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B O L E T I M 06/02/2015 192 NÚMERO DO DIA 5 milhões de visitas teve vídeo que a Qatar Airways fez do Barça, o mais visto do clube OFERECIMENTO Com Libertadores, futebol na TV aberta volta a ter audiência POR DUDA LOPES A Globo mostrou na última quarta-feira, dia 4, o tamanho do apelo da Copa Bridgestone Libertadores para os torce- dores. A partida Corinthians x Once Caldas marcou o retorno da competição à TV aberta de São Paulo, após um ano au- sente; em 2014, nenhu- ma equipe do Estado disputou a competição. E o resultado da exibição foi uma au- diência que não era vista há mais de um ano. Em campo, a partida teve expulsões, polêmicas e golea- da. No Ibope, foram 25 pontos de média, com participação de 44% das televisões ligadas. Durante todo o ano de 2014, em nenhum momento a Globo teve um Ibope tão alto com o futebol, com exceção, claro, da Copa do Mundo. Três partidas chegaram a 23 pontos, mas em amistosos da seleção brasileira. Em 2013, o cenário foi diferen- te, principalmente pela presen- ça dos paulistas em compe- tições sul-americanas. Foram cinco jogos que ultrapassaram os 25 pontos. Desses, dois foram pela Libertadores e dois pelo Recopa Sul-Americana, quando Corinthians e São Paulo disputaram o título. A exceção foi a decisão entre Corinthians e Santos, pelo Paulistão. Ainda assim, os 25 pontos alcançados neste ano devem ser mais valorizados, graças às mudanças de critérios do Ibope, que mede a audiência. Hoje, cada ponto equivale a 67.113 domicílios, enquanto que, há dois anos, equivalia a 61.900. Outro fator que ajuda a expli- car o bom desempenho corin- tiano na televisão: nas compe- tições sul-americanas, a Globo tem exclusividade na TV aberta. Nos Campe- onatos Paulista e Bra- sileiro, a Band também exibe as partidas. Dessa forma, quando somadas as au- diências de ambas as emissoras, em 2014 o futebol conseguiu atingir desempenhos maiores no Ibope do que os 25 pontos. Mas foram em ocasiões espe- cíficas: os clássicos regionais e a final do torneio estadual foram as únicas ocasiões em que a au- diência ultrapassou essa marca.

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B O L E T I M

0 6 / 0 2 / 2 0 1 5

192 N Ú M E R O D O D I A

5 milhões de visitas teve vídeo que a

Qatar Airways fez do Barça, o mais visto do clube

O F E R E C I M E N T O

Com Libertadores, futebol na TV aberta volta a ter audiência

POR DUDA LOPES

A Globo mostrou na última quarta-feira, dia 4, o tamanho do apelo da Copa Bridgestone Libertadores para os torce-dores. A partida Corinthians x Once Caldas marcou o retorno da competição à TV aberta de São Paulo, após um ano au-sente; em 2014, nenhu-ma equipe do Estado disputou a competição. E o resultado da exibição foi uma au-diência que não era vista há mais de um ano.

Em campo, a partida teve expulsões, polêmicas e golea-da. No Ibope, foram 25 pontos de média, com participação de 44% das televisões ligadas.

Durante todo o ano de 2014, em nenhum momento a Globo teve um Ibope tão alto com o futebol, com exceção, claro, da

Copa do Mundo. Três partidas chegaram a 23 pontos, mas em amistosos da seleção brasileira.

Em 2013, o cenário foi diferen-te, principalmente pela presen-ça dos paulistas em compe-tições sul-americanas. Foram cinco jogos que ultrapassaram os 25 pontos. Desses, dois

foram pela Libertadores e dois pelo Recopa Sul-Americana, quando Corinthians e São Paulo disputaram o título. A exceção foi a decisão entre Corinthians e Santos, pelo Paulistão.

Ainda assim, os 25 pontos alcançados neste ano devem ser mais valorizados, graças às mudanças de critérios do Ibope,

que mede a audiência. Hoje, cada ponto equivale a 67.113 domicílios, enquanto que, há dois anos, equivalia a 61.900.

Outro fator que ajuda a expli-car o bom desempenho corin-tiano na televisão: nas compe-tições sul-americanas, a Globo tem exclusividade na TV aberta.

Nos Campe-onatos Paulista e Bra-sileiro, a Band também exibe as partidas.

Dessa forma, quando somadas as au-diências de ambas as emissoras, em 2014 o futebol conseguiu atingir desempenhos maiores no Ibope do que os 25 pontos.

Mas foram em ocasiões espe-cíficas: os clássicos regionais e a final do torneio estadual foram as únicas ocasiões em que a au-diência ultrapassou essa marca.

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POR REDAÇÃO

Um desafio feminino de Rugby Sevens, modalidade que fará par-te do programa dos Jogos Olím-picos do Rio-2016 marcará o início das ativações dos patrocínios do Bradesco no esporte neste ano.

Neste final de semana o time brasileiro participará do Super Desafio BRA de Rugby 7’S, em Barueri (SP). O evento faz parte de um calendário mundial. Dispu-tam ainda o torneio África do Sul, Austrália, Canadá, China, Espa-nha, EUA, Fiji, França, Inglaterra, Nova Zelândia e Rússia.

“Este deve ser um ano muito intenso para o esporte no Bra-desco. Temos o privilégio de já recebermos a principal compe-tição anual mundial do Rugby

Sevens feminino e, mais do que isso, de poder dar ao torneio a marca Super Desafio BRA, que vem ganhando muita credi-bilidade com o público em geral”, afirma Jorge Nasser, diretor de marke-ting do Bradesco.

A marca “Super Desafio BRA” tem sido aplicada em even-tos desse gênero nas diversas modalidades patrocinadas pelo banco. Em 2014, judô e basquete abrigaram disputas do gênero.

O banco promove uma série de ativações ao longo da sema-na do evento. Ontem e hoje, no shopping Tamboré, em Alphaville (SP), algumas jogadoras do time brasileiro fazem demonstração

para o público. Além disso, o público será desafiado a fazer uso de uma scrum machine, máquina que simula um dos movimentos mais tradicionais do rúgbi.

Além disso, nos jogos, várias ações serão feitas com o público. Haverá a distribuição de camisas e bonés com a marca do banco e, também, bateria de escola de samba para esquentar o Carnaval.

Desafio de rúgbi abre calendário de ativações olímpicas do Bradesco

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Duda Lopes é gerente de novos negócios da Máquina do Esporte

A Federação Paulista de Futebol anunciou que a partida entre Pal-meiras e Corinthians, no novíssimo Allianz Parque, terá torcida única.

A entidade seguiu orientação do Ministério Público, que tem como intuito evitar casos de violência. A situação é um sinal claro de como o país gerencia mal evento esportivo.

Primeiramente, os casos de vio-lência no futebol acontecem, priori-tariamente, longe dos estádios. Ou seja, não fará diferença a torcida única, o problema está acima disso

. Nos últimos anos, o embate entre torcidas organizadas de Corinthians

e Palmeiras foi ampliado após a morte de um torcedor em um con-fronto na Avenida Inajar de Souza, a cerca de 30 quilômetros do estádio do Pacaembu, onde a partida entre os clubes foi realizada horas depois.

Dentro dos estádios, com poucas exceções, como o infame episódio entre Vasco e Atlético Paranaense em 2013, em Joinville (SC), as bri-gas são internas, entre grupos de torcedores. Esse foi o grande pro-blema enfrentado na Argentina, que adotou torcida única nos estádios em 2013, após uma série de mortes causadas pela violência no futebol.

Entre os barra-bravas (a organiza-da de lá), a medida está longe de ser efetiva. Com a decisão da Federação Paulista, desvia-se o tema para o lado mais fácil. A polícia não precisa fazer escolta de torcida e o Minis-tério Público se exime de possíveis inconvenientes. O problema, claro, permanece no mesmo lugar.

Mesmo com estádios novos, o que se vê são os mesmos erros de or-ganização, desde a incapacidade de fazer uma fila até a violência gratui-ta dos policiais que participam do evento. O futebol brasileiro segue andando para trás.

Torcida única nos estádios? O futebol brasileiro anda para trás

DA REDAÇÃO

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POR ADALBERTO LEISTER FILHO

O UFC lançou comunicado oficial na noite de quarta-feira assumindo um papel contraditó-rio, ao reiterar apoio ao brasileiro Anderson Silva em caso de do-ping do seu mais ilustre lutador.

Dana White, presidente do UFC, disse que, apesar de Silva ter sido flagrado num exame para dois esteroides anabólicos (drostanolona e androsterona), ele continuará como treinador do The Ultimate Fighter Brasil, o TUF, reality show da liga.

“Queremos garantir que An-derson tenha todo o processo legal e iremos apoiá-lo durante esse período”, afirmou o di-rigente nesse comunicado.

Mantendo o emprego (Silva é contratado do UFC) e apoiando a defesa do lutador, a entida-de também disse que contribui financeiramente para o controle antidoping que fiscaliza seus atle-tas: “Apoiamos irrestritamente o programa de testes da Comissão [Atlética de Nevada] fora do pe-ríodo de competição, o qual te-mos financiado quando solicitado ao longo dos últimos dois anos”.

Para Thomaz Mattos de Paiva, presidente da Conad (Comissão Nacional Antidopagem), é es-tranho uma entidade assumir as duas funções. “Isso é completa-mente incompatível. Eticamente não é o correto”, afirmou Paiva,

que pondera, porém, que não há nenhuma regra do Código Mun-dial Antidoping que impeça o UFC de assu-mir essa dupla função.

Um caso recente de dupla função que ficou famoso foi o do ciclis-ta Lance Armstrong. O americano, que acabou destituído de seus sete títulos da Volta da França por doping, chegou a apoiar financeiramente o programa antidoping desenvolvido pela UCI (União Ciclística Inter-nacional). Em 2001, Armstrong doou US$ 100 mil à entidade que nunca o flagrou oficial-mente em seus testes.

Como empresa, o UFC assume um papel que normalmente ca-beria a um clube (defender seus atletas em caso de doping) e, ao mesmo tempo, a uma federação esportiva (financiar ou ter seu próprio programa antidoping).

Se quiser ser levada a sério no mundo esportivo, a entida-de terá que aprender a lidar de maneira mais profissional com o problema, sem o duplo papel.

Luciano Hostins, advogado especialista em doping, afirma que, se for seguido o Código Mundial Antidoping, o bra-

sileiro pode pegar pena de quatro anos de suspensão.

Para o especialista, o próprio caso de Anderson é difícil.

“Ele está em uma situação complicada porque uma das substâncias é exógena [não é produzida pelo organismo] e só entra no corpo através de in-jeção. Então não dá para ale-gar contaminação”, afirmou.

O lutador afirmou que irá se defender da acusação. Em co-municado, ele disse não ter feito uso do doping para melhorar a performance na luta do dia 31.

ANDERSON SILVA DURANTE A PESAGEM PARA A LUTA DO DIA 31 COM NICK DIAZ

Caso Anderson Silva: UFC assume posição contraditória no doping