Aula 02- O Cânon Sagrado

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Assembleia de Deus em Florânia -RN

Lição 2 – O Cânon da Bíblia

Maxsuel Aquino

AGENDA•Livros canônicos•Livros apócrifos•Pormenorização da formação do cânon•Por que os evangélicos não aceitam os livros apócrifos?

•Atividade

?????????•Que livros fazem parte da Bíblia?•Que diremos a respeito dos chamados livros ausentes?

•Como foi que a Bíblia veio a ser composta de 66 livros?

LIVROS CANÔNICOSA inspiração é o meio pelo qual a Bíblia recebeu sua autoridade: a canonização é o processo pelo qual a Bíblia recebeu sua aceitação definitiva.

LIVROS CANÔNICOS•A palavra cânon deriva do grego kanõn ("cana, régua"), que, por sua vez, se origina do hebraico kaneh, palavra do Antigo Testamento que significa "vara ou cana de medir" (Ez 40.3).

LIVROS CANÔNICOS

“Paz e misericórdia estejam sobre todos os que andam conforme essa regra, e também sobre o Israel de Deus.” (Gálatas 6.16)

LIVROS CANÔNICOS

“Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o mesmo.” (Filipenses 3:16)

LIVROS CANÔNICOSA palavra cânon aplicava-se à Bíblia em dois sentidos:•Ativo•Passivo

Maxsuel
No sentido ativo, a Bíblia éo cânon pelo qual tudo o mais deve ser julgado. No sentido passivo, cânonsignificava a regra ou padrão pelo qual um escrito deveria ser julgadoinspirado ou dotado de autoridade.

LIVROS CANÔNICOS•No sentido ativo, a Bíblia é o cânon pelo qual tudo o mais deve ser julgado

•No sentido passivo, cânon significava a regra ou padrão pelo qual um escrito deveria ser julgado inspirado ou dotado de autoridade.

ALGUNS SINÔNIMOS DE CANONICIDADE

•Escrituras Sagradas•Escritos autorizados (Js 1.8)•Livros que conspurcam as mãos•Livros proféticos

CONCEITOS ERRADOS SOBRE O QUE DETERMINA A CANONICIDADE DE UM LIVRO

•A concepção de que a idade determina a canonicidade

•A língua hebraica determina a canonicidade

CONCEITOS ERRADOS SOBRE O QUE DETERMINA A CANONICIDADE DE UM LIVRO

•A concordância do texto com a Torá determina a sua canonicidade

•O valor religioso determina a canonicidade

LIVROS CANÔNICOS“Não é o valor religioso que determina a canonicidade de um texto; é sua canonicidade que determina seu valor religioso.”

A CANONICIDADE É DETERMINADA PELA INSPIRAÇÃO

“Os livros da Bíblia não são considerados oriundos de Deus por se haver descoberto neles algum valor; são valiosos porque provieram de Deus — fonte de todo bem.”

LIVROS CANÔNICOS“Não é o valor religioso que determina a canonicidade de um texto; é sua canonicidade que determina seu valor religioso.”

Maxsuel
O sentido primário da palavra cânon aplicado às Escrituras é aplicadona acepção ativa, i.e., a Bíblia é a norma que governa a fé. O sentidosecundário, segundo o qual um livro é julgado por certos cânones e éreconhecido como inspirado (o sentido passivo),

OS PRINCÍPIOS DE DESCOBERTA DA CANONICIDADE1) O livro é autorizado — afirma vir da parte de Deus?

2) É profético — foi escrito por um servo de Deus?

Maxsuel
Paulo exorta o povo de Deus em Gálatas, dizendo que suas cartasdeveriam ser aceitas porque ele era apóstolo de Cristo

OS PRINCÍPIOS DE DESCOBERTA DA CANONICIDADE 3) É digno de confiança — fala a verdade acerca de Deus, do homem etc?

4) É dinâmico — possui o poder de Deus que transforma vidas? (2 Tm 3.15-17)

Maxsuel
O mero fato de um texto estar de acordo com umarevelação anterior não indica que tal texto é inspirado. Mas a contradiçãode uma revelação anterior sem dúvida seria indício de que o ensino não erainspirado.

OS PRINCÍPIOS DE DESCOBERTA DA CANONICIDADE

5) É aceito pelo povo de Deus para o qual foi originariamente escrito —é reconhecido como proveniente de Deus?

O DESENVOLVIMENTO DO CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO

Deus inspirou os livros, o povo original de Deus reconheceu-os e coligiu-os, e os crentes de uma época posterior distribuíram-nos por categorias, como livros canônicos, de acordo com a unidade global que neles entreviam.

OS TRÊS PASSOS MAIS IMPORTANTES NO PROCESSO DE CANONIZAÇÃO•A inspiração de Deus•O reconhecimento da inspiração pelo povo de Deus

•e a coleção dos livros inspirados pelo povo de Deus.

RECONHECIMENTO•Os escritos de Moisés foram aceitos e reconhecidos em seus dias (Êx 24.3), como também os de Josué (Js 24.26), os de Samuel (1Sm 10.25) e os de Jeremias (Dn 9.2)

PRESERVAÇÃO PELO POVO•Os escritos de Moisés eram preservados na arca (Dt 31.26).

•As palavras de Samuel foram colocadas "num livro, e o pôs perante o Senhor" (1Sm 10.25)

PRESERVAÇÃO PELO POVO•A lei de Moisés foi preservada no templo nos dias de Josias (2Rs 23.24).

•Daniel tinha uma coleção dos "livros" nos quais se encontravam "a lei de Moisés" e "os profetas" (Dn 9.2,6,13).

PRESERVAÇÃO PELO POVO•Esdras possuía cópias da lei de Moisés e dos profetas (Ne 9,14,26-30)

•Os crentes do Novo Testamento possuíam todas as "Escrituras" do Antigo Testamento (2Tm 3.16), tanto a lei como os profetas (Mt 5.17)

A DIFERENÇA ENTRE OS LIVROS CANÔNICOS E OUTROS ESCRITOS RELIGIOSOS

Os livros inspirados exercem autoridade sobre os crentes; os não-inspirados poderão ter algum valor devocional ou para a edificação espiritual, mas jamais devem ser usados para definir ou delimitar doutrinas.

A DIFERENÇA ENTRE CANONIZAÇÃO E CATEGORIZAÇÃO DOS LIVROS DA BÍBLIA

•a lei (c. 400 a.C)•os profetas (c. 200 a.C.) •e os escritos (c. 100 a.C)

A EVIDÊNCIA DA COLEÇÃO PROGRESSIVA DOS LIVROS PROFÉTICOS•Os livros de Moisés são Citados por todo o Antigo Testamento, desde Josué (1.7) até Malaquias (4.4), incluindo-se a maior parte dos grandes livros intermediários (1Rs 2,3; 2Rs 14.6; 2Cr 14.4; Jr 8.8; Dn 9.11; Ed 6.18 e Ne 13.1).

A EVIDÊNCIA DA COLEÇÃO PROGRESSIVA DOS LIVROS PROFÉTICOS•Em Juízes 1.1,20,21 e 2.8, há referências a Josué e a acontecimentos narrados em seu livro.

•Os livros de Reis citam a vida de Davi conforme narrada nos livros de Samuel (V. 1Rs 3.14; 5.7; 8.16; 9.5).

A EVIDÊNCIA DA COLEÇÃO PROGRESSIVA DOS LIVROS PROFÉTICOS

•Crônicas faz uma revisão da história de Israel registrada desde Gênesis até Reis, incluindo-se o elo genealógico mencionado apenas em Rute (1Cr 2.12,13).

A EVIDÊNCIA DA CONTINUIDADE PROFÉTICA

1. A história de Davi foi escrita por Samuel (cf. 1Sm), por Nata e por Gade(1Cr 29.29)2. A história de Salomão foi registrada pelos profetas Nata, Aías e Ido (2Cr 9.29).

A EVIDÊNCIA DA CONTINUIDADE PROFÉTICA

3. Os atos de Roboão foram escritos por Semaías e por Ido (2Cr 12.15)4. Ahistória de Abias foi acrescentada pelo profeta Ido (2Cr 13.22).

A EVIDÊNCIA DA CONTINUIDADE PROFÉTICA

5. A história do reinado de Josafá foi registrada pelo profeta Jeú (2Cr20.34)6. A história do reinado de Ezequias foi registrada por Isaías (2Cr 32.32).

A EVIDÊNCIA DA CONTINUIDADE PROFÉTICA7. A história do reinado de Manasses foi registrada por profetas anônimos (2Cr 33.19).8.Os demais reis também tiveram suas histórias narradas pelos profetas (2Cr 35.27).

A EXTENSÃO DO CÂNON DO ANTIGOTESTAMENTO

A aceitação inicial dos 22 livros (correspondentes exatamente aos nossos 39) das Escrituras hebraicas não resolveu a questão de uma vez por todas

TERMINOLOGIA TÉCNICA

•Homologoumena" (lit, falar como um)•Antilegomena" (falar contra)•Pseudepígrafos•Apócrifos

HOMOLOGOUMENA•Os livros bíblicos aceitos por todos eram chamados "homologoumena" (lit, falar como um).

•Os cinco excluíveis seriam Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Ester, Ezequiel e Provérbios

OS LIVROS QUESTIONADOS POR ALGUNS — ANTILEGÔMENO

•A canonicidade de cinco livros do Antigo Testamento foi questionada I numa ou noutra época por algum mestre do judaísmo:

•Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Ester, Ezequiel e Provérbios.

OS LIVROS REJEITADOS POR TODOS — PSEUDEPÍGRAFOS

•Com frequência a origem desses escritos estava na especulação espiritual, a respeito de algo que não ficou bem explicado nas Escrituras canônicas.

LIVROS PSEUDEPÍGRAFOS

OS LIVROS ACEITOS POR ALGUNS — APÓCRIFOS

•No grego clássico, a palavra apocryphasignificava "oculto" ou "difícil de entender•Posteriormente, tomou o sentido de esotérico

OS LIVROS ACEITOS POR ALGUNS — APÓCRIFOS

•Pela época de Irineu e de Jerônimo (séculos III e IV), o termo apocrypha veio a ser aplicado aos livros não-canônicos do Antigo Testamento

OS LIVROS ACEITOS POR ALGUNS — APÓCRIFOS

Há quinze livros chamados apócrifos (catorze se a Epístola de Jeremias se unir a Baruque, como ocorre nas versões católicas de Douai).

OS LIVROS ACEITOS POR ALGUNS — APÓCRIFOS

Com exceção de 2 Esdras, esses livros preenchem a lacuna existente entre Malaquias e Mateus e compreendem especificamente dois ou três séculos antes de Cristo.

ARGUMENTOS PARA ACEITAR OS APÓCRIFOS

1.Alusões no Novo2.Emprego que o Novo Testamento faz da versão dos Septuaginta3.Os mais antigos manuscritos completos da Bíblia4. A arte cristã primitiva

LIVROS APÓCRIFOS

RAZÕES POR QUE SE REJEITA A CANONICIDADE DOS APÓCRIFOS

1.A autoridade do Novo Testamento2. A tradução dos Septuaginta3. A Bíblia cristã primitiva4. A arte cristã primitiva5. Os primeiros pais da igreja

RESUMO E CONCLUSÃOO cânon do Antigo Testamento até a época de Neemias compreendia 22 (ou 24) livros em hebraico, que, nas Bíblias dos cristãos, seriam 39, como já se verificara por volta do século IV a.C.

POR QUE NÃO ACEITAR OS APÓCRIFOS?

1.Os apócrifos não reivindicam ser proféticos2.Não detêm a autoridade de Deus.3.Contêm erros históricos (v. Tobias 1.3-5 e 14.11) e graves heresias teológicas, como a oração pelos mortos (2Macabeus 12.45[46]; 4).

POR QUE NÃO ACEITAR OS APÓCRIFOS?

4. Embora seu conteúdo tenha algum valor para a edificação nos momentosdevocionais, na maior parte se trata de texto repetitivo; são textos que já se encontram nos livros canônicos.

POR QUE NÃO ACEITAR OS APÓCRIFOS?

5. Há evidente ausência de profecia, o que não ocorre nos livros canônicos.Os apócrifos nada acrescentam ao nosso conhecimento das verdadesmessiânicas.

POR QUE NÃO ACEITAR OS APÓCRIFOS?

6. O povo de Deus, a quem os apócrifos teriam sido originariamenteapresentados, recusou-os terminantemente.

O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO

A partir do momento em que as discussões resultaram no reconhecimento dos 27 livros canônicos do Novo Testamento, não mais houve movimentos dentro do cristianismo no sentido de acrescentar ou eliminar livros.

O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO

Várias forças contribuíram para que o mundo cristão da antiguidade providenciasse o reconhecimento oficial dos 27 livros canônicos do Novo Testamento

O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO

•Três dessas forças têm significado especial:

•a eclesiástica•teológica •e a política.

O NOVO TESTAMENTO É MESMO CANÔNICO?

•Quantos cegos foram curados em Jericó? Um ou dois? (Mt 20.29-34; Mc 10.46 -52; Lc 18.35-43)

•Existe algum problema em Apocalipse 22.14?

O NOVO TESTAMENTO É MESMO CANÔNICO?

“Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.” (Apocalipse 22:14) ARA

O NOVO TESTAMENTO É MESMO CANÔNICO?

"Felizes os que lavam as suas vestes, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.” ( Apocalipse 22:14) NVI

O NOVO TESTAMENTO É MESMO CANÔNICO?

•ENTOLÉ = Mandamento•STOLÉS = Vestes

ATIVIDADE1. Sabemos que todos os 66 livros da

Bíblia foram inspirados pelo Espírito Santo.

2.A palavra “apócrifo” significava, originalmente, “oculto”.

ATIVIDADE3. Canonização, palavra grega kanonizein,

que, entre outras coisas significa “tornar santo”.

4. A Bíblia, como o nosso cânon por excelência, arvora-se como a nossa única regra de fé e conduta, pois a temos como a infalível Palavra de Deus

ATIVIDADE5. As igrejas protestantes, que se baseiam

rigorosamente na autoridade divina da Palavra de Deus, rejeitam os apócrifos.

6. Um exame dos apócrifos não deixará dúvidas acerca do porquê de os evangélicos os rejeitarem.

REFERÊNCIASGEISLER, Norman L.; NIX, William E.. Introdução Bíblica: Como a Bíblia chegou até nós. São Paulo: Vida, 1997A Origem da Bíblia, Philip Wesley, ed. 1a ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadoradas Assembleias de Deus, 1998.

REFERÊNCIASHistória, Doutrina e Interpretação da Bíblia - Joseph Angus; Tradução: J. Santos Figueiredo - São Paulo, SP: Editora Hagnos, 2003GEISLER, Norman L.. Teologia Sistemática: Introdução: A teologia, a Bíblia Deus e a Criação. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleia de Deus, 2010.