"Apresentação de linguistica 2"

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Baseado no livro " A língua de Eulália" de Bagno. Com foco no capítulo: " Quem era o home que eu vi onte na garage".

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Quem era o home que eu vi onte na garage?

Por que será que é tão comum as pessoas dizerem: home, onte, garage, em vez dehomem, ontem e garagem com “m” no final?

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Os home

pensa

que sô

otário!

Isso tem haver com a tendência à desnasalização das vogais postônicas na língua portuguesa. Na ciência, os fenômenos, as regras, as leis têm que ter nomes precisos, para facilitar o estudo e análise.

Existe a tendência na línguaportuguesa de eliminar a nasalidade das vogais postônicas.

Todas as palavras tão usadas no português atual tinham um “n” final que desapareceu,mas deixou vestígios e é por isso que até hoje dizemos abdominal, betuminoso, examinar, luminária, nominal, com aquele mesmo N que se perdeu nos substantivos.

Algumas dessas palavras conservaram uma dupla grafia possível: Abdome/abdômen, certame/certâmen, germe/ gérmen. Só que estas formas com N final praticamente não são usadas nem na língua oral nem na escrita, e quase não as encontramos hoje em dia.

Por que será que o português-padrãoconservou o M nessas palavras?

Porque talvez tenha sido a altafrequência de uso delas na norma-padrão. O português não-padrão, no entanto, que é mais obediente às regras ditadas pelas tendências internas da língua, aplicou a regra a todas elas.

Este fenômeno também atingiu as palavras terminadas em -ão postônico,e é por isso que no PNP ouvimos orgo para Órgão, orfo para órfão, Cristovo para Cristovão.Além de todos os verbosque,no português-padrão, terminam em –AM(pronunciado -ão) eles cantaro, eles bebero.

Nós somos obrigados a reconhecer que quem diz onte, home, garage, bobage, não está falando "errado".Está até, de certa forma, falando mais"certo", já que está respeitando a "regra" de desnasalização da vogal postônica que é natural da língua.

Trabalho realizado pelos alunos:

Sara AvelinoErikson SantosNathalia AlhoAntônio Carlos Luiz Castro

Turma de linguística II Professora: Glayce

Universidade Estadual do Rio de Janeiro FFP

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