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Caderno de AnotaçõesCriocirurgia Veterinária
Hemangiomas - Hemangiossarcomas-HSACarcinomas de células escamosas- CEC
Prof. Carlos Eduardo Rocha
Material exclusivo Qualittas
23/02/2016
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CRIOCIRURGIA
NEOPLASIAS CUTÂNEASProf. Carlos Eduardo Rocha
Fone: (19) 99659-9243 – Dr. Carlos Eduardo Rochawww.facebook.com/criocirurgiaveterinaria.kriovet
CRIOCIRURGIA
Hemangiomas
Hemangiossarcomas-HSA
Carcinomas de células escamosas- CEC
23/02/2016
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HemangiomasDefinição• É uma neoplasia benigna das células
endoteliais dos vasos sanguíneos,possivelmente induzida por açãocrônica da radiação solar em cães compele clara e pelos finos. Esta neoplasiaé relativamente comum em cães e rarano gato, afetando animais de meiaidade e também geriátricos (LEMARIE,2007).
MELANOSES SOLARESHemangiomas
Lesõespréneoplásicas.
Hemangiosarcomas-HSA
Definição• O Hemangiosarcoma (HSA) é uma neoplasia
malígna que pode atingir um único órgão,desenvolver metástases regionais ou distantes,ou ainda apresentar-se sob a formamulticêntrica cujo sítio primário é o baço. Suacausa é desconhecida embora cães levementepigmentados e de pelagem esparsa,principalmente em região abdominal, expostosà radiação solar crônica, possam apresentarmaior risco de desenvolverem a forma cutânea(BELLEI et al.,2004; WARREN SUMMERS, 2007;FERRAZ, 2008).
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MELANOSES SOLARESHEMANGIOSSARCOMA HSA
Lesãoneoplásica.
HSA
• O HSA cutâneo no cão é clinicamenteclassificado de acordo com a profundidadetecidual que a formação neoplásica atinge. Asneoplasias do estadiamento I envolvem a derme,no estadiamento II envolvem o tecidosubcutâneo e no estadiamento III o músculosubjacente. Neoplasias com estadiamento II e III, a quimioterapia deve ser instituída comotratamento adjunto ao procedimento cirúrgico.
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Carcinoma de Célula Escamosa CEC
Definição�O CEC é uma neoplasia maligna de origem epitelial,
que afeta cães e gatos. Sua etiologia não é bemesclarecida, porém sua ocorrência seja maior na peleclara e lesada pela radiação solar (SCOTT; MILLER;GRIFFIN, 2001).
�Os gatos de pelagem branca são mais propensos aapresentar a doença que os pigmentados; nessesúltimos, o tumor se desenvolve em áreas com poucopelo e sem pigmento (RUSLANDER et al., 1997).
Carcinoma de Célula Escamosa CEC
Etiologia� A exposição à irradiação ultravioleta da luz solar
contribui para o desenvolvimento da neoplasia(BURROWS et al., 1994; RUSLANDER et al., 1997;STRAW, 1998). A maioria das lesões está localizada nacabeça, mais freqüentemente no plano nasal, seguidapelas aurículas e pálpebras (BURROWS et al., 1994;MOORE & OGILVIE, 2001). . No início, as lesões sãoproliferativas, hiperêmicas, crostosas e posteriormenteevoluem para úlceras com invasão de tecidosadjacentes (RUSLANDER et al., 1997; STRAW, 1998)
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Carcinoma de Célula Escamosa CEC
Tratamento� A criocirurgia é indicada para tumores superficiais
não-invasivos com, ou quando a cirurgia não podeser realizada por limitações anatômicas ou devido ànão concordância do proprietário (RUSLANDER et al.,1997).
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CRIOCIRURGIA
Conceito:
• A Criocirurgia está consolidada na MedicinaVeterinária como uma importante opção notratamento de doenças infecciosas, inflamatórias eneoplásicas da pele, tanto benígnas como malígnas,em diferentes órgãos.
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VANTAGENS DA TÉCNICA
• É uma técnica segura, pouco cruenta, que apresentararas ocorrências de infecções secundárias, o que éimportante no tratamento em pacientes debilitados,idosos ou de risco anestésico .
• Também possibilita a abordagem de lesões de difícilacesso, como as de cavidade oral, conduto auditivo enasal, região palpebral , região interdigital, reto,períneo e áreas extensas para suturas.
VANTAGENS DA TÉCNICA
VANTAGENS DA TÉCNICA
Tratamento não invasivo!!
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SENSIBILIDADE
Melanocitos
Alta celularidade
Tecido córneo
Tecido fibroso
vasos
cartilagem
osso
Melanoses solares
AÇÃO SOBRE A CÉLULA
� Células e tecidos com grande conteúdo de água sãomais suscetíveis ao congelamento do que aquelescom menos (tendões e ossos).
� Células mesenquimais são mais resistentes quandocomparadas as epiteliais. Os melanócitos são célulasde grande sensibilidade, mesmo em um tempo curtode congelamento , seguidas, em ordem decrescente,por células epiteliais, do estroma fibroso, das grandesartérias, dos nervos, de cartilagens e do tecido ósseo.
� Sabe-se,ainda, que os tecidos neoplásicos possuemmuito mais água que os normais.
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AÇÃO SOBRE A CÉLULA
� Estudos demonstram que quando expostos àtemperaturas negativas entre -20ºC -40ºC e , todosos tecidos vivos sofrem crionecrose e, quanto maislongo for o período de congelamento, maior será aárea necrosada.
� Células neoplásicas de distintas origens sãodestruídas completamente entre -38ºC e -40ºCconsideram como -50ºC a temperatura ideal paratratamento das neoplasias malignas.
Objetivo de ação
CONGELAMENTO + DESCONGELAMENTO
CICLO
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CICLO
Definição:� Ciclo é o nome dado à sequencia de congelamento e
descongelamento, cuja velocidade irá determinar se ocorrerá ou não destruição tecidual.
�Quanto maior o número de ciclos, maior será a crionecrose, ou seja, lesão tissular.
TEMPO DE CONGELAMENTO
�Quanto mais rápido for o congelamento e lento o descongelamento, maior será a necrose celular.
� Sabendo disso, é possível em caso de congelamento acidental de tecidos sadios, promover um descongelamento rápido impedindo assim a destruição tecidual indesejada.
CONGELAMENTO RÁPIDODESCONGELAMENTO LENTO
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Mecanismos do dano e da morte celular Crionecrose
1 - Fase Imediata - injúria celular direta:
Formação de cristais de gelo extracelulares e intracelulares – ruptura de membrana e organelas.
Desidratação da célula e concetração de solutos.
Desnaturação dos complexos lipoproteicos e dos sistemas enzimáticos
Choque térmico
2 - Fase Retardada – estase vascular (microcirculação):
Aglutinação, tamponamento e aderência de células vermelhas entre si e à parede vascular
Trombose, isquemia e anóxia
Mudança de pH
Morte celular
Infarto
Mecanismos do dano e da morte celular Crionecrose
DESCONGELAMENTO LENTO
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Mecanismos do dano e da morte celular Crionecrose
3 - Fase Tardia – imunológica:
Liberação de antígenos – alvo intracelulares
Formação de anticorpos antineoplásicos*
CRIOCIRURGIARESPOSTA DO PACIENTE
– Desconforto (dor), edema, eritema
– Sangramento (1 a 2 h após aplicação)
– Secreção – 1 semana
– Formação de crosta – 10 a 21 dias
– Osso – pode ser necessário debridamento
Mecanismos do dano e da morte celular
Fase Pós tratamento: NECROSE
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FasePós tratamento
�FORMAÇÃO DE CROSTAS
�EPITELIZAÇÃO
Mecanismos do dano e da morte celular
EPITELIZAÇÃO
Mecanismos do dano e da morte celular
TEMPO DE CONGELAMENTO• O tempo em que o tecido deve permanecer
congelado é também discutido pelos autores, e pode variar de 30 segundos a 20 minutos . Já em neoplasias de órgãos internos, como fígado, pâncreas, próstata e ossos, o tempo para o congelamento varia entre 5 e 40 minutos .
• Na verdade o tempo que o tecido mantém o congelamento não é tão importante, porque uma vez atingida à temperatura de destruição, não há necessidade de esforço para mantê-la.
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A crionecrose é a injúria celular direta, que ocorre em resposta à exposição à temperatura negativa extrema.
A célula desidrata ocorrendo alta concentração dos solutos que causam danos à membrana celular e às enzimas e proteínas intracelulares.
Outro mecanismo é a injúria vascular, uma vez que ao congelar ocorre estase vascular, principalmente na microcirculação, resultando isquemia com posterior necrose tissular.
Mecanismos do dano e da morte celular - Crionecrose
FASE RETARDADA
Fase retardada ocorre algumas horas após o fim do ciclo, na área de exposição ao criógeno e é caracterizada pelos efeitos da estase vascular. A principal alteração que ocorre nesta fase é a aglutinação, tamponamento e aderência de células vermelhas entre si e à parede do vaso.
Como resultado da estase vascular ocorre trombose e isquemia, seguidas de hipóxia ou até mesmo anóxia, mudança de pH e morte celular.
As alterações histológicas no tecido congelado se assemelham às do infarto. A anóxia celular consequente da perda da circulação é considerada o principal mecanismo de lesão na criocirurgia.
AGENTES CRIÓGENOS
Os agentes criogênicos são gases que podem ser convertidosao estado líquido e têm a capacidade de extrair calor detecidos vivos. Diferentes gases atingem diferentestemperaturas e pontos de ebulição e estas características.
Os agentes mais utilizados são o nitrogênio líquido e o argônio,e o nitrogênio líquido é o agente de escolha na criocirurgia,por ter ponto de ebulição extremamente baixo (-195,8 ºC) eser efetivo em lesões benignas e malignas. Ele é incolor,inodoro, não inflamável, atóxico, inerte e, embora sejaextremamente potente, é seguro à manipulação, desde queprecauções básicas sejam tomadas.
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O nitrogênio líquido pode ser aplicado através de spray por sondas abertas, sondas fechadas, e, menos frequentemente, por swabs e derramamento direto na lesão. A escolha da forma de aplicação é feita através da avaliação da lesão, porém na rotina clínica, o spray
tem sido o mais comumente utilizado, devido sua praticidade, e por apresentar taxas de sucesso tanto em lesões benignas quanto malignas.
AGENTES CRIÓGENOS
Equipamentos para a Criocirurgia
AGENTES CRIÓGENOS
� Nitrogênio líquidoPode ser aplicado por probes, agulhas ou spray.Temperatura: -196oCPrecisa de um contêiner de armazenamento (botijão de sêmen) . 10 a 20litros.Não é inflamável.Fácil aquisição.Custo/benefício.
O equipamento utilizado é um recipiente cilíndrico com capacidade para 300, 350 e 500ml de nitrogênio líquido. Na aplicação através de spray, o nitrogênio líquido, quando confinado em recipiente fechado, tem sua pressão aumentada, e tende a buscar a abertura existente.
A velocidade de saída do nitrogênio é controlada por um gatilho, e o gás é liberado através de uma cânula onde são acopladas ponteiras com diferentes diâmetros.
Unidades de aplicação
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CRIOCIRURGIA unidades de aplicação
Equipamentosponteiras e sondas
O uso do spray pode ser em sistema aberto, ou seja, ojato é direcionado para a lesão, sem nenhum aparatopara contê-lo; confinado, quando se utiliza ponteiras decone confinado para direcionar o jato ou para secontrolar o diâmetro do congelamento; ou fechadoquando se recorre a cilindros fechados, em uma dasextremidades, denominados de sondas
As sondas são menos eficazes que o spray porfornecerem menor penetração, porém são tidas comoo meio mais seguro de aplicação do nitrogênio.
CASO CLÍNICOCanino,Pit Bull, fêmea, 8 anos
HEMANGIOMA ( Lesão Pré neoplásica)
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CASO CLÍNICO
Canino,Pit Bull, fêmea, 8 anosHEMANGIOMA ( Lesão Pré neoplásica)
CASO CLÍNICOCanino,Pit Bull, fêmea, 8 anos
HEMANGIOMA ( Lesão Pré neoplásica)
CASO CLÍNICOCanino,Pit Bull, fêmea, 8 anos
HEMANGIOMA ( Lesão Pré neoplásica)
Área de epítelização
15 dias após a sessão
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CASO CLÍNICOCanino,srd, fêmea, 13 anos
HEMANGIOSSARCOMA(Lesão neoplásica)
CASO CLÍNICOCanino,srd, fêmea, 13 anos
HEMANGIOSSARCOM(Lesão neoplásica)
1ª Sessão de Crio 20 DIAS APÓS
CASO CLÍNICOFelino, macho, srd, 7 anos
Carcinoma de Células Escamosas(CEC)
23/02/2016
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CASO CLÍNICOFelino, macho, srd, 7 anos
Carcinoma de Células Escamosas(CEC)
CASO CLÍNICOFelino, fêmea, srd, 9 anos
Carcinoma de Células Escamosas(CEC)
CASO CLÍNICOFelino, fêmea, srd, 9 anos
Carcinoma de Células Escamosas(CEC)
dia 182ª Sessão de Criocirurgia
23/02/2016
21
CASO CLÍNICOFelino, fêmea, srd, 9 anos
Carcinoma de Células Escamosas(CEC)
dia 343ª Sessão de Criocirurgia
dia 52Fase final do tratamento
CASO CLÍNICOFelino, macho,srd, 6 anos
Carcinoma de Células Escamosas(CEC)
CASO CLÍNICOFelino, macho, srd, 6 anos
Carcinoma de Células Escamosas(CEC)
23/02/2016
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CASO CLÍNICOFelino, macho, srd, 6 anos
Carcinoma de Células Escamosas(CEC)
CASO CLÍNICOFelino, macho, srd, 6 anos
Carcinoma de Células Escamosas(CEC)
c.e.oncovet@gmail.com(19) 99659-9243
Prof. Carlos Eduardo Rocha
OBRIGADO!!!
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