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Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. ACES Baixo Mondego
Regulamento Interno
Unidade de Saúde Familiar
Fernando Namora
Versão 2.3
Aprovado em reunião de Conselho Geral – 06-12-2019
2
Lista de siglas e abreviaturas
ACES – Agrupamento de Centros de Saúde
ARS – Administração Regional de Saúde
AT – Assistente Técnica
CG – Conselho Geral
CHUC – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
CS – Centro de Saúde
CT – Conselho Técnico
CTFPTI – Contrato de Trabalho em Funções Públicas por Tempo Indeterminado
DGS – Direção Geral de Saúde
ERA – Equipa Regional de Apoio
HG – Hospital Geral
HTA – Hipertensão Arterial
HUC – Hospitais da Universidade de Coimbra
MCDT – Meios complementares de diagnóstico e terapêutica
MCSP – Missão para os Cuidados de Saúde Primários
MF – Médico de Família
MGF – Medicina Geral e Familiar
PA – Plano de Ação
PAI – Plano de Acompanhamento Interno
RA – Relatório de Atividades
RI – Regulamento Interno
SIJ – Saúde Infantil e Juvenil
UCC – Unidade de Cuidados na Comunidade
UCF – Unidade Coordenadora Funcional
UP – Unidades Ponderadas
URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados
USCP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados
USF – Unidade de Saúde Familiar
USFFN – Unidade de Saúde Familiar Fernando Namora
USP – Unidade de Saúde Pública
3
Índice
Alterações ao documento ...................................................................................................................... 8
Introdução .............................................................................................................................................. 9
Capítulo 1 - USF, Equipa, Área Geográfica e Utentes ....................................................................... 10
1.1. Designação da USF ............................................................................................................... 10
1.2. Contactos.............................................................................................................................. 10
1.3. Identificação dos Profissionais da Equipa ............................................................................. 10
1.4. Área de atuação da USF ........................................................................................................ 10
Capítulo 2 - Missão, Valores e Visão ................................................................................................ 12
Capítulo 3 - Órgãos da USF............................................................................................................... 14
3.1. Conselho Geral ..................................................................................................................... 14
3.2. Conselho Técnico .................................................................................................................. 15
3.3. Coordenador ........................................................................................................................ 16
3.4. Divisão de Tarefas................................................................................................................. 17
Capítulo 4 - Organização Interna e Modelo Funcional ..................................................................... 18
4.1. Descrição dos Processos-Chave na Área de Prestação de Cuidados ..................................... 18
4.1.1. Consulta Aberta ............................................................................................................ 18
4.1.2. Consulta Programada ................................................................................................... 20
4.1.3. Visita domiciliária ......................................................................................................... 20
4.2. Programas de Saúde e Competências dos Profissionais ....................................................... 21
4.3. Sistema de Intersubstituição ................................................................................................ 29
4.3.1. Definição de serviços mínimos ..................................................................................... 30
4.3.2. Consulta Urgente/Emergente ....................................................................................... 31
4.3.3. Ausências programadas ................................................................................................ 32
4.3.4. Ausências não programadas (com duração inferior a duas semanas) .......................... 32
4.3.5. Ausências não programadas (com duração superior a duas semanas) ......................... 33
4.4. Definição do Modelo da Equipa Multidisciplinar .................................................................. 33
4.5. Gestão por Objetivos ............................................................................................................ 33
4.6. Regras de Articulação e Comunicação Interna ..................................................................... 34
4.6.1. Planeamento de férias .................................................................................................. 34
4.6.2. Estratégias e métodos de comunicação interna ........................................................... 34
4.6.3. Reuniões da USFFN ....................................................................................................... 35
4.6.4. Suporte do registo de ocorrências ................................................................................ 35
4
4.7. Gestão da Informação (Interna e Externa) ........................................................................... 36
Capítulo 5 - Intervenções / Áreas de atuação dos diferentes grupos profissionais.......................... 37
Capítulo 6 - Compromisso Assistencial ............................................................................................ 38
6.1. Horário de Funcionamento................................................................................................... 38
6.2. Cobertura Assistencial .......................................................................................................... 39
6.3. Carteira de Serviços .............................................................................................................. 39
6.4. Não compete a esta USF ....................................................................................................... 39
6.5. Exceções para atendimento de Utentes Esporádicos ........................................................... 40
6.6. Situações particulares........................................................................................................... 41
6.6.1. Certificação de óbitos ................................................................................................... 41
Capítulo 7 - Sistema de Marcação de Consultas .............................................................................. 42
7.1. Presencial e Não Presencial .................................................................................................. 42
7.1.1. Situações particulares ................................................................................................... 42
7.2. No Próprio Dia e Programada para Dia e Hora ..................................................................... 43
7.3. Em Todo o Período de Funcionamento ................................................................................ 44
7.4. Possibilidade de Marcação em 5 Dias Úteis.......................................................................... 44
7.5. Tempo de Espera Após a Hora Marcada ............................................................................... 44
7.6. Regras de Agendamento de Visitas Domiciliárias ................................................................. 45
Capítulo 8 - Sistema de Renovação das Prescrições......................................................................... 46
Capítulo 9 - Acolhimento, Orientação e Comunicação com os Utentes ........................................... 47
9.1. Prioridade de Atendimento no Secretariado Clínico ............................................................ 47
9.2. Formas e Meios de Comunicação com os Utentes ............................................................... 47
9.2.1. Secretariado Clínico ...................................................................................................... 48
9.2.2. Quadro Informativo ...................................................................................................... 48
9.2.3. Guia de Acolhimento .................................................................................................... 48
9.2.4. Atendimento Telefónico ............................................................................................... 49
9.2.5. Panfletos, folhetos e cartazes de Educação para a Saúde ............................................ 49
9.2.6. Convocatórias para atos em saúde ............................................................................... 50
9.2.7. Registo e Tratamento de Sugestões, Elogios e Reclamações ........................................ 50
9.3. Mudança de médico de família dentro da USF ..................................................................... 51
9.4. Prestação de Contas ............................................................................................................. 51
Capítulo 10 - Formação Contínua e Desenvolvimento da Qualidade ............................................. 52
10.1. Avaliação das necessidades formativas ............................................................................ 52
10.2. Formação Interna ............................................................................................................. 53
5
10.2.1. Plano anual integrado ................................................................................................... 53
10.2.2. Certificação da formação interna ................................................................................. 53
10.3. Formação Externa ............................................................................................................. 54
10.3.1. Política de participação dos profissionais ..................................................................... 54
10.3.2. Mecanismos de partilha dos conhecimentos obtidos ................................................... 55
10.4. Avaliação do Desempenho da USF ................................................................................... 55
10.4.1. Reuniões periódicas da equipa ..................................................................................... 55
10.4.2. Análise periódica dos resultados obtidos ..................................................................... 56
10.5. Avaliação do Desempenho dos Profissionais .................................................................... 56
10.6. Monitorização da Qualidade ............................................................................................ 56
10.6.1. Uso Regular de Normas de Orientação Clínica ............................................................. 57
10.6.2. Auditorias clínicas e organizacionais ............................................................................. 57
10.6.3. Plano de Acompanhamento Interno ............................................................................. 57
10.6.4. Avaliação da satisfação dos utentes ............................................................................. 58
10.6.5. Avaliação da satisfação dos profissionais ..................................................................... 58
10.7. Investigação em CSP ......................................................................................................... 58
10.8. Compromisso com a Formação Pré e Pós Graduada ........................................................ 59
10.8.1. Participação dos utentes em atividades de ensino ....................................................... 59
10.8.2. Compromisso de confidencialidade .............................................................................. 59
Capítulo 11 - Inibições Decorrentes da Necessidade de Cumprimento do Compromisso
Assistencial da USFFN ........................................................................................................................... 60
Capítulo 12 - Pedido de acumulação de funções ............................... Erro! Marcador não definido.
Capítulo 13 - Organização do Trabalho dos Profissionais................... Erro! Marcador não definido.
13.1 Duração e organização do trabalho dos profissionais .................................................. 62
13.2 Controlo e registo da assiduidade dos profissionais ..................................................... 62
13.3 Definição e aplicação de incrementos de horário ......................................................... 63
Capítulo 14 - Dúvidas e Omissões .................................................................................................. 64
Anexos
Anexo 1 – Contactos da USFFN
Anexo 2 – Profissionais da USFFN
Anexo 3 – Área Geográfica de Influência da USFFN
Anexo 4 – Divisão de Tarefas da USFFN
Anexo 5 – Fluxogramas da USFFN
6
Anexo 6 – Divisão em Equipas de Saúde na USFFN
Anexo 7 – Declaração de aceitação do compromisso assistencial
Anexo 8 – Alternativas assistenciais da USFFN
Anexo 9 – Forma de apresentar reclamações ou sugestões
Anexo 10 – Carta de Qualidade
Anexo 11 – Conselho Técnico da USFFN
7
Índice de tabelas
Tabela 1 – Programa de Saúde do Adulo e do Idoso ............................................................................ 22
Tabela 2 – Programa de Saúde Infantil e Juvenil .................................................................................. 23
Tabela 3 – Programa de Saúde Materna .............................................................................................. 23
Tabela 4 – Programa de Planeamento Familiar .................................................................................... 24
Tabela 5 – Programa de Prevenção Oncológica na Mulher .................................................................. 25
Tabela 6 – Programa de Vigilância da Diabetes .................................................................................... 25
Tabela 7 – Programa de Vigilância de Factores de Risco da Doença Cardiovascular ............................ 26
Tabela 8 – Programa de Cuidados no Domicílio ................................................................................... 27
Tabela 9 – Consulta de Enfermagem .................................................................................................... 27
Tabela 10 – Programa de Cuidados na Doença Aguda – Consulta Aberta ............................................ 28
Tabela 11 – Programa de Cuidados na Doença Aguda – Consulta de Intersubstituição ....................... 29
Índice de Figuras
Figura 1 – Logótipo da USF Fernando Namora ..................................................................................... 13
Figura 2 – Organograma Funcional da USFFN ...................................................................................... 14
8
ALTERAÇÕES AO DOCUMENTO
O desenvolvimento organizativo da USF Fernando Namora, possibilitou a passagem a
Modelo B a 16 de Dezembro de 2016. Atualmente, a USF encontra-se a preparar o processo
de Acreditação, sendo que este exigente processo, associado à constante evolução e aper-
feiçoamento dos processos de funcionamento organizativo tornaram necessária uma revisão
deste documento.
As alterações constantes desta versão referem-se aos seguintes pontos:
13 – ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOS PROFISSIONAIS – adicionado este capítulo e
respetivos sub-capítulos, pela necessidade de determinar de forma clara e objetiva as regras
para este tipo de procedimento;
9
INTRODUÇÃO
Os desígnios de transformação dos sistemas de saúde têm sido amplamente discuti-
dos, particularmente os pilares do Sistema Nacional de Saúde: equidade, justiça social, aces-
sibilidade e liberdade de escolha. As opções governativas têm vindo, particularmente, a en-
fatizar a vertente da “contenção de custos”, implicando, na globalidade, um acréscimo de
cuidados na comunidade. Assim, as unidades de saúde de cuidados de saúde primários, ou-
trora tipicamente vocacionados para a promoção da saúde e prevenção da doença, depa-
ram-se com o desafio da gestão da doença. Não podemos esquecer que na nossa prática
diária, vivemos rodeados de uma multiplicidade de estímulos e solicitações que nos obrigam
a gerir esforços e recursos, físicos e relacionais, num contexto em constante mutação. De dia
para dia, de hora para hora, e quantas vezes inesperadamente, é necessário reorganizar ra-
pidamente as prioridades, numa lógica de boas práticas, eficiência e eficácia.
Os primeiros anos constituíram para esta equipa uma etapa de aprendizagem, aper-
feiçoamento no pensamento estratégico e no trabalho em equipa, assim como amadureci-
mento organizacional. Temos orgulho do que hoje somos e do que representamos na nossa
comunidade. Acreditamos que as conquistas são e serão fruto do nosso trabalho e empe-
nho, não receamos o futuro, temos consciência das nossas fraquezas, mas acima de tudo,
acreditamos na união exponencial das nossas forças, trabalho e dedicação e ansiamos um
reconhecimento institucional mais elevado que reflita o suor do nosso empenho.
A presente versão do Regulamento Interno da USFFN é um reflexo desse amadureci-
mento. Pretende colmatar as lacunas evidenciadas pela prática clínica, relativamente ao do-
cumento anterior. Tem como objetivo explicitar a organização e funcionamento da USFFN e
pretende-se que represente um compromisso entre todos os elementos da equipa multidis-
ciplinar face à atividade assistencial. Está dividido em capítulos, cada um desenvolvido de
forma sistematizada e global, espelhando a complementaridade dos diferentes instrumentos
de gestão e organização da USFFN. A metodologia para construção deste regulamento inter-
no baseia-se no procedimento “RI – circuito de análise”, grelha DiOr 2019 e Decreto-Lei n.º
297/2007 de 22 de Agosto.
Em anexo, estão disponibilizados vários documentos de atualização periódica.
10
Capítulo 1 - USF, EQUIPA, ÁREA GEOGRÁFICA E UTENTES
1.1. DESIGNAÇÃO DA USF
USF Fernando Namora.
1.2. CONTACTOS
Os contactos da USF são apresentados no Anexo I – Contactos da USFFN.
1.3. IDENTIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EQUIPA
A identificação dos profissionais da equipa é apresentada no Anexo II – Profissionais
da USFFN.
1.4. ÁREA DE ATUAÇÃO DA USF
A área de atuação da USFFN é o concelho de Condeixa-a-Nova. Este concelho, que
compreende uma área geográfica de cerca de 138.7 Km², situa-se na região Centro Litoral de
Portugal Continental e pertence à Unidade Territorial para Fins Estatísticos III (NUTS III) –
Região do Baixo Mondego. Faz parte do distrito de Coimbra e dista cerca de 13 Km desta
cidade. Confronta com os concelhos de Montemor-o-Velho a Noroeste, de Coimbra a Norte,
de Miranda do Corvo a Nordeste, de Penela a Sudeste e de Soure a Sudoeste. Compreende
sete freguesias – Anobra, Condeixa-a-Nova, Ega, Furadouro, Sebal, Vila Seca e Zambujal – as
quais incluem um total de oitenta e oito lugares. Condeixa-a-Nova é vila e sede do concelho,
11
estando classificada como uma zona urbana. As restantes freguesias estão classificadas co-
mo zonas rurais. O CS de Condeixa-a-Nova faz parte do ACES Baixo Mondego, da ARSC.
A descrição detalhada da comunidade servida pela USF Fernando Namora está dis-
ponível no documento “Área Geográfica de Influência da USFFN”, disponível no Anexo III.
A prestação de cuidados domiciliários aos utentes inscritos na USFFN residentes fora
da área delimitada deverá ser alvo de avaliação individual. Em caso de localidades limítrofes
do concelho de Condeixa-a-Nova, que distem menos de 10 km em estrada da fronteira do
concelho, a visita domiciliária poderá ser realizada pela equipa da USFFN, nomeadamente.
Para distâncias maiores a visita deverá ser realizada em articulação com a unidade da área
de residência, de acordo com as leis vigentes.
12
Capítulo 2 - MISSÃO, VALORES E VISÃO
A USFFN é um projecto renovado diariamente pelos constantes desafios próprios de
um cenário de prestação de cuidados e cujo desenvolvimento e impulsionamento só é possí-
vel porque existe uma equipa que está disponível para colocar no terreno os ideais, valores e
conceitos descritos no documento que cria as Unidades de Saúde Familiares e que integram
o processo de reforma dos Cuidados de Saúde Primários, iniciado em 2005. Esta equipa mul-
tiprofissional tem como objectivo potenciar as aptidões e competências de cada grupo e
contribuir para o estabelecimento de uma relação interpessoal e profissional estável, no
decurso da sua actividade de prestação de cuidados de saúde individuais e familiares,
transmitindo segurança e transparência aos seus utentes. Enquanto membro do ACES Baixo
Mondego, a USFFN participará nas suas iniciativas, respondendo com a maior disponibilida-
de às solicitações do ACES e estará atento aos seus deveres, contratualizando, sempre que
convocado, as metas justas e adequadas ao seu desempenho.
No Plano da Acção é desenhado o compromisso assistencial da carteira básica de ser-
viços, que pressupõe também melhoria da acessibilidade. A equipa tem a noção de que em
medicina familiar não se trabalha de forma isolada ou desgarrada, devendo articular-se com
os cuidados hospitalares, bem como com as entidades que no terreno estão vocacionadas
para os cuidados continuados, havendo também a necessidade de se agilizar uma boa articu-
lação com a sociedade e autarquia.
A equipa de saúde está disponível para trabalhar em intersubstituição, colmatando as
ausências programadas ou imprevistas de colegas, de acordo com o compromisso assumido
adiante. A prevenção da doença e promoção da saúde são conseguidas com a correta pro-
gramação do atendimento nos programas de saúde e na vigilância, bem como a programa-
ção dos horários de cada profissional, de modo a que tenham diariamente espaço dedicado
à doença aguda.
O CG da USFFN é a sede de programação, discussão e fortalecimento do espírito de
grupo, onde a elaboração de programas e a partilha de decisões será fomentada. Pretende-
se que a nossa equipa seja aberta e disponível para formação, fato que estimulamos em to-
dos os grupos profissionais, como instrumento de modernização, partilha e veículo de estí-
mulo para a criatividade e inovação.
13
Esta USF tem por missão prestar cuidados de saúde personalizados à população ins-
crita, garantindo a acessibilidade, continuidade e globalidade dos mesmos. A equipa reger-
se-á pelos valores da transparência, competência, dinamismo, rigor e inovação, procurando
espelhar a sua dedicação e afeto, na qualidade dos serviços prestados à comunidade.
A motivação desta equipa de médicos, enfermeiros e assistentes técnicos é grande.
Os utentes podem esperar um atendimento adequado ao seu estado de saúde, confidencia-
lidade e respeito pela sua pessoa e pela sua opinião. Dos utentes, a equipa pede respeito
pelas normas de funcionamento, pelos profissionais e pelos outros utentes e uma correta
utilização dos serviços que são colocados à sua disposição.
O logótipo escolhido pelos membros da equipa é o apresentado a seguir. Compreen-
de alusões à família, à caneta do escritor Fernando Namora, que dá nome à USFFN, e às co-
lunas das ruínas de Conímbriga, monumento emblemático do concelho. A cor cinzenta re-
mete para a estabilidade, equilíbrio, flexibilidade e qualidade, associados à energia revoluci-
onária, transbordante de vida, paixão, conquista e liderança do vermelho e à luz, criativida-
de, conhecimento, alegria, juventude e felicidade do amarelo. Este é o nosso espelho, esta é
a nossa imagem de marca.
Relativamente ao nosso lema: “Transparência nos Cuidados; Afeto na Saúde”, reflete
os nossos ideais do que é uma família: um refúgio seguro, onde prima o afeto e a honestida-
de.
Figura 1 – Logótipo da USF Fernando Namora
14
Capítulo 3 - ÓRGÃOS DA USF
3.1. CONSELHO GERAL
O CG da USFFN é constituído por todos os elementos dos três estratos profissionais.
As suas competências estão definidas no Decreto Lei nº 298/2007:
− Aprovar o regulamento interno, a carta da qualidade, o plano de acção, o
relatório de actividades e o regulamento de distribuição dos incentivos
institucionais;
− Aprovar a proposta da carta de compromisso;
− Zelar pelo cumprimento do regulamento interno, da carta de qualidade e do
plano de acção;
Coordenador
Conselho Técnico
Conselho Geral
USF Fernando Namora
Equipas de Saúde
Figura 2 – Organograma Funcional da USFFN
15
− Propor a nomeação do novo coordenador;
− Aprovar a substituição de qualquer elemento da equipa multiprofissional;
− Pronunciar-se sobre os instrumentos de articulação, gestão e controlo dos
recursos afectos e disponibilizados à USFFN.
O CG reúne pelo menos de 3 em 3 meses, por convocatória do coordenador, ou por
delegação de competência, pelo CT, ou ainda a pedido de metade dos seus membros.
3.2. CONSELHO TÉCNICO
O CT da USFFN é constituído por um médico e um enfermeiro da equipa, eleitos
pelos seus pares, preferencialmente detentores de qualificação profissional mais elevada e
de maior experiência profissional nos cuidados de saúde primários. Para a eleição de cada
um dos membros votarão todos os elementos do mesmo grupo profissional, através de voto
secreto. Para a votação ser vinculativa deverá ocorrer maioria de 2/3. A duração do mandato
é de 3 anos. Os elementos constituintes do Conselho Técnico encontram-se explicitados no
Anexo 11 – Conselho Técnico da USF Fernando Namora.
As suas competências estão definidas no Decreto Lei nº 298/2007:
− Observar as normas técnicas emitidas pelas entidades competentes e a
promoção de procedimentos que garantam a melhoria contínua da qualidade
dos cuidados de saúde, tendo por referência a carta da qualidade;
− Avaliar o grau de satisfação dos utentes da USFFN e dos profissionais da
equipa em colaboração com a equipa de pilotagem do autodiagnóstico;
− Elaborar e manter atualizado o manual de boas práticas;
− Organizar e supervisionar as actividades de formação contínua e de
investigação.
O CT reúne uma vez por mês ou a pedido de um dos seus elementos. A equipa será
informada previamente da convocatória, horário e ordem de trabalhos. A reunião terá a
16
duração considerada necessária, em horário que não interfira com a escala de
intersubstituição e não coincidente com o período de reunião semanal da equipa.
3.3. COORDENADOR
O Coordenador da USFFN é eleito por votação de todos os elementos da equipa. A
eleição será realizada em reunião do Conselho Geral, votando todos os elementos da
equipa, através de voto secreto. Para a votação ser vinculativa deverá ocorrer maioria de
2/3.
De acordo com o DL Nº 298/2007 de 22 de Agosto, Artigo 12.º:
Compete, em especial, ao coordenador da equipa:
a) Coordenar as atividades da equipa multiprofissional, de modo a garantir o
cumprimento do plano de ação e os princípios orientadores da atividade da USF;
b) Gerir os processos e determinar os atos necessários ao seu desenvolvimento;
c) Presidir ao conselho geral da USF;
d) Assegurar a representação externa da USF;
e) Assegurar a realização de reuniões com a população abrangida pela USF ou com os
seus representantes, no sentido de dar previamente a conhecer o plano de ação e o
relatório de atividades;
f) Autorizar comissões gratuitas de serviço no País.
O coordenador da equipa detém as competências para, no âmbito da USF, confirmar
e validar os documentos que sejam exigidos por força de lei ou regulamento.
O coordenador da equipa exerce, também, as competências legalmente atribuídas
aos titulares do cargo de direção intermédia do 1.º grau e outras que lhe forem delegadas
ou subdelegadas, com faculdade de subdelegação.
Com exceção das previstas nas alíneas a) e c) do n.º 4 do presente artigo, o
coordenador da equipa pode delegar, com faculdade de subdelegação, as suas
competências noutro ou noutros elementos da equipa.
Na ausência do Coordenador, as suas competências são delegadas temporariamente
no elemento médico do Conselho Técnico, que incluem todas as inscritas nos pontos 4 a 7
17
do art. 12º. do Decreto-Lei n.º298/2007 de 22 de Agosto. Em caso de ausência dos 2
elementos, o elemento médico com maior tempo de serviço na USFFN presente nesse
período será o substituto.
As suas delegações de competências encontram-se definidas em documento próprio,
de atualização periódica, designado Divisão de Tarefas da USFFN, disponível no Anexo IV.
3.4. DIVISÃO DE TAREFAS
A distribuição dos gestores e dinamizadores de Processos-Chave, Programas de
Saúde, Tarefas de Gestão e Documentos encontra-se pormenorizada no documento Divisão
de Tarefas da USFFN, revisto periodicamente em reunião multidisciplinar, disponível no
Anexo IV. Os critérios utilizados para esta selecção compreendem a opção e competência
pessoal e profissional de cada elemento, a equidade de distribuição de tarefas e
responsabilidades e a decisão coletiva da equipa sobre as melhores opções para o
desenvolvimento assistencial e organizativo da USFFN.
18
Capítulo 4 - ORGANIZAÇÃO INTERNA E MODELO
FUNCIONAL Os elementos dos diferentes grupos profissionais da USFFN atuam num modelo de
cooperação e em complementaridade de funções, procurando um desempenho de
excelência, que satisfaça plenamente os utentes e profissionais.
A prestação de cuidados de saúde é baseada em equipas nucleares (assistente
técnico, enfermeiro e médico), e equipa alargada trabalhando de forma integrada e
articulada. Cada profissional tem o seu papel claramente definido, cooperando no
atingimentos dos objectivos definidos pela equipa. A metodologia de trabalho por
enfermeiro de família é a utilizada pela equipa de Enfermagem da USFFN.
A equipa que integra a USFFN compromete-se a cumprir a carteira básica de serviços
em todas as suas vertentes, funcionando de um modo programado e articulado.
4.1. DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS-CHAVE NA ÁREA DE PRESTAÇÃO DE
CUIDADOS
A equipa de saúde da USFFN definiu os seguintes processos-chave: Consulta Aberta,
Consulta Programada e Visita Domiciliária, cada um com o respetivo sistema de Intersubsti-
tuição.
Os responsáveis por cada processo-chave são definidos periodicamente em reunião
de CG, e a lista atualizada consta de documento próprio designado Divisão de Tarefas da
USFFN, disponível no Anexo IV.
4.1.1. Consulta Aberta
Consiste numa consulta Médica/Enfermagem marcada presencialmente no próprio
dia. Este atendimento tem uma orientação preferencial para o Médico/Enfermeiro de Famí-
19
lia. Será assegurado por outro profissional em regime de Intersubstituição nas situações em
isso não seja possível.
Destina-se exclusivamente às seguintes situações:
− Sintoma súbito/agudo, que surgiu nos últimos 3 dias (exemplos: febre, tosse,
vómitos, diarreia, dores de cabeça, dores musculares, dores nos ossos, dores
de garganta, dores de ouvidos, dor lombar, queixas urinárias, falta de ar, ta-
quicardia e tensão arterial elevada);
− Agravamento de doença crónica com necessidade de avaliação médi-
ca/enfermagem para alívio das queixas;
− Traumatismos a necessitarem de suturas e feridas com hemorragia controla-
da;
− Orientação de utentes com Meios Complementares de Diagnóstico ou Tera-
pêutica alterados (neoplasia, pré-neoplasia, hemorragia gastro-intestinal, en-
tre outras alterações graves, com necessidade de referenciação e/ou trata-
mento precoce);
− Continuidade de cuidados hospitalares;
− Necessidade de contraceção no próprio dia e risco de gravidez.
Cada equipa de saúde da USF Fernando Namora disponibiliza vários períodos diários
de Consulta Aberta. Os horários de todos os profissionais encontram-se devidamente publi-
citados no quadro informativo da USFFN podendo ser requeridas cópias no Secretariado
Clínico. O conhecimento do horário da equipa de saúde respetiva permite adequar a procura
de cuidados de Doença Aguda aos vários períodos de atendimento diário disponibilizados.
Deste modo, não existe necessidade de recorrer à USF antes do horário de abertura para
assegurar vagas de atendimento.
O fluxograma específico deste processo-chave encontra-se disponível em documento
próprio designado Fluxogramas – USFFN, disponível no Anexo V.
20
4.1.2. Consulta Programada
A equipa da USFFN privilegia a atividade programada, adotando-a como princípio
organizativo. Assim, todos os contactos no âmbito de consulta geral e de grupos vulneráves
e de risco com a equipa Médica e de Enfermagem devem ser agendados previamente.
Os utentes devem comparecer no atendimento administrativo 15 minutos antes da
hora marcada, caso se trate de uma consulta de Medicina Geral e Familiar ou de
Enfermagem, ou 30 minutos antes, caso seja uma consulta de vigilância de SIJ, Saúde Mater-
na, Planeamento Familiar, Prevenção Oncológica na Mulher, Diabetes ou HTA.
Se não puder comparecer a uma consulta marcada, o utente deverá desmarcá-la
atempadamente. Em caso de falta a consulta marcada, a remarcação será efectuada de
acordo com a disponibilidade de agenda do Médico/Enfermeiro de Família.
Em caso de atraso do utente, o seu atendimento passa a depender dos restantes
agendamentos. O utente poderá ser atendido apenas no final dos restantes utentes
marcados, ou, já não sendo possível, noutro dia, sendo feita nova marcação de acordo com a
disponibilidade de agenda do Médico/Enfermeiro de Família.
O fluxograma específico deste processo-chave encontra-se disponível em documento
próprio designado Fluxogramas – USFFN, disponível no Anexo V.
4.1.3. Visita domiciliária
A USFFN assume o compromisso de resposta integrada pela equipa de saúde para vi-
sitas domiciliárias, de acordo com o Programa de Cuidados no Domicílio.
As regras da visita domiciliária e da sua programação em equipa encontram-se
definidas no procedimento PO.03_PROC.01 – Visitas domiciliárias programadas em equipa.
O fluxograma específico deste processo-chave encontra-se disponível em documento
próprio designado Fluxogramas – USFFN, disponível no Anexo V.
As regras de agendamento de consultas no domicílio estão explicitadas no ponto 7.6.
– Regras de agendamento de visitas domiciliárias.
21
4.2. PROGRAMAS DE SAÚDE E COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS
A USFFN disponibiliza os serviços constantes da Carteira Básica, cujos programas
assistenciais se encontram definidos no Plano de Ação e enumerados a seguir.
1. Programa de Saúde do Adulto e do Idoso
2. Programa de Saúde Infantil e Juvenil
3. Programa de Saúde Materna
4. Programa de Planeamento Familiar
5. Programa de Prevenção Oncológica na Mulher
6. Programa de Vigilância da Diabetes
7. Programa de Vigilância de Fatores de Risco da doença Cardiovascular
8. Programa de Cuidados no Domicílio
9. Programa de Vacinação
10. Programa de Cuidados na Doença Aguda – Consulta Aberta
11. Programa de Cuidados na Doença Aguda – Consulta de Intersubstituição
Os responsáveis por cada Programa de Saúde são definidos periodicamente em
reunião de CG, e a lista atualizada consta de documento próprio designado Divisão de
Tarefas da USFFN, disponível no Anexo IV.
Os fluxogramas dos diferentes processos-chave encontram-se disponíveis em
documento próprio designado Fluxogramas – USFFN, disponível no Anexo V.
22
1) Consulta de Saúde do Adulto e do Idoso
• Destina-se a atividades de prevenção, vigilância de saúde e seguimento de
problemas de saúde sub-agudos ou crónicos, a pessoas com mais de 18 anos.
Tabela 1 – Programa de Saúde do Adulo e do Idoso
Saúde do Adulto e do Idoso Iniciativa Utente ou equipa de saúde.
População Utentes inscritos na USFFN, com idade igual ou superior a 18 anos.
Objetivo Prestar cuidados promotores de saúde e preventivos da doença, aos adultos (18-69 anos), seleccionando as intervenções comprovada-mente custo-efectivas em cada fase da vida;
Realizar rastreios oncológicos previstos no Plano Oncológico Nacio-nal;
Prestar cuidados preventivos aos adultos mais idosos (com 70 e mais anos) organizando estes cuidados de acordo com uma identificação estruturada das necessidades específicas de cada pessoa e da família orientada para atuar sobre os determinantes de autonomia e inde-pendência;
Prestar cuidados que promovam o bem-estar e a autonomia da pes-soa adulta e idosa, dirigidos prioritariamente aos grupos vulneráveis, aos grupos de risco e aos grupos com necessidades especiais;
Abordar todas as situações pessoais, tendo em conta avaliações do estado global de saúde e os contextos familiares, sócio-culturais e sócio-ocupacionais.
Abordar sistemicamente e planear os cuidados, de acordo com as normas do Programa Nacional de Diabetes da DGS;
Local Secretariado clínico, gabinetes de enfermagem e médicos.
Modo de marcação Presencialmente, por telefone, correio eletrónico ou e-Agenda.
Execução Assistentes técnicos, Enfermeiros e Médicos.
Tempo 15-20 min.
2) Consulta de Saúde Infantil e Juvenil
• Destina-se a atividades de prevenção e vigilância de crianças e adolescentes
desde os primeiros dias até aos 18 anos.
23
Tabela 2 – Programa de Saúde Infantil e Juvenil
Saúde Infantil e Juvenil Iniciativa Médico, enfermeiro, utente ou o seu representante.
População Crianças e adolescentes inscritos na USFFN com idades compreendi-das entre os 0 e os 18 anos.
Objetivo Realizar consultas de vigilância de SIJ segundo normas da DGS;
Identificar e/ou referenciar situações de desvio.
Local Secretariado clínico, gabinetes de enfermagem e médicos.
Modo de marcação Presencialmente, por telefone, correio eletrónico ou e-Agenda. Mar-cação por iniciativa do utente / seu representante ou da equipa. Agendamento sequencial em cada consulta.
Execução Assistentes técnicos, Enfermeiros e Médicos.
Tempo 25-30 min.
3) Consulta de Saúde Materna
• Destina-se à vigilância da gravidez e do bem-estar materno-fetal.
Tabela 3 – Programa de Saúde Materna
Saúde Materna Iniciativa Médico, enfermeiro ou utente.
População Mulheres grávidas inscritas na USFFN.
Objetivo Vigiar a gravidez normal segundo normas da DGS, acrescida das par-ticularidades definidas por protocolo da própria UCF/USF;
Referenciar a grávida de risco e acompanhar a situação em continui-dade e articulação de cuidados;
Preparar o casal para o parto, física e psiquicamente;
Sensibilizar a grávida para a importância da revisão de puerpério, aleitamento materno, diagnóstico precoce e vigilância do recém-nascido;
Apoiar a puérpera.
Local Secretariado clínico, gabinetes de enfermagem e médicos.
Modo de marcação Presencialmente, por telefone, correio eletrónico ou e-Agenda.
24
Agendamento sequencial em cada consulta.
Execução Assistentes técnicos, Enfermeiros e Médicos.
Tempo 25-30 min.
4) Consulta de Planeamento Familiar
• Destina-se ao apoio e informação individual ou de casais, dos 15 aos 49 anos,
para vivência segura e saudável da sexualidade e, se desejado, ao planeamen-
to de gravidez.
Tabela 4 – Programa de Planeamento Familiar
Planeamento Familiar Iniciativa Médico, enfermeiro, utente ou o seu representante.
População Mulheres inscritas na USFFN dos 15 aos 49 anos e/ou sexualmente ativas e respetivos parceiros.
Objetivo Promover o Planeamento Familiar em co-responsabilização;
Fornecer gratuitamente os métodos contracetivos;
Colocar dispositivos intra-uterinos e implantes contracetivos;
Prevenir, diagnosticar e tratar doenças sexualmente transmissíveis;
Identificar e encaminhar situações de violência;
Prestar cuidados pré-concecionais;
Abordar sistemicamente e planear os cuidados, de acordo com as normas do Programa Nacional de Diabetes da DGS;
Referenciar o casal a cuidados diferenciados quando indicado, e acompanhar a situação em continuidade e articulação de cuidados.
Local Secretariado clínico, gabinetes de enfermagem e médicos.
Modo de marcação Presencialmente, por telefone, correio eletrónico ou e-Agenda. Mar-cação por iniciativa do(a) utente / seu representante ou da equipa.
Execução Assistentes técnicos, Enfermeiros e Médicos.
Tempo 25-30 min.
25
5) Prevenção Oncológica na Mulher
• Destina-se a efetuar o rastreio do Cancro do Colo do Útero (mulheres dos 25
aos 64 anos) e do Cancro da Mama (mulheres dos 50 aos 69 anos).
Tabela 5 – Programa de Prevenção Oncológica na Mulher
Prevenção Oncológica na Mulher Iniciativa Médico, enfermeiro ou utente.
População Mulheres inscritas na USFFN dos 25 aos 69 anos.
Objetivo Rastrear cancro do colo do útero e mama, de acordo com o Plano Oncológico Nacional;
Abordar sistemicamente e planear os cuidados, de acordo com as normas do Programa Nacional de Diabetes da DGS;
Acompanhar o climatério e promover uma vivência sexual saudável;
Prevenir, diagnosticar e tratar doenças sexualmente transmissíveis;
Identificar e encaminhar situações de violência.
Local Secretariado clínico, gabinetes de enfermagem e médicos.
Modo de marcação Presencialmente, por telefone ou correio eletrónico.
Execução Assistentes técnicos, Enfermeiros e Médicos.
Tempo 25-30 min.
6) Consulta de Diabetes
• Destina-se à vigilância e tratamento da pessoa com Diabetes.
Tabela 6 – Programa de Vigilância da Diabetes
Vigilância da Diabetes Iniciativa Médico ou Enfermeiro.
População Diabéticos inscritos na USFFN.
Objetivo Promover a aceitação do estado de Diabético;
Promover a auto-vigilância;
Promover a adesão à terapêutica e hábitos de vida saudáveis;
Prevenir as complicações tardias da doença;
26
Abordar sistemicamente e planear os cuidados, de acordo com as normas do Programa Nacional de Diabetes da DGS;
Referenciar para cuidados especializados sempre que necessário.
Local Secretariado clínico, gabinetes de enfermagem e médicos.
Modo de marcação Agendamento sequencial em cada consulta.
Execução Assistentes técnicos, Enfermeiros e Médicos.
Tempo 20-30 min.
7) Consulta de Hipertensão
• Destina-se à vigilância e tratamento da pessoa com Hipertensão Arterial e ou-
tros fatores de risco cardiovasculares.
Tabela 7 – Programa de Vigilância de Factores de Risco da Doença Cardiovascular
Vigilância de Factores de Risco da Doença Cardiovascular Iniciativa Médico ou Enfermeiro.
População Hipertensos inscritos na USFFN.
Objetivo Diagnosticar, monitorizar e controlar a Hipertensão arterial e restan-tes factores de Risco Cardiovascular (tabagismo, dislipidémia, obesi-dade e ainda o abuso do álcool, o sedentarismo e o stress)
Promover a adesão à terapêutica e hábitos de vida saudáveis;
Abordar sistemicamente e planear os cuidados, de acordo com as normas da DGS;
Referenciar para cuidados especializados sempre que necessário.
Local Secretariado clínico, gabinetes de enfermagem e médicos.
Modo de marcação Presencial ou telefone.
Execução Presencialmente, por telefone ou correio electrónico. Agendamento sequencial em cada consulta.
Tempo 20 min.
27
8) Visita Domiciliária
• Destina-se à realização de consulta no Domicílio do utente, nas situações de-
finidas.
Tabela 8 – Programa de Cuidados no Domicílio
Visita Domiciliária Iniciativa Utente, cuidador ou equipa de saúde.
População 1. Utentes inscritos na USF, com dependência física e funcional, tem-porária ou definitiva, que lhes confere incapacidade de se desloca-rem à USF.
2. Utentes em situação de risco familiar identificado, nomeadamente recém-nascidos e puérperas até aos 15 dias de vida.
Objetivo Proporcionar cuidados de saúde a todos os utentes cuja situação ne-cessite de intervenção no domicílio.
Local Domicílio.
Modo de marcação Presencialmente (cuidador), por telefone ou correio eletrónico.
Execução Assistentes técnicos, Enfermeiros e Médicos.
Tempo 30 min a 1 hora.
9) Consulta de Enfermagem
• Destina-se à realização de Consulta de Enfermagem nas suas diversas verten-
tes.
Tabela 9 – Consulta de Enfermagem
Consulta de Enfermagem Iniciativa Utente ou enfermeiro.
População Utentes inscritos na USFFN. Utentes esporádicos em situações de exceção.
Objetivo Engloba consultas de Saúde Materna, Saúde Infantil e Juvenil, Pla-neamento Familiar, Diabetes, Hipertensão, Visita Domiciliária, Tra-tamentos, Vacinação e Consulta de Doença Aguda.
28
Local Secretariado clínico e gabinetes de enfermagem.
Modo de marcação Presencialmente, por telefone ou correio eletrónico.
Execução Assistentes técnicos e Enfermeiros.
Tempo 10-20 min.
10) Consulta Aberta
• Destina-se à avaliação e orientação de situações de Doença Aguda, pela res-
petiva equipa de saúde.
Tabela 10 – Programa de Cuidados na Doença Aguda – Consulta Aberta
Consulta Aberta Iniciativa Utente ou seu representante.
População Todos os utentes inscritos no ficheiro do seu Médico de Família.
Objetivo Dar resposta adequada a todas as situações de doença aguda.
Abordar sistemicamente e planear os cuidados, de acordo com as normas da DGS;
Local Secretariado clínico, gabinetes de enfermagem e médicos.
Modo de marcação Presencialmente ou por telefone.
Execução Assistentes técnicos, Enfermeiros e Médicos.
Tempo 10-15 min.
11) Consulta de Intersubstituição
• Destina-se à avaliação e orientação de situações de Doença Aguda por outra
equipa de saúde quando a respetiva equipa se encontra ausente ou indispo-
nível.
• Destina-se à realização de Consulta Programada inadiável enquadrada nos
Serviços Mínimos em caso de ausência da equipa de saúde.
29
Tabela 11 – Programa de Cuidados na Doença Aguda – Consulta de Intersubstituição
Consulta de Intersubstituição Iniciativa Utente ou seu representante.
População Todos os utentes inscritos na USFFN. Utentes esporádicos em situa-ções de exceção.
Objetivo Dar resposta adequada a todas as situações de doença aguda ou ou-tras enquadradas nos serviços mínimos, de utentes cuja equipa de saúde se encontra ausente, indisponível ou com número excessivo de consultas.
Local Secretariado clínico, gabinetes de enfermagem e médicos.
Modo de marcação Presencialmente.
Execução Assistentes técnicos, Enfermeiros e Médicos.
Tempo 10-15 min.
4.3. SISTEMA DE INTERSUBSTITUIÇÃO
No âmbito da USF, a intersubstituição consiste em garantir a resposta assistencial aos
serviços mínimos definidos para cada programa de Saúde descrito no Plano de Ação da USF,
na ausência da respetiva equipa de saúde, independentemente da natureza e duração dessa
ausência. Desde a entrada em funções da USF Fernando Namora que os seus profissionais
têm vindo a otimizar o Sistema de intersubstituição. A sua metodologia atual permite
integrar períodos de Intersubstituição distribuídos de forma regular ao longo do período de
atendimento da USF, de forma rotativa e equitativa pelos elementos dos 3 grupos
profissionais. Este sistema priveligia o atendimento pela própria equipa de saúde sempre
que possível e apresenta o mínimo impacto na oferta assistencial aos utentes do próprio
ficheiro.
Toda a metodologia de Intersubstituição está descrita no Procedimento
PO.03_PROC.05 - Intersubstituição de Profissionais – Edição 2, revisto recentemente. Os
serviços mínimos foram igualmente revistos e encontram-se descritos no ponto seguinte.
O fluxograma específico deste processo-chave encontra-se disponível em documento
próprio designado Fluxogramas – USFFN, disponível no Anexo V.
30
4.3.1. Definição de serviços mínimos
Determinados programas de saúde têm definidos os serviços mínimos a serem
garantidos:
a) Programa de Saúde do Adulto e do Idoso
• Orientação de utentes com Meios Complementares de Diagnóstico e
Terapêutica alterados (neoplasias, pré-neoplasias, hemorragia gastro-
intestinal), entre outras alterações graves, com necessidade de referenciação
e/ou tratamento precoce;
• Orientação de utentes portadores de relatórios/cartas de alta que careçam
intervenção de enfermagem;
• Realização de tratamentos não programados, que clinicamente justificam
resposta no dia (ambulatório ou domicílio);
• Realização de consultas programadas/tratamentos programados não
passíveis de remarcação.
b) Programa de Saúde Infantil e Juvenil
• Realização de Teste de Diagnóstico Precoce até ao 6º dia de vida;
• Realização da primeira consulta do Recém Nascido até ao 28º dia;
• Realização de consultas de vigilâncias no 1º ano de vida, que não possam ser
remarcadas em tempo útil.
c) Programa de Saúde Materna
• Realização de primeira consulta de vigilância de Gravidez.
d) Programa de Planeamento Familiar
• Disponibilização de métodos contracetivos;
• Orientação de situações de Interrupção Voluntária da Gravidez;
31
• Consulta não programada ao/à adolescente.
e) Programa de Vacinação
• Atualização do Plano Nacional de Vacinação durante todo o horário de
atendimento da USF;
• Cumprimento dos prazos recomendáveis de administração de vacinas extra
Plano Nacional de Vacinação, com prescrição válida.
f) Programa de Cuidados na Doença Aguda
• Orientação no prazo máximo de 24h de todas as situações de doença aguda,
em ambulatório ou domicílio;
• Cumprimento de guias de tratamento (atitudes terapêuticas e medicação).
g) Programa de Saúde Geral
• Renovação de receituário crónico no prazo de 72 horas;
• Emissão de declarações referentes ao Plano Nacional de Vacinação no prazo
de 72 horas.
4.3.2. Consulta Urgente/Emergente
As situações clínicas de falência das funções vitais, ou de carácter
urgente/emergente, que sejam mal encaminhadas para a USF, devem ser, de imediato,
orientadas para um enfermeiro escalado para o efeito que, após a primeira abordagem,
contactará o MF ou, na ausência deste, o médico escalado. A escala de emergência está
definida para todo o período de abertura da USFFN e é ajustada semanalmente de acordo
com as ausências.
32
4.3.3. Ausências programadas
Nas ausências programadas de médicos e enfermeiros ficam asseguradas as
situações de doença aguda e os serviços mínimos. No que diz respeito ao serviço
administrativo fica assegurado o apoio à equipa médica e de enfermagem, assim como a
orientação e inscrição dos utentes.
As ausências programadas deverão ser comunicadas o mais precocemente possível
ao responsável pela elaboração das escalas de serviço (médicas, de enfermagem e do
secretariado clínico). Mensalmente serão divulgadas as ausências programadas aos utentes,
por afixação nos locais próprios.
A equipa define as seguintes prioridades nas ausências:
1. Razões de saúde (programadas não passíveis de remarcação ou não
programadas)
2. Reuniões de coordenação (USF, ACES, ARS)
3. Férias
4. Reuniões e exames relacionados com leccionação
5. Jornadas, congressos e outros eventos científicos
Outros motivos serão avaliados caso a caso.
As horas de trabalhos excedentes realizadas no âmbito da intersubstituição serão
oportunamente gozadas, de acordo com a conveniência de serviço.
4.3.4. Ausências não programadas (com duração inferior a duas semanas)
A equipa médica e de enfermagem dará resposta às situações de doença aguda e aos
serviços mínimos.
Nestas situações poderão ocorrer alterações pontuais de horários dos profissionais e
reagendamento de consultas programadas, de forma a garantir os serviços mínimos.
Na ausência não programada de uma assistente técnica fica assegurado, pelos
restantes elementos, o apoio à equipa médica/enfermagem, assim como a orientação e
inscrição dos utentes.
33
As horas de trabalhos excedentes realizadas no âmbito da intersubstituição serão
oportunamente gozadas, de acordo com a conveniência de serviço.
4.3.5. Ausências não programadas (com duração superior a duas semanas)
Nas ausências não programadas com duração superior a 14 dias, a substituição do
elemento em falta deverá ser compensada em regime de trabalho extraordinário pelos
restantes ou pelo recurso a outro profissional contratado pelo ACES segundo o que está
consignado no art. 24º do DL n.º 298/2007 de 22 de Agosto.
4.4. DEFINIÇÃO DO MODELO DA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR
A atividade da USFFN baseia-se na prestação de cuidados aos utentes pela equipa de
saúde respetiva, recorrendo ao sistema de intersubstituição nas situações previstas pelo
presente Regulamento. Em cada uma das equipas, médico, enfermeiro e assistente técnico
têm uma lista de utentes atribuída. A divisão em equipas de saúde encontra-se esquemati-
zada no documento Divisão em Equipas de Saúde – USFFN, disponível no Anexo VI.
4.5. GESTÃO POR OBJETIVOS
A gestão interna baseia-se em objetivos definidos em equipa, identificados, tempori-
zados e quantificados em sede de Plano de Ação, elaborado anualmente e certificado no
processo de Contratualização.
34
4.6. REGRAS DE ARTICULAÇÃO E COMUNICAÇÃO INTERNA
4.6.1. Planeamento de férias
As férias são programadas para todos os profissionais durante todo o ano civil. A
discussão é realizada em reunião de equipa setorial e multiprofissional.
Para cada grupo profissional, salvo situações excecionais, deverá evitar-se a ausência
de mais de metade dos membros. Tal situação deverá ser sinalizada com antecipação e
aprovada pelo coordenador, após ter sido assegurada a escala de intersubstituição e revistas
as agendas de marcação, de modo a garantir os serviços mínimos e o atendimento de todos
os utentes agendados.
O critério de prioridades para atribuição de férias é o seguinte e por ordem
decrescente de aplicabilidade:
1. Indicação de acordo com a vontade do profissional;
2. Se sobreposição, negociação e reacerto do período, tendo em atenção o
histórico das férias;
3. Aplicação da ordenação de saída em sorteio.
4.6.2. Estratégias e métodos de comunicação interna
A equipa da USFFN definiu várias estratégias de comunicação interna para otimizar a
partilha de informação, a melhoria da atividade assistencial e modelo organizativo.
As reuniões da USFFN assumem uma importância extrema e encontram-se descritas
no ponto seguinte.
Outra da estratégias chave é a partilha de informação via mailing list oficial da
USFFN. Existe ainda um correio electrónico individual do ACES, através do qual serão
distribuidas as informações institucionais.
35
Foi criada também uma pasta informática onde são arquivados todos os documentos
relevantes da USFFN, de acesso excluivo aos elementos da equipa
Existe ainda um livro de ocorrências (descrito adiante). Está também instalado na USF
um “Guia de Navegação” para visualização das tarefas a cumprir pela equipa da USFFN.
Os registos clínicos, de enfermagem e administrativos serão efectuados nos
programas respetivos, já em uso na USFFN, sendo que o uso do papel será progressivamente
limitado ao mínimo indispensável.
4.6.3. Reuniões da USFFN
Definem-se as seguintes reuniões internas na USFFN: Conselho Geral, Conselho Téc-
nico, Coordenação-Conselho Técnico, Multidisciplinares e Setoriais (Médicas, de Enferma-
gem e do Secretariado Clínico). Estão ainda previstas reuniões de carácter técnico-científico
integradas num plano de formação e actualização de competências.
A equipa da USFFN dispõe de um horário semanal para Reunião de Serviço, no qual
serão programadas todas as reuniões acima enumeradas, sempre que possível. Os utentes
são informados para programarem a sua vida à USF, de modo a não coincidir com este horá-
rio. Neste período o Secretariado Clínico será encerrado, reabrindo apenas em situação de
emergência. Nestes casos, a equipa escalada para o efeito prestará os cuidados necessários.
As convocatórias para todas as reuniões da USF Fernando Namora são realizadas via
mailing list oficial, com apresentação de ordem de trabalhos, com pelo menos 48h de ante-
cedência.
Em todas as reuniões é elaborada a respetiva ata, que depois de lida por todos é as-
sinada digitalmente e arquivada em pasta própria, acessível a todos os elementos da equipa.
4.6.4. Suporte do registo de ocorrências
A equipa dispõe de um Livro de ocorrências, onde cada elemento pode e deve des-
crever qualquer situação relevante para a equipa. Todas as ocorrências serão discutidas em
reunião de equipa, onde são definidas as medidas corretoras a adotar pela equipa.
36
4.7. GESTÃO DA INFORMAÇÃO (INTERNA E EXTERNA)
A gestão da informação interna e externa encontra-se definida em Procedimentos
próprios, aprovados pela equipa e revistos periodicamente (PO.02_PROC.01 – Correio não
eletrónico e PO.02_PROC.02 – Partilha de informação).
37
Capítulo 5 - INTERVENÇÕES/ÁREAS DE ATUAÇÃO DOS
DIFERENTES GRUPOS PROFISSIONAIS
As funções de cada grupo profissional são aquelas que são inerentes às das
respetivas profissões e que estão estabelecidas na lei. A forma como esses grupos
profissionais se articulam entre si, os respetivos papéis e as actividades onde assumem
responsabilidades, orientam-se pela vontade da equipa de otimizar a qualidade dos cuidados
a prestar.
A distribuição das tarefas de gestão é definida periodicamente em reunião de CG, e a
lista atualizada consta de documento próprio designado Divisão de Tarefas da USFFN,
disponível no Anexo IV. O modelo funcional da USF baseia-se na distribuição equitativa de
tarefas de gestão, competências e responsabilidades por todos os elementos dos 3 grupos
profissionais, contribuindo para o desenvolvimento individual e coletivo, não devendo existir
concentração no mesmo profissional de cada grupo.
38
Capítulo 6 - COMPROMISSO ASSISTENCIAL
A complexidade inerente a um mundo em constante transformação traz a esta USF o
desafio complexo e simultaneamente aliciante de permanente atualização, sem perder a
coerência e transparência na obrigação contraída com todos os atores desde cenário. Assim,
todos os profissionais assumem o compromisso de assegurar cuidados de saúde de forma
pessoalizada, garantindo a acessibilidade, equidade e a continuidade aos cidadãos/utentes
inscritos nas listas de utentes dos médicos especialistas de Medicina Geral e Familiar que
integram a USF, de uma forma afetiva e efetiva, positiva e humana.
A declaração de aceitação do compromisso assistencial é assinada por todos os
elementos da equipa e encontra-se disponível no anexo VII.
6.1. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
A USFFN funciona todos os dias úteis, das 8 às 20 horas, definindo-se o período de
atendimento ao público o compreendido entre as 8:15 e as 19:45. Entenda-se esta diferença
relacionada com aspetos ligados à abertura e encerramento do serviço.
A USFFN não contratualizou nenhum período de alargamento de horário até à data
de aprovação do presente Regulamento Interno.
Fora do período de funcionamento da USF Fernando Namora, em caso de doença
aguda, os utentes têm à sua disposição alternativas assistenciais devidamente publicitas nas
entradas da USF e no Guia de Acolhimento. As alternativas assistenciais da USFFN encon-
tram-se devidamente explicitadas no anexo VIII - Alternativas assistenciais da USFFN.
Todas as situações de emergência médica em qualquer hora e dia da semana devem
ser encaminhadas para os Serviços de Urgência dos Hospitais de referência, após contacto
com o INEM.
39
6.2. COBERTURA ASSISTENCIAL
A USFFN define anualmente em sede de contratualização o compromisso assistencial.
Esse número define-se com base nos horários dos profissionais da USF e nas necessidades
concelhias de inscrições em Cuidados de Saúde Primários. Desde o início de funções da USF
Fernando Namora a 12.11.2012 até à data de aprovação do presente Regulamento Interno,
a unidade recebe todos os utentes que nela se pretendam inscrever.
Quando o compromisso assistencial for atingido a equipa decidirá em reunião de
Conselho Geral e em sede de contratualização a metodologia a seguir.
6.3. CARTEIRA DE SERVIÇOS
Na USF Fernando Namora existe um compromisso assistencial, denominado carteira
básica de serviços, de acordo com o definido na Portaria nº1368/2007, de 18 de Outubro. Os
programas assistenciais estão definidos no PA e aprovados em Conselho Geral e as ativida-
des inerentes ao cumprimento desta carteira são desempenhadas por todos os profissionais
de acordo com as suas competências.
Eventuais futuras carteiras adicionais contratualizadas pela equipa da USFFN serão
descritas em anexo.
6.4. NÃO COMPETE A ESTA USF
A equipa da USF define em sede de Regulamento Interno determinadas tarefas cuja
realização não lhe compete, as quais são enumeradas a seguir:
1. Atendimento de situações de emergência ou acidentes. Neste caso, o utente de-
verá dirigir-se de imediato ao Serviço de Urgência hospitalar.
40
2. Transcrição de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica solicitados
por entidades exteriores à USF (Despacho nº 10430/2011 de 18 de Agosto de
2011). Neste caso, o utente deverá contactar a entidade respetiva.
3. Preenchimento de formulários de instituições privadas. Nestes casos, o utente
deverá contactar a entidade respetiva.
4. Realização de exames médico-desportivos para desportos federados e de alta
competição e emissão de atestados para carta de marinheiro, para a prática de
mergulho, pesca submarina e desportos náuticos. Neste caso, o utente deverá
contactar a entidade respetiva.
5. Emissão ou renovação de carta de caçador e licença de uso e porte de arma. Nes-
te caso, o utente deverá procurar um médico não objector de consciência.
6. Renovação de medicação que não seja do conhecimento do seu Médico de Famí-
lia, ou que este considere inapropriada. Alterações de prescrições devem ser
acompanhadas de informação clínica ou cópia da receita. Neste caso, o utente
deverá contactar a entidade prescritora.
6.5. EXCEÇÕES PARA ATENDIMENTO DE UTENTES ESPORÁDICOS
A USFFN assume o compromisso assistencial aos seus utentes. O atendimento de
utentes esporádicos é reservada aos seguintes casos:
1. Doença súbita grave ou acidente ocorrido no imediato, no âmbito de uma
assistência precoce, salvaguardando que nestas unidades de saúde não existe
Serviço de Urgência;
2. Situações agudas de utentes de concelhos não limítrofes, quando grandes
deslocações estejam contra-indicadas pelo estado de saúde;
3. Acompanhamento de ascendentes ou descendente a residir temporariamente
na habitação de familiares inscritos na USF, quando clinicamente justificado.
O atendimento de utentes no âmbito dos pontos 1 e 2 é realizado pela USFFN e USF
Condeixa, com alternância mensal (USFFN nos meses ímpares e USF Condeixa nos meses
pares). Os utentes enquadráveis no ponto 3 são atendidos nas respetivas USFs.
41
6.6. SITUAÇÕES PARTICULARES
6.6.1. Certificação de óbitos
A certificação de óbito de utentes de USFFN deverá respeitar as leis vigentes. Só
poderá ser feita pelo respectivo MF, dentro do seu horário de trabalho e quando tal não
interfira com a escala de Intersubstituição/Emergência nem perturbe de forma significativa
os agendamentos do dia. Se o MF se ausentar da USFFN para certificar um óbito, as
consultas agendadas que não puderem ser realizadas nesse dia, serão remarcadas de acordo
com a disponibilidade de agenda do MF. Em caso de impossibilidade ou ausência do MF,
deverá ser contactado o Delegado de Saúde escalado.
42
Capítulo 7 - SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CONSULTAS
Os utentes poderão por iniciativa própria agendar uma consulta no secretariado clíni-
co, presencialmente ou por telefone, durante todo o período normal de atendimento da USF
(8h:15-19h:45). Podem ainda marcar por Internet, via Portal da Saúde ou por correio eletró-
nico. Por outro lado, particularmente no acompanhamento de grupos vulneráveis e de risco,
a iniciativa de marcação pode partir da equipa de saúde (informação detalhada anterior-
mente, para cada um dos Programas de Saúde).
7.1. PRESENCIAL E NÃO PRESENCIAL
A USFFN possibilita aos seus utentes a marcação de consulta presencial e não pre-
sencial em todo o horário de funcionamento através dos meios ao seu dispor e já descritos.
A consulta não presencial, por iniciativa do utente, destina-se a utentes que, com
regularidade, frequentem a USF, para situações de: renovação de medicação crónica (já
registada no processo clínico da USF), relatórios, credenciais de transporte, cuidados
respiratórios e declarações diversas, quando possível. A marcação de consulta não
presencial por iniciativa da equipa de saúde destina-se a registo de informação clinica
externa (resultados de MCDT’s, relatórios, cartas de alta, etc), particularmente se essa
informação conduzir a alterações no âmbito da gestão terapêutica.
7.1.1. Situações particulares
O registo de MCTDs rege-se por um procedimento próprio – PO.02_PROC.05 –
MCDTs.
Os atestados para carta de condução serão emitidos em consulta presencial, sem
excepções.
43
A emissão de atestados para detenção, uso e porte de arma de fogo ou de caça será
uma decisão individual de cada médico de família, não havendo lugar a Consulta de
Intersubstituição para o efeito, em caso de objecção.
A emissão das vulgares declarações para reinício de frequência escolar ou infantário,
serão emitidas de forma não presencial, caso a última consulta de vigilância definida pelas
normas da DGS tenha sido efectuada. Se não for o caso, será agendada consulta de SIJ de
acordo com a disponibilidade de agenda do MF.
Outras solicitações serão alvo de análise caso a caso, com marcação de consulta de
MGF sempre que considerado pelo médico, de acordo com a disponibilidade de agenda.
7.2. NO PRÓPRIO DIA E PROGRAMADA PARA DIA E HORA
A consulta médica ou de enfermagem, no próprio dia terá uma resposta no próprio
dia, agendada em vagas de Consulta Aberta, para a sua equipa de saúde, ou para a consulta
de Intersubstituição, em caso de ausência/indisponibilidade da sua equipa de saúde, de
acordo com o procedimento PO.03_PROC .03 – Consulta Aberta.
Consulta programada é todo o contacto presencial entre o utente e o Médico e/ou
Enfermeiro, agendado previamente para determinado dia e hora. Poderão ser consultas de
vigilância dos grupos vulneráveis, dos grupos de risco, de seguimento de doença crónica ou
de qualquer outro tipo de problema médico ou de enfermagem. As consultas podem ser
programadas pelos utentes ou pelos profissionais, de acordo com o procedimento
PO.03_PROC .02 – Consulta Programada.
As consultas programadas para os grupos vulneráveis e de risco têm periodicidades
específicas que devem ser cumpridas. Para cada programa a desenvolver e serviço a prestar
está explícito a forma de marcação de consultas.
44
7.3. EM TODO O PERÍODO DE FUNCIONAMENTO
A USFFN possibilita aos seus utentes a marcação de consulta programada, para a
própria equipa de família, em todo o horário de funcionamento, pelo menos uma vez por
semana, incluindo oferta pós-laboral.
Os horários de todos os profissionais encontram-se devidamente publicitados no
quadro informativo da USFFN podendo ser requeridas cópias no Secretariado Clínico. O co-
nhecimento do horário da equipa de saúde permite aos utentes escolherem de forma preci-
sas as vagas mais convenientes, para as quais possam assegurar uma presença pontual.
7.4. POSSIBILIDADE DE MARCAÇÃO EM 5 DIAS ÚTEIS
A USFFN tem também como objetivo possibilitar marcação de consulta programada
no prazo de 5 dias úteis.
O cumprimento deste objetivo depende de um esforço conjunto entre utentes e
profissionais. Assim, a USFFN solicita aos seus utentes o aviso prévio em caso de
impossibilidade de comparecer na consulta, para se poder fazer outro agendamento.
7.5. TEMPO DE ESPERA APÓS A HORA MARCADA
A USFFN tem como objectivo do seu trabalho diário, a realização das consultas à hora
marcada, procurando que o tempo de espera não exceda os 20 minutos.
O cumprimento deste objetivo depende de um esforço conjunto entre utentes e
profissionais, para além de um requisito fundamental, equipamento informático adequado e
funcionante. Assim, a USFFN solicita aos seus utentes a presença atempada no secretariado
clínico.
45
7.6. REGRAS DE AGENDAMENTO DE VISITAS DOMICILIÁRIAS
Os Cuidados prestados em contexto de domicílio são cuidados globais prestados ao
indivíduo e família, na sua residência, para promover, manter ou recuperar a saúde, ou ma-
ximizar o nível de independência. Devem ser cuidados planeados, coordenados pela equipa
de saúde e devem ser adequados às necessidades da pessoa individual e da família, global e
integralmente. Assim, destinam-se a:
1. Utentes inscritos na USF, com dependência física e funcional, temporária ou defi-
nitiva, que lhes confere incapacidade de se deslocarem à USF.
2. Utentes em situação de risco familiar identificado, nomeadamente recém-
nascidos e puérperas até aos 15 dias de vida.
O Programa de Cuidados no Domicílio encontra-se pormenorizado na Tabela 8. O
fluxograma específico deste processo-chave encontra-se disponível em documento próprio
designado Fluxogramas – USFFN, disponível no Anexo V.
As regras da visita domiciliária e da sua programação em equipa encontram-se
definidas no procedimento PO.03_PROC.01 – Visita domiciliária – Edição 2.
As visitas domiciliárias para situações não agudas serão agendadas de acordo com a
disponibilidade de cada equipa de saúde, que dispõe de 1 período semanal para esse efeito,
salvaguardando a correta planificação de cuidados que acordo com as boas práticas e Pro-
gramas de Saúde.
Os pedidos de visita domiciliária para situações agudas terão assegurada a orientação
num prazo de 24 horas, conforme a situação apresentada pelo utente/cuidador, preferenci-
almente pelo seu Médico/Enfermeiro de Família. Na ausência ou indisponibilidade desta, a
solicitação será orientada em regime de intersubstituição. Esta orientação pode ou não cul-
minar numa visita domiciliária. Após a avaliação da situação, se for necessária a observação
do doente e não for possível realizar a visita domiciliária em tempo útil, este será aconselha-
do a deslocar-se à USF Fernando Namora ou ao Hospital de referência, nas situações que
requeiram assistência em Serviço de Urgência.
46
Capítulo 8 - SISTEMA DE RENOVAÇÃO DAS PRESCRIÇÕES
A renovação de receituário crónico constante do processo clínico terá um tempo de
resposta máximo de 72 horas (3 dias úteis), integrando os serviços mínimos da USF. Será
realizado preferencialmente pelo próprio médico de família. Quando este estiver ausente
por um período superior a 1 dia, a renovação será orientada para o médico que realiza o
último período de Intersubstituição do dia.
As regras para renovação de receituário estão definidas em procedimento próprio
(PO.03_PROC.04 – Renovação de medicação crónica – Edição 3).
O pedido poderá ser feito por uma das seguintes vias:
1) Área do Cidadão do Portal SNS: (https://www.sns.gov.pt/cidadao/);
2) Correio eletrónico: usf.fernandonamora@srscoimbra.min-saude.pt;
3) Utilizando o formulário respetivo e a caixa existente para esse efeito na USF;
4) Presencialmente no Secretariado.
47
Capítulo 9 - ACOLHIMENTO, ORIENTAÇÃO E
COMUNICAÇÃO COM OS UTENTES
A USF Fernando Namora tem o privilégio de integrar o espaço físico do Centro de
Saúde de Condeixa, edifício com estruturas arquitectónicas agradáveis, acolhedoras e com
excelente exposição luminosa que permitem um aprazível “chegar” e “estar”. Aliado a estas
qualidades gerais, a unidade possui um atendimento caloroso, afável e competente, com
circuitos/fluxogramas adequados a cada situação. A sala de espera é adequada para o fim,
integrando uma área para crianças e um quadro informativo dirigido ao utente com todas as
informações relevantes, atualizadas e fundamentais para o processo de acolhimento,
orientação e comunicação com o utente.
9.1. PRIORIDADE DE ATENDIMENTO NO SECRETARIADO CLÍNICO
Os seguintes utentes têm prioridade de atendimento no Secretariado Clínico da
USFFN:
− Idosos com mobilidade reduzida (portadores de auxiliares de marcha/cadeira
de rodas);
− Pessoas com autonomia limitada por deficiência;
− Doentes em situação de doença aguda manifesta;
− Grávidas;
− Utentes com crianças ao colo menores de 3 anos.
9.2. FORMAS E MEIOS DE COMUNICAÇÃO COM OS UTENTES
Comunicar assertivamente enquanto relação construída na troca de informações sob
diferentes formas é o pilar de qualquer organização. A sua sustentabilidade é diretamente
48
proporcional à eficácia e eficiência da comunicação interna e externa. Cientes desta
importância aliamos a transparência e a afetividade com diferentes formas e meios de
comunicação.
9.2.1. Secretariado Clínico
Relativamente ao contacto presencial este deverá ser efetuado no secretariado
clínico. Este será sempre o primeiro local onde os utentes se deverão dirigir aquando da sua
deslocação à USFFN. O atendimento pelo assistente técnico da equipa de saúde, ou do que o
estiver a substituir, permite a orientação adequada para todos os serviços da USFFN.
9.2.2. Quadro Informativo
A USFFN disponibiliza na sala de espera um quadro informativo com todas as
informações relevantes para os seus utentes.
A USFFN afixa ainda informações junto às entradas da unidade, para que os seus
utentes as possam consultar mesmo fora do período de funcionamento da USFFN.
Estas informações são devidamente datadas e rubricadas pelo Coordenador da
USFFN, e revistas na data definida.
Entre múltiplas outras informações, a USF publicita aos seus utentes a
informação dos tempos máximos de resposta garantidos aos utentes, a
Carta dos Direitos de Acesso aos Cuidados de Saúde pelos utentes do
SNS e a listagem dos convencionados.
9.2.3. Guia de Acolhimento
A USF disponibiliza aos seus utentes um guia de acolhimento, que pretende ser uma
ferramenta agradável, estruturada e completa, com informações assertivas, pertinentes e
promotora de uma relação descomplicada e de confiança. Menciona o endereço e contactos
49
da USF (telefone, correio eletrónico, fax), os serviços constantes da carteira básica, os
serviços mínimos para todos os programas, o horário de funcionamento e de atendimento,
as alternativas assistenciais com endereços e contactos, a caraterização do sistema de
marcação de consultas e respetivos tempos médios de espera, a metodologia de renovação
de receituário crónico, os critérios de visitação domiciliária, bem como a especificação dos
meios disponíveis para apresentar elogios, sugestões e reclamações, entre outras
informações.
9.2.4. Atendimento Telefónico
O atendimento telefónico administrativo é possível durante todo o período de
funcionamento da USF Fernando Namora. Existem períodos diários de atendimento
telefónico médico e de enfermagem, pela respetiva equipa de saúde, descritos nos horários
de trabalho dos profissionais e publicitados no quadro informativo das USFFN. Na ausência
ou impossibilidade de atendimento e fora do horário destinado para este fim, procede-se de
acordo com o procedimento PO.06_PROC.01 – Atendimento Telefónico.
Em caso de atendimento telefónico médico e de enfermagem, se a orientação o justi-
ficar (alteração de tabela terapêutica, referenciação a cuidados secundários ou outros), será
necessário efectuar contacto administrativo, com consequente pagamento de taxas mode-
radoras no caso de utentes não isentos.
9.2.5. Panfletos, folhetos e cartazes de Educação para a Saúde
A USFFN disponibiliza aos seus utentes panfletos, folhetos e cartazes de Educação
para a Saúde, devidamente selecionados, discutidos e aprovados em reunião de equipa, de
acordo com o procedimento PG.01_PROC.02 – Elaboração de panfletos, folhetos e cartazes.
50
9.2.6. Convocatórias para atos em saúde
A USFFN elabora e envia convocatórias para atos em saúde, desde consultas de
vigilância, rastreios e vacinação.
9.2.7. Registo e Tratamento de Sugestões, Elogios e Reclamações
A USF disponibiliza impressos para elogios e sugestões junto da caixa para este fim.
Esta está disposta num local de livre acesso aos utentes e que permite proceder à sua
utilização sem a observação dos profissionais.
O Livro de Reclamações está disponível aos utentes, junto do secretariado clínico, e
através dele, os mesmos podem exercer o seu direito de reclamar perante a insatisfação
sentida relativamente ao serviço prestado na USF. Este exercício pressupõe o respeito pelas
regras e procedimentos da mesma.
Os utentes têm ainda à sua disposição outros meios para apresentar as suas suges-
tões, reclamações ou elogios. Estes encontram-se listados no Anexo 9 – Forma de apresen-
tar Reclamações ou Sugestões.
As sugestões, elogios e reclamações são tratadas com ligação ao Gabinete do
Cidadão do ACES, com a máxima transparência. Reconhecidas como uma forma de
comunicação com os utentes que fomenta a reflexão sobre a prática, as mesmas e as
respetivas respostas são discutidas nas reuniões de equipa com identificação medidas
corretoras. A forma como este processo decorre está definida em procedimento:
PO.01_PROC.01 – Reclamações/Sugestões.
De igual modo, reconhecendo o direito do utente e considerando-o elemento ativo
no desenvolvimento da USF, sempre que este manifeste vontade de um contacto
personalizado e com privacidade com o coordenador, ou quem ele delegar, para fazer
exposição de qualquer ocorrência, sugestão, elogio ou reclamação, a USF possibilita este
contacto. Neste caso, este deverá ser solicitado junto do secretariado clínico, que procederá
a marcação de acordo com a disponibilidade do coordenado e do utente. O coordenador
decide com proceder, de acordo com a natureza da exposição.
51
De realçar que neste processo de comunicação, e caso seja identificada essa
necessidade, após a discussão e análise da sugestão ou reclamação, a USF elabora e afixa um
documento com informação dirigida aos utentes, no quadro informativo, com realce para as
medidas corretoras.
9.3. MUDANÇA DE MÉDICO DE FAMÍLIA DENTRO DA USF
O utente tem o direito e a liberdade de optar e mudar de médico, com entendimento
dos seus direitos e deveres. A forma como este processo é realizado está descrita no
procedimento PO.02_PROC.04 – Mudança de médico dentro da USF.
9.4. PRESTAÇÃO DE CONTAS
Trimestralmente, a equipa realiza e discute em conselho geral a monitorização dos
indicadores face aos compromissos assumidos. No que respeita à divulgação, os
profissionais da USF comprometem-se a divulgar aos seus utentes, dados relativos a
produção (indicadores/metas alcançadas), custos, resultados alcançados em programas de
Qualidade e inquéritos feitos aos utentes e profissionais. Os utentes da USFFN poderão
consultar o Plano de Ação e os respetivos Relatórios de Atividades, bem como monitorizar
uma série de parâmetros relativos aos indicadores de resultados, aos resultados de
acessibilidade, prescrição, entre outros, através do site www.bicsp.min-saude.pt.
52
Capítulo 10 - FORMAÇÃO CONTÍNUA E
DESENVOLVIMENTO DA QUALIDADE
A equipa multiprofissional da USFFN compromete-se a adoptar um plano de
desenvolvimento de competências e de qualidade contínua através da formação e
monitorização dos diferentes procedimentos, enquanto pilares na construção da excelência
da prestação de cuidados e assistência à sua comunidade. Assim, procurará, criar
oportunidades para que os seus profissionais tenham acesso a áreas formativas que sejam
do seu gosto ou em que sintam necessidade de atualização, com o objectivo de melhorarem
o seu desempenho, bem como criar espaços de discussão das diferentes práticas numa
perspetiva construtiva de oportunidade de melhoria.
10.1.AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES FORMATIVAS
A responsabilidade pela iniciativa no que diz respeito ao planeamento e direção do
curso do desenvolvimento profissional é particularmente de cada um e deve não só ir ao
encontro das expectativas pessoais, mas também das necessidades expressas no contexto
da prestação clínica. Igualmente, deve possibilitar o proficar de novas experiências
conducentes a uma melhor compreensão e interação e, portanto, a uma
mudança/atualização de competências.
Anualmente, a equipa é convidada realizar um auto-diagnóstico das suas
necessidades formativas, através do preenchimento da ficha individual das necessidades
formativas (PG.01_PROC.04 - Imp1). Após a sua análise e discussão em equipa, o CT, traça e
elabora o plano de formação.
53
10.2.FORMAÇÃO INTERNA
Para agir é necessário ter competências entendidas de uma forma holística,
pragmática e interactiva e que traduzem a capacidade global da pessoa manifestada com
sustentabilidade na ação e em determinada situação concreta. O conhecimento
progressivamente construído contribui indubitavelmente para a promoção dessas mesmas
competências. Assim, a formação interna prevê, de uma forma geral:
− Discussão de temas relacionados com a prática clínica;
− Discussão de casos clínicos;
− Discussão de protocolos de atuação;
− Discussão de critérios de qualidade, relacionados com programas de saúde;
− Apresentação de trabalhos de revisão e artigos de revistas científicas;
− Apresentação de resumos de ações de formação externa, considerados
relevantes, de forma a partilhar conteúdos com os restantes elementos.
10.2.1. Plano anual integrado
Após identificação e análise da pertinência das necessidades expressas, é elaborado o
plano anual integrado de formação, pelo CT. As formações internas serão prioritariamente
agendadas para o período semanal de reunião de serviço, obedecendo a planeamento
prévio. O desenvolvimento do plano de formação interna obedece ao Procedimento
PG.01_PROC.04 – Formação Interna.
10.2.2. Certificação da formação interna
No decorrer da acção formativa é assinada pelos participantes a folha de presenças
(PG.01_PROC.04-Imp 2). Com base nesta prova de frequência da formação, a certificação de
Formação Interna é da responsabilidade do conselho técnico. Assim, serão emitidos
54
certificados como Formador (PG.01_PROC.04-Imp 3) ou Formando (PG.01_PROC.04-Imp 4),
conforme procedimento.
10.3.FORMAÇÃO EXTERNA
Perante a diversidade de iniciativas formativas disponíveis, é da responsabilidade
individual optar pelas consideradas mais relevantes, de acordo com as suas necessidades e
expetativas, sendo de importância fulcral a partilha posterior com os restantes elementos da
equipa de forma incrementar a atualização de conhecimentos e técnicas.
10.3.1. Política de participação dos profissionais
A participação em formações externas deve, sempre que possível, respeitar a
credebilidade da entidade formadora e o interesse profissional particular, bem como o
desenvolvimento organizacional da USF. A intenção da frequência deve ser concretizada
com o pedido de comissão gratuita, em impresso institucional, com 1 mês de antecedência.
A sua validação será da responsabilidade do coordenador, com informação do CT e dos
responsáveis pelas escalas de Intersubsituição. No caso de existir incompatibilidade, serão
critérios de desempate e por ordem:
1) Apresentação de trabalhos desenvolvidos na área dos CSP (Autor e/ou Co-Autor);
2) O profissional que tiver feito menos formação na área;
3) Rotatividade para o mesmo evento em relação aos anos anteriores.
De realçar que, os utentes são informados de todas as ausências programadas dos
vários elementos da equipa, através de impresso mensal afixado junto das entradas do
centro de saúde, inclusivamente, quando se ausenta para formação.
55
10.3.2. Mecanismos de partilha dos conhecimentos obtidos
Todo o profissional que frequente formação externa deve apresentar relatório da sua
participação, no máximo 1 mês após o mesmo e partilhar com os seus colegas de área ou
com todos os profissionais da USFFN os ensinamentos apreendidos na acção de formação.
Todos os relatórios deverão ser enviados ao grupo via mailing list oficial e arquivados
em pasta própria. Os mais pertinentes serão apresentados e discutidos em reunião de
serviço.
10.4.AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA USF
Enquanto unidade funcional, permanentemente em transmutação, o desempenho
desta é monitorizado constantemente, comparando o resultado dos indicadores face à
contratualização. A USF tem implementada uma prática de discussão trimestral dos
resultados parciais face às metas contratualizadas, com apresentação em Conselho Geral,
discussão e posterior implementação das medidas corretoras aos desvios identificados.
10.4.1. Reuniões periódicas da equipa
Como já foi referido ao longo deste documento, os profissionais da USF Fernando
Namora, têm reservadas 3 horas de reunião semanal contempladas no horário semanal
individual, para reuniões multidisciplinares, setoriais ou de conselho geral. A equipa escalada
para intersubstituição garante a atividade assistencial que não possa esperar para o fim da
reunião. O CT reúne uma vez por mês, reduzindo para tal as atividades programadas e a
equipa de intersubstituição assegura a atividade assistencial não programada dos
profissionais do CT.
56
10.4.2. Análise periódica dos resultados obtidos
Um dos objetivos das reuniões de equipa é a monitorização, avaliação, discussão e
identificação de medidas corretoras perante as necessidades identificadas. Este processo é
feito com avaliação do desempenho de cada equipa e consequentemente da USF,
trimestralmente. O processo de elaboração da apresentação dos resultados é da
responsabilidade de um grupo de trabalho nomeado pelo CT.
10.5.AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOS PROFISSIONAIS
A avaliação do desempenho dos profissionais da USF, nomeadamente, Assistentes
Técnicas, Enfermeiros e Médicos, será feito de acordo com o constante da sua carreira
profissional, nomeadamente:
− Assistentes Técnicas: Sistema Integrado de Gestão e Avaliação de
Desempenho na Administração Pública (SIADAP); Lei nº66-B/2007 de 28 de
dezembro e é feita pelo coordenador
− Enfermeiras: Decreto- Lei nº 437/91 de 8 de novembro e no Regulamento da
Avaliação do Desempenho da carreira de enfermagem, aprovado pelo
despacho nº 2/93 de 30 de Março (ou pela portaria nº242/2011 de 6 de
Junho)
− Médicos: Decreto-Lei n.º 177/2009, de 4 de Agosto
10.6.MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE
A qualidade dos cuidados é Sine qua non da USF Fernando Namora. Para atingir esta
meta é imprescindível implementar um sistema de avaliação regular e o mais objetivo
possível, de forma a identificar as falhas do nosso trabalho e os seus motivos.
A Carta de Qualidade, documento-chave para a definição dos serviços prestados pela
USF, encontra-se disponível no Anexo 10 – Carta de Qualidade.
57
10.6.1. Uso Regular de Normas de Orientação Clínica
A existência de documentos emanados de peritos reconhecidos e de um processo de
investigação e conhecimento científico, que orientam os profissionais no processo de
tomada de decisão é reconhecida e valorizada na USF. Os profissionais utilizam na sua
prática Orientações Clínicas emanadas da Direção Geral de Saúde, bem como normas
internas adaptadas de várias fontes, compiladas no Manual de Boas Práticas da USFFN que
tem a supervisão do CT e dinamização de um grupo de trabalho nomeado pelo mesmo.
10.6.2. Auditorias clínicas e organizacionais
As auditorias internas clínicas e organizacionais são realizadas por todos os
elementos da USF. A realização das mesmas é baseada na nomeação individual de gestor de
determinado procedimento, ficando este responsável por proceder à auditoria. A
monitorização das suas atividades através da aplicação periódica da grelha de avaliação DiOr
é realizada pelo CT.
As auditorias externas são realizadas pela Equipa Regional de Apoio (ERA) com uma
periodicidade definida pela equipa de apoio e sempre que identificada a necessidade, por
outras equipas a convite da USF.
10.6.3. Plano de Acompanhamento Interno
O plano de acompanhamento interno é um plano de melhoria contínua da qualidade
numa área organizacional ou clínica, envolvendo todas as áreas profissionais incluindo a
avaliação do seu contributo para o seu resultado global. A área de melhoria é decidida no
início de cada ano em reunião de Conselho Geral.
58
10.6.4. Avaliação da satisfação dos utentes
A avaliação da satisfação dos utentes é realizada, habitualmente, através da
aplicação de um questionário anual de satisfação pelo Gabinete do Cidadão do ACES Baixo
Mondego ou por outra entidade reconhecida pelo ACES. É distribuído pelo elemento do
gabinete do Cidadão, elemento neutro na unidade, um questionário estruturado de
autorresposta (anónimo) a todos os utentes com idade igual ou superior a 18 anos, que
recorrem à USF, em determinada semana. Os resultados são discutidos em Conselho Geral e
divulgadas as conclusões e medidas corretoras.
10.6.5. Avaliação da satisfação dos profissionais
A avaliação de satisfação dos profissionais é realizada anualmente. Caso não seja
aplicado por nenhuma entidade externa cabe ao CT a aplicação de um questionário. O CT
trabalha as respostas e divulga os resultados em reunião de Conselho Geral. Os resultados
são discutidos em CG, divulgadas as conclusões e ações a desenvolver.
10.7.INVESTIGAÇÃO EM CSP
Numa perspectiva de desenvolvimento profissional e num contexto de partilha é
essencial a capacidade de indagação permanente, numa procura multidimensional de
compreender os processos de vida/saúde/doença. A equipa analisará propostas de temas de
investigação que surjam dentro do próprio grupo, bem como estará disponível para
colaborar em atividades de investigação externas e que comprovem uma mais-valia no
desenvolvimento científico.
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10.8.COMPROMISSO COM A FORMAÇÃO PRÉ E PÓS GRADUADA
A equipa disponibiliza-se para colaborar na formação pré e pós-graduada de médicos,
enfermeiros e assistentes técnicos.
10.8.1. Participação dos utentes em atividades de ensino
A USF Fernando Namora é um lugar privilegiado para a formação de profissionais ou
voluntários na área da Saúde. Recebe anualmente alunos de Enfermagem, de Medicina,
médicos do Ano Comum do Internato e Internos da especialidade de Medicina Geral e
Familiar.
A sua formação é de extrema importância para o futuro dos próprios e dos utentes
que irão cuidar. No entanto, os utentes da USF Fernando Namora podem recusar o
atendimento na presença destes. Para isso, deverão informar o Secretariado Clínico no mo-
mento da admissão ou o Médico/Enfermeiro de Família no início da consulta.
De igual modo, qualquer utilização de registos clínicos e registos fotográficos do
utente, pressupõem o conhecimento e o consentimento informado do mesmo.
10.8.2. Compromisso de confidencialidade
Todos os profissionais da USFFN e todos os novos profissionais em formação respei-
tam o código de ética da unidade de saúde e assumem o compromisso de confidencialidade
de toda a informação clínica e de elementos identificativos dos utentes.
60
Capítulo 11 - INIBIÇÕES DECORRENTES DA
NECESSIDADE DE CUMPRIMENTO DO COMPROMISSO
ASSISTENCIAL DA USFFN
A USF Fernando Namora tem uma relação profissional e cordial com toda a rede
organizacional de cuidados e seus serviços, possuindo um Manual de Articulação com ACES
Baixo Mondego.
Poderão considerar-se inibições:
− Falta de recursos materiais dependentes do ACES Baixo Mondego (material de
consumo clínico e instrumentos);
− Inexistência de fundo de Maneio;
− Viatura de transporte do CS para realização de domicílios desgastada e com
avarias frequentes;
− Dificuldades de comunicação decorrentes da estrutura física da unidade;
− Limitações inerentes ao suporte informático e rede interna;
− Telefones;
− Inexistência de assistente operacional.
61
Capítulo 12 - PEDIDO DE ACUMULAÇÃO DE FUNÇÕES
Todos os profissionais da USF Fernando Namora que desejem acumular outras funções para além
da sua atividade na Unidade, (quer públicas, quer privadas), devem anualmente preencher um im-
presso específico, solicitando a respetiva autorização ao Diretor Executivo do ACES Baixo Mondego.
O pedido deverá seguir para o ACES já com o parecer favorável do Coordenador da USFFN e
deve conter o período temporal, bem como as seguintes informações:
• Local de exercício da função ou atividade a acumular;
• Horário;
• Remuneração a auferir, quando aplicável;
• Natureza do trabalho (autónoma ou subordinada);
• Justificação do manifesto de interesse público (quando aplicável);
• Justificação da inexistência de conflito com as funções públicas (quando apli-
cável);
• Compromisso de cessação imediata da função ou atividade acumulada em ca-
so de ocorrência superveniente de conflito;
62
Capítulo 13 - ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOS PROFISSIONAIS
13.1- DURAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOS PROFISSIONAIS
Todos profissionais da USF Fernando Namora, independentemente do seu grupo pro-
fissional, cumprem um horário de trabalho que está de acordo com o conteúdo da Delibera-
ção n.º 811/2018 – “Regulamento de Duração e Organização do Trabalho do ACES Baixo
Mondego” e no Despacho n.º 5803/2019. Em tudo o que não estiver expressamente previs-
to no regulamento aplicam-se as disposições estabelecidas na Lei n.º 35/2014, de 20 de ju-
nho e demais legislação aplicável, e as constantes dos instrumentos de regulamentação cole-
tiva vigentes.
Os horários são elaborados, sendo então aprovados em Conselho Geral, validados
pelo Coordenador da unidade e pelo elemento do Conselho Técnico da respetiva área profis-
sional, sendo depois enviado ao ACES para homologação pelo Diretor Executivo (DE). A
acompanhar o horário devem seguir todos os elementos necessários para homologação de
categorias especiais de horário, como a Jornada Contínua. Sem esses elementos, esse horá-
rio não poderá ser validado. Só após a validação pelo DE é que o horário entrará oficialmen-
te em vigor.
13.2- CONTROLO E REGISTO DA ASSIDUIDADE DOS PROFISSIONAIS
O registo da assiduidade dos profissionais é realizado através de controlo biométrico
em aparelho localizado nas instalações da Unidade, salvo exceções previstas na Deliberação
n.º 811/2018.
A validação das folhas de ponto é realizada na unidade por validadores da USF, dos
diferentes grupos profissionais, geralmente o Coordenador e os elementos do Conselho
Técnico. A validação definitiva e encerramento das folhas de ponto é realizada pelos ele-
mentos dos Recursos Humanos do ACES Baixo Mondego.
63
13.3- DEFINIÇÃO E APLICAÇÃO DE INCREMENTOS DE HORÁRIO
De acordo com o Despacho nº 5803/2019, o horário de trabalho deve ter como base
as 35 horas com incrementos ajustados às unidades de contratualização (UC) do suplemento
associado às unidades ponderadas da lista de utentes, de acordo com o previsto nos artigos
30.º, 32.º e 34.º do Decreto-Lei n.º 298/2007, de 22 de agosto, alterado e republicado pelo
Decreto-Lei n.º 73/2017 de 21 de junho. Os horários dos profissionais são aprovados em
conselho geral e submetidos pelo coordenador a validação pelo diretor executivo do ACES,
até 31 de março de cada ano civil.
A USF Fernando Namora decide anualmente em Reunião de Conselho Geral o valor
do incremento de horário associado a cada UC. Os incrementos de horário são ajustados
anualmente, por cada elemento da USF, de acordo com as normas em vigor.
64
Capítulo 14 - DÚVIDAS E OMISSÕES
As dúvidas e omissões do presente regulamento serão resolvidas por maioria de 2/3
dos elementos da USF, incluindo o coordenador.
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