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PARÓQUIAS DE CASTANHEIRO DO SUL, ESPINHOSA, PEREIRO, TREVÕES E VÁRZEA DE TREVÕES N.º 26 DEZEMBRO 2011 ANO 7 EDITORIAL Consulte o Jornal Partilhar ON-LINE em www.trevoes.net ..... Página 7 Páginas 8, 9, 10 e 11 Página 7 Pode ler ainda: Com a chegada do Novo Ano há muitas coisas que parecem partir. E de todas elas, nesta altura do ano, parece ausentar-se a nossa capacidade de fruga- lidade, o nosso espírito de simplicidade. É provavelmente a época do ano onde a solidariedade das pessoas vem mais ao de cima, porém não é menos verdade que é igualmente a época onde mais gastos desnecessários se acabam por realizar. Vivemos tempos difíceis para inúmeras famílias: cortes de subsídios, cortes de salários, cortes no horário de trabalho, cortes de emprego. E a so- lução não passa por gastar aquilo que poderá vir a fazer falta. Com a chegada do Novo Ano há muitas coisas que parecem chegar. E, de todas elas, a mais fácil de identificar é a música que tudo envolve; a melo- dia que a todos sensibiliza; as notas de entusiasmo que a época identifica. Percebemos que o Novo Ano se aproxima com o despontar anterior das músicas natalícias, bem conhecidas de todos nós. Ouvimo- -las em todo o lado: nas ruas, em casa, no carro, no trabalho, nas superfícies comerciais. Em todo o lado, menos talvez em nós… Este é o momento em que a música exterior anda de mãos dadas com a in- terior. É a altura de os nossos corações perceberem o tom correcto e, para nós cristãos, esse tom é o do Amor e da Amizade. Todavia, há algo que mesmo com o advento de um Novo Ano não parece chegar, nem partir efec- tivamente. Esse é o próprio Cristo, Jesus Menino, o Amor Encarnado. E, como tal, o amor divino que deve estar em cada um de nós não deve habitar- -nos somente nesta época festiva. Ele já vem muito antes, desde sempre... E continuará connosco muito depois, para sempre… É, de facto, esta a nossa esperança: que o Amor permaneça em nós perma- nentemente. Desejar-vos um ano profícuo em Amor e Espe- rança são os votos de quem se começa já a habitu- ar… a ver-vos como autênticos Amigos. Um ano de 2012 repleto de felicidade!!! Diác. Ricardo Barroco E m Agosto de 2011, o Centro Social e Paroquial de Castanheiro do Sul abriu as suas portas. Este Centro proporciona um espaço acolhedor e desenvolvimento de diversas actividades que contribuem para o bem-estar dos seus utentes, sa- tisfazendo determinadas necessidades que estes, provavelmente, não iriam conseguir saciar estando em casa sozinhos, remetidos na solidão. E o sonho tornou-se realidade… Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2012 “Educar os jovens para a justiça e a paz” Museu de Arte Sacra de Trevões Com uma localização privilegiada na região vinícola do Douro, o museu de Arte Sacra de Trevões oferece uma, proveitosa incursão por algumas peças de arte liga- das à história local.

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PARÓQUIAS DE CASTANHEIRO DO SUL, ESPINHOSA, PEREIRO, TREVÕES E VÁRZEA DE TREVÕES

N.º 26 DEZEMBRO 2011 ANO 7

EDIT

ORIA

L

Consulte o Jornal Par tilhar ON-LINE em www.trevoes.net

..... Página 7

Páginas 8, 9, 10 e 11

Página 7Pode

ler

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da:

Com a chegada do Novo Ano há muitas coisas que parecem partir. E de todas elas, nesta altura do ano, parece ausentar-se a nossa capacidade de fruga-lidade, o nosso espírito de simplicidade. É provavelmente a época do ano onde a solidariedade das pessoas vem mais ao de cima, porém não é menos verdade que é igualmente a época onde mais gastos desnecessários se acabam por realizar. Vivemos tempos difíceis para inúmeras famílias: cortes de subsídios, cortes de salários, cortes no horário de trabalho, cortes de emprego. E a so-lução não passa por gastar aquilo que

poderá vir a fazer falta. Com a chegada do Novo Ano há muitas coisas

que parecem chegar. E, de todas elas, a mais fácil de identifi car é a música que tudo envolve; a melo-dia que a todos sensibiliza; as notas de entusiasmo que a época identifi ca. Percebemos que o Novo Ano se aproxima com o despontar anterior das músicas natalícias, bem conhecidas de todos nós. Ouvimo--las em todo o lado: nas ruas, em casa, no carro, no trabalho, nas superfícies comerciais. Em todo o lado, menos talvez em nós… Este é o momento em que a música exterior anda de mãos dadas com a in-terior. É a altura de os nossos corações perceberem o tom correcto e, para nós cristãos, esse tom é o do Amor e da Amizade.

Todavia, há algo que mesmo com o advento de um Novo Ano não parece chegar, nem partir efec-tivamente. Esse é o próprio Cristo, Jesus Menino, o Amor Encarnado. E, como tal, o amor divino que deve estar em cada um de nós não deve habitar--nos somente nesta época festiva. Ele já vem muito antes, desde sempre... E continuará connosco muito depois, para sempre… É, de facto, esta a nossa esperança: que o Amor permaneça em nós perma-nentemente.

Desejar-vos um ano profícuo em Amor e Espe-rança são os votos de quem se começa já a habitu-ar… a ver-vos como autênticos Amigos. Um ano de 2012 repleto de felicidade!!!

Diác. Ricardo Barroco

Em Agosto de 2011, o Centro Social e Paroquial de Castanheiro do Sul abriu as suas portas.

Este Centro proporciona um espaço acolhedor e desenvolvimento de diversas actividades que contribuem para o bem-estar dos seus utentes, sa-tisfazendo determinadas necessidades que estes, provavelmente, não iriam conseguir saciar estando em casa sozinhos, remetidos na solidão.

E o sonho tornou-se realidade…

Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2012“Educar os jovens para a justiça e a paz”

Museu de Arte Sacra de Trevões

Com uma localização privilegiada na região vinícola do Douro, o museu de Arte Sacra de Trevões oferece uma, proveitosa incursão por algumas peças de arte liga-das à história local.

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Durante a semana dos seminá-rios do ano passado, um sacerdote convidado a dirigir-nos uma palavra dizia-nos que, por diversas vezes, os fariseus interpelavam Cristo esperan-do d’Ele uma resposta forjada pela Lei. Hoje vivemos uma séria crise da justiça, que vê as suas instituições de-sacreditadas e abaladas, sendo normal que, por isso, talvez já não esperemos de Jesus uma resposta jurídica. No entanto, mais grave ainda, aguar-damos possivelmente soluções que se pautam por lógicas matemáticas, racionais ou meramente científicas. Transformamo-nos, à nossa maneira, em fariseus e esperamos de Deus, da Igreja e do próximo um discurso provado com números, baseado na moda e desligado daquilo que não é agradável no momento. E dizê-lo das respostas de Cristo é dizê-lo das nossas próprias respostas. Na nossa existência somos necessariamente confrontados com o rumo que que-remos dar à nossa vida, o que quere-mos fazer com ela. No fundo é falar de caminho, chamamento, vocação. E podemos falar de vocação aplicando--a a todos os homens: qualquer um de nós sente um desejo interior de construir algo, inclinado para uma certa tarefa, direccionado para um determinado horizonte, aberto a cer-tas ideias. Portanto, falar de vocação

Vocação do Diác. Ricardo

– em termos de “chamado a” ou “de-sejo de” – é fugir dos processos es-tritamente científicos e matemáticos.

O mesmo se passa quando se questionam sobre as razões de al-guém querer caminhar em direcção a uma realidade que nos parece hoje tão fora do palpável, impenetrável, impossível: Deus. E, sobremaneira, quando se trata de a seguir a tempo inteiro e de forma tão particular, com os são os religiosos consagrados e os ministros ordenados. Pensar as razões em termos claros e exactos como uma soma matemática é impraticável.

Poderia dizer que entrei no Seminá-rio Menor de Resende para o 7º e completei esta primeira etapa com o término do 12º ano; ingressei depois no Seminário Maior de Lamego e permaneci até ao 3º ano do curso de Teologia; no terceiro ano decidi sair porque as dúvidas em caminhar se acumulavam continuamente; acabei o curso de Teologia na UCP (Porto); trabalhei; e comecei ainda a estudar Gestão na UCP. Porém, como dizia alguém, às vezes encontramos o nosso caminho precisamente nas vias pelas quais o tentamos evitar. De facto, reparamos que tudo está trocado e resulta sempre em “nada” se não for acompanhado de algo maior: a esperança e o amor. De fac-to, a esperança é de longe o motivo que deve (re-) conduzir alguém ao e no seminário. E de que teor é “esta” esperança? A resposta foi formidavel-mente expressa pelo pensador francês Roger Garaudy, dissidente do Partido Comunista Francês e ateu:

“Por volta dos anos do reinado de Tibério, (…) uma personagem de nome desconhecido abriu uma brecha no horizonte dos homens. Não era certamente nem um filósofo, nem um tribuno, mas deve ter vivido de tal modo que toda a sua vida significava que cada um de nós pode, a cada instante, começar novo futuro. (…)

Vós, cristãos, que nos escondeis esta grande esperança que Cons-tantino nos roubou, tendes de no-la restituir!”

A Esperança significa, portanto, que podemos e devemos a cada mo-mento nascer para um novo futuro, possibilitada por um Deus que se fez homem e que nos comprova que a morte não é o fim. Cristo é assim a força que nos move. Todavia, como R. Garaudy afirma, esta esperan-ça cristã tem de ser partilhada. A mensagem exige compromisso. E o ministério sacerdotal não é senão este comprometimento na partilha da Esperança pelo mundo, mas de uma forma mais estrita e insistente.

Ricardo Barroco

Oração da PazSenhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvidas, que eu leve a fé. Onde houver erro, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado. E é morrendo que se vive para a vida eterna.

(S. Francisco de Assis)

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Não é possível contemplar o pre-sépio sem cair na conta de que o Natal é a manifestação da Vida, sem condições nem limites. A encarnação do Verbo de Deus só alcança todo o seu significado se for entendida como oferta de vida em abundância, porque é a manifestação mesma da Vida na carne. Uma tal abundância de vida, nunca assim experimentada na histó-ria humana, tem consequências que vão muito além da vida biológica.

«Eu sou…a Vida»O menino que, no Natal, «nasceu

para nós» segundo a palavra de Isaías (cf. Isaías 9,5), abre uma perspectiva radicalmente nova na história. De agora em diante, já não se nasce para a morte – mesmo se ainda é neces-sário morrer. Antes deste nascimento também não se nascia para a morte, mas não se sabia – e a vida dos seres humanos era tratada como algo de pouco valor, se comparada com a sobrevivência da tribo, da cidade, do povo. Era permitido imolar seres humanos aos deuses, oferecer a vida das crianças a Moloch – era o preço a pagar para que a tribo, a cidade, o povo pudesse continuar a viver. Estes deuses, sedentos de sangue humano, pareciam nunca se saciar – porque não tinham a vida em si mesmos, porque não eram Deus, não eram a Vida.

Acontece o Natal e Aquele em quem «estava a vida» (João 1,4) apa-rece na carne, vem habitar no meio de nós (João 1,14). Os deuses seden-tos de sangue humano deixaram de ter lugar, porque a Vida não precisa das vidas das suas criaturas para se manter. Pelo contrário, ela é a Vida «de tudo o que veio a existir» (João 1,4) e, como Vida, é a Luz dos ho-mens – mostrando-lhes um caminho no qual cada vida humana, por mais pequena e frágil, é dotada de valor absoluto, porque nela é a Vida que se manifesta.

Na fragilidade do Menino que «nasceu para nós» está toda a força de que Ele precisa – aí esta a vida em plenitude, aquela vida que, mais

O presépio e o valor da vidaem rios de água viva – ressurreição.

A fragilidade da VidaNestes dois mil anos depois de

a Vida ter aparecido na nossa carne, um como nós, pequeno e frágil, as-sistimos repetidamente ao reerguer--se dos deuses sedentos de sangue humano e dos Molochs devoradores de crianças. E quando parecia que, finalmente, este deus iria bater em re-tirada, eis que passou a ser protegido legalmente, já não em nome da tribo, da cidade ou do povo, mas em nome de um impossível direito individual a decidir sobre a vida das crianças não nascidas – como se houvesse algum direito a decidir sobre a vida, como se esta não fosse sempre dom da única Vida que se oferece a todos.

O presépio não esconde esta rea-lidade, pelo contrário, torna-a ainda mais crua. Ali, naquele desconforto, está um casal que, mesmo privado de um simples quarto de hospedaria, acolhe a vida que está para nascer, dando á Luz num curral de animais. Hoje, grande parte de nós diria que foi uma inconsciência, que aquele casal nunca deveria ter tido aquela criança. Alguns considerariam até justificado o infanticídio, pois aquela criança nunca iria ter «qualidade de vida». Herodes, o Grande, não diria melhor – e acrescentaria que, além do mais, aquela criança punha em risco «a sua» qualidade de vida.

Esta cultura da morte olha a vida como uma coisa qualquer, da qual se pode dispor segundo as conve-niências. Não aceita riscos, quer programar e controlar tudo – e acaba apenas por programar a morte da-queles que considera indesejáveis. Muda o nome às coisas, na tentativa de esconder aquilo que faz. Mas o poder da Vida está na Luz com a qual revela sempre aquilo que as trevas procuram esconder. A Vida – o Deus verdadeiro, feito de um de nós, nascido para nós – mostra a morte como ela é: violência insensata que, mesmo no acto de destruir a vida, revela a sua imensa fraqueza, pois é

(Continua na página seguinte)

tarde, Lhe vai permitir dizer: «eu sou», di-lo com a intensidade infinita do Deus de Israel, o Deus da Bíblia, Aquele que é. Reivindica para Si aquilo que só Deus pode reivindicar. E o que reivindica é «a Vida» que Ele é e na qual todos «vivemos, nos movemos e existimos» (Actos 17,28).

Cultura da vidaO presépio é o símbolo de uma

nova cultura, inaugurada no Natal: a cultura da vida. Mas esta cultura não é familiar ao homem, depois de queda original e de tantas outras quedas que se lhe sucederam e su-cedem, na vida pessoal e colectiva. Esta cultura da vida alicerça-se no respeito pela fragilidade do que é pequeno, daquele que não se pode defender, antes está totalmente ao dispor da boa vontade dos outros – e esse respeito já não é norma entre os humanos, antes predomina o culto do poder dos fortes e o desejo de ser como eles. O menino «nasceu para nós» está totalmente dependente de nós: de Maria, de José, dos pastores, dos magos… e também de Herodes, o Grande.

Perante este menino, Herodes não encontra outra palavra para dizer senão aquela da cultura da morte que a todos nos arrasta e da qual precisamos de nos converter cons-tantemente: matai-O! Morte para aquele Menino que nos foi dado e nasceu também para ele, Herodes. Morte porque as trevas não suportam a Luz e os poderes deste mundo não suportam ser postos em causa, menos ainda pela fragilidade de um menino. Morte porque aqueles que nasceram para a morte não suportam a Vida. A palavra de Herodes faz lei e os meninos de Belém e arredores são entregues ao Moloch devorador - e tornaram-se os «Santos Inocentes».

A vida, porém, não pode ser des-truída. Ele permanece, pois é o prin-cípio de todas as coisas. O menino nascido em Belém crescerá até à altu-ra da cruz. E quando a palavra morte, dita sobre Ele, finalmente se cumpre, a Vida extingue a morte e explode

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incapaz de se apoderar daquela vida que destrói.

O aborto é o fruto mais ama-durecido desta cultura da morte, tão pobre de vida e tão afastada do presépio. Esta cultura, porém é rica de muitos outros amargos para a humanidade. Diante de tias fru-tos, assalta-nos a tentação de pedir a Deus para Se erguer em poder, destruindo os maus e o mal com a

sua justa indignação. Pobres de nós, que assim procuramos também um ídolo á nossa medida – e, por isso, temos de regressar ao presépio, onde a vida se mostra na sua fragilidade, o Calvário se anuncia e brilha a Luz da ressurreição.

Porque lá em Belém de Judá, está a vida e a Ela pertencem a primeira palavra e a última, pois Ela é «o Alfa e o Ómega, o princípio e o fi m» (/Apocalipse 21,6).

O presépio e o valor da vida(Continuação da página anterior)

Ó Castanheiro do SulTambém cá tens boa genteAgora já tens um LarDeste um passo em frente.

Tens uma cooperativa Fabricas cá bom azeiteO Castanheiro tem famaÉ bem que tudo o respeite.

Reconstruíste a IgrejaPara todos irem à missaÀ entrada tem valorA fábrica da cortiça.

Em Maio fazem a festaDedicada à Santa CruzDe conjunto e orquestraE o arraial que dá luz.

É preciso persistênciaSe a gente se encontra malJá temos uma ambulância Que nos leva ao hospital.

Os bombeiros que cá temosEstão prontos para ajudarCom a crise que passamosNós não podemos parar.

Luís Fernandes Carvalho

Lar do Castanheiro do Sul

Quando eu era meninoAo colo de minha mãeOuvi uma história lindaQue aconteceu em Belém.

Era uma gruta friaCom animais à misturaMas era tanta a alegria!...E tão grande era a aventura!

Um menino que irradiaDe si uma grande luzSua mãe era MariaO menino era Jesus.

O seu pai era JoséO humilde carpinteiroE ali nasceu a féQue inundou o mundo inteiro.

Ó meu Jesus, quem me dera Estar nesse lugar benditoFicaria sempre à esperaDo bom Deus no infi nito.

Maria da Terra

Jesus, o menino

Carta aberta para JesusMeu querido e bom Jesus

Antes de mais quero dizer-te quanto te adoro, te glorifi co e te bendigo e prometer-te que sempre o farei, até ao meu último sopro de vida.

Em seguida quero apresentar-te os meus mais sinceros parabéns por mais um aniversário natalício.

É obra!... Já fazes 2011 anos e o que é mais interessante é todos esta-mos habituados a ver-te sempre e de cada vez mais jovem.

Isto só te acontece a ti, porque és único.Olha, Senhor, quando, cá na Terra, damos os parabéns a alguém

costuma-mos desejar-lhe tudo de bom: saúde, amor, paz e até sorte, mas que posso eu desejar para ti?

Já sei, e estou certa de que vou de encontro ao teu mais profundo desejo. Então é o seguinte: - Que toda a Humanidade te reconheça como seu único Rei e Senhor.

Assim és de facto, mas não é por isso que tu queres esse reconheci-mento, mas porque só assim nos salvaremos.

Pai bondoso e cheio de misericórdia, que queres a salvação para todos os homens, não foste ainda compreendido pela maior parte, e é aqui que deve entrar a nova evangelização, com o testemunho actuante daqueles que já te encontraram.

Alguns adoram outro “deus”, o dinheiro, que, se fosse bem aproveitado e justamente distribuído, ajudaria à felicidade de muitos, mas, por causa da ganância e avareza de alguns, traz o mundo como tu sabes: tudo virado do avesso.

Mas não falemos mais de coisas tristes, porque, neste deserto em que o homem transformou o mundo, há muitos oásis, onde reina a partilha, a ajuda desinteressada, o chorar com quem chora e o rir com quem ri.

É verdade, Senhor, há cá na Terra muitas almas boas que vivem fazendo o bem e se sentem felizes a aliviar o sofrimento alheio. Sempre as houve e continuará a haver. Elas são necessárias para, através das suas atitudes, serem exemplo vivo do teu amor e mostrar às pessoas que não estão sós.

Há um Pai que vela por todos e só temos que o reconhecer e amar para sermos eternamente felizes.

E, por hoje, vou despedir-me em um até sempre.Mil beijinhos de parabéns e votos de que o mundo se volte para ti.

Sou a tua Maria da Terra

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Vindo o lavrador da aradaEncontrou um pobrezinhoE o pobrezinho lhe disse:Leva-me no teu carrinho.

Deu-lhe a mão o lavradorE no seu carro o metiaLevou-o para sua casaPara a melhor sala que tinha.

Mandou-lhe fazer a ceia Do melhor manjar que tinhaSentou-o à sua mesaMas o pobre não comia.

As lágrimas eram tantas Que pela mesa corriamOs suspiros eram tantosQue até a mesa termia.

Mandou-lhe fazer a cama Da melhor roupa que tinhaPor cima damasco roxoPor baixo cambraia fina.

Lá pela noite adianteO pobrezinho gemiaLevantou-se o lavradorPara ver o que o pobre tinha.

Achou-o crucificado numa cruz de prata finaOh meu Jesus se eu tal soubesseQue em minha casa vos tinhaMandara fazer preparos do melhor que encontraria.

Cala-te ó lavrador não fales com fantasiaNo céu te tenho guardado uma cadeira de prata finaCom tua mulher a teu ladoQue também a merecia.

Diana Santos

Alta alta vai a luaComo o sol ao meio diaMais alta ia a senhoraQuando para o céu subia.

Madalena ia atrásAlcançá-la não podiaQuando chegou a alcançá-laAchou virgem parida.

A pobreza era tantaQue nem um panal haviaVieram anjos do céuToalhas de ouro traziam.

Tornaram a subir ao céu A cantar aleluiaSão José lhe perguntou:Como ficou lá Maria.

A Maria ficou boaNuma salinha metidaOs lençóis da sua camaSão de seda mais fina.

O seu menino embelaÉ só ouro e lutãoQue esta minha oraçãoSeja para mim e para todos que aqui estão.

Diana Santos

Lendas Populares

São Sebastião - “Protector contra a peste” e “Padroeiro dos ar-cabuzeiros e dos soldados, dos entalhadores de pedra, dos mestres de tapeçaria, dos jardineiros e dos bombeiros”

Sobre S. Sebastião, pouco mais se sabe do que o seu suplício, quando o amarraram a um poste e crivado de flechas, cerca de 302-304, e do que o seu enterro nas catacumbas da Via Appia.

Segundo a tradição e Jacques de Voragine, Sebastião nasceu em Narbona, França, foi criado em Milão e alistou-se no Exército im-perial em 283, em Roma, dissimulando a sua fé cristã. Diocleciano nomeou-o comandante da guarda pretoriana, posto de confiança que

lhe permitiu reconfortar moralmente os seus irmãos condenados à morte.

Voragine encontra traços comoven-tes para descrever a cena onde os pais de Marcus e Marceliano, dois gémeos que iam ser decapitados, vão suplicar a Sebastião que os livre de tal sorte. Lon-ge de ceder às lamentações, Sebastião exorta os gémeos à coragem, converte os pais, Tranquilino e Márcia, o carce-reiro Nicostrato e a sua mulher Zoé, que cura da mudez, os irmãos, as mulheres e os filhos, num total de 68 pessoas.

O governador de Roma, Cromácio, gravemente ferido, aceita partir os seus ídolos para ser curado por Sebastião, depois converte-se com o seu filho Ti-búrcio e 1040 escravos, que em seguida liberta. O proselitismo de Sebastião, sol-dado de Cristo, é contudo considerado pouco compatível com as suas funções militares de pretoriano. Os convertidos,

de Tranquilino a Tibúrcio e Zoé, são chacinados numa nova vaga de perseguições e Sebastião convocado pelo imperador, que con-dena a sua traição. Sebastião justifica o seu jogo duplo dizendo que rezou a Deus pela salvação de Roma, mas Diocleciano ordena que o atem a uma árvore e que seja crivado de flechas, “como um ouriço com os seus picos”.

Irene, viúva de Castulus, outro mártir, vendo que Sebastião sobreviveu à provação, restabelece-o, dá-lhe abrigo e cuida dele. Tendo-se recomposto, Sebastião interpela o imperador Diocleciano, que manda espancá-lo até à morte e lançá-lo no grande esgoto de Roma, a Cloaca Máxima, onde Lucília o vai apanhar para o depo-sitar dignamente junto das relíquias dos apóstolos.

S. Sebastião é o terceiro patrono de Roma, depois de Pedro e Paulo. Por motivos que se desconhecem, porque uma procissão em homenagem às relíquias do santo acabou com a epidemia de 680 em Roma ou porque as setas evocaram os estigmas deste castigo divino, Sebastião foi venerado a partir do século VII como protec-tor contra a peste. Estas mesmas flechas entronizaram Sebastião, patrono dos arcabuzeiros e dos soldados, dos entalhadores de pedra, dos mestres de tapeçaria, dos jardineiros e dos bombeiros

Vida e obra do Mártir S. Sebastião

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O Directório Geral para a Catequese (DGC) refere no seu número 234 o seguinte: todos os trabalhos que os catequistas levam a cabo “nascem da convicção de que qualquer actividade pastoral que não conte, para a sua realização, com pessoas realmente formadas e prepara-das, coloca em risco a sua qualidade. Os instrumentos de trabalho não podem ser verdadeiramente eficazes se não forem utilizados por catequistas bem formados”. Tomando consciência desta exigência, o Arciprestado de S. João da Pesqueira decidiu no corrente ano pastoral ter como prioridade a formação dos seus catequistas.

Vivemos numa altura em que se valorizam os meios catequéticos, desde os textos em papel aos vídeos em suporte digital. Vamos já numa série de anos em que se procuram reformular os catecismos, adequando-os às necessidades actuais. Todavia, sem uma adequada preparação daqueles que são o real “motor”da sua utilização, todos estes meios tornam-se infrutuosos. E é por isso mesmo que o mesmo número 234 do DGC continua: “portanto, a adequada formação dos catequis-tas não pode ser descuidada em favor da actualização dos textos e de uma melhor organização da catequese”.

Para trabalho tão importante, conta o Arciprestado com a ajuda preciosa do Reverendo Sr. P. Filipe Ma-nuel Pereira Rosa, pároco de Fonte Longa, Pai Penela, Poço do Canto e Ranhados; membro do Secretariado Diocesano da Educação Cristã, onde é coordenador do Departamento da Catequese da Adolescência. Deste modo, vai ser ele o responsável das diversas sessões de formação catequética programadas para o ano pas-toral de 2011/2012.

Das cinco programadas, já foram realizadas três: a 21 de Outubro, na vila de S. João da Pesqueira; a 4 de Novembro, em Paredes da Beira; e a 9 de Dezembro, em Ervedosa do Douro. A primeira decorreu no salão de um dos edifícios da Santa Casa da Misericórdia e que serve de Residência Paroquial. Foi num ambiente de verdadeira alegria, própria de um acolhimento, que o Sr. P. Filipe Rosa explicou as bases de uma sessão de catequese, havendo tempo ainda para um trabalho de grupo final. Quanto ao segundo momento, em Pa-redes da Beira, a formação decorreu no salão da Junta

Formação de Catequistasde Freguesia gentilmente cedido pelas autoridades locais. O Sr. P. Filipe Rosa deu especial relevo ao modo de “Preparar uma Catequese”e ao “Itinerário Catequético”, sendo este constituído por três momen-tos: Experiência Humana, Palavra e Expressão de Fé. Para todos os presentes ficou algo muito claro: “numa catequese o ponto de partida e o ponto de chegada é o mesmo: A VIDA! Partimos da VIDA e voltamos à VIDA, com olhos novos”! A terceira formação aconte-ceu a 9 de Dezembro no Salão Paroquial de Ervedosa do Douro. Num formato completamente diferente das anteriores, pertenceu quase na totalidade a orientação da mesma a dois grupos de catequistas da Paróquia de S. João da Pesqueira. Pretendeu-se uma simulação das sessões de catequese. A primeira foi dirigida aos catequizandos do segundo ano; a seguinte construída para os mais velhos. Foram ambas traçadas com es-mero, granjeando a admiração de todos os presentes e onde se percebeu claramente os três momentos chave que devem constituir uma sessão base de catequese.

O próximo encontro decorrerá a 27 de Janeiro na paróquia de Trevões, havendo ainda espaço para uma última formação que servirá de momento conclusivo das tarefas realizadas, numa data ainda a apontar. Para terminar, é de realçar a grande aderência dos cate-quistas a estes encontros. É de louvar a afluência e a vontade com que vieram descobrir outras formas não só de trabalhar, mas também de sentir a “vida, com olhos novos”.

Diác. Ricardo Barroco

Será que ainda há Natal? Acho que o Natal era no antigamente pois, era Jesus que fazia anos agora é o Pai Natal.

Nos tempos de menina esperávamos o menino que descia pela chaminé e trazia as prendas na noite de consoada. Não dormia ansiosa que chegasse a manhã. Embora muitos irmãos mas havia sempre uma pren-da no sapato. Juntava-se todas as famílias. E agora? Onde estão?

Ninguém tem tempo de visitar ninguém, nesses tempos havia muita pobreza mas era tudo mais feliz. Há dias a conversar dizia-me uma senhora que não existia Deus, talvez tenha razão pois nós só O procu-ramos quando estamos aflitos mas, não sabemos a que porta bater. Ele está sempre na mesma morada, só que nós batemos na porta do ódio, da inveja, da vingança, da ingratidão e Deus aí não mora mas sim no Amor, Amizade, Lealdade. Aí Jesus aparece logo e então escutamos e fica connosco.

Dulcília

Natal

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A situação privilegiada de Tre-vões, no âmago da região vinícola do Douro, historicamente posicio-nada na administração da Diocese de Lamego (por ter sido, durante séculos, pouso de Bispos), torna esta vila um inegável pólo de interesse cultural. Nesse sentido, o surgimento do MAST - Museu de Arte Sacra de Trevões, ressalta a dupla condição que referimos. Através da arte reli-giosa, Trevões proporá a visitantes e locais uma incursão sobre patri-mónio e História, e a importância de tais valores inegavelmente desti-nados ao desenvolvimento regional, através do turismo e da educação.

Localizado nas imediações da igreja – cujo edifício é já um exce-lente exemplo de pedagogia cultural - o MAST - projecto do arquitecto Pedro Costa e Almeida - pretende abrir as portas para uma breve, mas proveitosa incursão por algumas peças de arte ligadas à história local, desde a extraordinária cupa romana (um dos poucos exemplares conhe-cidos na Península Ibérica), até uma variedade de objectos destinados à liturgia e ao culto católico que abarcam um período entre os finais da Idade Média e o período contem-porâneo.

Frequentemente negligenciado num mundo em secularização for-çada, o património religioso assume progressivamente um papel cada vez mais directo para a construção e divulgação do conhecimento. E não nos referimos, apenas, ao co-nhecimento espiritual, - para onde a arte, imanente de beleza sempre apela -, mas ao saber puro, fonte de educação e construção pessoal e colectiva.

Nesse sentido, um espaço muse-ológico como o que, em boa hora, a paróquia de Trevões lançou, resulta ser uma mais-valia local e regional como equipamento de cultura que se pretende na promoção do terri-tório de excelência que é, afinal, o Douro.

O projecto museográfico é da autoria do historiador Nuno Re-sende, membro do Secretariado Diocesano dos Bens Culturais e o desenho gráfico e do mobiliário expositivo da lavra do designer Miguel Teixeira.

Nuno Resende

Museu de Arte Sacra de Trevões

Festa de Natal no Lar Santa

Marinha - Trevões

Em Agosto de 2011, o Centro Social e Paroquial de Castanheiro do Sul abriu as suas portas. Um projec-to que ganhou forma ao fim de uma longa caminhada percorrida depois da sua idealização.

Surge assim uma resposta ao envelhecimento geral da população, uma alternativa a tempo inteiro, dada a perda de independência do idoso ou a impossibilidade dos seus familiares assegurarem a prestação dos cuidados e necessidades bási-cas.

Os serviços prestados por esta instituição, são fundamentais, na medida em que, desempenham um papel que outrora, era responsabi-lidade da família. No entanto, hoje em dia, as famílias têm, deveres profissionais cada vez maiores não lhes permitindo prestar os cuidados básicos necessários aos membros

E o sonho tornou-se realidade…mais idosos.

O Centro Social e Paroquial de Castanheiro do Sul, proporciona um espaço acolhedor e desenvolvimento de diversas actividades que con-tribuem para o bem-estar dos seus utentes, satisfazendo determinadas necessidades que estes, provavel-mente, não iriam conseguir saciar estando em casa sozinhos, remetidos na solidão. Este apoio traduz-se na promoção da saúde física e mental dos utentes a par da existência de uma rede de afectos e ligações emo-cionais indispensáveis ao bem-estar dos idosos.

A melhoria e a promoção da qualidade de vida das pessoas idosas da freguesia de Castanheiro do Sul e outras, impulsionando um envelhecimento activo, são a grande preocupação desta resposta social.

Como sempre não quisemos deixar de celebrar a Festa de Na-tal no nosso lar.

Apesar das dificuldades senti-das neste momento no país, não quisemos deixar passar desper-cebida esta época festiva, pois sentimos que é um momento importante para os nossos idosos.

Quisemos proporcionar a estes um almoço de Natal celebrado no dia 14 de Dezembro de 2011. Foi um modesto convívio mas que para muitos deles é o único momento que têm de celebração desta data, pois não têm oportuni-dade de celebrar esta quadra com os seus familiares.

Note-se que mesmo sendo um almoço simples, tornou-se um mo-mento muito agradável e sentido por todos os participantes desta festa.

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1. O início de um novo ano, dom de Deus à humanidade, induz-me a desejar a todos, com grande confian-ça e estima, de modo especial que este tempo, que se abre diante de nós, fique marcado concretamente pela justiça e a paz.

Com que atitude devemos olhar para o novo ano? No salmo 130, en-contramos uma imagem muito bela. O salmista diz que o homem de fé aguarda pelo Senhor «mais do que a sentinela pela aurora” (v. 6), aguarda por Ele com firme esperança, porque sabe que trará luz, misericórdia, salvação. Esta expectativa nasce da experiência do povo eleito, que reconhece ter sido educado por Deus a olhar o mundo na sua verdade sem se deixar abater pelas tribulações. Convido-vos a olhar o ano de 2012 com esta atitude confiante. É verda-de que, no ano que termina, cresceu o sentido de frustração por causa da crise que aflige a sociedade, o mun-do do trabalho e a economia; uma crise cujas raízes são primariamente culturais e antropológicas. Quase parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo, impedindo de ver com clareza a luz do dia.

Mas, nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora de que fala o salmista. Esta expectativa mostra-se particu-larmente viva e visível nos jovens; e é por isso que o meu pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer à sociedade. Queria, pois, revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial da Paz duma perspetiva educativa: “Educar os jovens para a justiça e a paz”, convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova espe-rança ao mundo.

A minha Mensagem dirige-se

Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2012

Educar os jovens para a justiça e a paz

também aos pais, às famílias, a todas as componentes educativas, formadoras, bem como aos res-ponsáveis nos diversos âmbitos da vida religiosa, social, política, económica, cultural e mediática. Prestar atenção ao mundo juvenil, saber escutá-lo e valorizá-lo para a construção dum futuro de justiça e de paz não é só uma oportunidade mas um dever primário de toda a sociedade.

Trata-se de comunicar aos jo-vens o apreço pelo valor positivo da vida, suscitando neles o desejo de consumá-la ao serviço do Bem. Esta é uma tarefa, na qual todos nós esta-mos, pessoalmente, comprometidos.

As preocupações manifestadas por muitos jovens nestes últimos tempos, em várias regiões do mun-do, exprimem o desejo de poder olhar para o futuro com fundada esperança. Na hora atual, muitos são os aspetos que os trazem apreensi-vos: o desejo de receber uma forma-ção que os prepare de maneira mais profunda para enfrentar a realidade, a dificuldade de formar uma família e encontrar um emprego estável, a

capacidade efetiva de intervir no mundo da política, da cultura e da economia contribuindo para a cons-trução duma sociedade de rosto mais humano e solidário.

É importante que estes fermentos e o idealismo que encerram encon-trem a devida atenção em todas as componentes da sociedade. A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possuírem perspe-tivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver “coisas novas” (Is 42, 9; 48, 6).

Os responsáveis da educação2. A educação é a aventura mais

fascinante e difícil da vida. Educar – na sua etimologia latina educere – significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz cres-cer a pessoa. Este processo alimen-ta-se do encontro de duas liberdades: a do adulto e a do jovem. Isto exige a responsabilidade do discípulo, que deve estar disponível para se deixar guiar no conhecimento da realida-de, e a do educador, que deve estar disposto a dar-se a si mesmo. Mas, para isso, não bastam meros dispen-sadores de regras e informações; são necessárias testemunhas autênticas, ou seja, testemunhas que saibam ver mais longe do que os outros, por-que a sua vida abraça espaços mais amplos. A testemunha é alguém que vive, primeiro, o caminho que propõe.

E quais são os lugares onde amadurece uma verdadeira educação para a paz e a justiça? Antes de mais nada, a família, já que os pais são os primeiros educadores. A família é célula originária da sociedade. «É na família que os filhos aprendem

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Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2012

os valores humanos e cristãos que permitem uma convivência cons-trutiva e pacífica. É na família que aprendem a solidariedade entre as gerações, o respeito pelas regras, o perdão e o acolhimento do outro”.Esta é a primeira escola, onde se educa para a justiça e a paz.

Vivemos num mundo em que a família e até a própria vida se veem constantemente ameaçadas e, não raro, destroçadas. Condições de trabalho frequentemente pouco compatíveis com as responsabilida-des familiares, preocupações com o futuro, ritmos frenéticos de vida, emigração à procura dum adequa-do sustentamento se não mesmo da pura sobrevivência, acabam por tornar difícil a possibilidade de as-segurar aos filhos um dos bens mais preciosos: a presença dos pais; uma presença, que permita compartilhar de forma cada vez mais profunda o caminho para se poder transmitir a experiência e as certezas adquiridas com os anos – o que só se torna viável com o tempo passado juntos. Queria aqui dizer aos pais para não desanimarem! Com o exemplo da sua vida, induzam os filhos a colocar a esperança antes de tudo em Deus, o único de quem surgem justiça e paz autênticas.

Quero dirigir-me também aos responsáveis das instituições com tarefas educativas: Velem, com gran-de sentido de responsabilidade, por que seja respeitada e valorizada em todas as circunstâncias a dignidade de cada pessoa. Tenham a peito que cada jovem possa descobrir a sua própria vocação, acompanhando-o para fazer frutificar os dons que o Senhor lhe concedeu. Assegurem às famílias que os seus filhos não terão um caminho formativo em contraste com a sua consciência e os seus princípios religiosos.

Possa cada ambiente educativo ser lugar de abertura ao transcen-dente e aos outros; lugar de diálogo, coesão e escuta, onde o jovem se sinta valorizado nas suas capacida-

des e riquezas interiores e aprenda a apreciar os irmãos. Possa ensinar a saborear a alegria que deriva de viver dia após dia a caridade e a compaixão para com o próximo e de participar ativamente na constru-ção duma sociedade mais humana e fraterna.

Dirijo-me, depois, aos respon-sáveis políticos, pedindo-lhes que ajudem concretamente as famílias e as instituições educativas a exerce-rem o seu direito-dever de educar. Não deve jamais faltar um adequado apoio à maternidade e à paternidade. Atuem de modo que a ninguém seja negado o acesso à instrução e que as famílias possam escolher livremente as estruturas educativas consideradas mais idóneas para o bem dos seus filhos. Esforcem-se por favorecer a reunificação das famílias que estão separadas devido à necessidade de encontrar meios de subsistência. Proporcionem aos jovens uma ima-gem transparente da política, como verdadeiro serviço para o bem de todos.

Não posso deixar de fazer apelo ainda ao mundo dos media para que prestem a sua contribuição educa-tiva. Na sociedade atual, os meios de comunicação de massa têm uma função particular: não só informam, mas também formam o espírito dos seus destinatários e, consequente-mente, podem concorrer notavel-mente para a educação dos jovens. É importante ter presente a ligação estreitíssima que existe entre edu-cação e comunicação: de facto, a educação realiza-se por meio da comunicação, que influi positiva ou negativamente na formação da pessoa.

Também os jovens devem ter a coragem de começar, eles mesmos, a viver aquilo que pedem a quantos os rodeiam. Que tenham a força de fazer um uso bom e consciente da liberdade, pois cabe-lhes em tudo isto uma grande responsabilidade: são responsáveis pela sua própria educação e formação para a justiça e a paz.

Educar para a verdade e a liberdade

3. Santo Agostinho perguntava--se: “Quid enim fortius desiderat anima quam veritatem – que deseja o homem mais intensamente do que a verdade?”.O rosto humano duma sociedade depende muito da contri-buição da educação para manter viva esta questão inevitável. De facto, a educação diz respeito à formação integral da pessoa, incluindo a di-mensão moral e espiritual do seu ser, tendo em vista o seu fim último e o bem da sociedade a que perten-ce. Por isso, a fim de educar para a verdade, é preciso antes de mais nada saber que é a pessoa humana, conhecer a sua natureza. Olhando a realidade que o rodeava, o salmista pôs-se a pensar: “Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a lua e as estrelas que Vós criastes: que é o homem para Vos lembrardes dele, o filho do homem para com ele Vos preocupardes?” (Sal 8, 4-5). Esta é a pergunta fundamental que nos de-vemos colocar: Que é o homem? O homem é um ser que traz no coração uma sede de infinito, uma sede de verdade – não uma verdade parcial, mas capaz de explicar o sentido da vida –, porque foi criado à imagem e semelhança de Deus. Assim, o facto de reconhecer com gratidão a vida como dom inestimável leva a descobrir a dignidade profunda e a inviolabilidade própria de cada pes-soa. Por isso, a primeira educação consiste em aprender a reconhecer no homem a imagem do Criador e, consequentemente, a ter um profun-do respeito por cada ser humano e ajudar os outros a realizarem uma vida conforme a esta sublime digni-dade. É preciso não esquecer jamais que “o autêntico desenvolvimento do homem diz respeito unitaria-mente à totalidade da pessoa em todas as suas dimensões”, incluindo a transcendente, e que não se pode sacrificar a pessoa para alcançar um bem particular, seja ele económico ou social, individual ou coletivo.

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Só na relação com Deus é que o homem compreende o significado da sua liberdade, sendo tarefa da educação formar para a liberdade autêntica. Esta não é a ausência de vínculos, nem o império do livre arbítrio; não é o absolutismo do eu. Quando o homem se crê um ser absoluto, que não depende de nada nem de ninguém e pode fazer tudo o que lhe apetece, acaba por contra-dizer a verdade do seu ser e perder a sua liberdade. De facto, o homem é precisamente o contrário: um ser relacional, que vive em relação com os outros e sobretudo com Deus. A liberdade autêntica não pode jamais ser alcançada, afastando-se d’Ele.

A liberdade é um valor pre-cioso, mas delicado: pode ser mal entendida e usada mal. “Hoje um obstáculo particularmente insidioso à ação educativa é constituído pela presença maciça, na nossa sociedade e cultura, daquele relativismo que, nada reconhecendo como definitivo, deixa como última medida somente o próprio eu com os seus desejos e, sob a aparência da liberdade, torna-se para cada pessoa uma pri-são, porque separa uns dos outros, reduzindo cada um a permanecer fechado dentro do próprio “eu”. Dentro de um horizonte relativista como este, não é possível, portanto, uma verdadeira educação: sem a luz da verdade, mais cedo ou mais tarde cada pessoa está, de facto, condenada a duvidar da bondade da sua própria vida e das relações que a constituem, da validez do seu compromisso para construir com os outros algo em comum”.

Por conseguinte o homem, para exercer a sua liberdade, deve superar o horizonte relativista e conhecer a verdade sobre si próprio e a verdade acerca do que é bem e do que é mal. No íntimo da consciência, o homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer e cuja voz o chama a amar e fazer o bem e a fugir do mal, a assumir a responsabilidade do bem cumprido

e do mal praticado. Por isso o exer-cício da liberdade está intimamente ligado com a lei moral natural, que tem caráter universal, exprime a dignidade de cada pessoa, coloca a base dos seus direitos e deveres fundamentais e, consequentemente, da convivência justa e pacífica entre as pessoas.

Assim o reto uso da liberdade é um ponto central na promoção da justiça e da paz, que exigem a cada um o respeito por si próprio e pelo outro, mesmo possuindo um modo de ser e viver distante do meu. Des-ta atitude derivam os elementos sem

os quais paz e justiça permanecem palavras desprovidas de conteúdo: a confiança recíproca, a capacidade de encetar um diálogo construtivo, a possibilidade do perdão, que muitas vezes se quereria obter mas sente-se dificuldade em conceder, a caridade mútua, a compaixão para com os mais frágeis, e também a prontidão ao sacrifício.

Educar para a justiça

4. No nosso mundo, onde o valor da pessoa, da sua dignidade e dos seus direitos, não obstante as procla-mações de intentos, está seriamente ameaçado pela tendência genera-lizada de recorrer exclusivamente aos critérios da utilidade, do lucro e do ter, é importante não separar das suas raízes transcendentes o conceito de justiça. De facto, a justiça não é uma simples convenção humana, pois o que é justo determina-se ori-

ginariamente não pela lei positiva, mas pela identidade profunda do ser humano. É a visão integral do homem que impede de cair numa conceção contratualista da justiça e permite abrir também para ela o ho-rizonte da solidariedade e do amor.

Não podemos ignorar que cer-tas correntes da cultura moderna, apoiadas em princípios económicos racionalistas e individualistas, alie-naram das suas raízes transcendentes o conceito de justiça, separando-o da caridade e da solidariedade. Ora “a “cidade do homem” não se move apenas por relações feitas de direitos

e de deveres, mas antes e sobretudo por relações de gratuidade, miseri-córdia e comunhão. A caridade ma-nifesta sempre, mesmo nas relações humanas, o amor de Deus; dá valor teologal e salvífico a todo o empe-nho de justiça no mundo”.

“Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” (Mt 5, 6). Serão saciados, porque têm fome e sede de relações justas com Deus, consigo mesmo, com os seus irmãos e irmãs, com a criação inteira.

Educar para a paz

5. “A paz não é só ausência de guerra, nem se limita a assegurar o equilíbrio das forças adversas. A paz não é possível na terra sem a salvaguarda dos bens das pessoas, a livre comunicação entre os seres humanos, o respeito pela dignidade das pessoas e dos povos e a prática

Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2012

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assídua da fraternidade”. A paz é fruto da justiça e efeito da caridade. É, antes de mais nada, dom de Deus. Nós, os cristãos, acreditamos que a nossa verdadeira paz é Cristo: n’Ele, na sua Cruz, Deus reconciliou con-sigo o mundo e destruiu as barreiras que nos separavam uns dos outros (cf. Ef 2, 14-18); n’Ele, há uma única família reconciliada no amor.

A paz, porém, não é apenas dom a ser recebido, mas obra a ser cons-truída. Para sermos verdadeiramente artífices de paz, devemos educar-nos para a compaixão, a solidariedade, a colaboração, a fraternidade, ser ati-vos dentro da comunidade e solícitos em despertar as consciências para as questões nacionais e internacionais e para a importância de procurar adequadas modalidades de redistri-buição da riqueza, de promoção do crescimento, de cooperação para o desenvolvimento e de resolução dos conflitos. “Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” – diz Jesus no sermão da montanha (Mt 5, 9).

A paz para todos nasce da justiça de cada um, e ninguém pode sub-trair-se a este compromisso essencial de promover a justiça segundo as respetivas competências e respon-sabilidades. De forma particular convido os jovens, que conservam viva a tensão pelos ideais, a procu-rarem com paciência e tenacidade a justiça e a paz e a cultivarem o gosto pelo que é justo e verdadeiro, mesmo quando isso lhes possa exi-gir sacrifícios e obrigue a caminhar contracorrente.

Levantar os olhos para Deus6. Perante o árduo desafio de

percorrer os caminhos da justiça e da paz, podemos ser tentados a interro-gar-nos como o salmista: “Levanto os olhos para os montes, de onde me virá o auxílio?” (Sal 121, 1).

A todos, particularmente aos jovens, quero bradar: “Não são as ideologias que salvam o mundo, mas unicamente o voltar-se para o

Deus vivo, que é o nosso criador, o garante da nossa liberdade, o garante do que é deveras bom e verdadeiro (…), o voltar-se sem reservas para Deus, que é a medida do que é justo e, ao mesmo tempo, é o amor eter-no. E que mais nos poderia salvar senão o amor?”. O amor rejubila com a verdade, é a força que torna capaz de comprometer-se pela ver-dade, pela justiça, pela paz, porque tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (cf. 1 Cor 13, 1-13).

Queridos jovens, vós sois um dom precioso para a sociedade. Diante das dificuldades, não vos deixeis invadir pelo desânimo nem vos abandoneis a falsas soluções, que frequentemente se apresentam como o caminho mais fácil para superar os problemas. Não tenhais medo de vos empenhar, de enfrentar a fadiga e o sacrifício, de optar por caminhos que requerem fidelidade e constância, humildade e dedicação.

Vivei com confiança a vossa ju-ventude e os anseios profundos que sentis de felicidade, verdade, beleza e amor verdadeiro. Vivei intensa-mente esta fase da vida, tão rica e cheia de entusiasmo.

Sabei que vós mesmos servis de exemplo e estímulo para os adul-tos, e tanto mais o sereis quanto mais vos esforçardes por superar as injustiças e a corrupção, quanto mais desejardes um futuro melhor e vos comprometerdes a construí-lo. Cientes das vossas potencialidades, nunca vos fecheis em vós próprios, mas trabalhai por um futuro mais luminoso para todos. Nunca vos sintais sozinhos! A Igreja confia em vós, acompanha-vos, encoraja-vos e deseja oferecer-vos o que tem de mais precioso: a possibilidade de levantar os olhos para Deus, de encontrar Jesus Cristo – Ele que é a justiça e a paz.

Oh vós todos, homens e mulhe-res, que tendes a peito a causa da paz! Esta não é um bem já alcan-çado mas uma meta, à qual todos e cada um deve aspirar. Olhemos, pois, o futuro com maior esperança,

Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2012

encorajemo-nos mutuamente ao lon-go do nosso caminho, trabalhemos para dar ao nosso mundo um rosto mais humano e fraterno e sintamo--nos unidos na responsabilidade que temos para com as jovens gerações, presentes e futuras, nomeadamen-te quanto à sua educação para se tornarem pacíficas e pacificadoras! Apoiado em tal certeza, envio-vos estas reflexões que se fazem apelo: Unamos as nossas forças espirituais, morais e materiais, a fim de “educar os jovens para a justiça e a paz”.

Vaticano, 8 de dezembro de 2011Benedictus PP XVI

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Garraiada em Trevões

Eu no dia três de AgostoEstive no adro e com gostoVi lá vacas a correrTanta vaca que lá haviaNenhuma delas com criaCom vontade de a ter.

Eram finas muito espertasPorque elas não estavam quietasNem se deixavam agarrarOs rapazes bem lá iamMas depois todos fugiamCom medo de lhes marrar.

Cá no adro de TrevõesCaiam aos trambolhõesTudo viu e ninguém negaLá teve um do CastanheiroEsse merecia dinheiroPorque esse fez bem a pega.

Alguns aqui de TrevõesFaziam-se de valentõesTambém queriam tourearMas depois ao outro diaÉ que eu vi na freguesiaOs que andavam a mancar.

Um deles com pouca sorteEsteve sujeito à morteAinda me meteu penaUma vaca o amarrou Contra a taipa lhe escornouJá não quis dar volta à arena.

Trevões vila vinhateiraNo Douro foi a primeiraMeteu ranchos e touradaTemos cá um bom pastorQue nos guarda com amorPor bem tudo, por mal nada.

Luís Fernandes Carvalho

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Rua Fundo de Vila, 1 • 5130-421 TREVÕES • Telemóvel 965 069 027 • Telefone 254 473 924E-mail: [email protected]

Deseja a todos os seus Clientes e Amigos um Feliz Ano de 2012

António Manuel Froufe BastosMediador de Seguros

Sumário

Ficha Técnica

Propriedade: Paróquias de: Castanheiro do Sul,Espinhosa, Pereiro, Trevões e Várzea de TrevõesDirector: Pe Amadeu da Costa e CastroRevisão de Provas: Prof. Flávio SequeiraImpressão: Tipografia Voz de Lamego, Lda.

Tiragem: 600 exemplares

EDIToRIAL................................................................ 01

VoCAção Do DIáC.RICARDo ...................... 02

oRAção DA PAz.................................................... 02

o PRESéPIo E VALoR DA VIDA ...............03 e 04

CARTA ABERTA PARA jESuS .............................. 04

jESuS MEnIno ....................................................... 04

VIDA E oBRA Do MáRTIR S, SEBASTIão ... 05

LEnDAS PoPuLARES ............................................ 05

FoRMAção DE CATEquISTAS ....................... 06

nATAL ........................................................................ 06

MuSEu DE ARTE SACRA DE TREVÕES. ........07

FESTA DE nATAL no LAR

SAnTA MARInhA - TREVÕES ........................... 07

E o Sonho ToRnou-SE REALIDADE...... .. 07

MEnSAgEM DE BEnTo xVI PARA

o DIA MunDIAL DA PAz 2012.. .. .08, 09, 10, 11

gARRAIADA EM TREVÕES .................................11

oBRAS nA IgREjA Do PEREIRo ..................... 12

É nosso objectivo ter sempre a nossa Igreja bem asseada e digna para as nossas celebrações.

Como era do conhecimento de todos, o altar lateral, estava em con-dições muito degradáveis e com má apresentação. As madeiras estavam a apodrecer e a pintura deteriorava-se cada mais com o passar do tempo.

Perante tal contexto, foram várias as reuniões do Conselho Económico da nossa paróquia a fim de encon-trar uma solução para tal situação e problema. A única solução era a o restauro e recuperação do altar.

Depois de vários contactos e a solicitação de orçamentos, decidiu-se avançar com a obra.

Todos sabemos que as dificulda-des financeiras vividas, por todos, não são as mais saudáveis. A Igreja também não foge a esta realidade.

Graças à generosidade da Câmara Municipal de Tabuaço e à Jun-ta de Freguesia do Pereiro, o restauro foi assumido na totalidade por estas duas entidades. Às pessoas do Dr. João Ribeiro (Presidente do

Município de Tabuaço) e Sr. Gaspar Beselga (Presidente da Junta do Pereiro) o nosso sincero bem haja pela ajuda e colaboração.

De referir que a obra na sua totalidade ficou num valor de 5.500€.

Em nome da Igreja do Pereiro, o nosso pro-fundo e grato agradeci-mento.

Obras na Igreja do Pereiro