Click here to load reader
Upload
araquelsouza8723
View
197
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
ADIÇÃO ELETROFÍLICA
Adição a C=C
C Cσ
π •ataque eletrofílico é mais comum do que nucleofílico(este será visto posteriormente)
•os életrons π são mais polarizáveis
Exemplo: adição de bromo à dupla olefínica
C CBr2 C C
BrBr
Mecanismo:
1a hipótese ⇒ mecanismo de passo único
• deveria formar apenas o produto dibromado
• deveria ocorrer adição do mesmo lado (syn)
mas,
H2C=CH2
Br2
H2O
H3C-OH
H2O/Cl-
BrCH2CH2Br + BrCH2CH2OH
BrCH2CH2Br + BrCH2CH2OH + BrCH2CH2Cl
BrCH2CH2Br + BrCH2CH2OCH3
obtém-se uma mistura de produtos de adição mista
CH3
H
CH3
H
Br2Br
H CH3
Br
HCH3
Br
HCH3
Br
HCH3
trans meso
obtém-se o produto meso ⇒ adição anti
∴ não pode ser esse o mecanismo!
2a hipótese ⇒ mecanismo de 2 passos, envolvendo carbocátion
• deveria formar 50% meso e 50% racemado
Br2CH3
H
CH3
Htrans
Br
CH3H
HCH3
Br
Br
Br
HCH3
Br
CH3H
Br
CH3H
Br
CH3H
meso
um dos enantiômeros
• Como na prática se obtém 100% meso, este não pode ser o mecanismo!
3a hipótese ⇒ mecanismo via íon bromônio
Br2CH3
H
CH3
Htrans
CH3
H
CH3
H
Br
Br
Br
CH3H
meso
CH3 H
Br
coerente!
• íon de bromônio foi sugerido em 1938 mas nunca foi isolado!
Influências estruturais sobre o mecanismo:
Fato experimental:
C6H5CH=CHCH3 + Br2 → 30% adição syn; 70% adição anti!(trans)
• Se o intermediário fosse só bromônio ⇒ 100 % adição anti ∴ deve haver também formação de um carbocátion (estabilizado pelo anel aromático)
• As iodações são difíceis de fazer pois são reações reversíveis
• As fluorações são excessivamente exotérmicas
• As clorações, em geral, seguem mais via carbocátion do que viaclorônio. Isto porque o cloro é muito eletronegativo e pouco polarizável
• As bromações seguem, em geral, via íon de bromônio
Efeito dos substituintes sobre a velocidade da reação
• Grupos repelentes de elétrons favorecem o ataque eletrofílico e vice-versa:
substrato Velocidade relativa
CH2=CH2 1
CH2=CHCO2H 0,03
CH2=CHBr 0,03
(Me)2C=CHMe 10
MeCH=CH2 2
(Me)2C=CH2 5
• Reatividade relativa de algumas olefinas frente à adição de Br2 em ácido acético a 24 oC:
Olefina Velocidade relativa
φCH=CH2 Muito rápido
18
1,6
0,11
(carbocátion)
φCH=CHφ (imp. estérico)
CH2=CHCH2Cl (efeito indutivo)
φCH=CHBr (imp. estérico e ef. indutivo)
Orientação nas reações de adição:
CH3-C=CH2 + HBr
H
Br Br
HCH3CH2CH2
BrCH3CH2CH2Br
CH3CHCH3Br
CH3CHCH3Br
carbocátion maisestabilizado produto
principal
CH3-CH=CH2
• Regra de Markovnikov: deve se formar o carbocátion mais estabilizado
• Já na presença de peróxidos ⇒ mecanismo radicalar (será visto em breve!) ⇒ orientação invertida!
• No caso de já se ter um bromo:
H
H
CH2-CH2-Br Br CH2-CH2
Br Br
vicinal
CH3-CH-Br Br CH3-CHBr2
geminal(produto principal)
CH2=CHBr
CH3-CH=Br
Algumas reações importantes:
• Formação de haloidrinas
C C + HO Xδ δ
CO
CXH
Mecanismo:
CC
R H
H H
+ HO-XC
CX
OH
CR
C
HHO
HH
Xorientação: Markovnikovataque: trans ou anti
HO OH
+O
Cl
bisfenol-A epicloridrina
O OO OH
nepoxi
O2
OO
H+
Cl2
Cl
HOCl
ClOH
Cl
Mecanismo:
CR
HC
H
H
BH3 CHR
HCH
BH2
H
H
CR
HH
CH
BH2
H H2O2
H2O
OH
CR
HH
CH
OHH
• OH e o H entram sempre do mesmo lado da molécula
• Com olefinas muito impedidas, só se forma a primeira borana
• OH- com H2O2 produz ânion hidroperóxido:
R2BROOH
R2B RO
OH
R2BOR
3
H2O3 ROH + B(OH)3
Orientação: anti-Markovnikov
• Obtenção de dióis
Agentes oxidantes: KMnO4, OsO4 e perácidos (RCOOOH)
H
CH3
CH3
H
CH3
H
CH3
H
cis
OsO4
O
O
OsO
O
H2O
H3C
H3C HOH
OHH
éster isolável
H
CH3
CH3
Hcis
KMnO4
H3C
H3C
O
OH
H
MnO O
H2OH3C
H3C HOH
OHH
éster não isolável meso
• A adição é do mesmo lado (ao contrário do que ocorre nabromação!)
H
CH3
H
CH3
trans
O OC RO
δ
H
CH3
H
CH3
HO
oxônio
- HC C
H
H3C
CH3
H
O
OH
(sempre em anti)
OH OH
H CH3
H3C HOH
H CH3
OH
H CH3
meso
H
-RCO2
• Com perácido a adição é anti.
• São todas reações muito estereoespecíficas (a partir de isômeros diferentes, chega-se a compostos diferentes)
Adição eletrofílica a dienos conjugados
Forma-se um intermediário alílico:
H2C=CH-CH=CH2H Br
H3C-CH-CH=CH2 H3C-CH=CH-CH2
HBr HBr
H3C-CH-CH=CH2
Br
H3C-CH=CH-CH2
Bradição 1,2 adição 1,4
Temp. (ºC) % adição 1,2 % adição 1,4
-80 80
20
20
40 80
• À baixa temperatura ⇒ controle cinético
• À alta temperatura ⇒ controle temodinâmico
• na bromação 1,4:
HC=CHH2C CH2
Br
BrC=C
H
BrH2C
H
CH2Br
íon de bromônio?? cis não se obtém!! (obtém-se somente trans)
∴ não é via íon de bromônio
a bromação 1,4 ocorre via carbocátion alílico
FIM
Opcionais
• Ozonólise
•Foi usada por muito tempo para identificar a estrutura de alcenos
Ex.:
H3C CH-CH2-CH2-CH2-CH CH2CH3
1) O3
2) H2O, ZnH3C CH-CH2-CH2-CH2-C
CH3
O
H+ CH
O
H
H3C (CH2)7CH CH(CH2)7 CO
OH 2) H2O2, HOAc
1) O3H3C (CH2)7C
O
OH+ (CH2)7C
O
OHC
O
HO
oxida aldeído a ácido
1) O3
2) H2O, Zn(CH2)4C
O
HC
O
H
C CH3CH3
1) O3
2) H2OO
+ CCH3
CH3O
• Krieg estudou o mecanismo:
O O O O OO OOO• trata-se de uma adição 1,3 dipolar
CMe3
H
Me3C
H
OO
O
CMe3
Me3C
H
OOO
H ∆C
CMe3
H
O
O
OC
H
CMe3
azonídio I azonídio II
Zn/HOAc
ou H2O2 CCMe3
HO
(o trans dá para isolar e, em alguns casos, o cis foi isoladoa baixa temperatura)
• Mecanismo do rearranjo ozonídio I em azonídio II:
CMe3
Me3C
H
OOO
H CCMe3
O
H+ CH
O
HCMe3
O
CCMe3
H
O
O
OC
H
CMe3
• O que se conseguiu isolar foram os diperóxidos:
CCMe3
H
O OC
H
CMe3O O
trata-se portanto de uma dimerização do intermediário
• O mecanismo da hidrólise do ozonídeo II não está ainda esclarecido
•Se a olefina for assimétrica podemos obter três ozonídios:
RHCO
O
OCHRR'HC=CHR + RHC
O
O
OCHR' + R'HC
O
O
OCHR'
No caso de:
CH3C
HC
H
CH(Me)2
Me2CHCO
O
OCHCHMe2 + MeHC
O
O
OCHCHMe2 + MeHC
O
O
OCHMe
50:50cis-trans
48:52cis-trans
38:62cis-trans
H