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INTRODUÇÃO A FINANÇAS PÚBLICAS
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS
2013
PROFESSOR: CAP BM ABEL MOURA DA FONSECA
BELO HORIZONTE-MG
MARÇO/2013
SUMÁRIO
CAP I Introdução à gestão logística e Financeira e conceitos dentro do orçamento
público ...................................................................................................................04
CAP II As leis de orçamento e a elaboração da Proposta Orçamentária ............08
CAP III O Processo de despesa no CBMMG ........................................................11
CAP IV Funcional Programática no CBMMG segundo as Normas de Execução de
Recursos Orçamentários- NERO ..........................................................................16
CAP V Fontes de Recursos da CBMMG e suas aplicações e origens ................23
CAP VI Fluxograma financeiro do CBMMG e Norma de Execução de Recursos
Orçamentários-NERO; Noções .............................................................................24
CAP VII A Seção de Orçamento e Finanças-SOFI da Unidade Executora do
CBMMG ................................................................................................................36
CAP VIII Das responsabilidades dos Agentes e Autoridades públicas na Gestão
Financeira orçamentária .......................................................................................52
Glossário elementar ...........................................................................................71
Anexos .................................................................................................................80
Referência Bibliográfica .....................................................................................82
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
2
NOTA DO AUTOR
O presente trabalho fundamenta-se em minha experiência como professor de
Gestão Financeira ao Curso de Formação de Sargentos, professor de Introdução
a Finanças ao Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos e professor de
Administração Logística e Financeira para o Curso de Formação de Oficiais do
CBMMG.
Quanto à fundamentação acadêmica, o presente trabalho de cunho técnico,
advêm de uma constatação, em nível científico, de que existe uma lacuna
considerável entre ensino/formação e prática dos profissionais das Unidades
Executoras do CBMMG que desempenham funções da área financeira e controle
patrimonial. Tal fato que nos exorta a buscar iniciativas para minimizar o problema.
Alerto que não se trata de um trabalho técnico acabado, mas sim o início de uma
política de produção de conhecimento voltada para o ensino de gestão logística e
financeira que contenha elementos de cunho prático e acadêmico servindo como
fonte de consulta técnica, normativa e bibliográfica.
Bom proveito a todos...
Capitão BM Abel M. Fonseca * Ações de gestão para o interesse público
(*) Especialista em Gestão Pública pela Escola de Governo- Fundação João Pinheiro Experiência profissional em gestão logística e de compras públicas
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
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CAPÍTULO I
Introdução à gestão logística e Financeira e conceitos dentro do orçamento
público
Caros profissionais do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, para iniciar
nosso módulo de estudo, trabalharemos alguns conceitos sobre o orçamento
dentro da esfera pública e entender como se processa dentro de todo o complexo
sistema de controle e de execução orçamentária do Estado.
Preliminarmente, cabe diferenciar a temática de aplicação de recursos financeiros
do setor público em relação ao âmbito das entidades privadas e dos entes
particulares. Para o a execução da despesa pública, é necessário um aporte de
procedimentos administrativos de planejamento, obediência a requisitos legais e
controle contábil constante que pressupõe a participação legislativa e de rigorosa
classificação do orçamento público. De modo, sintético, pode-se dizer que o gasto
de recursos financeiros por parte da iniciativa privada ou pelo particular inicia-se
pela simples e livre vontade dos mesmos, enquanto os recursos financeiros
públicos exigem, necessariamente, um complexo rito de controle e de
procedimentos legalmente constituídos em função da busca de eficiência e
aplicação justa no alcance de seus objetivos finalísticos.
O orçamento funciona como um instrumento de planejamento, gestão de negócios
do Estado concebido inicialmente como um mecanismo de controle político dos
órgãos públicos. O orçamento pode ser constituído de um relatório, uma
estimativa e uma proposta que garantam a criação de renda e disposição dos
créditos do tesouro público fazendo com que as ações de Governo não sejam
isoladas e sim parte de um programa abrangente. O Orçamento Público é um
documento de previsão de receitas e estimativa de despesas a serem realizadas
em determinado período de tempo, no Brasil o período é de 01 de janeiro a 31 de
dezembro sendo este período chamado de exercício financeiro, a um país ou por
uma coletividade. Giacomoni (2009) cita o conceito de Manvel (1944) para o
orçamento como:
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
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um plano que expressa em termos de dinheiro, para um período de tempo definido, o programa de operações do governo e os meios de financiamento desse programa. (GIACOMONI, 2009, p. 58)
O orçamento público decorre do aumento constante da atuação do Estado na
sociedade em função do crescimento das despesas com o surgimento das
funções administrativas e de segurança, crescentes demandas por maior bem
estar social ( saúde, educação, habitação, transporte etc) e a maior intervenção
direta e indireta dos governos no processo de produção.
Nesta ótica, os fatores geradores de despesa do Estado revelam atribuições
econômicas específicas do ente público ao qual citamos as seguintes funções
econômicas do Estado:
Função Alocativa:
Promove os ajustamentos na alocação de recursos, ou seja, investir os recursos
em prol das demandas, preferencialmente coletivas. Essencial nos casos em que
não houver a necessária eficiência por parte do mecanismo de ação dos entes
privados (sistemas de mercado, empresariado ou entidades que objetivam lucro).
Os investimentos na infra-estrutura econômica ( transportes, energia,
comunicações etc) e a provisão de bens públicos que promovem o
desenvolvimento coletivo.
Função Distributiva:
Promover os ajustamentos na distribuição de renda da população. O orçamento,
assim como na função Alocativa, é o principal instrumento para a viabilização das
políticas públicas de distribuição de renda através dos tributos progressivos para
cobrir subsídios aos programas de alimentação, transporte e moradias populares
etc.
Função Estabilizadora:
Manter a estabilidade econômica do país. A política fiscal, materializada pelo
orçamento público, possui quatro objetivos macroeconômicos:
a) manutenção de elevado nível de emprego,
b) estabilidade nos níveis de preços, Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
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c) equilíbrio no balanço de pagamentos ( o país exportar mais produtos ) e
d) razoável taxa de crescimento econômico.
Para o estudo dos aspectos do processo orçamentário, apresenta-se, segundo
Giacomoni (2009), alguns dos Princípios do Orçamento considerados importantes,
porém não são seguidos à risca por muitos governos. São eles:
Princípio da Unidade:
Na expressão mais simples desse princípio, o orçamento deve ser uno, isto é,
cada unidade governamental deve possuir apenas um orçamento. A unidade
orçamentária neste caso, tende a reunir em um único total todas as receitas do
Estado, de um lado, e todas as despesas de outro lado.
Princípio da Universalidade:
O Orçamento agrega todas receitas e despesas dos Poderes, fundos, entidades
diretas ou indiretas. A Lei Orçamentária deve incorporar todas as receitas e
despesas, ou seja, nenhuma instituição pública deve ficar fora do orçamento.
Princípio do Orçamento Bruto:
Todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em
seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução.
Princípio da Anualidade:
O Orçamento cobre um período limitado de um ano. No Brasil, este período
corresponde ao exercício financeiro, de 01/01 a 31/12. Estabelece um período
limitado no tempo para as estimativas de receita e fixação da despesa, ou seja, o
orçamento dever compreender o período de um exercício, que corresponde ao
ano fiscal.
Princípio da não Afetação das Receitas:
É vedada a vinculação de impostos a órgão, fundo ou despesa, exceto as
transferências constitucionais, para manutenção e desenvolvimento do ensino,
saúde, Fundo de Participação de Municípios etc.
Princípio da Discriminação ou Especialização:
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
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As receitas e as despesas devem aparecer no orçamento de maneira
discriminada, de tal forma que se possa saber, pormenorizadamente, a origem dos
recursos e sua aplicação.
Princípio da Exclusividade:
A lei orçamentária deverá conter apenas matéria financeira, excluindo-se dela
qualquer dispositivo estranho à estimativa da receita e à fixação da despesa para
o próximo exercício.
Princípio do Equilíbrio:
As despesas autorizadas no Orçamento devem ser sempre iguais às Receitas
Previstas (se possível). Não pode haver um desequilíbrio acentuado nos gastos.
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
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CAPÍTULO II
As leis de orçamento e a elaboração da Proposta Orçamentária
O Plano Mineiro De Desenvolvimento Integrado – PMDI é o plano que estabelece
as linhas gerais a serem seguidas pelo governo, constituindo um planejamento de
longo prazo. Em Minas Gerais, o PMDI, de previsão constitucional, procura
conduzir o Estado a um parâmetro de situação desejada a longo prazo. Embora a
Constituição Estadual não defina o período do PMDI, hoje, o atual PMDI abrange
o período de 2003 a 2023 compreendendo 20 anos ao qual pode-se passar por
revisões.
Lei do Plano Plurianual (PPA). Em Minas Gerais, o PPA possui o nome de PPAG (
Plano Plurianual de Ação Governamental) cujo período é de quatro anos. De
acordo com o art. 165 da Constituição Federal, a lei que institui o PPA ( Plano
Plurianual ) estabelece que este seja:
a) De forma regionalizada;
b) As diretrizes, objetivos e metas da administração pública;
c) Para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
d) Para os programas de duração continuada.
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é uma inovação no sistema orçamentário
brasileiro, a LDO representa uma colaboração positiva no esforço de tornar o
processo orçamentário mais transparente ( acessível ao conhecimento da
população) e, especialmente, contribui para ampliar a participação do Poder
Legislativo ( Assembléia com a atuação dos Deputados) no disciplinamento das
finanças públicas. A LDO compreende as metas e prioridades da administração
pública estadual e estabelece diretrizes para a elaboração do orçamento.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá também:
a) Alterações na legislação tributária;
b)Política de aplicação das agências oficiais de fomento.
c) Limites para elaboração das propostas orçamentárias do Poder Judiciário e do
Ministério Público.
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
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Lei Orçamentária Anual (LOA); a lei orçamentária deve acompanhar-se de um
demonstrativo que especifique as ações governamentais, servindo como
instrumento do Legislativo. A LOA deve conter no mínimo:
a) Objetivos e metas;
b) Fontes de recursos
c) Natureza da despesa
d) Identificação dos investimentos por região do Estado.
Atos do poder executivo: Decretos que promovem os ajustes do orçamento que
compreendem as suplementações de crédito entre órgãos do Estado.
O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, por meio de resolução, e
anualmente, emite as Normas de Execução dos Recursos Orçamentários –
NERO, para o exercício, definindo as diretrizes para sua execução orçamentária
dentro da Corporação, cuja vigência anual sofre, de modo geral, modificações no
exercício seguinte. As NERO, de forma geral, preconizam:
A execução financeira do Orçamento compreenderá o consignado na Lei do
Orçamento, quanto a receita e despesa, acrescido, quanto a esta, do que for
dotado por crédito adicional ou destacado para a Corporação.
A execução financeira do Orçamento será adstrita ao exercício financeiro
determinado por lei.
A receita e a despesa obedecerão à classificação que a lei determinar.
O exercício financeiro coincide com o ano civil (do dia 01 de janeiro a 31 de
dezembro) e a ele pertencem:
I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele empenhadas;
III - as demais receitas e despesas que, por força de lei, assim devam ser
consideradas.
Publicados a lei orçamentária e os decretos de abertura de créditos
adicionais, fica o Corpo de Bombeiros Militar, desde logo, habilitado a tomar as
providências cabíveis para o desempenho de suas tarefas.
O Corpo de Bombeiros Militar somente realizará receita que a Lei especificamente
determinar. Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
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A necessidade do controle do gasto público com atos do executivo
regulamentando os procedimentos execução orçamentária e patrimonial é
ocasionada para evitar as práticas de cunho patrimonialista e desvios de conduta
de alguns servidores. O Controle Social quanto aos seus preceitos de
transparência pública e accountability ( práticas administrativas de gestão pública
voltadas para prestação de contas, eficiência e responsabilização dos agentes
públicos) e a nova postura do Estado frente à sociedade é uma pratica que é
enfatizada por diversos autores de Gestão Púbica Contemporânea.
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
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CAPÍTULO III
O Processo de despesa no CBMMG
Neste capítulo, serão traçados os artigos importantes sobre os Processos de
Despesa descritos na Instrução Técnica Conjunta CBMMG n. 02 de 01 de
Janeiro de 2009:
Os processos de despesa serão numerados de acordo com o número da Ordem
de Pagamento Bancária (OP). Os documentos que compõem o processo deverão
ser numerados seqüencialmente, em ordem cronológica, e rubricados pelo militar
encarregado da montagem, constando sua identificação no documento que
receber a última numeração.
As seguintes despesas, abaixo citadas, poderão estar em uma mesma capa,
devendo ser relacionados os números de todas as Ordens de Pagamento:
I - diárias de viagem, quando a Ordem de Serviço constar mais de um militar
empenhado na mesma Diligência (DSP), no máximo 20 (vinte) Ordens de
Pagamento;
II - pagamento às concessionárias públicas, quando os pagamentos forem
efetuados no mesmo mês e para a mesma concessionária;
III - pagamento de seguro de viatura, que deverá conter, no máximo, 30 (trinta)
Ordens de Pagamento.
Os Processos de Despesa deverão ficar arquivados em ordem seqüencial, em
caixa arquivo, devidamente controlado por índice próprio (mês e número dos
Processos), facilitando a localização dos mesmos pelos órgãos de fiscalização
interno e externo.
Os processos de despesa deverão ficar arquivados na SOFI (Seção de
Orçamento e Finanças) da Unidade.
Em todos os processos de despesa, em que o empenho for global ou por
estimativa, deverá ser anexado ao processo o Extrato de Empenho, devendo a
Nota de Empenho ser anexada no último processo de pagamento juntamente com
o Extrato de Empenho.
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
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Como comprovante de despesa só serão aceitas as primeiras vias de Nota Fiscal
ou documento equivalente (recibo, fatura, passagens), com certificado datado e
firmado por 02 (dois) funcionários responsáveis pelo recebimento dos materiais,
bens ou serviços solicitados, declarando que os mesmos foram recebidos ou
efetuados em condições satisfatórias para o serviço público estadual.
O certificado poderá ser substituído por carimbo, aposto no verso dos
comprovantes de despesa, conforme modelo da Instrução 02/2009.
As Notas Fiscais possuem prazo de validade que normalmente vem impresso no
cabeçalho e rodapé e em letras minúsculas, não sendo aceitas quando vencidas e
o documento fiscal não terá validade se tiver alguma rasura ou algum campo em
branco sem preenchimento, principalmente, data de emissão e saída.
Tais campos não podem ser preenchidos pela Unidade Executora, apenas pela
firma ou empresa responsável pela entrega de materiais ou prestadora de serviço.
É vedada a comunicação por carta para corrigir valores ou quantidades; substituir
ou suprimir a identificação das pessoas consignadas no documento fiscal (RAZÃO
SOCIAL), da mercadoria ou do serviço e data de saída da mercadoria. Ocorrendo
extravio da primeira via da Nota Fiscal, será aceita cópia xerográfica da via fixa,
pertencente ao fornecedor, autenticada pela repartição fazendária do domicílio do
contribuinte. A Natureza de Operação constante na Nota Fiscal deverá ser de
acordo com a natureza de despesa do empenho. Exemplos: empenho 33.90.30 ou
44.90.52 (aquisição material consumo ou permanente) natureza de operação da
NF será VENDAS; empenho 33.90.39 (serviço) natureza da operação SERVIÇO.
O material adquirido por compra será lançado em estoque por intermédio do
Sistema Informatizado de Materiais do CBMMG (Sistema Integrado de
Administração – SIAD) de acordo com a Nota Fiscal ou documento
correspondente que conterá, no verso, o carimbo com o número de lançamento e
a devida assinatura do Operador.
A realização da despesa sujeita-se aos estágios de empenho, liquidação e pagamento.
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
12
Toda despesa será realizada mediante emissão de Notas de Empenho, Nota de
Liquidação e Ordem de Pagamento devidamente assinadas pelas autoridades
competentes.
Ordenador de Despesa é o dirigente máximo do órgão investido do poder de
realizar despesa, que compreende o ato de empenhar, liquidar, ordenar
pagamento e movimentar recursos que lhe forem atribuídos. A delegação da
competência, por meio de ato publicado no órgão oficial dos Poderes do Estado,
observado o princípio de segregação de função.
O Comandante-Geral delega a competência ao Diretor/Chefe/ Comandante da
Unidade Executora.
Todo pagamento será feito após a regular liquidação da despesa, mediante
Ordem de Pagamento, respeitado o saldo financeiro disponível e a ordem
cronológica de registros e vencimento.
A arrecadação das receitas realizadas no âmbito do Poder Executivo do Estado
será feito, exclusivamente, por Documento de Arrecadação Estadual (DAE).
Como regra fundamental para que haja a correta e regular execução da despesa
pública, deve-se obedecer rigorosamente a seguinte regra:
É vedada a realização de despesa sem prévio empenho
Os empenhos da despesa, cuja conceituação doutrinária seguirá em capítulo a
parte, se classificam em três tipos:
I - ordinário – aquele destinado a atender a despesa de valor exato, cujo
processamento seja feito por uma única Nota de Liquidação e Ordem de
Pagamento;
II - estimativo – aquele destinado a atender a despesa para as quais não se possa
determinar o valor exato;
Os empenhos por estimativa, que apresentarem saldo insuficiente para a
realização de novas despesas, deverão ser reforçados previamente através de
procedimento próprio. Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
13
III - global – aquele destinado a atender a despesas contratuais e outras, sujeitas
a parcelamento, cujo valor exato possa ser determinado.
A Unidade Executora deverá providenciar a abertura de processo físico para o
arquivamento dos documentos relativos à Cotação Eletrônica realizada,
organizado em série anual de numeração, contendo os seguintes documentos,
devidamente assinados:
Com o advento do Novo Portal de Compras do Estado de Minas Gerais e as
determinações do artigo 18 da Resolução SEPLAG 36/2009 que assim
preconizam:
Art.18 . Sem prejuízo dos demais documentos necessários à instrução processual, conforme exigências da legislação vigente, os seguintes documentos do sistema deverão ser impressos e anexados aos autos do processo:
I - Pedido de Compra do Portal de Compras MG; II - Relatório detalhado do processo de compras emitido
pelo Portal de Compras MG.
Os processos de Cotação eletrônica de Preços- COTEP deverão ficar arquivados
na SOFI, em ordem seqüencial, sendo uma capa para cada processo.
Os processos de despesa deverão ser auditados pelo Agente de Coordenação e
Controle ( B/4 do Batalhão ou Chefe de Seção Administrativa) ou equivalente,
devendo o mesmo manter rigoroso controle dos processos, com o objetivo de
evitar possíveis falhas.
Será imputada responsabilidade ao Ordenador de Despesa ou servidor credenciado, quando incorrer em erro, falha ou omissão em decorrência da não observância das disposições legais nos estágios da despesa.
No mesmo aporte do enunciado anterior, em destaque, temos a Súmula 12,
revisada em 2008, do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais que
assevera:
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
14
As despesas públicas realizadas sem a observância do requisito legal do empenho prévio são irregulares e de responsabilidade pessoal do ordenador.
A Diretoria de Contabilidade e Finanças, no âmbito do CBMMG, é a unidade
administrativa responsável pela impugnação de despesa realizada em desacordo
com as normas pertinentes à execução da despesa.
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
15
CAPÍTULO IV
Funcional Programática no CBMMG segundo as Normas de Execução de
Recursos Orçamentários- NERO
O crédito orçamentário ou dotação orçamentária é a seqüência numérica que
descreve detalhadamente uma determinada despesa. Por exemplo, se o Estado
contrata um serviço de fornecimento de refeição, a dotação ou crédito
orçamentário será o número:
1401.06.182.745.4273.0001.3390XX.ID.53.
1401.06.182.745.4273.0001.4490XX.ID.27.
Significado de cada seqüencial numérico de um crédito orçamentário é exposta de
forma simplificada conforme abaixo:
1401. ÓRGÃO - Código do Corpo de Bombeiros
06. FUNÇÃO- Número que se refere à execução orçamentária que deve ser
investida em projetos que objetivem a Segurança Pública
182.SUBFUNÇÃO- Número que se refere à execução orçamentária que deve
ser investida em projetos que objetivem a Defesa Civil
745.PROGRAMA - Número que se refere à execução orçamentária que deve
ser investida em projetos que objetivem à promoção da Defesa Civil
4273. ATIVIDADE OU AÇÃO - Número que se refere à execução orçamentária
que deve ser investida em projetos que objetivem garantir prevenção e
combate a sinistros
0001 – SUBATIVIDADE - Número que se refere à execução orçamentária que
deve ser investida em projetos que objetivem garantir Planejamento, Gestão
e Finanças
3390XX. ELEMENTO DE DESPESA, – Seqüencial numérico que se refere à
execução orçamentária de bens de custeio e serviços ou 4490XX.
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
16
ELEMENTO DE DESPESA – Seqüencial numérico que se refere à execução
orçamentária de bens de capital ( móveis, viaturas e eletrônicos ect).
Observação: a representação XX refere-se a uma classificação que
especifica o Elemento de Despesa em seu todo. Exemplo: 449052, ( o
elemento XX é o número 52 que trata de material permanente diverso),
339030 (o elemento XX é o número 30 que trata de material de consumo
diverso ), 339039 (o elemento XX é o número 39 que trata de prestação de
serviços diversos )
ID. ITEM DE DESPESA – É a codificação numérica que, que embora não
citada doutrinariamente, classifica para o CBMMG, através do Classificador
Econômico da Despesa de Minas Gerais, o objeto que comporá a despesa
conforme quadro da classificação econômica do capítulo “Fluxograma
Orçamentário do CBMMG e Norma de Execução de Recursos Orçamentários-
NERO; Noções ”
53 ou 27 dentre outras fontes – Fonte de recurso
Esta seqüência numérica serve como mecanismo de controle do Estado para que
órgãos como a SEPLAG saibam onde está sendo gasto os créditos orçamentários
e realizar os devidos repasses às Unidades Executoras ( Batalhões, CSM, ABM e
Ajudância Geral) para a consecução dos processos de compra.
Nos próximos quadros, será entendido o significado dos elementos essenciais da
funcional programática.
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
17
ATIVIDADESDRH – DAL
2.002 - Planejamento, Gestão e Finanças
DRH2.058 - Auxílio Transporte, Alimentação,
Funeral e Doença para Servidores MilitaresDRH 2.417 - Remuneração do Pessoal AtivoDRH 7.007 - Proventos de Inativos MilitaresDTS 2.427 - Tecnologia da Informação
DE4.366 - Recrutamento, Treinamento e Formação de Bombeiros
MilitaresDRH 2.021 - Assistência e Promoção Social
DAL2.087 - Reforma e Ampliação de Unidades
Prediais do CBMMGDRH – DAL
4.273 - Prevenção e Combate a Sinistros
DTS4.365 - Manutenção e Ampliação do
Sistema de Comunicação
DTS4.086 – Disseminação de Acesso aos
Sistemas de Informação
AAS2.052 - Assistência Médico-Psicológica
aos Bombeiros Militares
AAS2.054 - Assistência Odontológica
a Bombeiros MilitaresGERENTES
PROJETOS
DAI1.268 - Coordenação e Controle
das Atividades de Bombeiros Voluntários
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
18
ESTRUTURA DA FUNCIONAL PROGRAMÁTICA NO CBMMG QUANTO AOS PROGRAMAS DE TRABALHO
PROGRAMAS DE TRABALHO – 2009FUNÇÃ
OSUB-FUNÇÃO PROG ATIV. S.
ATIV.DEFINIÇÃO
06 Segurança Pública122 Administração Geral
701 Apoio à Administração Pública2.002 Planejamento, Gestão e Finanças
0001 Planejamento, Gestão e Finanças
06 Segurança Pública122 Administração Geral
701 Apoio à Administração Pública2.417 Remuneração de Pessoal Ativo do
Estado0001 Remuneração de Pessoal Ativo do
Estado
06 Segurança Pública122 Administração Geral
701 Apoio à Administração Pública2.058 Auxílio Transporte, Alimentação,
Funeral e Doença para servidores militares - BM
0001 Auxílio Transporte, Alimentação, Funeral e Doença para servidores militares - BM
06 Segurança Pública122 Administração Geral
701 Apoio à Administração Pública2.427 Tecnologia da Informação
0001 Tecnologia da Informação
06 Segurança Pública Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
19
272 Previdência do Regime Estatutário702 Obrigações Especiais
7.007 Proventos de Inativos Militares0001 Proventos de Inativos Militares
FUNÇÃO
SUB-FUNÇÃO
PROG
ATIVS.
ATIVDEFINIÇÃO
06 Segurança Pública182 Defesa Civil
724 Assistência ao Bombeiro Militar2.021 Assistência e Promoção Social ao
Bombeiro Militar0001 Assistência e Promoção Social ao
Bombeiro Militar
06 Segurança Pública128 Formação de Recursos Humanos
745 Promoção de Defesa Civil4.366 Recrutamento, Treinamento e Formação
de Bombeiros Militares0001 Recrutamento, Treinamento e Formação
de Bombeiros Militares
06 Segurança Pública182 Defesa Civil
745 Promoção de Defesa Civil4.365 Manutenção e Ampliação Sistema
Comunicação0001 Manutenção e Ampliação Sistema
Comunicação
06 Segurança Pública182 Defesa Civil
745 Promoção de Defesa Civil
4.273 Prevenção e Combate a Sinistros0001 Prevenção e Combate a Sinistros
10 Saúde302 Assistência Hospitalar e Ambulatorial
724 Assistência ao Bombeiro Militar2.052 Assistência Médico-Psicológica aos
Bombeiros Militares
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
20
0001 Assistência Médico-Psicológica aos Bombeiros Militares
FUNÇÃO SUB-FUNÇÃO PROG ATIV. S.ATIV DEFINIÇÃO10 Saúde
302 Assistência Hospitalar e Ambulatorial
724 Assistência ao Bombeiro Militar
2.054 Assistência Odontológica a Bombeiros Militares
0001 Assistência Odontológica a Bombeiros Militares
06 Segurança Pública
182 Defesa Civil
745 Promoção de Defesa Civil2.087 Reforma e Ampliação de Unidades Prediais
do CBMMG0001 Reforma e Ampliação de Unidades Prediais
do CBMMG
06 Segurança Pública
182 Defesa Civil
745 Promoção de Defesa Civil
1.268 Coordenação e Controle das Atividades dos Bombeiros Voluntários
0001 Coordenação e Controle das Atividades dos Bombeiros Voluntários
06 Segurança Pública
126 Tecnologia da Informatização
021 Gestão Integrada de Ações e Informações de Defesa Social
4.086 Disseminação de Acesso aos Sistemas de Informação (CBM)
0001
06 Segurança Pública
181 Policiamento
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
21
021 Gestão Integrada de Ações e Informações de Defesa Social
1.037 Modernização da Logística de Unidades Operacionais que Compõem as Áreas Integradas
0001 Modernização da Logística de Unidades Operacionais que Compõem as Áreas Integradas
CAPÍTULO V
Fontes de Recursos da CBMMG e suas aplicações e origens
As fontes de recursos financeiras para o CBMMG, em 2012, são classificadas por
códigos cuja origem pode ser de tributos arrecadados quanto empréstimos do
Estado. Veja as fontes utilizadas por nossa Instituição.
FONTES DE RECURSOS RECURSOS ORDINÁRIOS
DESTINAÇÃO ORIGEM
10 - Recursos Ordinários Despesas de Pessoal Despesas correntes
Recursos do Tesouro para os quais não existe destinação específica, sendo passíveis de livre programação.
RECURSOS VINCULADOS DESTINAÇÃO ORIGEM 24 - Convênios, Acordos e Ajustes provenientes da União e suas entidades
Despesas de Pessoal (apenas 27) Despesas Correntes Despesas de Capital (exceto 27)
Recursos provenientes de convênios, acordos e ajustes firmados exclusivamente com a União e suas entidades.
27 - Taxa de Segurança Pública Recursos provenientes da utilização de serviços por pessoas físicas ou jurídicas, prestados permanentemente pela vigilância policial ou administrativa do Poder Público estadual, visando a preservação da segurança.
53 - Taxa de Incêndio Recursos provenientes da Taxa de Segurança Pública pela utilização potencial do serviço de extinção de incêndio.
70 - Convênios, Acordos e Ajustes Provenientes dos Municípios, Estados e Organizações Particulares
Recursos provenientes de convênios ou acordos firmados por entidades públicas de qualquer espécie, ou entre elas e organizações particulares para realização de objetivos de interesse comum, excetuando aqueles firmados com a união e suas entidades.
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RECURSOS DIRETAMENTE ARRECADADOS
DESTINAÇÃO ORIGEM
60 - Recursos Diretamente Arrecadados
Despesas Correntes Recursos que têm origem no esforço próprio de arrecadação de órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta.
CAPÍTULO VI
Fluxograma financeiro do CBMMG e Norma de Execução de Recursos
Orçamentários-NERO: Noções
Após a aprovação da Lei orçamentária anual pelo Poder Legislativo, as previsões
orçamentárias advindas de um planejamento sistemático passam às Unidades
Orçamentárias que realizarão o repasse de créditos orçamentários às Unidades
Executoras objetivando proceder os trâmites das compras públicas de acordo com
as demandas planejadas e imprevisivelmente surgidas.
A assessoria aos dirigentes dos órgãos centrais e Comandantes por parte do
pessoal da área de compras públicas e gestão patrimonial se processa conforme
previsão legal interna e externa, que com a finalidade de esclarecer conceitos
dentro da pesquisa, proceder-se-á algumas definições importantes e atribuições
de competência para a cadeia de Comando dentro de uma Unidade Executora no
trato da gestão logística.
Como positivação normativa interna, a Resolução do Corpo de Bombeiros Militar
de Minas Gerais n. 003 de 08 de fevereiro de 2000 define atribuições e conceitua
os diversos agentes públicos que compõe o sistema de Normas de
Administração Financeira Contabilidade de Auditoria - N-AFCA/BM da
Corporação como se seguem transcritas. A pessoa administrativa do Ordenador
de Despesas, atribuição de Chefes e Comandantes de Unidades Executoras
( Batalhões, ABM, CSM e Ajudância Geral), possui a responsabilidades de zelar
pela aplicação correta dos recursos sob sua responsabilidade, procurando obter o
máximo rendimento de seu emprego e pela fiel observância de todos os
instrumentos legais que regulem as atividades do Sistema, tomando as
providências cabíveis quando ocorrerem quaisquer irregularidades na
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administração da Unidade Executora, providenciar para que a documentação
relativa às atividades do Sistema seja mantida em dia e em ordem e
encaminhada aos órgãos de destino, conforme as prescrições vigentes,
determinar as licitações, nomear as respectivas Comissões, examinar e decidir
sobre as licitações realizadas, formalizar contratos, decorrentes de licitações
realizadas pela Unidade Executora ou cuja licitação esteja dispensada, ordenar o
empenho dos créditos necessários às despesas, mandar proceder a liquidação
das mesmas e respectivo pagamento, consoante as prescrições do Sistema,
conceder Adiantamentos, solicitar das autoridades competentes suplementações
de dotações às necessidades eventuais, imprevisíveis à época da orçamentação,
providenciar para que sejam atendidos os direitos financeiros do pessoal civil e
militar de sua UE, mandar averbar os descontos obrigatórios, mandar averbar,
face ao atendimento dos requisitos necessários, as consignações permitidas,
mandar certificar, a requerimento dos interessados, o que for de direito, quanto às
atividades do Sistema, indicar ao Órgão Central as despesas a serem inscritas
em restos a pagar, conceder Permissões de Uso na forma das normas vigentes,
manter em arquivo, durante os prazos legais, a documentação comprobatória
dos atos praticados pela administração da UE, colocando-os oportunamente à
disposição dos órgãos de controle interno e externo, prestar contas, na forma
das normas em vigor e delegar atribuições de acordo com as normas em vigor.
Nesta cadeia de comando, temos a atuação do Agente de Coordenação e
Controle, atribuição do posto de Capitão e exercida pelo chamado B/4 dos
Batalhões e Chefes de Seção Administrativa nas Unidades Centro, que gerencia a
administração dos Encarregados/Chefes dos Almoxarifados, Seções de
Manutenção de Frota (Transportes), Seção de Orçamento e Finanças, Seção de
Apoio Operacional dentre outras seções da área logística.
A NERO 2012, em seu artigo 41, assim prevê:
O Agente de Coordenação e Controle das UE será de acordo com o DD/QOD: I - na DRH - o Chefe da DRH/4; II - nos BBM - o B/4 ou SALOG; III - na Ajudância-Geral - o Chefe da Seção Administrativa; IV - no CSM - o Chefe da Seção de Fiscalização e Controle;
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V - na ABM - o Chefe da Divisão Administrativa.
O Agente de Coordenação e Controle assessora o Ordenador de Despesas na
coordenação das atividades de administração contábil e logística da Unidade
Executora, na execução dos projetos e atividades, particularmente no tocante à
disponibilidade de crédito em cotejo com os encargos a atender, no
acompanhamento e indicação sobre as flutuações de disponibilidades de saldos
orçamentários e financeiros, propiciando-lhe melhores condições de tomada de
decisões, na determinação e orientação da execução da escrituração relativa aos
atos e fatos decorrentes da gestão ou com a mesma correlacionados, sob os
aspectos orçamentário, financeiro e patrimonial, observando o Plano de Contas
em vigor e demais prescrições do Sistema, na análise dos balanços, balancetes e
demonstrativos, verificando os resultados obtidos, de conformidade com o Plano
de Contas vigente, as instruções e demais princípios e normas legais em vigor,
elaborando relatórios sobre os elementos analisados e nos assuntos que
aconselham a realização de tomada de contas especial em face dos elementos
analisados.
O Agente de Coordenação e Controle acumulará o encargo de Responsável
Técnico para atuação junto ao SIAFI/MG
O objeto do presente estudo não foca a situação dos profissionais da área de
logística institucional como nas atribuições do Encarregado dos Setores de
Almoxarifado, de Aquisição de Materiais e/ou Prestação de Serviços geralmente
delegadas a Tenentes, pois este assunto deve ser abordado em outro capítulo.
Para exemplificar a complexidade procedimental que permeia o fluxograma de
procedimentos de gestão logística e financeira do Corpo de Bombeiros Militar de
Minas Gerais segue, neste item, uma sinopse envolvendo as compras públicas na
sua fase da licitação, recebimento de material ou serviço, lançamentos no Sistema
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Integrado de Administração de Materiais –SIAD e as práticas de empenho,
liquidação e pagamento ao fornecedor por parte da Seção de Orçamento e
Finanças – SOFI da Unidade Executora.
Toda a operacionalização de qualquer organização exige uma alocação eficiente
dos recursos materiais que possam garantir a manutenção da estrutura
institucional existente. O correto e otimizado amparo logístico da Corporação
passa, obrigatoriamente, pelos ritos procedimentais das compras públicas
controlados pelo sistema informatizado do Estado. A seqüência básica do
fluxograma da gestão logística passa pelas solicitações das unidades apoiadas e
constatação de outras necessidades logísticas; planejamento; especificação
do material; orçamentação no mercado; realização da compra pública por
meio de licitação, controle e distribuição e sua execução orçamentária. A seguir,
elenca-se de forma breve a fundamentação e conceituação básica dos processos
de aquisição e contratação de serviços pelo ente público.
Realizada a compra por uma das modalidades de licitação, em especial o pregão,
a autoridade competente da Unidade Executora homologa o certame após a
adjudicação ( reconhecimento de que o objeto do certame foi vencido por
determinado fornecedor) realizada pelo pregoeiro. Após homologação do pregão e
verificada a situação de regularidade fiscal e a inscrição no cadastro geral de
fornecedores com o Estado- CAGEF, da empresa vencedora do certame da
compra pública, poderá ser procedida a primeira fase da despesa, ou seja, o
empenho no sistema SIAFI. Após verificada a regularidade da empresa
vencedora do certame, será providenciado o empenho da despesa no Sistema
Integrado de Administração Financeira –SIAF. Este empenho, que é um registro
da despesa no SIAF, é de responsabilidades da Seção de Orçamento e Finanças
– SOFI da Unidade Executora onde é executada a despesa.
As Normas de Execução de Recursos Orçamentários –NERO estabelecem e
definem as responsabilidades e competências de suas unidades da Corporação
que trabalham com a gestão financeira. Na Resolução do CBMMG que autoriza a
NERO para o exercício financeiro, costuma-se haver a descrição de servidores
competentes e suas funções envolvendo os estágios da despesa pública cuja Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
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execução passa pelo empenho, liquidação e pagamento. Giacomoni (2009)
conceitua o empenho como ato da autoridade competente que traz ao Estado a
responsabilidade ou a obrigação de pagar uma despesa pendente ou não. O
empenho é classificado como ordinário, global e por estimativa. O art. 8º do
Decreto 37.924/1996 exige que toda despesa seja precedida do prévio
empenho e o conceitua em ordinário como aquele destinado a atender a despesa
de valor exato ao qual processamento seja feito por uma única nota de liquidação
e ordem de pagamento tendo, a título de exemplo, a compra de uma mercadoria
específica. O empenho por estimativa é destinado a atender a despesa para as
quais não se possa determinar o valor exato como despesas com serviços de
telefonia ou energia elétrica e podem ser reforçados mediante procedimento
próprio. O empenho global destina-se a atender a despesas contratuais e outras,
sujeitas a parcelamento, cujo valor exato possa ser determinado. Esta fase
antecede a liquidação e pagamento da despesa.
Tal parâmetro de exigência, obriga o Administrador público a obedecer a mais um
rito burocrático em meio a suas ações de gestão, exigindo maior preparo técnico
do servidor militar encarregado. O treinamento é tratado como importante fator de
desenvolvimento técnico e integração em uma organização.
No âmbito do Corpo de Bombeiros, por positivação da Resolução CBMMG que
autoriza a NERO, a autoridade competente para realizar os atos dos estágios da
despesa será composta pelo Ordenador de Despesa.
A Comissão Permanente de Avaliação e Recebimento de Material- CPARM
possui a responsabilidade pelo recebimento do material comprado ou serviço
prestado ao Estado. A atuação da CPARM pertence a uma das últimas fases da
compra pública, ao qual deverá adotar a providência de receber o material e
cientificar o setor responsável da Unidade, caso ocorra irregularidade para
correção do problema de material junto ao fornecedor.
A BM/6 procederá à descentralização de cota orçamentária às Unidades Setoriais
Descentralizadoras Orçamentárias ( DAL, DTS, DRH , DE, DAI e AAS).
Compete aos Gerentes de Atividades ( DAL, DTS, DRH, DE, DAI e AAS )
proporem a execução de despesas diversas, atendendo demandas da Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
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Corporação, bem como consolidar solicitações, dados e informações colhidas e
recebidas das Unidades Executoras, com vistas a subsidiar e coordenar ações de
planejamento e execução orçamentária, como, também, produzir normas
necessárias à execução orçamentária a cargo de sua gerência.
Compete à BM/6 coordenar e controlar, programar e descentralizar os créditos
orçamentários, visando à plena efetivação dos planejamentos existentes e
aprovados.
Compete à DCF, como mecanismo de controle interno, acompanhar a execução
das despesas das Unidades Executoras, visando evitar ou minimizar a ocorrência
de deficiências na execução das despesas, formalizando ao EMBM as pendências
constatadas.
As NERO, em sua forma elementar, preconizam que a execução financeira do
Orçamento compreenderá o consignado na Lei do Orçamento, quanto a receita
e despesa, acrescido, quanto a esta, do que for dotado por crédito adicional ou
destacado para a Corporação.
A execução financeira do Orçamento será adstrita ao exercício financeiro
determinado por lei.
A receita e a despesa obedecerão à classificação que a lei determinar. O
exercício financeiro coincide com o ano civil (do dia 01 de janeiro a 31 de
dezembro) e a ele pertencem:
I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele empenhadas;
III - as demais receitas e despesas que, por força de lei, assim devam ser
consideradas.
Publicados a lei orçamentária e os decretos de abertura de créditos
adicionais, fica o Corpo de Bombeiros Militar, desde logo, habilitado a tomar as
providências cabíveis para o desempenho de suas tarefas.
O Corpo de Bombeiros Militar somente realizará receita que a Lei especificamente
determinar.
A necessidade do controle do gasto público com atos do executivo
regulamentando os procedimentos execução orçamentária e patrimonial é Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
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ocasionada para evitar as práticas de cunho patrimonialista e desvios de conduta
de alguns servidores.
A Solicitação de crédito ou Pedido de credito é a formalização da Unidade
Executora ao Gerente de Atividade ( DAL, DTS, DRH, AAS, DE e DAI)
objetivando conseguir o REPASSE de crédito orçamentário com os valores em
Real (R$) para realizar a compra ou contratar determinado serviço. No documento
do Solicitação de crédito deverá conter obrigatoriamente alguns elementos
essenciais do pedido de crédito tais como:
1- ATIVIDADE
2- NATUREZA DE DESPESA
3-ITEM DE DESPESA
4-OBJETO DA SOLICITAÇÃO DE CRÉDITO (Descrever o que será comprado ou
alvo de contração)
5-JUSTIFICATIVA
6-VALOR EM R$ DO CRÉDITO SEGUNDO PREÇO DE REFERÊNCIA
7-ASSINATURA DO ORDENADOR DE DESPESA
O modelo de Solicitação de Crédito e seus respectivos Gerentes de Atividade
encontram-se nos anexos desta apostila.
As solicitações de créditos para quaisquer despesas, devidamente assinadas e
“justificadas” pelo Ordenador de Despesas, deverão ser enviadas aos Gerentes
específicos (AAS, DE, DTS, DRH, DAL e DAI), conforme vinculação da despesa
conforme abaixo:
Natureza da despesa Item de despesa Gerente Responsável3.1.90.XX Todos os elementos e itens DRH3.3.90.083.3.90.143.3.90.153.3.90.193.3.90.333.3.90.463.3.90.49
Todos os itens DRH
3.390.39 50 DRH3.3.90.30 01, 03, 09, 13, 15, 17, 18, 19,
20, 21, 22, 23, 24, 26, 27, 30, DAL
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29
31, 32, 33, 343.3.90.30 07 DRH
3.3.90.3002, 04, 05, 06, 08, 10, 16, 25,
35, 99DE* e DAL
3.3.90.31 Todos os itens DE* e DAL
3.3.90.36 Exceto itens 08, 09 e 13 DE* e DAL3.3.90.323.3.90.353.3.90.373.3.90.47
Todos os itens DAL
3.3.90.3905, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 27, 30,
34, 35, 36, 37, 40, 43, 45DAL
3.3.90.39 24 DRH
3.3.90.3903, 04, 06, 07, 08, 23, 26, 29,
31, 32, 39, 41, 42, 46, 99DE* e DAL
3.3.90.92 Todos os itens Conforme a origem3.3.90.93 Todos os itens DE e DAL**4.4.90.52 01, 02, 05, 06, 07, 10, 17, 19, 20 DAL4.4.90.52 21 DRH4.4.90.52 03, 04, 08, 12, 13, 14, 99 DAL
Atividades/ Projetos Elemento/Item Gerente Responsável4.366 Todos os elementos-itens DE1.268 Todos os elementos-itens DAI
2.427, 4.086 e 4.365 Todos os elementos-itens DTS2.052 e 2.054 Todos os elementos-itens AAS
Como exemplificação de o que se significa os códigos do itens de despesa, temos
um quadro de esclarecimento apenas das ATIVIDADES 2002 (PLANEJAMENTO,
GESTÃO E FINANÇAS) e 4273 ( PREVENÇÃO E COMBATE A SINISTROS:
Para facilitar a identificação do item de despesa, como exemplo de identificação,
temos;
Na descrição numérica 3.3.90.39.31 o número 31 é o item de despesa, o último
número da descrição será o item de despesa conforme quadro abaixo
significa que é gasto com Locação de Serviços Gráficos.
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ATIVIDADES 2.002 4.273CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA
A Natureza de Despesa 3.3.90 refere-se à despesas correntes cuja classificação é de material não permanente e consumíveis( papel, água, alimentos e material descartável etc), diárias e serviços etc.
3.3.90.08.04 - Indenização Securitária X X3.3.90.14.01 - Diárias-Civil (Diária de Viagem) X X3.3.90.15.01 - Diárias-Militar (Diária de Viagem) X X3.3.90.19.01 - Auxílio-Fardamento X X3.3.90.30.01 - Artigos p/ Confecção, Vest. Cama, Mesa, Banho, Cozinha
X X
3.3.90.30.02 - Artigos para Esporte X X3.3.90.30.03 - Utensílios para Refeitório e Cozinha X X3.3.90.30.04 - Material Gráfico e Impressos X X3.3.90.30.05 - Material para Escritório X X3.3.90.30.06 - Material de Desenho X X3.3.90.30.08 - Produtos Alimentícios X X3.3.90.30.09 - Forragens e outros Alimentos para Animais X3.3.90.30.10 - Material Médico e Hospitalar (atividades operacionais)
X
3.3.90.30.12 - Medicamentos (atividades operacionais) X3.3.90.30.13 - Materiais de Laboratório e Produtos Químicos em Geral
X X
3.3.90.30.15 - Material Fotográfico, Cinematográfico e de Comunicação
X X
3.3.90.30.17 - Artigos para Limpeza e Higiene X X3.3.90.30.19 - Mat. p/ Manut. e Reparos de Imóveis de Prop. Adm. Publ.
X X
3.3.90.30.20 - Material Elétrico X X3.3.90.30.21 - Material p/ Manut. e Reparos Bens Dom. Público ou Terceiros
X X
3.3.90.30.22 - Ferramentas, Ferragens e Utensílios X X3.3.90.30.23 - Material p/ manutenção de veículos Automotores
X X
3.3.90.30.24 - Peças e acessórios p/ equip. e outros mat. Permanentes
X X
3.3.90.30.25 - Material de Segurança e Apetr. Operacionais e policiais
X X
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3.3.90.30.26 - Combustíveis e Lubrificantes p/ Veículos Automotores
X X
3.3.90.30.27 - Comb. e Lubrificantes p/ Equip. e outros Mat. Permanente
X X
3.3.90.30.29 - Sementes, Mudas de Plantas e Insumos X X3.3.90.30.30 - Material p/ Acondicionamento e Embalagens X X3.3.90.30.31 - Livros Técnicos X X3.3.90.30.32 - Material Cívico e Educativo X X3.3.90.30.33 - Combustíveis e Lubrificantes para Aeronaves X3.3.90.30.34 - Peças e Acessórios para Aeronaves X3.3.90.30.35 – Hortifrutigranjeiros X X3.3.90.30.99 - Outros Materiais X X3.3.90.31.01 - Prêmios, Diplomas, Condecorações e Medalhas
X X
3.3.90.33.01 – Passagens X X3.3.90.33.02 - Despesas com Táxi, Passes e Pedágios X X3.3.90.33.03 - Fretamento e Locação (Mudança de Militar) X X3.3.90.35.01 - Serviços de Consultoria - Pessoa Física X X3.3.90.35.02 - Serviços de Consultoria - Pessoa Jurídica X X3.3.90.36.05 - Locação de Serviços Técnicos e Espec. - Pessoa Física
X X
3.3.90.36.06 - Fornecimento de Alimentação (Pessoa Física) X X3.3.90.36.07 - Confecção em Geral (Pessoa Física) X X3.3.90.36.10 - Eventuais de Gabinete X X3.3.90.36.11 - Locação de Bens Imóveis (Pessoa Física) X X3.3.90.36.12 - Despesas Miúdas de Pronto Pagamento X X3.3.90.36.15 - Encargos Financeiros (Pessoa Física) X X3.3.90.36.16 - Reparo e Manutenção de Veículos (Pessoa Física)
X X
3.3.90.36.17 - Reparo de Equip, Instalações e Mat. Permanente (Pessoa Física)
X X
3.3.90.36.18 - Reparos de Bens Imóveis X X3.3.90.36.19 - Conferências e Exposições X X3.3.90.36.99 - Outras Despesas Pagas a Pessoas Físicas X X3.3.90.37.01 - Locação de Serviço de Conservação e Limpeza
X X
3.3.90.37.02 - Locação de Serviços de Apoio Administrativo X X3.3.90.39.03 - Fornecimento de Alimentação (Pessoa Jurídica)
X X
3.3.90.39.04 - Confecção em Geral X X3.3.90.39.05 - Transporte e Acondicionamento de Animais X3.3.90.39.06 - Transporte e Acondicionamento de Materiais X X3.3.90.39.07 - Impressão e Encadernação X X3.3.90.39.08 - Publicação e Divulgação (exceto Imprensa X X
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Oficial)3.3.90.39.09 - Publicidade (somente Aj. Geral) X3.3.90.39.11 - Assinatura de Jornais e Revistas e Periódicos X X3.3.90.39.12 - Energia Elétrica X X3.3.90.39.13 - Água e Esgoto X X3.3.90.39.16 - Locação de TV por Assinatura X X3.3.90.39.17 - Locação de Veículos X X3.3.90.39.18 - Reparos de Veículos X X3.3.90.39.19 - Locação de Máquinas e Equipamentos X X3.3.90.39.20 - Locação de Bens Imóveis X X3.3.90.39.21 - Reparos Equipamentos, Instalações e Mat. Permanente
X X
3.3.90.39.22 - Reparos de Bens Imóveis X X3.3.90.39.23 - Recepção, Hospedagem, Homenagens e Festividades
X X
3.3.90.39.24 - Cursos, Exposições, Congressos e Conferências
X X
3.3.90.39.26 - Encargos Financeiros X X3.3.90.39.30 - Multas de Trânsito X X3.3.90.39.31 - Locação de Serviços Gráficos X X3.3.90.39.32 - Locação Serviços Técnicos Especializados (Pessoa Jurídica) INEXISTENTE A PARTIR DE 2010
X X
3.3.90.39.34 - Seguro de Aeronaves X3.3.90.39.35 - Reparos e Manutenção de Aeronaves X3.3.90.39.37 - Taxa de Condomínio X X3.3.90.39.38 - Serv. Imp. e Encadernação Executados pela Impressa Oficial
X X
3.3.90.39.41 – Anuidades X3.3.90.39.42 - Serviços Gráficos e Segurança (somente Ajudância-Geral)
X
3.3.90.39.50 – Serviços de Agenciamento de Viagens (somente Ajudância-Geral)
X X
3.3.90.39.99 - Outros Serviços Pessoa Jurídica X X3.3.90.47.01 - Obrigações Tributárias e Contributivas X X3.3.90.92.01 - Despesas de Exercícios Anteriores X X3.3.90.93.01 - Ajuda-de-Custo X X3.3.90.93.99 - Outras Indenizações e Restituições X X A Natureza de Despesa 4.4.90.52 refere-se à despesas de capital e à classificação é de material permanente ( veículos, mobiliário, equipamentos não consumíveis e máquinas ect )
4.4.90.52.01 - Aeronaves e Componentes Estruturais X4.4.90.52.03 - Armamento e Equipamento de Uso Policial X X
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4.4.90.52.04 - Máquinas, Aparelhos, Utensílios e Equip. de Uso Industrial
X X
4.4.90.52.05 - Embarc., Pontões, Diques, Flutuantes, Componentes Estruturais
X
4.4.90.52.08 - Equip. de Som, Vídeo, Fotográficos e Cinematográficos
X X
4.4.90.52.09 - Equip.Hospitalares, Odont. e de Lab. (ativ.operacional)
X
4.4.90.52.10 - Ferramentas, Equip. e Instrum. Oficina, Medição e Inspeção
X X
4.4.90.52.11 - Instrumentos Lab., Médicos e Odont. (ativ. operacional)
X
4.4.90.52.12 - Máquinas, Aparelhos, Utensílios e Equip. Uso Administrativo
X X
4.4.90.52.13 - Material Esportivo e Recreativo X X4.4.90.52.14 – Mobiliário X X4.4.90.52.17 – Veículos X X4.4.90.52.19 - Instrumentos Musicais e Artísticos X X4.4.90.52.20 - Equipamento de Segurança Eletrônica X X4.4.90.52.99 - Outros Materiais Permanentes X X
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Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
34
CAPÍTULO VII
A Seção de Orçamento e Finanças-SOFI da Unidade Executora do CBMMG
Dentro da Gestão Financeira e Orçamentária do CBMMG, a Seção de Orçamento
e Finanças –SOFI de uma Unidade Executora possui a função operacional do
Sistema Integrado de Administração Financeira –SIAFI. O SIAFI é um sistema
informatizado que é controlado pelo Estado com o objetivo de estabelecer a
contabilidade pública do erário exercendo um controle das movimentações
financeiras da Unidade Executora. A Resol CBMMG n. 003/2000 prevê as
atribuições do o Chefe da SOFI:
a) assessorar o Ordenador de Despesas, atuando como elemento técnico nas
atividades orçamentárias e financeiras da UE;
b) providenciar o recebimento dos créditos orçamentários e das liberações
escriturais de responsabilidade da UE e a execução de toda sua movimentação,
na forma da legislação vigente;
c) providenciar os pagamentos e os recolhimentos obrigatórios, na forma da
legislação vigente;
d) providenciar a elaboração de documentação de registro e de informação da
movimentação financeira da UE, consoante normas e instruções específicas;
e) conferir e autenticar, antes de ser submetido à consideração do Ordenador de
Despesas, todos os papéis e documentos que importem em alteração da
situação financeira da UE;
f) providenciar a guarda, consoante instruções específicas, dos valores entregues
à UE como cauções ou outras garantias;
g) providenciar a quitação de todas as importâncias e valores que forem
entregues ao setor financeiro para qualquer fim;
h) organizar os processos de despesas, de adiantamentos e de prestação de
contas da UE, na forma de instruções específicas; Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
35
i) informar ao Ordenador de Despesa as irregularidades ou alterações, tomando
ou solicitando as providências necessárias, conforme o caso;
j) executar as fases de empenho, liquidação e pagamento das despesas, reunindo
os comprovantes de entrega do material ou da prestação do serviço e demais
documentos pertinentes, formalizando o processo de despesas;
l) providenciar o ajuste das contas do pessoal civil e militar desligado da UE, de
acordo com as normas e instruções específicas;
m) ficar em condições de, mediante ordem de autoridade competente, prestar
quaisquer esclarecimentos sobre os assuntos orçamentários e financeiros da UE;
A função de Chefe da SOFI deverá ser atribuída a Oficial, observado o DD/QOD. Excepcionalmente, desde que autorizado pelo Diretor de Contabilidade e Finanças, tal função poderá ser atribuída a Subtenente ou Sargento habilitado tecnicamente.
Quanto ao SIAFI, o Decreto 35.304/1993 assim enuncia seus objetivos básicos:
I - simplificar, racionalizar e uniformizar a gestão orçamentária e financeira
das receitas e despesas;
II - otimizar a administração e o controle dos recursos públicos.
As funções básicas do SIAFI-MG são as seguintes:
I - elaboração orçamentária;
II - programação da execução orçamentária;
III - execução orçamentária;
IV- execução financeira;
V - contabilização.
Aos usuários do SIAFI-MG:
I - obrigatórios: os órgãos da Administração Direta, as autarquias, fundações
públicas e fundos do Poder Executivo;
II - por opção: os órgãos e entidades dos Poderes Legislativo e
Judiciário, o Tribunal de Contas e o Ministério Público.
Nos casos de utilização do SIAFI-MG pelos usuários referidos como por opção
(órgãos e entidades dos Poderes Legislativo e Judiciário, o Tribunal de Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
36
Contas e o Ministério Público), os procedimentos relativos às funções do sistema
serão adaptados, no que couber, de modo a observar os princípios
constitucionais de autonomia administrativa e financeira.
As Secretarias de Estado da Fazenda e do Planejamento e Coordenação
Geral são responsáveis por instruções necessárias à implantação e operação do
SIAFI-MG. O SIAFI é um sistema informatizado do Estado, através da Prodemge,
que registra, controla financeiramente e realiza os empenhos e pagamentos de
despesa pública por alimentação de dados pelos servidores da SOFI.
A seguir, temos um exemplo de uma tela informatizada do sistema SIAFI,
Para exemplificar a operacionalização, pelos servidores da SOFI, no sistema
SIAFI, apresenta-se uma tela de opções a serem acessadas. Para o exemplo de
acesso ao SIAFI pelos servidores que operam o sistema na SOFI, mostra-se uma
sequência de telas para o empenho da despesa pública para que possa haver a
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regular execução orçamentária. As telas seguintes não mostram a telas
intermediárias do sistema SIAFI de mensagens ou de Unidades orçamentárias.
Após Enter, teremos as seguinte telas para execução de um empenho no SIAFI.
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Após a tela do SIAFI anterior, temos a tela de Apropriação de empenho ao qual se
escolhe o histórico da forma de empenhar a despesa que será seguida pela tela:
Após teclar F5, tem-se a próxima tela para concluir o empenho da despesa:
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Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
41
Na tela anterior, se for teclado F5, estará processado o empenho cujo número do
documento será o número do empenho gerado. As telas de empenho serão
impressas para controle do Chefe da SOFI.
Nos sistemas informatizados de controle estatal, existe a interface do SIAD
através do Portal de Compras do Estado através do site www.compras.mg.gov.br
com o Sistema Integrado de Administração Financeira -SIAFI para fins de
conformidade na execução de contratos, controle de pagamentos e ajuste
contábil público dentre outras atividades da gestão físico orçamentária estatal.
Esta interface vem se intensificando para melhor controle entre o que é
realmente fisicamente executado e o que é financeiramente executado dentro
das Unidades Executoras.
A Lei Federal 8.666 de 21 de junho de 1993 que regulamenta o art. 37, inciso XXI,
da Constituição Federal, instituindo normas para licitações e contratos da
Administração Pública traz as modalidades de licitação de Concorrência, Tomada
de preços, Convite, Concurso e Leilão. Em 2002, a Lei Federal 10.520 institui a
nova modalidade de licitação no país: o pregão. Minas Gerais, por força da Lei n.
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Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
42
14.167 de 10 de janeiro de 2002, adota o pregão como modalidade de compra
para bens e serviços comuns. A regulamentação do pregão, no âmbito do Estado
de Minas Gerais, está contida no Decreto n. 44.786 de 18 de abril de 2008 e esta
é modalidade de compra mais utilizada no CBMMG. As compras públicas serão
tratadas em capítulo a parte.
Realizada a compra por uma das modalidades de licitação, em especial o pregão,
a autoridade competente da Unidade Executora homologa o certame após a
adjudicação ( reconhecimento de que o objeto do certame foi vencido por
determinado fornecedor) realizada pelo pregoeiro. Após homologação do pregão e
verificada a situação de regularidade fiscal e a inscrição no cadastro geral de
fornecedores com o Estado- CAGEF da empresa vencedora do certame da
compra pública. Após verificada a regularidade da empresa vencedora do
certame, será providenciado o empenho da despesa, por parte da SOFI, no
Sistema Integrado de Administração Financeira –SIAF. Este empenho, que é um
registro da despesa no SIAF, é de responsabilidades da Seção de Orçamento e
Finanças – SOFI da Unidade Executora onde é executada a despesa.
A Resolução CBMMG que autoriza a NERO, para o exercício financeiro,
estabelece as normas de execução de recursos orçamentários da Corporação
define as responsabilidades e competências de suas unidades que trabalham com
a gestão financeira. Nas NERO, temos a descrição de servidores competentes e
suas funções envolvendo os estágios da despesa pública cuja execução passa
pelo empenho, liquidação e pagamento. Giacomoni (2009) conceitua o empenho
como ato da autoridade competente que traz ao Estado a responsabilidade ou a
obrigação de pagar uma despesa pendente ou não. O empenho é classificado
como ordinário, global e por estimativa. O art. 8º do Decreto 37.924/1996 exige
que toda despesa seja precedida do prévio empenho.
Assim, temos a importante regra para a regular execução orçamentária da
despesa pública, que pode ser enunciada como:
NÃO HÁ DESPESA PÚBLICA SEM PRÉVIO
EMPENHO. Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
43
O empenho é conceituado em ordinário como aquele destinado a atender a
despesa de valor exato ao qual processamento seja feito por uma única nota de
liquidação e ordem de pagamento tendo, a título de exemplo, a compra de uma
mercadoria específica. O empenho por estimativa é destinado a atender a
despesa para as quais não se possa determinar o valor exato como despesas com
serviços de telefonia ou energia elétrica e podem ser reforçados mediante
procedimento próprio. O empenho global destina-se a atender a despesas
contratuais e outras, sujeitas a parcelamento, cujo valor exato possa ser
determinado.
Giacomoni (2009), ao citar a Lei Federal 4.320/1964, elenca a NOTA DE
EMPENHO como:
documento com os dados do credor, a especificação e a importância da despesa sendo a mesma a formalização de que o Estado reconhece o compromisso com o fornecedor de material ou serviço contratado pela Administração Pública.
O outro estágio da despesa é a liquidação que assim é conceituada:
A liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tornando-se por base os títulos e documentos que comprovam o respectivo crédito. A verificação deverá apurar: (I) a origem e objeto do que se deve pagar; (II) A importância exata a pagar; (III) a quem se deve pagar a importância, isto é, o credor. (GIACOMONI, 2009, p. 303)
Quanto a esta fase da execução da despesa pública, o Decreto 37.924/1996
pressupõe que “ ... toda despesa será liquidada mediante exame prévio de sua
legalidade, com base nos documentos comprobatórios exigidos em legislação
específica e emissão da respectiva Nota de Liquidação...”. Tal exigência, obriga o
Administrador público a obedecer a mais um rito burocrático em meio a suas
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Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
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ações de gestão, exigindo maior preparo técnico do servidor militar encarregado.
O treinamento é tratado como importante fator de desenvolvimento técnico e
integração na organização como é enfatizado:
O último estágio obrigatório da despesa, o pagamento, ocorre após efetivação do
estágio de liquidação e será precedido pela “ordem de pagamento” para se
processe o pagamento propriamente dito. Giacomoni (2009, p. 303) assim
assevera sobre a “ordem de pagamento” que esta “...será emitida após liquidação,
constitui-se em despacho exarado por autoridade competente”. No âmbito do
Corpo de Bombeiros, por positivação da Resolução que aprova as Normas de
Execução dos Recursos Orçamentários-NERO, a autoridade competente para
realizar os atos dos estágios da despesa será composta pelos Oficiais,
preferencialmente Tenentes Coronéis, com a delegação de Ordenador de
Despesa.
A Normas de Execução dos Recursos Orçamentários-NERO do ano de 2012,
preconizam que na Unidade Executora, a execução da despesa obedecerá, em
suas diversas fases, às seguintes prescrições:
I - especificação de compra/serviço: será registrada no SIAD pelo Agente
Coordenador da Atividade;
II - empenho: deverá ser elaborado pela SOFI (Seção de Orçamento e
Finanças) ou correspondente, mediante solicitação do Agente Coordenador da
Atividade e existência de crédito disponível para aquela finalidade, aprovado pelo
Agente de Coordenação e Controle e homologado pelo Ordenador de Despesas,
mediante sua assinatura e do Chefe da SOFI ou correspondente;
III - liquidação: será realizada pela SOFI ou seção correspondente da UE que
emitiu o empenho, constituindo uma fase da movimentação da despesa, devendo
ser assinada pelo Ordenador de Despesas e Chefe da SOFI ou correspondente.
Deverá ser aprovada pelo Agente de Coordenação e Controle;
IV - pagamento: será processado, também, pela SOFI ou seção equivalente da
UE que elaborou o empenho e fez a liquidação, cuja ordem de pagamento deverá
ser assinada pelo Ordenador de Despesas e Chefe da SOFI ou correspondente.
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
45
Toda documentação decorrente das operações realizadas no SIAFI deverá
permanecer arquivada na SOFI ou seção equivalente, compondo o processo
normal de despesa ou receita e os processos serão certificados digitalmente
pelos Ordenadores de Despesas.
A Diretoria de Contabilidade e Finanças –DCF baixará as instruções específicas
para emissão de empenho e pagamento através do SIAFI, bem como incluirá, em
suas rotinas de Supervisão Técnica, o exame das notas de empenho e demais
documentos emitidos, constando em seu relatório observações sobre erros que
indiquem o desconhecimento de normas por detentores de funções ou encargos
atinentes ao Sistema AFCA-BM, sugerindo treinamento ou substituição dos
mesmos.
Após a emissão do empenho e o recebimento do serviço ou material pelo setor de
Almoxarifado ou outro setor da Unidade Executora, deverá ser emitida a nota
fiscal pelo fornecedor para que seja liquidada na Seção de Orçamento e Finanças
–SOFI da Unidade. Porém, antes de a nota fiscal do fornecedor ser processada
como liquidada na SOFI, o serviço ou material adquirido pela Administração
Pública deve ser avaliada pela Comissão Permanente de Avaliação e
Recebimento de Material – CPARM que assim é descrita pelo art. 5º da
Resolução CBMMG n. 97 de 28 de abril de 2003:
A Comissão Permanente de Avaliação e Recebimento de Material (CPARM) será constituída por três membros dentre os integrantes da Unidade Executora, cabendo a presidência a um oficial e Obrigatoriamente, um membro da Comissão de Licitação da Unidade (CLU).
As participações do Agente de Coordenação e Controle, do Chefe da SOFI e do
Ordenador de Despesas são vedadas para compor CPARM. A Comissão
Permanente de Avaliação e Recebimento de Material- CPARM, sempre presidida
por Oficial, possui a responsabilidade pelo recebimento do material comprado ou
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
46
serviço prestado ao Estado. A CPARM, ao constatar irregularidade do objeto
analisado, adotará a providência de cientificar o setor responsável da Unidade
para que ocorra a devolução do material ao fornecedor para correção das falhas
ou irregularidade do serviço prestado. A atuação da CPARM garante ao Chefe da
SOFI que as Notas Fiscais de material que devem ser liquidadas e pagas pelo
Estado estão em conformidade física, ou seja, a administração recebeu o objeto
comprado de acordo com qualidade e quantidade exigida.
Dentre as missões e atribuições dos Encarregados ( Almoxarifes, SAO ect ) com
subordinação ao Agente de Coordenação e Controle ( B/4 ou similar), temos a
importante figura administrativa do Agente de coordenador da Atividade, ou
simplesmente, Agente de Atividade positivado pela NERO. O Ordenador de
Despesas designará Agentes Coordenadores de Atividades para atuação no
âmbito de sua Unidade Executora. Como exemplo das Atividades a serem de
responsabilidade do Agente de Atividade citamos algumas: B/1 ou equivalente
é Agente da Atividade 2021, 2002, 4273 e 4366 (todas as atividades relacionadas
com pessoal (exemplos: diárias de viagem, mudança, ajuda-de-custo,
passagem e outras); B/3 ou equivalente é Agente das Atividades 4366 e 1268; o
B/5 é Agente da Atividade 2021; Oficial encarregado do Setor de informática é
Agente de Atividade 2427 e 4086; O Oficial encarregado das comunicações é
Agente da Atividade 4365; O Almoxarife É Agente das Atividades 2002, 2087 e
4273 e o Chefe da Seção de Manutenção e Transporte das Atividades 2002 e
4273.
Em cada Unidade Executora haverá Agentes Coordenadores de Atividades para
cada atividade, com publicação em Boletim Interno de sua designação ou
substituição, assim como os demais Agentes do Sistema AFCA/BM, podendo ser
designados tantos auxiliares quantos forem necessários para desempenho efetivo
dos trabalhos, conforme as peculiaridades. Os demais Agentes do Sistema
AFCA/BM devem ter suas designações e substituições publicadas em Boletim
Interno.
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
47
Nas Unidades Executoras em que não houver quadro de Oficiais com as funções
previstas ou correspondentes, serão Agentes Coordenadores de Atividades, os
Subtenentes ou Sargentos com qualificações técnicas para tal, conforme
entendimento do Ordenador de Despesas.
É de responsabilidade do Agente Coordenador de cada Atividade manter rigoroso controle diário dos créditos recebidos por natureza da despesa e fonte de recurso, bem como dos valores empenhados em cada item da despesa, consolidando tais dados mensalmente e mantendo-os em arquivo para futuras fiscalizações.
Este controle do Agente de Atividade mencionado possibilitará a aferição da
necessidade de se realizar pregões ou cotações eletrônicas.
O atraso no recebimento das faturas não exime o Ordenador de Despesas da responsabilidade pelo pagamento após o vencimento, visto que as concessionárias possuem o serviço de emissão de 2ª via “online”, cabendo ao Agente de Atividade rigoroso acompanhamento quanto à emissão de faturas e controle das datas de vencimento.
O Agente de Coordenador de Atividade não poderá acumular função na Seção de Orçamento de Finanças-SOFI na Unidade Executora.
Assim elenca-se algumas disposições da Resol CBMMG 97/2003: Em toda
Unidade Executora do Corpo de Bombeiros Militar haverá uma Comissão
Permanente de Avaliação e Recebimento de Material -CPARM. Cabe à Comissão
Permanente de Avaliação de Material inspecionar, conferir, avaliar o material
adquirido pela Unidade Executora e recebê-lo formal e solidariamente com o
Agente Administrativo responsável pela guarda do material e viatura, bem como
os materiais recebidos por intermédio de doação, convênio, Cessão de
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
48
Uso/Comodato ou contrato; Examinar e avaliar o imóvel a ser adquirido para a
Unidade ou imóvel a ser locado, alienado, permutado ou descarregado da
Unidade; Examinar a avaliar material e viatura indicado para descarga, para baixa
de estoque, para alienação ou permuta de acordo com a legislação vigente;
Examinar a avaliar material e viatura que se encontra fora da carga, de acordo
com a legislação vigente.
A Comissão Permanente de Avaliação e Recebimento de Material (CPARM) será constituída por três membros dentre os integrantes da Unidade Executora, cabendo a presidência a um oficial e Obrigatoriamente, um membro da Comissão de Licitação da Unidade (CLU).
Ficam vedadas as participações do Agente de Coordenação e Controle, chefe da SOFI e do Ordenador de Despesas na CPARM.
Havendo necessidade, a Comissão poderá contar com o concurso de peritos ou
pessoas com abalizado conhecimento técnico para auxiliarem nos trabalhos de
avaliação mediante autorização do Comandante ou Chefe através solicitação dos
integrantes da CPARM.
O presidente e o secretário da Comissão de Licitação da Unidade ( CLU) não poderão integrar a Comissão Permanente de Avaliação e Recebimento de Material (CPARM).
Para exemplificar a complexidade procedimental que permeia o fluxograma de
procedimentos de gestão logística do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
segue, neste capítulo, uma sinopse envolvendo as compras públicas na sua fase
da licitação, recebimento de material ou serviço, lançamentos no Sistema
Integrado de Administração de Materiais –SIAD e as práticas de empenho,
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
49
liquidação e pagamento ao fornecedor por parte da Seção de Orçamento e
Finanças – SOFI da Unidade Executora.
Toda a operacionalização de qualquer organização exige uma alocação eficiente
dos recursos materiais que possam garantir a manutenção da estrutura
institucional existente. O correto e otimizado amparo logístico da Corporação
passa, obrigatoriamente, pelos ritos procedimentais das compras públicas
controlados pelo sistema informatizado do Estado. A seqüência básica do
fluxograma da gestão logística passa pelas solicitações das unidades apoiadas e
constatação de outras necessidades logísticas; planejamento; especificação do
material; orçamentação no mercado; realização da compra pública por meio de
licitação, controle e distribuição e sua execução orçamentária e financeira. A
conceituação básica dos processos de aquisição e contratação de serviços pelo
ente público devem ser tratados em disciplina diversa.
Dentre as modalidades de compra pública por dispensa de Licitação em razão do
valor, dentro do CBMMG, temos a Cotação eletrônica de Preços- COTEP
instituída pelo Decreto 43698/2003. A COTEP apenas pode ocorrer no valor
máximo de R$ 8.000,00 por item de despesa conforme classificação
orçamentária estuda em capítulo anterior.
O lançamento, execução operacional e finalização da Cotação Eletrônica de
Preços ocorre no Portal de Compras do Estado e ela deve ficar com acesso livre
para que os fornecedores possam efetuar seus lances por período mínimo de 08
( oito) horas úteis após o sistema de compras notificar os fornecedores. A
notificação do sistema alerta os participantes que possuem Linha de fornecimento
de material ou serviço pertinente ao objeto da COTEP.
Recomenda-se um critério maior na adoção da COTEP como modalidade de compra, pois seus limites de valor por item de despesa jamais devem ser ultrapassados. Uma vez realizado Pregão de qualquer valor no item de despesa, não se utiliza COTEP no mesmo item de despesa dentro da Unidade Executora no mesmo exercício financeiro.
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
50
A Cotação Eletrônica de Preços-COTEP, por ser uma dispensa de Licitação, é um
processo rápido de compra que dispensa publicação, edital e deve ser utilizado
para objetos de natureza comum. A utilização de COTEP para compras que
deveriam ser realizadas pela modalidade de Licitação Pregão ou outra modalidade
não deve ocorrer sob pena de configurar falta de planejamento da Unidade
Executora.
É estritamente necessário obedecer aos parâmetros da Resolução SEPLAG nº
61 de 29 de novembro de 2005 na adoção da COTEP como modalidade de
compra em conformidade com a Lei nacional de licitações e Contratos.
CAPÍTULO VIII
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
51
Das responsabilidades dos Agentes e Autoridades públicas na Gestão Financeira e orçamentária
Além da Lei Complementar 101 de 04 de maio de 2000, conhecida como Lei de
Responsabilidade Fiscal, define os limites de gastos por parte da União,
Estados e Municípios, e sua atuação responsável com as finanças públicas como
abaixo é asseverado:
A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar. ( LEI COMPLEMENTAR 101/2000, art. 1º)
Assim, temos as positivações de cunho mais direto à prática de Execução
Orçamentária como se segue neste capítulo.
A Lei Federal 8.429 de 02 de junho de 1992 sobre as sanções aplicáveis aos
agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato,
cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou de
fundações preconiza diversas providências no sentido de dar maior
responsabilização aos Agentes público que lidam com o erário estatal.
Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não,
contra a Administração Pública, de empresa incorporada ao patrimônio público ou
de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com
mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos
conforme Lei.
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
52
As disposições de improbidade administrativa são aplicáveis àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. (LEI 8429/1992, art. 4°)
Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa,
do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. No caso de
locupletamento, ou seja, enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou
terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. Neste caso,
e quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público caberá a
autoridade administrativa responsável pelo inquérito ou Inquérito Policial Militar
(IPM) representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do
indiciado.
Para definição dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam
Enriquecimento Ilícito considera-se auferir qualquer tipo de vantagem
patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego
ou atividade nas entidades mencionadas na lei 8.429/1992. Assim cita-se:
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer
outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem,
gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser
atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
público;
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição,
permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas
entidades públicas ( administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
53
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território,
de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou
custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do
patrimônio ou da receita anual ) por preço superior ao valor de mercado;
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação,
permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal
por preço inferior ao valor de mercado;
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou
material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das
entidades públicas ( administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território,
de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou
custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do
patrimônio ou da receita anual) , bem como o trabalho de servidores públicos,
empregados ou terceiros contratados por essas entidades;
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para
tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de
contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa
de tal vantagem;
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para
fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer
outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de
mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades públicas da
administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa
incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o
erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio
ou da receita anual;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou
função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à
evolução do patrimônio ou à renda do agente público; Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
54
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou
assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de
ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do
agente público, durante a atividade;
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de
verba pública de qualquer natureza;
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente,
para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou
valores integrantes do acervo patrimonial das entidades públicas;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do
acervo patrimonial público.
Para definição dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo
ao Erário considera-se qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje
perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens
ou haveres das entidades referidas na Lei Federal 8.429/1992. Assim, cita-se:
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio
particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades públicas;
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas na lei de improbidade administrativa, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda
que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do
patrimônio de qualquer das entidades mencionadas na lei de improbidade
administrativa, sem observância das formalidades legais e regulamentares
aplicáveis à espécie;
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do
patrimônio de qualquer das entidades referidas na lei de improbidade
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administrativa, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior
ao de mercado;
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por
preço superior ao de mercado;
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e
regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente;
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou
regulamento;
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que
diz respeito à conservação do patrimônio público;
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou
influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos,
máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade
ou à disposição de qualquer das entidades públicas na forma da Lei, bem
como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por
essas entidades.
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a
prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar
as formalidades previstas na lei;
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia
dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.
Para definição dos atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os
Princípios da Administração Pública considera-se qualquer ação ou omissão
que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às
instituições. Assim cita-se:
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I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso
daquele previsto, na regra de competência;
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e
que deva permanecer em segredo;
IV - negar publicidade aos atos oficiais;
V - frustrar a licitude de concurso público;
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da
respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar
o preço de mercadoria, bem ou serviço.
Quanto às penas de improbidade, independentemente das sanções penais, civis
e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato
de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas
isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
Na hipótese dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam
Enriquecimento Ilícito; perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa
civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar
com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja
sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;
Na hipótese dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao
Erário; ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos
ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa
civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder
Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo de cinco anos; Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
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Na hipótese dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os
Princípios da Administração Pública; ressarcimento integral do dano, se houver,
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos,
pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida
pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio
de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
Na fixação das penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa, o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente envolvido.
Em virtude destas situações de cunho penal, a posse e o exercício de agente
público fica condicionada à apresentação de declaração dos bens e valores que
compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal
competente e deverá ser anualmente atualizada.
Haverá punição com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar de maneira falsa.
Qualquer pessoa do povo poderá representar ( de forma escrita ou reduzida a
termo e assinada, contendo a qualificação do representante, as informações sobre
o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento) à
autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação
destinada a apurar a prática de ato de improbidade administrativa.
Durante todo processo administrativo conforme Lei da improbidade Administrativa
e normas cabíveis de cada instituição, o Ministério Público, se não intervir no
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processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de
nulidade.
Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos pela
Lei de improbidade administrativa o disposto no art. 221, caput e § 1o, do Código
de Processo Penal.
A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito. (LEI 8429/1992, art. 18)
Quanto às disposições Penais, constitui crime a representação por ato de
improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da
denúncia o sabe inocente com pena de detenção de seis a dez meses e multa.
Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos
danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.
A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com
o trânsito em julgado da sentença condenatória.
A aplicação das sanções previstas nesta lei independe da efetiva ocorrência de
dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento ou da
aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal
ou Conselho de Contas.
No campo da gestão patrimonial, temos as disposições do Decreto
45.242/2009 para responsabilização dos agentes públicos competentes.
Ao tomar conhecimento do desaparecimento de materiais ou sua avaria em
razão de uso inadequado, o servidor tem o dever de comunicar a irregularidade
ao seu chefe imediato e o titular do órgão ou entidade a obrigação de determinar
a apuração dos fatos. A apuração ocorrerá mediante registro da ocorrência junto
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à Polícia Civil, quando desconhecida a autoria, laudo pericial, quando couber e
sindicância. O disposto anterior aplica-se aos danos causados a veículos oficiais
que não sejam decorrentes de atos praticados na direção do veículo.
Comprovado o desaparecimento ou avaria de materiais por culpa ou dolo, em decorrência de processo administrativo, deverão ser adotados procedimentos para imputação de responsabilidades e recomposição do erário.
Dentre os procedimentos de imputação de responsabilidades temos: informar à
Corregedoria do CBMMG ou, quando não houver corregedoria própria,
Superintendência Central de Correição Administrativa da Auditoria Geral do
Estado - AUGE, encaminhar os autos à Procuradoria Jurídica da Autarquia ou
Fundação ou à AGE na hipótese de o autor do dano recusar-se a promover
administrativamente a indenização ou ressarcimento à Secretaria ou Órgão
Autônomo e instaurar Tomada de Contas Especial- TCEsp, nos termos da
legislação vigente.
O Manual de Tomada de Contas Especial do CBMMG, aprovado pela Resol
CBMMG n. 382/2010 conceitua a Tomada de Contas Especial - TCEsp como um
processo formalizado, de rito próprio, elaborado por uma Comissão de Oficiais ou
por um Tomador de Contas, com o objetivo de apurar a responsabilidade daquele
que der causa a perda, extravio, omissão no dever de prestar contas ou outra
irregularidade de que resulte dano ao erário. A TCEsp deve mensurar o valor
atualizado do eventual prejuízo.
O Manual de Tomada de Contas do CBMMG, ao citar o caput do art. 1º, da
Instrução Normativa N°01/2002 do Tribunal de Contas do Estado, diz que o
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Administrador Público tomará as providências necessárias à instauração da
Tomada de Contas Especial, nas ocorrências de:
a) omissão no dever de prestar contas;
b) falta de comprovação da aplicação de recursos repassados pelo Estado ou pelo
Município mediante convênio, acordo, ajuste ou instrumento congênere;
c) ocorrência de desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos;
d) prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano
ao erário.
A Tomada de Contas Especial poderá ser conduzida por uma comissão com no
mínimo três Oficiais, ou por um único Oficial naqueles casos que a irregularidade
for de fácil investigação, sendo que a respectiva Portaria será elaborada pela
Diretoria de Contabilidade e Finanças – DCF para assinatura do Comandante
Geral. O Manual de TCEsp do CBMMG assevera que para instaurar a respectiva
Portaria, deve-se primar por esgotar todas as providências administrativas
internas com vistas ao ressarcimento à Fazenda Pública.
Quanto à recomposição ao erário, esta será em espécie, no valor
correspondente à recuperação do material permanente, no valor
correspondente ao custo de reposição do material ou por substituição do
material por outro de mesmas características. A recomposição ao erário que se
refere a citação a seguir:
Caracterizada inequivocamente a responsabilidade, estando ainda o processo na esfera administrativa, fica assegurado ao responsável pela avaria ou desaparecimento do material fazer a recomposição do erário, encerrando-se o processo, sem prejuízo das demais penalidades cabíveis, nas esferas disciplinar e penal, quando couber. ( DECRETO 45.242/2009, art. 59.) Grifo do autor.
É vedada a recomposição quando se tratar de materiais permanentes singulares,
tidos como históricos, artísticos e culturais.
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O militar que primeiro conhecer de irregularidade que implique em TCEsp deverá, sob pena de co-responsabilidade, adotar providências no sentido de comunicar o fato a Diretoria de Contabilidade e Finanças, observada sua cadeia de comando. O respectivo Ordenador de Despesa, concomitantemente à comunicação a DCF, adotará providências com vistas à apuração dos fatos, no âmbito de sua Unidade Executora, através de Sindicância ou IPM, em que constatado o responsável, lhe será facultado o ressarcimento do dano. ( Manual de TCEsp do CBMMG, item 2.3)
Dentre as normas citadas, a Resolução CBMMG nº 003/2000 traça as
responsabilidades dos agentes do Sistema AFCA/BM que envolvem todos os
aspectos funcionais relacionados com sua competência e atribuições no
Sistema e serão definidos sob os aspectos civil, disciplinar e criminal, segundo as
prescrições dos diversos dispositivos legais vigentes, além do disposto no
presente na Resolução interna citada. À responsabilidade civil, disciplinar ou
criminal imputada a agente culpado, corresponderá, respectivamente, o
ressarcimento de danos ou prejuízos causados à Fazenda Estadual, a sanção
disciplinar e a sanção criminal.
Segundo as conceituações dos agentes do Sistema N-AFCA/BM são
considerados:
I - responsáveis: o Supervisor, o Diretor do Órgão Central, os Gerentes de
Projetos e/ou Atividades e os Ordenadores de Despesa;
II - co-responsáveis: os demais agentes cujas funções se enquadrem nas
conceituações referidas.
As responsabilidades assumidas pelos diversos agentes do Sistema
implicam, obrigatoriamente, em prestação de contas, e só serão definitivamente
liquidadas após a aprovação das contas por julgamento do Tribunal de Contas do
Estado e conseqüente baixa da responsabilidade do agente.
A responsabilidade civil, apurada em Tomada de Contas ou exame de
prestação-de-contas, determinará, de imediato, por parte da autoridade
competente e sem prejuízo das disciplinares ou criminais, as medidas Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
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necessárias ao ressarcimento do dano ou prejuízo causado à Fazenda Estadual,
sem que tal procedimento implique em baixa da responsabilidade do agente,
que só se dará de acordo o parágrafo anterior.
Na apuração da responsabilidade civil, levar-se-á em conta a competência e as
atribuições dos diversos agentes do Sistema especificados; a ocorrência de
casos de força maior, apurados na forma da legislação em vigor, principalmente
no caso de incêndio, inundações, terremoto ou outros sinistros, estragos
produzidos por animais, abandono ou inutilização de bens em decorrência de
epidemias e moléstias contagiosas, saque ou destruição por terceiros,
roubo, furto ou extorsão, acidente em serviço ou instrução, inutilização de
bens pelo uso continuado em serviço ou instrução, consoante as prescrições
legais sobre a matéria, falência de estabelecimento bancário onde estejam
depositados valores pelos quais responda o responsável por adiantamentos.
Quanto à possibilidade de isenção de culpa, que se dará nos seguintes casos:
pela ocorrência de motivos de força maior e pelo conjunto de providências da
alçada do agente no sentido de evitar ou diminuir o prejuízo da Fazenda Estadual,
bem como, nos casos de roubo ou extorsão, pela consideração dos aspectos de
ausência ou não de culpa e de evidências de benefício ou não advindas para o
mesmo; quando, apesar da ponderação por escrito do agente executor de ordem
que a seu ver implique em prejuízo ou dano para a Fazenda Estadual ou contrarie
dispositivo legal, for aquele instado pela autoridade superior, formalmente e
por escrito, a executá-la; quando o prejuízo ou dano à Fazenda Estadual for
causado por agente subordinado que exorbitar da ordem recebida, desde que
tenha o superior tomado as providências cabíveis ao inteirar-se do fato;
quando a decisão da qual resultou o dano ou prejuízo à Fazenda Estadual foi
fundamentada em informação, laudo ou parecer incompleto, gracioso ou
inverídico.
Na apuração da responsabilidade civil, levar-se-á em conta também a
persistência na ordem a subordinado que tenha ponderado a sua ilegalidade
ou possibilidade de causar dano ou prejuízo à Fazenda Estadual, a falta
antecedente que deu motivo à conseqüente, se for o caso. Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
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A responsabilidade será solidária quando o agente deixar de providenciar, a
tempo, a responsabilização de seus subordinados por dano ou prejuízo à
Fazenda Estadual, a decisão, da qual resultou dano ou prejuízo à Fazenda
Estadual, fundamentou-se em informação, laudo ou parecer de outro agente do
Sistema, ressalvado quando a decisão da qual resultou o dano ou prejuízo à
Fazenda Estadual foi fundamentada em informação, laudo ou parecer incompleto,
gracioso ou inverídico, quando os membros de comissão legalmente constituída,
de comum acordo, praticarem qualquer ato que resulte dano ou prejuízo à
Fazenda Estadual, quando os agentes ou comissões encarregados de inquéritos,
de Tomada de Contas, de inspeção, de fiscalização, de verificação ou de exame
de prestação de contas julgarem regular a situação de qualquer agente do
Sistema e, posteriormente, a tais controles, seja este agente responsabilizado
por danos ou prejuízos à Fazenda Estadual, cometidos antes daqueles atos e
desde que fique comprovado que os agentes ou comissões dispunham de
elementos para tornar efetiva a responsabilidade do faltoso, quando qualquer
agente do Sistema, por indisciplina, negligência, desinteresse pelo serviço
ou má-fé, cooperar para a efetivação de dano ou prejuízo à Fazenda Estadual
ou permiti-la por omissão, embora não fosse diretamente envolvido
na circunstância;
Continuando a parte da apuração da responsabilidade civil, temos ainda que
ela ocorre quando o agente responsável por bens e valores públicos e de terceiro
responderá por aqueles bens e valores até que seja julgado o seu correto
emprego ou destino, de acordo com a legislação vigente, quando o agente que
subscrever ou conferir documentos é co-responsável pela autenticidade de
todos os dados nele expressos, e que responda pela omissão e veracidade de
alteração ou observações, legalidade das mesmas e exatidão dos cálculos;
quando a responsabilidade resultante da perda, dano ou extravio de dinheiro e
outros bens entregues eventualmente, por necessidade do serviço, a agentes
subordinados, só será imputada ao agente que fez a entrega quando ficar provada
a culpa deste.
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
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Todos os danos ou prejuízos causados à Fazenda Estadual deverão ser
ressarcidos pelo agente ou pelos agentes solidários responsáveis pela culpa
apurada, excetuados os casos de possibilidade de isenção de culpa, quando
então os prejuízos serão imputados ao Estado.
Será competente para determinar o ressarcimento de danos e prejuízos à
Fazenda Estadual, observadas as prescrições desta Resolução e demais
legislação pertinente:
I - o Ordenador de Despesa, quanto a todos os agentes do Sistema que lhe
estejam subordinados;
II - o Gerente do Projeto ou Atividade, sobre cujos recursos tenha incidido o dano
ou prejuízo, quanto ao Ordenador de Despesa;
III - o Diretor do Órgão Central do Sistema, quanto a todos os Agentes do
Sistema, excetuando-se os que lhe forem hierarquicamente superiores;
IV - o Comandante-Geral, quanto a todos os agentes do Sistema;
V - o Tribunal de Contas do Estado, quanto a todos os agentes do Sistema.
Embora, os fatos criminais no âmbito militar estejam sujeito ao Código Penal
Militar, seguem também as tipificações do Código Penal Comum – CPC, uma
vez que o núcleo do tipo é muito semelhante ao CPM.
1- O Código Penal Comum – CPC elenca em seu art. 312 o Peculato como
sendo o “ ato de propriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer
outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou
desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. Pena de reclusão, de dois a doze anos, e
multa. A mesma pena aplica-se, se o funcionário público, embora não tendo a
posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído,
em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a
qualidade de funcionário.
No Código Penal Militar-CPM , temos o peculato, no art. 303, assim previsto:
Apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular,
de que tem a posse ou detenção, em razão do cargo ou comissão, ou desviá-lo
em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de três a quinze anos. Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
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§ 1º A pena aumenta-se de um terço, se o objeto da apropriação ou desvio é
de valor superior a vinte vêzes o salário mínimo.
Peculato-furto
2º Aplica-se a mesma pena a quem, embora não tendo a posse ou detenção
do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou contribui para que seja subtraído, em
proveito próprio ou alheio, valendo-se da facilidade que lhe proporciona a
qualidade de militar ou de funcionário.
Peculato culposo
§ 3º Se o funcionário ou o militar contribui culposamente para que outrem
subtraia ou desvie o dinheiro, valor ou bem, ou dele se aproprie:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Extinção ou minoração da pena
§ 4º No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede a
sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade
a pena imposta.
Peculato mediante aproveitamento do êrro de outrem
No art. 304. Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício
do cargo ou comissão, recebeu por êrro de outrem:
Pena - reclusão, de dois a sete anos.
2- O art. 315 do CPC elenca o Emprego irregular de verbas ou rendas
públicas que preconiza que dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa
da estabelecida em lei culmina na pena de detenção, de um a três meses, ou
multa.
No Código Penal Militar-CPM , temos no art. 331, que assim prevê a aplicação
ilegal de verba ou dinheiro como “Dar às verbas ou ao dinheiro público aplicação
diversa da estabelecida em lei “ cuja pena é detenção de até seis meses.
3- O crime de Concussão positivado no art. 316 do CPC preconiza que exigir,
para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida culmina na pena de
reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
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O crime de Excesso de exação dentro do artigo referente ao crime de
Concussão ocorre se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe
ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio
vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza. A pena, neste caso será reclusão, de
três a oito anos, e multa; podendo ser de dois a doze anos e multa conforme o
caso.
No Código Penal Militar-CPM , temos no art. 305, que assim prevê a Concussão
como ato de exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora
da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
O Excesso de exação
Exigir imposto, taxa ou emolumento que sabe indevido, ou, quando devido,
empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
4- No CPM, há a previsão do crime de Desvio, previsto no art. 307, que tipifica:
Desviar, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente, em
razão do cargo ou função, para recolher aos cofres públicos:
Pena - reclusão, de dois a doze anos.
5- A Corrupção passiva, positivada pelo art. 317 do CPC ocorre se o funcionário
solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora
da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem. A pena é de reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze)
anos, e multa. A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da
vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de
ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
No Código Penal Militar-CPM , temos entre os artigos 308 e 309, que assim
prevê Corrupção passiva como ato de receber, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão
dela vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Aumento de pena Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
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A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou
promessa, o agente retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica
infringindo dever funcional.
Diminuição de pena
Se o agente pratica, deixa de praticar ou retarda o ato de ofício com infração
de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
A Corrupção ativa, presente no art. 309 do CPM, prevê que dar, oferecer ou
prometer dinheiro ou vantagem indevida para a prática, omissão ou retardamento
de ato funcional:
Pena - reclusão, até oito anos.
Aumento de pena
A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem, dádiva ou
promessa, é retardado ou omitido o ato, ou praticado com infração de dever
funcional.
6- No Código Penal Militar-COM, em seu art 310, tipifica a participação ilícita
como ato de participar, de modo ostensivo ou simulado, diretamente ou por
interposta pessoa, em contrato, fornecimento, ou concessão de qualquer serviço
concernente à administração militar, sobre que deva informar ou exercer
fiscalização em razão do ofício:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos.
Na mesma pena incorre quem adquire para si, direta ou indiretamente, ou por
ato simulado, no todo ou em parte, bens ou efeitos em cuja administração,
depósito, guarda, fiscalização ou exame, deve intervir em razão de seu emprego
ou função, ou entra em especulação de lucro ou interesse, relativamente a esses
bens ou efeitos.
7- A Prevaricação, positivada no art. 319 do CPC, e tão comentada na esfera
administrativa, ocorre quando o funcionário retardar ou deixar de praticar,
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para
satisfazer interesse ou sentimento pessoal. A pena é detenção de três meses a
um ano e multa. Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
Noções de gestão financeira e orçamentária no CBMMG
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No Código Penal Militar-CPM , temos no artigo 319, que assim prevê a
prevaricação como ato de etardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de
ofício, ou praticá-lo contra expressa disposição de lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
8- No Código Penal Militar-CPM , temos no artigo 320, que assim prevê o
crime de Violação do dever funcional com o fim de lucro, sendo o ato de
Violar, em qualquer negócio de que tenha sido incumbido pela administração
militar, seu dever funcional para obter especulativamente vantagem pessoal, para
si ou para outrem:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
9- No Código Penal Militar-CPM , temos no artigo 321, que assim prevê o crime
de Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento como ato de
extraviar livro oficial, ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do
cargo, sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o fato não constitui crime mais grave.
10- A Condescendência criminosa, art. 320 do CPC preconiza que deixar o
funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu
infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato
ao conhecimento da autoridade competente culmina na pena de detenção de
quinze dias a um mês ou multa.
No Código Penal Militar-CPM , temos no artigo 322, que assim prevê o crime de
Condescendência criminosa como sendo a ato de deixar de responsabilizar
subordinado que comete infração no exercício do cargo, ou, quando lhe falte
competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - se o fato foi praticado por indulgência, detenção até seis meses; se
por negligência, detenção até três meses.
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Glossário elementar
Adiantamentos: é a autorização concedida a um agente, preferencialmente afiançado pelo Ordenador de Despesa, com prazo certo e finalidade específica, para emprego de recursos, no caso de despesas que, por qualquer razão, não possam subordinar-se ao processo normal de emprego das dotações;
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Administração: órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a Administração Pública opera e atua concretamente;
Administração de material - conjunto de ações destinadas a assegurar a aquisição, registros e controles das atividades relacionadas com o emprego, movimentação e desfazimento dos diversos materiais;
Administração Pública: a administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive as entidades com personalidades jurídicas de direito privado sob controle do poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas;
Agente Responsável ( material): É todo servidor que em virtude do cargo ou função que ocupa, ou em razão de determinação superior, responda pela guarda, depósito, controle ou uso de bens patrimoniais de propriedade do Estado, envolvendo todos os aspectos funcionais (civil, criminal e disciplinar); Assinatura Digital: Mecanismo eletrônico que faz uso da criptografia para assinar (validar) documentos de empenho, reforço, anulação de empenho, liquidação da despesa e ordem de pagamento;
Atividade: um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação do Governo;
Atividade de Auditoria Financeira-Contábil: é a verificação, de maneira científica e sistemática, dos livros contábeis, comprovantes e outros registros financeiros e legais de uma autoridade ou de uma Organização Bombeiro Militar, com o propósito de determinar a exatidão e a integridade da contabilidade, mostrar a verdadeira situação financeira e as operações, e certificar a exatidão dos informes prestados, colhendo dados para estudos econômicos mais desenvolvidos, tais como: estudos de custos, viabilidade, etc.;
Ato Administrativo: É toda manifestação de vontade da Administração Pública, agindo nessa qualidade, e que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administradores ou a si própria;
Balancete Patrimonial: É o documento elaborado de acordo com o plano de contas do Estado, contendo o registro das movimentações de materiais;
Balancete de início de exercício: É o documento que retrata a posição dos bens patrimoniais ao início de cada exercício contábil, contendo os valores de saldos referentes ao final do exercício imediatamente anterior, representado por grupos contábeis;
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Balancete de final de exercício: É o documento que retrata a posição dos bens patrimoniais ao final de cada exercício contábil, contendo os valores do saldo do início do exercício, das entradas e saídas de bens e do saldo final do mesmo exercício;
Balancete de início de gestão: É o documento que retrata a posição dos bens patrimoniais ao início de cada gestão contábil, contendo os valores de saldos referentes ao final da gestão imediatamente anterior, representado por grupos contábeis;
Balancete de final de gestão: É o documento que retrata a posição dos bens patrimoniais ao final de cada gestão contábil, contendo os valores do saldo do início da gestão, das entradas e saídas de bens e do saldo final da mesma gestão;
Balancete Mensal: É o documento que contém os valores das movimentações patrimoniais, demonstrando o saldo inicial do mês, as entradas e saídas dentro do mês e o seu saldo final.O saldo inicial de um mês será sempre igual ao saldo final do mês imediatamente anterior;
Bloqueio de Crédito: o adiamento, mediante expressa determinação e por prazo fixado, do poder de disposição sobre o todo ou parte de crédito atribuído a uma entidade, sem importar em sua extinção;
Cessão de Uso/Comodato: É o instrumento contratual que formaliza a colocação de Bens móveis e/ou imóveis à disposição da Corporação, sem vínculo financeiro ou permuta, por prazo determinado, implicando na devolução após sua utilização;
Comissão: comissão permanente ou especial, criada pela Administração com a função de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de licitantes;
Compra: É aquisição de material mediante pagamento em dinheiro ou ordem de pagamento (OP) mediante Processo Licitatório ou por dispensa ou inexigibilidade de licitação conforme Lei 8.666/93. Pode ser centralizada ou não, de acordo com os interesses da Corporação e o tipo de material a ser adquirido;
Consignação: crédito extra-orçamentário originário do desconto efetuado no ato de realização de uma despesa, a favor de terceiro;
Conta Escritural: registra as liberações financeiras (repasses) para limite de saques pelas Unidades Executoras;
Contrato: considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a
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denominação utilizada. O Contratante é o órgão ou entidade signatária do instrumento contratual e o Contratado é a pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a Administração Pública;
Convênio ou convênio administrativo: é o acordo firmado por entidades públicas de qualquer espécie ou entre estas e organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum dos partícipes;
Co-responsável: agente que, sob a direção ou supervisão do responsável e sempre em conjunto com este, pratique gestão de recursos ou outros bens públicos;
Crédito (orçamentário): a autorização dada pelo Governo para seus agentes efetuarem despesas, expressa no Orçamento Geral do Estado ou em legislação específica sobre créditos adicionais;
Dação para Pagamento de Material Extraviado: É uma forma de aquisição de bem material, na qual o doador assim procede para ressarcir ao patrimônio público de bem material extraviado que estava sob sua guarda;
Delegação de Competência: procedimento de descentralização administrativa com que confere a outras pessoas poderes para ordenar despesas até o limite de crédito, com responsabilidades inerentes à delegação;
Descarga de Material: É o encerramento da vida patrimonial do material permanente, com a retirada da Unidade ou da Corporação, por intermédio de procedimentos próprios para esta finalidade. O processo de descarga deve ser iniciado pelo Almoxarife e supervisionado pela DAL;
Despesas Correntes: é o grupo de despesas operacionais realizadas pela administração pública, a fim de promover a execução, manutenção e funcionamento de suas atividades. Classifica-se em duas subcategorias: despesas de custeio e transferências correntes;
Despesas de Capital: é o grupo de despesas que contribuem para formar um bem de capital ou adicionar um valor a um bem já existente. Classificam-se em três subcategorias: "investimentos", "inversões financeiras" e "transferências de capital”;
Despesas de Custeio: destinam-se à manutenção e operação de serviços, como também à manutenção de bens móveis e imóveis. Trata-se de uma contraprestação direta de serviços;
Destaque de Dotação (Destaque de Crédito): a forma de se transferir, ao Corpo de Bombeiros Militar ou órgão que deva utilizá-lo, o poder de disposição sobre os créditos constantes do Orçamento do Estado. Tal transferência dá-se
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em despacho do titular ou de autoridade delegada da Secretaria ou órgão à supervisão do qual estejam os referidos créditos, mediante documento formal;
Doação: É a transmissão, sem ônus para o Corpo de Bombeiros Militar, bens móveis, imóveis por intermédio de Entidades Públicas, Privadas, Pessoa Física e/ou Jurídicas em conformidade com as normas legais;
Dotação Orçamentária ou Crédito orçamentário: o recurso previsto no Orçamento Geral do Estado, constituindo-se, inicialmente, nos créditos orçamentários atribuídos aos diferentes órgãos e, posteriormente, no numerário correspondente àqueles créditos;
Empenho de Despesa: o ato emanado de autoridade competente que cria a obrigação a administração pública, pendente ou não de implemento de condição; é o primeiro passo para a execução do orçamento no que tange a despesa. ( implemento de condição são as formalidades a serem cumpridas para se Ter uma dívida líquida e certa, cuja emissão do empenho não caracteriza). Caracteriza-se pelo registro realizado no sistema informatizado da Prodemge; o SIAFI(Sistema de Administração Financeira);
Execução Centralizada: aquela em que o Gerente de Projeto e/ou Atividade executa a despesa através de sua própria Unidade Executora, em benefício de várias outras Unidades Executoras;
Execução Concentrada: aquela que é realizada por uma Unidade Executora, diversa da do Gerente, em benefício de outras Unidades;
Execução Descentralizada: aquela em que o total dos créditos é executado através de delegação do poder de disposição dos mesmos a outras Unidades Executoras;
Exercício Financeiro: o período que abrange o conjunto dos fatos de natureza econômico-financeira ocorridos durante a gestão desenvolvida pela administração. O Exercício financeiro compreende o período de 01 de janeiro a 31 de dezembro em obediência ao Princípio da Anualidade do orçamento público;
Gerentes de Projetos/Atividades: Unidades do Corpo de Bombeiros Militar encarregadas da gerência superior de projetos ou atividades em consonância com as políticas setoriais da Corporação e outras diretrizes afins;
Guia: É o documento que ampara a movimentação interna e externa de material do Corpo de Bombeiros Militar. A guia quando de transferência de material de capital emitida no sistema SIAD deve ser assinada pelo Almoxarife que entrega o material e pelo Almoxarife que recebe;
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Inventário: É o procedimento administrativo que consiste no arrolamento físico financeiro de todos os bens móveis e imóveis, e dos materiais de consumo existentes em uma ou mais Unidades Gestoras ou Administrativas;
Liberação Escritural: disponibilidade escritural financeira para as Unidades Orçamentárias; no CBMMG, para a DCF;
Licitação: o processo destinado a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos;
Liquidação: é a verificação do direito do credor, tendo por sua vez os documentos comprobatórios que o material foi entregue, a que devemos pagar e o quanto vamos pagar para extinguir a dívida; Material Permanente: É o material que pelas suas características, não perde a sua identidade física, nem se incorpora a outro bem em razão do uso, que tem durabilidade acima de dois/anos e ainda que devido ao alto custo valorizam o patrimônio da Corporação;
Mapa-carga ou Termo de Responsabilidade Total: É o documento informatizado que, dividido em grupos e classes de materiais, retrata a situação da carga da Unidade em quantidade e valores, devendo uma via permanecer arquivada no Almoxarifado;
Material: designação genérica de equipamentos, componentes, sobressalentes, acessórios, matérias-primas e outros itens empregados, ou passíveis de emprego, nas atividades dos órgãos, autarquias e fundações do Poder Executivo;
Material de consumo: aquele que, em razão de seu uso corrente, perde normalmente sua identidade física ou tem sua utilização limitada a um prazo de, no máximo, dois anos contados de sua fabricação; Material de Consumo Controlado: É aquele cujo consumo está vinculado a prazos de validade, ou tempo estimado de uso, implicando na confecção de relatório que justifique o seu desaparecimento quando em uso;
Material permanente: aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde a sua identidade física ou foi fabricado com expectativa de durabilidade superior a dois anos;
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Material inservível: é o que não mais possa ser utilizado para o fim a que se destina, em virtude da perda de suas características, de sua obsolescência devido à modernização tecnológica, independentemente do seu valor de mercado;
Material ocioso: aquele que, embora apresente condições de uso, não está sendo aproveitado;
Material antieconômico: é o que possui manutenção onerosa ou rendimento precário, em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo;
Material recuperável: aquele que, embora esteja com defeito, pode ser recuperado, desde que o custo da recuperação não supere quarenta por cento do seu valor de mercado ou a análise de custo/benefício demonstre ser plenamente justificável a recuperação;
Material irrecuperável: material com defeito e que não pode ser utilizado para o fim a que se destina, em razão da inviabilidade econômica de sua recuperação;
Movimentação de Material: É o seu deslocamento de material de um local para outro, caracterizada pela substituição de responsáveis total ou parcial sobre ele. Pode ser interna ou externa. A movimentação deve ocorrer no sistema SIAD de forma eletrônica e entre locais de forma física;
Movimentação Externa: É o deslocamento do material de uma Unidade para outra, ou de um Centro de Suprimento para uma ou mais Unidades, ou ainda destas para os Centros de Suprimento. que se caracteriza pela substituição do responsável total sobre o material movimentado;
Nota Fiscal: É o documento comprobatório da aquisição de um bem ou serviço por intermédio de um fornecedor, na qual se especificam as mercadorias vendidas e serviços prestados com indicação dos preços unitário e global.
Orçamento-Programa: a expressão de um plano de trabalho pelo conjunto das ações a serem desenvolvidas e pela especificação dos recursos necessários a sua execução;
Ordenador de Despesa: denominação data as autoridades que pratiquem atos de empenhar, liquidar, autorizar pagamentos, adiantamentos ou dispêndios de recursos pelos quais é responsável. No CBMMG, o Ordenador de Despesa é seu dirigente máximo o Comandante Geral que delega esta competência aos Tenentes Coronéis, Coronéis ou outro militar também chefe de Unidade Executora.
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Órgãos Gerentes: são os órgãos do Corpo de Bombeiros Militar encarregados da gerencia superior de Projetos ou Atividades em consonância com as políticas setoriais da Corporação e outras diretrizes afins. Atualmente a DAL, DRH, AAS e BM/3 são os gerentes de Projetos e Atividades específicos de cada atribuição legal;
Parecer Técnico: É o documento emitido por técnico ou perito, visando instruir os processos de aquisição de material ou contratação de Serviços, orientando as Comissões de licitações e Comissões Permanentes de Avaliação e Recebimento de Material, bem como para instrução de processos de baixa de bens por inservibilidade;Parecer de Recebimento: É o documento pelo qual, os bens materiais são incorporados em carga ou registrados no estoque de material da Unidade;
Plano: a expressão material da função administrativa de planejamento, que compreende a formulação sistemática de um conjunto de decisões devidamente integradas, apresentando exequibilidade técnica, conveniência econômica e aceitação política e que expressa os propósitos do Governo Estadual e condiciona os meios de alcançá-los;
Plano de Auditoria: o documento que estabelece os objetivos da atividade da auditoria sistemática e regula sua execução quanto aos órgãos a serem examinados, pessoal participante, datas de realização e condições de apoio;
Prestação de Contas: a documentação compreendida pelo demonstrativo e os documentos comprobatórios de receita e despesa - organizada pelo próprio agente, entidade ou pessoa designada, responsável pelo recebimento ou aplicação de recursos financeiros;
Programa: é o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos; sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual;
Programa de Auditoria: a ordenação racional das atividades de auditoria, expressa num conjunto de ações integradas, visando a objetivo específico de um exame de auditoria, a fim de servir como esquema para o auditor no curso de seu trabalho;
Projeto: um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resultam um produto que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do Governo;
Provisão de Crédito (descentralização de cota): instrumento mediante o qual é transferido o poder de decisão sobre determinado crédito, no seu todo ou em parte;
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Requisição: É o documento de solicitação de material, aos detentores destes, no âmbito da Corporação. Um agente público de uma Unidade Administrativa deve fazer a requisição de forma eletrônica na SIAD para posterior retirada do material no Almoxarifado;
Responsável e co-responsável: pessoa legalmente instituída para gerir administrativa, financeira e patrimonial uma unidade que pratica atos de gestão. Especificamente no caso do SIAFI, pode-se dizer dos operadores do sistema, responsáveis pelo registro das transações;
Ressarcimento: Ato de indenizar o servidor que realizou despesa devidamente comprovada em favor do Estado mediante autorização ou diligência custeada por ente público; Responsabilidade Total: É a responsabilidade decorrente da guarda e administração de toda a carga patrimonial de uma Unidade Administrativa;
Responsabilidade Parcial: É a responsabilidade decorrente da guarda e administração de parte da carga patrimonial de uma Unidade Administrativa;
Termo de Responsabilidade Parcial: É o documento informatizado que contém todo o material permanente de cada seção ou pelotão no âmbito de uma Unidade Administrativa;
Tomada de Contas: o levantamento organizado por serviço de contabilidade analítica, baseado na escrituração dos atos e fatos praticados na movimentação de créditos, recursos financeiros e outros bens públicos, por um ou mais responsáveis pela gestão financeira e patrimonial a cargo de uma Unidade Administrativa e seus agentes, em determinado exercício ou período de gestão;
Tomada de Contas Especial: Procedimento para apurar dano ao erário público e apontar seus respectivos responsáveis para adoção de medidas administrativas e penais;
Transferências Correntes: dotações para despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços ao Estado, incluindo as contribuições e subvenções destinadas a atender a manutenção de outras entidades de direito público ou privado;
Transferências de Capital: as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo estas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especial anterior, bem como as dotações para
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amortização da dívida pública; transferências para a formação ou aquisição de um bem de capital nas entidades ou órgãos beneficiados;
Unidade Administrativa: a Organização Corpo de Bombeiros Militar estruturada para exercer administração própria, possuindo competência para realizar atos de gestão de bens do Estado e de terceiros, dependendo entretanto de provisão de créditos para a execução de Projetos e/ou Atividades, ou parcelas dos mesmos, a seu cargo. Sua competência variará com o grau de autonomia que lhe for concedido. Não é contemplada nominalmente no Orçamento Geral do Estado;
Unidade Executora: a que dispõe de organização e meios para exercer plena administração própria e tem competência para praticar todos os atos e fatos administrativos decorrentes da gestão de bens do Estado e de terceiros, bem como para estudar, dar parecer e julgar direitos. Representa aquela que o orçamento não atribui recursos, mas que é contemplada com a distribuição dos créditos da Unidade a qual está vinculada para a realização dos programas de trabalho;
Unidade Orçamentária: a entidade da Administração Pública a que o Orçamento Geral do Estado atribui, especificamente, recursos para o atendimento de seus encargos, possuindo o poder de decisão sobre tais recursos.
Anexos:
Anexo A; Gerentes e suas respectivas Atividades
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GERENTES de ATIVIDADE
ATIVIDADES
DRH – DAL 2.002 - Planejamento, Gestão e Finanças
DRH2.058 - Auxílio Transporte, Alimentação,
Funeral e Doença para Servidores MilitaresDRH 2.417 - Remuneração do Pessoal AtivoDRH 7.007 - Proventos de Inativos MilitaresDTS 2.427 - Tecnologia da Informação
DE4.366 - Recrutamento, Treinamento e Formação de
Bombeiros MilitaresDRH 2.021 - Assistência e Promoção Social
DAL2.087 - Reforma e Ampliação de Unidades
Prediais do CBMMGDRH – DAL 4.273 - Prevenção e Combate a Sinistros
DTS4.365 - Manutenção e Ampliação do
Sistema de Comunicação
DTS4.086 – Disseminação de Acesso aos
Sistemas de Informação
AAS2.052 - Assistência Médico-Psicológica
aos Bombeiros Militares
AAS2.054 - Assistência Odontológica
a Bombeiros MilitaresGERENTES PROJETOS
DAI1.268 - Coordenação e Controle
das Atividades de Bombeiros Voluntários
Anexo B;Modelo de Solicitação de Crédito
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OBM
Belo Horizonte, de de 2013
Ofício nº /2013Assunto: Pedido de crédito
Sr. Coronel BM ,( GERENTE DE ATIVIDADE)
Solicito a V. Sa. Crédito Orçamentário, para as despesas
conforme quadro abaixo:
ATV NAT DESP ID OBJETO VALOR R$
Descrever o que será comprado ou
serviço a ser contratado. Não repetir o
a descrição do Item de despesa que
está na NERO.
JUSTIFICATIVA: o porquê da compra ou contratação segundo a
conveniência e oportunidade da Administração Pública. No caso de diárias de
viagem, colocar o valor, em reais, por militar e local da DSP.
, TEN CEL BM
ORDENADOR DE DESPESAS
Legenda: ATV – Atividade NAT DESP- Natureza de Despesa ID- Item de Despesa
Referência Bibliográfica:
Capitão BM Abel M. Fonseca Ações de gestão para o interesse público
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BARBOSA, Marcelo Mendes. Alinhamento entre planejamento e gestão: O Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado e os Acordos de Resultados. Monografia ( Especialização em Gestão Pública) - Escola de Governo Fundação João Pinheiro, Belo Horizonte, 2007.
BRASIL, Lei 4.320 de 17 de março de 1964. Institui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Brasília. 1964.
BRASIL, Lei 8.429 de 02 de junho de 1992. Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências. Brasília. 1992.
BRASIL, Lei 8.666 de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Brasília. 1993.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS, Resolução n. 097 de 28
de abril de 2003. Aprova as Normas e Procedimentos para Administração de Material do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2003.
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a montagem dos Processos de Despesas do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2009.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS, Resolução n. 382 de 05 de Outubro de 2010. Aprova o Manual de Tomada de Contas Especial do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2010.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS, Resolução n. 456 de 15 de Março de 2012. Dispõe sobre as Normas de Execução dos Recursos Orçamentários para o exercício de 201 - (NERO/2012) e as diretrizes para sua execução. Belo Horizonte, 2012.
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MINAS GERAIS (Estado), Decreto n. 35.304 de 30 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a implantação e utilização do sistema integrado de administração financeira do estado de Minas Gerais - SIAFI-MG. Belo Horizonte, 1993.
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MINAS GERAIS (Estado), Decreto n. 44.948 de 14 de novembro de 2008. Dispõe sobre o encerramento do exercício financeiro de 2008, para os órgãos e entidades da Administração Pública Estadual . Belo Horizonte, 2008.
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MINAS GERAIS (Estado), Decreto n. 45.018 de 20 de janeiro de 2009. Dispõe sobre a utilização e gestão do sistema integrado de administração de materiais e serviços do estado de Minas Gerais - SIAD-MG do poder Executivo Estadual. 2009.
MINAS GERAIS (Estado), Decreto n. 45.242 de 11 de dezembro de 2009. Regulamenta a gestão de material, no âmbito da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Poder Executivo. Belo Horizonte, 2009.
SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DE MINAS GERAIS, Resolução n. 61 de 29 de novembro de 2005. Regulamenta os procedimentos para realização de cotação eletrônica para aquisição de bens e contratação de serviços de pequeno valor por dispensa de licitação, com fundamento nos incisos I e II do art. 24 da Lei Federal n.º.666/93, no âmbito da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Poder Executivo do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2005.
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