Geraldo Vandré- Caminhando (Ditadura no Brasil)

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CaminhandoGeraldo Vandré

 Geraldo Vandré sabia que a resistência deveria se unir e andar em somente uma direção, pois enquanto houvesse diferença no pensamento, não conseguiriam por um fim na ditadura. A música faz crítica àqueles que não sabem o que estão fazendo (alguns militares), não sabem o que fazer (povo) e também àqueles que sabem o que devem fazer mas que por medo não fazem (pessoas de destaque e influência sobre o povo, na sua maioria músicos e artistas). Por tentar fazer o brasileiro acordar para a sua realidade, em todas as classes sociais, por isso foi escolhida como o "Hino contra a Ditadura". 

Caminhando e cantando e seguindo a cançãoSomos todos iguais braços dados ou não

É um hino para que a população perceba que todos temos direitos iguais, é uma luta contra a desigualdade social que a ditadura quer manter de acordo com o capitalismo selvagem.

Nas escolas nas ruas, campos, construçõesCaminhando e cantando e seguindo a canção

É para toda a população em toda parte se unir contra a desigualdade, contra a exploração do povo, contra os desrespeito às opiniões contrárias.

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Povo, não espere, a hora quem quer faz, não espere pelos outros, entre na luta!

Pelos campos há fome em grandes plantaçõesPelas ruas marchando indecisos cordõesAinda fazem da flor seu mais forte refrãoE acreditam nas flores vencendo o canhão

Protesto contra a incrível condição de pessoas que moram no campo estarem passando fome em virtude dos latifúndios, exploração de mão de obra escrava mesmo depois da lei áurea. E vocês ainda acreditam que as flores vão vencer os canhões da ditadura? Se mexam vocês estão passando fome etc...

Há soldados armados, amados ou nãoQuase todos perdidos de armas na mãoNos quartéis lhes ensinam uma antiga liçãoDe morrer pela pátria e viver sem razão

Alerta sobre mesmo os soldados que são contra a tortura, eles são forçados a fazerem o mal indo contra os direitos humanos.

Nas escolas, nas ruas, campos, construçõesSomos todos soldados, armados ou nãoCaminhando e cantando e seguindo a cançãoSomos todos iguais braços dados ou não

Que todos, mesmo os "terroristas" guerrilheiros que são contra o regime militar capitalista burguês e usam armas, são como o povo explorado, mesmo que não estejam de braços dados fisicamente, mas no fundo necessitam da liberdade e da igualdade.

Os amores na menteAs flores no chãoA certeza na frenteA história na mãoCaminhando e cantandoE seguindo a cançãoAprendendo e ensinandoUma nova lição

Os ideais devem estar na mente, as flores no chão pois contra a ditadura e tortura, somente pelas armas para vencer essa é a nova lição.

Vem, vamos emboraQue esperar não é saberQuem sabe faz a horaNão espera acontecer

Vamos povo, chegou a hora, vamos nos unir, lutar, pegar em armas, fazer uma revolução, não podemos ficar parados sendo oprimidos pelo sistema capitalista, que suga o povo até a morte de fome, vamos nos rebelar contra a repressão, não adiantam flores.