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TRAUMATOLOGIA FORENSE

08 - Traumatologia Forense

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TRAUMATOLOGIA FORENSE

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL

• Estuda as lesões e estados patológicos, imedia-tos ou tardios, produzidos por violência sobre o corpo humano e os meios produtores das lesões.

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCEITOS BÁSICOS

• Traumatismo ou trauma

Qualquer lesão, aberta ou fechada, produzida no organismo pela ação mecânica de um agente exógeno.

• Lesão

Alteração anatômica ou funcional do órgão. (Medicina Curativa)

Qualquer modificação de normalidade de origem externa, capaz de provocar dano pessoal em decorrência de culpa, dolo ou acidente. (Medicina Pericial)

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCEITOS BÁSICOS

• Lesão corporal

Aquela que atinge a integridade física e psíquica de alguém.

• Violência

Toda ação material ou pressão moral exercida contra uma pessoa, visando submetê-la a von-tade de outrem (Física, Moral, Presumida).

• Causa

É o que leva a resultados imediatos e responsá-veis por determinada lesão, suscitando uma relação entre causa e efeito.

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCEITOS BÁSICOS

• Ferida

É o retrato do ferimento e este é o ato, a ação de ferir. Exemplo: Pedro foi atropelado (ferimento) e sofreu as seguintes lesões (feridas).

• Sede das lesões

Região anatômica da vítima onde foi aplicado o trauma. É de interesse médico e jurídico.

• Saúde

Estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença.

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL NEXO DE CAUSALIDADE

• “É uma condição lógica de vínculo, de conexão,

de liame ou de eminente coesão entre a ação e

o resultado.

• Logo, não é uma situação de imperiosa certeza

ou de um diagnóstico de absoluta precisão.

• Basta apenas que exista ligação e coerência”

(França)

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL NEXO DE CAUSALIDADE

• Para existir, é necessário que (Simonin):

– A lesão tenha uma etiologia traumática;

– A lesão seja real e apropriada às circunstâncias;

– O local do traumatismo tenha relação com a sede da lesão;

– Haja relação de temporalidade, ou seja, coerência entre a idade da lesão e a ocorrência dos fatos;

– Haja lógica anátomo-clínica de sinais e sintomas;

– Haja exclusão de preexistência de danos relativa-mente ao traumatismo;

– Inexista uma causa estranha à ação traumática.

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL NEXO DE CAUSALIDADE

• Nem sempre é tarefa fácil buscar a origem do

dano, visto que podem surgir várias causas,

denominadas concausas, concomitantes ou

sucessivas.

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CAUSAS E CONCAUSAS

• Dificilmente as lesões corporais resultam de uma causa única, mas sempre de causas determinan-tes, isto é, da convergência de vários fatores, ca-da um contribuindo em proporções diversas para a sua produção.

• Causa é o fator ou a ação que isoladamente, se-ria adequada para produzir a lesão.

• Concausa é o fator ou a ação necessária, mas insuficiente, para tal.

• Juridicamente, o comportamento ilícito do agente é a causa; os demais fatores contribuintes, inde-pendentes de sua ação própria, as concausas.

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCAUSAS

• Causas secundárias, inerentes à própria vítima.

• Causas ou fatores que se associam para o agravamento ou melhora de uma lesão.

• A lesão corporal, sempre resulta do concurso de uma causa principal (o ato ilícito) somada a uma ou várias concausas.

• Geralmente têm contribuição desprezível para o resultado mas, quando a contribuição for consi-derável, pode limitar a responsabilidade do réu.

• Costumam ser alegadas quando produzem agravamento.

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCAUSAS

• Podem ser preexistentes, concomitantes e super-

venientes.

• As preexistentes dividem-se em (Palmieri):

– Fisiológicas (bexiga cheia facilita a rotura trau-

mática);

– Teratológicas (anomalias hereditárias ou con-

gênitas);

– Patológicas generalizadas (hemofilia, diabete);

– Patológicas localizadas (coronariopatias, aneu-

risma aórtico).

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CRITÉRIOS NA AVALIAÇÃO DAS CONCAUSAS

• Cronológico (correlação entre a evolução natu-ral de um processo patológico e o comporta-mento ilícito do agente);

• Topográfico (correlação da ação local com re-percussões próximas ou distantes do organismo lesado);

• Quantitativo (correlação entre o grau do trau-matismo e o dano resultante);

• Resultante (correlação entre o traumatismo e o aparecimento de sintomas);

• Excludente (falta de nexo entre o traumatismo e sintomas e sinais posteriores).

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES

PRÉ-EXISTENTES

• A quer suicidar-se e ingere veneno. Durante o processo de intoxicação recebe um ferimento por parte de B, que quer matá-lo. Contudo, pou-co depois vem a morrer, mas em conseqüência do veneno, não da lesão recebida.

• Abstraindo-se a conduta de B, o resultado apa-receria de qualquer forma.

• Logo, a ação de B não é causa porque fora do alcance do art. 13 do CP, já que causa é apenas a conduta sem a qual o resultado não teria ocorrido.

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES

PRÉ-EXISTENTES

• Art. 13 do Código Penal:

“O resultado, de que depende a existência do

crime, somente é imputável a quem lhe deu

causa. Considera-se causa a ação ou omissão

sem a qual o resultado não teria ocorrido.”

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES

CONCOMITANTES

• São aquelas que se dão simultaneamente ao fa-to gerador do dano.

• A e B atiram em C (fora de co-autoria) e prova-se que o projétil de B é que causou a morte de C, atingindo-o no coração, enquanto a bala disparada por A alvejou, de leve, o braço de C.

• A morte apenas é imputada a B.

TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL CONCAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES

SUPERVENIENTES

• São aquelas que ocorrem após o evento danoso.

• A atira em B, B entra em casa e o teto cai e o mata. Tentativa de Homicídio.

• A envenena B, mas, ainda sem que o veneno aja, ocorre a queda de uma viga sobre B, que então morre em razão dos ferimentos decorren-tes da queda.

ENERGIAS CAUSADORAS DE

DANOS

ENERGIAS CAUSADORAS DE DANOS

• Mecânicas (instrumentos em geral)

• Físicas (temperatura, eletricidade, pressão atmosférica, radioatividade, luz e som)

• Químicas (cáusticos e tóxicos em geral)

• Físico-químicas (asfixias)

• Bioquímicas (infecções e intoxicações alimen-tares)

• Biodinâmicas (choque)

ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA

• Capazes de modificar o estado de repouso ou movimento de um corpo, produzindo lesões em parte ou no todo, com repercussões interna ou externa.

• Atuam por pressão, percussão, tração, torção, compressão, explosão, deslizamento e contra-choque.

ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA

• Os meios, ações ou agentes mecânicos classifi-cam-se em:

– Perfurantes

– Cortantes

– Contundentes

– Pérfuro-cortantes

– Corto-contundentes

– Pérfuro-contundentes

AGENTES PERFURANTES

AÇÕES OU AGENTES PERFURANTES

• Agem sobre um ponto.

• Atuam por pressão através da ponta e afasta-

mento das fibras do tecido.

• Instrumentos punctórios, finos, alongados e

pontiagudos.

• Exemplos: Agulha, furador de gelo, compasso,

prego, espinha, etc.

AÇÕES OU AGENTES PERFURANTES

• Causam feridas puntiformes ou punctórias, com

predomínio da profundidade sobre a área

externa.

• Se o instrumento ultrapassar a espessura da es-

trutura atingida, a ferida será chamada transfi-

xante.

AÇÕES OU AGENTES PERFURANTES

• Ferida puntiforme ou punctória

AGENTES CORTANTES

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Agem por um gume (corte) mais ou menos

afiado, sobre uma linha.

• Atuam por mecanismo de pressão e desliza-

mento sobre os tecidos.

• Causam feridas incisas, regulares, lisas, com

bordas nítidas e sem traumas nos tecidos

vizinhos.

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Tipos de feridas incisas:

– Simples: Quando o instrumento penetra os tecidos em direção perpendicular à superfície do corpo.

– Com retalho: O instrumento penetra obliqua-mente, deixa pendente do corpo um retalho cortado em bisel, preso por uma das pontas.

– Mutilante: O instrumento, atravessando os tecidos de lado a lado, destaca certa parte saliente do corpo: pavilhão da orelha, ponta do nariz, dedo, etc. Neste tipo, se inclui o es-gorjamento, o degolamento e a decapitação.

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Características da incisão:

– Predomina o comprimento sobre a profundida-de (ação do gume).

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Características da incisão:

– Bordas sem irregularidades, nem sinais de

contusão.

– Em geral é retilínea, mas gumes denteados

ou cegos produzem incisões menos lisas.

1. Borda ou lábio

2. Vertente

3. Fundo

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Características da incisão:

– Afastamento das bordas da ferida, pela elasti-

cidade e tonicidade dos tecidos, sendo maior

quando produzida em corpo vivo.

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Características da incisão:

– Caudas de entrada e de saída, a primeira

mais profunda e a segunda mais superficial,

tangencial ao tecido.

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Características da incisão:

– Menos profunda nas extremidades.

– O estudo da caudas serve para informar a

direção em que o golpe foi dado.

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Ferida incisa

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Ferida incisa

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Ferida incisa (em cicatrização)

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Ferida incisa (em cicatrização)

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Ferida incisa (em cicatrização)

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

PROBLEMAS MÉDICO-LEGAIS

• As características da lesão permitem identificar “genéricamente” (instrumento cortante), mas não específicamente (navalha, faca), e muito menos individualmente (esta navalha, aquela faca).

• Em regra são lesões de pouca gravidade, mas há casos em que as incisões são profundas, mu-tilantes, ou atingem importantes vasos sanguí-neos, causando hemorragias mortais.

• Incisões profundas no pescoço podem resultar em embolias gasosas ou asfixia por sufocação.

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

PROBLEMAS MÉDICO-LEGAIS

• Homicídio, suicídio ou acidente?

• Lesão produzida por outrem ou autolesão?

• Podem ser respondidos levando-se em conta circunstâncias como:

– A localização das feridas, seu número, sua direção, o sentido em que foram produzidas, sua profundidade;

– A unicidade ou multiplicidade de armas;

– O fato de o ferido ser canhoto ou destro, ou se for alienado mental.

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

PROBLEMAS MÉDICO-LEGAIS

• Incisões nos antebraços, mãos ou dedos podem ser feridas de defesa: a vítima procurou rebater ou agarrar a arma.

– Inexistirão se a vítima tiver sido surpreendida pelo agressor, ou se estivesse inconsciente.

– O suicida também pode produzir em si estas incisões, por imperícia ou exasperação.

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Feridas incisas de defesa

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• O prognóstico depende da sede comprometida,

da extensão e profundidade do ferimento.

• Mortais quando atingem a região do pescoço.

– Esgorjamento, se atingir a região anterior.

– Degolamento, se atingir a região posterior.

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

Degola

Lesão cervical posterior, geralmente produzida por instrumento cortante ou corto-contundente.

Esgorjamento

Lesão cervical lateral ou anterior, produzida geralmente por instrumento cortante ou até corto-contundente.

Um exemplo de instrumento é a linha de pipa adicionada com cerol (vidro moído e cola de madeira).

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Esgorjamento

Há secção das partes moles

da região anterior do

pescoço.

Pode ser homicida ou

acidental e ser produzido por

instrumento corto-

contundente ou cortante.

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Esgorjamento

AÇÕES OU AGENTES CORTANTES

• Esgorjamento

AGENTES CONTUNDENTES

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Dentre os instrumentos mecânicos, são os mai-

ores causadores de danos.

• Agem por pressão, explosão, deslizamento,

percussão, descompressão, distensão, torção,

contragolpe ou de forma mista.

• Ações contundentes são causadas quando sa-

liências obtusas (sem corte) ou superfícies du-

ras tocam com violência o corpo humano (ou

este se choca contra aquelas).

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Exemplos de objetos:

– Órgãos naturais de pessoas e animais: mãos, pés, dentes, cascos, unhas, chifres.

– Instrumentos de ataque e defesa: bastão, chi-cote, soco inglês, cassetete, palmatória.

– Instrumentos ocasionais: martelo, barra de ferro, pedra, tijolo, garrafa, perna de cadeira.

– Outros: quedas de altura, desabamentos, desmoronamentos, atropelamentos, choques de veículos, explosões (objetos projetados contra o indivíduo), jatos de ar ou de água.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Causam lesões contusas:

– superficiais: rubefação, edema traumático,

bossas linfáticas e sanguíneas, escoriação,

equimose, hematoma e ferida contusa.

– profundas: fraturas, luxações, entorses,

roturas viscerais e esmagamento.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Mecanismo de ação:

– Ativo: Quando o objeto possuidor de força vi-

va, choca-se contra o corpo da vítima;

– Passivo: Quando o corpo da vítima, sob ação

da força viva, choca-se contra o objeto;

– Misto: Quando tanto o corpo da vítima, quan-

to o objeto possuidor de força viva, chocam-

se entre si.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rubefação

Causada por mãos (tapas, agarrões, beliscões, empurrões), cinto, palmatória, etc.

A pressão libera histamina e há, apenas, vaso-dilatação capilar, responsável pela coloração avermelhada da pele.

Há autores que não a consideram lesão porque não há saída do sangue dos vasos.

É lesão porque há alteração da circulação san-guínea, mesmo transitória.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rubefação

Aparece em instantes e desaparece em minutos

ou horas (o exame deve ser realizado logo).

É a mais humilde e transitória de todas as lesões

produzidas por ação contundente (França).

Diferenciar com equimose, que não desaparece

à pressão pois o sangue saiu dos vasos.

Uma equimose pode suceder uma rubefação.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rubefação na coxa causado por chinelo tipo havaiana

Desaparece

em poucas

horas.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rubefação em região deltoidea.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Desaparece logo após a compressão

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Edema traumático

Aumento do líquido intercelular provocando dis-tensão e elevação cutânea com limites nítidos, por vezes com a forma do instrumento. Surge após 1 a 3 minutos.

Não havendo outras lesões na vizinhança, de-saparece com menos de 24 horas.

É reação vital.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Edema traumático no nariz

Desaparece

em menos de

24 horas.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Edema traumático

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Edema traumático com equimose sobrejacente

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriação (arranhão, esfoladura, abrasão)

O agente desliza sobre a pele, com arrancamen-to da epiderme e exposição da derme.

DERME

EPIDERME

RETALHO DE

EPIDERME DIREÇÃO DA

FORÇA ESCORIATIVA

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriação

Exposição da derme devido ao arrancamento da epiderme por ação tangencial de um instrumen-to mecânico.

Não havendo secção das papilas dérmicas, há extravasamento de apenas uma serosidade al-buminosa que, ressecada, forma uma crosta branco-amarelada.

Havendo secção de cristas das papilas dérmi-cas, a área fica coberta por uma crosta cor de tijolo, a crosta sero-hematínica.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriação

Em 4 a 10 dias, a crosta de consistência firme

começa a se levantar na periferia e expõe su-

perfície rósea pela ausência de melanina e pre-

sença de novos capilares.

Não deixa cicatriz, apenas uma mancha hipo-

crômica por algum tempo.

Em 6 meses desaparece sem deixar cicatriz,

exceto nas profundas.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Tipos de escoriação

– Retilíneas (instrumentos pontiagudos)

– Curvilíneas (unhas)

– Em pinceladas (cascalho)

– Em placa (asfalto)

– Apergaminhadas (no sulco do enforcamento)

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• A localização pode sugerir o crime:

– Disseminadas pelo corpo (atropelamento)

– Em torno das asas do nariz (sufocação)

– Em torno do pescoço (esganadura)

– Coxas, nádegas e seios (atentado ao pudor)

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriação no cotovelo

Arrancamento

da epiderme

por ação

tangencial de

um instrumento

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriações ungueais no tórax

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriações ungueais

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriações ungueais

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriações ungueais

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriações ungueais

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriações em pincelada e em placa

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriação em pincelada (guidão de bicicleta)

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriação em pincelada, diferentes profundidades

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriações em arrasto, no braço direito

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Escoriação post mortem

Por falta de circulação, o descolamento da der-me não elimina exsudados sero-albuminosos.

A quantidade de linfa ou sangue que verte é in-significante ou nula, e a exposição da derme desidratada produz placa amarelada, apergami-nhada, de consistência firme, courácea.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose

Infiltração de sangue na malha dos tecidos, de-vido à rotura de capilares.

Atesta que houve ação contundente e que havia vida no momento da lesão.

As que surgem à distância resultam da migração do sangue extravasado ou por aumento da pressão venosa por compressão das veias de drenagem. Exemplos: Petéquias em conjuntivas oculares no estrangulamento, enforcamento.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose

Pode representar a forma do instrumento (fivela

de cinto, gomos de pneu, arcada dentária, cas-

setete.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Formas de Equimose

Petéquias (pontilhadas)

Em forma de cabeça de alfinete, desaparecem mais rápido que as demais.

Sugilação (forma de grãos de areia)

Confluência de numerosas lesões puntiformes em uma área bem definida.

Sufusão (lençol)

Formada por uma "hemorragia" mais extensa, mantém o centro violáceo e as mudanças de cor ocorrem na periferia.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose e escoriação, produzidas por toalha

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose e escoriação, produzidas por toalha

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose por prensão manual vigorosa

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose em lábios de cadáver

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose avermelhada (recente) e pequenas escoriações

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose na face interna do braço

A coloração

varia com a

sua evolução

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose bipalpebral bilateral. Sinal do Guaxi-

nim. Fratura de base de crânio

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Evolução cromática das equimoses

Devido à transformação química por que passa a hemoglobina fora do vaso, a coloração da equimose varia com a sua evolução.

• Espectro equimótico de Legrand du Saulle

Inicialmente vermelha

1 a 3 dias vermelho-violácea

3 a 6 dias azulada

7 a 10 dias verde

10 a 15 dias amarela

Finalmente cor natural da pele vizinha

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Evolução cromática das equimoses

Depende de vários fatores:

– Localização da lesão

– Profundidade da lesão

– Tamanho e a extensão da lesão

– Circulação sangüínea local

– Cor da pele

– Tratamento aplicado à lesão.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Evolução cromática das equimoses

Não existe um processo geral, mas particular para cada equimose.

É possível um mesmo indivíduo apresentar equimoses produzidas na mesma data evoluin-do de forma diferente, algumas se tornando logo amareladas enquanto outras continuam azula-das.

Um exame que leve em consideração apenas a tonalidade afirmaria terem sido produzidas em datas diferentes.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose amarelada (10 a 15 dias de evolução)

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose com várias tonalidades

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose com várias tonalidades

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose em barra

Apresenta a

forma do

instrumento.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose em barra

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose em barra

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Equimose em barra (cinto de segurança)

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Diag. diferencial da equimose traumática:

– Petéquias equimóticas (Manchas de Tardieu),

à distância, das asfixias.

– Equimoses espontâneas das púrpuras hemor-

rágicas

– Livores hipostáticos

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Diag. diferencial da equimose traumática:

Nos livores, o sangue não extravasa, mas fica

estagnado, em plena luz do vaso, na posição de

maior declive, devido à parada da circulação e

ao efeito da força da gravidade.

Nas equimoses espontâneas, a patogenia é

dada por uma fragilidade capilar, devido à hipó-

xia das células da parede do vaso.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Diag. diferencial da equimose traumática:

A equimose traumática ou espontânea não

desaparece com a compressão digital, enquanto

nos livores ainda não fixados, a mancha desa-

parece (como acontece na rubefação) para vol-

tar em seguida. Além disso, a coloração dos

livores varia com a causa mortis.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma

Produzido pelo derramamento de sangue nos tecidos superficiais ou profundos, devido ao rompimento de vasos.

Forma cavidade repleta de sangue.

Pouco visualizável na superfície do corpo.

Geralmente confundido com as equimoses.

Comuns em traumatismos intensos: crânio-en-cefálicos e viscerais.

É reação vital.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma

Pode ser encontrado:

– Sob o couro cabeludo (cefaloematoma do

recém-nascido);

– Por fora ou por dentro da dura-máter (hema-

toma extradural e subdural);

– Na massa muscular dos membros;

– No retroperitônio;

– Etc.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Cefaloematoma do recém-nascido

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• No cefaloematoma, a tumoração se limita ao

osso acometido, pois trata-se de uma coleção

subperióstea, sendo delimitada pelo periósteo

do osso acometido.

• O hematoma subgaleal (galo) é uma coleção

de sangue embaixo da pele e do tecido que

envolve os ossos do crânio, chamado gálea.

Não se limita a um dos ossos cranianos, esten-

dendo-se sobre vários ossos da calota.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma subgaleal temporal esquerdo

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• As membranas meníngeas

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma subdural

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma

• Hematoma

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma subungueal

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Hematoma subaracnóideo por PAF

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Bossa sanguínea

Hematoma em que o derrame sanguíneo, im-possibilitado de se difundir nos tecidos moles, em geral devido a planos ósseos subjacentes, se acumula formando verdadeiras bossas.

É azul no primeiro dia e segue a evolução das equimoses, desaparecendo em 20 dias ou mais.

É reação vital.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Bossa linfática

Coleção de linfa produzida por contusões tan-

genciais, como acontece nos atropelamentos,

em que os pneus, por atrição, deslocam a pele

formando grandes bossas linfáticas, entre o

plano ósseo e os tegumentos.

É reação vital.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Mecanismo de formação de bossas e hematomas

LINFA OU SANGUE DERME

TECIDO MAIS RESISTENTE

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Ferida contusa

O agente vulnerante não corta, mas amassa, comprime, tritura, distende, torce com uma ação diferente dos instrumentos perfurantes e cortan-tes.

Solução de continuidade que interessa toda a pele e subcutâneo.

Bordos irregulares, equimose e escoriações nas margens, irregularidade do fundo com trabéculas de tecidos atravessando de um lado para o outro, mais compridas do que profundas, descoaptação dos bordos e hemorragia difusa.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Ferida contusa

A ferida contusa atesta a ação contundente e

raramente indica o agente.

Deixa cicatriz larga de limites anfractuosos.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Ferida contusa

BORDOS

IRREGULARES EQUIMOSE NAS MARGENS

TRABÉCULAS DE TECIDOS

MAIS COMPRIDAS

DO QUE PROFUNDAS

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Ferida contusa no lábio superior

O instrumento

contundente

não corta, com-

prime, tritura,

distende, torce

com uma ação

diferente dos

instrumentos

perfurantes e

cortantes.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Ferida contusa

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Ferida contusa

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fraturas

Solução de continuidade de estruturas duras, mineralizadas (ossos e dentes).

Causas comuns: ações contundentes e pérfuro-contundentes.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Tipos de fraturas ósseas:

– Exposta (comunica-se com o exterior através

de ferida cutânea) ou fechada (não se

comunica com o exterior);

– Completa (divide o osso em dois ou mais

fragmentos) ou incompleta (galho verde);

– Única, múltipla ou cominutiva;

– Patológica (surge espontaneamente, geral-

mente no osso enfraquecido);

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fratura craniana cominutiva com saída de

conteúdo cerebral

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fraturas cranianas

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fraturas cranianas

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fratura mandibular com deformidade

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fratura de ambas as pernas com deformidade

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Tipos de fraturas dentárias:

– Coronárias

Atingem a coroa e são passíveis de correção.

– Radiculares

Atingem a raiz e geralmente levam à perda dentária.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fratura dentária coronária

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Fratura dentária coronária

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Avulsão do incisivo central superior esquerdo

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rotura visceral

Constitui sempre perigo de vida.

a) No tórax, as roturas pulmonares estão asso-ciadas às fraturas de costelas, que penetram o órgão causando hemopneumotórax e enfisema.

A compressão ântero-posterior pode levar à ro-tura do coração e de vasos da base.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rotura visceral

b) No abdome, o impacto aumenta a pressão in-tra-abdominal e as vísceras tendem a insinuar-se pelas brechas da parede.

Vísceras ocas lesionam-se mais quando cheias de líquidos ou alimentos, especialmente o duo-deno.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rotura hepática

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Rotura esplênica

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Esmagamento

Todos os planos anatômicos de um segmento são comprimidos e distorcidos.

Produzido por agente com grande energia cinética, geralmente de grande massa.

Há partes moles extensamente laceradas, ossos com fraturas cominutivas, destruição extensa dos tecidos e perda sanguínea importante.

Síndrome do esmagamento: Insuficiência renal aguda por depósito de mioglobina nos túbulos renais.

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Esmagamento de perna

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Esmagamento de crânio (acidente de trânsito)

AÇÕES OU AGENTES CONTUNDENTES

• Queda do World Trade Center, em 11/09/2001

TRAUMATISMOS DA CABEÇA

• Traumatismo craniano

Não há comprometimento da massa encefálica.

• Traumatismo crânio-encefálico (TCE)

Há comprometimento da massa encefálica.

TRAUMATISMOS DA CABEÇA

• Comoção cerebral (encefálica)

Há sinais e sintomas de comprometimento en-cefálico, sem hemorragia perivascular intracra-niana. Ex. típico é o do boxeador nocauteado.

• Contusão cerebral (encefálica)

Há sinais e sintomas de comprometimento en-cefálico, com hemorragia perivascular intracra-niana. Pode formar hematoma intracraniano (“coágulos” dentro da cavidade craniana).

HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS

• Extradural ou epidural

Entre o osso e a dura-máter, sempre acompanha-

da de fratura do crânio. Pode formar hematoma.

HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS

• Subdural

Entre a dura-máter e a aracnóide, associada a

desaceleração súbita da cabeça.

Pode formar hemato-

ma e pode se apre-

sentar do lado oposto

ao impacto (mecanis-

mo de contra-golpe).

HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS

• Subaracnóidea

Entre a aracnóide e a pia-máter, onde circula o LCR.

De origem traumática ou espontânea, por rotura de aneurisma.

HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS

• Cerebral (derrame cerebral)

Abaixo da pia-máter.

De origem traumática ou espontânea

HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS

AGENTES PÉRFURO-CORTANTES

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-CORTANTES

• Instrumentos de ponta e gume, que atuam por

um mecanismo misto: penetram perfurando

com a ponta e cortam com a borda afiada.

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CORTANTES

• Exemplos:

a) Com um só gume (faca peixeira, canivete);

b) Com dois gumes (punhal);

c) Com três gumes (lima, florete).

• Causam feridas pérfuro-incisas.

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-CORTANTES

• A ferida pérfuro-incisa:

– Forma de botoeira:

• Um ângulo agudo e outro arredondado,

nos instrumentos de um só gume;

• Ambos os ângulos agudos nos instrumen-

tos com dois gumes;

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CORTANTES

• A ferida pérfuro-incisa:

• Três ângulos agudos nos instrumentos

com três gumes

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CORTANTES

• A ferida pérfuro-incisa:

– Profundidade maior que a largura ou o com-

primento;

– Geralmente provoca hemorragia interna;

– Os bordos, as margens e as vertentes são

semelhantes às incisas simples.

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CORTANTES

• A ferida pérfuro-incisa:

– Pode ser mais profunda que o instrumento

(Lesão em Acordeão de Lacassagne).

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CORTANTES

• A ferida pérfuro-incisa:

– Pode ser penetrante (abre cavidade),

transfixante (atravessa parte do corpo), e

em fundo de saco (encontra obstáculo

resistente e não vai além).

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CORTANTES

• Ferida pérfuro-incisa

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CORTANTES

• Ferida pérfuro-incisa

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-CORTANTES

• Ferida pérfuro-incisa

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-CORTANTES

• Feridas pérfuro-incisas

AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Instrumentos que, apesar do gume, são influen-

ciados pela ação contundente, quer pelo seu

próprio peso, quer pela força ativa que os ma-

neja.

• Causam feridas corto-contusas.

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• A ferida corto-contusa:

– Características das incisas mas é produzida pelo mecanismo das contusas, isto é, por pres-são sem deslizamento.

– Em regra é extensa e profunda, seccionando até os ossos que encontra pela frente.

– Se o instrumento é rombo, os bordos são irregulares, há equimoses nas adjacências e trabéculas indo de um lado a outro.

– Se o gume está afiado, os bordos são nítidos e regulares e as vertentes se coaptam perfeita-mente.

AÇÕES OU AGENTES CORTO-

CONTUNDENTES

• Características da ferida corto-contusa:

EQUIMOSE

EQUIMOSE

BORDOS

REGULARES OU

IRREGULARES

TRABÉCULAS

PROFUNDAS

AÇÕES OU AGENTES CORTO-

CONTUNDENTES

• Instrumentos: Machado, dentes incisivos, facões

mal amolados, rodas de trem.

• As mordidas têm características próprias:

Formação de

dois arcos de

concavidades

voltadas uma

para a outra,

onde ficam

marcadas as

impressões dos

dentes.

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Ferida corto-contusa no braço

AÇÕES OU AGENTES CORTO-

CONTUNDENTES

• Ferida corto-contusa em cicatrização

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Ferida corto-contusa (mordida humana)

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Feridas corto-contusas (mordidas humanas)

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Feridas corto-contusas (mordidas humanas)

AÇÕES OU AGENTES CORTO-

CONTUNDENTES

• Feridas corto-contusas (mordidas humanas)

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Feridas corto-contusas (mordidas de cão)

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Feridas corto-contusas (mordidas de cão)

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Lesões corto-contusas produzidas por facão

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Lesões corto-contusas produzidas por facão

Notam-se

fraturas com

fragmentação

óssea.

AÇÕES OU AGENTES CORTO-

CONTUNDENTES

• Lesões corto-contusas

AÇÕES OU AGENTES CORTO-CONTUNDENTES

• Lesões corto-contusas produzidas por foice

AGENTES PÉRFURO-CONTUNDENTES

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-CONTUNDENTES

• Instrumentos que perfuram e contundem ao mesmo tempo.

• Exemplos: PAF, ponta de guarda chuva, pica-dor de gelo, amolador de facas.

• Causam feridas pérfuro-contusas.

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CONTUNDENTES

• A munição compõe-se de cinco partes:

– Estojo ou cápsula: Receptáculo de latão ou papelão prensado, cilíndrico, contendo os outros elementos da munição.

– Espoleta: Parte do cartucho que se destina a inflamar a carga. Constituído de fulminato de mercúrio, de sulfeto de antimônio e de nitrato de bário.

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CONTUNDENTES

– Bucha: Disco de feltro, cartão, couro, borra-cha, cortiça ou metal, que separa a pólvora do projétil.

– Pólvora: Substância que explode pela com-bustão. Pode ser negra ou branca. Esta não tem fumaça. Em geral são compostas de carvão pulverizados enxofre e salitre.

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-

CONTUNDENTES

– Projétil: O verdadeiro instrumento pérfuro-

contundente, quase sempre de chumbo nu ou

revestido de níquel ou outra liga metálica.

AÇÕES OU AGENTES PÉRFURO-CONTUNDENTES

• Características das feridas pérfuro-contusas, quando causadas por PAF:

- Orifício de entrada (bordas invertidas, orlas de contusão e enxugo, equimótica, de queimadura, de tatuagem) e, às vezes,

- Orifício de saída (geralmente maior que o orifí-cio de entrada, com bordas evertidas, irregula-res, com apenas orla equimótica).

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Produzidas pelo projétil:

– Orifício

Circular ou oval, com bordas geralmente inver-

tidas e com diâmetro geralmente menor que o

do projétil (devido à elasticidade dos tecidos).

– Orla de contusão e enxugo ou escoriação

Zona em que o projétil “limpa” na pele as im-

purezas que obteve no meio ambiente. Exclu-

siva da entrada, às vezes nas vestes.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Produzidas pelo projétil:

– Orla equimótica

Quando o projétil entra na pele, rompe os

vasos sangüínos e o sangue se infiltra nos

tecidos e criando uma equimose no orifício de

entrada. Caracteriza reação vital.

– Infiltração hemorrágica ao longo do trajeto

Observada até o orifício de saída, quando

existe.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Ferida pérfuro-contusa

Tiro a

distância, pois

apresenta

apenas orla de

enxugo e

equimótica.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Ferida pérfuro-contusa

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Ferida pérfuro-contusa

Tiro a

distância, pois

apresenta

apenas orla de

enxugo e

equimótica.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Ferida pérfuro-contusa (tiro à distância)

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Feridas pérfuro-contusas (saída e reentrada)

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO A QUEIMA-ROUPA (40/50 CM)

• Produzidas pelas chamas:

– Orla de queimadura ou chamuscamento: Zona atin-gida pelo gás aquecido, que queima a pele e pelos. Pode se limitar à roupa.

• Produzidas pela pólvora combusta:

– Orla de esfumaçamento: Resíduos da combustão, cinza ou negra. Sai com água e sabão. Pode estar apenas nas roupas.

• Produzidos pela pólvora incombusta:

– Orla de tatuagem: Zona atingida por grãos de pólvora não queimados, fragmentos de chumbo nos projéteis não encamisados. Não sai com a lavagem. Pode se limitar à roupa.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO A QUEIMA-ROUPA (40/50 CM)

1. Orla de enxugo;

2. Orla de

contusão;

3. Zona de

esfumaçamento;

4. Zona de

tatuagem.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Quando só o projétil atinge a vítima é conside-rado disparo à distância.

• Quando mais outro elemento atinge a vítima (ou as suas vestes), temos um disparo à queima-roupa.

• A presença de qualquer um destes sinais já in-dica o disparo à queima-roupa:

– Zona de queimadura;

– Zona de esfumaçamento;

– Zona de tatuagem.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO A QUEIMA-ROUPA (40/50 CM)

• Zonas de enxugo, contusão (ou equimótica), tatuagem e esfumaçamento.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO A QUEIMA-ROUPA (40/50 CM)

• Zonas de enxugo, contusão (ou equimótica), tatuagem e esfumaçamento.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO A QUEIMA-ROUPA (40/50 CM)

• Zona de tatuagem

Observa-se ainda

hematoma e ferida

contusa palpebral

e escoriações na

região frontal.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO A QUEIMA-ROUPA (40/50 CM)

Quanto mais afastada a arma, maior é a dispersão da

tatuagem. À esquerda vemos disparo na região

occipital e à direita, na região lateral do pescoço.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

• Produzidos pela pressão dos gases com plano

ósseo subjacente:

– Buraco ou Câmara de Mina de Hoffmann:

Ferida estrelada com bordas solapadas e

escurecidas.

– Sinal de Bonnet: Cone com base voltada pa-

ra dentro. Indica o sentido do PAF no osso.

– Sinal de Benassi: Anel acinzentado, resídu-

os de pólvora no osso.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

• Buraco ou Câmara de Mina de Hoffmann

Quando a bala entra, a ferida é mais ou menos circular.

No entanto, sai muito gás no momento do tiro; a ação mecânica dele faz com que o gás "bata e volte" na superfície. Isto alarga muito a ferida e faz com que os bordos da mesma fiquem evertidos.

Este sinal é uma ferida ampla, irregular, suja, anegrada e de bordos evertidos.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

• Buraco de Mina de Hoffmann

Bordas

denteadas,

desarranjadas,

descolamento

dos tecidos,

com aspecto de

cratera de mina

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

• Buraco de Mina de Hoffmann

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

• Buraco de Mina de Hoffmann

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Três lesões por PAF disparados a distância, a

queima-roupa e encostado

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Sinal de Bonnet ou do Funil

Quando o projétil atravessa um osso chato (cos-

tela, esterno, etc.), ao entrar no mesmo provoca

um orifício do mesmo diâmetro seu, mas ao sair,

provoca um orifício bem maior, dando um aspec-

to de V invertido ou de um funil.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Sinal de Bonnet ou do Funil

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Sinal de Bonnet

Formação

de um cone,

com a base

na tábua

interna do

crânio,

produzido

na entrada

do PAF.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Sinal de Bonnet

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Sinal de Benassi

Quando o tiro é encostado e, logo embaixo, há

um osso, a fumaça “suja” o mesmo.

Também

podemos

visualizar o

Sinal de

Bonnet

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Sinal de Benassi

Orifício de

entrada de

PAF

evidenciando

depósito de

fuligem nas

bordas.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

• Produzidos pela pressão dos gases sem plano

ósseo subjacente:

– A pele recua mas não se rompe como no cou-

ro cabeludo.

– Caso a pressão da arma contra a pele seja

pequena vê-se um esfumaçamento raiado.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

A equimose decalca o

desenho do cano.

Ocorre a infiltração de

gases no subcutâneo e

praticamente não se

forma a zona de

tatuagem.

O diâmetro do orifício

costuma ser maior que

o diâmetro do projétil.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

• Sinal de Pupe ou Sinal do Anel

Ocorre porque, após uma série de disparos, o cano da arma fica muito quente.

Sendo assim, ao dar um tiro encostado na víti-ma, ele deixa uma queimadura no formato do cano.

Marca da alça de mira

LESÕES DE ENTRADA DO PAF TIRO ENCOSTADO

Sinal de Pupe

Werkgaertner:

Impressão da boca do

cano da arma causada

pelo calor, que logo se

apergaminha.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Produzidos pela bucha (presentes em cartuchos de múltiplos balins)

– Atingem cerca de 7 m.

– Algumas buchas plásticas se abrem em cruz.

– Lesão não coincidente com o orifício.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Lesões produzidas por bucha de espingarda

LESÕES DE ENTRADA DO PAF PAF MODIFICADO

• Balas DumDum

LESÕES DE ENTRADA DO PAF PAF MODIFICADO

• Balas explosivas

Faz-se um pequeno orifício na ponta do PAF. Põe-se uma gota de mercúrio ou glicerina no furo e fecha-se a bala com chumbo derretido.

• Após o disparo, a carga líquida, com a aceleração, se comprime para trás; quando a bala atinge o alvo, a substância se expande para frente, o líquido empurra a ponta da bala. Com isso, a bala se fragmenta tal qual uma granada, podendo causar ferimentos gravíssimos em um raio de até 20 cm a partir do ponto de impacto.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF PAF MODIFICADO

• Balas explosivas

LESÕES DE SAÍDA DO PAF

• O orifício de saída:

– É geralmente maior que o orifício de entrada;

– Tem formato estrelado, em fenda ou circular;

– Apresenta bordas evertidas;

– Tem orla equimótica;

– Pode ter escoriação, caso comprima a pele contra anteparo;

– Pode haver mais saídas que projéteis (frag-mentação, esquírolas ósseas / dentárias).

LESÕES DE SAÍDA DO PAF

• Ferida pérfuro-contusa

LESÕES DE SAÍDA DO PAF

• Orifício de saída de PAF na região pré-auricular

LESÕES DE SAÍDA DO PAF

• Orifício de saída de PAF. Fratura óssea com

bisel voltado para fora.

LESÕES DE ENTRADA E SAÍDA DO PAF

• Trajeto de PAF transfixante em antebraço

LESÕES DE ENTRADA E SAÍDA DO PAF

• Orifícios de entrada e saída de PAF em ossada

No temporal esquerdo, evidencia-se orifício de entrada

de PAF. No lado direito, observa-se a lesão pérfuro-

contusa produzida na saída desse projétil, atingindo a

asa maior do esfenóide e o zigomático.

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Tiro tangencial

LESÕES DE ENTRADA DO PAF

• Orifício de entrada tangencial

ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA

• Lesão pulmonar por PAF

ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA

• Lesões hepáticas e pulmonar por PAF

ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA

• Lesões na parede torácica e pulmonar por PAF

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA TERMONOSES

• Quadros resultantes da ação do calor difuso

sobre o corpo humano.

• São danos orgânicos ou morte provocados pela:

– Insolação

– Intermação.

• Ambas são agressões ao organismo causadas

pela ação prolongada do calor.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA TERMONOSES

• A insolação se deve à ação direta dos raios so-lares sobre a pessoa. É mais freqüente.

• A intermação ocorre com a ação do calor, tanto de origem solar indireta (locais abrigados), quanto por outras fontes, como aquecedores, saunas, fundições, caldeiras.

• Ocorrem sobretudo após esforços musculares intensos.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA TERMONOSES

• São mais sensíveis:

– Crianças, especialmente os bebês;

– Idosos;

– Gestantes;

– Trabalhadores em áreas expostas ao calor seco ou ao calor úmido com baixa ventilação

– Pessoas com roupas pesadas ou que rete-nham a umidade

– Pessoas na praia por muito tempo, sob o guarda-sol em horários de pico.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA TERMONOSES

• Manifestações clínicas:

– Falta de ar (a vítima parece sufocada);

– A vítima fica desacordada e pálida;

– Temperatura elevada do corpo;

– Extremidades quentes e arroxeadas;

– Cefaléia, náuseas e vômitos;

– Rosto avermelhado;

– Pele quente e seca;

– Pulso rápido;

– Podem ocorrer queimadura e desidratação pela perda de sais no suor, ou em casos mais intensos, convulsões e mesmo a morte.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS

• Lesões produzidas por ação de agentes físicos térmicos, tais como:

– Fogo;

– Líquidos;

– Vapores;

– Sólidos aquecidos;

– Eletricidade;

– Raios solares, infravermelhos, ultra-violetas, laser, raios X, raios gama, nêutrons;

– Agentes químicos (produtos corrosivos ou inflamáveis).

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS

• Podem ser de:

– 1º grau (eritema)

– 2º grau (flictenas)

– 3º grau (escarificação)

– 4º grau (carbonização)

• As flictenas produzidas num cadáver são vazias, ao contrário das feitas intra vitae, que possuem plasma.

• Nas mortes por queimadura in vivo, observam-se queimaduras e fuligem na orofaringe.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS

• Queimaduras por cigarro em diversas fases de evolução (maus tratos continuados)

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS

• Queimaduras por cigarro

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS

• Queimaduras por cigarro

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS

• Queimaduras com borda metálica de isqueiro aquecido

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• A severidade da lesão depende da intensidade do calor e da duração do tempo de exposição.

• A temperatura do fogo difere conforme o materi-al queimado.

• A combustão de certas substâncias químicas atingem rapidamente alguns milhares de graus, enquanto incêndios domésticos raramente excedem 600 a 700 °C.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• É incomum que um corpo de adulto queime completamente em incêndios, sem deixar vestí-gios, ao contrário de crianças até os primeiros anos de vida.

• A obesidade e as vestes contribuem para apres-sar e tornar mais completa a destruição de um corpo pelo fogo.

• Artigos utilizados de forma mais justa ao corpo, como cintos, meias e sapatos, preservam a pele subjacente devido à exclusão do ar.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Em incêndios domésticos devastadores um cor-

po pode ser carbonizado em menos de 20 min.

• Sob uma temperatura de 700ºC, o gradeado

costal, o esqueleto facial e os ossos dos braços

são expostos em cerca de 20 min.

• A queima completa das partes moles das coxas

e dos ossos das pernas não ocorrerão antes

dos 35 minutos.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• A utilização de querosene ou gasolina sobre o corpo, pode apresentar irregularidade na carbo-nização, com severidade desproporcional entre os segmentos corporais.

• Se o tecido adiposo entrar em combustão, uma prolongada e lenta queima pode causar severo dano ao esqueleto, incluindo amputação.

• Os ossos carbonizados podem apresentar fratu-ras com traços encurvados.

• Os corpos calcinados (tão queimados que viram cinzas) são impossíveis de serem identificados. Nem mesmo por exames de DNA, já que a carbonização extrema destrói todo o material genético.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• A morte pelo fogo pode ser:

– Imediata (morte no local): Pode ocorrer tanto

por lesão térmica direta sobre o corpo (quei-

madura), como pela inalação de fumaça, o

que ocorre mais freqüentemente.

– Tardia (nos primeiros três dias): Causada por

choque, perdas líquidas ou falência respirató-

ria aguda causada por inalação de gases que

produzem lesão na árvore respiratória.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• A lesão por inalação de fumaça ou de gases aquecidos representa a principal causa de mor-talidade entre as vítimas do fogo.

• Processos que produzem a morte no local:

– Envenenamento por cianeto liberado na quei-ma de materiais sintéticos (nylon, seda, lã, poliuretano);

– Parada respiratória, através de laringobronco-espasmo, ou de reflexo vagal, ou ainda por choque pela inalação de calor (gases aque-cidos).

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

– Deficiência de oxigênio devido ao elevado consumo do componente atmosférico pelo fenômeno da combustão;

– Choque causado pela redistribuição do volu-me dos líquidos do sangue produzido pela lesão direta da pele;

– Rigidez torácica produzida pela lesão térmi-ca direta sobre o tronco;

– Outras causas naturais e não naturais.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• A explicação etiopatogênica para os óbitos:

– Distúrbios eletrolíticos conseqüentes;

– Anafilaxia;

– Produtos de destruição na circulação;

– Choque neurogênico causado pela dor;

– Embolia disseminada devido ao aumento da viscosidade sangüínea;

– Insuficiência renal devida à nefrose tubular aguda;

– Pneumonia e septicemia.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Lesão produzida por calor direto (fogo)

Flexão do punho,

conseqüente à severa

contratura dos grupos

flexores musculares. Vê-

se desprendimento dos

tecidos das extremidades

dos dedos.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Corpos que sofrem extensa carbonização apre-sentam-se na atitude de boxeador, devido à contração muscular produzida pelo calor.

• A pele pode apresentar rupturas.

• Quando a pele é completamente destruída, a exposição das camadas musculares pode mos-trar, também, rupturas.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Postura de boxeador

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Postura de boxeador

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Postura de boxeador

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Lesão produzida pelo fogo

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Presença de hematoma extradural (ou epidu-ral) de origem postmortem, com coloração mar-rom achocolatada, com aspecto friável em favo-de-mel. São extensos, espessos, e comumente ocupam a áreas frontais e temporais.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Catarata ocorre com temperaturas de 60 a 70ºC, devido à coagulação das proteínas do cristalino.

• Língua protrusa devido à retração da pele da fa-ce, devido à desidratação.

• Dentes e materiais de dentística reparatória, por serem muito resistentes ao calor, são importan-tes elementos para fins de identificação.

• Vias aéreas superiores com lesões causadas por gases tóxicos da fumaça e partículas de carvão recobertas por aldeídos e ácidos orgânicos.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Nas vítimas conscientes, a depressão respira-tória e o laringoespasmo, resultante de irritação das vias aéreas, funcionam como mecanismo protetor da exposição excessiva a essas subs-tâncias.

• Nas vítimas inconscientes, ocorre perda des-sa proteção com resultante lesão mais severa das vias aéreas inferiores.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• No tronco, independentemente da severidade da destruição da superfície corporal, os órgãos encontram-se preservados permitindo serem avaliados na autópsia.

• Tecidos e fluidos corporais podem ser utilizados para análises toxicológicas.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Lesão produzida por fogo

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• O peso e a altura do cadáver carbonizado estão

alterados devido ao dessecamento dos tecidos,

às fraturas do esqueleto e à pulverização dos

discos intervertebrais.

• Completa destruição dos tecidos moles da face

e da calvária, onde se pode observar, na tábua

óssea externa, uma fina rede de fraturas pelo

calor, podendo mesmo esta camada externa

sofrer fragmentação e estar ausente.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA QUEIMADURAS POR CALOR DIRETO (FOGO)

• Lesões produzidas pelo fogo

O crânio mostra

sinais da ação do

fogo, como área de

fratura espontânea

(post mortem),

decorrente da

elevada temperatura

a que foi submetido.

GELADURAS

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA GELADURAS

• A exposição prolongada à baixa temperatura pro-duz lesões:

– Locais: Devidas à vasoconstrição inicial e à vasodilatação paralítica posterior, levando a necrose, principalmente de extremidades (nariz, orelhas, dedos).

– Sistêmicas: Conseqüentes a isquemia e con-gestão, compensadoras da alteração vascular periférica, levando à cefaléia, sonolência, cãibras, oligúria e enfarto.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA GELADURAS

• Classificação:

– 1° grau: Palidez ou cianose transitória segui-

do de eritema no momento do reaquecimen-

to, diminuição da sensibilidade e cura em

alguns dias;

– 2° grau: Anestesia completa, flictenas sero-

hemáticas e um edema a montante;

– 3° grau: Necrose ou gangrena.

• Seqüelas: Perda de membros ou de órgãos

cartilaginosos.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA GELADURAS

• Flictenas sero-hemáticas e edema a montante

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA GELADURAS

• Flictenas e gangrena

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETRICIDADE

• A eletricidade artificial pode causar:

- Eletroplessão, quando acidental;

- Eletrocussão, quando proposital (cadeira elétrica, por exemplo).

• A eletricidade natural (cósmica) pode causar:

- Fulminação, quando age letalmente;

- Fulguração, quando apenas provoca lesões corporais.

ELETROCUSSÃO

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO OU ELETROPLESSÃO?

• Eletrocutar vem do Inglês electrocute, soma de [electr-] + [-cute] (o final de execute, "executar"), um neologismo criado em 1889.

• Originariamente, tinha o significado específico de "executar um criminoso por eletricidade".

• À medida que a eletricidade se difundiu, o verbo passou a ser usado para designar qualquer morte causada por descarga elétrica.

• Electrocution passou a servir para qualquer morte por eletricidade - acidentais, suicídio, homicídio.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO OU ELETROPLESSÃO?

• Na Itália, equipamentos elétricos trazem etique-tas que alertam "pericolo di elettrocuzione".

• Na França, manuais dizem que desfibriladores e bisturis elétricos podem "électrocuter" pacien-tes ou membros da equipe.

• Na língua portuguesa, houve reações conserva-doras contra eletrocussão e os opositores cria-ram "eletroplessão", [eletro] + [plessão] (do Grego plessein, "ferir"), adotado por muitos médicos legistas, que reservam eletrocussão especificamente para a morte na cadeira elétri-ca.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO OU ELETROPLESSÃO?

• No Aurélio, os dois sentidos de eletrocussão são registrados: tanto a execução penal quanto a simples morte por eletricidade.

• No Dicionário Médico, de Rodolpho Paciornik, vemos "Eletrocussão [De eletro + execução] - O ato de matar por meio de uma corrente elétri-ca. Poderá ser acidental ou no cumprimento de uma sentença legal de pena de morte".

• O INSS e os organismos de controle de aciden-tes de trabalho falam só de eletrocussão.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO OU ELETROPLESSÃO?

• Portanto, adotemos o termo eletrocussão tanto para as lesões, como para a morte acidental ou proposital causadas pela eletricidade artificial.

• Caso contrário teremos que dizer, também, que o indivíduo morreu eletroplessado...

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA

• São térmicos, mecânicos, químicos.

• Devem-se ao calor que se desprende pela pas-sagem da corrente elétrica através do condutor, que se expressa pelo Efeito Joule (o calor pro-duzido é diretamente proporcional à intensida-de, à resistência e à duração do contacto).

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• A ausência de lesões características no exame interno, nos obrigam a fazer um exame externo do cadáver bem cuidadoso.

• Em alguns casos podem, também, não estar presentes no exame externo.

• A lesão externa mais característica é a Marca Elétrica de Jellinek. Mas a freqüência de sua aparição não é muito alta.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• A Marca Elétrica de Jellineck resulta da faísca elétrica que salta do condutor para a pele, antes de se estabelecer o perfeito contacto entre esta e aquele.

• Ela reproduz a forma do objeto condutor.

• Tem uma cor branco-amarelada e uma consis-tência dura, com ausência de sinais inflamatóri-os e dor, com profundidade variável.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• As lesões externas secundárias são:

– Queimaduras de 1º, 2º ou 3º grau, devidas ao

Efeito Joule. Dependem do trajeto da corrente

elétrica e da duração do contacto.

– Metalizações (impregnação da pele por pe-

quenas partículas metálicas), devidas à fundi-

ção e vaporização do condutor na zona de

contacto.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Também podem ser observados:

– Oftalmia elétrica (acompanhada de catarata);

– Lesões nervosas (neurites, parestesias, atro-

fias musculares, paralisia);

– Lesões vasculares (fragilidade);

– Lesões ósseas (pérolas de fosfato de cálcio,

encontradas no local do acidente).

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA EFEITOS GERAIS DA CORRENTE ELÉTRICA

• A causa da morte:

– Fibrilação ventricular, na maior parte dos ca-sos (palidez facial) ou

– Paralisia respiratória por tetanização do dia-fragma e dos músculos intercostais (aspecto cianótico).

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Queimaduras no antebraço, com destruição da

pele e tecido muscular.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Descarga de alta voltagem (40 mil volts) com

trajeto braço-braço. Primeiro dia pós-trauma.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Queimaduras nos dedos

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Marca elétrica de Jellinek

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Marca elétrica de Jellinek

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Marca elétrica de Jellinek

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Marca elétrica de Jellinek

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Marca elétrica de Jellinek

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Forma dos condutores elétricos

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Forma do condutor elétrico

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Queimaduras

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Marca elétrica de Jellinek

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Marca elétrica de Jellinek

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Ferida de saída da corrente

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Os efeitos da corrente elétrica contínua de 60 Hertz, no organismo humano:

CORRENTE CONSEQUÊNCIA

1 mA Apenas perceptível

10 mA "Agarra" a mão

16 mA Máxima tolerável

20 mA Parada respiratória

100 mA Ataque cardíaco

2 A Parada cardíaca

3 A Morte

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA ELETROCUSSÃO

• Um caso de eletrocussão

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• A eletricidade natural (cósmica) pode causar:

- Fulminação, quando age letalmente;

- Fulguração, quando apenas provoca lesões

corporais.

• Em Espanhol, fulguración é a morte por eletrici-

dade natural.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Queimaduras no pavilhão auricular e chamusca-

mento de cabelos

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Queimaduras no dorso

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Congestão conjuntival (óbito por fulminação)

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Sinal de Lichtemberg ou Sinal da Samambaia

É o ponto de contato da energia atmosférica com

o corpo.

Com a queimadura ficam evidentes as ramifica-

ções dos nervos e vasos subcutâneos (“arboriza-

ções” ou “figuras dendríticas”).

Assim podemos ver o caminho que a corrente

percorreu no corpo da vítima.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Sinal ou Figura de Lichtemberg (keraunografismo)

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Sinal ou Figura de Lichtemberg

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Sinal ou Figura de Lichtemberg

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Queimadura pontilhada e em forma de samam-

baia devidas a um raio

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Queimaduras pontilhadas no MIE

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Queimaduras na face posterior do MIE

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FULMINAÇÃO FULGURAÇÃO

• Fulguração

HIPO E HIPERBARISMO

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA HIPO E HIPERBARISMO

• Para que a hematose seja normal, é necessá-rio que, no alvéolo pulmonar, a pressão total de O2, N e CO2 esteja em torno de 713 mm Hg, ao nível do mar.

• Como a pressão parcial de cada gás sofre as variações da pressão total, concluímos que a pressão atmosférica aumenta ou diminui a concentração de O2, N e CO2 no sangue, à medida que ela se eleva ou abaixa.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA HIPO E HIPERBARISMO

• A pressão atmosférica está:

- Diminuída: Nas grandes altitudes.

- Aumentada: Debaixo da água ou em túneis.

• O interesse da hipo e hiperpressão está relacio-

nado com a infortunística da marinha e da

aeronáutica.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA HIPOBARISMO

• Pressão atmosférica diminuída

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA HIPOBARISMO

• Ocorre nas grandes altitudes e em ambientes de pressão muito baixa.

• A hematose torna-se difícil e impossível, sobre-vindo o Mal das Montanhas.

• Sintomas: Taquicardia, fadiga, falta de ar, tontu-ra, cefaléia, insônia, vômitos, diarréia, confusão, tosse, pupilas de diferentes tamanhos, epista-xes, diminuição do grau de consciência.

• Convulsões acima de 5.400 m. e coma, acima de 7.000 m.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA HIPERBARISMO

• Pressão atmosférica aumentada

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA HIPERBARISMO

• Ocorre debaixo da água ou em túneis subterrâ-neos.

• Produz o Mal dos Caixões, com sintomas de intoxicação pelo:

– O2: Depressão do centro respiratório, teta-nia, espasmos, coma;

– N: Embriaguez;

– CO2: Dores nos seios paranasais e ouvidos.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA HIPERBARISMO

• A descompressão brusca produz fenômenos

embólicos, com os seguintes sintomas:

– Dores articulares;

– Equimoses generalizadas;

– Surdez;

– Paraplegia;

– Afasia;

– Paralisia dos nervos cranianos;

– Coma e morte.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA RADIOATIVIDADE

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA RADIOATIVIDADE

• Os Raios X, o Rádio e a desintegração atômica

produzem lesões agudas e crônicas.

• As agudas (radiodermites), com a repercussão

local e geral, são:

– Eritematosas (1º grau)

– Papulosas (2º grau)

– Ulcerosas (3º grau).

• Nas radiodermites há necrose constante, sem

cicatrização e os pelos caem definitivamente.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA RADIOATIVIDADE

• As crônicas são:

– Localizadas: Úlcera atrófica teleangiectásica

e neoplásica;

– Generalizadas: Digestiva, cardíaca, estereli-

zantes e ginecológica.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA LUZ E SOM

• Comprometem principalmente os órgãos dos sentidos, como a visão e a audição.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA SOM

• Pelo menos 50 mil pessoas morrem anualmente

na União Européia devido a ataques cardíacos

causados pelo excesso de ruído rodoviário ou

ferroviário.

• De acordo com a OMS, a partir de 55 decibéis,

o ruído ambiental começa a ter efeitos negativos

sobre os humanos.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA SOM

• Os principais problemas relacionados com o

excesso de ruído:

– Redução da capacidade auditiva;

– Perturbação do sono;

– Interferência com a comunicação;

– Redução da concentração e aprendizagem;

– Hipertensão e isquemia;

– Gastrite.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA LUZ

• O excesso de luz pode prejudicar a vista

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA LUZ

• Pessoas mais expostas à luz solar têm uma maior tendência a desenvolverem algumas doenças oculares.

• Os raios ultravioletas (UV) são o componente da luz solar mais implicados no desenvolvimento destas doenças.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA LUZ

• Certas pessoas são mais atingidas pela radia-ção UV:

– Aquelas que, por questões profissionais, estão mais expostas ao sol;

– As que vivem junto à praia (onde há maior reflexo de luz solar na água e na areia);

– As que vivem perto do Equador;

– As que vivem em zonas mais elevadas.

ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA CÁUSTICOS

• As lesões por agentes químicos podem ser

causadas por ácidos ou bases (álcalis).

• A lesão produzida pelo ácido sulfúrico (água de

vitríolo) consagrou-se como vitriolagem, termo

empregado genericamente para qualquer lesão

produzida por ácidos.

• As lesões por agentes químicos também podem

ser internas, principalmente no trato digestivo

superior e na árvore traqueobrônquica.

ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA CÁUSTICOS

• Vitriolagem

ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA CÁUSTICOS

• Vitriolagem

ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA CÁUSTICOS

• Vitriolagem

ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA CÁUSTICOS

• Vitriolagem

ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA VENENOS

• São substâncias que, introduzidas pelas mais diversas vias no organismo, danificam a vida ou a saúde.

• A ciência que estuda os envenenamentos é a Toxicologia.

ENERGIAS DE ORDEM FÍSICO-QUÍMICAS ASFIXIAS

• Asfixia é a síndrome caracterizada pelos efei-tos da ausência do oxigênio no aparelho respi-ratório.

• É a “falta de ar”, a falta de oxigenação tecidu-al.

• Pode ser produzida por meios mecânicos (ins-trumentos), meios patológicos (doenças), meios químicos (gases tóxicos), meios mistos (líquidos e/ou sólidos) e meios elétricos.

• Serão estudadas num capítulo à parte.

ENERGIAS DE ORDEM BIOQUÍMICA PERTURBAÇÕES ALIMENTARES

• Inanição: Depauperamento orgânico produzi-

do pela redução ou privação de alimentos.

• Doenças carenciais: Alimentação insuficiente

ou carência de elementos indispensáveis, co-

mo as vitaminas.

• Intoxicações alimentares: Ingestão de ali-

mentos deteriorados ou contaminados.

ENERGIAS DE ORDEM BIOQUÍMICA PERTURBAÇÕES ALIMENTARES

• Inanição

ENERGIAS DE ORDEM BIOQUÍMICA AUTO-INTOXICAÇÕES E INFECÇÕES

Auto-intoxicações

Perturbações orgânicas originárias da transfor-mação química e da elaboração de substân-cias perniciosas na própria constituição física do indivíduo, por deformação endógena ou eliminação defeituosa.

Infecções

As infecções podem ser locais (abcessos, flei-mões, celulites, erisipelas, peritonites, empie-mas, etc.) ou gerais (septicemia).

ENERGIAS DE ORDEM BIODINÂMICA CHOQUE

• É a perfusão tissular inadequada, devido à di-minuição do volume circulante, por perda san-guínea ou lesão traumática neurogênica, ou tóxica da micro e da macrocirculação.

• Pode ser desencadeado pelas hemorragias e queimaduras, lesões elétricas e cáusticas, politraumatismos e intoxicações.

ENERGIAS DE ORDEM MISTA

Fadiga

Doenças parasitárias

Sevícias

LESÕES ESPECIAIS

Decapitação (separação do polo cefálico)

LESÕES ESPECIAIS

• Decapitação

LESÕES ESPECIAIS

• Decapitação (Rebelião Febem, 2001)

LESÕES ESPECIAIS

• Decapitação (Rebelião Febem, 2001)

LESÕES ESPECIAIS

• Esquartejamento

LESÕES ESPECIAIS

• Esquartejamento

LESÕES ESPECIAIS

• Esquartejamento (acidente aéreo)

LESÕES ESPECIAIS

Empalamento

LESÕES ESPECIAIS

Empalamento