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UNIVERSIDADE DA BÍBLIA  ®  CURSO BACHAREL EM TEOLOGIAMatéria: CRISTOLOGIA

INTRODUÇÃO

Cristologia refere-se ao estudo referente a Jesus Cristo—sua pessoa e sua obra.

Tratar-se-á as temáticas da teologia sistemática bem como passagens bíblicas

essenciais referentes à temática, bem como o dilema do porquê da morte de Jesus

na cruz.

Lemos em Jo.1:14 que o Verbo se fez carne. Não devemos entender com isso que o

Verbo foi transformado em carne ou misturado com carne, e sim que escolheu para

Si mesmo um templo formado pelo ventre de uma virgem, no qual habitar; e que

 Aquele que era o Filho de Deus ficou sendo o Filho do Homem, não pela confusão

da substância mas sim pela unidade de pessoa.

1. CONCEITO DE “JESUS HISTÓRICO” 

No per íodo compreendido entre 1774 a 1778, foi iniciada a procura do Jesus

Histórico. Lessing publicou pós morte as anotações de Hermann Samuel Reimarus.Esse estudioso questionava a tradicional forma de apresentar Jesus na Igreja e no

Novo Testamento. Para ele Jesus nunca fizera uma reivindicação messiânica, nunca

institui qualquer sacramento, nunca predisse a sua morte e nem ressuscitou dentre

os mortos. Dizia que Jesus era um engodo. Essa atitude instigou a busca do Jesus

“verdadeiro”. A metodologia racionalista foi a predominante como método de

pesquisa dessa busca, peculiar a primeira parte do século XIX. A polêmica desses

estudos foi um terreno f értil para nascerem obras pr ó e contra Jesus.

O interregno entre a Primeira e a Segunda Grande Guerra Mundial foi a

ocasião em que a busca do Jesus histórico foi abandonada, em função da falta de

interesse pela procura e pelas dúvidas quanto a sua possibilidade. Entretanto, tr ês

fatores foram fundamentais para essa desistência: primeiro - a obra de AlbertSchweitzer que revelou a idéia de que o Jesus liberal nunca existiu, pois ele foi

criado e baseado nos desejos de liberais, não em fatos ver ídicos; segundo - a partir

da obra de William Wrede e dos cr íticos da forma, houve o reconhecimento de que

os evangelhos não eram meramente biografias objetivas que facilmente poderiam

ser pesquisadas à procura de informações historicistas; por fim - Martin Kähler

influenciou os estudiosos a reconhecerem que o objeto da f é da igreja no decurso de

todos os séculos nunca tinha sido o Jesus histórico do liberalismo teológico, mas o

cristo da f é, ou seja, o Cristo sobrenatural proclamado nas Sagradas Letras.

Ernst käsemann, em 1953, reacendeu as chamas da busca do Jesus da

história, propalando seu receio de que a lacuna entre o Jesus da história e o Cristoda f é era muito semelhante à heresia docética, que negava a humanidade do Filho

de Deus. Como era de se esperar Käsemann decepcionou-se em seus intentos.

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3. A PESQUISA EM BUSCA DO JESUS HISTÓRICO E O FRACASSO DE

TAL INVESTIGAÇÃO

Paul Tilllych, em sua obra Teologia Sistemática expõe o insucesso da capturação dochamado “Jesus Histórico”. Pude dividir a opinião de Tillych em cinco pontos, a

saber: foi falsa a idéia de a cr ítica histórica ter destruído a pr ópria f é; esse fracasso

foi motivado pela natureza das fontes de pesquisa; o Cristianismo se alicer ça no

testemunho a respeito do car áter messiânico de Jesus e não em uma novela

histórica; os ensinos e as mensagens de Jesus não têm relação com a situação

concreta na qual foram pronunciadas. Vejamos esses cinco aspectos do pensamento

Tillychano.

3.1 A cr ítica histórica parecia haver destruído a pr ópria f é.

Desde o momento em que foi aplicado o método científico de pesquisa

histórica à literatura bíblica, problemas teológicos que nunca estiveram

completamente ausentes ficaram de tal forma aumentados, como nunca o estiveram

em per íodos anteriores da história da igreja. O método histórico une elementos

analítico-cr íticos e construtivo-conjeturais . Para a consciência cristã normal,

moldada pela doutrina ortodoxa da inspiração verbal, o primeiro elemento

impressionou muito mais do que o segundo. Só foi sentido o elemento negativo no

termo “cr ítica”, e esse empreendimento todo foi chamado de “cr ítica histórica” ou

“alta cr ítica”` ou, com refer ência a um método recente, “critica da forma”. Em si

mesmo, o termo “cr ítica histórica” significa nada mais do que pesquisa histórica.

Toda pesquisa histórica cr ítica suas fontes, separando aquilo que apresenta maisprobabilidade daquilo que apresenta menos ou é totalmente improvável. Ninguém

duvida da validez desse método, já que ele é confirmado continuamente por seu

sucesso; e ninguém protesta com seriedade se ele destr ói belas lendas e

preconceitos profundamente enraizados. Mas a pesquisa bíblica se tornou suspeita

desde seu pr óprio começo. Ela parecia criticar não só as fontes históricas, mas

também a revelação contida nessas fontes. Pesquisa histórica e rejeição da

autoridade bíblica foram consideradas idênticas. Revelação, supunha-se, abarcava

não só o conteúdo revelatório, mas também a forma histórica na qual apareceu. Isso

parecia ser verdade especialmente com relação aos fatos referentes ao “Jesus

histórico”. Já que a revelação bíblica é essencialmente histórica, parecia impossível

separar o conteúdo revelatório dos relatos históricos tais quais apresentados nosregistros bíblicos. A cr ítica histórica parecia haver destruído a pr ópria f é.

Mas a parte cr ítica da pesquisa histórica na literatura bíblica é a parte menos

importante. Mais importante é a parte construtivo-conjetural, que foi a for ça motora

em todo esse empreendimento. Os fatos que estão por tr ês dos registros, foram

buscados; especialmente se buscaram os fatos sobre Jesus. Havia um desejo

urgente de descobrir a realidade desse homem, Jesus de Nazar é, por tr ás das

tradições coloridas e ao mesmo tempo, camufladoras dessa realidade, que são tão

antigas quanto ela pr ópria. Desse modo, a pesquisa pelo assim chamado “Jesus

histórico” teve início. Seus motivos eram ao mesmo tempo religiosos e científicos.

Essa tentativa era corajosa, nobre e extremamente significativa em muitos aspectos.

Suas conseqüências teológicas são inúmeras e bastante importantes. Mas, vista à 

luz de sua intenção básica, a tentativa da cr ítica histórica de encontrar a verdade

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empírica sobre Jesus de Nazar é foi um fracasso. O Jesus histórico, a saber, o Jesus

que está por tr ás dos símbolos de sua recepção como o Cristo, não só não

apareceram, quanto se distanciavam cada vez mais g medida que se dava um novo

passo. A história das tentativas de se escrever uma “vida de Jesus”, elaborada por Albert Schweitzer em sua primeira obra, “ A busca do Jesus Histórico” ainda é válida.

Sua pr ópria tentativa construtiva foi corrigida. Eruditos, tanto conservadores quanto

radicais, se tornaram mais cautelosos, mas a situação metodológica não mudou.

Isso se tornou manifesto quando o programa ousado de “desmitologização do Novo

Testamento”, feito por Bultmann, levantou uma tempestade em todos os campos

teológicos, e a lentidão com que a escola de Barth considerava o problema histórico

foi seguida por um impressionante despertamento. Mas o resultado do

questionamento novo (e muito antigo) não é uma imagem do assim chamado Jesus

histórico, mas o “insight” de que não existe uma imagem por tr ás da imagem bíblica

que pudesse se tornar cientificamente provável.

3.2 O fracasso foi motivado pela natureza das fontes de pesquisa

 A situação exposta acima não é questão de um defeito passageiro da pesquisa

histórica que um dia seja superado. Ela é causada pela pr ópria natureza das fontes.

Os registros sobre Jesus de Nazar é são os de Jesus como o Cristo, dados por

pessoas que o receberam como o Cristo. Portanto, se tentamos encontrar o Jesus

real que está por tr ás da imagem de Jesus como o Cristo, é necessário separar

criticamente os elementos que pertencem ao lado factual do evento, daqueles

elementos que pertencem ao lado receptivo. Ao fazer isso, esboça-se uma “Vida de

Jesus”; muitos desses esboços foram elaborados. Em muitos deles atuaram juntos:honestidade científica, devoção amorosa e interesse teológico. Em outros são

visíveis o distanciamento cr ítico e até mesmo a rejeição malévola. Mas nenhum pode

reivindicar ser uma imagem provável, que seja o resultado de um labor científico

tremendo dedicado à essa tarefa durante duzentos anos. No máximo, eles são

resultados mais ou menos prováveis, incapazes seja de fornecer uma base para a

aceitação da f é cristã, seja para rejeitá-la.

Tendo em vista essa situação, houve tentativas de reduzir a imagem do Jesus

histórico aos seus traços “essenciais”; a elaborar uma Gestalt, ao mesmo tempo em

que deixando abertos g dúvida seus traços particulares. Mas esse não é o processo

correto. A pesquisa histórica não pode pintar uma imagem essencial depois de

eliminar todos os traços particulares porque eles são questionáveis. Ela permanecedependente dos traços particulares.

Conseqüentemente, as imagens do Jesus histórico nas quais é amplamente evitada

uma “Vida de Jesus” diferem tanto umas das outras, quanto aquelas nas quais não é 

aplicada tal auto-restrição.

 A dependência da Gestalt na valoração dos traços particulares é evidente num

exemplo tomado do complexo daquilo que Jesus ensinou sobre si mesmo. Para

elaborar esse ponto, deve-se saber, além de muitas outras coisas, se ele aplicou o

título “Filho do Homem” a si mesmo, e caso sim, em que sentido. Toda resposta

dada a essa questão é uma hipótese mais ou menos provável, mas o car áter do

quadro “essencial” do Jesus histórico depende decisivamente dessa hipótese. Esse

exemplo mostra claramente a impossibilidade de substituir a tentativa de esboçar

uma “Vida de Jesus” tentando pintar a “Gestalt de Jesus” 

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Esse exemplo mostra ao mesmo tempo outro ponto importante. Pessoas que não

estão familiarizadas com o aspecto metodológico da pesquisa histórica temem suas

conseqüências para a doutrina cristã e por isso gostam de atacar a pesquisa

histórica em geral e a pesquisa na literatura bíblica em especial, acusando-as depreconceitos teológicos. Se elas forem consistentes, negar ão que sua pr ópria

interpretação também é preconcebida ou, como elas diriam, dependente da verdade

de sua f é. Mas elas negam que o método histórico tenha critérios científicos

objetivos. Contudo, essa afirmação não pode ser sustentada em vista do imenso

material histórico que foi descoberto e freqüentemente verificado de forma empírica

por um método de pesquisa usado universalmente. E caracter ístico desse método

que ele tenta manter uma auto-cr ítica permanente para libertar-se de preconceitos

conscientes ou inconscientes. Isso nunca é plenamente bem sucedido, mas é uma

arma poderosa e necessária para se obter conhecimento histórico.

Um dos exemplos aludidos freqüentemente neste contexto é o tratamento dosmilagres do Novo Testamento. O método histórico não aborda as histórias de

milagres nem com o pressuposto de que aconteceram porque foram atribuídos

aquele que é chamado o Cristo, nem com o pressuposto de que eles não

aconteceram porque esses eventos contradiriam as leis da natureza. O método

histórico pergunta, quão fidedignos são os relatos em cada caso particular, quão

dependentes são eles de fontes mais antigas, como poderiam ter sido influenciados

pela credulidade de um per íodo, como são bem confirmados por outras fontes

independentes, em que estilo são escritos, e para que finalmente são usados no

contexto todo. Todas essas questões podem ser respondidas de forma “objetiva” sem a interfer ência desnecessária de preconceitos positivos ou negativos. O

historiador nunca pode conseguir uma certeza dessa forma, mas pode chegar a umalto grau de probabilidade. Contudo, seria um salto a outro nível se ele

transformasse a probabilidade histórica em uma certeza histórica positiva ou

negativa mediante um juízo de f é (como ser á mostrado mais adiante). Essa distinção

clara freqüentemente é confundida pelo fato óbvio de que a compreensão do sentido

de um texto é parcialmente dependente das categorias de compreensão usadas no

encontro com textos e registros. Mas não é totalmente dependente delas, já que

existem aspectos filológicos e outros que estão abertos à uma abordagem objetiva.

Compreensão exige participação do sujeito naquilo que compreende, e só podemos

participar em termos daquilo que somos, incluindo nossas pr óprias categorias de

compreensão. Mas essa compreensão “existencial” nunca deveria perverter o juízo

do historiador com respeito aos fatos e relações. A pessoa cuja preocupação últimaé o conteúdo da mensagem bíblica está na mesma posição que aquela cujo

conteúdo t indiferente, se discutem questões como as do desenvolvimento da

tradição sinótica, ou os elementos mitológicos e lendários do Novo Testamento.

 Ambas têm os mesmos critérios de probabilidade histórica e devem usá-los com o

mesmo rigor, embora ao fazer isso possam afetar suas pr óprias convicções

religiosas ou filosóficas. Nesse processo pode acontecer que preconceitos que

fecham os olhos para fatos particulares abrem-nos para outros. Mas esse “abrir os

olhos” é uma experiência pessoal que não pode ser convertida num princípio

metodológico. Só existe um procedimento metodológico, e esse consiste em olhar o

objeto a ser investigado e não nossa maneira de olhar o objeto, já que nossa atitude

se acha realmente determinada por muitos fatores psicológicos, sociológicos e

históricos. Esses aspectos devem ser desconsiderados intencionalmente por quem

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quer que aborde um fato objetivamente. Não se deve formular um juízo sobre a auto-

consciência de Jesus a partir do fato de que se é um cristão - ou anti-cristão. O juízo

deve ser inferido de um certo grau de plausibilidade, baseado em registros e em sua

provável validez histórica. Isso, sem dúvida, pressupõe que o conteúdo da f é cristã seja dependente desse juízo.

3.3 O Cristianismo se baseia no testemunho a respeito do car áter messiânico

de Jesus

 A religião cristã se alicer ça no testemunho a respeito do car áter messiânico de Jesus

de Nazar é e não em uma novela histórica, eis aí o fracasso da caça pelo Jesus

Histórico. A busca do Jesus histórico foi uma tentativa de descobrir um mínimo de

fatos confiáveis sobre o homem Jesus de Nazar é, para se obter um fundamento

seguro à f é cristã. Essa tentativa foi um fracasso. A pesquisa histórica forneceu

probabilidades sobre Jesus, em grau maior ou menor. A base dessas probabilidades,

ela esboçou “Vidas de Jesus”. Mas essas se pareciam mais a novelas do que a

biografias; elas com certeza não poderiam fornecer uma base segura para a f é 

cristã. O cristianismo não se baseia na aceitação de uma novela histórica; ele se

baseia no testemunho a respeito do car áter messiânico de Jesus por pessoas que

não estavam absolutamente interessadas numa biografia do Messias.

 A intuição dessa situação induziu alguns teólogos a desistirem de qualquer tentativa

de construir uma “vida” ou uma Gestalt do Jesus histórico e restringir-se a uma

interpretação das “palavras” de Jesus. A maior parte dessas palavras (embora nãotodas) não se referem a ele mesmo e podem ser separadas de qualquer contexto

biogr áfico. Portanto, seu sentido é independente do fato de que possam ou não ter

sido ditas por ele. Nessa base o problema biogr áfico insolúvel não guarda a menor

relação com a verdade das palavras correta ou erradamente registradas como

palavras de Jesus. O fato de que a maioria das palavras de Jesus tem um paralelo

na literatura judaica contempor ânea não é um argumento contra sua validez. Esse

também não é um argumento contra sua unicidade e poder, tais como aparecem em

coleções como o Sermão da Montanha, as par ábolas e as discussões com inimigos,

bem como com seus seguidores.

3.4 Os ensinos e as mensagens de Jesus Cristo

Uma teologia que tenta fazer das palavras de Jesus um fundamento histórico da f é 

cristã pode fazê-lo de duas maneiras. Pode tratar as palavras de Jesus como

“ensinos de Jesus” ou como “mensagem de Jesus”. Como ensinos de Jesus, elas

são entendidas como interpretações refinadas da lei natural ou como intuições

originais da natureza do homem. Elas não tem relação com a situação concreta na

qual foram pronunciadas. Como tal, pertencem à lei, profecia ou literatura sapiencial,

da mesma maneira como no Antigo Testamento. Elas podem transcender todas

essas tr ês categorias em termos de profundidade e poder; mas não os transcendem

em termos de car áter. Contudo, restringir a investigação histórica aos “ensinos de

Jesus” é reduzir Jesus ao nível do Antigo Testamento e implicitamente negar sua

reivindicação de superar o contexto vétero-testamentário .

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 A segunda forma pela qual a pesquisa histórica se restringe às palavras de Jesus C

mais profunda que a primeira. Ele nega que as palavras de Jesus sejam regras

gerais de comportamento humano, que elas sejam regras às quais a gente deva se

sujeitar, ou que elas sejam universais e possam portanto ser abstraídas da situaçãona qual foram ditas. Em vez disso, enfatizam a mensagem de Jesus de que o Reino

de Deus está “à mão” e que portanto aqueles que querem entrar nele devem se

decidir a favor ou contra o Reino. Essas palavras de Jesus não são regras gerais,

mas exigências concretas. Essa interpretação do Jesus histórico, sugerida

especialmente por Rudolf Bultmann, identifica o sentido de Jesus com o sentido de

sua mensagem. Ele exige uma decisão, a saber, a decisão por Deus. E essa decisão

inclui a aceitação da Cruz, porque ele mesmo aceitou a sua. Aquilo que é 

historicamente impossível, a saber, o esboço de uma “vida” ou uma Gestalt de

Jesus, é engenhosamente evitado usando aquilo que está imediatamente dado - a

saber, sua mensagem sobre o Reino de Deus e suas condições e apegando-se cadavez mais ao “paradoxo da Cruz de Cristo” Mas até mesmo esse método de juízo

histórico restrito não pode oferecer um fundamento à f é cristã. Ele não mostra como

pode ser cumprida a exigência de decidir-se pelo Reino de Deus. A situação de ter

que se decidir permanece sendo aquela sob a lei. Não transcende a situação do

 Antigo Testamento, a situação da busca por Cristo. Pode-se chamar a essa teologia

de “liberalismo existencialista” em contraste com o “liberalismo legalista” do primeiro.

Mas nenhum desses métodos responde à pergunta de onde reside o poder de

obedecer aos ensinos de Jesus ou de decidir-se pelo Reino de Deus. Isso esses

métodos não podem fazer porque a resposta deve vir de uma nova realidade que, de

acordo com a mensagem cristã, é o Novo Ser em Jesus como o Cristo. A Cruz é o

símbolo de um dom antes de ser o símbolo de uma exigência. Mas, se isso foraceito, é impossível retirar-se do ser de Cristo para refugiar-se em suas palavras. A

via de acesso última da pesquisa e busca do Jesus histórico está barrada, e

manifesta o fracasso da tentativa de apresentar um fundamento à f é cristã através da

investigação histórica.

3.5 A confusão semântica em torno da expressão “Jesus Histórico” 

Esse resultado teria sido reconhecido com mais facilidade se não fosse pela

confusão semântica a respeito do sentido do termo “Jesus histórico”. Esse termo foi

usado predominantemente para os resultados da pesquisa histórica referente ao

car áter e vida da pessoa que está por tr ás dos registros do Evangelho. Como todoconhecimento histórico, nosso conhecimento dessa pessoa é fragmentário e

hipotético. A investigação histórica sujeita esse conhecimento ao ceticismo

metodológico e à mudança contínua que ocorre nos traços particulares, bem como

nos essenciais. Ela tem como alvo ideal atingir um alto grau de probabilidade, mas

em muitos casos isso é impossível.

O termo “Jesus histórico” também é usado para significar o evento “Jesus como

Cristo” como um elemento factual. O termo nesse sentido levanta a questão da f é e

não a questão da pesquisa histórica. Se o elemento factual no evento cristão fosse

negado, seria negado também o fundamento do cristianismo. Ceticismo

metodológico sobre o labor da pesquisa histórica não nega esse elemento. A f é não

pode nem mesmo garantir o nome “Jesus” com respeito àquele que foi o Cristo. Ela

deve deixar isso às incertezas de nosso conhecimento histórico. Mas a f é garante a

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transformação factual da realidade naquela vida pessoal que o Novo Testamento

expressa em sua imagem de Jesus como o Cristo. Se não se distinguirem esses dois

sentidos do termo “Jesus histórico”, não é possível haver nenhuma discussão

honesta e frutífera.

II. A COMPLETA CRISTIFICAÇÃO DE JESUS

1. CONCEITO DE CRISTIFICAÇÃO

Christos em grego é “ungido”, de epichriô, “ungir, “untar ”. A ilustração utilizada

pelo Educador em Teologia Expedito Nogueira Marinho bem se adeqúa a essa

etimologia: quando cai sobre uma folha de papel uma gota de azeite, esse papel ou

qualquer outra substância porosa fica ungida ou permeada pelo óleo ao ponto de

parecer ambos a mesma coisa, porque tanto o azeite está no papel como o papel

está no azeite, de forma que ambos não podem serem vistos separadamente.

Por “cristificação”, entende-se o ato ou efeito de o homem Jesus de

Nazar é (de fato, pessoa humana) ser permeado pelo “Cristo”. Para isso ocorrer

Jesus teve que ser efetivamente homem. Entretanto, é preciso ponderar que apesar

de Jesus ter nascido, crescido, trabalhado, sofrido como ser humano, não viveu

como todo indivíduo. O nosso Senhor não era o tipo de homem como os outros

homens. Essa análise deve ser feita para não se cair nos extremismos: uns elevam

Jesus, a tal ponto de perder a sua humanidade como faziam os docéticos dopassado; outros diminuem Jesus a tal ponto de confundi-lo com um mero ser

humano qualquer.

2. SER FILHO DO HOMEM: REQUISITO PARA SER CRISTIFICADO

O primeiro requisito para Jesus de Nazar é ser cristificado foi o fato de ele não

ser um homem do tipo que toda a raça humana é. Ele foi o único homem 100%

humano, enquanto o restante dos seres humanos são apenas semi-humanos. Por

isso mesmo, enquanto Se manifestou em carne aos homens, Ele preferia Se auto-

entitular “O Filho do Homem”. Nosso Senhor não se denominou como filho de

homem, mas sim Filho do homem, o que significa ser ele filho de uma geração 100%hominal. Ele foi gerado de modo diferente do restante da humanidade.

O título Filho do Homem freqüentemente é aplicado à pessoa de Cristo,

lembra sua humanidade (Jo 1.14). Cerca de 79 vezes esta expressão ocorre

somente no NT e com exclusividade, nos Evangelhos, e vinte e duas vezes no livro

do Apocalipse. Em Ezequiel (por toda a extensão do livro), a frase é empregada por

Deus 91 vezes. Segundo o Dr. Allmen, em seu Vocabulário Bíblico citado por Tasker

a expressão “Filho do Homem” (Jo 3.13) havia se tornado uma figura messiânica

mais corrente. Esse é o motivo porque um exame dos textos evangélicos permitem,

quase sem possibilidade de erro, preferir que ao designar-se “Filho do homem” oSenhor Jesus escolheu esse título, evidentemente, menos comprometido pelo

nacionalismo judaico e pelas esperanças bélicas. Havia também uma esperança

 judaica do “Homem dos últimos tempos”, conforme lemos em Rm 5.12-21; 1 Co

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15.22, 45, 47; e 2. 5-11). R.V.G. Tasker Professor Emérito de Exegese do Novo

Testamento na Universidade de Londres em sua obra Mateus - Introdução e

Comentário defende a idéia de que Cristo apartou para si o título em foco porque o

termo expressava melhor do que qualquer outro vocábulo os dois lados da suanatureza. Por um lado, chamava a atenção para as limitações e sofrimentos a que

ele estava por necessidade sujeito durante a sua existência terrena; como homem

real (sendo que o hebraico, “filho do homem: , equivale a “homem”) esteve abaixo

dos anjos, conforme Hb 2.6,7. Por outro lado. Também sugeria a sua

transcendência, que se veria em toda a sua glória quando os homens vissem o Filho

do homem vindo para juízo nas nuvens do céu e reivindicando os seus direitos de

propriedade sobre todos os reinos de acordo com o vaticínio do profeta Daniel (Dn

7.13,14).

3. JESUS DE NAZARÉ PÔDE SER CRISTIFICADO PORQUE TAMBÉM É OFILHO DE DEUS

Para os teólogos católicos Juan Mateos e Juan Barreto, na obra Vocabulário

Teológico do Evangelho de São João, a terminologia “Filho do homem” indica a

condição humana realizada nele com excelência, plenitude e unicidade que o

constitui em modelo de homem, o vértice da humanidade. Em outro momento da

obra, apesar de os autores recomendarem cautela ao interpretar essa expressão.

 Admitem que “Homem” acompanhado do artigo definido “o” no Evangelho segundo

escreveu João, ou seja, “O homem” (o Filho do homem) aparece no texto joanino

doze vezes: 1.51; 3.13,14; 6.27,53,62; 8.28; 9.35; 12.12,34; 13.31. A passagem mais

destacável é Jo 6.27: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida quepermanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dar á; pois neste, Deus,

o Pai, imprimiu o seu selo” (grifo nosso). Aqui o Filho do homem, distingui-se dos

outros homens por estar marcado com o selo de Deus. Este selo é O Espírito, que

recebeu em plenitude, conforme Jo 1.32,33.

Ora, a visão de João Batista que descreve a descida do Espírito Santo é a

explicação em forma de narrativa da afirmação teológica de Jo 1.14: “E o Verbo se

fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória,

como a glória do unigênito do Pai”. A glória identifica-se com o Espírito e sua

comunicação se realiza e caracteriza o projeto de Deus feito homem (vemos que em

Jo 1.1c “um” Deus era o projeto. O filho do Homem significa pois nos lábios de

Jesus, sua pr ópria humanidade que possui a plenitude do espírito, o projeto divinosobre o homem realizado nele, o modelo de homem, o ‘vértice humano. É a

realidade de Jesus vista desde baixo, desde sua raiz humanam, que se ergue até à 

absoluta realização pela comunicação do Espírito. O seu correlativo é o título “o Filho

de Deus”, que significa a mesma realidade vista de cima, desde de Deus, designado

o que é totalmente semelhante a ele e possui a condição divina.

Nessa linha de análise, a expressão “o Filho de Deus” designa Jesus como o

que possui a plenitude do Espírito de Deus, denotando a relação particular e

exclusiva que Jesus tem com o Pai. a expressão encontra-se pela primeira vez nos

lábios de João Batista, expressando o efeito da descida do Espírito sobre Jesus,

conforme Jo 1.32-34. A esta consagração com o Espírito o pr óprio Jesus associa a

sua qualidade de Filho de Deus, consoante Jo 10.36. A condição de Filho de Deus,

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unidade à de Messias, constitui a profissão de f é da comunidade cristã. Logo, Jesus

de Nazar é pôde ser cristificado porque também é o Filho de Deus.

O TIPO DE FECUNDAÇÃO QUE FORMOU O CORPO DO SENHOR JESUS

CRISTO

Como já discorri anteriormente Jesus de Nazar é não se auto-entitulou como

filho de homem, mas sim Filho do homem, o que denota ser ele filho de uma geração

100% hominal. Para se entender isso é preciso distinguir a forma comum com que a

espécie humana é gerada e o modo sobrenatural pelo qual “o Verbo se fez carne”.

1. GERAÇÃO NATURAL - HUMANA, A NOSSA

Fecundação é o ato e o efeito pelo qual um ser humano é gerado - a

penetração de um espermatozóide em um óvulo. Nesse sentido, fecundar é 

comunicar a (um germe) o princípio, a causa imediata do seu desenvolvimento; é 

conceber, gerar alguém. Poucas maravilhas da natureza podem ser comparadas ao

mágico instante da concepção da vida humana. O encontro entre o óvulo e o

espermatozóide e marcado na Trompa de Falópio. Lá o óvulo, em repouso, espera

pacientemente a chegada de um espermatozóide para ser fecundado e

posteriormente tornar-se um bebê.

O milagre da criação natural deve ocorrer dentro de 24 horas, caso contr ário

como declara a escritora Déborah Fonseca “tudo se resumir á a um rio de sangue”,com a chegada da menstruação. De outro lado, bem pr óximo, no momento do

orgasmo masculino cerca de 400 milhões de espermatozóides são liberados e

partem em ritmo alucinado para fazer cumprir sua missão de criar um novo ser

humano,. Alguns podem levar horas até percorrerem os 18 centímetros entre a

vagina e as trompas. Os mais afoitos, por ém, conseguem chegar em questão de

segundos. Há ainda outros, sem a mesma sorte, que acabam ficando pelo caminho

presos nas cavidades do útero. Apenas um pequeno grupo vence todos os

obstáculos e chega pr óximo ao óvulo. Sem hesitar um só instante, um dos

espermatozóides se adianta aos outros e penetra o óvulo. Imediatamente, a

composição química do óvulo se altera e impede a passagem de outros. É o fim

desta incr ível jornada e o início de uma nova vida. Glória ao Criador! A forma pela qual a raça humana é fecundada é a hiloplasmática. O prefixo

“hilo” vem do vocábulo “hily” que significa matéria; e “plasmática” origina-se de

“plasmar ” que quer dizer “formar ”. Essa análise etimológica nos leva a concluir que

um corpo “hilo-gerado” é um corpo gerado pela matéria. Entende-se por matéria

nesse contexto substância f ísica, ou com mais aprofundamento, pelo ponto de vista

filosófico da expressão, o que dá realidade concreta a uma coisa individual, que é o

objeto de intuição no espaço e dotado de uma massa mecânica. Como vimos acima

a forma com que uma pessoa é gerada é um estupendo milagre. Mas, por mais

maravilhoso ( e não deixa de ser um milagre) que seja nosso Senhor Jesus teve uma

geração muito mais maravilhosa que essa, como veremos adiante.

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2. GERAÇÃO SOBRENATURAL - DIVINA, A DO NOSSO SENHOR JESUS

CRISTO.

Se a produção de um ser humano natural já é estupenda e miraculosa, muito

mais nos deixa estupefatos a forma com que “o Verbo se fez carne e habitou entre

nós”. É o chamado milagre da regressão, que o Apóstolo Paulo bem descreveu de

um modo até poético aos crentes em Filipos, quando expôs a profunda doutrina da

necessidade de o cristão manter-se humildade em seu coração a semelhança de

“Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a

Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de

servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem,

humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. (Fp2.5-8). Como expus anteriormente a fecundação é o ato e o efeito pelo qual um ser

humano é gerado - no caso natural ocorre com a penetração de um espermatozóide

em um óvulo, comunicando-lhe a causa imediata do seu desenvolvimento. Mas o

nosso Senhor Jesus não foi fecundado pelo modo hiloplasmático como comentei

anteriormente. Sua geração foi bioplasmática. Analisemos a etimologia do termo

“bioplasmática”. A palavra “bios” em grego é “vida” e relembrando o sufixo

“plasmática” vem de “plasmar ” que quer dizer “formar ”. Significa dizer que um corpo

“bioplasmático” é um corpo formado pela vida. Logo, Jesus foi gerado pela vida.

 A geração bioplasmática por certo fora a maneira com qual Deus planejara a

procriação da espécie humana a partir de Adão, entretanto, tal plano foi frustrado

pelo fato de o primeiro homem não ser aprovado no teste de fidelidade aplicado peloSenhor. O pecado interrompeu o projeto de procriação pela vida planejado pelo

Criador. Em contra partida, Jeová pôde executar o seu plano de geração do ser

através da encarnação do Verbo divino. O Filho de Deus não foi gerado pela matéria,

por isso, pôde se auto-entitular de Filho do Homem. Jesus de Nazar é foi o maior

homem que já pisou a face da Terra.

Talvez a idéia acima fique estranha ao leitor apressado da Bíblia que lendo o

Santo Evangelho de Jesus Cristo segundo escreveu São Lucas vê a pr ópria

declaração de Jesus acerca de um profeta “... entre os nascidos de mulher, não há 

maior profeta do que João Batista” (Lc 7.28). Jesus sabia que Ele pr óprio era o maior

ser humano da face da terra (o único 100% homem), mas também tinha consciência

que não tinha provindo a carne de Maria e muito menos de José. Conforme vemosem Lucas 1.35: “Respondeu-lhe o anjo: Vir á sobre ti o Espírito Santo, e o poder do

 Altíssimo te cobrir á com a sua sombra; por isso o que há de nascer ser á chamado

santo, Filho de Deus”. Falando de modo reverente, Gabriel diz que o Espírito Santo

descer á sobre Maria e que o poder do Altíssimo a envolvera.

 Alguns exegetas esclarecem essa passagem bíblica de modo peculiar. Leon

Morris ensina que esta expressão delicada exclui idéias grosseiras de uma “união” entre o Espírito Santo com Maria. Gabriel deixa claro que a concepção de Maria ser á 

o resultado de uma atividade divina. Por causa disso, o filho a ser nascido seria

“santo... o Filho de Deus”. A nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém esclarece que a

expressão “o poder do Altíssimo te cobrir á com a sua sombra” evoca, seja nuvem

luminosa de Jeová, conforme Ex 13.22, 19.16, 24.16), seja as asas do pássaro que

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simbolizam o poder protetor (Sl 17.8; 57.2; 140.8) e criador (Gn 1.2) de Deus. Merril

Tenney assevera que em contraste com as lendas pagãs da antigüidade

relacionadas com reputada descendência de deuses homens, não houve nenhuma

intervenção f ísica. O Espírito Santo, por meio de uma ato criador no corpo de Maria,providenciou os meios f ísicos para a encarnação. O teólogo E. F. Kevan ensina que

o Espírito Santo desceu sobre a virgem Maria em Sua capacidade como poder

criativo de Deus, conforme Gn 1.2, a encarnação foi o começo de uma nova criação.

O “poder do Altíssimo” cobriu-a livre de toda a mancha do pecado. Ainda que

verdadeiramente da raça de Adão, Jesus no entanto nasceu como Cabeça, sem

pecado, de uma nova raça. As palavras de Gabriel: “Ser á chamado Filho de Deus”,dão base à filiação divina do filho de Maria quando de Sua concepção pelo Espíritodivino. Isso não implica, nem tão pouco exclui a sua preexistência. Seu resultado é 

visto na consciência da paternidade de Deus que Jesus possuía desde Seus anos

primordiais. Portanto, o homem Jesus não fora gerado pela matéria, mas sim, pelavida. Não foi contaminado com o elemento pecaminoso que havia em Maria.

Por outro lado, os homens naturais são “gerados pela carne e pelo sangue”,por isso são mortais como todo animal, mas, o Senhor Jesus possuía em si a

imortalidade. Prova disso foi o que Ele mesmo revelou acerca dessa verdade: “...dou

a minha vida para a retomar. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a

dou; tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la. Este

mandamento recebi de meu Pai” (Jo 10.17,18). Somente tem legitimidade para falar

dessa maneira quem possui em si a imortalidade. Isso corrobora a verdade de que

Jesus foi gerado de um modo 100% humano e 0% animal, em função disso, ele

intitula a si mesmo de “O filho do Homem”.

A NATUREZA HUMANA DE CRISTO

A) NATUREZA HUMANA

1) Feito de Mulher (Gl.4:4; Mt.1:8).

2) Feito da Semente de Davi:

a) Sem (Gn.9:27).

b) Abraão (Gn.12:1-3).

c) Isaque (Gn.26:2-5).

d) Jacó (Gn.28:13-15).e) Judá (Gn.49:10).

f) Davi (IISm.7:12-16).

B) CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NATURAIS:

1) Vigor Físico (Lc.2:52).

2) Faculdades Mentais (Lc.2:40).

C) APARÊNCIA PESSOAL (JO.4:9).

D) NATUREZA HUMANA COMPLETA:

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1) Corpo (Mt.26:12).

2) Alma (Mt.26:38).

3) Espirito (Lc.23:46).

E) LIMITAÇÕES HUMANAS:

1) Limitações Físicas:

a) Fadiga (Jo.4:6; Is.40:28).

b) Sono (Mt.8:24; Sl.121:4,5).

c) Fome (Mt.21:18).

d) Sede (Jo.19:28).

e) Sofrimento e Dor (Lc.22:44).

f) Sujeição à Morte (ICo.15:3).

2) Limitações Intelectuais:

a) Precisava Crescer em Conhecimento (Lc.2:52).

b) Precisava Adquirir Conhecimento pela Observação (Mc.11:13).

c) Possuía Conhecimento Limitado (Mc.13:32).

3) Limitações Morais (Hb.2:18;4:15).

4) Limitações Espirituais:

a) Dependia das Oraçes (Mc.1:35).

b) Dependia do Espirito Santo (At.10:38; Mt.12:28).

F) NOMES HUMANOS:

1) Jesus (Mt.1:21).

2) Filho do Homem (Lc.19:10).

3) O Nazareno (At.2:22).

4) O Profeta (Mt.21:11).

5) O Carpinteiro (Mc.6:3).

6) O Homem (Jo.19:5; ITm.2:5).

G) RELAÇÃO HUMANA COM DEUS:

1) Como Mediador e Sacerdote; Como representante da humanidade Jesus falava

com Deus (Mc.15:34).

2) Kenosis: Auto esvaziamento de Jesus Cristo, uma auto renúncia dos atributos

divinos. Jesus pôs de lado a forma de Deus, mas ao fazê-lo não se despiu de Sua

natureza divina; não houve auto extinção. Também o Ser divino não se tornou

humano; Sua personalidade continuou a mesma, e reteve a consciência de ser Deus

(Jo.3:13). O propósito da kenosis foi a redenção. Na kenosis Jesus deixou o uso

independente do Seu poder para depender do Espirito Santo.

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A NATUREZA DIVINA DE CRISTO

A) NOMES DIVINOS:

1) Deus (Jo.1:1; Jo.1:18(ARA); Jo.20:28; Rm.9:5; Tt.2:13; Hb.1:8).

2) Filho de Deus (Mt.8:29;16:16;27:40; Mc.14:61,62; Jo.5:25;10:36;

3) Alfa e Ômega (Ap.1:8,17;22:13; Is.44:6).

4) O Santo (At.3:14; Is.41:14; Os.11:9).

5) Pai da Eternidade e Maravilhoso (Is.9:6; Jz.13:18).

6) Deus Forte (Is.9:6; Is.10:21).

7) Senhor da Glória (ICo.2:8; Tg.1:21; Sl.24:8-10).

8) Senhor (At.9:17;16:31; Lc.2:11; Rm.10:9; Fp.2:11). O termo "Senhor" em grego é 

Kúrios, e significa Chefe superior, Mestre, e como tal era empregado à pessoas

humanas, aos imperadores de Roma. Entretanto eles eram considerados deuses, esomente à eles era permitido aplicar este título, no sentido de divindade (At.2:36;

IICo.4:5; Ef.4:5; IIPe.2:1; Ap.19:16).

B) PELO CULTO DIVINO QUE LHE É ATRIBUIDO:

1) Somente Deus pode ser adorado (Mt.4:10).

2) Jesus aceitou e não impediu Sua adoração (Mt.14:33; Lc.5:8;24:52).

3) O Pai deseja que o Filho seja adorado (Hb.1:6; Jo.5:22,23; compare Is.45:21-23

com Fp.2:10,11).

4) A Igreja primitiva o adorou e orava Ele (At.7:59,60; IICo.12:8-10).

C) PELOS OFÍCIOS DIVINOS QUE LHE FORAM ATRIBUÍDOS:

1) Criador (Jo.1:3; Hb.1:8-10; Cl.1:16).

2) Preservador (Cl.1:17).

3) Perdoador de pecados (Mc.2:5,7,11; Lc.7:49).

4) Jesus é Jeová Encarnado (Compare Is.40:3,4 com Jo.1:23; Is.8:13,14 com

IPe.2:7,8 e At.4:11; IPe.2:6 com Is.28:16 e Sl.118:22; Nm.21:6,7 com ICo.10:9(ARA

= Senhor; ARC = Cristo; no grego = Criston); Sl.102:22-27 com Hb.1:10-12; Is.60:19com Lc.2:32; Zc.3:1,2).

D) PELA ASSOCIAÇÃO DE JESUS, O FILHO, COM O NOME DE DEUS PAI

IICo.13:14; ICo.12:4-6; ITs.3:11; Rm.1:7; Tg.1:1; IIPe.1:1; Ap.7:10; Cl.2:2; Jo.17:3;

Mt.28:19

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E) ATRIBUTOS DIVINOS LHE SÃO ATRIBUÍDOS:

1) Atributos Naturais:

a)Onisciência (Jo.1:47-51;4:16-19,29;6:64;16:30;8:55; Jo.10:15;21:6,17;

Mt.11:27;12:25;17:27; Cl.2:3).

b) Onipresença (Jo.3:13;14:23 Mt.18:20;28:20; Ef.1:23).

c) Onipotência (Mt.8:26,27;28:28; Hb.1:3; Ap.1:8).

d) Eternidade (Jo.8:58;17:5,24; Cl.1:17; Hb.1:8;13:8; Ap.1:8; Is.9:6; Mq.5:2).

e) Vida (Jo.10:17,18;11:25;14:6).

f) Imutabilidade (Hb.1:11;13:8; Sl.102:26,27).

g) Auto-Existência (Jo.1:1,2).

h) Espiritualidade (IICo.3:17,18).

2) Atributos Morais:

a) Santidade (At.3:14;4:27Jo.8:12; Lc.1:35; Hb.7:26; IJo.1:5; Ap.3:7;15:4; Dn.9:24).

b) Bondade (Jo.10:11,14; IPe.2:3; IICo.10:1).c) Verdade (Mt.22:16; Jo.1:14;14:6; Ap.19:11;3:7; IJo.5:20).

F) TÍTULOS DADOS IGUALMENTE A DEUS PAI E A JESUS CRISTO:

1) Deus: Deus Pai (Dt.4:39; IISm.7:22; IRs.8:60; IIRs.19:15; ICr.17:20; Sl.86:10;

Is.45:6;46:9; Mc.12:32), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Jo.1:23 e 3:28;

Sl.45:6,7 com Hb.1:8,9; Jo.1:1; Rm.9:5; Tt.2:13; IJo.5:20).

2) Único Deus Verdadeiro: Deus Pai (Jo.17:3), Jesus Cristo (IJo.5:20).

3) Deus Forte: Deus Pai (Ne.9:32), Jesus Cristo (Is.9:6).

4) Deus Salvador: Deus Pai (Is.45:15,21; Lc.1:47: Tt.3:4), Jesus Cristo (IIPe.1:1;

Tt.2:13; Jd.25).

5) Jeová: Deus Pai (Ex.3:15), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Mt.3:3 e Jo.1:23).

6) Jeová dos Exércitos: (ICr.17:24; Sl.84:3; Is.51:15; Jr.32:18;46:18), Jesus Cristo

(Compare Sl.24:10 e Is.6:1-5 com Jo.12:41; Is.54:5).

7) Senhor: Deus Pai (Mt.11:25;21:9;22:37; Mc.11:9;12:29; Rm.10:12; Ap.11:15),

Jesus Cristo (Lc.2:11; Jo.20:28; At.10:36; ICo.2:8;8:6;12:3,5; Fp.2:11; Ef.4:5).

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8) Único Senhor: Deus Pai (Mc.12:29; Dt.6:4), Jesus Cristo (ICo.8:6; Ef.4:5).

9) Jeová e Salvador, Senhor e Salvador: Deus Pai (Is.43:11;60:16; Os.13:4), Jesus

Cristo (IIPe.1:11;2:20;3:18).

10) Salvador: Deus Pai (Is.43:3,11;60:16; ITm.1:1;2:3; Tt.1:3;2:10;3:4; Jd.25), Jesus

Cristo (Lc.1:69;2:11; At.5:31; Ef.5:23; Fp.3:20; IITm.1:10; Tt.1:4;3:6).

11) Único Salvador: Deus Pai (Is.43:11; Os.13:4), Jesus Cristo (At.4:12; ITm.2:5,6).

12) Salvador de todos os homens e do mundo: Deus Pai (ITm.4:10), Jesus Cristo

(IJo.4:14).

13) O Santo de Israel: Deus Pai (Sl.71:22;89:18; Is.1:4; Is.45:11), Jesus Cristo

(Is.41:14;43:3;47:4;54:5).

14) Rei dos reis, Senhor dos senhores: Deus Pai (Dt.10:17; ITm.6:15,16), Jesus

Cristo (Ap.17:14;19:16).

15) Eu Sou: Deus Pai (Ex.3:14), Jesus Cristo (Jo.8:58).

16) O Primeiro e O Último: Deus Pai (Is.41:4;44:6;48:12) Jesus Cristo

(Ap.1:11,17;2:8;22:13).

17) O Esposo de Israel e da Igreja: Deus Pai (Is.54:5;62:5; Jr.3:14; Os.2:16), Jesus

Cristo (Jo.3:9; IICo.11:2;; Ap.19:7;21:9).

18) O Pastor: Deus Pai (Sl.23:1), Jesus Cristo (Jo.10:11,14; Hb.13:20).

G) OBRAS ATRIBUÍDAS IGUALMENTE A DEUS E A JESUS CRISTO:

1) Criou o mundo e todas as coisas: Deus Pai (Ne.9:6; Sl.146:6; Is.44:24; Jr.27:5;

 At.14:15;17:24), Jesus Cristo (Sl.33:6; Jo.1:3,10; ICo.8:6; Ef.3:9; Cl.1:16; Hb.1:2,10).

2) Sustenta e preserva todas as coisas: Deus Pai (Sl.104:5-9; Jr.5:22;31:35), JesusCristo (Cl.1:17; Hb.1:3; Jd.1)

3) Ressuscitou Cristo: Deus Pai (At.2:24; Ef.1:20), Jesus Cristo (Jo.2:19;10:18).

4) Ressuscitou mortos: Deus Pai (Rm.4:17; ICo.6:14; IICo.1:9;4:14), Jesus Cristo

(Jo.5:21,28,29;6:39,40,44,54;11:25; Fp.3:20,21).

5) É o Autor da regeneração: Deus Pai (IJo.5:18), Jesus Cristo (IJo.2:29).

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A UNIPERSONALIDADE DE JESUS CRISTO

Ficou provado que Jesus Cristo possui duas naturezas, a divina e a humana. No

entanto, embora tenha duas naturezas, Ele não possui duas personalidades ouPessoas, sendo uma Pessoa divina e outra humana, mas uma só e apenas uma.

Jesus Cristo é uma só Pessoa em duas naturezas distintas, por ém unidas.

Aspectos Médicos da Crucificação de Jesus Cristo

João 3:16: Porque Deus amou o mundo de tal

maneira que deu o seu Filho unigênito, para quetodo aquele que nele cr ê não pereça, mas tenha

vida eterna.

Hebreus 12:2 - " Fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa f é, o qual, pelo

gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus."

 Nas ultimas horas da vida de Jesus o que ele suportou, e que vergonha ele sofreu?

EXCRUCIAR: causar grande agonia, atormentar, torturar

Latim : ex : sobre, por causa de / cruciar : cruz "por causa da cruz"

O tom dessa apresentação poder á ser melhor resumida dentro da palavra "excruciar", (a raiz

da palavra "cruciante") a qual se refere a algo que causa grande agonia ou tormento. As

raízes em Latim da palavra são :"ex", que significa por causa de ou sobre, e "cruciar", que

significa cruz. A palavra "excruciar" vem do Latim para "por causa de , ou sobre, a cruz".

(Websters)

VISÃO GERAL

Jesus passou as suas últimas horas antes da crucificação em diversos lugares em

Jerusalém. Ele começou a noite no Cenáculo, no sudoeste de Jerusalém. Na última ceia, Ele

disse aos discí pulos que Seu corpo e Seu sangue deviam ser dados por eles. (Mateus 26: 26-

29) Saindo Ele da cidade indo ao jardim de Getsêmane. Ele foi então preso e levado de volta

 para o palácio do sumo sacerdote. Onde Ele foi questionado por Anás, antigo sumo

sacerdote, e Caif ás, genro de Anás. Posteriormente, Ele foi julgado pelo sinédrio, e foi

declarado culpado de blasf êmia ao se proclamar Filho de Deus. Ele foi sentenciado a pena de

morte. Sendo que apenas aos romanos era dado o direito de executar criminosos, Ele foimandado a Pôncio Pilatos na fortaleza Antonia. Pilatos, não encontrando nada de errado,

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mandou-o para o rei Herodes, que devolveu-o a Pilatos. Pilatos, submetendo-se a pressãoda multidão, então ordenou que Jesus fosse chicoteado e crucificado. Ele foi finalmente

conduzido para fora dos muros da cidade para ser crucificado no Calvário.

A SAÚDE DE JESUS E A DEMANDA DO SOFRIMENTO

É razoável supor que Jesus estava com a saúde boa antes do sofrimento que Ele

enfrentou nas horas que antecederam a sua morte. Ter sido um carpinteiro e viajando por

toda a região durante Seu ministério requeria que Ele estivesse em boas condições f ísicas.

Antes da crucificação, entretanto, Ele foi for çado a andar 4 quilômetros depois de uma noite

sem dormir, durante a qual Ele sofreu grande angustia por seus seis julgamentos, foi

escarnecido, ridicularizado e severamente golpeado, e foi abandonado por seus amigos e seu

Pai. (Edwards)

O CENÁCULO OU QUARTO SUPERIOR

O sofrimento começou no Cenáculo de uma casa que nós chamamos agora de a

Ultima Ceia, Aonde Jesus, deu a primeira comunhão, profetizando que Seu corpo e sangue

seria dado.(Mateus. 26:17-29) Hoje em Jerusalém, qualquer pessoa pode visitar o Cenáculo

ou Cenaculum (latim para sala de jantar), um quarto que esta construído sobre onde

acredita-se ser o local do Cenáculo, (Kollek) que está localizado no sudoeste na direção da

velha cidade.

GETSÊMANE: prensa de óleo

Lucas 22:44 E, posto em agonia, orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como

grandes gotas de sangue, que caíam sobre o chão. "o Espirito de Deus....esmagado"

Do Cenáculo, Jesus foi para fora dos muros da cidade aonde passou algum tempo em oração

no Jardim de Getsêmane. Hoje em dia o jardim tem muitas antigas árvores de oliva, algumas

delas podem ter crescido das raízes das árvores que estavam presentes na é poca de Jesus.

(Todas as árvores em volta de Jerusalém foram cortadas quando os Romanos conquistaram a

cidade em 70 D.C. Árvores de oliva podem regenerar-se de suas raízes e viver por milhares

de anos.) O nome "Getsêmane", vem do Hebreu Gat Shmanim, significa "prensa de óleo"(Kollek). Desde que "óleo" é usado na Bí blia para simbolizar o Espirito Santo, pode-se dizer

então que o jardim é onde "o Espirito de Deus foi esmagado". (Missler). Era aqui que Jesus

agonizou em oração sobre o que deveria ocorrer. É importante saber que este é o único

lugar na Bí blia, (segundo a versão de KJV), onde a palavra "agonia" é mencionada. (Strong's

Concordance) A palavra Grega para agonia significa "empenhado em combate" (Pink) Jesus

agonizou sobre o que Ele teria que passar, sentindo que Ele está ao ponto de morrer

(Marcos14:34). Contudo Ele orava, "Não se faça a minha vontade, mas a tua."

De importância medica, é que Lucas menciona Ele tendo suado sangue. O termo médico para

isto, "hemohidrosis" ou "hematidrosis" tem sido visto em pacientes que experimentaram,extremo stress ou choque nos seus sistemas. (Edwards) Os capilares em volta dos poros

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suados tornam-se fr ágeis e começam a pingar sangue no suor. Um caso na história é descrito

em que uma menina que tinha medo de ataques aéreo, na Primeira guerra mundial,

desenvolveu estas condições depois que ocorreu uma explosão de gás na casa vizinha a dela.

(Scott) Outro relatório menciona uma freira que, ao estar ameaçada de morte pelas espadas

dos soldados inimigos, "estava tão aterrorizada que ela sangrava por toda parte do seu corpo

e morreu de hemorragia na presença de seus atacantes."(Grafenberg) Em memorial ao

sofrimento de Jesus, a igreja que agora está em Getsêmane é conhecida como a Igreja da

Agonia. (também chamada de Igreja das Nações porque muitas nações doaram dinheiro para

sua construção).(Kollek)

ABANDONADO PELOS HOMENS

Mateus 26:56b: "Então todos os discí pulos, deixando-o fugiram."

Salmos 22:11: "Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem acuda."

Enquanto estava em Getsêmane, Jesus é traído por Judas e preso pelos Judeus. Todos os

seus discí pulos o abandonaram, até mesmo ao custo de ter que correr nu (Marcos 14:51-52).

Ele é preso (João 18:12) então levado de volta para a cidade e para corte do Sumo Sacerdote,

aonde é localizada perto do Cenáculo.

ASPECTOS ILEGAIS DO JULGAMENTO DE JESUS

A seguir estão alguns dos aspectos ilegais do julgamento de Jesus:

- Os julgamentos poderiam ocorrer somente nos lugares de reunião regular do Sinédrio

(não no palácio do Sumo Sacerdote)

- Os julgamentos não podiam ocorrer na véspera do Sabat ou de Festas e nem a noite

- Uma sentença de "culpado" somente poderia ser pronunciada no dia seguinte ao

 julgamento

A INTRODUÇÃO DAS TESTEMUNHAS

Deut 19:15: "Uma só testemunha não se levantar á contra alguém por qualquer iniquidade,ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado cometido; pela boca de duas ou de tr êstestemunhas se estabelecer á o fato."

Deut 17:6: "Pela boca de duas ou tr ês testemunhas, ser á morto o que houver de morrer;

 pela boca duma só testemunha não morrer á."

Marcos 14:56: "Porque contra ele muitos depunham falsamente, mas os testemunhos não

concordavam."

Enquanto na corte do Sumo Sacerdote, Ele foi questionado por Anás (João 18:13) e golpeado por um soldado (João 18: 22). Ele foi trazido então a Caif ás e ao Sinédrio, que procuravam

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 por Jesus à morte pelo testemunho falso de muitas testemunhas. As testemunhas trazidas

contra Ele não concordavam. Pela lei, ninguém poderia ser posto a morte sem a

concordância de duas ou tr ês testemunhas nos seus testemunhos. Embora as testemunhas

não concordassem, Ele foi considerado culpado de blasf êmia quando Ele lhes disse de Sua

identidade como Filho de Deus. Ele foi sentenciado a morte. Jesus sofreu escarnecimento

dos guardas do palácio, que cuspiram nEle, bateram nEle e esbofetearam Sua cara. (Marcos

14:65.) Durante o julgamento, Pedro nega-Lhe tr ês vezes. Os procedimentos do julgamento

de Jesus violaram muitas das leis da Sua sociedade. Entre algumas das outras leis violadas

estão: (Bucklin)

1. Nenhuma aprisionamento poderia ser feito a noite.

2. A hora e a data do julgamento eram ilegais porque ocorreu a noite e na véspera do

Sabat. Neste momento impossibilitando alguma chance para o requerimento da suspensão

da pena no dia seguinte ao evento da condenação.

3. O Sinédrio era sem autoridade para incitar acusações. Era somente suposto para

investigar acusações trazidas perante ele. No julgamento de Jesus, a pr ó pria corte formulou

as acusações.

4. As acusações contra Jesus foram mudadas durante o julgamento. Ele foi inicialmente

acusado de blasf êmia baseado na sua declaração de que poderia destruir e reconstruir o

Templo de Deus dentro de tr ês dias, e também de ser Filho de Deus. Quando Ele foi trazido

 perante Pilatos, a acusação era que Jesus era um Rei e não defendia o pagamento deimpostos aos Romanos.

5. Como indicado acima, a exigência de duas testemunhas de acordo para condenar a

 pena de morte não foi cumprida..

6. A corte não se reuniu no regular local de reuniões do Sinédrio, como é requerido pela

lei Judia.

7. A Cristo não foi permitido uma defesa. Pela a lei judia, deveria ter ocorrido uma busca

exaustiva nos fatos apresentados pelas testemunhas.

8. O Sinédrio pronunciou a sentença de morte. Pela a lei, ao Sinédrio não era permitido

condenar e colocar a pena de morte em efetivo. (João 18:31)

Hoje, se pode visitar o palácio do Sumo Sacerdote. Aonde se pode estar no meio das ruínas

do pátio. E está disponível um modelo das estruturas do palácio no tempo de Jesus.

VEREDICTO DE PILATOS

Marcos 15:15 - "Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhe Barrabás; e tendomandado

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açoitar a Jesus, o entregou para ser crucificado."

O Sinédrio reuniu-se cedo na manhã seguinte e sentenciou-O a morte.(Mateus 27:1) Jesus foi

levado perante a Pilatos, porque aos judeus não era dado como aos romanos o direito de

realizar execuções. A acusação foi agora mudada para a alegação que Jesus reivindicava ser

Rei e proibia a nação de pagar impostos a César. (Lucas 23:5) Apesar de todas as acusações,

Pilatos não encontrou nada errado. Ele mandou Jesus a Herodes. Jesus ficou calado perante

Herodes, exceto para afirmar que Ele é o Rei dos Judeus. Herodes mandou-O devolta a

Pilatos. Pilatos é incapaz de convencer a multidão da inocência de Jesus e ordena Jesus a ser

 posto a morte. Algumas fontes indicam que era lei romana, que um criminoso que estava

 para ser crucificado teria que primeiro ser chicoteado.(McDowell) Outros acreditam que

Jesus foi primeiramente chicoteado por Pilatos na esperança de livra-Lo através de uma

 punição mais leve.(Davis) Apesar do seu esfor ços, os Judeus permitiram que Barrabás fosse

liberado e exigiram que Jesus fosse crucificado, ainda gritando que, "O Seu sangue caia sobre

nós e sobre nossos filhos!" (Mateus 27:25) Pilatos entrega Jesus para ser chicoteado e

crucificado.

É neste momento que Jesus sofre um violento espancamento f ísico. (Edwards) Durante as

chicotadas, a vitima era amarrada a um poste, deixando suas costas inteiramente exposta.

Os Romanos usavam um chicote, chamado flagrum ou flagellum o qual consiste em

 pequenas partes de osso e metal unidos a vários cordões de couro. O número de chicotadas

não é registrado nos evangelhos. O número de golpes na lei judia foi estabelecido em

Deuteronômio 25:3 em quarenta, mas mais tarde reduzido a 39 para prevenir golpes

excessivos por um erro de contagem. (Holmans). A vítima frequentemente morria por causado espancamento. (39 golpes acreditava-se trazer o criminoso a " um da morte".) A lei

romana não colocava nenhum limite sobre o número de golpes a se dar. (McDowell) Durante

as chicotadas, a pele era arrancada das costas, expondo uma massa ensanguentada de

músculo e osso ("hambúrguer " : Metherall). Ocorria extrema perda de sangue pelo

espancamento, enfraquecendo a vítima ,as vezes, ao ponto de ficar inconsciente.

SOLDADOS ROMANOS ESCARNECEM E BATEM EM JESUS

Mateus 27:28-30 (Os soldados) despiram-No e colocaram-No um manto escarlate

então trançaram uma coroa de espinhos e fixaram em sua cabeça. Eles colocaram umacajado na Sua mão direita e ajoelharam-se na Sua frente e O escarnecia dizendo: "Salve, rei

dos judeus!". Eles cuspiram nEle, e pegaram o cajado e golpearam-O na cabeça várias vezes.

Jesus foi então espancado pelos soldados romanos. No escarnecimento, eles vestiram-No no

que era provavelmente a capa de um oficial romano, o qual era de cor roxo escuro ou

escarlate. (Bí blia Amplificada) Ele também usava a coroa de espinhos. Ao contr ário da coroa

tradicional a qual é descrita por um anel aberto, a verdadeira coroa de espinhos pode ter

coberto o escalpo inteiro.(Lumpkin) Os espinhos podem ter tido 2.54 a 5.08 centímetros de

comprimento. Os evangelhos indicam que os soldados romanos continuamente bateram na

cabeça de Jesus. Os golpes dirigiram os espinhos para dentro do escalpo (uma das áreas mais

vascular do corpo) e na testa, causando sangramento severo.

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A COROA DE ESPINHOS E O MANTO

Gênesis 3:17b-18: "Maldita é a terra por tua causa; em fadiga comer ás dela todos os dias da

tua vida. Ela te produzir á espinhos e abrolhos; e comer ás das ervas do campo. "Isaías 1:18

"Vinde, pois, e arrazoemos," diz o SENHOR. "Ainda que os vossos pecados são como a

escarlata, eles se tornar ão brancos como a neve; ainda que são vermelho como o carmesim,

tornar-se-ão como lã." O significado do manto escarlate e a coroa de espinhos é para

enfatizar Jesus tomando os pecados do mundo sobre Seu corpo. A Bí blia descreve o pecado

 pela cor escarlata (Isaías 1:18) e aqueles espinhos que apareceram logo depois da queda do

homem, como um sinal da maldição. Assim, os artigos que Ele usou são símbolos para

mostrar que Jesus tomou os pecados (e maldições) do mundo sobre Ele mesmo. Não é claro

se Ele usou a coroa de espinhos na cruz. Mateus descreve que os romanos removeram Suas

roupas depois do espancamento, e então colocaram Suas pr ó prias roupas de novo nEle.

(Mateus 27:31)

A SEVERIDADE DO ESPANCAMENTO

Isaías 50:6: "Ofereci as minhas costas aos que me feriam, e as minhas faces aos que me

arrancavam a

 barba; não escondi o meu rosto dos que me afrontavam e me cuspiam."

Isaías 52:14: "..... Como pasmaram muitos à vista dele -- pois o seu aspecto estava tão

desfigurado que

não era o de um homem, e a sua figura não era a dos filhos dos homens --"

A severidade do espancamento não é detalhada nos evangelhos. Entretanto , no livro de

Isaías, ele sugere que os

romanos arrancaram Sua barba.(Isaías 50:8) Também é mencionado que Jesus foi espancado

tão severamente

que seu aspecto não parecia como "a dos filhos dos homens" i.e. como uma pessoa. "O seu

aspecto estava tão

desfigurado que não era o de um homem, e a sua figura não era a dos filhos dos homens." As

 pessoa ficavam horrorizadas ao olhar para Ele (Isaías 52:13). Seu desfiguramento talvez

 possa explicar porque Ele não foi reconhecido facilmente em Suas aparições pósressurreição.(Missler) Hoje, se pode visitar o local conhecido como Lithostrotos, aonde

acredita-se ser o chão da Fortaleza de Antônio.(todavia recente escavações talvez ponha em

dúvida esta teoria (Gonen)) O chão está marcado para jogos uma vez jogados por soldados

romanos.

Do espancamento, Jesus andou num trajeto, chamado agora de Via Dolorosa, para ser

crucificado em Gólgota. A distância total tem sido estimada em 595 metros. (Edwards). Uma

rua estreita de pedra, era provavelmente cercada por mercados no tempo de Jesus. Ele foi

conduzido através das ruas aglomeradas de gente carregando a barra transversal da cruz

(chamada patibulum) em contato com Seus ombros. A barra transversal provavelmente pesava entre 36 e 50 quilos. Ele era cercado por um guarda dos soldados romanos, o qual

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carregava uma placa que anunciava Seu crime o de ser "o Rei dos Judeus" em Hebreu, em

Latim e em Grego. No caminho, Ele ficou incapaz de carregar a cruz. Alguns teorizam que Ele

talvez tenha caído ao ir descendo os degraus da Fortaleza de Antônio. Uma queda com o

 pesado patibulum nas Suas costas talvez tenha causado uma contusão do coração,

 predispondo Seu coração a ruptura na cruz. (Ball) Simão o Cireneu (atualmente norte da

África (Tripoli)), que aparentemente foi afetado por estes eventos, foi intimado a ajudar.

A presente Via Dolorosa foi marcada no século 16 sendo a rota na qual Cristo foi conduzido a

Sua crucificação.(Magi) Quanto a localização do Calvário, a verdadeira localização da Via

Dolorosa é disputada. Muita da tradição a respeito do que aconteceu a Jesus é encontrada

na Via Dolorosa hoje em dia. Há 14 estações de "eventos" que ocorreram e 9 igrejas no

caminho hoje em dia. As estações da cruz foram estabelecidas em 1800. (Magi) Hoje em dia,

há uma seção no trajeto onde se pode andar nas pedras que foram usadas durante a é poca

de Jesus.

SOFRIMENTO NA CRUZ

Salmo 22:16-17: " Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de malfeitores me cerca;

transpassaram-me as mãos e

os pés. Posso contar todos os meus ossos. Eles me olham e ficam a mirar-me."

O evento da crucificação é profetizado em diversos lugares por todo o Velho

Testamento. Um dos mais impressionantes é narrado em Isaías 52:13, aonde ele diz que, "Eis

que o meu servo proceder á com prudência; ser á exaltado, e elevado, e mui sublime." EmJoão 3, Jesus fala sobre o cumprimento dessa profecia quando Ele diz, "E como Moisés

levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para

que todo aquele que nele cr ê tenha a vida eterna." Ele refere aos eventos narrado em

 Números 21:6-9. O Senhor tinha mandado uma praga de serpentes impetuosas no povo de

Israel e morderam o povo de modo que muitas pessoas morreram. Depois que o povo

confessou seus pecados a Moisés, o Senhor perdoou eles tendo feito uma serpente de

 bronze. O bronze é um símbolo do julgamento e a serpente é um símbolo da maldição.

Quem quer que fosse mordido por uma serpente e então olhasse a serpente de bronze, era

salvo da morte. Estes versos são profecias que apontam a crucificação, em que Jesus seria

(levantado) na cruz para julgamento do pecado, para que todo aquele que nele cr ê não pereça, (a morte eterna) mas tenha a vida eterna.II Cor 5 :21 Amplifica este ponto, nisso

"Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que Nele f ôssemos

feitos justiça de Deus."(Pink) É interessante que o símbolo de Aesculapius que é o símbolo

da profissão médica hoje em dia, teve suas raízes da fabricação da serpente de

 bronze.(Metherall) Certamente, Jesus é quem cura a todos! Jesus é conduzido ao lugar da

caveira (Latim: Calvário, Aramaico: Golgota) para ser crucificado. A atual localização do

Calvário está também em disputa. No fim da Via Dolorosa, há uma "T bifurcação ". Se

virarmos a esquerda, nós iremos a Basílica do Santo Sepulcro. Se virarmos para direita, nós

iremos ao Calvário de Gordon. A Basílica do Santo Sepulcro tem se acreditado por muito

tempo ser o local tradicional da crucificação.

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Calvário de Gordon possivelmente tem uma razão prof ética para ser o lugar da

crucificação. Em Gênesis 22, Abraão é testado por Deus para sacrificar Isaque no topo da

montanha. Percebendo que ele estava agindo fora da profecia, que "Deus prover á para si o

Cordeiro", Abraão chama o lugar do evento de "Jeová-Jir é", "No monte do senhor se

 prover á." Se nós pegarmos isso como evento prof ético da morte de Jesus, então Jesus

morreu no terreno mais elevado de Jerusalém. Calvário de Gordon é o ponto mais elevado

de Jerusalém, 777 metros acima do nível do mar. (Missler: Map from Israel tour book) Hoje

em dia, no Calvário de Gordon, as cavernas na rocha estão situadas de tal maneira que dão

ao local a apar ência de uma caveira.

Jesus foi então crucificado. Crucificação era uma pr ática que se originou com os Persas e foi

mais tarde passado para os Carthaginians e os fenícios. Os romanos aperfeiçoaram como um

método de execução o qual causava máxima dor e sofrimento em um per íodo de tempo. Aos

crucificados incluíam escravos, provincianos e os tipos mais baixos de criminosos. Cidadãos

romanos, exceto talvez para soldados que desertavam, não eram sujeitados a esse

tratamento. (McDowell)

O local da crucificação "era escolhido propositadamente para ser fora dos muros da cidade

 porque a Lei proibia tais de ser dentro dos muros da cidade... por razões sanitárias... o corpo

crucificado era as vezes deixado para apodrecer na cruz e servir como uma desonra, um

convincente aviso e dissuasivo para os que ali passavam." (Johnson) Às vezes, o subordinado

era comido quando vivo e ainda na cruz por bestas selvagens. (Lipsius)

O Procedimento da crucificação pode ser resumido conforme o seguinte. O patibulum eracolocado sobre a terra e a vitima colocada em cima dele. Os pregos, com aproximadamente

18 centímetros de comprimento e com 1 cm de diâmetro eram cravados nos pulsos. Os

 pregos entrariam na proximidade do nervo mediano, causando que choques de dor fosse

irradiado por todo o braço. Era possível colocar os pregos entre os ossos de modo que

nenhuma fratura (ou ossos quebrados) ocorressem. Estudos tem mostrado que os pregos

 provavelmente estiveram cravados através dos ossos pequenos do pulso, desde que pregos

na palma da mão não suportariam o peso de um corpo. Em terminologia antiga, o pulso era

considerado ser parte da mão. (Davis) Posicionado no local da crucificação estariam postes

em pé, tendo aproximadamente 2.15 metros de altura.(Edwards) No centro dos postes

estava um ordinário assento, chamado sedile ou sedulum, no qual servia como suporte paraa vítima. O patibulum era então levantado sobre os postes. Os pés eram então pregados aos

 postes. Para permitir isto, os joelhos teriam que ser dobrados e girados lateralmente,

deixando numa posição muito desconfortável. O titulo era pendurado sobre a cabeça da

vitima.

Havia diversos tipos diferentes de cruzes usadas nas crucificações. Na é poca de Jesus,

era mais provável que a cruz usada fosse no formato de T (ou "tau" cruz,), não a popular

cruz no formato t a qual é aceita nos dias de hoje.(Lumpkin)

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SOFRIMENTO FÍSICO NA CRUZ

Salmos 22:14-15: "Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o

meu coração é 

como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas. A minha for ça secou-se como um

caco e a língua se

me pega ao paladar; tu me puseste no pó da morte."

Tendo sofrido pelo espancamento e pelas chicotadas, Jesus sofreu de severa hipovolemia

 pela perda de sangue. Os versos acima descrevem Seu estado desidratado e a perda de Sua

for ça.

Quando a cruz era erguida verticalmente, havia uma tremenda tensão posta sobre os pulsos,

 braços e ombros, resultando num deslocamento dos ombros e juntas dos

cotovelos.(Metherall) Os braços, sendo preso para cima e para fora, prendendo a caixa

tor ácica numa fixa posição final inspiratória na qual dificulta extremamente o exalar, e

impossibilitava ter completa inspiração do ar. A vítima poderia apenas ter pequenas

respiradas.(Isto talvez explique o porque Jesus fez pequenas declarações enquanto estava na

cruz). Enquanto o tempo passava, os músculos, pela perda de sangue, falta de oxigênio e

 posição fixa do corpo, passariam por severas cãibras e contrações espasmódicas.

ABANDONADO POR DEUS -- MORTE ESPIRITUAL

Mateus 27:46: "Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactani; isto é,Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?"

Com o pecado do mundo sobre Ele, Jesus sofreu a morte espiritual (separação do Pai).Isaías

59:2 diz que o pecado causa separação de Deus, e que Ele esconde Sua face de vós de modo

que Ele não ouça. O Pai teve que virar a face de Seu Filho Amado quando estava na cruz. Pela

 primeira vez, Jesus não dirige a Deus como Seu Pai.(Courson)

MORTE POR CRUCIFICAÇÃO: LENTA SUFOCAÇÃO

Respiração superficial causando colapso em pequenas áreas do pulmão.

Diminuição do oxigênio e aumento de gás carbônico causando acides nos tecidos.

Líquido formado nos pulmões. Piorando a situação citada na 2 ª etapa.

O coração é estressado e eventualmente para.

O lento processo do sofrimento e consequência da morte durante a crucificação pode ser

sumariado como segue:

"... aparentemente parece que o mecanismo da morte na crucificação era asfixia. A correntede eventos no qual conduziram finalmente a asfixia são as seguintes: Com o peso do corpo

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que está sendo suportado pelo sedulum, os braços eram puxados para cima. Causando o

intercostal e o músculo peitoral a ser esticado. Além disso, o movimento destes músculos era

oposto pelo peso do corpo. Com os músculos respiratórios esticados assim, a respiração

torna-se relativamente fixa. Enquanto dispnea desenvolve e dor nos pulsos e braços

aumentam, a vítima era for çada a levantar o corpo do sedulum, transferindo desse modo o

 peso do corpo aos pés. A respiração tornam-se mais f ácil, mas com o peso do corpo sendo

exercido pelos pés, a dor nos pés e pernas aumentava. Quando a dor se tornava

insuportável, a vítima repentinamente abaixava outra vez para o sedulum com o peso do

corpo puxando os pulsos e outra vez esticando os músculos intercostal. Dessa maneira, a

vítima alterna entre levantar seu corpo do sedulum a fim de respirar e repentinamente

abaixando no sedulum para aliviar a dor nos pés. Eventualmente, ele torna-se esgotado ou

fica inconsciente de modo que não poderia mais levantar seu corpo do sedulum. Nesta

 posição, com os músculos respiratórios essencialmente paralisados, a vitima sufocava e

morria.(DePasquale and Burch)

Devido a defeituosa respiração, os pulmões da vitima começavam a ter colapsos em

 pequenas áreas causando hipoxia e hipercarbia. Uma acides respiratória, com a falta de

compensação pelos rins devido a perda de sangue decorrentes das numerosas surras,

resultou em um aumento da pressão cardíaca, que bate mais r á pido para compensar.

Acumulam líquidos nos pulmões. Sob o stress da hipoxia e acides o coração eventualmente

falha. Há diversas teorias diferentes na real causa da morte. Uma teoria declara que houve

um enchimento do pericárdio com liquido, que pôs uma pressão fatal na habilidade do

coração de bombear sangue (Lumpkin). Uma outra teoria declara que Jesus morreu de

ruptura cardíaca." (Bergsma) A real causa da morte de Jesus , entretanto, " pode ter sido pormúltiplos fatores e relacionado primeiramente a choques hipovolemicos, exaustante asfixia e

talvez aguda falha cardíaca. "(Edwards) Uma fatal arritmia cardíaca pode ter causado o

evento terminal. (Johnson, Edwards)

UMA ÚLTIMA BEBIDA DO VINAGRE

João 19:29-30: "Estava ali um vaso cheio de vinagre. Puseram, pois, numa cana de hissopo

uma esponja

ensopada de vinagre, e lha chegaram à boca. Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre,

disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espirito.

Tendo sofrido severa perda de sangue de suas numerosos espancamentos e desta forma em

um estado desidratado, Jesus, em uma das suas últimas declarações, diz "Tenho sede." Foi 2

vezes oferecido bebida a Ele na cruz. A primeira, na qual Ele recusou, era vinho veja Vinho

nos tempos de Jesusdrogado (misturado com mirra) veja também Aspéctos Médicos da

Morte de Jesus. Ele escolheu enfrentar a morte sem uma mente turvada. Edersheim escreve:

"Era uma pr ática de misericórdia Judaica dar aqueles conduzidos a execução uma poção de

um forte vinho veja Vinho nos tempos de Jesusmisturado com mirra para entorpecer aconsciência" (Mass Sem 2.9; Bemid. R. 10). Esta função caritativa era realizada à custa de, se

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não por, uma associação de mulheres em Jerusalém (Sanh. 43a). A poção foi oferecido a

Jesus quando Ele alcançou Gólgota. Mas tendo provado....Ele não beberia....Ele encontraria

com a Morte, mesmo no seu mais severo e violento modo, e conquistar submetendo-se ao

todo....(p.880).

A segunda bebida, a qual Ele aceita momentos antes da Sua morte, é descrita como um

vinagre de vinho - veja . É importante notar Dois pontos. A bebida foi dada em "cana da

 planta de hissopo". Lembre-se que estes eventos ocorreram na festa da Páscoa. Durante esta

festa, (Êxodo 12:22) hissopo foi usado para aplicar o sangue do cordeiro da Páscoa nos

umbrais de madeira dos judeus. É interessante o final desta cana de hissopo apontando para

o sangue do cordeiro perfeito o qual era aplicado na cruz de madeira para salvação de toda a

humanidade. (Barclay) Em adicional, o vinagre é um produto da fermentação, o qual é feito

de suco de uva e fermento. A palavra literalmente significa "aquilo o qual é azedado" e é relacionado com o termo em Hebreu para "aquilo o qual é levedado". (Holmans) Fermento

ou levedo, é um símbolo Bí blico do pecado. Quando Jesus tomou esta bebida, (i.e. a bebida

no qual era "levedada") assim sendo simbólico Dele tomando os pecados do mundo sobre

Seu corpo.

CELEBRAÇÃO DA OPOSIÇÃO GUERRA ESPIRITUAL

Salmos 22:12-13: " Muitos touros me cercam; fortes touros de Basã me rodeiam. Abrem

contra mim sua boca, como um leão que despedaça e que ruge."

Enquanto Ele estava na cruz, trevas cobriram a terra (do meio-dia às tr ês da tarde). Jesus,emLucas 22:53, assocía aqueles que o prenderam com o poder das trevas. Aonde estavam as

forcas do mal enquanto Jesus estava na cruz? Os versos acima do Salmo 22 parece fora do

lugar quando primeiramente se lê. Ali não aparenta ter menção de "touros" e "leões" em

volta da cruz. Os versos, entretanto, tem um profundo significado.(Courson) Basã era uma

área ao leste do Rio Jordão a qual era famosa por sua fertilidade. O gado era criado lá o qual

cresciam a tamanhos enormes. As pessoas lá adoravam espíritos demoníacos (associados a

Baal) dentro do rebanho. Em1 Pedro 5:8, Satanás e descrito como " rugindo como leão...

 procurando a quem possa tragar" Estes versos são desta forma sugestivos da atividade

espiritual de Satanás e seus demônios, celebrando enquanto Jesus estava sofrendo na cruz.

JESUS DEU SUA VIDA

João 10:17-18: " Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém

ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho autoridade para a dar, e tenho

autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai."

Lucas 23:46: "Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu

espírito. E, havendo dito isso, expirou.".

O tempo médio de sofrimento antes da morte por crucificação é indicada aproximadamentede 2 a 4 dias (Tenney), embora a casos relatados aonde a vitima viveu por 9 dias. (Lipsius) As

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causas reais da morte por crucificação eram de múltiplos fatores, um dos mais significantes

seria a severidade dos açoites. (Edwards) Jesus teve uma morte f ísica r á pida (Pilatos ficou

surpreso que Ele tinha morrido assim tão r á pido.) (Marcos 15:44). Embora muitos dos sinais

f ísicos precedentes a morte estavam presentes, uma possibilidade é que Jesus não morreu

 por fatores f ísicos o qual acabaria com Sua capacidade de viver, mas que Ele deu Sua vida de

acordo com Sua vontade. Sua ultima declaração, "nas tuas mãos entrego o meu espírito"

 parece mostrar que a morte de Jesus ocorreu por Ele se entregando. Em João 10, Ele declara

que apenas Ele tem o poder dar Sua vida. Ele provou Seu poder sobre a morte por Sua

ressurreição. Verdadeiramente, Deus é o que tem poder sobre a vida e a morte.

MORTE POR CRUCIFICAÇÃO:

ACELERADA quebrando as pernas, de modo que a vítima não podia levantar para ter uma

 boa respiração.

João 19:32-33: "Foram então os soldados e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro e

ao outro que com ele fora crucificado; mas, vindo a Jesus, e vendo que já estava morto, não

lhe quebraram as pernas; "

CONFIRMADA por uma lança enfiada no lado direito do coração.

João 19:34: "contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e

água." Morte na crucificação era acelerada quebrando as pernas da vitima. Este

 procedimento, chamado crurifratura, previne a capacidade da vitima de respirar bem. Amorte ocorreria rapidamente por asfixia. No caso de Jesus, Ele morreu r á pido e não teve

Suas pernas quebradas. Jesus cumpriu um dos requerimentos prof éticos do cordeiro da

Páscoa, que nenhum osso deveria ter sido quebrado.(Êxodo 12:46,João 19:36)

Para confirmar que a vitima estava morta, os romanos aplicavam uma lança atravessando o

lado direito do coração. Quando perfurado, um fluxo repentino de sangue e água saíram do

corpo de Jesus. O significado medico do sangue e água tem sido assunto de debate. Uma

teoria declara que Jesus morreu de enfarte maciço do miocárdio, no qual a um rompimento

do coração (Bergsma) no qual talvez tenha resultado na Sua queda enquanto carregava a

cruz. (Ball) Outra teoria declara que o coração de Jesus estava rodeado por fluidos do pericárdio, o qual constringe o coração causando morte.(Davis) O stress f ísico da crucificação

talvez tenha produzido uma fatal arritmia cardíaca. (Johnson)

A ordem indicada "sangue e água" talvez não indique necessariamente a ordem do

aparecimento, mas antes a relativa importância de cada fluido. Neste caso, uma lançaatravés do lado direito do coração deixaria o fluido pleural (fluido formado nos pulmões) sair

 primeiro, seguido por fluxo de sangue da parede do ventr ículo direito.(Edwards) O fato

importante é que evidencias medicas suportam que Jesus teve uma morte f ísica. Mas claro,

que a história, não termina aqui. O grandioso evento que separa Jesus de todos os outros é o

fato que Ele ressuscitou e hoje vive. Ele intercede a direita do Pai por aqueles que Oseguem.(Hebreus 7:25)

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APAR Ê NCIA NO CÉU

Apocalipse 5:6: " Nisto vi, entre o trono e os quatro seres viventes, no meio dos anciãos, um

Cordeiro em

 pé, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de

Deus, enviados

 por toda a terra."

Pela eternidade, Jesus ir á levar as marcas da Sua crucificação.Apocalipse 5:6 sugere que Ele

aparece no céu com as marcas como o Cordeiro " como havendo sido morto ". Nós sabemos

que quando Ele apareceu a Tomé que ele carregava as marcas dos pregos e da lança no seu

lado.(João 20:26-28) Vale a pena também considerar as razões do porque Ele não foi

imediatamente reconhecido depois da Sua ressurreição. Em João 21:12, é declarado que

nenhum dos discí pulos "ousava perguntar-lhe: Quem és tu? sabendo que era o Senhor" É 

 possível que Seu corpo ressurrecto continuasse a ter as marcas dos Seus espancamentos. "O

corpo da Sua glorificação ser á o corpo da Sua humilhação." (Missler)

 Nós estamos preparados para encontrar com Ele? O que nós estamos fazendo com o que Ele

tem nos dado? Hoje, Ele nos encoraja a considerar o custo da cruz e aplicar em nossas

 pr ó prias vidas.

SEGUINDO A JESUS CRISTO

Lucas 9:23: " Em seguida dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo,

tome cada dia

a sua cruz, e siga-me."

Quando Ele estava na terra, Jesus declarou que, " Se alguém quer vir após mim, negue-se a si

mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me" (Lucas 9:23) Como nós vimos, nos tempos de

Jesus significou ir a sua morte, entregando e separando você de tudo que você tinha.......seus

direitos, seus amigos, seu corpo e sangue e até seus "deuses", para seguir a Ele.

 Nós somos desafiados pelo exemplo de Simão, cireneu. As Escrituras mencionam ele sendo o

 pai de Alexandre e Rufo.(Marcos 15:21) Rufo ("um homem eleito no Senhor ") e a mulher de

Simão ambos são mencionados por Paulo em sua carta a igreja Romana. (Romanos 16:13)

Aqui estava um homem, que de fato carregou a cruz ...e causou um impacto para Cristo na

eternidade. Que compromisso você esta disposto a fazer agora com Ele?

A Bí blia, a Palavra de Deus (II Timóteo 3:16-17), relata como Deus uma vez teve um

relacionamento pessoal com

o homem. Deus falava e relacionava com o homem, exatamente como você pode se

relacionar com seu melhor amigo. Deus criou o homem para dar a ele uma vida significante echeia de propósito.

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O homem escolheu seguir seu pr ó prio caminho por ter desobedecido a Deus. (Isto aplica a

todos os homens como emRomanos 3:23). Esta desobediência, chamado pecado, causou

uma quebra no relacionamento entre homem e Deus. Se o homem eventualmente procura

um relacionamento com Deus por seus pr ó prios esfor ços (religião), ele não ir á achar nada,

 porque o pecado quebrou a comunicação. (Isaías 59:2)

Cristianismo é a historia de Deus sacrificando Seu Filho para restaurar o relacionamento que

estava quebrado. Como indicado no texto acima, Jesus deu Sua vida para pagar pelos

 pecados da humanidade e recebeu a punição pelo pecado sobre Ele. Porque Ele deu Sua vida

na cruz, qualquer um que acredite Nele ter á restaurado o relacionamento pessoal com Deus.

Ele mesmo, Jesus, alegou ser o único caminho a Deus. (João 14:6) e apenas pelo

conhecimento de Deus através de Jesus Cristo o homem pode ter uma vida significante e

cheia de propósito.(João 10:10).

A vida de Cristo de A a Z e de Gênesis a Apocalipse

Jesus “o Senhor é salvação” 

Jesus Cristo é retratado no Novo Testamento como Salvador do mundo, e o nome Jesus em

si significa "Salvador". Conforme escreveu João no final de seu evangelho, "estes [sinais],

 por ém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que,

crendo, tenhais vida em seu nome'. Inf ância

A mãe de Jesus, Maria, deitou o bebê Jesus numa manjedoura quando ele nasceu em Belém,

onde os pastores o visitaram. Jesus foi apresentado no templo, e depois Maria e José,

 padrasto de Jesus, fugiram para o Egito com Jesus após a visita dos magos. Eles retomaram

 posteriormente a Nazar é, onde José trabalhou como carpinteiro. Além da visita de Jesus ao

templo quando tinha doze anos, quando ele ouviu os mestres e lhes fez perguntas, nada

mais é conhecido à respeito da sua inf ância.

Tr ês anos de ministério

Quando Jesus tinha cerca de 30 anos, João Batista o batizou no rio Jordão, antes de Jesus ir

 para o deserto a fim de ser tentado por Satanás. Após isto, Jesus iniciou seu ministério

 pú blico, escolhendo doze apóstolos para estarem com ele. Jesus fez muitos milagres, como

transformar a água em vinho em Caná, e muitas curas, como a ressurreição da filha de Jairo.

Ele também pregou freqüentemente, como no Sermão do Monte, e contou numerosas

 par á bolas memor áveis, como a do bom samaritano e do filho pr ódigo.

A última semana

Os autores dos quatro evangelhos se concentram nos últimos sete dias da vida de Jesus. Nodomingo que precedeu sua morte, Jesus entrou em Jerusalém num jumento, aplaudido pelas

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multidões. Na quinta-feira seguinte, Jesus tomou a íntima Ceia com seus discí pulos, antes de

se dirigir ao jardim de Getsêmani para orar, onde Judas o traiu. Jesus foi preso, injustamente

 julgado, injustamente condenado à morte, crucificado como um criminoso comum e

sepultado. Más no domingo seu túmulo foi encontrado vazio, pois ele havia ressurgido dos

mortos. Quarenta dias depois Jesus subiu ao céu, após ter aparecido ressurreto muitas

vezes, prometendo que ele voltaria um dia.

O Antigo Testamento predisse a vinda de grande e maravilhoso Rei da Linhagem da famíliade Davi, o qual governaria e abençoaria o mundo inteiro. Muito antes de aparecer, esse rei

foi chamado “Messias” (hebraico), ou “Cristo” (grego). As duas palavras significam “Ungido”:

“O Ungido de Deus” para realizar a obra mundial de que falaram os profetas. “Jesus” que

significa: “O Senhor é Salvação” era seu nome pessoal. “Messias” ou “Cristo” expressavam o

of ício que ele veio exercer. Mas Jesus, apesar de ser narrada sua aparição só no Novo

Testamento, é o tema central da Bí blia. No Antigo Testamento Ele é aquele que havia de vir

 para salvar o mundo, e no Novo Testamento Ele é o que veio para morrer para nos salvar e é O que vir á outra vez para trazer julgamento aos que não creram nele e levar para o Pai os

que se fizeram Seus seguidores.

Em cada Livro da Bí blia encontramos Jesus tipificado ou profetizado, como segue:

Gênesis - Ele é a semente de Eva

Êxodo - Ele livra o seu povo do CativeiroLevítico - Ele é o Sumo Sacerdote

 Números - É o que conduz o Seu povo à Terra Prometida

Deuteronômio - Ele é a lei da nossa Salvação

Josué - Ele é o que Luta pelo Seu Povo

Juízes - Ele é O que governa

Rute - Ele é aquele que nos resgata

I e II Samuel - Ele nos unge a cabeça com óleo

I e II Reis - Ele é o que Divide

I e II Cr ônicas - Ele é o Senhor da Vitória

Esdras - Ele é o Restaurador Neemias - Ele é o que reedifica os muros

Ester - Ele livra o seu povo da Destruição

Jó - É o nosso sofredor

Salmos - Ele é o Bom Pastor

Provérbios - Ele é a Sabedoria

Eclesiastes - Ele é o Pregador sem vaidades

Cantares de Salomão - Ele é o Noivo que Ama a sua Igreja (Noiva)

Isaías - Ele é o Messias que havia de vir, o servo sofredor

Jeremias - Ele é o profeta que chora

Lamentações de Jeremias - Ele é o Senhor que chora pelo seu povoEzequiel - Ele é o Maravilhoso Ser das Quatro Faces

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Daniel - É o quarto homem da fornalha ardente

Oséias - Ele é o que se afasta da iniquidade do Povo

Joel - Ele nos batiza com o Espírito Santo

Amós - Ele é o Grande Governador do Universo

Obadias - Ele é o Senhor que destr ói os nossos inimigos

Jonas - Ele é o grande missionário que leva a Palavra de Deus ao Mundo

Miquéias - Ele é o Mensageiro Dos Pés Formosos

 Naum - Ele é o Senhor que persegue os iníquos

Habacuque - Ele é o Justo

Sofonias - Ele é o Senhor de linhagem pura

Ageu - Ele é o Templo de Deus

Zacarias - Ele é o Pastor ferido, das mãos traspassadas, o Edificador do templo do Senhor

Malaquias - Ele é o Mensageiro da Aliança

 No velho Testamento Ele é o que viria, no Novo Ele veio e Voltar á...

Mateus - Ele é Jesus, o Messias

Marcos - Ele é Jesus, Maravilhoso

Lucas - Ele é Jesus, o Filho do Homem

João - Ele é Jesus, o Filho de Deus

Atos - Justo, Senhor de todos, Senhor que nos salva

Romanos - Ele é o Pacificador

I Cor íntios - Ele é O Destruidor da Morte, Senhor da Glória, O único Fundamento, O Cordeiro

do Sacrif ícioII Cor íntios - Ele é a Imagem de Deus

Gálatas - Ele é o Senhor da GraçaEf ésios - Ele é o Exemplo Supremo da Maturidade

Filipenses - Ele é o pr êmio supremo na luta da vida

Colossenses - Ele é Deus, o Cabeça da Igreja

I e II Tessalonisenses - Ele vir á outra vez!

I Timóteo - Ele é o bem aventurado e único Soberano

II Timóteo - Ele é o Juiz de Todos os Homens

Tito - Ele é o Redentor

Filemon - É o Senhor que nos LibertaHebreus - Jesus é a Aliança entre nós e Deus, Autor da Nossa Salvação, O Grande Sumo

Sacerdote, Autor e Consumador da nossa Fé.Tiago - É o Senhor das Boas Obras

I e II Pedro - Ele é o Filho do Deus Vivente, A única Fonte de Verdade, O Pastor e Bispo das

Almas

I, II e III João - Ele é o Amor

Judas - É o Senhor que nos alerta

Apocalipse - Ele é a Fiel testemunha, O Alfa e o Ômega, O Leão da Tribo de Judá, O Cordeiro,

O Verbo de Deus e o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Além disso, encontramos em toda Bí blia vários títulos atribuídos a Ele,

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O Senhor da Nossa Salvação –  Jesus.

A-

Autor de Eterna Salvação - Hb. 5:9

Autor da vida - At. 3:15

Apóstolo da nossa confissão - Hb.3:1

Amém - Ap. 3:14

Advogado - IJo 2:1

Adão - ICo 15:45

A ressurreição e a vida - Jo.11:25

Alfa e Ômega - Ap. 1:8

Autor da Salvação - Hb.2:10

Autor e Consumador da Fé - Hb.12:2

B-

Bom Pastor - Jo.10:11

Braço do Senhor - Is. 51:9

C-

Cabeça da Igreja - Ef.1:22Chefe - Is.55:4

Conselheiro - Is.9:6

Consolação de Israel - Lc. 2:25

Cordeiro de Deus - Jo.1:29

Cordeiro - Ap. 13:8

Criador - Jo.1:3

Cristo de Deus - Lc.9:20

D-

Desejado de Todas as Nações - Ag.2:7

Deus Bendito - Rm. 9:5

Deus Forte - Is. 9:6

Deus Unigênito - Jo. 1:18

Deus - Is. 40:3

E-

Emanuel - Is.7:14

Eu Sou - Jo.8:58

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F-

Filho Amado - Mt.12:18

Filho de Davi - Mt.1:1

Filho de Deus - Mt. 2:15

Filho do Altíssimo - Lc.1:32

Filho do Homem - Mt. 8:20

Filho do Deus Bendito - Mc. 14:61

G-

Glória do Senhor - Is. 40:5

Grande Sumo Sacerdote - Hb.4:14

Guia - Mt. 2:6

H-

Herdeiro de Todas as Coisas - Hb. 1:2

Homem de dores - Is. 53:3

I-

Imagem de Deus - IICo. 4:4

J-

Jesus de Nazar é - Mt. 21:11

Jesus - Mt. 1:21

Juíz de Israel - Mq. 5:1

Justiça Nossa - Jr.23:6Justo - At. 7:52

L-

Leão da Tribo de Judá - Ap.5:5

Legislador - Is.33:22

Libertador - Rm.11:26

Lírio dos Vales - Cant. 2:1

Luz do Mundo - Jo.8:12

Luz Verdadeira - Jo.1:9

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M-

Mediador - ITm. 2:5

Mensageiro da Aliança - Ml.3:1

Messias, ou Ungido - Dn. 9:25

 N-

 Nazareno - Mt.2:23

 Nossa Páscoa - ICo. 5:7

O-

O Escolhido de Deus - Is. 42:1

O primeiro e o último - Ap. 1:17

P-

Pão da Vida - Jo. 6:35

Pai Eterno - Is.9:6

Pastor e Bispo das Almas - IPe. 2:25

Pedra Angular - Sl.118:22

Poderoso de Jacó - Is. 60 :16Poderoso Salvador - Lc.1:69

Precursor - Hb.6:20

Primogênito - Ap.1:5

Pr íncipe da Paz - Is.9:6

Pr íncipe dos Pastores - IPe. 5:4

Princí pio da Criação de Deus - Ap. 3:14

Profeta - Lc.24:19

Q-

Querido pelos seus servos

R-

Raiz de Davi - Ap. 22:16

Redentor - Jo. 19:25

Rei dos Reis - Itm. 6:15

Rei dos santos - Ap. 15:3

Rei dos Judeus - Mt.2:2

Rei dos séculos - ITm.1:17Rei - Zc. 9:9

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Renovo - Is.4:2

Resplandescente estrela da manhã - Ap.22:16

Rocha - ICo.10:4

Rosa de Sarom - Cant. 2:1

S-

Salvador - Lc.2:11

Santo de Deus - Mc.1:24

Santo de Israel - Is.41:14

Santo Servo - At. 4:27

Santo - At.3:14

Semente da Mulher - Gn.3:15

Senhor da Glória - ICo. 2:8

Senhor de Todos - At.10:36

Senhor Deus - Is.26:4

Senhor dos Senhores - ITm.6:15

Siló - Gn. 49:10

Soberano dos Reis - Ap. 1:5

Sol da Justiça - Ml. 4:2

Sol nascente - Lc. 1:68

T-

Testemunha fiel - Ap. 1:5

Testemunho - Is. 55:4

Todo-Poderoso - Ap. 1:8

U-

Único

V-

Verbo de Deus - Ap. 19:13

Verbo - Jo. 1:1

Verdade - Jo.1:14

Vida - Jo.14:6

Videira verdadeira - Jo.15:1

Z-

Zeloso

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 No final do curso, após o estudo de todas as matérias, você far á uma prova Ú NICA de

Conhecimentos Gerais.