Atualidades crise europeia e neofascismo

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Crise europeia e NeofascismoAulão de atualidades

3º Ano

Colégio Santa Úrsula

O epicentro da crise econômica e financeira que eclodiu em

2008 foram os Estados Unidos da América (EUA).

O processo atinge todas as regiões, mostrando a interrelação

entre as economias em um mundo globalizado.

É a maior crise financeira enfrentada pelo capitalismo desde

1929, sem perspectivas claras sobre a retomada de novos

ciclos de expansão

A Crise

Crise do modelo neoliberal:

concentração de renda no mundo desenvolvido

endividamento crescente das famílias

incapacidade do mercado de se autorregular.

Observou-se intensa mobilidade de capitais:

para regiões de menores custos financeiros (sob forma de

investimentos diretos)

para mercados desregulados (possibilidade de elevados

rendimentos)

Contextualização da Crise Financeira Internacional

Os efeitos da crise recolocaram no mundo o debate

sobre o papel do Estado como regulador e promotor

do desenvolvimento.

Abre-se o caminho para uma nova geopolítica mundial

incorporando um conjunto de países no debate e

processo decisório global.

Redução da liquidez mundial

Contração do crédito externo refletido no crédito doméstico.

Contração do mercado internacional

Redução dos saldos comerciais;

Redução dos preços das commodities.

Transferência de capitais para as matrizes

Desvalorização de ativos e ações;

Redução dos fluxos de entrada de capitais;

Redução de estoques;

Desvalorização do real frente ao dólar.

• Crescimento da Zona do Euro

• 2011 1,5%

• 2012 -0,5%(*)

• Desemprego atinge 11% na região e 25% em alguns países

• Ajustes fiscais (redução do déficit público) levaram a região à

recessão

• Não há instrumentos para fazer ajuste com crescimento

econômico.

Situação da Europa

• Forma de ajuste: corte de gastos públicos (é recessivo)

• Elevação do risco tem levado a aumento de juros

→ Itália e Espanha

→ Juros de 7% tornariam atuação insuportável

• BCE socorreu comprando títulos e condicionando ajuste

→ Objetivo é reduzir juros durante transição

→ “Folego” para o ajuste

→ Mas a redução do déficit público é inevitável

● Três Grandes Questões:

Europa se mantêm em recessão/estagnação?

Solução para o “abismo fiscal” nos EUA?

Desaceleração da China permanece?

Perspectivas

●Solução da crise europeia leva tempo

Ajustes fiscais apenas começaram

Novas medidas de redução do déficit

público e da dívida pública

Dívida grega é impagável

Possível abrandamento das exigências

Estagnação / recessão

Desemprego elevado

Manifestações

Riscos políticos

Consequências

Na União Europeia, as leis sobre imigração e asilo político variam muito de país para país, embora a tendência seja para a sua uniformização.

Impactos sociais - Neofascismo

Contingente de imigrantes

Observatório Europeu do Racismo e da Xenofobia vem denunciando o aumento dos casos de violência racial e de discriminação em todos os países da UE. De acordo com este Observatório, as principais razões para o aumento da xenofobia, devem-se principalmente ao medo do desemprego, insegurança em relação ao futuro, e ao mal estar generalizado sobre as condições sociais e as políticas dos governos.

Direita

Extrema-direita

A posição da extrema-direita europeia

Questões um pouco diferentes: 1) neonazismo; 2) extrema direita (o nazismo faz parte da extrema direita, mas nem toda a extrema direita é exatamente nazista ou neonazista); 3) extremismo político (que é um fenômeno mais amplo)

Direita e neonazismo

É consensual a seguinte definição técnica de racismo: a representação de um povo como inferior por razões naturais, independentemente da sua acção e da sua vontade. Esta representação é feita, naturalmente, por todos aqueles que se assumem a si próprios como superiores.

Racismo como ameaça ?

Nazifascismo - Origens

Impunidade – um bom exemplo

Os loucos anos 50

Os intensos anos 70

O descontentamento da juventude com a sociedade de consumo acabou por desencadear, nos anos 60, os movimentos de contra-cultura, inicialmente com os hippies "cabeludos e pacifistas" (e de classe média), que vão ser substituídos por uma versão mais popular, os skinheads, que posteriormente vão dividir-se e tomar caminhos políticos diferenciados.

Tensões sociais vão encontrar uma válvula de escape na xenofobia e no racismo, que foi seu grande ponto de partida e o seu relançamento. Os estrangeiros passam a significar, nesse sentido, pessoas que iriam tomar seus empregos, que estariam mudando seus modos de vida, introduzindo as drogas, a criminalidade, a decadência.

Na França, um partido de extrema direita, a Frente Nacional, que procura negar a sua identidade neonazista, mas que a todo o momento faz referência ao passado do regime de Vichy, ganha base de apoio social, a ponto de políticos de esquerda, socialistas ou comunistas, serem obrigados às vezes, nas suas circunscrições eleitorais, a defender políticas restritivas à imigração.

Na Alemanha também há um renascimento muito forte da atuação desses grupos, além de outros países. Numericamente, estes grupos ainda são pequenos, porém extremamente ativos.

Nos anos 90 Os neonazistas começam a fazer ações, principalmente nos países do Leste Europeu, que saem do regime socialista. A extrema-direita, o nacionalismo, a xenofobia e as ideias neonazistas surgem com vigor em países onde até então não havia, de certa forma, estruturas e formas de convivência capazes de lidar com este fenômeno.

Segundo Ramonet, "o obscurantismo seduz cada vez mais certos espíritos desencorajados pela complexidade das novas realidades, chocados pela irracional crise econômica." Graças a esse obscurantismo, já se expandiram através do mundo as revoluções conservadoras e os diversos fundamentalismos: islâmico no Ira, puritano nos EUA, católico na França, ortodoxo em Israel, etc.

Os partidos mais significativos de Extrema-Direita

- Itália: MSI (Alliance nationale) 12,5%

- França: Frente Nacional 10,5%

- Belgique: VIB-Vlaams Blok (Bloc flamand) 7,8% FNb (Front national belge) 2,9%

Extrema direita na U.E.