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Grupo de Pesquisa José Maria Neves do Conservatório Brasileiro de Música/CEU - Método de Guitarra: A Escola de Zé Menezes 1 Partituras de José Menezes França 1 Seleção de peças de Zé Menezes aplicadas à guitarra elétrica. Este material foi produzido através dos manuscritos do Autor. As digitações foram retiradas de vídeos e de orientações do Autor. Visa à execução na guitarra elétrica, porém podem ser tocadas em outros instrumentos. Forró Forrado 1 Contrapontando 2 Gafieira Carioca Nº 2 5 Gafieirando 6 Dani no Frevo 8 Encabulado 10 Uma Noite na Lapa 12 Nunca Mais 14 Reco no Choro 17 Fantasia Sertaneja 18 Seresteiro 22 Entre sem bater 25 Divertimento 26 Terra Quente 28 Nosso Jardim 30 Canção Amiga 32 Guitarra no Jazz 33 Guitarra no Choro 34 Abertura de Os Trapalhões 36 Três Amigos 38 1 Edições musicais produzidas Por Rogério Borda, Bruno Scantamburlo e Pedro Autran para a conclusão no Grupo de Pesquisa José Maria Neves do Conservatório Brasileiro de Música / Centro Universitário - Método de Guitarra: A Escola de Zé Menezes. Todos os direitos do Autor estão reservados.

A escola de zé menezes partituras-cbm

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Grupo de Pesquisa José Maria Neves do Conservatório Brasileiro de Música/CEU - Método de Guitarra: A Escola de Zé Menezes

1

Partituras de José Menezes França1

Seleção de peças de Zé Menezes aplicadas à guitarra elétrica. Este material foi produzido através dos manuscritos

do Autor. As digitações foram retiradas de vídeos e de orientações do Autor. Visa à execução na guitarra elétrica,

porém podem ser tocadas em outros instrumentos.

Forró Forrado 1

Contrapontando 2

Gafieira Carioca Nº 2 5

Gafieirando 6

Dani no Frevo 8

Encabulado 10

Uma Noite na Lapa 12

Nunca Mais 14

Reco no Choro 17

Fantasia Sertaneja 18

Seresteiro 22

Entre sem bater 25

Divertimento 26

Terra Quente 28

Nosso Jardim 30

Canção Amiga 32

Guitarra no Jazz 33

Guitarra no Choro 34

Abertura de Os Trapalhões 36

Três Amigos 38

1 Edições musicais produzidas Por Rogério Borda, Bruno Scantamburlo e Pedro Autran para a conclusão no Grupo de Pesquisa

José Maria Neves do Conservatório Brasileiro de Música / Centro Universitário - Método de Guitarra: A Escola de Zé Menezes.

Todos os direitos do Autor estão reservados.

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Abertura de “Os Trapalhões”

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Quem assistiu televisão até os anos 80 conhece bem esta música que consagrou Zé Menezes como

compositor e arranjador na rede globo. Porém o que pouca gente sabe é que está música foi composta na guitarra

elétrica.

“A história da abertura de “Os Trapalhões” foi o seguinte, é que na Globo antigamente cada

abertura era feita para um determinado programa, quer dizer, novelas ou show tinha uma

abertura e era para aquele programa, hoje não, as novelas fazem a mesma coisa, só muda a cena,

mas, o fundo é aquilo que estamos escutando a mil anos, naquele tempo não, tinha 20 maestros,

produtores da Globo, para exatamente uns trabalharem na linha de novela, e outros na linha de

show, e eu era guitarrista, trabalhei com todo esses maestros que vinham de fora, do Japão, da

China, da Inglaterra, da França, então agente trabalhava com a orquestra da Globo, só que quando

foi para fazer “Os Trapalhões” era na Tupi, e o Vanucci era muito meu amigo, Augusto Cesar

Vanucci, então ele chegou e disse: Faz a abertura de “Os Trapalhões” pra Globo, aí eu falei: Mas

eles não tem a abertura deles, mas eles queriam uma abertura nova, aí se tratando de “Os

Trapalhões” tinha que fazer alguma coisa de engraçada, algo satirizado, mas aí ele disse: Não, faz

uma abertura pomposa, faz de conta que você vai fazer algo para um musical nos Estados Unidos,

com grande orquestra, aí era a minha vez de fazer alguma coisa para deixar de ser só um

guitarrista, eu não tinha pretensão não, mas sempre temos uma pretensãozinha de querer

melhorar as coisas né, e eu não tinha esperança, pois só tinha maestro tipo, o Radamés, Guio de

Moraes, só tinha gente grandes arranjadores, foram buscar nos Estados Unidos oferecendo uma

nota preta para fazer a abertura de “Os Trapalhões”, e eu corri por fora, sem pretensão nenhuma,

mas, aí eu fiz a minha abertura, cheguei em casa, liguei um gravadorzinho e de cara saiu a abertura

de “Os Trapalhões”, do jeito que eu fiz na guitarra, eu fiz para grande orquestra da Radio Nacional,

distribuí, eu fiz dois arranjos, um em Sol maior e o outro em Ré maior que é o original, e a minha

abertura no meio desse pessoal todinho foi aprovada, resultado, depois me chamaram para

assinar contrato, aí como arranjador, aí eu fiquei meio apreensivo, por que, é verdade que fui

arranjador na RCA entre 60 e 70, naquele tempo na reunião de produção eles acertavam algo com

agente, e se desse errado elem falavam, “passei para o Menezes o negocio certo”, ou seja, o

produtor nunca estava errado, então chegava na minha casa, sábado todinho ou domingo todinho

para fazer o arranjo do programa, por que segunda tinha que rolar, então passei para produtor,

para trabalhar só em um programa, passei muito tempo trabalhando no viva o gordo, como

produtor e arranjador, depois fiz a abertura do Chico City também, varias aberturas de programa,

Levanta Poeira, um bocado de programa daquele tempo, mas foi a abertura de “Os Trapalhões”

que me fez subir para a posição de maestro, arranjador e produtor”. Eu fiz um arranjo bem

funqueado, beirando o samba, eu queria bastante percussão”.

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Três Amigos - Essa peça é muito significativa na obra de Zé Menezes porque é uma homenagem a dois de

seus grandes amigos, mestres e incentivadores: Radámés Gnatalli e Garoto. Tem três partes as quais representam

Zé Menezes, Radamés e Garoto. Cada parte contém elementos musicais representativos dos estilos de tocar e

compor de cada um. A 1ª parte representa Zé Menezes, contém harmonias recorrentes da sua maneira de

harmonizar como, por exemplo, o acorde A7(b9)(13) do terceiro tempo do compasso 10 e o acorde D69 do

compasso 11. Passagens de vozes internas como as do compasso 15 e 16, e também nos compassos 33 e 34. A 2ª

parte que começa no compasso 49 representa Radamés Gnatalli que Zé Menezes tinha grande admiração e dizia

que ele possuía um estilo técnico ao piano, representando este estilo estão as escalas do compasso 53 que

encaminham a harmonia de D6 (tônica) para o Gm7 C7 (IIm7 V7 de Fá), do compasso 55 (bIII – Fá, relativo do

homônimo menor), a do compasso 59 (tônica) para o C#m7(b5) F#7(#9) (II v para o relativo menor), e a escala dos

compassos 63 e 64 que encaminham uma cadência de ponte para a 3ª parte. As marchas harmônicas rápidas dos

compassos 57 e 58, e a dos compassos 60 a 62 também são características do estilo de tocar, arranjar e compor de

Radamés que Zé Menezes representa nesta parte da peça. A 3ª parte começa no compasso 66 retrata Garoto e

seu estilo no violão, que Zé Menezes conhecia muito bem. Já no compasso 67 inicia com um acorde idiomático do

estilo de Garoto que aproveitava o dedo indicador para fazer um determinado baixo e com o mesmo dedo tocar

uma nota na 1ª corda em um traste anterior ao que tocava o baixo. Acordes m7M, m7(9) seguidos de escalas

como os dos compassos 68, 72 e 78 também eram característicos de Garoto, segundo Zé Menezes, muito

interessante é a passagem do compasso 81 ao 83 onde Zé Menezes utiliza na marcha harmônica Am7(b5) D7, G7

C7, F7 Bb7, motivos melódicos característicos de Garoto.

(...) “Eu fiz uma musica (...) fazendo uma homenagem ao meu velho amigo Radamés e ao grande

amigo Garoto. (...) É, o Três Amigos (...) essa primeira foi o Zé Menezes (...) essa que eu acabei de

tocar é Radamés, é uma coisa mais técnica, é diferente (...), acabou Radamés, agora Garoto (...) a

intenção foi exatamente isso, uma homenagem ao velho amigo Radamés e ao Garoto. Pra quem

conheceu o Garoto, as músicas do Garoto, estão vendo (...) é bonito né? Isso aqui é Garoto. (...)

Garoto nasceu em 1915, e eu em 1921. Daí ele e eu fazíamos os programas juntos, fazíamos os

programas grandes. Depois eu passei a fazer parte das grandes orquestras da rádio. A Nacional

possuía três orquestras, três big bands e uma orquestra sinfônica completa com mais ou menos

oitenta músicos, (...) eu passei a fazer parte da orquestra da noite, a orquestra melhor, que era

regida pelo Radamés, pelo Léo Perachi, e o Nilo Panicalho. (...) Radamés quis fazer a Orquestra

Brasileira de Shows. Radamés era muito chegado ao regional, na cabeça dele ele queria formar o

regional dentro da grande orquestra. Ele no piano, eu, Garoto e Bola Sete (...) Radamés fazia

sempre com uns arranjos maravilhosos. De forma que tem várias gravações que foram feitas

pelo Garoto com orquestra. O Radamés escrevia muito pro Garoto, e escrevia pra mim também,

depois, acabou escrevendo mais para mim. (...) De repente o Garoto saiu da Rádio Nacional, foi

fazer uma temporada em São Paulo eu fiquei sozinho. Foi aí que eu comecei a pegar a carga

maior. Radamés inventou o quarteto continental que acompanhava todos os cantores da época

como Araci de Almeida, entre outras. Nós Gravamos com aquele pessoal todo. O Quarteto

Continental passou a ser chamado de Quinteto Radamés com a chegada do Chiquinho e depois

passou a ser Sexteto com a inclusão da Aida Gnatalli, fizemos uma temporada na Europa de

sucesso” (...) (Menezes, 2003).