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DIPLOMAINÚTIL?
Milhares de jovens pelo Brasil enfrentam todos os anos o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), prova que pode garantir a entrada deles na universidade.
Os estudantes apostam na graduação para começar uma carreira.
No entanto, muitos dos que pegam o diploma hoje não conseguem exercer sua profissão.
A culpa não é só da crise econômica, mas do perfil dos recém-formados.
Eles se concentram em poucas áreas e, quando buscam uma vaga, percebem que não há tanto espaço para as mesmas funções.
A análise foi feita pelo economista e professor da USP, Hélio Zylberstajn.
Os números de 2014,os mais recentes disponíveis, mostram que 80% dos formandos estudavam em
seis ramos:
Computação
CURSOS MAIS PROCURADOS NO SISU (2014)
Comércio e
Formação de professor e
Saúde
Direito
EngenhariaAdministraçãoDireitoMedicinaPedagogiaEngenharia Civil
26%
Administração
23%22%
16%
13%
Ciências da Educação
MÉDIA DE INSCRITOS
Notou-se que os cargos não
existiam na mesma
proporção dos diplomas.
Notou-se que os cargos não
existiam na mesma
proporção dos diplomas.
ISSO É PREOCUPANTE!
setor de administraçãoUm bom exemplo é o
que, em 2014, correspondia a 30% dos concluintes.
Apesar da fatia expressiva, apenas...
Apesar da fatia expressiva, apenas...
dos trabalhadores com graduação eram administradores de empresa.
, %
Outros
função que nem sempre exige faculdade.
eram assistentes ou auxiliares administrativos,
, %
“As pessoas fazem esses cursos, mas evidentemente não há demanda para tantos advogados ou administradores. Elas acabam sendo subutilizadas”
O que levou esse número a crescer tanto em comparação a década passa?
das instituições privadas.
A multiplicação
Aumento na oferta das bolsas do ProUni e do Fies.
No país, a beca é sinônimo de
status.
A gente
o técnicoe supervaloriza
o superior.
despreza
Muitos jovens têm vivência acadêmica, mas não conseguem se posicionar em
uma empresa, respeitar diferenças, lidar com hierarquia ou com uma figura de
autoridade.
Entre os que se formam em universidades mais renomadas,
também há certa ansiedade para conseguir um posto que faça
jus a seu diploma.
Às vezes o estagiário entra na empresa já querendo ser diretor.
As empresas, assim, estão tendo de se adaptar ao desafio de lidar
com as expectativas e o perfil dos novos profissionais do mercado.
“Geração do diploma” lota faculdades, mas decepciona empresários.
Um estudo feito pelo grupo de Recursos Humanos Manpower
revela que de 38 países pesquisados,o Brasil é o segundo mercado em que as empresas têm mais dificuldade para encontrar talentos, atrás apenas do Japão.
Ocorre que a explosão de escolas superiores não foi acompanhada pela melhoria da qualidade. A grande maioria das novas faculdades é ruim.
Até 2013, o índice de analfabetismo funcional entre universitários brasileiros chegou a 38%, segundo o Instituto Paulo Montenegro (IPM), vinculado ao Ibope.
Muitas instituições de ensino superior privadas acabaram adotando exigências mais baixas para o ingresso e a aprovação em seus cursos.
E como consequência, acabou criando uma escolaridade no papel que não corresponde ao nível real de escolaridade dos brasileiros.
Outra explicação para a decepção com a "geração do diploma" estaria ligada a umdesalinhamento entre o foco dos cursos mais procurados e as necessidades do mercado.
“É bastante disseminada no Brasil a ideia de que cargos de gestão pagam bem e cargos técnicos pagam mal. Mas isso está mudando, até porque a demanda por profissionais da área técnica tem impulsionado os seus salários.”
Gabriel Rico, diretor-executivo da Câmara Americana de Comércio (Amcham).
“Nosso sistema está falido em termos de
formação profissional. Há mais preocupação
com o vestibular do que com o mercado de
trabalho”, afirma Maurício Sampaio,
fundador do Instituto MS de Coaching de
Carreira.
Especialistas concordam que além da crise, com recessão econômica e corte de vagas, e das falhas no sistema educacional para formação de profissionais,
atualmente as novas gerações não encontram o espaço adequado a seus
anseios e habilidades nas empresas.
“Antes, era comum escolher um curso mais tradicional, como administração ou direito,
afirma o coach Maurício Sampaio.
ficar muito tempo na mesma empresae ver o trabalho apenas como meio de ganhar dinheiro”,
“Mas esses jovens procuram propósitos no ambiente profissional, querem se sentir parte de um grupo que busca resultados.Se não tiverem isso, vão ficar desmotivados.Em contrapartida, uma das críticas que se faz
à atual juventude é que ela
e por isso é difícil reter essa mão-de-obra.”tende a pular etapas
afirma Brandão, da FGV.
2011 2012 2013 2014 20150
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Evolução da taxa de desemprego entre jovens – em porcentagem
Evolução da taxa de desemprego entre jovens
Média histórica do mês de
março no Brasil.
De acordo com a Pnad trimestral do IBGE, a taxa média de desemprego no Brasil foi de11,8% no 3º trimestre de 2016. Mas, para os jovens nessa faixa etária,chegou ao nível recorde de 25,7%. No mesmo trimestre de 2015, a desocupação estava em 19,7%
PARA FUGIR DO DESEMPREGO!
Aos 16 anos, se torne um aprendiz!
Aos 18, considere um curso técnico!
Plano de carreira para os recém-
formados!
Entrou na universidade? Corra atrás de
uma oportunidade!
Aprenda a mexer em softwares
diferenciados!
Thiago_Andress