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RESOLUÇÃO CONJUNTA SS/SMA/SJDC Nº 1, DE 15 DE JULHO DE 2004

(D.O. de 16/07/04)

Estabelece classificação, as diretrizes básicas e o regulamento técnico sobre Resíduos de

Serviços de Saúde Animal - RSSA. Os Secretários de Estado da Saúde, do Meio Ambiente e da Justiça e da Defesa da Cidadania,

considerando que: a Resolução RDC nº 33, de 25/02/03, dispõe sobre o Regulamento Técnico para o

Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde e dá suas Diretrizes Gerais; a Resolução Conama nº 5, de 05/08/93, define procedimentos básicos relativos ao

gerenciamento dos resíduos sólidos, gerados nos estabelecimentos prestadores de Serviços de Saúde, Portos, Aeroportos e Terminais Rodoviários e Ferroviários;

a Resolução Conjunta SS/SMA/SJDC - 1, de 29/06/98, institui a obrigatoriedade de

apresentação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde para todos os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde;

a Resolução Conama nº 283, DE 12/07/01 dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos

resíduos de serviços de saúde; a lacuna existente na área de serviços de saúde animal, regida por princípios gerais das

Resoluções e Normas vigentes; a necessidade de classificar e estabelecer diretrizes para o gerenciamento de Resíduos de

Serviços de Saúde Animal, desde sua geração até o destino final, preservando a Saúde Pública, a saúde do trabalhador e a qualidade do meio ambiente, no âmbito do Estado de São Paulo, resolvem:

Art. 1º - Estabelecer a classificação, as diretrizes básicas e o regulamento técnico para o

Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde Animal, em zona urbana ou rural, em operação ou a serem implementados, na forma do disposto no Anexo desta Resolução.

Art. 2º - Definir as atribuições e competências das Secretarias Estaduais de Saúde, do Meio

Ambiente e da Justiça e da Defesa da Cidadania, conforme o disposto no Anexo desta Resolução. Art. 3º - Estabelecer o prazo máximo de 12 (doze) meses, contados a partir da data de

publicação da presente Resolução Conjunta, para que as instituições ou órgãos responsáveis pelo seu cumprimento elaborem normas e procedimentos do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde Animal.

Art. 4º - Compete às Secretarias Estaduais de Saúde, do Meio Ambiente e da Justiça e da

Defesa da Cidadania, estabelecer normas de caráter supletivo ou complementar, a fim de adequar o cumprimento desta Resolução às especificidades locais.

Art. 5º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

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ANEXO 1 - Legislação e Normas Técnicas A Legislação e as Normas Técnicas em vigor, referentes à área de resíduos de serviços de

saúde, são: 1.1 - Normas e Orientações Técnicas Conama - Conselho Nacional do Meio Ambiente Resolução nº 6, de 19/09/91 - Desobriga a incineração ou qualquer outro tratamento de queima

de resíduos sólidos, provenientes dos estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos. Resolução nº 5, de 05/08/93 - Dispõe sobre o plano de gerenciamento, tratamento e destinação

final de resíduos sólidos de serviços de saúde, portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários.

Resolução nº 275, de 25/04/01 - Dispõe sobre incineração de resíduos. Resolução nº 283, de 12/07/01 - Dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos de

serviços de saúde. CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear Norma NE-6.02 - Licenciamento de instalações radioativas Resolução - CD 10/96 (Normas CNEN - NE - 3.05) - Requisitos de rádio-proteção e segurança

para serviços de Medicina Nuclear. Norma NE-6.05 - Gerência de Rejeitos Radioativos em instalações radioativas. NE-3.01 - Diretrizes Básicas de Radioproteção NN-3.03 - Certificação da qualificação de Supervisores de Radioproteção NE-3.05 - Requisitos de Radioproteção e Segurança para Serviços de Medicina Nuclear NE-6.01 - Requisitos para o registro de Pessoas Físicas para o preparo, uso e manuseio de

fontes radioativas. Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária RDC nº 305, de 14/11/02 - Proíbe, em todo o território nacional, enquanto persistirem as

condições que configurem risco à saúde, o ingresso e a comercialização de matéria-prima e produtos acabados, semi-elaborados ou a granel para uso em seres humanos, cujo material de partida seja obtido a partir de tecidos/fluidos de animais ruminantes, relacionados às classes de medicamentos, cosméticos e produtos para a saúde, conforme discrimina.

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RDC nº 33, de 25/02/03 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

Leis, Decretos, Resoluções e Portarias Federais Decreto Lei nº 467, de 13/03/69 - Dispõe sobre a fiscalização de produtos de uso veterinário,

dos estabelecimentos que os fabriquem e do emprego de produtos de uso veterinário, em todo o território nacional e dá outras providências.

Decreto nº 8.468, de 08/08/76 - Aprova o regulamento da Lei nº 997, de 31/05/76, que dispõe

sobre a prevenção e o controle da poluição do meio ambiente. Lei 9.605/98, de 12/02/98 - Sanções penais e administrativas derivadas de condutas e

atividades lesivas ao meio ambiente. Resolução CFMV nº 582, de 11/12/91 - Dispõe sobre responsabilidade profissional (técnica) e

dá outras providências. Resolução CFMV nº 670, de 10/08/00 - Conceitua e estabelece condições para o

funcionamento de estabelecimentos médicos veterinários, e dá outras providências. Decreto 4.074, de 04/01/02 - Inclui disposições sobre resíduos e embalagens de aditivos e

agrotóxicos. Decreto PR/MT nº 96.044, de 18/05/88 - Aprova o Regulamento para o Transporte Rodoviário

de Produtos Perigosos e dá outras providências. Portaria MT nº 204, de 20/05/97 - Aprova Instruções Complementares aos Regulamentos

Rodoviário e Ferroviário de Produtos Perigosos. Norma Reguladora - NR-7/MTE, da Portaria 3.214, de 08/06/78. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 8.843 - Tratamento do lixo em aeroportos NBR 10.004 - Resíduos sólidos - Classificação NBR 8.419 - Apresentação de projetos de aterros sanitários NBR 9.190 - Sacos plásticos para acondicionamento de lixo - Classificação NBR 12.235 - Armazenamento de resíduos sólidos perigosos - Procedimentos NBR 12.807 - Resíduos de serviços de saúde - Terminologia NBR 12.809 - Resíduos de serviços de saúde - Manuseio NBR 12.235 - Armazenamento de resíduos sólidos perigosos - Procedimentos NBR 12.810 - Resíduos de serviços de saúde - Procedimentos na coleta

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NBR 9.259 - Agulha hipodérmica estéril e de uso único NBR 13.853 - Coletores para resíduos de serviços de saúde - perfurantes e cortantes -

Requisitos e métodos de ensaio NBR - 7.500 - Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais NBR 9.191 - Sacos plásticos para acondicionamento de lixo - Especificações NBR 14.652 - Estabelece os requisitos mínimos de construção e de inspeção dos coletores -

transportadores rodoviários de resíduos de serviços de saúde do grupo A. NBR 14.725 - Ficha de informações de segurança de produtos químicos - FISPQ Cetesb - Companhia Estadual de Tecnologia e Saneamento Ambiental Norma - E 15.011 - Sistema de incineração de Resíduos de Serviços de Saúde Norma P4.262 - Gerenciamento de resíduos químicos provenientes de estabelecimentos de

serviços de saúde Leis, Decretos e Resoluções do Estado de São Paulo Resolução Conjunta SS/SMA/SJDC - 1, de 29/06/98 - Aprova as Diretrizes Básicas e

Regulamento Técnico para apresentação e aprovação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde.

Resolução SMA-31, de 22/07/03 - Dispõe sobre procedimentos para o gerenciamento e

licenciamento ambiental de sistemas de tratamento e disposição final de resíduos de serviços de saúde humana e animal no Estado de São Paulo.

Portaria CVS - 16, de 19/11/99 - Institui Norma Técnica sobre Resíduos Quimioterápicos nos

estabelecimentos prestadores de serviços de saúde. 2 - Abrangência Este Regulamento aplica-se a todos os geradores de Resíduos de Serviços de Saúde Animal -

RSSA. Para efeito deste Regulamento Técnico - RT, definem-se como geradores de RSSA todos os

estabelecimentos veterinários (Resolução CFMV 670), incluindo os prestadores de serviço, indústrias e serviços de pesquisa na área de saúde, serviços ambulatoriais de atendimento médico veterinário, serviços de acupuntura, tatuagem, serviços de atendimento radiológico, de tratamento quimioterápico, de hemoterapia, laboratórios de análises clínicas e de anatomia patológica, serviços onde se realizem atividades de embalsamamento e serviços de medicina veterinária legal, drogarias e farmácias veterinárias, inclusive as de manipulação, estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde, unidades de controle de zoonoses, indústrias farmacêuticas e bioquímicas, unidades móveis de atendimento à saúde animal, e demais serviços que gerem resíduos.

3 - Atribuições e Competências 3.1 - As ações decorrentes desta Resolução Conjunta serão desenvolvidas de forma integrada

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pela Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania.

3.2 - A Secretaria de Estado da Saúde cabe, por meio da Vigilância Sanitária, a definição de

normas e a orientação e a fiscalização do gerenciamento dos resíduos sólidos dentro dos estabelecimentos veterinários.

3.3 - A Secretaria de Estado do Meio Ambiente, através do DAIA, e em articulação com a

Cetesb, cabe a análise da viabilidade tecnológica e locacional do sistema de tratamento e de disposição dos resíduos sólidos, bem como a avaliação, quanto à necessidade de seu licenciamento ambiental.

3.4 - A Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, por meio do Instituto de

Pesos e Medidas do Estado de São Paulo - Ipem-SP, ou entidade por ela credenciada, compete atestar a adequação dos veículos e equipamentos destinados ao transporte da coleta externa dos resíduos de serviços de saúde animal (RSSA).

3.5 - A Cetesb - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, compete licenciar e

fiscalizar o tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos dos estabelecimentos veterinários, bem como orientar e estabelecer normas tendo em vista o controle da poluição ambiental.

3.6 - O Poder Público Municipal poderá, a seu critério, legislar, coordenar, integrar ações

relativas à coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos de estabelecimentos veterinários, devendo atender ao disposto nesta Resolução Conjunta.

4 - Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde Animal O gerenciamento dos RSSA é constituído por um conjunto de procedimentos de gestão,

planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.

O gerenciamento deve abranger o planejamento de recursos físicos, recursos materiais e a

capacitação de recursos humanos envolvidos no manejo dos RSSA. Com base nas características e no volume dos resíduos gerados, deve ser elaborado um Plano

de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde Animal - PGRSSA, estabelecendo as diretrizes de manejo.

5 - Conceitos - Risco Ambiental e Saúde Ocupacional Inerentes aos Resíduos Gerados por

Serviços de Saúde Animal Animais vivos podem se apresentar como doentes portadores ou reservatórios de determinados

agentes etiológicos de zoonoses e de outras doenças infecto-contagiosas e parasitárias, sem manifestar sinais clínicos, podendo disseminar tais doenças entre seres humanos e animais, por meio de vetores, contatos direto ou indireto.

No meio ambiente, animais vivos podem liberar microorganismos virais, bacterianos,

parasitários ou fúngicos, alguns dos quais permanecem viáveis, na forma esporulada, por longos períodos de tempo, conforme as condições ambientais, como temperatura, umidade, pH e presença de matéria orgânica.

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Os organismos patogênicos, de uma maneira geral, encontram um meio hostil para a sua sobrevivência, quando no ambiente externo ao seu hospedeiro. Esta situação é mais acentuada para alguns vírus, pois eles necessitam de células vivas para se manter e replicar.

Animais íntegros, que tenham ido a óbito, não eliminam para o meio ambiente quaisquer

organismos patogênicos, por meio de suas secreções ou excreções, motivo pelo qual sua manipulação e a destinação final devem ser efetuadas de forma a garantir a integridade do cadáver e a circunscrição da área de destino.

6 - Definições Para efeito desta Resolução Conjunta, foram adotadas as seguintes definições: Abrigos de resíduos são locais destinados ao armazenamento temporário dos resíduos de

serviços de saúde animal, no aguardo de coleta externa. Agentes etiológicos são organismos capazes de produzir doenças infecciosas em hospedeiros

susceptíveis. Animais daninhos são animais vertebrados ou invertebrados que, por hábitos ou

comportamentos naturais, produzem danos materiais ou econômicos a instalações, produtos vegetais e derivados de origem animal, e causam, transmitem ou veiculam agentes de doenças.

Animais de experimentação são animais de diversas espécies, oriundos ou não de laboratórios

de produção animal, submetidos a protocolos de pesquisa, que abrangem as áreas das ciências biológicas, químicas e/ou físicas.

Animais de laboratório ou de biotérios são animais criados ou mantidos em unidades

denominadas laboratórios de produção animal ou biotérios, destinados a estudos e pesquisas. Animais suspeitos de doenças são animais vivos ou mortos, que apresentaram sinais clínicos

sugestivos de doenças ou mantiveram contato com outros doentes. Aterro sanitário é a obra de engenharia civil e sanitária, destinada à deposição de resíduos

predominantemente domiciliares no solo, sem causar danos à saúde pública, minimizando os impactos ambientais, que opera segundo técnicas que utilizam princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzí-los ao menor volume possível.

Biotérios ou Laboratórios de produção animal são os conjuntos de dependências físicas

destinadas à criação e à manutenção de animais de diversas espécies, com características específicas, destinados a estudos experimentais, produção de soros ou vacinas e demonstrações didáticas.

Biossegurança é o conjunto de medidas voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação

de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que possam comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

Cadáveres de animais são corpos sem vida biológica. Carcaças de animais são produtos da retaliação de animais mortos, formando peças

anatômicas, destinadas a pesquisas demonstrações didáticas, museus e outras finalidades similares, assim como as peças destinadas ao consumo humano (produtos de matadouros).

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Contaminação biológica é a presença de agentes etiológicos na superfície de objetos,

utensílios, material de uso pessoal, equipamentos, ambiente, solo, água, alimentos, animais e seres humanos.

Cremação é o processo de oxidação de corpos de pessoas ou de animais, submetendo-os a

temperaturas elevadas, por determinados períodos de tempo. Desinfecção é um procedimento que reduz o nível de contaminação microbiana. Doenças infecto-contagiosas, também denominadas doenças transmissíveis, são as causadas

por um agente infeccioso. Esterilização é o processo através do qual organismos vivos são removidos ou inativados, de

modo que não sejam detectáveis em meios de cultura comuns, nos quais seriam capazes de crescer antes de um tratamento específico.

Forração, também denominada cama, é o revestimento utilizado em ambientes destinados à

manutenção de animais, como baias, cocheiras, gaiolas, canis e outros. Em geral, são utilizados papéis, maravalha de madeira, sabugo de milho moído, palha de arroz, produtos sintéticos, que absorvem umidade proveniente da lavagem do alojamento, da micção, da defecação dos animais. Contribuem para a manutenção da temperatura ambiente e oferecem algum conforto para a acomodação.

Freezer termo da língua inglesa significa congelador. Aparelho utilizado para manter alimentos,

materiais de laboratório e outros produtos a temperaturas abaixo de 0ºC. Incineração é o processo físico-químico de oxidação a temperaturas elevadas, que resulta na

transformação de materiais com redução de volume dos resíduos, destruição de matéria orgânica, em especial de organismos patogênicos.

Infecção processo caracterizado pela invasão do organismo do hospedeiro por um agente

biológico e sua conseqüente replicação. Infestação processo de colonização da superfície corpórea do hospedeiro por um agente

biológico. Peças anatômicas são unidades anatômicas, inteiras ou parciais, incluindo produtos de

fecundação sem sinais vitais, placenta, vísceras obtidas por retaliação, manobras cirúrgicas ou eliminação espontânea, para fins de demonstrações científicas, tratamentos ou consumo.

Salas de resíduos são as dependências destinadas ao armazenamento interno dos Resíduos

de Serviços de Saúde Animal, localizadas nas proximidades das unidades geradoras, com ventilação permanente, iluminação e dimensões adequadas, conforme cada tipo de resíduo, normas especiais e exigências legais.

Segregação é a operação de separação de resíduos, no momento da geração. Técnicas invasivas são métodos utilizados em exames clínicos e/ou cirúrgicos, para fins de

diagnóstico ou tratamento, pelos quais são necessários equipamentos, radiações ou outros instrumentos que produzam incisões, permitam exames de estruturas internas dos órgãos ou tecidos, ou os submetam a variações que alterem o metabolismo ou a divisão celular normal.

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Zoonoses são doenças naturalmente transmissíveis entre animais vertebrados e seres humanos.

7 - Classificação Para fins de elaboração da presente Resolução Conjunta sobre Resíduos de Serviços de Saúde

Animal, fica estabelecida a seguinte classificação: 7.1 - Grupo A - Resíduos Infectantes Carcaças e vísceras de animais mortos, provenientes de laboratórios de experimentação e/ou

submetidos a experimentações ou a técnicas invasivas para conclusões diagnósticas, por apresentar suspeita ou diagnóstico clínico de doenças infecto-contagiosas, bem como suas camas ou forrações.

Enquadra-se neste grupo: Bolsas de sangue, sangue e hemoderivados; Secreções, excreções e outros fluidos orgânicos, quando coletados; Meios de cultura e vacinas de agentes atenuados e suas respectivas embalagens primárias; Materiais descartáveis que tenham entrado em contato com quaisquer fluidos orgânicos

(algodão, gaze, atadura, esparadrapo, equipo de soro, equipo de transfusão, kits de aferese, kits de linhas arteriais endovenosas, capilares, gesso, luvas, dentre outros similares);

Peças anatômicas (tecidos, membranas, órgãos, placentas, cordões umbilicais) de animais; Quaisquer resíduos dos Grupos B, C, D, E e F, que tenham entrado em contato com os do

Grupo A. 7.2 - Grupo B - Resíduos Químicos São aqueles resultantes de atividades laboratoriais e/ou de estabelecimentos de prestação de

serviços de saúde animal, podendo ser perigosos ou não perigosos. Resíduos químicos perigosos são os que apresentam riscos à saúde pública e ao meio

ambiente, devido as suas características de toxicidade, reatividade, inflamabilidade e/ou corrosividade.

Resíduos químicos não perigosos são aqueles resultantes de atividades laboratoriais, de

estabelecimentos de prestação de serviços de saúde animal, que não apresentam características de toxicidade, reatividade, inflamabilidade e/ou corrosividade, enquadrando-se no Grupo D (Resíduos comuns).

Enquadram-se como resíduos perigosos do Grupo B: Resíduos perigosos, conforme classificação da NBR 10.004, por sua toxicidade, incluindo a

mutagenicidade e genotoxidade, corrosividade, inflamabilidade e reatividade, Medicamentos vencidos, contaminados, interditados, parcialmente utilizados e demais

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medicamentos impróprios para consumo; Vacinas de agentes inativados e suas respectivas embalagens primárias; Antimicrobianos e hormônios sintéticos; Mercúrio de amalgamas e outros resíduos de metais pesados; Saneantes, desinfetantes e outros classificados como domissanitários; Líquidos reveladores radiográficos e fotográficos; Drogas quimioterápicas e materiais descartáveis, por elas contaminados; Inseticidas, larvicidas, solventes, cossolventes e outros produtos desinfestantes domissanitários

e suas embalagens, conforme Decreto 4.074/02. 7.3 - Grupo e - Rejeitos radioativos São considerados rejeitos radioativos quaisquer materiais resultantes de animais, que

contenham radionuclídeos, em quantidades superiores aos limites de isenção especificados na Norma CNEN - NE - 6.02 - Licenciamento de instalações radioativas.

Enquadra-se neste grupo todos os resíduos dos Grupos A, B, C, D, E e F contaminados com

radionuclídeos, seringas, sistemas, restos de fármacos administrados, compressas, vestimentas de trabalho, luvas, sapatilhas, forração de bancada, forração de alojamento de animais, objetos perfurantes e cortantes contaminados com radionuclídeos.

7.4 - Grupo D - Resíduos comuns São todos os resíduos que não mantiveram contato direto com os resíduos classificados nos

grupos anteriores. Enquadra-se neste grupo: Papel, papelão, cortiça, vidro, plástico, metal; Resíduos de varrição, podas de árvores e de jardins; Embalagens secundárias de quaisquer medicamentos ou de produto médico-hospitalar de

serviços de saúde animal, frascos plásticos de soros e frascos de vidro ou plástico de medicamentos ou outro produto farmacêutico não incluídos no Grupo B, após esvaziamento deverão ser considerados como resíduos recicláveis;

Resíduos químicos não perigosos, por não apresentarem características de toxicidade,

reatividade, inflamabilidade e/ou corrosividade, de acordo com a NBR 10.004. 7.5 - Grupo E - Perfurantes e cortantes Materiais perfurantes e lâminas de tricotomia, bisturis, agulhas, escalpes, ampolas de vidro e

outros assemelhados, provenientes de estabelecimentos veterinários.

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Objetos perfurantes e cortantes contaminados com quimioterápico ou outro produto químico perigoso.

7.6 - Grupo F - Resíduos animais e congêneres São os resíduos que não pertençam aos Grupos A, B, C, D e E. Enquadra-se neste grupo: Animais inteiros mortos naturalmente, submetidos a eutanásia, mesmos aqueles procedentes

de centros de controle de zoonoses, universidades, biotérios e outros estabelecimentos similares, aos quais não se aplicaram técnicas invasivas ou foram submetidos a protocolos experimentais para exames delaboratório ou para elucidação da causa mortis.

Animais mortos em vias públicas ou rodovias. Camas e forrações de animais de exposições, de criações intensivas, de biotérios e outros

estabelecimentos similares. 8 - Segregação Todos os resíduos, no momento da sua geração, devem ser segregados e classificados, de

acordo com esta norma de resíduos de serviços de saúde animal. É necessário que se faça uma adequada segregação de todos os resíduos gerados, para evitar

a contaminação entre os diferentes resíduos e também possibilitar a reciclagem direta, minimizando assim as quantidades. Os resíduos biológicos classificados como dos Grupos A e F devem ser sempre segregados uns dos outros e de outros materiais utilizados na manutenção e/ou tratamentos dos animais.

Devem ser separados, acondicionados e colocados em recipientes adequados de acordo com

as necessidades estabelecidas para o transporte e a destinação final. Os funcionários deverão estar capacitados para a segregação e para o sistema de identificação. Nas unidades geradoras, deverão existir recipientes apropriados e em número suficiente para

cada tipo de resíduo. Os funcionários deverão usar, para o manuseio dos resíduos, procedimentos e equipamentos,

segundo os procedimentos de Biossegurança para laboratórios recomendados e/ou indicados pelo Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho.

9 - Acondicionamento 9.1 - Resíduos classificados como Grupo A Os animais de experimentação, carcaças, vísceras, animais suspeitos de doenças

transmissíveis, provenientes de quaisquer estabelecimentos veterinários, bem como seus resíduos, classificados como do Grupo A, devem ser acondicionados em sacos plásticos do tipo II - branco leitoso, de acordo com a NBR 9.190, ou em caçamba com tampa ou outro recipiente resistente, impermeável, passível de desinfecção ou descartável, conforme o volume gerado e/ou o porte dos animais, antes da coleta e da disposição final.

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9.2 - Resíduos classificados como Grupo B Os resíduos químicos perigosos, caracterizados como do Grupo B, originados de

estabelecimentos veterinários, devem obedecer a NBR 10.004, a Norma P4.262 da Cetesb, no que concerne aos procedimentos para Gerenciamento de Resíduos Químicos provenientes de Estabelecimentos de Saúde, a Portaria CVS 16/99, referente a resíduos quimioterápicos, e as orientações da área de medicamentos e produtos da autoridade sanitária estadual.

9.3 - Resíduos classificados como Grupo C Os resíduos de fácil putrefação, peças anatômicas de animais, animais inteiros, carcaças e

vísceras, contaminados com radioatividade, devem receber, após atendidos os respectivos itens de acondicionamento, a identificação do conteúdo, mantidos sob refrigeração, em câmara exclusiva, permanecendo até o decaimento do elemento radioativo em valores abaixo do limite estabelecido pelo CNEN, quando serão considerados como resíduos do Grupo A ou B, conforme o caso, sendo então retirada a identificação derejeito radioativo e substituída pelo rótulo destinado a resíduos biológicos.

9.4 - Resíduos classificados como Grupo D Os resíduos classificados como do Grupo D devem ser acondicionados de forma a garantir o

não extravasamento de seu conteúdo, impedindo a contaminação ambiental e preservando a saúde ocupacional dos funcionários envolvidos com seu manejo, atendendo as disposições e orientações do órgão responsável pelo Serviço de Limpeza Pública.

9.5 - Resíduos classificados como Grupo E As agulhas descartáveis devem ser desprezadas em recipientes rígidos, sendo proibido

reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente, juntamente com as seringas e outros materiais perfurantes e cortantes. Posteriormente, estes recipientes rígidos devem ser embalados em sacos plásticos, de acordo com a NBR 13.853, podendo ser colocados nos contêineres e/ou nas caçambas para a coleta adequada.

9.6 - Resíduos classificados como Grupo F Os animais mortos, não classificados como sendo dos Grupos A, B e/ou C, podem ser

acondicionados em sacos plásticos resistentes, com a identificação de seu conteúdo, e/ou em caçamba com tampa, ou outro recipiente resistente, impermeável, passível de desinfecção, conforme o volume gerado e/ou o porte dos animais, antes da coleta e da disposição final.

10 - Armazenamento Interno O armazenamento interno consiste em selecionar um ambiente exclusivo para guarda

temporária dos recipientes contendo resíduos de fácil putrefação, peças anatômicas de animais, animais inteiros, carcaças e vísceras, produtos químicos e/ou radioativos, localizados na própria unidade geradora, adjacente ao local de produção, com acesso restrito a funcionários que atuem na coleta interna e externa, e, sem possibilidade de acesso a animais errantes ou daninhos.

10.1 - Armazenamento intra-estabelecimento de resíduos dos Grupos A e F O armazenamento de resíduos dos Grupos A e F pode ser realizado em salas de resíduos,

dimensionadas de acordo com o tipo, volume de resíduos gerados, dimensão dos contêineres e os equipamentos necessários, como câmaras frigoríficas ou freezers, na dependência da freqüência

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da coleta pelos serviços públicos locais. Devem estar localizadas junto ao ponto de geração, com acesso restrito a funcionários que atuem na coleta interna.

Para garantir a segregação e destino correto dos resíduos, é proibido manter na mesma sala de

resíduos, aqueles pertencentes aos Grupos A e F. A permanência dos resíduos dos dois Grupos em um mesmo espaço, os classifica como resíduos do Grupo A.

10.2 - Armazenamento intra-estabelecimento de resíduos do Grupo B Os resíduos químicos caracterizados como do Grupo B, originados de estabelecimentos

veterinários, devem obedecer a NBR 10.004, a Norma P4.262 da Cetesb, no que concerne aos procedimentos para Gerenciamento de Resíduos Químicos provenientes de Estabelecimentos de Saúde, a Portaria CVS 16/99, referente a resíduos quimioterápicos, e as orientações da área de medicamentos e produtos da autoridade sanitária estadual.

10.3 - Armazenamento intra-estabelecimento de resíduos do Grupo C Devem ser observadas as disposições da Resolução CNEN - CD - 10/96. 10.4 - Armazenamento intra-estabelecimento de resíduos do Grupo D O armazenamento de resíduos classificados como Grupo D pode ser realizado em salas de

resíduos, com dimensões compatíveis para a guarda e o armazenamento do material produzido na unidade geradora.

10.5 - Armazenamento intra-estabelecimento de resíduos do Grupo E Os recipientes rígidos devem ser embalados em sacos plásticos, de acordo com a NBR 13.853,

podendo ser colocados nos contêineres e/ou nas caçambas, e armazenados em salas de resíduos, para a posterior coleta.

11 - Armazenamento Externo Deve ser realizado em abrigos de resíduos, localizados dentro do estabelecimento, em local de

fácil acesso para os veículos de coleta, conforme as Normas ABNT e orientações do órgão responsável pelo Serviço de Limpeza Pública.

12 - Coleta Interna ao Estabelecimento A coleta interna consiste em transferir os resíduos já segregados, embalados e/ou

acondicionados adequadamente e de forma segura das salas de resíduos ou fontes geradoras até o local de armazenamento externo.

A coleta de resíduos classificados como dos Grupos A ou F deve ser exclusiva e no menor

intervalo de tempo possível, a fim de evitar os efeitos decorrentes da putrefação. Tanto a coleta interna como a externa podem ser realizadas a intervalos iguais ou superiores a 24 horas, desde que os recipientes específicos, contendo os resíduos dos Grupos A ou F, sejam armazenados em freezers ou câmaras frigoríficas.

O transporte de recipientes ou animais, no estabelecimento gerador, deve ser feito em carro de

coleta, que atenda as disposições do Item 5.1.2 da NBR 12.810. 13 - Coleta Externa ao Estabelecimento e Transporte

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A coleta e o transporte dos Resíduos de Serviços de Saúde Animal, dos Grupos A, B, C, D, E e

F deve ser realizada de forma a não causar danos à Saúde Pública, ao meio ambiente e à saúde do trabalhador, respeitando-se as normas específicas dos órgãos das Secretarias Estado da Saúde, do Meio Ambiente, da Justiça e da Defesa da Cidadania e do Ministério do Trabalho.

O transporte externo dos resíduos dos Grupos A e E deve atender as NBR 12.810 e 14.652. O transporte dos Resíduos do Grupo B e e devem seguir as normas especiais

regulamentadoras, em vigência. O transporte dos Resíduos do Grupo D devem seguir as orientações do órgão responsável pelo

Serviço de Limpeza Pública. O transporte externo dos resíduos do Grupo F, apesar destes não serem classificados como

resíduos infectantes, deve atender as NBR 12.810 e 14.652, devido às características de putrefação do material e ao aspecto estético que ele apresenta.

O transporte rodoviário dos RSSA, classificados em qualquer classe de produtos perigosos,

deve ser efetuado em veículos e equipamentos que atendam à regulamentação específica, Normas da ABNT e tenham sua adequação atestada conforme disposto no sub-item 4.4.

Os resíduos sólidos dos grupos A e B devem permanecer devidamente acondicionados durante

todas as fases de coleta e transporte, sem rompimento das embalagens utilizadas. Não é permitido o transporte rodoviário de resíduos sólidos dos grupos A e B juntamente com

pessoas, outros tipos de resíduos, matéria ou substância. A fiscalização dos veículos e equipamentos destinados à coleta externa e transporte rodoviário

de RSSA, classificados como perigosos, é exercida pelas autoridades de trânsito sob os aspectos de tráfego e do Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e pelo Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo, sob os aspectos de adequação e de manutenção das características, conforme suas competências estabelecidas no sub-item 3.4.

14 - Tratamento 14.1 - Tratamento de resíduos do Grupo A e do Grupo E O tratamento destes resíduos deve ser realizado em sistemas, instalações e equipamentos

licenciados pela Cetesb, obedecidas, no que couber, as disposições contidas na Resolução SMA-31, de 22/07/03, que dispõe sobre procedimentos para o gerenciamento e licenciamento ambiental de sistemas de tratamento e disposição final de resíduos de serviços de saúde humana e animal no Estado de São Paulo.

14.2 - Tratamento de resíduos do Grupo B Os resíduos do Grupo B, se necessário, devem ser submetidos a tratamento específicos,

conforme regulamentação da Cetesb. Conforme o Anexo I – Art. 13, da Resolução Conama nº 283/01, os resíduos pertencentes ao

Grupo B, de acordo com suas características de periculosidade, segundo exigências da Cetesb, deverão ser submetidos a tratamento e destinação final específicos.

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14.3 - Tratamento de resíduos do Grupo C Os resíduos classificados e enquadrados como rejeitos radioativos, pertencentes ao Grupo C,

do Anexo I da Resolução Conama nº 283, de 12/07/01, obedecerão às exigências definidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

14.4 - Tratamento de resíduos do Grupo D Os resíduos do Grupo D receberão tratamento e destinação final semelhantes aos

determinados para os resíduos domiciliares. 14.5 - Tratamento de resíduos do Grupo F Os resíduos do Grupo F poderão receber tratamento, de acordo com suas características,

semelhantes ao determinado para os resíduos domiciliares, sendo proibido seu aproveitamento para qualquer uso posterior.

15 - Disposição Final 15.1 - Disposição final de resíduos do Grupo A e do Grupo E A disposição final desses resíduos, após tratamento, deve ser efetuada em aterro sanitário,

licenciado pela Cetesb. Outras formas alternativas de disposição final dos resíduos do Grupo A sem tratamento deverão

ser aprovadas pela Cetesb, por meio de projeto específico para avaliação, inclusive com a exigência de Estudo Preliminar de Impacto Ambiental (EPIA), obedecendo ao Art. 12 da Resolução Conama nº 283, de 12/07/01.

15.2 - Disposição final de resíduos do Grupo B Os resíduos pertencentes ao Grupo B, de acordo com suas características de periculosidade,

segundo exigências da Cetesb, deverão ser submetidos à destinação final específica. 15.3 - Disposição final de resíduos do Grupo C Os resíduos do Grupo e estão sujeitos aos níveis permitidos na Norma CNEN-NE-6.05 - itens 5,

7 e 4 e somente serão dispostos quando se enquadrarem na classificação dos Grupos A, B ou E. 15.4 - Disposição final de resíduos dos Grupos D e F Os resíduos de serviços de saúde animal, classificados como Grupos D e F incluindo as cinzas

provenientes de incineradores, devem ser encaminhados para Aterro Sanitário, de acordo com orientação emanada pela Cetesb, conforme disposto no Art. 12, § 2º - alínea “I”, da Resolução Conama nº 283, de 12/07/01.

16 - Saúde e Segurança do Trabalhador Todos os funcionários envolvidos diretamente com as atividades de segregação,

acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final de resíduos de serviços de saúde animal devem ser submetidos a exames médicos periódicos, conforme recomenda a NR 7, aprovada pela Lei 3.214 - Consolidação das Leis Trabalhistas, incluindo a prevenção do tétano, tuberculose e outras infecções, conforme recomendação do Serviço de

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Vigilância Epidemiológica, devem receber capacitação admissional e periódica referente às boas práticas de gerenciamento de serviços de saúde animal.

Recomenda-se que todo estabelecimento veterinário de grande porte tenha uma Comissão de

Biossegurança, à qual caberá participar da elaboração e da implementação do Plano de Gerenciamento de Resíduos e da adoção de procedimentos operacionais do estabelecimento, de modo a não colocar em risco a saúde humana, a saúde animal e o meio ambiente interno e externo ao estabelecimento gerador.

O pessoal envolvido diretamente com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de

Saúde Animal - PGRSSA nesses estabelecimentos devem ser capacitados periodicamente, para as atividades de manejo de resíduos de serviços de saúde, desde a segregação, descarte, acondicionamento, coleta, transporte, armazenamento, tratamento e disposição final dos resíduos de serviços de saúde; incluindo a responsabilidade de higiene pessoal e de materiais.

A capacitação deve incluir noções de higiene e microbiologia, aspectos legais e

responsabilidades dos diversos setores envolvidos com o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, a conscientização da importância do uso correto de equipamentos de proteção individual (EPI) - uniformes, luvas, aventais, máscaras, botas e óculos de segurança específicos a cada atividade, bem como para mantê-los em perfeita higiene e estado de conservação.

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