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1 Boletim TRAB-PREV-RH em 14.dez.2015 "Dar menos que seu melhor é sacrificar o dom que você recebeu." (Steve Prefontaine) Desoneração da Folha: Como Fica o Recolhimento em Dezembro/2015 10/12/2015 Deixe um comentário Através do Ato Declaratório Interpretativo RFB 9/2015 foram divulgados os seguintes procedimentos relativos à opção e recolhimento da CPRB em dezembro/2015, da seguinte forma: 1. a opção pela tributação substitutiva, excepcionalmente para o ano de 2015, será manifestada mediante o pagamento da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB ) relativa a dezembro de 2015 com vencimento em 20 de janeiro de 2016, tendo em vista que a nova redação desses artigos dada pela Lei nº 13.161, de 31 de agosto de 2015, começa a viger no dia 1º de dezembro de 2015. 2. A empresa submetida à CPRB até a competência novembro de 2015 que não fizer para o ano de 2015 a opção pela contribuição substitutiva, fica obrigada ao recolhimento do INSS sobre a folha (20%), sobre o valor de 1/12 (um doze avos) do 13º (décimo terceiro) salário de segurados empregados e trabalhadores avulsos, referente à competência dezembro de 2015. 3. A contribuição de 20% deverá ser recolhida ainda que a empresa tenha antecipado o pagamento do 13º (décimo terceiro) salário integral para o mês de novembro de 2015. Mais informações IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim TRAB-PREV-RH em 14.dez.2015

"Dar menos que seu melhor é sacrificar o dom que você

recebeu." (Steve Prefontaine)

Desoneração da Folha: Como Fica o Recolhimento em Dezembro/201510/12/2015 Deixe um comentário

Através do Ato Declaratório Interpretativo RFB 9/2015 foram divulgados os seguintes procedimentos relativos à opção e recolhimento da CPRB em dezembro/2015, da seguinte forma:

1. a opção pela tributação substitutiva, excepcionalmente para o ano de 2015, será manifestada mediante o pagamento da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) relativa a dezembro de 2015 com vencimento em 20 de janeiro de 2016, tendo em vista que a nova redação desses artigos dada pela Lei nº 13.161, de 31 de agosto de 2015, começa a viger no dia 1º de dezembro de 2015.

2. A empresa submetida à CPRB até a competência novembro de 2015 que não fizer para o ano de 2015 a opção pela contribuição substitutiva, fica obrigada ao recolhimento do INSS sobre a folha (20%), sobre o valor de 1/12 (um doze avos) do 13º   (décimo terceiro) salário de segurados empregados e trabalhadores avulsos, referente à competência dezembro de 2015.

3. A contribuição de 20% deverá ser recolhida ainda que a empresa tenha antecipado o pagamento do 13º (décimo terceiro) salário integral para o mês de novembro de 2015.

Mais informações

Desoneração da Folha de Pagamento - Opção e 13º SalárioPor meio do Ato Declaratório Interpretativo nº 9, de 09/12/2015 (DOU de 10/12/2015) o Secretário da Receita Federal do Brasil dispôs sobre a data de opção pela contribuição previdenciária substitutiva prevista nos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/11, para o ano de 2015, e sobre a contribuição a cargo da empresa incidente sobre o 13º salário de segurados empregados e trabalhadores, nos casos em que a empresa optar por recolher a contribuição na forma prevista no inciso I do caput do art. 22 da Lei nº 8.212/91.

Dessa forma, foi esclarecido que a opção pela tributação substitutiva prevista nos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/11, excepcionalmente para o ano de 2015, será manifestada mediante o pagamento da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) relativa a dezembro/2015 com vencimento em 20/01/2016, tendo em vista que a nova redação desses artigos, dada pela Lei nº 13.161/15, começa a viger no dia 01/12/2015.

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Esclarecemos ainda que, o citado Ato Declaratório estabeleceu que a empresa submetida à CPRB até a competência novembro/2015 que não fizer para o ano de 2015 a opção pela contribuição substitutiva, prevista nos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/11, fica obrigada ao recolhimento da contribuição sobre a folha de pagamento, de que trata o inciso I do caput do art. 22 da Lei nº 8.212/91, sobre o valor de 1/12 do 13º salário de segurados empregados e trabalhadores avulsos, referente à competência dezembro/2015.

A referida contribuição sobre a folha de pagamento deverá ser recolhida, ainda que a empresa tenha antecipado o pagamento do 13º salário integral para o mês de novembro/2015.

Empregados Domésticos – 13º salário – Recolhimento – Contribuições Previdenciárias09/12/2015

Através da Portaria Interministerial MTPS/MF 1/2015, que alterou a Portaria Interministerial MF/MTPS 822/2015, para dispor que o recolhimento das contribuições previdenciárias e a contribuição do seguro contra acidentes do trabalho, incidentes sobre o 13º salário, deverá ocorrer até o dia 7 (sete) do mês de janeiro do período seguinte ao de apuração, em conformidade com a Lei Complementar nº 150/ 2015.

Fonte:Portaria Interministerial MTPS/MF 1/2015

13º salário: segunda parcela deve ser paga até o dia 18Este ano, em razão de que o dia 20 de dezembro, data prevista para pagamento da segunda parcelo do 13º, cair no domingo, os empregadores, de todo o Pais, devem cumprir a obrigação com os seus empregados até o dia 18, sexta-feira,  último dia útil

Fonte: Revista DeduçãoLink: http://www.deducao.com.br/noticia/1729-13-salario-segunda-parcela-deve-ser-paga-ate-o-dia-18

Este ano, em razão de que o dia 20 de dezembro, data prevista para pagamento da segunda parcelo do 13º, cair no domingo, os empregadores, de todo o Pais, devem cumprir a obrigação com os seus empregados até o dia 18, sexta-feira, último dia útil anterior ao prazo previsto em lei.

O 13º salário deve ser pago a todos os trabalhadores contratados segundo a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, incluindo temporários e domésticos – estes, desde que tenham trabalhado por um período mínimo de 15 dias em cada mês. Na quitação desta última parcela, o empregador deve fazer o cálculo da contribuição natalina com os descontos devidos, demonstrado, contra recibo, de forma integral.

Sobre o 13º salário incide o Imposto de Renda, sendo o recolhimento de obrigação do empregador. A IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Receita Federal do Brasil – RFB esclarece que o valor da última parcela da gratificação será totalmente tributado no momento da sua quitação, com base na tabela progressiva mensal vigente no mês. Só estão isentos do pagamento do IR os trabalhadores e aposentados com doenças graves.

O cálculo do 13º salário deve ser feito considerando a divisão por 12 do valor da remuneração mensal do empregado. O trabalhador passa a ter direito ao pagamento dessa fração do 13º salário se tiver em atividade profissional em pelo menos 15 dias obrigatórios, em cada mês, conforme previsto na legislação Trabalhista.

Desoneração da Folha de Pagamento - Empresas Jornalísticas e de Radiodifusão Sonora e de Sons e Imagens

Foi publicado no DOU de 11/12/2015 o Ato Declaratório Interpretativo nº 10, de 10/12/2015 que dispõe sobre o alcance do inciso XVI do § 3º do art. 8º da Lei nº 12.546/11.

Assim, o disposto no inciso XVI do § 3º do art. 8º da Lei nº 12.546/11, aplica-se às empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens, nos termos da legislação específica.

Empresas que tenham como atividade econômica principal outro ramo de negócio, ainda que exerçam atividades enquadradas nas classes da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) citadas especificamente para as empresas tratadas anteriormente, não fazem jus à desoneração.

As empresas que têm como atividade econômica principal a edição de livros classificada na classe 5811-5/00 da CNAE 2.0, por não serem empresas jornalísticas e de radiodifusão, não estão sujeitas à contribuição previdenciária substitutiva de que trata o inciso XVI do § 3º do art. 8º da Lei nº 12.546/11, devendo recolher as contribuições previdenciárias previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212/91.

As empresas que têm como atividade econômica principal, nos termos da legislação, a edição de revistas e periódicos classificada na classe 5813-1/00 da CNAE 2.0, por serem empresas jornalísticas, estão sujeitas à contribuição previdenciária substitutiva de que trata o inciso XVI do § 3º do art. 8º da Lei nº 12.546/11.

Ressaltamos que ficam modificadas as conclusões em contrário constantes em Soluções de Consulta ou em Soluções de Divergência emitidas antes da publicação deste Ato Declaratório Interpretativo (ADI), independentemente de comunicação aos consulentes.

Por fim, foi publicado o Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 11/15 (DOU de 11/12/2015) que dispõe sobre o conceito de empresa aplicável aos arts. 7º a 9º da Lei nº

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12.546/11, para o período anterior à 04/04/2013.O conceito de empresa, aplicável aos arts. 7º a 9º da Lei nº 12.546, de 2011, é o

constante no art. 9º, VII, da referida Lei, com a redação dada pela Lei nº 12.844/13, inclusive para o período anterior a sua inclusão.

O que muda na DIRF 2016?No último dia 18 de setembro, foi publicada no Diário Oficial a Instrução Normativa RFB nº 1.587/2015 – as novas regras para entrega da Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte no ano que vem. Já conferiu? Saiba agora o que mudou na DIRF 2

Fonte: SageLink: http://blog.sage.com.br/o-que-muda-na-dirf-2016/

No último dia 18 de setembro, foi publicada no Diário Oficial a Instrução Normativa RFB nº 1.587/2015 – as novas regras para entrega da Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte no ano que vem. Já conferiu? Saiba agora o que mudou na DIRF 2016:

Obrigatoriedade

Todas as pessoas jurídicas ou pessoas físicas domiciliadas no Brasil que tiveram retenção de imposto de renda retido na fonte no ano-calendário têm a obrigação de entregar a DIRF 2016.

Abaixo segue a lista emitida no Diário Oficial:

estabelecimentos matrizes de pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no Brasil, inclusive as imunes ou isentas;

pessoas jurídicas de direito público, inclusive os fundos públicos de que trata o art. 71 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964;

filiais, sucursais ou representações de pessoas jurídicas com sede no exterior; empresas individuais; caixas, associações e organizações sindicais de empregados e empregadores; titulares de serviços notariais e de registro; condomínios edilícios; pessoas físicas; instituições administradoras ou intermediadoras de fundos ou clubes de investimentos; órgãos gestores de mão de obra do trabalho portuário; candidatos a cargos eletivos, inclusive vices e suplentes; comitês financeiros dos partidos políticos.

Também são obrigadas a entregar as pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no Brasil que tiveram transações comerciais ou financeiras com o exterior, mesmo que essas não tenham tido retenção. Porém, isso se restringe à lista de transações abaixo, listada também no Diário Oficial:

aplicações em fundos de investimento de conversão de débitos externos; royalties, serviços técnicos e de assistência técnica; juros e comissões em geral;

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juros sobre o capital próprio; aluguel e arrendamento; aplicações financeiras em fundos ou em entidades de investimento coletivo; carteiras de valores mobiliários e mercados de renda fixa ou renda variável; fretes internacionais; previdência privada; remuneração de direitos; obras audiovisuais, cinematográficas e videofônicas; lucros e dividendos distribuídos; cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas físicas residentes no país, em viagens de

turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais. Entrega

A DIRF 2016 deverá ser entregue via internet após ser gerada pelo programa validador, que é disponibilizado no site da Receita Federal do Brasil. O prazo para entrega é até as 23h59min59s, horário de Brasília, do dia 29/02/2016, através do programa Receitanet, também disponível no site da Receita.

Em caso de extinção da empresa decorrente de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total ocorrida no ano-calendário de 2016, a pessoa jurídica extinta deverá apresentar a DIRF relativa ao ano-calendário de 2016 até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do evento, exceto quando este ocorrer no mês de janeiro, caso em que a DIRF 2016 poderá ser entregue até 31/03/2016.

Multa

A multa ocorre quando há atraso ou não entrega da declaração, tendo o valor de 2% ao mês-calendário ou fração incidente sobre o montante de tributos e contribuições informados na declaração, ainda que integralmente pago — limitada a 20%. O valor mínimo para multa de pessoas jurídicas inativas e pessoas físicas é de R$ 200,00, e para empresas adotantes do SIMPLES é de R$ 500,00. Nos demais casos, a multa pode ser reduzida:

em 50%, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício;

em 25%, se houver apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. Mudanças na DIRF 2016

Com relação aos planos privados de assistência à saúde empresariais, devem ser declarados por:

Número de inscrição no CNPJ da operadora do plano privado de assistência à saúde; Número de inscrição no CPF do beneficiário titular e dos respectivos dependentes, ou, no caso de

dependente menor de 16 anos em 31 de dezembro do ano-calendário a que se refere a DIRF 2016, ao nome e à data de nascimento do menor;

Também é pedido o total anual correspondente à participação do empregado no pagamento do plano de saúde, identificando a parcela correspondente ao beneficiário titular e a correspondente a cada dependente.

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Descanso Semanal – Turnos Ininterruptos de Revezamento08/12/2015

Para fins de legislação trabalhista, o domingo é conceituado como o dia mais apropriado para o descanso do empregado, pois propicia ao mesmo a oportunidade de revitalizar suas forças através do convívio com seus familiares e amigos.

O domingo, portanto, é a ocasião em que o empregado pode ter tempo para seu lazer e recreação. Em virtude do exposto, o descanso instituído pela CLT é de cunho social.

O período de repouso ou folga semanal deve ter a duração de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, sem prejuízo do intervalo mínimo de 11 (onze) horas entre jornadas, ou seja, entre a jornada anterior e a próxima jornada, deve haver o intervalo mínimo interjornada.

Exemplo:

Empregado encerrou sua jornada às 21:00 de sábado, com folga semanal prevista para o domingo, retornando ao trabalho na segunda-feira às 06:00 da manhã:

Neste caso, primeiro deve-se contar o período interjornada após a saída no sábado, iniciando-se na sequencia a contagem da folga semanal (24 horas consecutivas) para se determinar o horário de início da próxima jornada.

Portanto, neste exemplo, o empregado terá direito à 02:00 horas extras, pois considerando o intervalo interjornada e o término do descanso semanal, o mesmo não poderia iniciar nova jornada antes das 08:00 da manhã da segunda-feira.

A CLT dispõe no artigo 386 que para a mulher que laborar em escala de revezamento, o seu descanso dominical deverá ser organizado quinzenalmente.

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Redução de Salários e Redução de Jornada de TrabalhoO acordo deverá ser homologado pela Delegacia Regional do Trabalho, por prazo certo, não excedente de 3 meses, prorrogável, nas mesmas condições, se ainda indispensável, e sempre de modo que a redução do salário mensal resultante não seja super

Fonte: Destaques EmpresariaisLink: http://destaques-empresariais.net/2015/12/08/reducao-de-salarios-e-reducao-de-jornada-de-trabalho/

A empresa que, em face de conjuntura econômica, devidamente comprovada, se encontrar em condições que recomendem, transitoriamente, a redução da jornada normal ou do número de dias do trabalho, poderá fazê-lo, mediante prévio acordo com a entidade sindical representativa dos seus empregados.

O acordo deverá ser homologado pela Delegacia Regional do Trabalho, por prazo certo, não excedente de 3 meses, prorrogável, nas mesmas condições, se ainda indispensável, e sempre de modo que a redução do salário mensal resultante não seja superior a 25% (vinte e cinco) por cento do salário contratual, respeitado o salário-mínimo regional e reduzidas proporcionalmente a remuneração e as gratificações de gerentes e diretores.

Em suma, a redução de jornada e de salário poderá ocorrer nas seguintes hipóteses:

1) Por período determinado, ou seja, transitória;

2) Se decorrer de situação excepcional da empresa, mormente na hipótese em que a conjuntura econômica não lhe for favorável;

3) Se for respeitado o salário mínimo legal e/ou piso salarial da categoria profissional do trabalhador; e

4) Se for estabelecida através de negociação coletiva com a entidade representativa da categoria profissional.

Alterações – Normas Regulamentadoras – NR18, NR12 e NR3410/12/2015

Portaria MTPS 208/2015  – Revoga os itens 18.15.2.2 e 18.15.2.3 e altera o item 18.14.21.11.1 da Norma Regulamentadora nº 18 (NR18) – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.

Portaria MTPS 207/2015  – Altera a Norma Regulamentadora nº 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval.

Portaria MTPS 211/2015 – Altera a Norma Regulamentadora nº 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos.

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Consideradas beneficentes

MPF questiona isenção de contribuição previdenciária a entidades8 de dezembro de 2015, 14h01

A constitucionalidade do artigo 37 da Medida Provisória 446/2008 está sendo questionada pelo Ministério Público Federal junto ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiça por meio de um recurso extraordinário e outro especial, respectivamente. O órgão também pede às duas cortes a anulação da Resolução 7/2009 do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), ligado ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

O questionamento sobre os dispositivos ocorre porque as normas permitiram que milhares de entidades brasileiras ficassem isentas de contribuir para a seguridade social por serem consideradas beneficentes, mesmo sem ter de comprovar que preenchem os requisitos para tal. Embora a MP 446 tenha sido rejeitada pela Câmara dos Deputados em fevereiro de 2009 por não possuir relevância e urgência no tema, a norma permaneceu válida durante três meses.

Nesse período, o CNAS editou as resoluções 3/2009, 7/2009 e 8/2009, nas quais foram publicadas as renovações das 7,1 mil entidades beneficiadas. Antes da publicação da Medida Provisória 446/2008, a competência para julgar processos de concessão e renovação de Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas) era do Conselho Nacional de Assistência Social.

Na época, 7,1 mil processos de renovação estavam pendentes de apreciação. O artigo 37 da MP 446, editada pelo Poder Executivo em 7 de novembro de 2008, considerou deferidos todos esses pedidos. O Cebas é o principal instrumento de reconhecimento, pelo poder público, do preenchimento das condições de constituição e funcionamento de entidade que pretenda ser beneficiária da imunidade de contribuições para a seguridade social.

Tal imunidade é uma das poucas exceções à regra geral prevista na Constituição Federal, que instituiu o princípio da solidariedade no custeio do sistema de seguridade. Para o MPF, a MP feriu o artigo 195, § 7º, da Constituição ao permitir a renovação sem a comprovação do cumprimento dos requisitos legais.

O dispositivo é explícito ao condicionar a imunidade de contribuições ao preenchimento de critérios previamente estabelecidos — à época, previstos no artigo 55 da Lei 8.212/1991 e nos artigos 2º e 3º do Decreto 2.536/1998. Segundo o procurador regional da República responsável pelos recursos, Lafayete Josué Petter, a MP comprometeu “severamente a seriedade das concessões e permitiu eventuais validações de fraudes, como a possibilidade do ingresso de entidades que não se enquadram como entidades de 'filantropia' nos termos da lei”. Além disso, trouxe reflexos para o erário, cuja arrecadação foi reduzida.

Os recursos do MPF se somam a outros pedidos já em andamento, como a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 265, enviada pela Procuradoria-Geral da República ao STF em 2012 e ainda pendente de julgamento. Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério Público Federal.

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Clique aqui para ler a ação civil pública.Clique aqui para ler a sentença proferida pela Justiça Federal no Rio Grande do Sul.Clique aqui para ler o recurso de apelação.Clique aqui para ler o voto do desembargador relator e o acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.Clique aqui para ler o recurso especial movido junto ao STJ.Clique aqui para ler o recurso extraordinário movido junto ao STF.

Revista Consultor Jurídico, 8 de dezembro de 2015, 14h01

Acordo de Compensação de Horas – Aviso Prévio Trabalhado11/12/2015

Compensação de horas de trabalho corresponde em acrescer a jornada de determinados dias em função de outro suprimido, sem que essas horas sejam configuradas como horas extras.

Normalmente, a compensação de horas tem como objetivo a redução ou supressão do trabalho aos sábados, segundas-feiras que antecedem feriados às terças-feiras, sextas-feiras que sucedem feriados às quintas-feiras, dias de carnaval e quarta-feira de cinzas (meio expediente), entre outras situações do gênero.

Quando o empregado estiver cumprindo aviso prévio, o empregador deverá observar que o empregado na última semana do aviso prévio não poderá realizar compensação de dia que seja posterior ao término do referido aviso, senão será desconsiderado e anulado o aviso prévio.

Neste caso, ele deverá dispensá-lo naquela semana de realizar a compensação, uma vez que quando o empregado é dispensado pelo empregador e escolhe a redução de duas horas diárias, ele não pode perfazer horas extras.

Já quando o empregado escolhe a redução dos 7 (sete) dias, o empregador deverá dispensá-lo do cumprimento das horas compensadas na última semana do aviso prévio, ou remunerar as horas excedentes (as que eram compensadas) com adicional de extra de no mínimo 50% (cinquenta por cento).

A mesma situação vai ocorrer quando o empregado pede a demissão e cumpre o aviso prévio.

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FESTA DE FIM DE ANO NA EMPRESA E OS CUIDADOS PARA NÃO COMPROMETER SEU AMBIENTE DE

TRABALHOSergio Ferreira Pantaleão

O período de final de ano é marcado por grandes eventos entre empresas, entre fornecedores e empresas, entre empresas e clientes ou até entre futuros clientes ou fornecedores que acabam promovendo festas e eventos como sinal de um bom relacionamento comercial.

A grande maioria das empresas promove uma festa de confraternização entre os empregados como forma de agradecimento pelos ótimos resultados atingidos,  pelos prejuízos amenizados ou de forma a proporcionar maior interação entre os grupos de trabalho e também entre chefes e subordinados.

Nestas ocasiões, senão todos, a grande maioria dos empregados são convidados a participar, uns trabalhando para a promoção do evento, outros curtindo a festa com familiares ou mesmo sozinhos.

A dúvida é como se portar neste tipo de ambiente em que, amiúde, a comida e bebida são fartas e "de quebra", não precisa pagar nada, mas o exagero na alimentação ou no consumo de bebidas alcóolicas pode desencadear um transtorno para a vida pessoal e profissional.

Há aqueles que não se importam com nada e acreditam que este momento é o do "descarrego", seja por tudo que sofreu "na mão" do chefe, pelo aumento que não teve ou pela promoção merecida que acabou não acontecendo. "Por tudo isso, hoje é minha vez, é o dia da desforra...deixe o whisky aqui do meu lado!!!"

Por outro lado há os que não gostariam nem de comparecer à festa, mas por conta de muita insistência de um colega acaba se entregando ao apelo do amigo, muito embora ao longo de toda a festa, por medo ou vergonha, passa fome e sede e pronuncia, no máximo, quatro palavras para duas pessoas distintas sendo, "boa noite" e "tchau".

O ambiente de uma festa na empresa não é o mesmo ambiente de uma festa entre amigos da faculdade ou do futebol, são situações distintas que precisam ser compreendidas por quem as frequenta, pois ainda que se trate de uma festa, seria sensato manter certa discrição na forma de se vestir, sentar, comer, beber e claro, conversar.

Usar um decote exagerado ou uma micro saia em que, ao se levantar para se servir, 100% da população pare de comer e passe a te observar desde o momento em que entra na fila até o seu final, pode demonstrar que algo está errado ou não condiz com o momento e ambiente.

Também poderá parecer estranho você tomar a bandeja do garçom e atravessar todo o salão para oferecer uma taça de champagne ao seu chefe - ou pretendente - que está do outro lado do salão, insinuando na frente dos presentes que ele é o mais elegante e que se todos fossem como ele, a empresa seria mais competitiva e teria tido maior lucro no ano que se finda.

Você está "varado" de fome e finalmente anunciam que o jantar ou almoço será servido. Calma, tenha certeza que não se trata de uma competição e você não precisa devorar 4 pratos em 15 minutos. Saiba antecipadamente sobre o cardápio, não se preocupe em se servir mais de uma vez, mas sirva moderadamente. Tentar compensar a falta de aumento em 2 pratos de comida também não é o melhor

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caminho para promover sua imagem perante a empresa. Se não conheço nem minha fome e gero um desperdício de alimento, cuidado que isso pode ser um requisito de avaliação de sua personalidade.

Há também os casos de paquera entre colegas de trabalho ou entre chefes e subordinados e a festa, pode ser uma oportunidade para se aproximar mais da pessoa fora do ambiente formal do trabalho. Mas cuidado, pensar que vocês dois foram contratados para uma cena de novela em plena festa, trocando beijos e carícias tão insinuantes que o garçom faça com que as taças de champagne encontrem o chão, também pode ser péssimo para sua reputação. Converse discretamente e se for o caso, marque o que quer que seja para depois da festa.

Vai haver um momento de dança, de descontração para todos na festa. Independentemente se você, ainda que discretamente, exagerou na comida e se sente "empanzinado" ou ainda bebeu mais do que devia, não vá querer tirar tudo na dança. Reservar 2 metros quadrados só pelos movimentos dos braços e pernas demonstra que você não consegue administrar e respeitar o espaço dos outros e isso pode ser interpretado em relação ao ambiente de trabalho. Evite também mostrar tudo o que sabe sobre determinados ritmos com performances, por exemplo, de um personagem do filme "Embalos de sábado a Noite" ou de uma dança de Funk.

Podemos concluir, por óbvio, que quaisquer das situações precisam ser ponderadas, pois se a bebida na festa é liberada não há necessidade de ficar recusando, mas também não precisa andar com um copo em cada mão como se fosse a última festa de sua vida. É importante se controlar, conhecer seu limite e respeitar.

Não é porque você está bebendo que irá ser considerado um alcoólatra, até porque certamente haverá mais pessoas bebendo também. Agora, se embriagar e querer ser o centro da festa pode passar uma péssima imagem aos colegas, chefes e diretores. Ninguém quer, nem você, ter na empresa uma pessoa que não conhece seus limites e não sabe se controlar.

Se surgir uma oportunidade e você deixar de conversar com um colega ou mesmo um chefe de outra área por vergonha ou medo, pode demonstrar desinteresse e passar uma má impressão. Se há algum receio e não quer ficar sozinho(a) para conversar com alguém, combine com um amigo(a) para conversarem juntos, assim um ou outro pode dar a "deixa" e a conversa fluir naturalmente.

O uso de decotes ou peças muito curtas assim como trajes extravagantes que não condiz com o ambiente são extremamente desaconselháveis. Se informe antes sobre os trajes sugeridos, converse com os amigos a respeito e tente usar peças mais apropriadas e que podem servir para a maioria das ocasiões.

O importante é não exagerar (para mais ou para menos) nas coisas, se mostrar descontraído, conversar com pessoas que ainda não conhece ou que mantém pouco contato no dia a dia na empresa, deixar de lado os problemas de trabalho e, se for o caso, evitar contato com colegas que gostam de provocações ou que vive semeando intrigas é o melhor caminho.

Trate desde a pessoa com o menor cargo na hierarquia da empresa até o Presidente com a mesma educação, seja simpático e busque, ao final da festa, ser lembrado positivamente, não como o primeiro a ser demitido na semana seguinte ou como o último a ser promovido, mas como alguém que contribui com a empresa, que respeita os colegas e que faz parte do grupo de pessoas que está comprometido com a companhia.

É prudente que o empregador tome o devido cuidado de modo a manter a urbanidade e intervir, caso necessário, nos casos em que a situação tende a sair do controle, pois fatos desagradáveis ocorridos em festas podem, inadvertidamente, ser levados para o ambiente de trabalho e ser um "contaminador" do clima organizacional.

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Sergio Ferreira Pantaleão é Advogado, Administrador, responsável técnico pelo Guia Trabalhista e autor de obras na área trabalhista e Previdenciária.    Atualizado em 08/12/2015.

Normas descumpridas

INSS cobra R$ 3,6 milhões de frigorífico em ação regressiva coletiva8 de dezembro de 2015, 17h51

Um frigorífico de Rolândia (PR) será réu de ação regressiva coletiva que totaliza R$ 3,6 milhões. O pedido de ressarcimento, feito pela Advocacia-Geral da União, é resultado do valor gasto com 497 benefícios concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social a trabalhadores da companhia.

Os benefícios atenderam abatedores da companhia afastados do trabalho por causa de doenças causadas pelo descumprimento das normas de segurança. A ação foi proposta após operação do Ministério Público do Trabalho que verificou irregularidades no frigorífico, como ritmo intenso de trabalho, ausência de proteção ergonômica, inadequações de equipamentos e exposição ao frio, ao ruído e à amônia.

Também foi constatado que 52,9% dos quase 400 entrevistados assumiram ter tomado remédios ou aplicado emplastros ou compressas para poder trabalhar. Outros 40% disseram sentir dores fortes em razão do trabalho. A maioria dos afastamentos esteve relacionada a lesões por esforços repetitivos, além de transtornos mentais, fraturas e amputações.

Para a AGU, as práticas repetitivas que levaram à concessão de centenas de benefícios justificam o ajuizamento de uma única ação regressiva contra a empresa.

Primeira da históriaEm abril deste ano, a 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região proferiu a decisão da primeira ação regressiva acidentária coletiva ajuizada no Brasil. Como resultado, o INSS conseguiu uma indenização de mais de R$ 1 milhão de outro frigorífico.

Assim como na ação ajuizada pela AGU, os benefícios concedidos pelo INSS aos trabalhadores desse frigorífico resultaram de doenças ocupacionais. Consta no processo analisado pelo colegiado do TRF-4 que, ao fazer uma vistoria na empresa, no município de Montenegro (RS), o Ministério do Trabalho e Emprego constatou excessiva exposição ao frio, ao ruído e à poeira, além de verificar condições psicossociais e de organização do trabalho em desacordo com a legislação trabalhista.

Devido a isso, os empregados atendidos pelo INSS foram diagnosticados com lesões nos membros superiores, articulações, tendões e ombros, algumas por esforço repetitivo. Outros funcionários foram afastados do trabalho por adoecimento mental. O frigorífico já havia sido fiscalizado 69 vezes pelo MTE.

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Na última vistoria, em dezembro de 2009, foram lavrados 14 autos de infração. Com informações da Assessoria de Imprensa da AGU.

Ação 5016349-65.2015.4.04.7001 - 1ª Vara Federal de Londrina

Revista Consultor Jurídico, 8 de dezembro de 2015, 17h51

A EMPRESA É OBRIGADA A FORNECER EPI GRATUITAMENTE AOS EMPREGADOS

Equipe Guia Trabalhista

A Norma Regulamentadora Nº 6, considera como Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais do trabalho;

b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,

c) Para atender a situações de emergência.

Responsabilidades Quanto aos EPIs

Empregador

Adquirir o adequado ao risco de cada atividade; Exigir seu uso; Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de

segurança e saúde no trabalho; Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada; e Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema

eletrônico.

Empregado

Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

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Responsabilizar-se pela guarda e conservação; Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 

Julgados Relacionados:

1. Confissão do trabalhador não autoriza presunção de eficácia dos EPIs ;2. Uso de equipamento de proteção individual (EPI) pode afastar aposentadoria especial ;3. Empregado que negligenciou uso de EPIs não consegue indenização por acidente de trabalho ;4. Fornecimento e fiscalização do uso de EPIs pelo empregador afastam direito a insalubridade ;5. Ausência do certificado de aprovação do EPI leva à presunção de que ele não neutraliza

insalubridade;6. Empresa   provou o uso de EPI é absolvida do pagamento de insalubridade .

Atualizado em 09/12/2015 

Você está estressado?Responda o questionário e descubra seu grau de estresse ocupacional Estresse ocupacional é a tensão excessiva que o trabalhador sofre em função do trabalho que exerce. Pode ser ligado às características do trabalho em si, à sobrecarga de tarefas, ao ambiente físico do local de trabalho, ao modo como o chefe lidera a equipe ou mesmo pelas dificuldades interpessoais com colegas.

Responda o questionário abaixo, formulado pelo Instituto de Psicologia e Controle do Stress (IPCS), e confira se você tem indicadores de estresse ocupacional e qual a gravidade do que sente. Tenha em mente que o questionário não oferece um diagnóstico de sua condição, que só pode ser feito por um psicólogo. Trata-se somente de alertas para você se cuidar melhor.

1. Segunda-feira, ao pensar em trabalhar, sinto um grande desânimo e vontade de não ir:A) Nunca.B) Às vezes.C) Frequentemente.

2. Meu nível de irritabilidade e intolerância com colegas de trabalho ultrapassa o dos outros ao meu redor.A) Nunca.B) Às vezes.C) Frequentemente.

3. Tenho tido azia, tensão muscular ou problemas de pele ou ainda alterações de pressão arterial.A) Nunca.B) Às vezes.C) Frequentemente.

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4. Meu entusiasmo pela minha empresa está baixo.A) Nunca.B) Às vezes.C) Frequentemente.

5. Sinto que meu chefe não reconhece o valor de minha contribuição para a empresa.A) Nunca.B) Às vezes.C) Frequentemente.

6. Meus colegas de trabalho não colaboram comigo.A) Nunca.B) Às vezes.C) Frequentemente.

7. Sinto que minha produtividade está menor do que era antes.A) Nunca.B) Às vezes.C) Frequentemente.

8. Sinto muita raiva quando estou trabalhando.A) Nunca.B) Às vezes.C) Frequentemente.

9. Sinto-me ansioso no trabalho.A) Nunca.B) Às vezes.C) Frequentemente.

10. Fico feliz de ficar doente e não ter que trabalhar.A) Nunca.B) Às vezes.C) Frequentemente.

Verifique os indicadores de estresse:Se assinalou mais de cinco respostas "nunca": Parabéns! Você não apresenta sinais significativos de um quadro de estresse ocupacional.

Se assinalou mais de cinco "às vezes": Parece que você está conseguindo lidar com a pressão do trabalho de modo adequado. Pode estar no estágio de resistência do estresse.

Se o número de vezes que indicou "frequentemente" foi:1 ou 2: Você tem alguns indicadores de estresse ocupacional já significativos. Reflita sobre a possibilidade de mudar sua percepção frente às demandas da empresa. Às vezes, a tensão pode ser criada pelo nosso próprio modo de ver o que se passa ao nosso redor. Às vezes, o estresse vem de outros fatores, como família, amigos ou problemas pessoais.

5 ou mais: você tem sintomas que se parecem com os de pessoas que sofrem de estresse ocupacional grave (estágios de quase exaustão ou exaustão). Se o quadro que você apresenta é típico de outros colegas, seria interessante que sua empresa oferecesse treinamento (palestras, oficinas etc.) para todos os funcionários,

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objetivando reduzir o estresse ocupacional presente. Se isso não for possível, a recomendação é que procure um profissional da área da psicologia que o ajude a lidar com a pressão excessiva do trabalho.

Recomendações gerais para a prevenção e controle do estresse:Exercício físico pelo menos três vezes por semana, por meia hora.Alimentação antiestresse, rica em legumes, frutas e verduras.Relaxamento, algum tipo de lazer, de atividade sem pressa, sem obrigação.Refletir sobre suas prioridades e sobre o que de fato é importante para sua vida, não somente no presente, mas também no futuro; viver de acordo com essas prioridades; respeitar os limites de seu corpo e da sua mente, não transcendendo os mesmos e, acima de tudo, vendo sempre o lado positivo da vida.

Fonte: portal G1.

FÉRIAS COLETIVAS - ASPECTOS LEGAIS A SEREM OBSERVADOS

Sergio Ferreira Pantaleão

As férias coletivas passaram a ser um instrumento de gestão bastante importante para as empresas em geral. São vários os segmentos de mercado empresarial que apresentam sazonalidades específicas no decorrer do ano, seja por conta das festas de final de ano, do verão, do inverno, da páscoa entre outros períodos que interferem diretamente na produção e comercialização de determinados produtos ou serviços e, consequentemente, na demanda ou escassez de mão de obra.

Ora as empresas estão com produção máxima, necessitando até contratarem empregados por tempo determinado, ora apresentam queda bastante acentuada que atingem inclusive a manutenção do emprego do quadro de pessoal.

É justamente nestas ocasiões de queda que as empresas se utilizam das férias coletivas para, de um lado, garantir a manutenção do emprego de pessoas que já possuem qualificação e conhecimento da atividade que satisfaça suas expectativas e de outro, cumprir com a obrigação legal que é conceder as férias anualmente aos empregados, principalmente em períodos festivos, oportunizando a confraternização familiar.

A CLT estabelece algumas regras para que seja possível a concessão de férias coletivas aos empregados, as quais devem ser cuidadosamente observadas pelo empregador para que sejam consideradas válidas.

A norma celetista dispõe que as férias coletivas possam ser concedidas a todos os empregados de uma empresa, a um ou alguns estabelecimentos da organização de determinada região ou ainda, a determinados setores específicos.

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Nada obsta, portanto, que uma empresa conceda férias coletivas somente ao setor de produção e mantenha os demais operando normalmente. É importante destacar neste caso, que todos os empregados do setor de produção saiam em férias coletivas.

Se parte do setor ou apenas um grupo de empregados sair e outros permanecerem trabalhando, as férias serão consideradas inválidas, já que neste caso, considera-se que as férias estão sendo concedidas de forma individual e não coletiva.

Outro requisito que a legislação estabelece como necessário para validar as férias coletivas é que poderão ser gozadas em até 2 (dois) períodos anuais distintos, desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos (art. 139 da CLT). Assim, também serão inválidas as férias gozadas em períodos inferiores a 10 dias ou se dividas em 3 (três) ou mais períodos distintos.

Por outro lado, as férias poderão ser concedidas parte como coletivas e parte individual, ou seja, havendo escassez de produção a empresa poderá conceder 10 (dez) dias de férias coletivas a seus empregados e os 20 (vinte) dias restantes, poderão ser administrados individualmente no decorrer do ano - conforme a programação anual - desde que este saldo seja quitado de uma única vez.

O valor a ser pago para o empregado a título de remuneração de férias será determinado de acordo com o salário da época da concessão, da duração do período de férias e da forma de remuneração percebida pelo empregado, acrescido de 1/3 (um terço), conforme determinação do art. 7º, inciso XVII da constituição, tendo o empregado, inclusive, o direito à média de adicionais como horas extras, adicional noturno, periculosidade, comissões entre outros.

O processo para concessão das férias coletivas ainda prevê que o empregador deverá, com no mínimo 15 (quinze) dias de antecedência, atender às seguintes formalidades:

Comunicar o órgão local do Ministério do Trabalho (DRT) – informando o início e o final das férias, especificando, se for o caso, quais os estabelecimentos ou setores abrangidos, salvo se tratar de ME ou EPP, consoante o disposto no art. 51, inciso V da Lei Complementar 123/2006;

Comunicar o Sindicato representativo da respectiva categoria profissional, da comunicação feita ao MTE; Comunicar a todos os empregados envolvidos no processo, devendo afixar os avisos nos locais/postos de

trabalho.

A concessão das férias coletivas é uma prerrogativa do empregador, podendo determinar a data de início e término, bem como se serão de uma única vez ou divididas em dois períodos.

Entretanto, este estará condicionado a atender a todas as determinações dispostas na legislação, sob pena de, não o fazendo, pagar multa de R$ 170,26 por empregado que se apresentar em situação irregular.

O empregador que não cumprir com as especificações para concessão das férias coletivas poderá ainda, além de sofrer as sanções administrativas previstas na legislação, correr o risco de ter que pagar, uma vez reconhecida a irregularidade pela Justiça Trabalhista, as férias novamente ao empregado. Neste caso, a remuneração deverá ser em dobro mais 1/3 constitucional.

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SITUAÇÕES ESPECÍFICAS

Aos empregados menores de 18 (dezoito) e maiores de 50 (cinquenta) anos de idade, as férias deverão ser concedidas sempre de uma única vez. Portanto, havendo empregados enquadrados nestas condições, as férias não poderão ser dividas, tendo estes o direito de gozo integral.

Aos empregados contratados há menos de 12 (doze) meses, ou seja, que não completaram ainda o período aquisitivo de forma integral, estes gozarão, na oportunidade, férias proporcionais ao período trabalhado. Para estes empregados, o período aquisitivo de férias deverá ser alterado, iniciando o novo período na data do início das férias coletivas.

Aos empregados que possuem períodos já completos (12 meses trabalhados ou mais), não terão o período aquisitivo alterado.

Sergio Ferreira Pantaleão é Advogado, Administrador, responsável técnico pelo Guia Trabalhista e autor de obras na área trabalhista e Previdenciária.

Atualizado em 16/11/2015.

Empregadora é Absolvida de Indenizar Doméstica por Não Conceder Vale Transporte11/12/2015

A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho absolveu uma empregadora de pagar indenização a uma empregada doméstica pela não concessão de vale-transporte.

O colegiado proveu recurso da empregadora e reformou decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (PE), porque a indenização não foi pedida pela trabalhadora na reclamação trabalhista.

Na reclamação, a trabalhadora alegou que a patroa nunca forneceu vale-transporte, apesar de tê-lo solicitado desde a admissão, ficando por sua conta o pagamento das passagens.

Clique aqui e leia o julgado na íntegra.

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Operador de caixa citado em B.O. como suspeito de furto será indenizado5 de dezembro de 2015, 8h35

Citar empregado em boletim de ocorrência como suspeito de furto é abuso e deve ser indenizado. Com esse fundamento, 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho restabeleceu condenação a uma cooperativa, que terá de indenizar em R$ 20 mil um operador de caixa.

O colegiado analisou recurso contra decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), que havia absolvido a cooperativa. Segundo o desembargador convocado Gilmar Cavalieri, o registro da ocorrência não ofende a moral do ex-empregado, mas citá-lo como suspeito do furto configura abuso e justifica a indenização, sem necessidade de o trabalhador provar o dano sofrido. Ele foi seguido por unanimidade.

Sem defesaA cooperativa procurou a polícia após auditoria interna constatar a ausência de R$ 3,5 mil na máquina em que o operador trabalhava. O relatório da investigação foi concluído no dia 11 de abril de 2011, dez dias depois de o empregado ter sido dispensado sem justa causa. O boletim de ocorrência, porém, só foi registrado em fevereiro de 2012.

O trabalhador soube da acusação por acaso, em junho de 2013, quando foi parado numa blitz e recebeu orientação para ir à delegacia. Depois disso, ingressou com ação contra a cooperativa para ser indenizado por danos à sua honra e imagem, sustentando que se sentiu humilhado por se apresentar aos policiais como suspeito. Ele afirma não ter cometido o furto, até porque havia conferência diária do caixa, com a presença de um supervisor, e nunca foi constatada irregularidade.

Na Vara do Trabalho de Farroupilha (RS), o juiz condenou a cooperativa a indenizar o ex-empregado em R$ 20 mil. A decisão considerou inválida a auditoria, por ele não ter sido informado sobre a investigação interna e não ter podido se defender. Para o juiz, o registro de ocorrência que imputa crime a empregado, sem possibilitar o contraditório e a ampla defesa, causa dano moral.

O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), porém, absolveu a ré, considerando que a atitude foi lícita e de acordo com o direito de informar à polícia furto ocorrido em uma das lojas. A corte entendeu ser indevida a indenização, porque a cooperativa não divulgou o boletim de ocorrência para os colegas do acusado e a sociedade em geral.

No TST, o relator também votou por restabelecer a sentença e determinar ao TRT-4 o julgamento de pedidos considerados prejudicados, entre eles o que pretende o aumento do valor da indenização. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

Processo RR-639-87.2013.5.04.0531

Revista Consultor Jurídico, 5 de dezembro de 2015, 8h35

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Crédito consignado

Desconto em verba rescisória é permitido se limitado a 30%8 de dezembro de 2015, 10h57

Em caso de demissão, o empregador pode descontar até 30% das verbas rescisórias devidas para pagar empréstimos consignados adquiridos pelo funcionário durante a vigência do contrato de trabalho, conforme o artigo 1º, parágrafo primeiro, da Lei 10.820/2003. Porém, a medida só será permitida se estiver prevista no contrato firmado entre o empregador e a instituição financeira.

O entendimento unânime é da 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao julgar válido desconto de R$ 1,7 mil feito por uma cooperativa médica sobre as verbas rescisórias de um motorista de ambulância para quitar empréstimo consignado. O pedido do autor do recurso já havia sido negado em instâncias anteriores.

Na reclamação trabalhista, ele pediu a nulidade dos descontos nas verbas rescisórias argumentando que o termo de rescisão do contrato de trabalho só pode tratar de verbas de natureza trabalhista, o que excluiria os valores decorrentes da relação de consumo com a instituição financeira.

O trabalhador afirmou não ter recebido o comprovante da quitação do empréstimo nem a descrição do cálculo do valor descontado. Também apontou a ausência do abatimento dos juros, em virtude do pagamento antecipado da dívida, como prevê o artigo 52, parágrafo 2º, do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

A cooperativa que o empregava, por outro lado, argumentou que a Lei 10.820/2003 e o artigo 16 do Decreto 4.840/2003 permitem a compensação do saldo devedor de empréstimo nas verbas rescisórias, no limite de 30% do valor da rescisão.

O juízo da 1ª Vara do Trabalho de Taubaté (SP) e o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas-SP) julgaram improcedente o pedido do motorista. Desse modo, ele recorreu ao TST insistindo na argumentação trazida nas instâncias inferiores.

O relator do processo na 2ª Turma, ministro José Roberto Freire Pimenta, votou por manter a decisão do Regional. Ele assinalou que o empregador não tem direito de efetuar descontos no salário do empregado,exceto no caso de adiantamento salarial ou nas situações previstas em lei ou contrato coletivo, conforme artigo 462 da Consolidação das Leis Trabalhistas.

Segundo o relator, o desconto de até 30% do valor das verbas rescisórias para pagamento de empréstimo consignado é permitido pelo artigo 1º, parágrafo primeiro, da Lei 10.820/2003, se essa medida constar do contrato firmado com a instituição financeira. A decisão da Turma foi unânime. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

Clique aqui para ler o acórdão.Processo ARR-934-69.2012.5.15.0009

Revista Consultor Jurídico, 8 de dezembro de 2015, 10h57

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Responsabilidade objetiva

Fiscal de caixa que caiu de patins será indenizada por supermercado4 de dezembro de 2015, 16h53

O empregador tem o dever de indenizar, independentemente de culpa, se o ambiente de trabalho tende a criar para um empregado, como regra geral, risco de lesão mais acentuado se comparado aos demais trabalhadores. Esse foi o entendimento aplicado pela 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao manter decisão que condenou um supermercado a indenizar uma fiscal de caixa que, ao se deslocar de patins, sofreu acidente de trabalho. 

A queda provocou lesão na coxa, fratura em duas costelas e trauma torácico que acarretou em derrame pleural. Laudos médicos comprovaram que ela ficou dias internada, inclusive em Unidade de Tratamento Intensivo, devido à gravidade do acidente.

Na reclamação trabalhista, ela contou que, no dia do acidente, não recebeu qualquer apoio da empresa e continuou a trabalhar mesmo após a queda. Em sua defesa, o supermercado garantiu que houve treinamento e que o acidente se deu por culpa exclusiva da trabalhadora. Disse ainda que, prontamente após o ocorrido, tomou todas as providências cabíveis.

Em primeira instância, o juiz reconheceu o acidente como de trabalho e considerou que a atividade sobre patins apresentava risco acentuado, se comparada aos demais trabalhadores. A empresa foi condenada a pagar R$ 100 mil de indenização por danos morais e cerca de R$ 500 por danos materiais.

Para tomar sua decisão, o juiz se baseou na teoria do risco e da responsabilidade objetiva (artigo 927, parágrafo único, do Código Civil), segundo a qual a reparação do dano independe de culpa ou dolo do empregador. O Tribunal Regional do Trabalho 9ª Região (PR) manteve a condenação.

No recurso ao TST, o supermercado alegou que não há respaldo legal para sua condenação com base na teoria objetiva do risco e questionou ainda o valor da indenização. Ao analisar o caso, a relatora, ministra Kátia Magalhães Arruda, confirmou a responsabilidade objetiva da empresa, mas constatou que, apesar do infortúnio, a empregada continuou a trabalhar após o acidente sem maiores sequelas e teve sua capacidade laboral atestada pelo INSS.

Por isso, votou no sentido de reduzir a indenização por dano moral para R$ 20 mil. Em seu entendimento, ao manter o valor arbitrado em sentença, o TRT-9 não observou o princípio da razoabilidade e da proporcionalidade, considerando a natureza e a extensão do dano sofrido pela trabalhadora. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

Clique aqui para ler o acórdão.RR-418-62.2012.5.09.0091

Revista Consultor Jurídico, 4 de dezembro de 2015, 16h53

Sem autorizaçãoIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Gerente será indenizado por fotografia exposta em supermercado5 de dezembro de 2015, 11h27

O uso sem consentimento da imagem de um empregado pela empresa configura ato ilícito, independente do fim a que se destina, pois viola o patrimônio jurídico pessoal do trabalhador. Assim entendeu a 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) ao determinar que uma rede de supermercados indenize um gerente que tinha sua foto divulgada na unidade, com os dizeres "estou pronto a atendê-lo".

A empresa negou o uso indevido da imagem e o prejuízo moral, alegando que a fotografia foi utilizada para caráter informativo, e não comercial, para que os clientes soubessem quem era o gerente do estabelecimento.

Já a juíza convocada Martha Halfeld Schmidt, relatora do recurso, avaliou que a a divulgação da imagem ocorreu sem autorização prévia no contrato de trabalho. Ainda segundo ela, o consentimento do gerente não pode ser presumido pelo simples fato de ele ter posado para a foto.

De acordo com a relatora, a divulgação da imagem do gerente da loja pelo empregador tem, sim, fim comercial, que também compreende os atos destinados a informar os clientes.

"A utilização da imagem do empregado, em tais circunstâncias, está voltada à finalidade de cativar os clientes, em benefício do empreendimento, e se deu à revelia do autor, o que configura manifesto abuso de direito, ensejando a devida reparação", escreveu. A turma manteve o valor de R$ 2 mil fixado em primeira instância. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-3.

0001937-45.2014.5.03.0002

Revista Consultor Jurídico, 5 de dezembro de 2015, 11h27

JULGADOS TRABALHISTASDispensa por justa causa de empregada que se negou a cumprir tarefa para usar o FacebookPlano de saúde consegue descontar empréstimo consignado das verbas rescisórias de motoristaVeja também outros julgados trabalhistas selecionados.

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