Animismo aula orientação doutrinária

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Boa tarde a todos!

FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DE SÃO PAULOENTIDADE FEDERATIVA E ORIENTADORA DO ESPIRITISMO ESTADUAL

Área de Assistência Espiritual

Departamento de treinamentos

Orientação doutrinária

Animismo

3ª Aula

Tópicos que serão abordados:

O papel dos médiuns nas comunicações espíritas

A educação da faculdade mediúnicaO animismo

A abordagem adequada nos casos de animismo

O atendimento fraterno diante de qualquer tipo de comunicação

Animismo - Definição

“doutrina explicativa do

funcionamento do corpo humano formulada pelo

médico e químico alemão Georg

Ernst Stahl (1660-1734), com base

no conceito tradicional de

alma” (Houaiss)

Animismo - Definição

“cada uma das doutrinas que

afirmam a existência da alma humana, considerada como

princípio e sustentação de todas

as atividades orgânicas, esp. das

percepções, sentimentos e pensamentos”

(Houaiss)

Animismo - DefiniçãoSegundo o etnólogo

Edward B. Tylor (1832 – 1917)

“primeiro estágio da evolução religiosa da

humanidade”; crença dos

primitivos de que todas as formas da natureza têm uma

alma e agem intencionalmente

(Houaiss)

Animismo e o Espiritismo

Alexander Aksakof (1832 – 1903)

Filósofo e diplomata russo

“Animismo e Espiritismo” (1890) (Eusápia Palladino)

Eduard von Hartmann – “O Espiritismo” – Teoria

do inconsciente

Animismo e o Espiritismo

Ernesto Bozzano (1862/1947) Filósofo italiano e pesquisar

da Metapsíquica e do Espiritismo

“Animismo ou Espiritismo?” (Qual dos dois explica o

conjunto dos fatos?) 1937 – Congresso

Espírita Internacional de Glasgow (Escócia)

Animismo - Definição do Espiritismo

“Para maior brevidade, proponho designar pela palavra animismo

todos os fenômenos intelectuais e físicos que deixam supor uma atividade extracorpórea ou à

distância do organismo humano e mais especificamente todos os

fenômenos mediúnicos que podem ser explicados por uma ação que o

homem vivo exerce além dos limites do corpo” (Alexander

Aksakof)

Animismo - Definição do Espiritismo

“É o estado em que opera o Espírito do médium e não o do desencarnado. O médium sob a influência da própria faculdade (...), fala e obra por si mesmo, sem interferência do Espírito

encarnado” – Sérgio Biagi Gregório

(http://www.sergiobiagigregorio.com.br/)

Animismo, então, é a influência que o médium exerce na comunicação

mediúnica?Existe mediunidade sem

animismo?“(...) em verdade não há fenômeno

espírita puro, de vez que a manifestação de seres

desencarnados, em nosso contexto terreno, precisa do médium

encarnado, (...) do veículo da alma e, portanto, anímicas” – Hermínio C.

Miranda (“Diversidade dos Carismas” – Animismo)

Animismo na Codificação Espírita

L.M – Cap. 19 – Item 223 – Questão 10

O médium nunca é inteiramente passivo?“É passivo quando não mistura

suas ideias com as do Espírito, mas nunca é inteiramente nulo.

Seu concurso é sempre indispensável, como o de um intermediário, mesmo quando

se trata dos chamados médiuns mecânicos”

Animismo na Codificação Espírita“As comunicações escritas ou verbais

podem ser também do próprio Espírito do médium?” (L.M Item 223 – Q. 2)

“A alma do médium pode comunicar-se como qualquer outra. Se ela goza de um certo grau de liberdade, recobra então as suas qualidades de Espírito. Tens a prova na visita das almas de pessoas vivas (...) Nesses casos eles te falam como Espíritos não como homens. Por que o médium não poderia fazer o mesmo?”

Então... As comunicações podem ser sempre do próprio médium?

“(...) é certo que o Espírito do médium

pode agir por si, mas isso não é razão para que outros Espíritos

não pudessem agir também por seu

intermédio” – L.M Item 223 – Questão

2.a

Animismo é mistificação?

Mistificação = Engodo, engano, dolo, mentira. Pode ser produzida por Espíritos desencarnados, assim como pelo médium. Má-fé.

Incorporação consciente e animismo

A grande confusão

Forma consciente: médium intuitivo (L.M Item 180)

“(...)O Espírito comunicante não substitui a alma do médium,

porque não poderia deslocá-la do corpo: domina-a, sem que isso dependa da vontade dela, e lhe imprime a sua vontade própria

(...) O médium tem consciência do que escreve, embora não se trate de seu próprio pensamento (...)”

“(...) Sendo dessa maneira, dir-se-ia, nada prova que seja outro Espírito e não o do médium que escreve. A

distinção é às vezes bastante difícil de se fazer,

mas pode ser que isso pouco importe”

Como saber se a mensagem é do Espírito e não a sua própria? L.M –

Item 180O pensamento não foi preconcebidoO pensamento surge à medida que se transmite a comunicação

Muitas vezes, a ideia central é muito contrária a que se tinha anteriormente sobre o assunto

Pode estar muito além dos conhecimentos e da capacidade do médium

Como diferenciar a comunicação que vem do médium com a do Espírito

comunicante?“Pela natureza das comunicações. Estuda as circunstâncias e a linguagem e distinguirás. É sobretudo no estado sonambúlico ou de êxtase que o Espírito do médium se manifesta, pois se encontra mais livre. No estado normal é mais difícil (...)” – L.M Item 223 – Q.3

“O fantasma do animismo”

“Muitos companheiros

matriculados no serviço de

implantação da Nova Era, sob a égide do

Espiritismo, vem convertendo a teoria animista num travão injustificável a lhes

congelarem preciosas oportunidades de

realização do bem” – Áulus (NDM – Cap.22)

Um caso de comunicação anímica

Cap. 22 – “Emersão do

passado”

A senhora e seu desafeto desencarnado

“(...) A manifestação decorre dos próprios sentimentos de nossa amiga, arrojada ao pretérito (...) E efetua isso quase na posição de sonâmbula, porquanto se concentra totalmente nas recordações (...), como se reunisse todas as energias da memória numa simples ferida (...)” - Áulus

Animismo e processos provacionais ou em decorrência de obsessão

“Muitas vezes (...), qual ocorre no fenômeno hipnótico isolado, pode cair a mente nos estados anômalos de sentido inferior, dominada por forças retrógradas que a imobilizam, temporariamente, em

atitudes estranhas ou indesejáveis” – André Luiz (“Mecanismos da

Mediunidade” – Cap.23)

Fixação mental

A falsa ideia de que todos devem ser médiuns

inconscientes

Compreendamos, de vez, que:

“se a ideia central transmitida pelo Espírito não foi

modificada, deturpada, a comunicação é autêntica e perfeitamente aceitável”

Edgard Armond (“Mediunidade” – 1ª Parte -

Cap.11)

A falsa ideia de que todos devem ser médiuns

inconscientesRecordemos ainda que:

Espíritos elevados preferem médiuns com o cérebro povoado de “conhecimentos adquiridos na vida

atual e de conhecimentos anteriores latentes (...) porque

então o fenômeno da comunicação será muito mais fácil” – Erasto e

Timóteo (L.M – Item 225)

O alerta de André Luiz

“(...) há médiuns psicofônicos para quem os Amigos Espirituais designam determinados tipos de manifestantes que lhe correspondam às tendências, caracteres, formação moral e cultural, especializando-lhes as possibilidades mediúnicas”

Necessário não confundir tal situação com animismo ou mistificações

inconscientes“Desobsessão” – André Luiz – Capítulo35

O grande entrave à fidelidade nas comunicações mediúnicas: o

problema moral

“(...)onde a influência moral do médium se faz realmente sentir é quando ele substitui pelas suas ideias pessoais

aquelas que os Espíritos se esforçam por lhe sugerir. É ainda quando ele tira, da

sua própria imaginação, as teorias fantásticas que ele mesmo julga, de boa

fé, resultar de uma comunicação intuitiva. Nesse caso, há mil

possibilidades contra uma de que isso não passe de reflexo do Espírito pessoal

do médium” – Erasto (L.M – Item 230)

Fatores que podem desencadear o animismoCultivo de ideias desordenadas e

aspirações mal contidas que desequilibram a mente

Imaginação superexcitada

Inspiração de Espíritos levianos e zombeteiros

“Qualidade na prática mediúnica” – Animismo (Projeto Manoel Philomeno de Miranda)

Conflitos e hábitos psicológicos indesejáveis

O desenvolvimento da moral: o caminho para a fidelidade e aperfeiçoamento das

comunicações “(...) a educação moral e psíquica concederá (ao médium) recursos hábeis para um intercâmbio correto (...) inúmeros impedimentos se apresentam durante o fenômeno, que somente o exercício prolongado e bem dirigido consegue eliminar. Em si mesmo, o animismo é ponte para o mediunismo, que a prática do intercâmbio termina por superar” – (“Qualidade na prática mediúnica”)

Como diminuir o animismo nas manifestações?

“Indispensável muito cuidado, exame contínuo dos problemas

íntimos e zelo pelas letras espíritas, a fim de discernir com acerto e atuar com segurança”

(“Qualidade na prática mediúnica”)

Como ser intérprete relativamente exato?

“(...) é imprescindível (ao médium) haver aprendido a ceder, e nem

todos os artífices da oficina mediúnica realizam, a breve

trecho, tal aquisição” – Instrutor Calderaro (“No Mundo Maior” –

Cap.9)

O que é ceder ? Segundo o Instrutor Calderaro:

Devoção à felicidade do próximo

Elevada compreensão do bem coletivo

Avançado espírito de concurso fraterno

Serena superioridade nos atritos com a opinião alheia

Refúgio frequente à “moradia dos princípios superiores”

Medianeiro comum

Servirá com a matéria mental que lhe é própria, sofrendo a influência das imprecisões naturais terrestres

Quando transformado

Adaptado aos imperativos da renúncia pessoal, com trabalho incessante, edificará o templo

interior de serviço, reconhecendo o programa

Divino acima de seus caprichos pessoais

Instrutor Calderaro

O exemplo de Otávia

Capítulo 16 – “Incorporação”

Incorporação semiconsciente – Enxertia de árvore frutífera

“A planta estranha revela suas características e oferece seus

frutos particulares, mas a árvore enxertada não perde

sua personalidade e prossegue operando em sua vitalidade

própria” – André Luiz

O que é ser um bom médium?

O bom médium “não é aquele que tem facilidade de

comunicação, mas o que é simpático aos Bons Espíritos e só por eles é assistido. É neste sentido que a excelência das

qualidades morais é de importância absoluta para a mediunidade” – Allan Kardec

(E.S.E – Cap.24 – Item 12)

Como proceder nos casos de animismo nas diversas assistências?

“Os problemas de animismo que

porventura surjam no grupo, devem ser analisados sem

espírito de censura ou de escândalo, cabendo ao dirigente fazer todo

o possível para esclarecer com

caridade os médiuns e os desencarnados

envolvidos” (“Desobsessão” –

André Luiz)

Capítulo 15

“Fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem”

Regras de ouro nos atendimentos

Manter a sintonia com os mentores da tarefaNão julgar e alimentar profundo sentimento de compaixão frente aos enganos e erros apresentados

Ser firme sem ser cruel ou agressivo

Evitar o tom de discursos e sermões

Ser claro e objetivo em sua fala, escolhendo as palavras mais adequadas para não ferir

Acima de tudo, desmistifiquemos o preconceito ao animismo

“indispensável lembrar que somos mais ricos do que

geralmente julgamos. Abaixo da consciência jaz um

maravilhoso depósito de documentos inexplorados que tem algo a ensinar-nos sobre o

próprio substrato da individualidade (...)” – Gabriel

Delanne (“Pesquisas sobre mediunidade”)

Muita paz a todos!