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Apresentação feita no auditório do Sesi para a Diretoria de RH da Associação das Industrias de Cruzeiro e Região.
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Como atender e proteger-se da fiscalização
Dr. Vinicius Maximiliano Carneiro
Diretor de RH da AICRCruzeiro, 11 de novembro de 2009
Pense nisso...
“Defender-se do fisco não é apenas um direito, mas um dever de todo cidadão trabalhador, honesto e contribuinte.
O Estado, pelo simples fato de ser um mero mandatário dos anseios deste mesmo cidadão, não pode, pela própria lógica jurídica, constrangê-lo, humilhá-lo e, porque não, induzi-lo a produzir qualquer prova contra si .
Tampouco podemos nos esquecer que a Administração Pública é ente vinculado à Lei e, somente a ela deve obedecer, não se prestando a caprichos, entendimentos, interpretações ou qualquer outra forma de desvirtuação que possa ser efetuada com amparo no poder de polícia administrativo, ou sob o manto obscuro da supremacia do interesse público sobre o privado.”
Mas afinal...
QUEM É O FISCAL?
Não temos como fugir da legislação...
Artigo 37 da CRFB/88: “principio da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade e da publicidade.”
Código Tributário Nacional Decreto 70.235/72 – PAF Lei 9.784/99 – relação entre fisco e
contribuinte
Importância da escolha do profissional que atende o fiscal
Centralização do atendimento em uma pessoa Responsável integral pelo atendimento Conhecedor do processo administrativo Que fale pouco Que fornecerá somente os documentos e
informações necessárias e não “entregue” o jogo ao fiscal
Preservação da imagem empresarial
Em nenhuma hipótese o fiscal deve ser atendido pelo sócio, diretor ou administrador da empresa
Estes sempre estarão a par dos trabalhos e tomando as decisões, mas sem contato direto com o fiscal
Comportamento do fiscal O agente deve apresentar o MPF ou
outro documento equivalente (estado e município)
Não será exigido MPF nas hipóteses de procedimentos fiscais internos de cobrança e verificação de contribuições declaradas em Guias de FGTS, GFIP, GPS, RAIS, DACON.
A primeira impressão... Identificação e checagem do fiscal
O responsável deve solicitar o MPF Caso não esteja portado nenhum documento dessa
natureza, pedir o nome e carteira de identificação e ligar para a repartição mencionada por ele
Se o fiscal der e entender que não concorda com isso e ameaçar chamar a polícia, o responsável deve concordar
“guerra de nervos” e “pressão psicológica” são inerentes à atividade da fiscalização, que em geral se porta de forma superior ao contribuinte.
“toda a abordagem inicial deve acontecer na portaria ou escritório da empresa, não sendo permitido acesso do fiscal nas dependências da empresa
antes de tais confirmações”
Quando a coisa vai mal...
Abuso de poder no inicio da fiscalização Chamar o advogado da empresa
Mandado de Segurança Efetuar um B.O. na delegacia mais
próxima com testemunhas (funcionários) Enviar petição ao órgão responsável pelo
fiscal
O início da fiscalização
Ao chegar a empresa, o fiscal deve lavrar o termo de fiscalização no registro de termos de ocorrência
Art. 142, CTN Atividade administrativa vinculada e
obrigatória
Mandado de procedimento fiscal
Verificação da autenticidade do MPF Receita Federal INSS Posto Fiscal Prefeitura Municipal Via internet, telefone ou pessoalmente na
sede da repartição que emitiu o MPF
Término do procedimento - previsão
O MPF terá os seguintes prazos máximos de validade 120 dias, nos casos de MPF-F e MPF-E 60 dias, no caso de MPF-D
A prorrogação dos prazos citados poderá ser efetuada pela autoridade outorgante, tantas vezes quanto for necessário.
Os poderes da fiscalização
Acesso as dependências da empresa O fiscal sempre pede mais do que pode ou
mais do que realmente necessita Exame de livros e documentos (inclusive fora
do estabelecimento) Mediante protocolo minimamente especificado
Diligencias e investigações Disquetes e informações digitais relativas aos
tributos e declarações Apreensão de documentos, quando for o caso Fiscalização eletrônica – ex. da DCTF
Quais informações devem ser prestadas 1
Objetivos da fiscalização Escrituração somente do período solicitado
pelo fiscal, desde que dentro da prazo legal para guarda de documentos
Todos os documentos devem ser solicitados por escrito e entregue mediante protocolo do fiscal Isso pode gerar uma economia na multa de 75% a
112,5% Caso estejam na empresa, isso não é necessário
Quais informações devem ser prestadas 2
Apresentar somente os livros obrigatórios exigidos por lei, nunca planilhas de controle interno
Solicitação de prazo à fiscalização para entrega de documentos ou livros obrigatórios deve ser feita por protocolo Risco da concessão de prazos verbais Art. 5º. e 170 CRFB/88
Quais informações devem ser prestadas 3
Tudo que puder comprometer a empresa, não deve ser entregue a fiscalização, até porque o contribuinte tem o dever de atender ao fiscal, mas não tem obrigação de se incriminar.
Se houver alguma irregularidade, o fiscal que deve investigar, descobrir, levantar as PROVAS para autuar a empresa.
Guarda de livros e documentos Prazos
Prazos definidos em Lei, os quais devem igualmente ser respeitados pelo fisco
Os arquivos digitais seguem a mesma regra, conforme determinação da Lei, atualmente em 10 (dez) anos. Responsabilidade do contador (arts. 1.169
a 1.195 do CC)
Quando a fiscalização é ilegal?
Quando ocorre invasão do estabelecimento ou toma posse dos bens do contribuinte, ameaçando ou intimidando
Empreender ou formular torturas de ordem moral Exigir o cumprimento de obrigação não prevista em lei Violar a honra, imagem ou intimidade do contribuinte Criar dificuldades de funcionamento tanto do
estabelecimento em si como do trabalho dos funcionários e impedir a locomoção de pessoas ou funcionários
Quando a fiscalização é ilegal?
Chamar o contribuinte de sonegador, ou dar tratamento discriminatório e difamatório pela sua condição
Exigir a entrega de documentos ou outras obrigações com prazo insuficiente para o seu cumprimento
Exigir documentos, controles internos, relatórios etc., não obrigados por lei
Induzir o contribuinte ao erro (ex. prático) Acesso a dados da empresa que não dizem respeito à
atividade da fiscalização (ex: segredo industrial – voz de prisão)
Se for ME ou EPP ainda temos... Fiscalização relativa a:
Aspectos trabalhistas Metrológico Sanitário Ambiental De segurança
DEVE SER ORIENTADORA, com dupla visita antes de lavrar o auto de infração, conforme Lei Geral das MEs e EPPs
Como reduzir esse risco?
Auditoria fiscal anual Checar envio de declarações obrigatórias Conferir SINTEGRA, DCTF, DIPJ, DACON, PER-DCOMP Apuração de ICMS, autenticações de livros fiscais
Auditoria trabalhista anual/semestral SEFIP (FGTS), GFIP Backup anual dos arquivos de transmissão eletrônicos (em
DVD ou CD-R) Auditoria de obrigações sindicais (convenções e acordos
coletivos)
Como reduzir esse risco? Auditoria em contratos de prestadores de serviços e
terceiros Retenções Exceções às retenções (ex. SIMPLES)
Contratos de trabalho PPRA / PCMSO / PPP Exame admissional e demissional Carga horária, DSR, adicionais habituais
Outras questões Passivo ambiental CETESB / Vigilância Sanitária / Alvará
Defesa e recurso administrativo - efeitos
Aconselha-se que a defesa seja feita sempre por advogado em parceria com o contabilista, para que o próprio profissional contábil e a empresa não precisem de advogado depois!
As defesas e recursos possuem o chamado “efeito suspensivo”.
A questão do parcelamento das dívidas (REFIS I, II, III e IV)
Dúvidas?
Mais informações:
http://nopaisdafiscalizacao.blogspot.com
Cruzeiro, 11 de novembro de 2009