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Mudança, Revolução e Transformação Social
::: A mudança social e os clássicos :::
AUGUSTE COMTE
- Acreditava que a mudança social estava situada na mente, na qualidade e quantidade de conhecimentos sobre a sociedade;
- Toda mudança, o progresso, está condicionada pela
manutenção da ordem social (Ordem e Progresso, no
Brasil);
- Admitia a mudança, mas não podia alterar a ordem vigente (opção conservadora).
::: A mudança social e os clássicos :::
Estágios da Evolução em COMTE:
- 1º estágio – Teológico – Atribuíam a entidades e forças
sobrenaturais as responsabilidades pelos
acontecimentos;
- 2º estágio – Metafísico – Surgiu quando as entidades sobrenaturais foram substituídas por ideias e causas abstratas e racionais. Momento da FILOSOFIA;
- 3º estágio – Positivo – Corresponde à Era da Ciência e da industrialização. Momento da SOCIOLOGIA.
::: A mudança social e os clássicos :::
KARL MARX
- Analisou a Revolução Francesa: considerou política e parcial, pois foi realizada para emancipar uma minoria (a burguesia);
- Para Marx, uma revolução radical está no fato de ser realizada pela maioria da sociedade;
- Somente o proletariado pode libertar toda a sociedade da opressão. A transformação não parte do “zero”, ela sempre nega uma situação anterior.
“Eis porque a humanidade não se propõe nunca senão os problemas que ela pode
resolver, pois, aprofundando a análise, ver-se-á sempre que o
próprio problema só se apresenta quando as
condições materiais para resolvê-lo existem ou estão em
vias de existir” (p. 48).
::: A mudança social e os clássicos :::
Por que o proletariado?
- Reúne três condições:
a) uma organização ao redor de uma condição comum (situação de vida);
b) um projeto diferente de sociedade;
c) a importância para o funcionamento do sistema capitalista;
::: A mudança social e os clássicos :::
ÉMILE DURKHEIM
- Evolução da solidariedade mecânica para a solidariedade orgânica (por causa da crescente divisão do trabalho). Estava preocupado com o processo de INTEGRAÇÃO social;
- Motivos para essa evolução:
a) crescimento demográfico (concentração);
b) aumento da qualidade e quantidade dos vínculos sociais, assim como das interações econômicas.
::: A mudança social e os clássicos :::
MAX WEBER
- Centrou sua análise nos aspectos econômicos, incluindo o plano das ideias, crenças e valores;
- Seu método é o dos TIPOS IDEAIS de ação e dominação (ver Capítulo I);
- Para Weber, a burocratização crescente (controle sobre a sociedade a partir do Estado) de uma sociedade seria um entrave para a mudança social.
::: Progresso e Desenvolvimento :::
TEORIAS DA MODERNIZAÇÃO
- Segundo essas teorias, a sociedade evolui de um estágio inicial (tradicional) para um estágio superior (moderno);
- Essas teorias estão baseadas em Durkheim e Weber;
- Segundo essas teorias, as sociedades tradicionais devem seguir os passos históricos e exemplos das sociedades modernas (industrializadas e urbanas). Modelos: EUA, Canadá e Europa ocidental.
::: Progresso e Desenvolvimento :::
TEORIAS DA MODERNIZAÇÃO
- A mudança social é a evolução em direção ao padrão de modernidade;
- Essas teorias são, portanto, ETNOCÊNTRICAS, LINEARES e CONSERVADORAS;
- Além disso, associa “tradição” a primitivismo e atraso, esquecendo que inúmeros avanços científicos derivam de conhecimentos considerados tradicionais.
::: Teorias do subdesenvolvimento e dependência :::
- Análise da história de cada sociedade e das relações econômicas e políticas entre os países;
- Os principais intelectuais dessa perspectivas estavam reunidos na Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL);
- Alertava para as condições desiguais entre os países;
- Aos países subdesenvolvidos cabe fornecer matérias-primas e comprar produtos industrializados dos desenvolvidos;
::: Teorias do subdesenvolvimento e dependência :::
- Os países desenvolvidos e subdesenvolvidos tiveram origens diferentes: metrópoles e colônias;
- A dominação colonial (que perdurou por séculos) impediu que os países latino-americanos desenvolvessem suas potencialidades livremente;
- Industrialização dependente: ocorreu mediante a aliança entre os empresários estrangeiros, nacionais e Estado;
::: Teorias do subdesenvolvimento e dependência :::
- Nos países subdesenvolvidos havia as condições para a industrialização dependente:
a) proximidade em relação as matérias-primas;
b) mão-de-obra barata;
c) incentivos fiscais do Estado (deixava de cobrar impostos);
d) o Estado construía toda a infra-estrutura necessária.
::: REVOLUÇÃO :::
- Transformação radical das estruturas sociais, políticas e econômicas de uma sociedade;
Revolução ≠ Reforma:
- As reformas não se contrapõem aos interesses dominantes; revoluções buscam romper com a hegemonia da classe dominante;
- A reformas buscam amenizar as contradições, solucionando os problemas temporariamente; as revoluções apontam para emancipação humana.
::: REVOLUÇÃO :::
AS PRINCIPAIS ONDAS REVOLUCIONÁRIAS:
- Séculos XVII – XVIII – Revoluções burguesas:
Revoluções Inglesas – Industrial – Americana –Francesa
- Século XIX – XX – Revoluções operárias:
Revoluções de 1848 – Comuna de Paris – Revolução Russa – Chinesa – Cubana.
AS REVOLUÇÕES CLÁSSICAS
::: Revolução Inglesa (1642 - 1660) :::
- Parte da nobreza e a burguesia combatem o poder absoluto do Rei;
- O objetivo era limitar os poderes do Rei sobre as questões econômicas e tributação;
- Entre 1649 – 1660 – Período de regime republicano;
- A solução do conflito foi a instituição da chamada Bill ofRights (direitos) e a monarquia constitucional, limitando os poderes reais;
- Foi a primeira grande vitória da burguesia comercial.
::: Revolução Americana (1776) :::
- Luta contra o colonialismo inglês – não havia intenção de transformar a realidade econômica e social;
- A luta pela independência e as características da população estadunidense produziu uma sociedade avessa ao Estado (controle) e crente na individualidade(livre iniciativa, empreendedorismo, etc);
- É uma revolução liberal clássica, pois luta por LIBERDADE e não IGUALDADE;
- Para os liberais a IGUALDADE impede o desenvolvimento dos mais fortes, nivelando-os ao nível dos mais fracos.
::: Revolução Francesa (1789) :::
- Referência para inúmeros movimentos revolucionários burgueses na Europa do século XVIII;
- Combatia os privilégios da nobreza e do clero, representando a ascensão da burguesia (desejava o poder);
- Foi uma revolução que se propunha UNIVERSAL, lutando em nome de toda a humanidade;
- Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão (1793) – igualdade formal, defesa da propriedade privada e liberdade de comércio.
TRÊS REVOLUÇÕES DO SÉCULO XX
::: Revolução Mexicana (1910 - 1917) :::
- Foi uma resposta dos explorados do campo e da cidade a situação de desigualdade e exploração (1% da população rica detinha 97% das terras);
- 1º objetivo: era derrubar Porfírio Díaz, no poder havia 20 anos e apoiado pelos EUA;
- Grupos que participaram do movimento:a) camponeses liderados por Pancho Villa (ao norte);
b) camponeses liderados por Emiliano Zapata (ao sul);
c) trabalhadores urbanos reunidos na Casa del Obrero(COM) e liderados por Francisco Madero;
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::: Revolução Mexicana (1910 - 1917) :::
Conquistas da revolução:
- Separação da Igreja e do Estado;
- Ensino público;
- Jornadas de 8 horas, regulamentação do trabalho da mulher, menores, trabalho noturno, férias e horas extras;
- Regulamentação da greve e organização sindical;
- Expropriação e divisão das terras da Igreja; manutenção das comunas em cooperativa (não foi realizada a reforma agrária total).
::: Revolução Russa (1917) :::
- Derrubada do Czar Nicolau II, em fevereiro, e tomada do poder pelo bolcheviques, em outubro de 1917;
- Inovação dessa revolução: Conselhos operários (sovietes), que expressavam uma nova sociedade, democrática;
- Após a tomada do poder: todos os focos de oposição ao novo regime foram eliminados (russos brancos, mencheviques, anarquistas, Igreja ortodoxa, etc.) e os sovietes perder pouco a pouco sua influência;
- Extinção da propriedade privada e fortalecimento do Estado e do partido comunista (que se confundiam).
::: Revolução Cubana (1959) :::
- Luta contra a ditadura de Fulgêncio Batista, apoiado pelos EUA;
- Os revolucionários desembarcam em Cuba em 1956;
- Aproximação entre Cuba e URSS – bloqueio econômico dos EUA;
- Reforma agrária e melhoria das condições de vida da população cubana;
::: E agora, o que nos espera? :::
- O que é mais adequado para os tempos que vivemos: revolução ou reforma?
O mundo atual, principalmente os meios de comunicação e os governos, tem colocado em dúvida a eficácia da
proposta revolucionária e o uso da violência como forma de mudança social;
Por outro lado, é visível que as reivindicações populares são duramente reprimidas pelas forças policiais e forças
armadas em todo o mundo, mesmo as manifestações pacíficas. Se os opressores não abrem mão da violência para se manter no poder, porque os pobres não podem
fazer uso dela?
::: Bibliografia :::
TOMAZI, Nelson. Sociologia para o Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2007.
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