03. Fichamento Sobre Benjamin Constant - Da Liberdade Dos Antigos Comparada à Liberdade Dos Modernos

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ichamento Sobre Benjamin Constant

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  • T E R A F E I R A , 3 0 D E J U N H O D E 2 0 0 9

    Fichamento sobre Benjamin Constant Daliberdade dos antigos comparada liberdade dosmodernosCONSTANT, Benjamin. Da liberdade dos antigos comparada dosmodernosObjetivo: distinguir duas formas de liberdade: liberdade cujo exerccioera caro aos antigos, a outra til para as naes modernas. 1. Aconfuso entre estas liberdades foi a causa de muitos males; 2. Saberporque o governo representativo, nico em que a modernidadeencontra liberdade e tranqilidade, era desconhecido pelos antigos(tentaram descobrir marcas desse governo em povos antigos: umengano).Na lacedemnia, uma aristocracia monarcal (no um governorepresentativo). Gauleses: teocrticos guerreiros. Em Roma: tribunostinham at certo ponto uma misso representativa, mas o povo exerciadiretamente grande parte dos direitos polticos.Governo representativo inveno dos modernos: a condio daantiguidade no permitiria um governo de tal natureza a organizaosocial dos antigos os levava a desejar uma liberdade bem diferente daassegurada pelo governo representativo.Liberdade, para um moderno francs, ingls ou americano: direito deno se submeter seno s leis: influir sobre a administrao dosgovernos. J para os antigos, consistia em exercer coletiva ediretamente vrias partes da soberania inteira, deliberar em praapblica (consentiam com a submisso do indivduo a vontade do todo):aes privadas sujeitas a severa vigilncia. Nada concedido independncia individual, nem mesmo o que se refere religio(p.11). Autoridade do corpo social se impunha aos indivduos no quehoje nos parece mais insignificante leis regulamentavam o costume,como tudo era costume, no havia nada que as leis noregulamentassem.Entre os antigos: indivduo, quase sempre soberano nas questespblicas, escravo em todos os seus assuntos privados (delibera sobrea guerra e a paz, mas limitado e reprimido como particular). Entreos modernos o contrrio: independente na vida privada, e, mesmo nosestados mais livres, s soberano em aparncia.H uma repblica na antiguidade em que a escravizao do indivduoao coletivo no to completa como acima: Atenas. Veremos porqueentre todos os estados antigos, Atenas a que mais se pareceu com osmodernos.Os antigos no tinham nenhuma noo de direitos individuais: comomquinas, em que a lei regulava as molas e dirigia as engrenagens.Todas as repblica antigas tinham limites estreitos: seu esprito erabelicoso e os Estados tinham escravos. No mundo moderno, o oposto:os menores dos Estados so muito mais vastos que Esparta e Roma(durante cinco sculos); organizao social moderna suficientementeforte para no temer hordas brbaras, esclarecidas para querer a paz,e no a guerra.

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  • Guerra anterior ao comrcio: ambos so meios de atingir o mesmofim, aquilo que se deseja. Comrcio: tentativa de se obter o que sedeseja de forma no violenta. Pela experincia, provando que aguerra expem diversos malogros, que leva o homem a recorrer aocomrcio: meio mais brando e seguro de conseguir o que se quer.Guerra o impulso, comrcio o clculo. Chegamos ao momento emque o comrcio substitui a guerra. Entre os antigos, povoscomerciantes eram exceo, um acidente feliz, hoje condio normal,tendncia universal e verdadeira da vida das naes. Para os antigos aguerra era vantajosa, para os modernos custa mais do que vale.Resultado dessas diferenas:1. Extenso do pas diminui a importncia poltica de cada indivduo2. Abolio da escravatura privou a populao livre de todo o lazerque o trabalho dos escravos lhes permitia3. Comrcio no deixa, como a guerra, intervalos de inatividade navida do homem4. Comrcio gera nos homens um forte amor pela independnciaindividual: poder poltico que se intromete nas especulaesparticulares atrapalha os especuladores.Exceo: Atenas. Repblica comerciante que concedia muito maisespao, liberdade individual que Roma ou Esparta (esprito doscomerciantes de Atenas era semelhante ao do nosso tempo): seuscostumes pareciam com os nossos, amor liberdade individual. Havia,porm, vestgio da liberdade dos antigos, devido ao pequeno territrioe existncia de escravos: povo faz as leis e h ostracismo (indivduoainda subordinado supremacia do corpo social mais que em qualquerEstado livre da Europa contempornea a Constant).Ns no podemos mais desfrutar das liberdades dos antigos: elespossuam uma influncia real quando participavam da soberanianacional. Estavam, assim, dispostos a muitos sacrifcios pelaconservao de seus direitos polticos. EM ns no h tal compensao:o indivduo quase nunca percebem a influncia que exercem(experimentamos uma nfima parcela de satisfao, quandocomparamos a nossa participao poltica dos antigos). Por issosomos mais apegados a nossas liberdades individuais que os antigos.Eles sacrificavamna para obter mais, caso fizssemos o mesmo,estaramos fazendo isso e recebendo menos.Liberdade nos antigos: partilha do poder social entre todos oscidados de uma mesma ptria (p.15); Modernos: Segurana dosprivilgios privados; e eles chama liberdade as garantias concedidaspelas instituies a esses privilgios (p.16)Rejeita o poder arbitrrio. Cr que certos homens, embora bemintencionados, e influenciados por Rousseau no perceberam o erroque cometiam. Rousseau: transporta para os tempos modernos umvolume de por social e soberania coletiva pertencente a outrossculos. Seu amor liberdade forneceu pretextos para diversastiranias. Mas o erro est mais em abade Mably: com base nas mximasda liberdade antiga, deseja o domnio total dos cidados para que anao seja livre, escraviza o indivduo para libertar o povo.Seus desejo que a lei pudesse atingir os pensamentos, no s asaes, perseguisse o homem sem trgua, tinha entusiasmo por Esparta,desprezo por Atenas. J Montesquieu no caiu nos mesmos erros:impressionase com as referidas diferenas, mas no as distingue bem.Povo mais afeito a liberdade era o mais afeito aos prazeres da vida:queria liberdade por ver nela a garantia dos prazeres: antigamente,onde havia liberdade, podiase suportar as privaes; agora, onde hprivao, preciso a escravido para que algum se resigne a ela(p.18).Os homens que fizeram a revoluo estavam imbudos dos pensamentos

  • de Rousseau e Mably: queria, assim, exercer fora pblica, tal comofaziam os Estados na antiguidade: tudo deveria ceder frente a vontadecoletiva, e restries aos direitos individuais seriam compensadas pelaparticipao no poder social. Experincia desenganou: viram que aarbitrariedade dos homens era pior que as piores das leis, e que as leisdem ter limites.Independncia individual: sendo a primeira das liberdades modernas,no a devemos sacrificar em nome da poltica: nenhuma instituioque na antiguidade impedia a liberdade individual desejvel namodernidade. Certos governos modernos sentem afeio por preceitosrepublicanos, como banir, exilar, privar...Ostracismo incongruente para os modernos, a no ser que feito porum tribunal competente: em Roma, a censura supunha um poderilimitado, como o ostracismo entre os gregos. Roma: censura nocriara os bons costumes, mas a simplicidade dos costumes queassegurava o poder e eficcia da censura (na Frana moderna seriaineficaz e intolervel).Como modernos, queremos desfrutar de nossos direitos, desenvolvernossas faculdades conforme entendemos, sem prejudicar ningum:educao e religio ao molde que tinha nos antigos seria anacrnico.Devemos desconfiar da admirao por reminiscncias antigas: sevivemos em tempos modernos, devemos ter a liberdade dos modernos.Em suma: a liberdade individual, repito, a verdadeira liberdademoderna. A liberdade poltica a sua garantia e , portanto,indispensvel. Mas pedir aos povos de hoje para sacrificar, como os deantigamente, a totalidade de sua liberdade individual poltica omeio mais seguro de afastlo da primeira, com a conseqncia deque, feito isso, a segunda no tardar a lhe ser arrebatada (p.21)No tende a diminuir a importncia da liberdade poltica: norenuncia liberdade poltica, mas reclama a civil junto com outrasformas de poltica. Possumos hoje os direitos que sempre tivemos,mas os governos tem novos deveres. Deve conter a autoridade: odespotismo dos antigos no o mesmo dos modernos: os indivduos nodefendem a liberdade poltica com o mesmo afinco que os antigos; masos modernos defendem a liberdade individual.Comercio, com a circulao, emancipa o indivduo e torna aautoridade dependente, por meio do crdito dinheiro arma maispoderosa do despotismo e seu maior freio. Como precisamos de umaliberdade diferente da dos antigos, ento as instituies que agarantem tambm sero diferentes. Se entre os antigos quanto maistempo consagrava aos exerccios de seus direitos polticos mais livreele estava, ento, para ns, modernos, quanto mais o exerccio denossos direitos polticos nos deixar tempo para nossos interessesprivados mais liberdade nos ser preciosa.Necessidade de um sistema representativo: nao confia aos indivduoso que ela no pode/quer fazer. Recorrem ao sistema representativopor uma procurao, para desfrutar das liberdades que lhes so teis:devem exercer vigilncia ativa e constante, e de afastar seusrepresentantes em determinados casos.Ameaa das liberdades tambm diferente. Perigo da antiga: atentos necessidade de participar do poder social os homens no sepreocupassem com direitos e garantias individuais; perigo da liberdademoderna: absorvidos pelo gozo da independncia privada e na buscapor interesses particulares, renunciem facilmente o direito departicipar do poder poltico.Necessitamos nos aperfeioar, a liberdade poltica o mais enrgicomeio para que ns desenvolvamos nossas faculdades: estabelece umaigualdade intelectual que faz a glria e poder do povo. No queremosrenunciar alguma das liberdades, mas combinlas. Instituies devem

  • Postado por Fbio Zuker s 23:44

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    realizar os destinos do gnero humano, terminar a educao moral doscidados.Plano normativo: em suma, combinar as liberdades individuais epolticas em suas acepes moderna: protegendo sua independncia echamandoos para participar do poder.

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