Maconaria ea PNLby Martha Follain
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História e Neurolinguistica
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- 1. Maonaria e Programao Neurolingustica Martha Follain.
DEDICATRIA: In memoriam dos maons ARY FOLLAIN (1910-1975), meu pai,
homem probo, meu melhor amigo - meu afeto. E EDWARD BACH
(1886-1936), que demonstrou compaixo para com os seres vivos,
criando as essncias florais - minha gratido. Ao maom CLAUDIOMAR
LOPES BARCELLOS (1935), M.I., 33 do R.E.A.A. Pelotas/RS - meu
respeito. Martha Follain. Junho/2006 So Paulo - SP PREFCIO
APRESENTAO por Claudiomar Lopes Barcellos A Dr. Martha Follain
honrou-me com a solicitao para que fizesse a apresentao do seu
livro Maonaria e Programao Neurolingustica, em virtude de ter
acompanhado a elaborao de to preciosa obra, sem quebrar meu
juramento de sigilo. A Dr. Martha interessou-se pela Maonaria, em
virtude de seu saudoso pai, Dr. Ary Follain, ter pertencido Ordem
Manica. No
- 2. obstante pesquisarmos sobre a afiliao manica, que deve ter
sido por volta do ano de 1950. Infelizmente, no obtivemos, at o
presente, resposta da Grande Loja Manica do Estado do Rio de
Janeiro (GLMERJ) ou do Grande Oriente do Brasil/Rio de Janeiro
(GOB/RJ). A autora, mulher culta e inteligente, tem escrito inmeros
artigos sobre vrios assuntos, mormente, Vegetarianismo, Defesa dos
Direitos dos Animais No Humanos, PNL, Terapias Holsticas etc., mas,
este o primeiro livro que escreve. Seu objetivo, ao lanar-se tarefa
de escrever tal obra, foi prestar homenagem a seu saudoso pai e ao
mdico ingls, Dr. Edward Bach, criador da Terapia dos Florais que
leva seu nome - Florais de Bach. Na biografia do ilustre e
humanitrio mdico, sua assistente, Sr. Nora Weeks cita sua afiliao
Maonaria inglesa. O segundo objetivo foi trazer ao conhecimento dos
Maons e suas Famlias, o quanto de importncia tem a Filosofia
Manica, para a Evoluo da Humanidade. Eu costumo dizer que, a
Franco-Maonaria, com sua ao libertadora, foi a parteira das
Independncias das Naes Americanas, eis que, todos os movimentos
dessas independncias, foram liderados pelos Maons. O terceiro
objetivo foi mostrar a Maonaria sob a tica da PNL - Programao
Neurolingustica. A Dr. Martha foi uma brilhante aluna de um dos
criadores da PNL, o Dr. John Grinder, professor da UCLA -
Universidade da Califrnia (EUA). O livro comea a mostrar a
estrutura da Maonaria, em seus Ritos, Graus, histrico e finaliza
com a tica da Sublime Instituio, a Arte Real, sob a Luz da PNL. Por
certo, tal enfoque dado pela Dr. Martha indito na bibliografia
Manica, tanto a de elaborao dos pesquisadores maons como profanos.
Sabe-se que a Maonaria estudada em Universidades, como fato
cultural, sociolgico, antropolgico, histrico, etc. Lembremo-nos que
homens de valor intelectual, cultural e tico, foram Maons e
brindaram a Humanidade com suas preciosas obras. Citemos Carl
Gustav Jung, Carl Sagan e Gibran Kalil Gibran, entre inmeros. Eis a
obra que vem a Luz num momento da Histria da Humanidade, que
podemos chamar da Grande Transio. Se, a maioria dos meus Irmos de
Fraternidade, v com preocupao, tantos livros sobre Maonaria, eu,
creio, firmemente, que o Sigilo Manico est preservado no ntimo dos
Iniciados na Sublime Instituio, est resguardado no Sanctu Sanctorum
do Corao do Maom...
- 3. Tambm, um dos Paradigmas Espirituais da Humanidade e da
Maonaria, o Mestre Yeoshua (latinizado para Iesu, Jesus), previu
que, quando chegassem os Tempos Finais, tudo que fosse oculto seria
revelado... Ora, se a Maonaria tem tanto ensinamento de Luz, seu
Farol est beneficiando a Humanidade, quando sua Luz se expande e se
revela, como no caso desta importante obra da Dr. Martha. Que o
Grande Arquiteto do Universo, que Deus, ilumine a compreenso dos
Maons, ao lerem Maonaria e Programao Neurolingustica. Um fraternal
abrao a todos, Claudiomar Lopes Barcellos, M.*.I.*., 33 ARLS
Fraternidade n 3 - R.*.E.*.A.*.A.*. - Or.*. de Pelotas/RS - GLMERGS
***************************** O vinho forte, O rei mais forte, As
mulheres mais fortes ainda. Mas, a verdade conquista tudo. Inscrio
no interior da Capela de Rosslyn (Lothian Esccia). - Companheiro
sobre a Torre, De onde vens dia aps dia? - Venho das trevas
profundas Em que se debate nosso velho mundo, Onde tudo frio,
hostil e escuro. - Companheiro sobre a Torre, Que vs tu dia aps
dia? - Vejo as sublimes obras-primas Dos grandes obreiros annimos,
Os bons companheiros de antigamente Que trabalhavam com alegria E
que nos abriram o Caminho Porque possuam a F. - Companheiro sobre a
Torre
- 4. Que fazes dia aps dia? - Da Natureza inteira eu tomo A
inumervel e rude matria, E com meu corao e minhas mos Segurando a
ferramenta que canta e ressoa, Transformo-a e dou-lhe forma. E,
trabalho para todos os seres humanos. La Gait-de-Villebois (maom
medieval). LUX E TENEBRIS NDICE: MAONARIA: 1- Origem, Mitos e
Histria; 2- Conceito, As Mulheres e a Maonaria, Objetivos, Misso,
Propsitos, Obedincias; 3- Ritos e Graus: Rito Escocs Antigo e
Aceito; Rito de York e Emulation Rite; Rito de Schrder; Rito Francs
ou Moderno; Rito Brasileiro; Rito Adonhiramita; 4- Ritualismo,
Simbolismo e Smbolos; 5- Maonaria e Hermetismo; 6- Maonaria e
Astrologia; 7- Maonaria e Holismo; 8- Os Templos Manicos; 9- A
Maonaria no Brasil. PROGRAMAO NEUROLINGUSTICA (PNL) E MAONARIA: 1-
Conceito, Origem e Histria da PNL; 2- Pressupostos da PNL; 3- Como
nos comunicamos com o mundo: Uso Adequado da Voz; Uso dos Crebros;
Linguagem: canais de comunicao (linguagem verbal), pistas de
acesso, fisiologia - rapport (linguagem corporal) - formas para
obter rapport; Rapport e Cadeia de Unio;
- 5. 4- PNL e Fsica; 5- Crebro: Como o Crebro Processa Informaes;
Como o Crebro funciona; Anatomia do Crebro; O Universo Hologrfico -
Crebro Hologrfico e Maonaria; Crebro Reptiliano: Aprendiz; Sistema
Lmbico: Companheiro; Crebro Neocortical: Mestre; Crebro e Maonaria
so Ritualsticos; Mente Consciente, Mente Inconsciente e Maons;
Smbolos e Rituais Manicos; Hemisfrio Esquerdo, Hemisfrio Direito e
Ritos; 6- Sociedade Planetria Maonaria e Terceiro Milnio. MAONARIA:
1- Origem, Mitos e Histria: A Maonaria, ou Ordem Manica, a mais
famosa das ditas sociedades secretas, est envolta em segredos; seu
prprio nascimento misterioso e, no pode ser detectado. Tal falta de
comprovao de sua origem, atribuda ao fato de ser uma instituio
sigilosa e, em tempos remotos seus ensinamentos serem transmitidos
oralmente, no havendo referncias documentais. A falta de registros
faz com que, o nascedouro da Ordem Manica, esteja envolto em
contradies e divergncias. Porm, os fundamentos da filosofia manica
esto presentes em diversas sociedades antigas: na Grcia, no Egito,
etc. Em todas as culturas, o ser humano sempre procurou conhecer e
estudar a respeito de sua prpria natureza e a finalidade da
existncia. Criaram-se Tradies, as quais reconheciam propsitos para
a humanidade. De uma forma geral, essas Tradies estavam ligadas
religio da sociedade na qual se desenvolveram. Essas Tradies so os
Mistrios. Os Mistrios eram Escolas de Conhecimento que ofereciam
estudo a respeito de reinos no materiais e das leis naturais que
neles operavam, onde somente iniciados eram admitidos. O
conhecimento era transmitido atravs de etapas (graus), e a instruo
envolvia Rituais e uma elaborada estrutura simblica, utilizada para
preservar os ensinamentos. Os Mistrios, no eram necessariamente
religies - a preocupao maior era com a filosofia e a moral. Eles se
dividiam em Mistrios Menores e Maiores. Os primeiros eram
preparatrios, e nos Mistrios Maiores o conhecimento completo era
comunicado. Assim, as antigas Tradies dos Mistrios, expressaram sua
filosofia e, graas ao simbolismo dessas tradies, pde ser
preservada. O objetivo sempre foi o mesmo, conservado pela
Maonaria: conhecer a si mesmo
- 6. descobrindo a centelha divina interior, aperfeioando-se
continuamente, no caminho da moral, da retido e da felicidade.
Alguns autores dividem a histria da Maonaria em trs perodos: 1-
Maonaria Primitiva ou Pr-Maonaria: Abrange o conhecimento herdado
de antigas civilizaes. A Maonaria Primitiva pode ser dividida: -
Mistrios Persas e Hindus; - Mistrios Egpcios; - Mistrios Gregos dos
Cabiris (deuses cuja adorao remonta Ilha de Samotrcia, onde os
Mistrios Cabricos foram praticados at o incio da era crist. Havia a
lenda da morte e ressurreio de Atys, filho da deusa Cibele); -
Mistrios Gregos de Elusis ou de Ceres ou Demter (de todos os
Mistrios dos antigos, eram os mais populares. Celebrados na Vila de
Elusis, prximo a Atenas, eram dedicados deusa Demter. Neles a perda
e a restituio de Persfone, filha de Demter, eram representados de
forma cnica); - Mistrios Judaicos de Salomo; - Mistrios Gregos de
Orfeu; - Mistrios Gregos de Pitgoras (filsofo grego que nasceu na
Ilha de Samos, por volta de 584 a.C.. Viajou muito para adquirir
conhecimento: foi iniciado pelos sacerdotes, no Egito, nos Mistrios
Egpcios. Na Babilnia familiarizou-se com os ensinamentos msticos
dos caldeus e teve contato com os cativos judeus que haviam sido
exilados de Jerusalm e l residiam); - Mistrios dos Essnios
(sociedade ou seita judaica que combinava o trabalho com as prticas
religiosas); - Mistrios Romanos. 2- Maonaria Operativa ou de Ofcio:
Estende-se por toda a Idade Mdia e a Renascena e extingue-se com a
fundao da Grande Loja de Londres em 1717; 3- Maonaria Especulativa
ou Franco-Maonaria ou Maonaria dos Aceitos: A fundao da Grande Loja
de Londres determina o incio da Maonaria Especulativa. Dentre os
Mistrios, os da civilizao egpcia forneceram muitos subsdios e
fundamentos Maonaria. Os primeiros egpcios parecem ter sido
influenciados pelos construtores de cidades da Sumria emigrantes
sumrios podem ter levado a tcnica de construo para o Egito. A
Maonaria tem
- 7. alguns smbolos que so egpcios, como pirmides, olho de Hrus,
etc. que podem ter origem sumria pesquisadores indicam a Sumria
como bero de toda civilizao. H uma lenda, relatada por Plutarco,
escritor e filsofo grego, que liga a Ordem a sis (a me de todos os
seres e personificao da Natureza e da Vida) e Osris (deus supremo,
o deus que levou a civilizao ao Egito, filho de Geb, a Terra e de
Nut, matria primordial do espao infinito), no Egito. A Maonaria,
segundo a lenda, pode ter tido origem nos Mistrios egpcios (os
Mistrios egpcios dividiam-se em trs graus: mistrios de sis, de
Osris e os de Hrus, que posteriormente, poderiam ter originado os
trs Graus na Maonaria Simblica), no ocultismo desses ensinamentos.
A Ordem recebeu vrias influncias egpcias: os construtores das
pirmides, os pedreiros, foram os primeiros a sistematizar e
transmitir os preceitos manicos. A Geometria, empregada nas grandes
construes a mesma para os maons. Elementos dos Templos egpcios,
como as colunas, esto presentes nas atuais Lojas. Os iniciados
adotam o princpio da Luz e das Trevas, em eterna luta, como no mito
de sis e Osris: Seth (deus do caos, da confuso, da traio, das
tempestades, do vento, do deserto e das terras estrangeiras), com
inveja de Osris (seu irmo), por este ter herdado o reino do pai na
Terra, engendrou um plano para mat-lo e usurpar o poder. Seth tirou
as medidas de Osris enquanto ele dormia e, organizou um banquete
para os setenta e dois deuses da corte, no qual lanou um desafio:
aquele que coubesse no esquife (que mandou fazer com as medidas de
Osris), o ganharia de presente. Claro que, somente Osris coube.
Seth trancou-o e mandou jog-lo no rio Nilo. A corrente arrastou a
urna at o Mar Mediterrneo, at Biblos, na Fencia. sis, esposa de
Osris, partiu em busca do marido. Encontrou-o e voltou com o
esquife. Seth descobriu e cortou o corpo do irmo em catorze pedaos,
espalhando-os pelo Egito so tambm catorze os dias de um funeral, na
Lenda Manica do 3 Grau, Mestre pode ser uma referncia metade da
idade lunar, ou de seu perodo negro, simblico da escurido da morte,
seguido pelos catorze dias de Lua Cheia, ou de retomada da vida.
sis parte, novamente, em busca dos despojos do esposo e, encontra
todas as partes. sis foi ajudada por Anbis, deus guia dos caminhos
do alm-tmulo com cabea de chacal, que embalsamou Osris, e este se
tornou a primeira mmia do Egito. sis conseguiu que o marido
embalsamado a fecundasse e, dessa unio, nasceu Hrus, que assumiu o
poder e reinou na Terra.
- 8. Dentre os Mistrios Judaicos de Salomo, h a lenda que, situa
a origem da Maonaria na construo do Grande Templo de Salomo, em
Jerusalm, narrada no Velho Testamento (I Reis). Davi, rei da tribo
de Jud, que se tornou rei por volta de 1000 a.C., desejava
construir um Templo, onde a Arca da Aliana (receptculo das Tbuas
dos Dez Mandamentos) ficasse definitivamente guardada, ao invs de
permanecer em tenda provisria, existente desde os tempos de Moiss.
Davi e seu filho Salomo (Salomo, nono filho de Davi, com Bate-Seba
- foi o terceiro rei do povo hebreu, tendo sucedido a seu pai em
cerca de 997 a.C.. Reinou por quarenta anos.), foram encarregados
de concretizar os planos do Arquiteto Divino. Davi no viu a obra
concluda, por causa de envolvimentos pessoais: Davi se apaixonou
por Bate-Seba e foi responsvel pela morte de seu marido Urias. O
filho de Davi, o prncipe coroado Amom, foi assassinado por seu irmo
Absalo, depois de ter estuprado sua meia irm Tamar, e Absalo tentou
usurpar o reino de seu pai. Houve uma guerra civil: Davi conseguiu
manter seu reino e mandou matar Absalo, por enforcamento. Com
tantos problemas e dissabores, Davi no construiu o Templo
planejado. Davi estava em seu leito de morte quando Adonias, o
herdeiro do trono, foi coroado rei. Antes que a festa de coroao
terminasse, Salomo foi ungido rei por Sadok, com a aquiescncia e
ajuda do prprio Davi. A cerimnia de Salomo foi considerada como a
verdadeira. Salomo ento recebe de Deus, a misso de construir o
Templo, seguindo as instrues deixadas pelo profeta Natan, ao qual o
Senhor deu sonhos com as indicaes necessrias. Salomo no conseguindo
arregimentar mo de obra qualificada em Israel solicitou a Hiram,
rei de Tiro (Fencia), os operrios necessrios. Hiram, atendendo ao
pedido do rei Salomo, designou os trabalhadores (e tambm forneceu
madeira do Lbano - cedro), recebendo em troca trigo, cevada, azeite
e vinho. Salomo mandou construir o Templo no Monte Mori, no quarto
ano do seu reinado e confiou seus planos a um arquiteto, indicado
por Hiram, rei de Tiro, chamado Hiram Abiff (filho de um trio,
obreiro do bronze, e de uma viva da tribo de Nephtali). Hiram Abiff
dividiu os trabalhadores em trs categorias, segundo suas aptides e
responsabilidades: uns deveriam trabalhar nas montanhas extraindo
pedras (Aprendizes); outros transportariam as pedras da montanha
para o local da construo (Companheiros); e, os mais qualificados
para construir o Templo, ensinar e inspecionar o trabalho
(Mestres). Segundo a lenda, Salomo teria sob suas ordens oitenta
mil operrios e mais de trs mil Mestres. A comunicao entre Hiram
Abiff, Aprendizes, Companheiros e Mestres era feita atravs de
sinais, toques e palavras, j que a maioria dos trabalhadores
- 9. era analfabeta. Assim, para identificarem-se no momento de
receber o pagamento pelas horas trabalhadas, os Aprendizes usavam
uma palavra-senha (palavra de passe), os Companheiros outra e os
Mestres outra diferente, de maneira que cada um fosse reconhecido
de acordo com a sua qualificao profissional. Se o operrio
esquecesse a palavra de passe, no conseguia receber o pagamento. Os
maons, atualmente, conservam toques, sinais e palavras para se
reconhecerem e se comunicarem. Durante a obra, Hiram Abiff,
(arquiteto chefe) foi assassinado por trs de seus Companheiros:
Jubela, Jubelo e Jubelum, no Rito Escocs Antigo e Aceito; ou Sebal,
Overlut e Stokin, no Rito de York; ou Hagava, Hakina e Herenda, no
Rito de Misrin. O motivo do crime envolveu ambio. Os trs
Companheiros queriam que Hiram Abiff ensinasse os segredos de
Mestre, sem terem o tempo necessrio de estudo para receberem tais
conhecimentos, guardados por Hiram: reza a lenda, que Hiram Abiff
realizou a obra sem o uso de ferramentas: todos os blocos de pedra
encaixavam-se perfeitamente. Hiram foi morto, porm, no revelou o
que sabia. Salomo, no vendo regressar seu arquiteto, enviou nove
Mestres para procur-lo, os quais saram divididos em grupos
sucessivos de trs (outros autores do o nmero de doze Mestres, os
quais saram em grupos de trs: trs para o sul, trs para o norte, trs
para o leste e trs para o oeste). Os trs assassinos esconderam o
cadver sob um monte de escombros e, plantaram sobre este tmulo
improvisado um ramo de accia, fugindo depois. A accia uma planta
perene cujas folhas mantm-se verdes, mesmo no outono e inverno e,
representa a eternidade e imortalidade - o conhecimento
inconsciente e universal. O corpo de Hiram Abiff ficou enterrado
por catorze dias. O ramo de accia revelou aos nove Mestres o local
da sepultura do corpo de Hiram - abriram a tumba e retiraram seus
restos, exclamando: Mach Benach (a carne se solta dos ossos).
Salomo proporcionou a Hiram um enterro digno. Os trs assassinos
foram capturados. E Hiram ressuscitou. Segundo Albert Pike
(1809-1891), Gro-Mestre da Maonaria americana (Rito Escocs Antigo e
Aceito) de 1859 a 1891, os assassinos desfecharam trs golpes em
Hiram Abiff, os quais, simbolicamente, representavam uma maneira de
matar espiritualmente a humanidade: o primeiro assassino deu um
golpe na garganta, desfechado com uma rgua, que sufocaria a
liberdade de expresso; o segundo golpe foi no corao, com um
esquadro, que mataria a fraternidade entre os homens; e o terceiro
foi na cabea, com um mao (martelo grande, de madeira) para destruir
o livre pensamento. Os nomes dos trs Companheiros que assassinaram
Hiram Abiff, Jubela, Jubelo e Jubelum (simbolizam a ignorncia,
fanatismo e a tirania), deram origem aos sinais dos trs primeiros
Graus manicos.
- 10. Aps a morte do rei Salomo em cerca de 935 a.C., seu reino
foi dividido em dois estados: Israel e Jud. Deste ltimo, os judeus
herdaram o nome. Com o tempo, esses dois reinos, tornaram-se muito
fracos para conter os invasores, cheios de ambio. O Templo de
Salomo foi destrudo pelo exrcito de Nabucodonosor II, rei da
Babilnia, em 587 a.C. Nabucodonosor II mandou milhares de judeus
(provavelmente trs mil) para o exlio, na Babilnia. Em 539 a.C., o
general Ugbaru do rei persa Ciro, derrotou os babilnios, tomando a
cidade da Babilnia, sem derramamento de sangue, e uniu a maior
parte do Oriente Mdio num s estado, que ia da ndia ao Mediterrneo,
e permitiu que os judeus voltassem a Jerusalm, devolvendo a eles os
tesouros que haviam sido retirados do Templo por Nabucodonosor II.
Os judeus foram reconduzidos a Jerusalm pelo rei Zorobabel, neto do
ltimo rei e herdeiro do trono de Davi, e seu grupo: Josu, Neemias,
Saraas, Raelais, Mardoqueu, Bels, Beguai, Reum e Baana Foi iniciada
a reconstruo do Templo, por Zorobabel, sob autorizao de Ciro, e os
judeus retomaram seus cultos. Duzentos anos depois, com a derrota
dos persas pelo macednio Alexandre, O Grande, Jerusalm entra em
contato com a cultura grega. Em 200 a.C., Antoco, rei dos
selucidas, mudou o nome da cidade para Antioquia e desfigurou o
Templo, dedicando-o ao deus grego Zeus, proibindo a prtica do
judasmo. Os macabeus lutaram contra os selucidas por dezesseis
anos. Em 141 a.C., instalaram um reino independente. Em 63 a.C., o
general romano Pompeu, tomou Jerusalm e, profanou o Templo. A Judia
ficou reduzida condio de provncia romana, por Pompeu. Jerusalm
viveu um caos, e trocava de mos com freqncia. No ano 37 a.C.,
Herodes conquistou Jerusalm. Apesar de seu governo sanguinrio,
Herodes restaurou o Templo de Salomo essa foi a terceira
reconstruo. Depois de muitas batalhas, revoltas, guerra civil entre
faces judaicas, o Templo foi novamente destrudo. Da estrutura
original, restou somente o atual Muro das Lamentaes (que, alguns
autores afirmam ser do Terceiro Templo real, o de Herodes). Na
realidade, em sentido amplo, h quatro Templos: O primeiro,
construdo por Salomo; o segundo no existiu concretamente apareceu
como viso do profeta Ezequiel durante a escravido dos judeus na
Babilnia; o terceiro foi construdo pelo rei Zorobabel e o quarto
Templo foi erguido por Herodes. A Maonaria tambm chamada de Arte
Real, pela suposio que tenha sido encontrada pelos dois reis:
Salomo de Israel e Hiram de Tiro e, teria sido encorajada e
financiada pelos dois monarcas em vrios pases.
- 11. Outra hiptese, tambm sem comprovao, aponta a Ordem como
instituda pelos poucos Cavaleiros Templrios que no foram
massacrados por ordem do papa Clemente V e do rei da Frana Felipe
IV, o Belo, entre 1307 e 1314. A Ordem dos Cavaleiros do Templo de
Salomo foi uma Ordem Militar Religiosa fundada por um nobre francs
da regio de Champagne, Hugues de Payens, que se tornou o primeiro
Gro-Mestre dos Templrios, e o cavaleiro flamengo Godofredo de
Saint-Omer, em 1118, em Jerusalm, logo aps a Primeira Cruzada
(1099), para proteger os peregrinos cristos que iam para a Terra
Santa. No incio, eram nove cavaleiros de origem flamenga e
francesa, e ofereceram seus servios ao rei de Jerusalm, Balduno II.
Esses cavaleiros eram: Hugues de Payens, Godofredo de Saint-Omer,
Andr de Montbard, Payen de Montdidier e Archambaud de Saint-Amand.
Os demais esto envoltos em mistrios, pois s se sabe seus primeiros
nomes: Gondemare, Rosal, Godefroy e Geoffrey (Bisol). Eles
instalaram-se, inicialmente, nas runas do Templo do Rei Salomo - da
o nome Templrios. O primeiro selo da Ordem Templria era um cavalo
montado por dois cavaleiros, que simbolizaria a pobreza da Ordem.
Outros autores afirmam que esse selo poderia representar os dois
graus de cavaleiro dentro da Ordem: os que tinham permisso para
participar do segredo Templrio, e os que no tinham. Os Cavaleiros
Templrios como Ordem de Cavalaria Militar, formavam a vanguarda e a
estrutura principal dos exrcitos dos cruzados na Palestina. Por
quase duzentos anos, foram muito poderosos, com legendrias
habilidades no combate e fabulosos tesouros. Felipe, o Belo, tivera
seu pedido de admisso rejeitado pelos Mestres Templrios sua vaidade
de tirano foi ofendida e, decretou a perseguio e priso dos
Templrios em 13 de outubro de 1307. Felipe sabia da rivalidade
entre a Ordem Templria e a Ordem Hospitalria: Ordem dos Cavaleiros
Hospitalrios de So Joo - Ordem religiosa da Igreja Catlica, fundada
pelo Irmo Gerardo. Inicialmente, essa Ordem foi instituda como uma
Ordem de enfermagem em Jerusalm, porm tinha membros treinados como
cavaleiros guerreiros. Ento o rei sugeriu ao papa que escrevesse
aos Gros-Mestres das duas Ordens, convidando-os para uma reunio
poltica. Guilherme de Villaret, Gro-Mestre dos Hospitalrios no
compareceu ao encontro o Gro-Mestre dos Templrios compareceu.
Jacobus Borgundus Molay ou Jacques DeMolay (1244-1314), cavaleiro
da pequena nobreza do leste da Frana, nascido na cidade de Vitrey,
ltimo Gro- Mestre da Ordem Templria e todos os Templrios (cerca de
quinze mil na Frana), foram presos na manh do dia 13 e torturados
foram acusados de feitiaria, idolatria e heresia. A Inquisio da
Igreja Catlica teve ordens para extrair confisses, com qualquer
tipo de tortura. Jacques DeMolay foi
- 12. entregue ao Grande Inquisidor da Frana, Guilherme Imbert. A
tortura deveria evitar o derramamento de sangue, pois era um padre
torturando outro padre. Portanto, queimar, esmagar e esticar foram
as efetivas alternativas. Nos calabouos (onde ficavam outros
prisioneiros), havia um dreno para excrementos, urina, vmito e
sangue a masmorra, que era um pequeno poo logo abaixo desse pesado
ralo de ferro, do tubo de esgoto, no cho para as masmorras iam
prisioneiros incorrigveis ou aos quais estava destinada particular
degradao. Os Templrios foram colocados em masmorras uma inveno
gaulesa, desenvolvida pelos franceses: um poo pequeno demais para o
prisioneiro deitar-se, o qual tinha que ficar sentado ou ajoelhado.
Foram impiedosamente torturados por sete anos. Em 18 de maro de
1314, Jacques DeMolay, e cerca de cento e quarenta cavaleiros foram
executados: foram queimados numa ilha do rio Sena, Il de la Cite,
assinalando a morte oficial da Ordem. Segundo a lenda, Jacques
DeMolay com setenta anos, durante sua agnica morte na fogueira,
amaldioou seus algozes, com essas palavras: Vergonha! Vergonha! Vs
estais vendo morrer inocentes. Vergonha sobre vs todos. Nekan,
nekan, Adonai!!! (Vingana, vingana, Senhor!!!) papa Clemente ...,
Cavaleiro Guilherme de Nogaret..., rei Felipe; intimo-os a
comparecer perante o Tribunal do Juiz de todos ns dentro de um ano
para receberdes o seu julgamento e o justo castigo. Malditos!
Malditos! Todos malditos at a dcima terceira gerao de suas raas!!!.
Quarenta dias depois o papa Clemente V morreu vtima de uma infeco
intestinal. Felipe morreu em 29 de novembro de 1314, ao cair de um
cavalo durante uma caada, e Guilherme de Nogaret (alguns
historiadores descrevem-no como advogado, ministro e agente de
Felipe), morreu numa manh da terceira semana de dezembro,
envenenado por uma vela feita por Evrard, ex-Templrio.
Pesquisadores apontam que a motivao da perseguio foi poltica e
econmica: poltica porque, Felipe, ao destruir a Ordem Templria
impediria qualquer aumento de poder do papa, pois a Ordem era
ligada apenas Igreja Catlica; e econmica, pois o rei apoderar-se-ia
das riquezas e bens (castelos, terras) dos cavaleiros. Os Templrios
tinham se tornado depositrios de imensas fortunas e formaram um dos
primeiros sistemas bancrios existentes: o peregrino podia depositar
uma quantia em um Templo em sua terra natal e, retir-la em outro
Templo, na Terra Santa. Felipe forou o papa a apoiar a condenao da
Ordem e, Clemente V, na sexta-feira, 13 de outubro, de 1307,
autorizou a Frana a atacar os Templrios - fato que selou a sexta-
feira 13 como dia aziago. Porm, o papa arquitetou um acordo, e em
1312, quando dissolveu a Ordem dos Cavaleiros Templrios, transferiu
boa parte das
- 13. propriedades e os ativos da Ordem Templria para a Ordem dos
Cavaleiros Hospitalrios de So Joo. A Jacques DeMolay, o ltimo
Gro-Mestre Oficial da Ordem Templria, foi atribudo o fato de ter
organizado o que mais tarde veio a chamar-se o Oculto Hermtico ou
Maonaria Escocesa (segundo teoria do historiador escocs moderno,
Andrew Sinclair). H, atualmente, uma Ordem inspirada nos Templrios:
a Ordem DeMolay, para jovens do sexo masculino, de doze a vinte e
um anos - a Ordem DeMolay tem ligaes com a Maonaria, mas tem
liberdade de atuao. Outra tese coloca a origem da Ordem Manica
moderna, nas Corporaes de Ofcio espcies de sindicatos europeus
(principalmente ingleses), na Idade Mdia. Especificamente, a
corporao de pedreiros essas corporaes conservavam a influncia da
Igreja Catlica, tendo a corporao de pedreiros eleito dois santos
padroeiros: So Joo Batista e So Joo Evangelista, com posterior
fixao em So Joo da Esccia. A palavra Maonaria em francs, Maonnerie,
derivada do francs maon, pedreiro. Ou, como preferem alguns, do
ingls Masonry (Maonaria) e mason, igualmente, pedreiro.
Etimologicamente, a palavra maom vem do baixo latim machio,
cortador de pedras. Porm, alguns autores defendem a hiptese que a
palavra Maonaria mais antiga e tem origem na expresso copta phree
messen, que significa Filhos da Luz. Pode-se deduzir que, seus
primeiros integrantes operavam, materialmente, em construes, obras
- eram trabalhadores especializados, construtores de Templos, de
Igrejas, castelos, os quais, desde a Antigidade detinham
conhecimentos especiais e constituam uma espcie de aristocracia do
trabalho. Eram os profissionais mais qualificados da Europa e,
mantinham as tcnicas de seu ofcio, em segredo. Adotaram uma
hierarquia baseada no conhecimento e na percia. Esta fase da
Maonaria conhecida como Operativa, porque seus membros trabalhavam
em construes eram obreiros. Contrariamente aos camponeses, os
pedreiros tinham permisso para viajar, numa poca em que as pessoas,
viviam ligadas e presas terra, devido ao feudalismo. Esses
pedreiros reuniam-se em uma Loja local, um edifcio erguido no
canteiro de obras, onde comiam e dormiam. Todas as corporaes
estavam organizadas em: Aprendizes, Oficiais e Mestres. Os
Aprendizes no recebiam remunerao moravam na casa dos Mestres, que
lhes forneciam vesturio e alimentao. Depois de um tempo de
aprendizado, que podia se estender por at sete anos, eram
promovidos ao 2 Grau Oficiais. Os Oficiais recebiam salrios, e os
mais talentosos tornavam-se Mestres, e podiam abrir suas prprias
oficinas.
- 14. Na Idade Mdia havia dois tipos de pedreiros: o rough stone
mason, pedreiro bruto que trabalhava com a pedra sem extrair-lhe
forma ou polimento, e o free stone mason, pedreiro livre, que
detinha o segredo de como polir a pedra bruta. Os documentos
antigos (era crist), deixados pelos maons operativos, so importante
fonte para estudo do passado da Maonaria: - Constituio de York, ano
926; - Carta de Bolonha, ano 1248; - Manuscrito Regius ou
Manuscrito Halliwell, ano 1390. Esse Manuscrito encontra-se no
British Museum, em Londres, Inglaterra; - Manuscrito Cooke, ano
1410; - Estatutos de Ratisbona, ano 1459; - Manuscrito Grand Lodge
n 1, ano 1583; - Estatutos Schaw, ano 1598; - Manuscrito Inigo
Jones, ano 1607; - Manuscrito de Edimburgo, ano 1696; - Manuscrito
Dumfires n 4, ano 1710; - Manuscrito Kewan, ano 1714-1720. Entre os
sculos XVI e XVII, as corporaes mudaram as caractersticas das
reunies. Especialmente na Inglaterra, nesses encontros, abriu-se
espao para o estudo da Alquimia e Rituais Simblicos e, para homens
que no trabalhavam com construes. Tem incio a Maonaria Especulativa
ou Franco-Maonaria, porque seus adeptos so homens de pensamento
voltado para o conhecimento filosfico e, que perdura at hoje (o
Manuscrito Cooke, do sculo XV, um antigo documento que norteia as
bases da Maonaria Especulativa, contendo um dos mitos centrais da
Maonaria: a figura de Hiram Abiff, o construtor do Templo de
Salomo). Essas duas fases da Maonaria so bem distintas: a Operativa
era uma organizao fraternal de artesos. Com a incluso de membros da
nobreza e pensadores, os temas e debates passaram a ser filosficos
e filantrpicos, teve incio a Maonaria Especulativa. Segundo Albert
G. Mackey (1807-1881 mdico, autor manico): A principal diferena
entre a Maonaria Operativa e a Especulativa que, enquanto a
primeira se ocupou com a construo de um Templo material formado, na
verdade, pelos mais magnficos materiais das pedreiras da Palestina,
das montanhas do Lbano, e das costas douradas de Ofir, a ltima se
dedicou a erguer uma casa espiritual uma casa no construda com as
mos na qual pedras, pedras preciosas, cedro e ouro, so substitudos
pelas virtudes do corao, pelas puras emoes da alma, pelos
- 15. ardentes sentimentos que brotam das fontes ocultas do
esprito. Segundo o mesmo autor, a Maonaria Especulativa, a atual,
nasceu do encontro dos judeus ou maons puros (Maonaria Pura ou
Noaquita refere-se aos descendentes de No), e o povo de Tiro, ou
maons esprios (Maonaria Espria, referente aos mistrios pagos), na
construo do Templo de Salomo. A Maonaria Pura sempre foi
Especulativa, segundo o autor, e a Maonaria Espria, dos operrios de
Tiro, era composta por arquitetos profissionais, que introduziram a
arte operativa da as caractersticas de uma Cincia Especulativa e de
uma Arte Operativa, forneceram as bases da Maonaria atual, com a
fuso da Maonaria Pura e da Maonaria Espria. Num primeiro momento, a
Ordem foi fiel Igreja Catlica: at 1694, quando Guilherme III (rei
da Inglaterra, Esccia e Holanda) foi iniciado na Maonaria, esta era
catlica e leal ao papa - nos estatutos, havia a obrigao do maom ser
fiel a Deus e Santa Igreja. No entanto, aos poucos, a Maonaria
desligou-se do clero, tornando-se autnoma e forte. A partir do
sculo XVII, o Iluminismo, movimento filosfico e cientificista,
colaborou para a evoluo organizacional e funcional da Maonaria.
Antes do Iluminismo, a sociedade era concebida teologicamente,
centrando-se na autoridade eclesistica. O Iluminismo substituiu os
antigos valores corrompidos pelos princpios da universalidade, da
igualdade e da democracia - o que os maons j conheciam e
praticavam. O Iluminismo revitalizou as bases tradicionais da
cultura europia, como tambm contestou a legitimidade da monarquia,
da aristocracia, da submisso da mulher ao homem, da absoluta
autoridade eclesistica e da escravatura. Durante o Iluminismo, a
Maonaria surgiu como instituio que preconizava os valores da Idade
Moderna, aceitando plenamente a nova percepo de mundo, desenvolvida
pela cincia e pela filosofia. Despontou a liderana manica de John
Theophilus Desaguliers (1683- 1744), um francs que passara a viver
na Inglaterra. A cincia foi importante na vida de Desaguliers,
tendo se aprofundado na pesquisa, principalmente, das Leis Mecnicas
de Isaac Newton, tambm maom, de quem foi amigo. Fez conferncias em
tavernas para divulgar a cincia newtoniana, e estudou a matria e
seus movimentos como elementos constitutivos do Universo.
Desaguliers tornou-se Gro-Mestre no incio da Maonaria Especulativa.
Os princpios da arquitetura clssica tambm tiveram grande influncia
do Iluminismo, no incio do sculo XVIII. As caractersticas mais
valorizadas eram a simetria, os arcos, as colunas Drica, Jnica e
Corntia e os templos com domus (abobadados).
- 16. Podem-se identificar trs fases no desenvolvimento da
Maonaria - a primeira foi a dos Antigos Mistrios. A segunda fase,
mais recente e intermediria, a Maonaria Operativa que vai desde as
guildas (Corporaes de Ofcio eram associaes de artesos de um mesmo
ramo) e as Corporaes de Construtores, at a aceitao dos no
operativos, iniciando dessa forma a terceira fase, a da Maonaria
Especulativa ou Franco-Maonaria, do francs franc, livre e mason
pedreiro. Em cidades da Inglaterra, surgiram Lojas (como so
nomeados os grupos de reunio) a palavra Loja vem do ingls Lodge e
do francs Loge, que significa cabana, toca, choupana. Outros
autores afirmam que a palavra loja vem do snscrito loka mundo,
derivada da raiz lok, que significa ver, tendo relao com locus,
lugar do latim. Assim, a Loja considerada um smbolo do cosmo. Em
1717, quatro Lojas reuniram-se para fundar a Grande Loja de
Londres, at hoje a mais importante instituio mundial da Maonaria.
Essas quatro Lojas, a Goose and Gridiron (O Ganso e a Grelha), a
Queens Head (A Cabea da Rainha), a Apple Tree (A Macieira) e a
Rummer and Grapes (O Copo e as Uvas), reuniram-se no local da Goose
and Gridiron e oficializaram a criao da Grande Loja de Londres. As
Lojas escolheram tambm seu primeiro Gro-Mestre, Anthony Sayer
(gentil-homem, na poca o Mestre mais antigo). No ano seguinte foi
eleito Gro-Mestre George Payne, o qual reuniu toda documentao
existente sobre a Maonaria, formando o primeiro regulamento
impresso, em 1721. A partir desse regulamento que surge, em 1723, a
Constituio de Anderson. A primeira vez em que a palavra Landmark
foi mencionada em Maonaria, foi nos Regulamentos Gerais compilados
em 1721 por George Payne, durante o seu segundo mandato como
Gro-Mestre da Grande Loja de Londres os Landmarks foram adotados em
1721, como lei orgnica e terceira parte integrante da Constituio de
Anderson. Landmarks so regras de conduta que devem ser mantidos
imutveis. Podem ser de tradio escrita ou oral. So consensuais e
devem ser mantidos intactos, em virtude de compromissos solenes e
inviolveis. So a certido de nascimento da Maonaria documentada. O
conceito de Landmarks vem da Maonaria Operativa: o mtodo de cinco
pontos que consistia em fixar, inicialmente, os quatro ngulos em
que deveriam ser colocadas quatro pedras; depois, a pedra no
centro, que a que faz a base e tem a forma quadrada ou retangular.
O ponto de encontro das diagonais era assinalado com cinco estacas
- isso tem a denominao de Landmarks, isto : os limites alm dos
quais no se deve ir. Os cinco pontos da Maonaria Operativa eram
aplicados a um simbolismo corporal, no qual o corpo do homem
representa o prprio edifcio.
- 17. Os Landmarks de Mackey (Albert Galletin Mackey 1807-1881,
mdico, maom. considerado um grande jurista manico): I- Nossos meios
de reconhecimento so inalterveis. No admitem variao alguma; II- A
Maonaria Simblica se divide em trs graus: Aprendiz, Companheiro e
Mestre; III- A Lenda do Terceiro Grau inaltervel; IV- O Governo
Supremo da Fraternidade est presidido por um Oficial chamado
Gro-Mestre, eleito entre os membros da Ordem; V- uma prerrogativa
do Gro-Mestre, presidir qualquer reunio manica (no territrio de sua
jurisdio); VI- prerrogativa do Gro-Mestre, conceder dispensa de
interstcios para conferir Graus a qualquer tempo incompleto (em
tempos anormais); VII- prerrogativa do Gro Mestre, conceder
dispensas para abrir ou fechar Lojas; VIII- prerrogativa do
Gro-Mestre, fazer Mestres no ato (iniciar e exaltar); IX- Todos os
Mestres tm a obrigao de congregarem-se em Lojas; X- O Governo da
Fraternidade, reunida em Lojas, se exerce por um Venervel Mestre e
dois Vigilantes; XI- um dever de todas as Lojas, quando se
congregam, o de trelhar a todos os visitantes (trabalhar a
coberto); XII- Todo Maom tem o direito de ser representado e de dar
instrues a seu representante, nas Assemblias de que tome parte;
XIII- Todo Maom pode apelar Grande Loja das decises de seus Irmos
congregados na Loja; XIV- Todo Maom em pleno uso de seus direitos,
pode visitar qualquer Loja regular; XV- Nenhum visitante
desconhecido pode entrar nas Lojas sem ser cuidadosamente trelhado;
XVI- Nenhuma Loja pode intervir nos assuntos de outra Loja; XVII-
Todo Maom est sob o domnio das leis e regulamentos da jurisdio em
que resida, ainda que no seja membro das Lojas da Obedincia; XVIII-
As mulheres, os coxos, os aleijados, os escravos, os mutilados, os
menores de idade e os ancios no podem ser iniciados; XIX- inevitvel
para todo Maom, a crena na existncia de um princpio criador,
identificado como G.A.D.U.; XX- Todo Maom deve crer na ressurreio a
uma vida futura;
- 18. XXI- Um Livro da Lei no deve faltar nunca em uma Loja
quando trabalha; XXII-Todos os Maons so iguais; XXIII- A Maonaria
uma sociedade secreta; XXIV- A Maonaria foi fundada como cincia
especulativa sobre a arte operativa, tomando simbolicamente os usos
dessa arte; XXV- Nenhum destes Landmarks poder ser modificado
nunca, no mnimo que seja. Como ensina Rizzardo da Camino:
Infalibilidade, invariabilidade e irrevogabilidade so os trs
atributos dos Landmarks. A Constituio de Anderson estabeleceu um
novo estatuto, substituindo as Old Charges, isto , as Velhas
Obrigaes da Maonaria Operativa, as quais foram extradas de antigos
manuscritos usados pelas corporaes de artesos da Idade Mdia. Era um
cdigo de tica que regulava o relacionamento entre os maons das
guildas profissionais. Foi organizada pelo maom James Anderson
(1680-1739), telogo e ministro da Igreja Presbiteriana de Londres,
nascido em Edimburgo na Esccia, que registrou por escrito todas as
normas e Rituais transmitidos oralmente. A Constituio de Anderson
foi revisada e corrigida por catorze intelectuais maons, e ficou
dividida em trs partes: uma seo histrica, desde pocas remotas at o
comeo do sculo XVII; uma segunda, que expe as obrigaes de todo
maom, assim como as sanes pelo seu no cumprimento; e a terceira e
ltima parte, dedicada a canes que glorificam a Ordem, para uso dos
trs Graus: Aprendiz, Companheiro e Mestre. Segundo Alberto Victor
Castellet (autor manico), em seu livro O que a Maonaria, a partir
de ento, j no ser a catedral um Templo de pedra a construir, seno
que o edifcio a ser levantado em honra e glria ao Grande Arquiteto
do Universo ser a catedral do Universo, quer dizer, a mesma
Humanidade. O trabalho sobre a pedra bruta destinada a
transformar-se em cbica, quer dizer, apta s exigncias construtivas,
ser o homem, que haver de ir polindo-se em contato com seus
semelhantes atravs de um ensinamento em grande parte simblico. Cada
utilitrio ou ferramenta dos pedreiros receber um sentido simblico:
o esquadro, para regular as aes; o compasso, para manter-se nos
limites com todos os homens, especialmente com os irmos maons; o
avental, smbolo do trabalho, que com sua brancura indica a
simplicidade dos costumes e a igualdade; as luvas brancas, que
recordam ao
- 19. franco-maom que no deve jamais manchar as mos com a
iniqidade; e finalmente a Bblia, para regular ou governar a f. 2-
Conceito, As Mulheres e a Maonaria, Objetivos, Misso, Propsitos,
Obedincias: - Conceito: Segundo Erwin Seignemartin (Past
Gro-Mestre: nascido em 1912, em Ribeiro Preto - Brasil) na
Conferncia Maonaria Sua Histria, Objetivos e Princpios 28 de
setembro de 1979: A Maonaria uma Ordem Universal formada por homens
de todas as raas, credos e nacionalidades, acolhidos por suas
qualidades morais e intelectuais e reunidos com a finalidade de
construrem uma Sociedade Humana, fundada no Amor Fraternal, na
Esperana com amor Deus, Ptria, Famlia e ao Prximo com, Tolerncia,
Virtude e Sabedoria e com a constante investigao da Verdade e sob a
trade Liberdade, Igualdade e Fraternidade, dentro dos princpios da
Ordem, da Razo e da Justia. Para que o mundo alcance a Felicidade
Geral e a Paz Universal. A Maonaria uma organizao mundial de homens
que, utilizando-se de formas simblicas dos antigos construtores de
templos, voluntariamente uniram-se para o propsito comum de se
aperfeioarem na sociedade. Admitindo em seu seio homens de carter
sem considerao sua raa, cor ou credo, a Maonaria se esfora para
constituir uma Liga Internacional de homens dedicados a viver em
paz, harmonia e afeio fraternal. A Maonaria, em cada pas ou em cada
estado de uma Federao, regulada e dirigida por uma Grande Loja
independente e soberana. A Ordem Manica no inicia mulheres, pois
tendo evoludo da Maonaria Operativa que erguia templos no perodo da
construo de catedrais, adotou a antiga regulamentao que previa o
seguinte (por entender que, a mulher no afeita ao trabalho rduo de
pedreiro, ofcio original dos primeiros integrantes. As corporaes de
pedreiros eram constitudas, exclusivamente, por pessoas do sexo
masculino): As pessoas admitidas como membros de uma Loja devem ser
homens bons e de princpios virtuosos, nascidos livres de idade
madura, sem vnculos que o privem de pensar livremente, sendo vedada
a admisso de mulheres assim como homens de comportamento duvidoso
ou imoral. As Mulheres e a Maonaria:
- 20. Apesar da Constituio de Anderson (1723), que o marco
inicial da Maonaria Especulativa, no permitir a admisso de
mulheres, h algumas correntes de pesquisas manicas que admitem o
fato como sendo um princpio antigo. No Egito e na ndia, pelas
pinturas nas tumbas e pelos manuscritos do Antigo Egito, a esposa
est presente quando o marido, como sacerdote, executa cerimnias.
Nas tradies das sociedades iniciticas antigas, tanto homens como
mulheres de qualquer posio social e cultural, podiam ser iniciados,
e a nica exigncia era a de que deveriam ser puros e de conduta
nobre. Na Idade Mdia, (final do sculo XVI) havia restries quanto ao
ingresso da mulher na Maonaria. Em 1730, na Frana, alguns maons
criaram o movimento da Maonaria de Adoo. Como ensina W. Kirk
MacNulty em seu livro Maonaria Uma Jornada por Meio do Ritual e do
Simbolismo: A Maonaria de Adoo foi um fenmeno da ltima metade do
sculo XVII. Uma Loja de Adoo era conduzida por uma Loja Manica
regular que promovia sesses especiais no curso das quais as
mulheres eram admitidas em Loja e participavam de rituais quase
manicos. Tais Lojas eram particularmente bem sucedidas na Frana,
onde houve uma revitalizao da Maonaria de Adoo depois da Revoluo e
que continuou pelo sculo seguinte. A prpria imperatriz Josefina era
a Gr-Mestra da Loja de Adoo Santa Carolina. Napoleo Bonaparte era
maom. A Maonaria, conserva a regulamentao, conforme reza a
Constituio de Anderson, de no iniciar mulheres. Atualmente h a
Maonaria Mista e a Maonaria Feminina, mas no so reconhecidas pelos
rgos competentes manicos ainda no so regulares. Porm, pode-se
imaginar, que a tradio existente na Maonaria, de somente iniciar
pessoas do sexo masculino, seja uma herana de tempos remotos: O
grupo de primatas, do qual descendemos, provm de um tronco
insetvoro. Esse grupo subdividiu-se: alguns se tornaram herbvoros,
e outros, carnvoros. Esses carnvoros tiveram que se lanar na
competio com outros animais terrestres e, tornaram-se melhores
caadores. Comearam a utilizar instrumentos e aperfeioaram as
tcnicas de caa, com a cooperao social. Diferentemente dos lobos, os
homindeos no se dispersavam aps o ataque - e, o grupo caador era
formado somente por machos. As fmeas estavam ocupadas em cuidar da
prole, e no podiam participar ativamente da perseguio e captura das
presas. Assim, o papel de cada sexo tornou-se diferenciado.
- 21. Socialmente, os indivduos do sexo masculino aumentaram a
necessidade de comunicao e cooperao com os companheiros, e
desenvolveram expresses faciais e vocais, criando maior camaradagem
- em seus grupos caadores, exclusivamente formados por machos. Com
o advento da agricultura e da domesticao de vrios animais, como
caprinos, ovinos, os machos tiveram suas funes caadoras diminudas.
Essa lacuna, muito provavelmente, foi compensada com a criao de
associaes exclusivamente masculinas - proporcionando oportunidade
para a interao entre machos e para atividades coletivas. Nessas
associaes, h um forte componente emocional de unio masculina, e
preocupao com a interao entre machos, que existia nos primitivos
grupos de caadores cooperativos - essas entidades exercem um
importante papel na vida de homens adultos, revelando a manuteno de
instintos bsicos ancestrais. As mulheres podem no possuir essa
necessidade, pois no se associaram em grupos cooperativos, em
tempos primitivos. Fazer parte dessas associaes, para os homens,
significa compartilhar a masculinidade essencial, uma necessidade
moderna da tendncia ancestral da espcie para formar grupos de
machos caadores. interessante observar, que grande parte desses
encontros masculinos, termina com um jantar, um lanche, um banquete
- o sucedneo da partilha da comida (caa). Assim, mulheres e homens,
geneticamente, parecem possuir necessidades diferentes. Criaram-se
ento, Mistrios masculinos e femininos. Para a mulher a maternidade,
a comunho com a flora. Para o homem, a caa, a guerra, a comunho com
a fauna. A mulher, a Lua; o homem, o Sol. Porm, para recriar os
ciclos da Natureza, o princpio feminino e o masculino juntam- se:
so complementares, porm diferentes. A Maonaria reverencia o
feminino - seus Templos apresentam o Sol e a Lua como smbolos: o
Sol e a Lua so smbolos hermticos e alqumicos, ouro e prata, o
positivo e o negativo. O Sol a vida, o masculino. Nos Antigos
Mistrios o Sol era adorado por ressurgir da morte de seu poente. O
Sol era smbolo da regenerao da alma A Lua, sua complementaridade, o
feminino. A Maonaria uma Ordem Solar (masculina), porm, os maons,
trabalham noite, em suas Lojas, sob a energia feminina,
equilibrando os dois plos. O Sol deve estar presente na decorao do
Templo, no teto, mostrando a Luz que vem do Oriente, com a Lua, que
representa a Me Universal que fertiliza todas as coisas. A mulher a
formadora, a que rene, rega e ceifa - a natureza do princpio
passivo reunir e fecundar. As foras da Lua so magnticas, opostas e
complementares s do Sol, que so eltricas. A Ordem, por ter origem
muito, muito antiga, respeita a diversidade entre as energias
masculinas e femininas.
- 22. Os maons usam trs pontos dispostos em tringulo (.*.), como
smbolo - smbolo solar, smbolo masculino. Tm uma origem bem antiga
objetos celtas do sculo IX a. C e, muito antes, nas cermicas
egpcias e gregas. A tradio grega considerava o tringulo a imagem do
cu. Os Trs Pontos traduzem a concepo piramidal egpcia e so o smbolo
sexual masculino completo: pnis mais testculos, significando o sexo
em funo procriativa. Procriao - masculino e feminino em equilbrio.
A Maonaria, mesmo no iniciando mulheres, demonstra um grande
respeito energia feminina. A Ordem uma associao de homens livres e
de bons costumes, cultivando os princpios da liberdade, democracia
e igualdade, aperfeioamento intelectual e fraternidade. uma
entidade inicitica, filosfica, educativa e filantrpica. A Maonaria,
atravs do ideal de aperfeioamento, conduz o indivduo ao equilbrio e
desenvolvimento pessoal, ao exame da moral e prtica das virtudes.
Virtude a fora que impele o ser humano a fazer o bem em sua mais
profunda compreenso; a fora que leva ao cumprimento de deveres para
com a sociedade e para com a famlia, sem interesses egostas. A
Ordem, tendo por objetivo o aperfeioamento, conduz instruo e evoluo
moral e intelectual do indivduo. A Maonaria somente considera
possvel o progresso (pessoal e social) com base no respeito
personalidade, justia e mais estreita solidariedade entre os
homens, unindo indivduos, atravs do ideal de aperfeioamento. A
Maonaria uma instituio que promove um renascimento espiritual do
homem, atravs de um realinhamento do sistema de sua conduta moral e
tica. O iniciado compromete-se a vencer paixes, vcios, ambies,
dios, desejos de vingana e, o que estiver oprimindo-lhe a alma. A
Instituio no uma sociedade secreta, porque sua existncia conhecida
(mas uma instituio inicitica: o candidato ingressa por meio de
rituais, iniciado por um Mestre Maom). uma sociedade discreta. As
autoridades de vrios pases lhe concedem personalidade jurdica. Os
nicos segredos que existem, e s se conhece por meio do ingresso na
Ordem, so os meios usados pelos maons para reconhecerem-se entre si
em qualquer parte do mundo, o modo de interpretar smbolos e os
ensinamentos neles contidos, e os Rituais internos das Lojas. A
Maonaria tambm cincia (investigao racional ou estudo da Natureza
direcionado descoberta da Verdade), no seu aspecto mais abrangente,
partindo da premissa que homem e Natureza so componentes de um nico
sistema. cincia aplicada na prtica, eticamente, para a evoluo geral
da humanidade, entendendo que a ao decorrncia do pensamento,
adotando o
- 23. desenvolvimento do intelecto, como via para o
desenvolvimento da capacidade maior da Instituio, da sociedade, do
Planeta e do Universo. Proclama a prevalncia do esprito sobre a
matria. A Maonaria combate: a ignorncia, a superstio, o fanatismo,
o orgulho, a intemperana, o vcio, a discrdia, a dominao e os
privilgios. A Ordem possui um Cdigo Manico (originrio da Maonaria
inglesa) - so preceitos morais e ticos, que devem orientar todo
maom - no Brasil, est presente nas instrues, desde a metade do
sculo passado. Quando pediram a Aristteles um cdigo moral por onde
pautar a vida, ele disse: No posso dar-lhes um cdigo; observem os
homens melhores e mais sbios que vocs encontrarem e imitem-nos.
Cdigo Manico: - Adora o Grande Arquiteto do Universo; - O
verdadeiro culto que se presta ao Grande Arquiteto do Universo
consiste, principalmente, em boas obras; - Tem sempre tua alma em
um estado puro, para ser digno diante de tua conscincia; - Ama ao
prximo como a ti mesmo; - No faas o mal para esperar o bem; -
Estima os bons, ama os dbeis, foge dos maus, mas no odieis a
ningum; - No lisonjeies teu irmo, pois isto uma traio; se teu irmo
te lisonjeia, teme que ele te corrompa; - Escute a voz de tua
conscincia; - Seja o pai dos pobres, cada suspiro que tua dureza
cause-lhes, outras tantas maldies que cairo sobre tua cabea; -
Respeita o viajante nacional como o estrangeiro; ajuda-o. Ele deve
ser uma pessoa sagrada para ti; - Evita as discusses, evita os
insultos, faz com que a razo fique sempre do teu lado; - Reparte
com o faminto teu po, e aos pobres e peregrinos abriga-os em tua
casa; quando vires o desnudo, cobre-o e no desperdices tua comida
com quem no a merece - sua carne pelas tuas; - No se irrite com
facilidade, porque a ira repousa no seio do nscio; - Detesta a
avareza, porque quem ama as riquezas nenhum fruto delas retirar, e
isso tambm vaidade; - Foge dos mpios, seno tua casa ser arrasada,
somente os lares dos justos florescero; - No caminho da honra e da
justia est a vida, mas o caminho transviado conduz morte;
- 24. - O corao dos sbios est onde se pratica a virtude, e o
corao dos nscios, onde se festeja a vaidade; - Respeita as
mulheres, no abuses jamais de sua debilidade e muito menos penses
em desonr-las; - Se tens um filho, regozija-se; mas treme da
responsabilidade que te confia. Faz com que at os dez anos te tema,
com que aos vinte te ame e que at a morte te respeite. At os dez
anos seja seu Mestre, at os vinte seu pai e at a morte seu amigo.
Pensa em dar-lhe bons princpios antes que belas maneiras, que te
deva retido esclarecida e no frvola elegncia. Faz um homem honesto
antes que um homem hbil; - Se tens vergonha de teu destino, tens
orgulho; pensa que aquele nem te honra nem te degrada, o modo com
que cumpras te far um ou outro; - Leia e aproveita, veja e imita,
reflete e trabalha, ocupa-te sempre no bem de teus irmos e
trabalhars para ti mesmo; - Contenta-te de tudo, por tudo e com
tudo; - No julgueis apressadamente as aes dos homens; no reproves e
muito menos elogies; antes procura sondar bem os coraes para
apreciar suas obras; - Seja entre os profanos, livre sem licena,
grande sem orgulho, humilde sem se rebaixar; e entre os irmos,
firme sem ser tenaz; severo sem ser inflexvel e submisso sem ser
servil; - Fala moderadamente com os grandes, prudentemente com teus
iguais, sinceramente com teus amigos, docemente com os pequenos e
ternamente com os pobres; - Justo e valoroso defende o oprimido,
protege a inocncia, sem esperar por nada dos servios que prestares;
- Exato apreciador dos homens e das coisas, no atenders mais que ao
mrito pessoal, sejam quais forem a classe, o estado e a fortuna; -
No dia em que se generalizarem essas mximas entre os homens, a
humanidade ser feliz e a Maonaria haver terminado sua tarefa e
cantar seu triunfo regenerador. Alm do Cdigo, h o Declogo da
Maonaria, tambm originrio da Maonaria inglesa: - Deus a sabedoria
eterna, onipotente e imutvel; suprema inteligncia e inextinguvel
amor. Deves ador-lO, reverenciar e amar, praticando as virtudes,
muito O honrars; - Tua religio consiste em fazer o bem, por ser um
prazer para ti e no, unicamente, um dever. Constitui-te em amigo do
homem sbio e obedece a seus preceitos. Tua alma imortal; nada fars
que a desagrade;
- 25. - Combaters, incessantemente, o vcio. No fars a outrem o
que no quiseres que te faam. Devers ser submisso Fortuna e
conservar vivo o fogo da Sabedoria; - Honrars teus pais. Respeitars
e tributars homenagens aos ancios. Instruirs os jovens; -
Sustentars tua mulher e filhos. Amars tua Ptria e obedecers s suas
leis; - Teu amigo ser para ti, tua prpria imagem. O infortnio no te
afastar do seu lado. E fars, por sua memria, o que farias por ele
em vida; - Evitars e fugirs de falsos amigos, assim como, quando
possvel, dos excessos. Temers ser a causa de uma mancha em tua
memria; - No permitirs que as paixes te dominem. Obters, das paixes
dos demais, lies de proveito para ti mesmo. Sers indulgente com o
erro; - Ouvirs muito; falars pouco e obrars bem. Olvidars as
injrias, dars o bem em troca do mal. No abusars de tua fora ou
superioridade; - Estudars o conhecimento dos homens. Buscars sempre
a virtude. Sers justo. Evitars a ociosidade. Para pertencer
Maonaria o candidato (a palavra candidato vem do latim canditus,
que significa branco: na Roma antiga, o postulante vestia-se de
branco quando pleiteava um cargo pblico) deve: 1- Crer na existncia
de um princpio Criador, o Grande Arquiteto do Universo (G.A.D.U.);
2- Ser homem livre e de bons costumes; 3- Ser consciente de seus
deveres para com a Ptria, seus semelhantes e consigo mesmo; 4- Ter
uma profisso ou ofcio lcito e honrado que permita prover as suas
necessidades pessoais, de sua famlia e a sustentao de obras da
Instituio; 5- Ser convidado por um maom e ser aprovado pelos
demais; 6- Ter, pelo menos, vinte e um anos ou ser emancipado; 7-
No ter nenhuma deficincia fsica que o impea de cumprir os futuros
deveres manicos - a Maonaria, possivelmente, teve origem nas
Corporaes de Ofcio na Idade Mdia - a corporao de pedreiros. Nas
construes, os deficientes fsicos no poderiam carregar pedras, subir
e descer escadas etc., e por esse motivo no eram aceitos. Mais
recentemente, a Ordem no aceita deficientes por causa dos sinais de
reconhecimento entre maons, com as mos e os ps, que os deficientes
no poderiam fazer. No uma excluso discriminatria; 8- Obrigar-se ao
pagamento dos encargos pecunirios estabelecidos nos
regulamentos.
- 26. - Objetivos: A Maonaria tem por objetivos: A livre
investigao da Verdade (unidade da Divindade (Deus) e imortalidade
da alma), o exame da moral e a prtica das virtudes. Virtude a fora
que impele o ser humano a fazer o bem em sua mais profunda
compreenso; a fora que leva ao cumprimento de deveres para com a
sociedade e para com a famlia, sem interesses egostas. Tem por
objetivo o aperfeioamento, a instruo e a disciplina do indivduo. O
maom, auto aperfeioando-se, estar pronto para contribuir, mesmo que
em pequena parcela, para a grandiosa obra moral do desenvolvimento
humano. A Maonaria tem como lema: Liberdade, Igualdade e
Fraternidade, e uma sociedade que tem por objetivo unir os
indivduos, sendo esta unio, entendida no seu sentido mais amplo e
elevado. Logo, seu estmulo para a unio entre os homens faz com que
admita em seu regao pessoas de todos os credos religiosos, sem
nenhuma distino. A Ordem no uma religio, mas religiosa, porque
reconhece a existncia de um nico princpio Criador, Regulador,
Absoluto, Supremo e Infinito ao qual d o nome de Grande Arquiteto
do Universo; religiosa porque uma entidade espiritualista, em
contraposio concepo do predomnio do materialismo. A Maonaria
reconhece o Grande Arquiteto do Universo, Deus, mas um Deus
entendido dentro dos princpios de tolerncia religiosa do desmo,
tradio que recusa a idia de que s uma instituio tem o poder para
fazer a ligao com o Divino. Desmo diferente de tesmo. Para o tesmo,
Deus o autor do mundo. Para o desmo, Deus o princpio ou causa do
mundo, infuso ou difuso na Natureza, como o Arquiteto do Universo.
Trata-se de um Deus de todas as religies. antes um Deus da Natureza
do que um Deus da humanidade. E, por isso, um maom pode ser judeu,
catlico, muulmano, etc., ou no professar nenhuma religio. S no deve
ser ateu. A Maonaria como todas as Tradies Iniciticas, entende a
Divindade como o centro e a fonte de todas as coisas. Mas, a idia
de Deus como um Grande Arquiteto, anterior Maonaria Especulativa. -
Misso: Atravs das aes de seus adeptos, sua misso a prtica das
virtudes e da caridade, confortar os desafortunados, no voltar as
costas misria,
- 27. restaurar a paz de esprito aos desamparados e dar novas
esperanas aos desesperados. A Maonaria tem a misso de aperfeioar as
vidas dos seus membros, investigar a Verdade, conduzir seus membros
a dedicarem-se s boas obras, fazer amigos e reconhecer seus
semelhantes como irmos. O iniciado considera-se pedra bruta e, tem
a misso de aprimorar-se e tornar- se polida. - Propsitos: O
propsito da Maonaria estudar caminhos que levem evoluo do Planeta.
O rumo em direo Luz (um dos nomes do Grande Arquiteto do Universo),
atravs do pensamento racional a potncia mental tambm uma Luz e a
Luz da mente incorpora a prpria Luz Divina. A proposio que, se cada
indivduo refletir sobre suas atitudes e buscar sempre o caminho do
bem e da perfeio, a sociedade vai caminhar naturalmente sob a gide
do progresso. A evoluo individual ter como conseqncia, a evoluo da
humanidade. E, cada maom escolher e trilhar seu prprio caminho de
crescimento individual, pois tem liberdade de pensamento. -
Obedincias: A Maonaria no mundo divide-se em Obedincias Manicas,
chamadas de Grande Loja, Grande Oriente ou Simples Ordem Manica. So
unidades administrativas diferentes que agrupam diversas Lojas, mas
que transmitem os mesmos ideais. No Brasil existem trs grandes
grupos de Obedincias Manicas: . Grande Oriente do Brasil com
Grandes Orientes Estaduais; . CMSB Confederao da Maonaria Simblica
do Brasil (Grandes Lojas Estaduais formam a CMSB); . COMAB Grandes
Orientes Independentes (Grandes Orientes Estaduais Autnomos, que
formam a COMAB). 3- Ritos e Graus: - Ritos:
- 28. Rito, do latim ritus, significa algo convencional, formal.
Rito um cerimonial prprio de um culto ou de uma sociedade,
determinado pela autoridade competente a ordenao de qualquer
cerimnia. Rito Manico um conjunto de cerimnias e ensinamentos, que
variam de acordo com o perodo histrico, interpretao, objetivo e
temtica dada por seu criador. Rito o mtodo utilizado para
transmitir os ensinamentos e organizar as cerimnias manicas. Rito
cada diferente sistema manico para instruo, para o trabalho e mesmo
para o Ritual de Iniciao. Rito a prtica de se conferir a Luz Manica
a um indivduo, atravs de um cerimonial caracterstico. Em seiscentos
anos de Maonaria documentada, vrios Ritos surgiram. Mas, de 1356 a
1740, existiu um Rito, apenas um sistema de cerimnias e prticas.
Somente a partir de 1740 que vrios Ritos floresceram na Europa. Um
Rito deve ter contedo que consagre algumas peculiaridades
estabelecidas: o smbolo do Grande Arquiteto do Universo, o Livro da
Lei, o Esquadro e o Compasso sobre o Altar dos Juramentos, sinais,
toques, palavras e a diviso da Maonaria Simblica em trs Graus. No h
nenhum rgo internacional para reconhecer os diversos Ritos. Acima
do terceiro Grau, cada Rito estabelece sua prpria doutrina,
hierarquia e cerimonial. Cada Rito possui caractersticas prprias.
Segundo os ensinamentos de Papus (1865-1916: Grard Anaclet Vincent
Encausse, mdico espanhol - em seu livro ABC do Ocultismo- maom), os
Ritos dividem-se em trs categorias principais: a)- Ritos de estudos
filosficos elementares, de ao poltica imediata. A tendncia desses
Ritos a transformao da Maonaria em sociedade profana. O Grande
Oriente da Frana, ou Rito Francs Moderno, alguns Grandes Orientes
do Estrangeiro esto ligados a este sistema; b)- Ritos nos quais a
hierarquia e os Altos Graus so escrupulosamente conservados. Os
Ritos pertencem ao sistema Escocs. Entre os Ritos ligados a este
sistema Escocs: Rito Escocs Antigo e Aceito de Morin, reformado por
Pike, Rito Escocs Antigo e Aceito de Cerneau, Rito Primitivo e
Original da Franco-Maonaria , Rito Nacional Espanhol , Rito Antigo
e Primitivo, etc. e o Rito Universal Misto. As palavras antigo e
primitivo indicam, geralmente, a conexo ao sistema Escocs, ao passo
que a palavra moderno indica conexo ao sistema precedente; c)-
Certos maons, ligados a sociedades Rosa-Cruz, quiseram aprofundar
esta cincia, adaptando-lhe Graus cabalsticos e msticos. Este gnero
de Maonaria tem se restringido a uma elite e, freqentemente,
compreende apenas Altos Graus, deixando aos demais Ritos a tarefa
de preparar iniciados
- 29. futuros. O mais conhecido desses Ritos o de Misrin, depois
o de Mnfis. O Rito de Swedenborg e as Ordens de Iluminados Cristos
esto ligados a esses Ritos especiais. Os Ritos mais difundidos no
mundo hoje so: - Rito Escocs Antigo e Aceito; - Rito de York; -
Rito de Schrder; - Rito Francs ou Moderno; - Rito Brasileiro (s no
Brasil); - Rito Adonhiramita. Existem mais de cento e cinqenta
Ritos atualmente, porm, os mais praticados so o Rito Escocs e o de
York. - Graus: _,_._,___ A Maonaria utiliza o sistema de Graus para
transmitir seus ensinamentos, cujo acesso obtido por meio de uma
iniciao (Ritual de Aceitao) a cada Grau, e os segredos so
transmitidos atravs de gestos, palavras e smbolos. A Maonaria
composta por Graus Simblicos e Filosficos, variando de Rito para
Rito. A constituio dos trs primeiros Graus obrigatria e, est
prevista nos Landmarks da Ordem. A Maonaria Simblica compreende os
seguintes Graus: - 1 Grau Aprendiz Deve, acima de tudo, saber
aprender. o primeiro contato com o Simbolismo Manico. O Aprendiz
aprende as funes de cada um no Templo e busca o desenvolvimento das
virtudes e a eliminao dos vcios. Muitos maons antigos afirmam que
este o mais importante de todos os Graus. Ferramentas (Smbolos)
usadas nos trabalho do 1 Grau: Malho, Cinzel, e a Rgua de Vinte e
Quatro Polegadas (as Ferramentas de Trabalho representam
capacidades emocionais que o maom precisa identificar, controlar, e
depois usar em sua vida cotidiana); - 2 Grau Companheiro Esta fase
propicia ao maom um profundo conhecimento de smbolos, alm de avanos
Ritualsticos e desenvolvimento do carter. Ferramentas usadas nos
trabalhos do 2 Grau: Nvel, Prumo e o Esquadro;
- 30. - 3 Grau Mestre o Grau da plenitude manica. No mbito do
Simbolismo (Lojas Simblicas), o Grau mais elevado que permite
ocupar quaisquer cargos. O Mestre possui conhecimentos elevados da
histria e objetivos manicos. Ferramentas usadas nos trabalhos do 3
Grau: Compasso, Lpis e o Carretel Apontador. O trabalho realizado
nos Graus Superiores optativo e de carter filosfico. Existem
diversos sistemas de Graus Superiores, como o de Trinta e Trs Graus
no Rito Escocs Antigo e Aceito, o de Catorze Graus no Rito de York,
etc. - Ritos na Maonaria: - Rito Escocs Antigo e Aceito: Este Rito
uma das cerimnias mais difundidas na Maonaria atualmente. composto
por Trinta e Trs Graus. Ele foi formado ou extrado do Rito de
Perfeio ou Rito de Heredon, que contava Vinte e Cinco Graus. A
constituio dos Altos Graus atribuda ao pensador escocs Andrew
Michael Ramsay (1686-1743), sendo a base do Rito Escocs Antigo e
Aceito. Ramsay protagonizou a criao deste Rito em solo francs,
ocasio em que proferiu dois discursos de grande repercusso a
respeito do assunto. Antigo: porque ex-operativo. Aceito: por serem
seus membros aceitos ou iniciados, sem serem construtores. A origem
do Rito Escocs Antigo e Aceito razo de muitas discusses. Ao
contrrio do que se acredita, o Rito Escocs nada tem a ver com a
Esccia, pois na poca do aparecimento deste Rito, as Lojas da Esccia
trabalhavam no Rito Emulation Rite. O Rito de York praticado nos
EUA. O Emulation Rite praticado na Inglaterra e na Comunidade
Britnica, como em toda a Gr-Bretanha. O Rito Escocs surgiu na
Frana, depois de l ter sido introduzida a Maonaria Inglesa, do Rito
de Emulation Rite. No final do sculo XVII, vrios maons escoceses
fugiram para a Frana, em virtude de acontecimentos e convulses
sociais, que aconteceram nas Ilhas Britnicas. O tipo de cerimonial
que praticavam ficou marcado como Ritual dos Escoceses ou Rito
Escocs. Foi a partir de 1732 que a primeira Loja desses maons
escoceses Scottish Chal passou a funcionar em Bordeaux, um dos
centros manicos mais antigos e influentes na Frana. Entre os Ritos
ligados ao sistema escocs:
- 31. - Rito Escocs Antigo e Aceito de Morin reformado por Pike:
Etienne Morin foi o fundador da Loja Me Escocesa de Bornus e
organizou em So Domingo e na Jamaica, na dcada de 1760, a Maonaria
de Perfeio, com Vinte e Cinco graus. Mas tambm se deve a Andrew
Francken, deputado e Grande Inspetor de Etienne Morin na Amrica do
Norte, uma transcrio dos Rituais da Maonaria de Perfeio. - Rito
Escocs Antigo e Aceito por Cerneau; - Rito Primitivo e Original da
Franco-Maonaria; - Rito Nacional Espanhol; - Rito Universal Misto,
etc. Os Trinta e Trs Graus do Rito Escocs Antigo e Aceito: 1, 2, e
3 - Graus concedidos pelas Lojas Simblicas; Do 4 ao 14 - Graus
concedidos pelas Lojas de Perfeio; Do 15 ao 18 - Graus Capitulares
concedidos pelos Captulos Rosa-Cruz; Do 19 ao 30 - Graus Filosficos
concedidos por um Conselho Kadosh; 31 e 32 - Graus Administrativos
concedidos pelo Consistrio; 33 - ltimo Grau Administrativo
concedido pelo Supremo Conselho. 1 Grau - Aprendiz Maom Grau de
iniciao nos trabalhos da Arte Real. Dedica-se aos ensinamentos da
filosofia manica; 2 Grau - Companheiro Maom Grau intermedirio;
consagrado exaltao do trabalho de como transformar a pedra bruta em
pedra cbica; 3 Grau - Mestre Maom O Grau que consagra a prevalncia
do esprito sobre a matria; 4 Grau Mestre Secreto Grau de meditao;
os verdadeiros segredos da Maonaria devem ser objeto de pesquisas.
Neste Grau o maom tambm aprende as virtudes do silncio. Avana no
conhecimento de smbolos utilizados na Maonaria; 5 Grau Mestre
Perfeito Grau de meditao; estuda a filosofia da Natureza. Aprende a
meditao interior. Este Grau privilegia o princpio moral de render
culto memria de honrados antepassados; 6 Grau Secretrio ntimo ou
Mestre Por Curiosidade Esse Grau baseado na idia de aprendizagem do
comando e sua moral resume-se no respeito que se deve ter aos
segredos alheios. dedicado necessidade de se buscar conhecimento,
sem o qual no h progresso. Contudo adverte para a v curiosidade
capaz de gerar malefcios. Investiga-se a misria social e as
maneiras de combat-las;
- 32. 7 Grau Preboste e Juiz ou Mestre Irlands consagrado eqidade
severa com a qual, deve-se julgar as prprias aes. Neste Grau
estuda-se a Eqidade, os princpios da Justia, o Direito Natural e
alguns princpios ticos de liderana; 8 Grau Intendente dos Edifcios
ou Mestre em Israel A liberdade o nico trao de unio entre o
trabalho e a propriedade. Dedica-se a estudar a fraternidade do
homem atravs de valores como o trabalho e o direito propriedade.
Combate a hipocrisia, a ambio e a ignorncia; 9 Grau Mestre Eleito
dos Nove - Grau de iluminao. Consagra-se ao zelo virtuoso e ao
talento esclarecido que, por bons exemplos e generosos esforos,
vingam a verdade e a virtude do erro e do vcio. Estuda-se a
realidade dos ciclos, as foras negativas e a fora da reconstruo; 10
Grau Mestre Eleito dos Quinze - Consagrado eliminao de todas as
paixes e de todas as tendncias censurveis. Estuda-se a extino de
tendncias pouco proveitosas; 11 Grau Sublime Cavaleiro Eleito ou
Cavaleiro Eleito dos Doze Consagrado regenerao dos costumes, s
cincias e s artes. Dedica-se regenerao; 12 Grau Gro-Mestre
Arquiteto Representa-se o povo e consagra-se coragem perseverante.
Estuda o poder da representao popular; 13 Grau Cavaleiro Real Arco
Destinado interpretao dos primeiros instituidores da Ordem. Estuda
os magos pontfices do Egito e de Jerusalm; 14 Grau Grande Eleito ou
Perfeito e Sublime Maom Consagrado ao Grande Arquiteto do Universo.
o mais alto Grau das Lojas de Perfeio. Proclama o direito
inalienvel da liberdade da conscincia. Defende uma educao digna
para que o homem possa ter governantes que assegurem direitos e
obrigaes compatveis; 15 Grau Cavaleiro do Oriente Esse Grau aborda
o momento histrico do fim do exlio dos hebreus na Babilnia.
Dedica-se luta incessante para o progresso pela razo; 16 Grau
Prncipe de Jerusalm O Grau consagrado ao retorno Terra Santa.
Estuda a vitria da liberdade como conseqncia da coragem e
perseverana; 17 Grau Cavaleiro do Oriente e do Ocidente Grau
consagrado aos Cruzados. Explora o direito de reunio; 18 Grau
Cavaleiro Rosa-Cruz Esse Grau celebra o advento de Cristo. dedicado
ao triunfo da Luz sobre as trevas. a libertao pelo Amor; 19 Grau
Grande Pontfice ou Sublime Escocs dito da Jerusalm Celeste Fala
sobre o triunfo da Verdade, estuda o pontificado;
- 33. 20 Grau Soberano Prncipe da Maonaria ou Mestre Ad Vitam
consagrado aos deveres dos chefes das Lojas Manicas; 21 Grau
Noaquita ou Cavaleiro Prussiano - Estuda os perigos da ambio e o
arrependimento sincero; 22 Grau Cavaleiro do Real Machado ou
Prncipe do Lbano Estuda o trabalho como propagador de sentimentos
nobres e generosos; 23 Grau - Chefe do Tabernculo - Dedica-se
vigilncia dos valores propagados pela Ordem e ao combate da
superstio; 24 Grau - Prncipe do Tabernculo - Dedica-se conservao
das doutrinas manicas; 25 Grau Cavaleiro da Serpente de Bronze
Dedica-se ao combate do despotismo; 26 Grau Prncipe da Merc ou
Escocs Trinitrio Estuda princpios de organizao social atravs da
Igualdade e Harmonia; 27 Grau Grande Comendador do Templo ou
Soberano Comendador do Templo de Jerusalm Defende princpios de
governo democrtico; 28 Grau Cavaleiro do Sol ou Prncipe Adepto
Estuda a Verdade; 29 Grau Grande Cavaleiro Escocs de Santo Andr ou
Patriarca dos Cruzados dedicado Antiga Maonaria da Esccia; 30 Grau
Grande Inquisidor ou Cavaleiro Kadosh ou Cavaleiro da guia Branca e
Negra Fecha o ciclo de estudos no Kadosh. um Grau de estudos
profundos a respeito do simbolismo e filosofia manicos; 31 Grau
Grande Juiz Comendador ou Inspetor Inquisidor Comendador Estuda o
exame de conscincia detalhado. S os conscientes podem ser justos.
Estuda-se Histria; 32 Grau Sublime Cavaleiro ou Prncipe do Real
Segredo Estuda o Poder Militar; 33 Grau Soberano Grande Inspetor
Geral o ltimo Grau. Fecha o ciclo de estudos. , em ltima anlise, o
maom mais responsvel pelos destinos da Maonaria no pas. o Guardio
Mestre e Condutor da Maonaria. - Rito de York: considerado bastante
antigo. o mais praticado em todo o mundo - por cerca de 85% dos
maons. O Rito de York executado desde os tempos do rei anglo-saxo,
Athelstan, sculo X, da cidade de York, capital do territrio da
Nortmbria. Segundo o Manuscrito de Halliwell, no ano 926 houve um
grande congresso de maons, convocado e presidido pelo prncipe
Edwin, filho do rei Athelstan.
- 34. Edwin tornara-se gemetra e mestre-de-obras, aps ter passado
por todas as etapas da Iniciao Manica e, foi eleito Gro-Mestre. Da
por diante, todos os anos, realizada uma reunio manica em York.
Edwin escolheu trs smbolos como elementos de base da Ordem: um
Esquadro em ouro, um Compasso de prata com pontas de ouro e uma
Trolha (p) de prata. Mesmo aps a fundao da Grande Loja de Londres,
em 1717, as Lojas Britnicas, em sua maioria, continuavam a
respeitar as Antigas Obrigaes e no Grande Loja Britnica que, ficou
com sua influncia bastante limitada. As Lojas Britnicas no aderiram
ao Sistema de Obedincia, permanecendo livres. O centro de
resistncia Grande Loja era a antiga Loja de York, de tradio
Operativa e que dava aos membros da Grande Loja, o ttulo de
Modernos, enquanto eles prprios se autodenominavam Antigos, pelo
respeito s antigas leis. Na unio dos maons Antigos e Modernos em
1813 - as duas Grandes Lojas rivais inglesas - foi oficialmente
aprovado o Ritual dos Antigos como o Ritual Oficial da Grande Loja
Unida da Inglaterra e, naquele momento o procedimento manico
resultante dessa unio recebeu o nome de Rito de Emulao Emulation
Rite. Portanto, por fora do Act of Union firmado pelas duas Grandes
Lojas rivais, a denominao Rito de York deixa de existir, pelo menos
formalmente. A nova denominao foi adotada para que no ficasse
caracterizado que a Grande Loja de Londres submetera-se Grande Loja
de York, cujo Rito, at a poca da unio, denominava-se Rito de York.
O Rito de York praticado nos Estados Unidos difere do Emulation
Rite praticado na Inglaterra. O Emulation Rite na Inglaterra, no
possui Graus filosficos. Nos Estados Unidos, o Rito de York
constitudo pelos trs Graus Simblicos e quatro Graus Filosficos.
Estas no so as nicas diferenas. Existem outras, de ordem
Ritualstica. Rito de York ou Americano aquele praticado pelas
Grandes Lojas dos Estados Unidos. Apresenta Catorze Graus, ou seja,
conta com Onze Altos Graus, apesar de grande parte dos maons
americanos praticarem os trs primeiros Graus da Loja Simblica em
Rito de York e o restante no Rito Escocs Antigo e Aceito. No Rito
de York existem apenas trs cargos que so eletivos: o Mestre da
Loja, o Tesoureiro e o Guardio (Guarda Externo, em alguns casos,
quando ele no membro da Loja) nos demais Ritos, toda Loja tem, pelo
menos, o Venervel Mestre, dois Vigilantes, o Orador, o Secretrio, o
Companheiro e o Aprendiz.
- 35. No Brasil existem inmeras Lojas Manicas que adotam a linha
inglesa, ou seja, o Emulation Rite, apesar do uso da denominao Rito
de York, que acabou se consagrando. - Rito de Schrder: Foi criado
por Friedrich Ludwig Schrder (1774-1816: em Shwerin, Alemanha), e
introduzido em sua Loja em 29 de junho de 1801, em Hamburgo,
Alemanha. um Rito simples e, opera nos trs Graus Simblicos, no
possuindo Altos Graus ou Graus Filosficos. Schrder aboliu o
ocultismo que dominava a Maonaria Alem, por entender a Maonaria
como uma unio de virtudes, e no uma sociedade esotrica enfatizou o
ensinamento dos valores morais e o esprito fraterno. Preservou os
smbolos, resgatando o princpio que afirmava ser a Verdadeira
Maonaria, a dos Trs Graus de So Joo. Schrder restaurou o Antigo
Ritual Ingls, adaptando-o para a cultura germnica de sua poca. Por
isso o Rito de Schrder semelhante ao Rito de York (Emulation Rite),
sem ser uma cpia deste. - Rito Francs ou Moderno: Como se sabe, a
Maonaria Moderna surgiu quando, em 1717, quatro Lojas de Londres se
uniram para formar a Grande Loja de Londres, priorizando estudos
tericos e afastando-se da prtica da construo. O Rito Francs ou
Moderno criado em 1761, foi reconhecido pelo Grande Oriente de
Frana, em 1774, com a nomeao de uma comisso para reduzir os Graus,
deixando apenas os Simblicos. No princpio houve uma forte oposio,
ento a comisso deixou quatro dos principais Graus Filosficos; com o
decorrer do tempo, algumas Lojas adotaram o Rito. A denominao Rito
Francs, surge inicialmente num processo de uma deliberao do Grande
Oriente de Frana, de 25de novembro de 1799 sobre uma Loja de Nova
Iorque sob o Rito Francs. No sculo seguinte o mesmo Rito ser
conhecido como Moderno. Tudo indica que o nome de Rito Francs e
depois Rito Moderno, foi utilizado pelo Grande Oriente de Frana, em
oposio ao nome Escocs, usado por vrios Ritos praticados na Frana no
sculo XVIII. Atualmente um Rito muito praticado na Frana e nos
pases que estiveram sob sua influncia.
- 36. Segundo o Rito Francs ou Moderno, o Universo governado por
leis imutveis com as quais o indivduo se relaciona. - Rito
Brasileiro: Alguns escritores afirmam que, o Rito Brasileiro foi
criado em 1864, em Pernambuco, com o nome de Maonaria Especial do
Rito Brasileiro. Porm, oficialmente, sua criao foi em 23 de
dezembro de 1914, atravs do Decreto n 500 do Soberano Gro-Mestre
Lauro Sodr. Teve curta durao inicial, ficando sem uso de meados da
dcada de 40 (1940) at a dcada de 60 (1960). Houve vrias tentativas
de reerguer o Rito, porm sem sucesso. Somente em 1968, sendo
Gro-Mestre o professor lvaro Palmeira, este Rito foi regularizado,
sendo praticado por vrias Lojas. O Rito Brasileiro Regular, Legal e
Legtimo. Acata os Landmarks e os demais princpios tradicionais da
Maonaria, podendo ser praticado em qualquer pas. O Rito Brasileiro
mantm os trs Graus Simblicos de acordo com a tradio manica e adota
o sistema de mais Trinta Altos Graus ou Graus Filosficos, que tm
caractersticas nacionais, com temas atuais e relevantes. O Rito
Brasileiro possui organizao e doutrina bem estruturadas. Adota a
legenda Urbi et Orbi, que significa sua atuao nacional e
internacional. - Rito Adonhiramita: Esse Rito teve origem na Frana,
no sculo XVIII, na crena dos franceses de que o principal
construtor do Templo do Rei Salomo teria sido Adonhiram, e no Hiram
Abiff. Foi uma polmica entre estudiosos ritualistas. Na construo do
Templo de Salomo Adonhiram sucedeu Hiram Abiff, chamado de Adon-
Hiram (Senhor Hiram). Adonhiram era arquiteto e preposto das
corvias do Templo de Jerusalm, de acordo com os textos bblicos.
Preposto o auxiliar encarregado de certos negcios e que age em nome
e por conta de um patro, um preponente. Corvia era o trabalho ou o
servio gratuito praticamente um trabalho escravo que as pessoas
tinham que prestar ao rei (tambm presente no feudalismo europeu).
Adonhiram era o contratante dessa atividade servil, como preposto
de Salomo, e depois de Roboo (filho de Salomo) - ele era
encarregado dos impostos. Os adeptos dessa teoria eram chamados de
adonhiramitas, e foi um desses maons, Louis Guillemain de Saint
Victor, que em 1781 publicou um livro intitulado Recueil Precieux
de La Maonnerie Adonhiramite, onde constava um pequeno histrico e o
resumo de quatro Graus desse Rito. Em 1787, ele
- 37. publicou o segundo volume, contendo mais oito Graus, que
foi modificado pelo americano Arthur Eduard Waite. O Rito, depois
de uma poca de grande difuso, acabou desaparecendo. Todavia, no
Brasil, (onde foi o primeiro Rito praticado), ele permaneceu,
fazendo com que o pas seja hoje o centro do Rito, que teve seus
Graus aumentados de Treze para Trinta e Trs. 4- Ritualismo,
Simbologia e Smbolos: A Simbologia a cincia mais antiga do mundo.
Atravs dos smbolos, os povos primitivos se expressavam e
comunicavam suas tradies. O primeiro aprendizado no mundo foi
constitudo por smbolos. Em um tempo onde a linguagem oral era ainda
incipiente, os smbolos foram o meio de comunicao. A palavra smbolo
deriva da palavra grega symbolom, que significa juntar, reunir. Os
smbolos so uma representao de objetos, idias ou aes e so uma
linguagem especial, compreensvel pelo hemisfrio direito do crebro,
isto , a imaginao. Eles tm um efeito muito poderoso na mente
humana, sendo mais eficientes do que palavras. Isso porque o
significado contido em um termo muitas vezes, no traduz, de fato, a
essncia do que busca comunicar. Segundo Jacob Bronowski (1908-1974:
filsofo, matemtico e cientista polons): o mundo que o esprito
humano conhece e explora no sobrevive sem conceitos simblicos. O
smbolo e a metfora so to necessrios cincia, como poesia. As antigas
culturas que conhecemos, tinham sem exceo, uma coisa em comum:
smbolos e rituais. A partir de smbolos elas criavam rituais, no s
para as principais fases de transio da vida (ritos de passagem),
mas tambm para o dia-a-dia e suas exigncias. As etapas de transio
da vida exigem rituais e, eles estiveram presentes em todas as
pocas as culturas arcaicas confiavam na energia inicitica dos ritos
da puberdade, por exemplo, coisa que a nossa sociedade desvaloriza.
No muito fcil para um jovem, nas sociedades modernas, amadurecer,
pois lhe faltam rituais de passagem que o liguem, com segurana, a
um novo padro do mundo dos adultos, que tem regras e smbolos
diferentes. Como no h mais esses rituais, o jovem fuma seu primeiro
cigarro, toma sua primeira bebida alcolica, experimenta outras
drogas, numa tentativa correspondente. O
- 38. inconveniente desses procedimentos substitutos, que no
oferecem nenhuma segurana de ingresso no mundo adulto e, os jovens,
muitas vezes, acabam ficando dependentes desses rituais. Como no
existe nenhuma cultura antiga (e mesmo moderna) sem rituais,
pode-se inferir que, eles faam parte, necessariamente, da trajetria
humana. O bilogo e pensador, Rupert Sheldrake, (1942: PhD., bilogo
e bioqumico ingls, pesquisador da Universidade de Cambridge,
Inglaterra) com suas pesquisas sobre campos morfogenticos ou
formativos, confirmou que h relaes entre distintos seres vivos que
escapam a explicaes lgicas. Esses campos vibram ao mesmo tempo no
mesmo plano e se comportam como se fossem somente um ser.
Constituem uma egrgora: egrgora a somatria de energias criada por
grupos ou agrupamentos, em virtude da fora vibratria gerada por
cada indivduo. Essa fora maior e de vibrao diferente da de cada um.
A egrgora resultante de uma sinergia. E, qualquer que seja a
natureza da egrgora, ela estar presente em cada indivduo do grupo
que a formou (confirmando o Paradigma Hologrfico, do fsico David
Bohm). Um dos Princpios Hermticos postula que tudo vibra: Princpio
da Vibrao - Nada est parado; tudo se move, tudo vibra.. A cincia j
comprovou a verdade por trs desse princpio. As diferenas entre as
diversas manifestaes da matria, energia, mente e esprito, resultam
de ordens variveis de vibrao. Os organismos dos seres vivos so
formados por clulas, e estas por molculas, tomos e ncleos e, assim,
so condensadores de energia. Segundo Rupert Sheldrake, os campos
morfogenticos ou morfolgicos, so estruturas invisveis que se
estendem no espao-tempo e moldam a forma e o comportamento de todos
os sistemas. Toda clula, molcula, tomo ou organismo que existe,
gera um campo organizador. Assim, sempre que um membro de um grupo
aprende um comportamento e esse comportamento repetido vrias vezes,
o campo modificado e a modificao afeta o agrupamento por inteiro. O
campo morfogentico uma regio de influncia que atua dentro e em
torno de todo organismo vivo e est presente em pensamentos e
atitudes. Cada ser cria um campo morfolgico e, aplicvel a todos os
sistemas: assim o maom em relao Maonaria e sua Loja. Sua presena na
Loja muito importante para a captao dessas energias e para sua
prpria evoluo espiritual. Se os contedos mentais, emocionais e
espirituais so transmitidos de uma pessoa a outra, essas
propriedades podem ser assimiladas por cada maom, com sua presena
nos trabalhos da Loja. O fsico brasileiro Luiz Alberto Oliveira,
afirma que os seres humanos so indivduos e, ao mesmo tempo,
elementos de massa. E, essa a simbologia da
- 39. Corda de Oitenta e Um Ns. Para os maons, uma corda com ns o
smbolo de sua