching eggs (EC50) were 1.33 (0.49 to 8.70) and 0.412 (0.36 to 0.46) mg/ml for free
and nanoencapsulated EcEO, respectively.
4000 3000 2000 10000,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6A
bsor
banc
e
Wavenumber (cm-1)
3438 cm-1
2923 cm-1
36
Table 1. Effectiveness (± standard error) of free and nanoencapsulated Eucalyptus citriodora
essential oil on Haemonchus contortus eggs hatching.
Concentrations (mg/ml) Effectiveness (%)
Free EcEO Nanoencapsulated EcEO
4 97.16 ± 0.28Aª -
2 58.57 ± 3.21Cb 92.84 ± 1.54Aa
1 23.51 ± 1.87Dc 85.52 ± 2.32Bb
0.5 16.09 ± 1.39EFd 56.86 ± 2.66Cc
0.25 12.51 ± 0.99EFde 25.99 ± 1.36Dd
0.125 - 11.90 ± 0.91Ee
Control 7.46 ± 0.72EFe 9.11 ± 0.57Fe
*TBZ (0.025 mg/ml) 93.57 ± 1.13Aa 93.57 ± 1.13Aa
Capital letters compare the means between the lines. Lowercase letters compare the means between
the columns. Results show different letters differ significantly (P <0.05).
*TBZ: Tiabendazol
The effectiveness of the larval development test was also dose-dependent, and the
results are shown in Table 2. The most effective concentration was 8 mg/ml for both the free
and nanoencapsulated EcEO, which inhibited larval development in 99.76% and 98.07% of
cases, respectively. The EC50 for the development of larvae and 95% confidence intervals
were 1.68 (1.06 to 2.63) and 1.67 (1.05 to 2.58) mg/ml for free and nanoencapsulated EcEO,
respectively.
37
Table 2. Effectiveness (± standard error) of free and nanoencapsulated Eucalyptus citriodora
essential oil on Haemonchus contortus larval development.
Concentrations (mg/ml) Effectiveness (%)
Free EcEO Nanoencapsulated EcEO
8 99.76 ± 0.16Aa 98.07 ± 0.52Aa
4 83.81 ± 1.70Bb 75.81 ± 2.55Bb
2 47.53 ± 3.15Cc 49.40 ± 2.34Cc
1 25.12 ± 1.37Dd 39.14 ± 3.29Cc
0.5 14.48 ± 2.76Ee 10.07 ± 2.97De
Control 7.74 ± 2.59Ee 7.70 ± 1.67De
*IVM (0.008 mg/ml) 98.90 ± 0.25Aa 98.79 ± 0.26Aa
Capital letters compare the means between the lines. Lowercase letters compare the means
between the columns. Results show different letters differ significantly (P <0.05).
*IVM: Ivermectina
In the acute toxicity test, the LD10 and LD50 of free EcEO was 1998.97 (1365.5 to
2286.1) mg/kg and 2653.05 (2337.9 to 2967.49) mg/kg, respectively, and the LD10 and LD50
of nanoencapsulated EcEO was 1120.92 (551.7 to 1355.5) mg/kg and 1680.67 (1404.0 to
2269.4) mg/kg, respectively.
The reduction in egg counts (FECRT) of free and nanoencapsulated EcEO are
expressed as the mean epg on days 0, 10 and 17 post-treatment (Table 3). Nanoencapsulated
and free EcEO reduced fecal egg counts in 64.76% and 67.96% at 17 days post-treatment, but
these results did not significantly differ from the control.
The larvae recovered in fecal cultures of sheep before treatment were identified as
Haemonchus spp. (94%), Trichostrongylus spp. (5%) and Oesophagostumum spp. (1%), while
those recovered 10 days after treatment were Haemonchus spp. (90%), Trichostrongylus spp.
(7%) and Oesophagostumum spp. (3%).
38
Table 3. Mean (± standard error) in egg counts per gram of feces (epg) and efficacy of
nanoencapsulated and free Eucalyptus citriodora essential oil (EcEO).
Treatments Day 0 Day 10 Diay 17
Free EcEO
Mean epg 1920 ± 414.1Aa 915 ± 279.4Aab 615 ± 231.7Ab
Effectiveness (%) - 52.34 67.96
Nanoencapsulated EcEO
Mean epg 1930 ± 407.9Aa 1235 ± 282.2Aab 680 ± 174.5Ab
Effectiveness (%) - 36.01 64.76
Tween 80 (3%) + Chitosan
Mean epg 1890 ± 378.8Aa 2075 ± 444.2Aa 940 ± 205.9Aa
Capital letters compare the means among the lines. Lower case letters compare the means between
the columns. Results show different letters differ significantly (P <0.05).
4. Discussion
Anthelmintic resistance and the appreciation of organic animals have boosted the
development of herbal medicines with anthelmintic activity, as this treatment is required in
small ruminant husbandry. Among the studied products are essential oils, which are volatile
substances. The use of nanoemulsions is intended to prevent oil degradation for oral
administration, improving absorption in the animal body (Donsì et al., 2011). This can lead to
increased efficiency of the product with a consequent reduction in the frequency of treatment
(Cui et al., 2006). The process of nanoemulsion in this work was satisfactory because the
formulated particles ranged from 1-1000 nm (Irache et al., 2011). The percentage of
encapsulation obtained was similar to other studies that used hydrogel formulations, which
were obtained at a concentration of 36.5% (v/v) (Mesquita et al., 2013; Ribeiro et al., 2013).
The use of chitosan as a matrix to encapsulate essential oils or their compounds has
been successful in several studies using various encapsulation techniques (Keawchaoon and
Yoksan, 2011). Chitosan has a positive charge, which in turn draws lipids of a negative
charge (Azevedo et al., 2007). Consequently, the compounds bind strongly. This was the
39
reason for the choice of chitosan as a matrix to encapsulate EcEO. Furthermore, the
hydrophilic-lipophilic balance of this substance is high, which allows it to stabilize oil-water
emulsions (Schulz, 1998).
Infrared radiation causes atoms and groups of atoms in organic compounds to vibrate
with increased amplitude around the covalent bonds that connect them. The vibrational
spectrum usually appears as a series of bands. The positions of the bands in the spectrum can
be displayed as a wave number using reverse drive centimeters (400 - 400 cm-1) or
micrometers (2,5 - 16 µm) (Lopes and Fascio, 2004). The bands for chitosan and citronellal
are characteristic of these compounds (Paula et al., 2011). However, the band at 1565 cm-1,
which corresponds to the group II amide of chitosan, disappeared. This was most likely due to
a joining of the group II amide with the aldehyde citronellal groups (Abreu et al., 2012),
demonstrating encapsulation of EcEO by chitosan.
In vitro studies with the EcEO have demonstrated its lethal effect on Trypanosoma
protozoans (Habila et al., 2010). It was also effective against Lutzomyia longipalpis in
different life stages compared to other species of Eucalyptus spp. (Maciel et al., 2010) and
against engorged larvae of Amblyomma cajennense, Anocentor nitens (Clement et al., 2010)
and Boophilus microplus (Chagas et al., 2002).
EcEO was also effective against gastrointestinal nematodes, inhibiting H. contortus
egg hatching by 98.8% at a dose of 5.3 mg/ml (Macedo et al., 2011). The results from this
study differed, as we obtained a similar efficiency using only 4 mg/ml of free EcEO and 2
mg/ml of nanoencapsulated EcEO. Although chitosan is insoluble in water, organic solvents
and bases (Damian et al., 2005), the prior solubilization of chitosan in acetic acid in the
present study made it water-soluble, explaining the improved effectiveness of the
nanoencapsulated oil.
For the LDT, the results obtained with the free or nanoencapsulated oil were
statistically similar and did not differ from previous studies (Macedo et al., 2011). This is
likely due to the use of feces in the culture medium, which hindered the solubility of chitosan
and consequently, hindered the effect on the larvae.
Previous studies have shown that the LD10 and LD50, conducted through acute
toxicity tests of EcEO, were 2609 (689.7 to 3466.4) mg/kg and 4153.2 (2861.8 to 5849.2)
mg/kg, respectively (Macedo et al., 2011). These results do not corroborate the current study
because the lethal doses were lower for the free and nanoencapsulated EcEO. Furthermore,
the nanoencapsuled oil toxicity incresead, chitosan is not known toxic, so this process resulted
in increased oil toxicity.
40
The effectiveness of EcEO at 500 mg/kg over three consecutive days in sheep was
66.25% and 60.34% at 8 and 15 days post-treatment, respectively (Macedo et al., 2011). In
the present study, we observed increased efficacy of free and nanoencapsulated oil, as similar
results were obtained with only 250 mg/kg. The increase in the effectiveness of
nanoencapsulated EcEO 17 days post-treatment is due to the slow release provided by the
nanoemulsion. Nevertheless, the fecal egg counts did not differ statistically between the
control and the treatments. This may be because the test was performed at the beginning of
the dry season in the semi-arid region of northeastern Brazil. At this time, the epg and worm
burdens suffer drastic reductions because the free-living stages cannot survive on pasture
(Arosemena et al., 1999).
The nanoencapsulated EcEO did not generate the expected results, likely because the
chitosan matrix did not have the desired effect. However, the use of this oil for the control of
gastrointestinal nematodes in small ruminants should not be disregarded because it is possible
to develop other encapsulating matrices that are more efficient than chitosan. Thus, plant
products can be an alternative for the control of these parasites and may be used in
combination with synthetic products to enhance their effectiveness.
Acknowledgements
The authors would like to thank PRODOC/CAPES and CNPq for a scholarship. Dr. Bevilaqua
and Dr. Camurça-Vasconcelos have grants from CNPq and CAPES, respectively.
References
Abreu, F.O.M.S., Oliveira, E. F., Paula, H.C.B., De Paula, R.C.M., 2012. Chitosan/cashew gum
nanogels for essential oil encapsulation. Carbohydr. Polym. 89, 1277-1282.
Adams, R. P. Identification of Essential Oil Components by Gas Chromatography / Quadrupole
Mass Spectroscopy. 4 ed. Illinois: Allured, 2001. 456 p.
Arosemena, N.A.E., Bevilaqua, C.M.L., Melo, A.C.F.L., Girão, M.D., 1999. Seasonal variations
of gastrointestinal nematodes in sheep and goats from semi-arid areas in Brazil. Rev. Méd. Vét.
150, 873-876.
Azevedo, V.V.C., Chaves, S.A., Bezerra, D.C., Fook, M.V.L., Costa, A.C.F.M., 2007. Quitina e
Quitosana: aplicações como biomateriais. Rev. Eletrônica Mater. Processos. 2.3, 27-34.
41
Brito, D.R., Ootani, M.A., Ramos, A.C.C., Sertão, W.C., Aguiar, R.W.S., 2012. Efeito dos óleos
de citronela, eucalipto e composto citronelal sobre micoflora e desenvolvimento de plantas de
milho. J. Biotec. Biodivers. 3, 184-192.
Camurça-Vasconcelos, A.L.F., Bevilaqua, C.M.L., Morais, S.M., Maciel, M.V., Costa, C.T.C.,
Macedo, I.T.F., Oliveira, L.M.B., Braga, R.R., Silva, R.A., Vieira, L.S., 2007. Anthelmintic
activity of Croton zehntneri and Lippia sidoides essential oils. Vet. Parasitol. 148, 288–294.
Chagas, A.C.S., Passos, W.M., Prates, H.T., Leite, R.C., Furlong, J., Fortes, I.C.P., 2002.
Acaricide effect of Eucalyptus spp. essential oils and concentrated emulsion on Boophilus
microplus. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. 39, 247–253.
Cimanga, K., Kambu, K., Tona, L., Apers, S., De Bruyne, T., Hermans, N., Totté, J., Pieters, L.,
Vlietinck, A.J., 2002. Correlation between chemical composition and antibacterial activity of
essential oils of some aromatic medicinal plants growing in the Democratic Republic of Congo.
J. Ethnopharmacol. 79, 213-220.
Clemente, M.A., Monteiro, C.M.O., Scoralik, M.G., Gomes, F.T., Prata, M.C.A., Daemon, E.,
2010. Acaricidal activity of the essential oils from Eucalyptus citriodora and Cymbopogon
nardus on larvae of Amblyomma cajennense (Acari: Ixodidae) and Anocentor nitens (Acari:
Ixodidae). Parasitol. Res. 107, 987-992.
Coles, G.C., Jackson, F., Pomroy, W.E., Prichard, R.K., Von Samson-Himmelstjerna, G.,
Silvestre, A., Taylor, M.A., Vercruysse, J., 2006. The detection of anthelmintic resistance in
nematodes of veterinary importance. Vet. Parasitol. 136, 167–185.
Couvreur, P., Vauthier, C., 2006. Nanotechnology: Intelligent Design to Treat Complex Disease.
Pharm. Res. 23, 1417-1450.
Cui, J.Y.F., Han, X., Wang, Y.S., Yang, L., Yu, Y.W., Li, Q.P., 2006. Study of the preparation
of sustained-release microspheres containing zedoary turmeric oil by the emulsion–solvent-
diffusion method and evaluation of the self-emulsification and bioavailability of the oil. Colloids
Surf., B. 48, 35-41.
Damian, C., Beirão, L.H., Francisco, A., Espírito Santo, M.L.P., Teixeira, E., 2005. Quitosana:
Um amino polissacarídio com características funcionais. Alim. Nutr. 16, 195-205.
Donsì, F., Annunziata, M., Sessa, M., Ferrari, G., 2011. Nanoencapsulation of essential oils to
enhance their antimicrobial activity in foods. Food. Sci. Technol. 44, 1908-1914.
Gbenou, J.D., Ahounou, J.F., Akakpo, H.B., Laleye, A., Yayi, E., Gbaguidi, F., Baba-Moussa,
L., Darboux, R., Dansou, P., Moudachirou, M., Kotchoni, S.O., 2013. Phytochemical
composition of Cymbopogon citratus and Eucalyptus citriodora essential oils and their anti-
inflammatory and analgesic properties on Wistar rats. Mol. Biol. Rep. 40, 1127-1134.
42
Habila, N., Dakare, M.A., Agbaji, A.S., Ladan, Z., Atolagbe T.O., 2010. Evaluation of in vitro
activity of essential oils against Trypanosoma brucei brucei and Trypanosoma evansi. J.
Parasitol. Res. 534601, 1-5.
Hejazi, R., Amiji, M., 2003. Chitosan-based gastrointestinal delivery systems. J. Controlled
Release. 89, 151-165.
Hoste, H., Torres-Acosta, J.F.J., 2011. Non chemical control of helminths in ruminants:
Adapting solutions for changing worms in a changing world. Vet. Parasitol. 180, 144-154.
Hubert, J., Kerboeuf, D., 1992. A microlarval development assay for the detection of
anthelmintic resistance in sheep nematodes. Vet. Rec. 151, 442-446.
Irache, J.M., Esparza, I., Gamazo, C., Agüeros, M., Espuelas, S., 2011. Nanomedicine: Novel
approaches in human and veterinary therapeutics. Vet. Parasitol. 180, 47-71.
Jackson, F., Coop, R.L., 2000. The development of anthelmintic resistance in sheep nematodes.
Parasitology 120, 95-107.
Keawchaoon, L., Yoksan, R., 2011. Preparation, characterization and in vitro release study of
carvacrol-loaded chitosan nanoparticles. Colloids Surf., B. 84, 163-171.
Kochapakdee, S., Pandey, V.S., Pralomkarm, W., Choldumrongkul, S., Ngampongsai, W.,
Lawpetchara, A., 1995. Anthelmintic resistance in goat in southern Thailand. Vet. Rec. 137,
124–125.
Lopes, W.A., Fascio, M., 2004. Esquema para interpretação de espectros de substâncias
orgânicas na região do infravermelho. Quim. Nova. 27, 670-673.
Macedo, I.T.F., Bevilaqua, C.M.L., Oliveira, L.M.B., Camurça-Vasconcelos, A.L.F., Vieira,
L.S., Amóra, S.S.A., 2011. Evaluation of Eucalyptus citriodora essential oil on goat
gastrointestinal nematodes. Rev. Bras. Parasitol. Vet. 20, 223-227.
Maciel, M.V., Morais, S.M., Bevilaqua, C.M.L., Silva, R.A., Barros, R.S., Sousa, L.C., Brito,
E.S., Souza-Neto, M.A., 2010. Chemical composition of Eucalyptus spp. essential oils and their
insecticidal effects on Lutzomyia longipalpis.Vet. Parasitol. 167, 1-7.
Melo, A.C.F.L., Bevilaqua, C.M.L., Reis, I.F., 2009. Resistência aos anti-helmínticos
benzimidazóis em nematóides gastrintestinais de pequenos ruminantes do Semiárido nordestino
brasileiro. Ci. An. Bras. 10, 294-300.
Mesquita, M.A., Silva Júnior, J.B., Panassol, A.M., Oliveira, E.F., Camurça-Vasconcelos,
A.L.F., de Paula, H.C.B., Bevilaqua, C.M.L., 2013. Anthelmintic activity of Eucalyptus
staigeriana encapsulated oil on sheep gastrointestinal nematodes. Parasitol. Res. 112, 3161-
3165.
43
Molento, M.B., 2009. Parasite control in the age of drug resistance and changing agricultural
practices. Vet. Parasitol. 163, 229-234.
Paramera, E.I., Konteles, S.J., Karathanos, V.T., 2011. Stability and release properties of
curcumin encapsulated in Saccharomyces cerevisiae, β-cyclodextrin and modified starch. Food
Chem. 125, 913-922.
Paula, H.C.B., Sombra, F.M., Cavalcante, R.F., Abreu, F.O.M.S., Paula, R.C.M., 2011.
Preparation and characterization of chitosan/cashew gum beads loaded with Lippia sidoides
essential oil. Mater. Sci. Eng., C. 31, 173-178.
Ribeiro, W.L.C., Macedo, I.T.F., Santos, J.M.L., Oliveira, E.F., Camurça-Vasconcelos, A.L.F.,
de Paula, H.C.B., Bevilaqua, C.M.L., 2013. Activity of chitosan-encapsulated Eucalyptus
staigeriana essential oil on Haemonchus contortus. Exp. Parasitol. 135, 24-29.
Sahoo, S., Sasmal, A., Nanda, R., Phani, A.R., Nayak, P.L., 2010. Synthesis of chitosan–
polycaprolactone blend for control delivery of ofloxacin drug. Carbohydr. Polym. 79, 106-113.
Schulz, P.C., 1998. Emulsification properties of chitosan. Colloid Polym. Sci. 276, 1159-1165.
Senel, S., Kremer, M.J., Kas, S., Wertz, P.W., Hmncal, A.A., Squier, C.A., 2000. Enhancing
effect of chitosan on peptide drug delivery across buccal mucosa. Biomaterials. 21, 2067-2071.
Seyoum, A., Killeen, G.F., Kabiru, E.W., Knols, B.G.J., Hassanali, A., 2003. Field efficacy of
thermally expelled or live potted repellent plants against African malaria vectors in western
Kenya. Trop. Med. Int. Health 8, 1005–1011.
Silva, P.H.M., Brito, J.O., Silva Junior, F.G., 2006. Potential of eleven eucalyptus species for the
production of essential oils. Sci. Agric. 63, 85-89.
Singh, H.P., Kaur, S., Negi, K., Kumari, S., Saini, V., Batish, D.R., Kohli, R.K., 2012.
Assessment of in vitro antioxidant activity of essential oil of Eucalyptus citriodora (lemon-
scented Eucalypt; Myrtaceae) and its major constituents. Food Sci. Technol. 48, 237-241.
Sinha, V.R., Singla, A.K., Wadhawan, S., Kaushik, R., Kumria, R., Bansal, K., Dhawan, S.,
2004. Chitosan microspheres as a potential carrier for drugs. Int. J. Pharm. 274, 1-33.
Ueno, H., Gonçalves, P.C., 1998. Manual para diagnóstico das helmintoses de ruminantes, 4th
ed. Japan International Cooperation Agency, Tokyo, Japan143.
Vieira, L.S., 2008. Métodos alternativos de controle de namatoides gastrintestinais em caprinos e
ovinos. Rer. Tecnol. Ciên. Agropec. 2, 49-56.
Vitti, A.M.S., Brito, J.O., 2003. Óleo essencial de eucalipto (Documentos florestais). Escola
superior de agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo 17.
44
Vitti, A.M.S., Brito, J.O., 1999. Avaliação do rendimento e do teor de citronelal do óleo
essencial de procedências e raças locais de Eucalyptus citriodora. Scientia Forestalis. 56, 145-
154.
Zoubiri, S., Baaliouamer, A., 2011. Potentiality of plants as source of insecticide principles.
Journal of Saudi Chemical Society. In Press.
45
7 CONCLUSÕES
• O OEEc livre e nanoencapsulado obteve eficácia contra ovos e larvas de H. contortus;
• O processo de nanoencapsulamento proporcionou um aumento na toxicidade do OEEc;
• O OEEc livre e nanoencapsulado não obteve a eficácia esperada in vivo;
• O processo de nanoencapsulamento utilizando uma solução de quitosana 1%, não aumentou a
eficácia do OEEc sobre nematoides gastrintestinais de pequenos ruminantes.
46
8 PERSPECTIVA
O encapsulamento de fitoterápicos é um método que poderá contribuir com o aumento
na eficácia de produtos naturais. Porém, mais pesquisas nessa área precisam ser desenvolvidas
para que se obtenha um produto eficiente e de qualidade.
47
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ACAMOVIC, T.; BROOKER, J.D. Biochemistry of plant metabolites and their effects in animals. Proceedings of the Nutrition Society, v.64, n.3, p.403–412, 2005.
ALVES, H.M. A diversidade química das plantas como fonte de fitofármacos. Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, n.3, p.10- 15, 2001. AROSEMENA, N.A.E.; BEVILAQUA, C.M.L.; MELO, A.C.F.L.; GIRÃO, M.D. Seasonal variations of gastrointestinal nematodes in sheep and goats from semi-arid areas in Brazil. Revue Médicine Véterinaire, v.150, n.11, p.873-876, 1999. ATHANASIADOU, S.; KYRIAZAKIS, I. Plant secondary metabolites: antiparasitic effects and their role in ruminant production systems. Proceedings of the Nutrition Society, v.63, n.4, p.631-639, 2004.
AZEREDO, H.M.C. Encapsulação: aplicação à tecnologia de alimentos. Alimentos e Nutrição, v.16, n.1, p.89-97, 2005.
AZEVEDO, V.V.C.; CHAVES, S.A.; BEZERRA, D.C.; FOOK, M.V.L.; COSTA, A.C.F.M. Quitina e quitosana: aplicações como biomateriais. Revista eletrônica de materiais e processo, v.2, n.3, p.27-34, 2007. BAKKALI, F.; AVERBECK, S.; AVERBECK D.; IDAOMAR, M. Biological effects of essential oils – A review. Food and Chemical Toxicology, v.46, n.2, p.446-475, 2008. BARBOSA, P.; LIMA, A.S.; VIEIRA, P.; DIAS, L.S.; FIGUEIREDO, A.C.; TINOCO, M.T.; MOTA, M.; BARROSO, J.G.; PEDRO, L.G. Nematicidal activity of essential oils and volatiles derived from Portuguese aromatic flora against the pinewood nematode, Bursaphelenchus xylophilus. Journal of Nematology, v.42, n.1, p.8-16, 2010. BARBOZA, R.R.D; SOUTO, W.M.S.; MOURÃO, J.S. The use of zootherapeutics in folk veterinary medicine in the district of Cubati, Paraíba State, Brazil. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, v.3, n.32, p.1-14, 2007. BATISH, D.R.; SINGH, H.P.; KOHLI, R.K.; KAUR, S. Eucalyptus essential oil as a natural pesticide. Forest Ecology and Management, v.256, n.12, p.2166-2174, 2008. BATTISTI, M.V.; CAMPANA-FILHO, S.P. Obtenção e caracterização de α-quitina e quitosanas de cascas de Macrobrachium rosembergii. Quimíca Nova, v.31, n.8, p.2014-2019, 2008.
48
BENCHAAR, C.; CALSAMIGLIA, S.; CHAVES, A.V.; FRASER, G.R.; COLOMBATTO, D.; MCALLISTER, T.A.; BEAUCHEMIN, K.A. A review of plant-derived oils in ruminant nutrition and production. Animal Feed Science and Technology, v.145, n.1-4, p.209-228, 2008. BONALDO, S.M.; SCHWAN-ESTRADA, K.R.F.; STANGARLIN, J.R.; CRUZ, M.E.S.; FIORI-TUTIDA, A.C.G. Contribuição ao estudo das atividades antifúngica e elicitora de fitoalexinas em sorgo e soja por eucalipto (Eucalyptus citriodora). Summa Phytopathologica, v.33, n.4, p.383-387, 2007. BRANNON-PEPPAS, L. Recent advances on the use of biodegradable microparticles and nanoparticles in controlled drug delivery. International Journal of Pharmaceutics, v.116, n.1, p.1-9, 1995. BRITO, A.M.G. Avaliação da atividade antileishmanial dos óleos essenciais das plantas Cymbopogon citratus (DC.) Stapf., Eucalyptus citriodora Hook., Mentha arvensis L., e Mentha
piperita L. 2007. 75P. Dissertação (Mestrado em Saúde e Ambiente, Área de Concentração em Saúde e Ambiente) – Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente, Universidade Tiradentes, Aracaju, 2007.
CAMURÇA-VASCONCELOS, A.L.F.; BEVILAQUA, C.M.L.; MORAIS, S.M.; MACIEL, M.V.; COSTA, C.T.C.; MACEDO, I.T.F.; OLIVEIRA, L.M.B.; BRAGA, R.R.; SILVA, R.A.; VIEIRA, L.S. Anthelmintic activity of Croton zehntneri and Lippia sidoides essential oils. Veterinary Parasitology, v.148, n.3-4, p.288-94, 2007. CARVALHO, C.O. Eficácia de extratos vegetais em nematódeos parasitas: avaliação in vitro em Haemonchus contortus e avaliação in vivo em Strongyloides venezuelensis. 2011. 59p. Dissertação (Mestrado em Biologia Geral e Aplicada, Área de concentração Biologia de Parasitas e Microorganismos) - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2011. CHAGAS, A.C.S.; PASSOS, W.M.; PRATES, H.T.; LEITE, R.C.; FURLONG, J.; FORTES, I.C.P. Efeito acaricida de óleos essenciais e concentrados emulsionáveis de Eucalyptus spp. em Boophilus microplus. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v.39, n.5, p.247-253, 2002. CHAGAS, A.C.S. Controle de parasitas utilizando extratos vegetais. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v.13, p.156-160, 2004a.
49
CHAGAS, A.C.S. Ação ovicida de produtos a base de eucalipto sobre helmintos de caprinos. In: XIII Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária e I Simpósio Latino Americano de Riquetsioses, 2004b, Ouro Preto. Anais... Ouro Preto: CBPV, 2004b. p.168.
CIMANGA, K.; KAMBU, K.; TONA, L.; APERS, S.; DE BRUYNE, T.; HERMANS, N.; TOTTÉ, J.; PIETERS, L.; VLIETINCK, A.J. Correlation between chemical composition and antibacterial activity of essential oils of some aromatic medicinal plants growing in the Democratic Republic of Congo. Journal of Ethnopharmacology, v.79, n.2, p.213-220, 2002. CLEMENTE, M.A.; MONTEIRO, C.M.O.; SCORALIK, M.G.; GOMES, F.T.; PRATA, M.C.A.; DAEMON, E. Acaricidal activity of the essential oils from Eucalyptus citriodora and Cymbopogon nardus on larvae of Amblyomma cajennense (Acari: Ixodidae) and Anocentor nitens (Acari: Ixodidae). Parasitology Research, v.107, n.4, p.987-992, 2010.
DENKBAS, E.B.; KILIC, E.; BIRLIKSEVEN, C.; OZTURK, E. Magnetic chitosan microspheres: preparation and characterization. Reactive & Functional Polymers, v.50, n.3, p.225–232, 2002. DONSÌ, F.; ANNUNZIATA, M; SESSA, M; FERRARI, G. Nanoencapsulation of essential oils to enhance their antimicrobial activity in foods. Food Science and Technology, v.44, n.9, p.1908-1914, 2011. ESTANISLAU, A.A.; BARROS, F.A.S.; PEÑA, A.P.; SANTOS, S.C.; FERRI, P.H.; PAULA, J.R. Composição química e atividade antibacteriana dos óleos essenciais de cinco espécies de Eucalyptus cultivadas em Goiás. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.11, n.2, p.95-100, 2001. FOX, M.T. Pathophysiology of infection with Ostertagia ostertagi in cattle. Veterinay Parasitology, v.46, n.1-4, p.143-158, 1993. GASSEROD, O.; SMIDSROD, O.; SKJASK-BRÑK, G. Microcapsules of alginate-chitosan - I A quantitative study of the interaction between alginate and chitosan. Biomaterials, v.19. n.20, p.1815-1825, 1998. GBENOU, J.D.; AHOUNOU, J.F.; AKAKPO, H.B.; LALEYE, A.; YAYI, E.; GBAGUIDI, F.; BABA-MOUSSA, L.; DARBOUX, R.; DANSOU, P.; MOUDACHIROU, M.; KOTCHONI, S.O. Phytochemical composition of Cymbopogon citratus and Eucalyptus citriodora essential oils and their anti-inflammatory and analgesic properties on Wistar rats. Molecular Biology
Reports, v.40, n.2, p.1127-1134, 2013.
50
GREATHEAD, H. Plants and plant extracts for improving animal productivity. Proceedings of the Nutrition Society, v.62, n.2, p.279–290, 2003. HEIMERDINGER, A. Extrato alcoólico de capim-cidreira (Cymbopogon citratus) no controle de Boophilus microplus em bovinos. 2005. 78p. Dissertação (Mestrado em Produção Animal / Bovinocultura de Leite) – Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2005. HEJAZI, R.; AMIJI, M. Chitosan-based gastrointestinal delivery systems. Journal of Controlled Release, v.89, n.2, p.151-165, 2003.
KATIKI, L.M.; CHAGAS, A.C.S.; TAKAHIRA, R.K.; JULIANI, H.R.; FERREIRA, J.F.S.; AMARANTE, A.F.T. Evaluation of Cymbopogon schoenanthus essential oil in lambs experimentally infected with Haemonchus contortus. Veterinary Parasitology, v.186, n.3–4, p.312-318, 2011. KENYON, F.; GREER, A.W.; COLES, G.C.; CRINGOLI, G.; PAPADOPOULOS, E.; CABARET, J.; VARADY, M.; VAN WYK, A.; THOMAS, E.; VERCRUYSSE, J.; JACKSON, F.; BERRAG, B. The role of targeted selective treatments in the development of refugia-based approaches to the control of gastrointestinal nematodes of small ruminants. Veterinary Parasitology, v.164, n.1, p.3-11, 2009. MACEDO, I. T.F.; BEVILAQUA, C.M.L.; OLIVEIRA, L.M.B.; CAMURÇA-VASCONCELOS, A.L.F.; VIEIRA, L.S.; OLIVEIRA, F.R.; QUEIROZ-JUNIOR, E.M.; TOMÉ, A.R.; NASCIMENTO, N.R.F. Anthelmintic effect of Eucalyptus staigeriana essential oil against goat gastrointestinal nematodes. Veterinary Parasitology, v.173, n.1-2, p.93-8, 2010. MACEDO, I.T.F.; BEVILAQUA, C.M.L.; OLIVEIRA, L.M.B.; CAMURÇA-VASCONCELOS, A.L.F.; VIEIRA, L.S.; AMÓRA, S.S.A. Evaluation of Eucalyptus citriodora essential oil on goat gastrointestinal nematodes. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v.20, n.3, p.223-227, 2011.
MACIEL, M.V.; MORAIS, S.M.; BEVILAQUA, C.M.L.; SILVA, R.A.; BARROS, R.S.; SOUSA, L.C.; BRITO, E.S.; SOUZA-NETO, M.A.; SOUSA, R.N. Chemical composition of Eucalyptus spp. essential oils and their insecticidal effects on Lutzomyia longipalpis. Veterinary Parasitology, v.167, n.1, p.1-7, 2010. McGAW, L.J.; MERWE, D.V.D; ELOFF, J.N. In vitro anthelmintic, antibacterial and cytotoxic effects of extracts form plants used in South African ethnoveterinary medicine. The Veterinary Journal, v. 173, n.7, p.366-372, 2007.
51
MESQUITA, M.A.; SILVA JÚNIOR, J.B.; PANASSOL, A.M.; OLIVEIRA, E.F.; CAMURÇA-VASCONCELOS, A.L.F.; PAULA, H.C.B.; BEVILAQUA, C.M.L. Anthelmintic activity of Eucalyptus staigeriana encapsulated oil on sheep gastrointestinal nematodes. Parasitology Research, v.112, n.9, p.3161-3165, 2013. MOLENTO, M.B.; PRICHARD, R.K. Nematode control and the possible development of anthelmintic resistance. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v.8, n.1, p.75-86, 1999. MORAES, J.M.; DAVID, H.S.; DELICATO, T.; AZZINI, R.G.; ALVES, P.R. Physicochemical Characterization of canola oil/water nano-emulsion obtained by determination of HLB number and emulsion phase inversion methods. Journal of Dispersion Science and Thecnology. v.27, n.1, p.109-115, 2006. MOTTIER, L.; LANUSSE, C. Bases moleculares de la resistência fármacos antihelmínticos. Revue de Médecine Vétérinaire, v.82, n.2, p.74-85, 2001. NERIO, L.S.; OLIVERO-VERBEL, J.; STASHENKO, E. Repellent activity of essential oils: A review. Bioresource Technology, v.101, n.1, 372-378, 2010. NERY, P.S.; DUARTE, E.R.; MARTINS, E.R. Eficácia de plantas para o controle de nematoides gastrintestinais de pequenos ruminantes: revisão de estudos publicados. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.11, n.3, p.330-338, 2009. OMENA, M.C; NAVARRO, D.M.A.F.; PAULA, J.E.; LUNA, J.S.; LIMA, M.R.F.; SANT’ANA, A.E.G. Larvicidal activities against Aedes aegypti of some Brazilian medicinal plants. Bioresource Technology, v.98, n.13, p.2549-2556, 2007. PANDEY, R.; KALRA, A.; TANDON, S.; MEHROTRA, N.; SINGH, H.N.; KUMAR, S. Essential oils as potent sources of nematicidal compounds. Journal of Phytopathology, v.148, n.7-8, p.501-502, 2000. PARAMERA, E.I.; KONTELES, S.J.; KARATHANOS, V.T. Stability and release properties of curcumin encapsulated in Saccharomyces cerevisiae, β-cyclodextrin and modified starch. Food Chemistry, v.125, n.3, p.913-922, 2011. PORTER, C.J.H.; WASAN, K.M. Lipid-based systems for the enhanced delivery of poorly water soluble drugs. Advanced Drug Delivery Reviews, v.60, n.6, p.615-616, 2008. RAMEZANI, H.; SINGH, H.P.; BATISH, D.R.; KOHLI, R.K. Antifungal activity of the volatile oil of Eucalyptus citriodora. Fitoterapia, v.73, n.2, p.261-262, 2002.
52
RIBEIRO, W.L.C.; MACEDO, I.T.F.; SANTOS, J.M.L.; OLIVEIRA, E.F.; CAMURÇA-VASCONCELOS, A.L.F.; PAULA, H.C.B.; BEVILAQUA, C.M.L. Activity of chitosan-encapsulated Eucalyptus staigeriana essential oil on Haemonchus contortus. Experimental Parasitology, v.135, n.1, p.24-29, 2013. SANTA ROSA, J. Enfermidades em caprinos: diagnóstico, patogenia, terapêutica e controle. Brasília: Embrapa-SPI; Sobral:Embrapa-CNPC, 1996. 220p. SANTOS A.B.; FERREIRA V.P.; GROSSO C.R.F. Microcápsulas: Uma alternativa viável. Microencapsulação de produtos sensíveis à oxidação óleo-resina de páprica. Biotecnologia, Ciência e Desenvolvimento, v.3, n.16, p.26-30, 2000. SILVA, W.W.; BEVILAQUA, C.M.L.; RODRIGUES, M.L.A. Variação sazonal de nematoides gastrintestinais em caprinos traçadores no Semi-árido Paraibano-Brasil. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v.12, n.2, p.71-75, 2003. SINHA, V.R.; SINGLA, A.K.; WADHAWAN, S.; KAUSHIK, R.; KUMRIA, R.; BANSAL, K. Chitosan microspheres as a potential carrier for drugs. International Journal of Pharmaceutics, v.274, n.1-2, p.1–33, 2004. SINGH, H.P.; KAUR, S.; NEGI, K.; KUMARI, S.; SAINI, V.; KOHLI, R. K.; BATISH, D. R. Assessment of in vitro antioxidant activity of essential oil of Eucalyptus citriodora (lemon-scented Eucalypt; Myrtaceae) and its major constituents. Food Science and Technology, v.48, n.2, p.237-241, 2012. SOUSA, A.R.M. Atividade in vitro do extrato etanólico da semente de jerimum (Cucurbita pepo l.) e do suco de alho (Allium sativum l.) em nematoides gastrintestinais de caprinos. 2008. 80p. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária de Pequenos Ruminantes e Equídeos) – Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande, Patos, 2008. UNDERWOOD, C.; EPS, A.W.V. Nanomedicine and veterinary science: The reality and the practicality. The Veterinary Journal, v.193, n.1, p.12-23, 2012. VIEIRA L.S. Epidemiologia e controle de nematódeos gastrintestinal dos caprinos. Anais Congresso Pernambucano de Medicina Veterinária. Sociedade Pernambucana de Medicina
Veterinária, Recife, 1999, p.123-128. VIEIRA, L.S. Métodos alternativos de controle de nematoides gastrintestinais em caprinos e ovinos. Revista Ciência & Tecnologia Agropecuária, v.2, n.2, p.28-31, 2008.
53
VIEIRA, L.S.; BENVENUTI, C.L.; NEVES, M.R.M. Resistência parasitária e método FAMACHA como alternativa de controle de Haemonchus contotus em pequenos ruminantes no Nordeste brasileiro. Embrapa Caprinos e Ovinos. Sobral, 2010, 25p.
VITTI, A.M.S.; BRITO, J.O. Avaliação do rendimento e do teor de citronelal do óleo essencial de procedências e raças locais de Eucalyptus citriodora. Scientia Forestalis, v.56, p.145-154, 1999. VITTI, A.M.S.; BRITO, J.O. Óleo essencial de eucalipto (Documentos florestais). Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo, v.17, p.1-26, 2003.
Recommended