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Animais Silvestres
Manejo, Comportamento
e
Noes de Clnica e Teraputica
Prof. Carlos Iber Alves Freitas
UFERSA
2011v1
INDICE
1. INTRODUO A ANIMAIS SILVESTRES
reas de atuao
Terminologia e conceituao animal.
Perguntas freqentes
Modelo do termo de transferncia
2. MEDICINA DA CONSERVAO
Definies e consideraes sobre sade e medicina da conservao
Aspectos da emergncia de doenas
Interdisciplinaridade
3. LEIS DE INTERESSE A CONHECER
Instruo Normativa 001/9
Portaria 139/93 - Criadouros Conservacionistas (modalidade 1)
Portaria 118/97 - Criadouros Comerciais (modalidade 2)
Portaria 102/98 - Criadouros Comerciais da Fauna Extica (modalidade 3)
Portaria 016/94 - Criadouros Cientficos (modalidade 4)
Portaria 117/97 Comercializao Portaria n. 016/94 - Legislao Ambiental Brasileira (04 de maro de 1994)
Lei de Proteo a Fauna-Lei n 5197/67
Lei de Crimes Ambientais - Lei n 9605/98
Decreto n 3179/99
Instruo Normativa 001/99
Normas de transporte de animais silvestres - CITES
IATA - International Air Trade Animals
LAR - Live Animals Regulations
4. TRIAGEM
5. CONTENO
Definio
Consideraes quanto conteno
Mtodos de conteno fsica (manual e com instrumentos)
Qumica
Condicionamento
6. ZOOLGICOS E SETORES
Histrico dos zoolgicos
Lei no 7.173 de 14 de dezembro de 1983
Portaria no 283/P de 18 de maio de 1989
Instruo Normativa n 04, de 04 de maro de 2002 MMA Instruo Normativa n 169, de 20 de fevereiro de 2008 MMA Classificao e Nomeclatura de componentes de um recinto
Enriquecimento ambiental
7. RPTEIS
7.1. Geral
7.2. Quelonios
7.3. Ofdios
7.4. Lacertdios
7.5. Crocodiliano
8. MAMFEROS
8.1. Sudeos
Classificao e consideraes
Suidae
Tayassuidae
8.2. PRIMATAS
Classificao e consideraes
Gnero Calliquitrix
Gnero Cebus
8.3. ROEDORES
Capivara
Cutia
Paca
8.4. FERRETS E FURES
9. AVES
9.1 Geral
9.2. Nutrio
Estrutura anatmica e alimentao
9.3. Passeriformes
Canoros
Exibio
9.5 Estrutiformes
Classificao e consideraes
Ema
Avestruz (domstico)
9.6. Psitacdeos
Classificao e consideraes
Papagaios
Araras
Periquitos
Calopsitas
Agapornis
Loris
Cuidados bsicos
10. Peixes
11. Anexos
CRIAO DE ANIMAIS SILVESTRES EM CATIVEIRO
Porque estudar ou criar um animal silvestre? Para esta pergunta temos uma srie de possibilidades
descritas a seguir apesar de que segundo algumas pessoas desnecessrio se ter um animal silvestre como
estimao j que existem os domsticos.
A criao de animais silvestres em cativeiro possibilita:
Gerao de empregos. Pagamento de tributos. Fixao do homem ao campo. Explorao sustentvel dos recursos naturais. Compreender a biologia das espcies. Diminuio da presso sobre os recursos naturais. Combate o comrcio ilegal de animais silvestres. Gerar nova tecnologia no manejo das espcies. Preservao das espcies.
Terminologia e conceituao animal:
O que venha a ser um animal silvestre, selvagem ou extico at hoje gera alguns pontos de atrito.
Animais Silvestres so todos aqueles animais pertencentes s espcies nativas, migratrias e quaisquer
outras, aquticas ou terrestres, que tenham a sua vida ou parte dela ocorrendo naturalmente dentro dos
limites do Territrio Brasileiro e suas guas jurisdicionais. Tambm se refere aquele que no sofreram
processo de domesticao e mesmo em cativeiro retm ainda mesmo que em potencial seu instinto
indmito.
Animal selvagem seria aquele que tem vida livre sem sofrer a influncia do homem e est
incondicionado ao mesmo ou aos seus sistemas quer sejam produtivos ou aspectos antropomrficos.
Como exemplos tm uma ema que est sendo manejada num criatrio cientfico ou zoolgico e uma
correndo livre pela ilha de Bananal, silvestre e selvagem esta ltima, ou ainda, um asinino utilizado num
transporte de carga e outro que fugiu e se encontra livre aps trs geraes, o primeiro domstico e o
segundo, a descendncia, sofreu um processo de descondicionamento e age como um selvagem.
Animais exticos so aqueles cuja distribuio geogrfica no inclui o Territrio Brasileiro. As
espcies ou subespcies introduzidas pelo homem, inclusive domsticas, em estado selvagem, tambm so
consideradas exticas. Outras espcies consideradas exticas so aquelas que tenham sido introduzidas
fora das fronteiras brasileiras e suas guas jurisdicionais e que tenham entrado espontaneamente em
Territrio Brasileiro. Em outras palavras seria aquele que no ocorre no territrio nacional em nenhuma
ocasio. Exemplos: leo, canguru, elefante, girafa, ferret.
Animais domsticos so aqueles animais que atravs de processos tradicionais e sistematizados de
manejo e melhoramento zootcnico tornaram-se domsticas, possuindo caractersticas biolgicas e
comportamentais em estreita dependncia do homem, podendo inclusive apresentar aparncia diferente da
espcie silvestre que os originou. Exemplos: co, gato, cavalo, vaca, bfalo, avestruz.
Podero ser controlados pelo IBAMA, caso seja verificado que podem causar danos fauna silvestre e
ecossistemas, quando em vida livre. O controle se dar atravs das Secretarias e Delegacias vinculadas ao
Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento e Gerncias de Zoonoses, vinculadas ao Ministrio
da Sade ou as Secretarias Estaduais da Sade.
Perguntas freqentes:
Existem perguntas que vem a cabea dos alunos ou clientes que devem ser esclarecidas:
1) Manter um animal silvestre em cativeiro crime? Depende da origem do animal. Caso seja um animal com origem legal, isto , adquirido de criadouro
comercial ou comerciante devidamente registrado no IBAMA no crime. Considera-se crime se a
origem do animal no puder ser comprovada, sobretudo se for um animal adquirido de traficantes ou
contrabandistas, em estradas, depsitos, feiras livres, atravs de encomendas ou similares.
A Lei de Crimes Ambientais considera crime contra a fauna a manuteno de animais silvestres em
cativeiro sem a devida permisso, licena ou autorizao da autoridade competente. No caso especfico de
fauna silvestre entende-se como autoridade competente o IBAMA.
A manuteno de animais silvestres em cativeiro tambm considerada crime se a origem dos bichos
no estiver devidamente documentada atravs de nota fiscal emitida pelo comerciante ou pelo criadouro
que tem autorizao do IBAMA para reproduzi-los em cativeiro. Nessa nota fiscal deve constar o nome
cientifico e popular do bicho, o tipo e nmero de identificao individual do espcime (animal) que
poder ser uma anilha fechada e/ou um micro-chip.
2) Eu posso legalizar um animal silvestre? Legalizar uma palavra complicada. Legalizar significa tornar legal aquilo que no . O IBAMA no
legaliza ou regulariza a posse de animais sem origem conhecida e ou que tenha sido adquirido em
desacordo do que foi estabelecido pela Lei n 5197/67, Lei 9605/98 e Decreto 3179/99.
Quem tem um animal silvestre em cativeiro deve primeiramente cuidar bem desse animal, fornecendo a
ele alimento e acomodao adequados e, sobretudo no adquirir outro, sem a devida permisso,
autorizao ou licena do IBAMA. O IBAMA no entra na casa de ningum para apreender os animais, a
no ser que tenha determinao judicial. Porm o infrator estar sempre sujeito a aplicao da lei de
crimes ambientais se houverem denncias contra ele.
3) Como eu posso conseguir um animal silvestre legalmente? Adquirindo o animal de origem legal, ou seja, procedente de criadouros comerciais devidamente
registrados junto ao IBAMA. A deciso em possuir em casa um animal silvestre deve levar em conta a
responsabilidade no correto trato do animal, sobretudo oferecendo alimentao adequada, gua de boa
qualidade, cuidados veterinrios e sanitrios, abrigo e respeito a individualidade e as caractersticas da
espcie. O mesmo vale para outros animais, sejam domsticos ou exticos. O abandono de animais pelo
homem tem causado muitos prejuzos agricultura e sade publica, com grande nus para o Estado.
Voc deve adquirir animais silvestres somente aps ter se certificado que eles so procedentes de
criadouros comerciais devidamente autorizados pelo IBAMA. Quem est vendendo deve provar isso e
fornecer a Nota Fiscal com os dados que foram citados na pergunta dois.
4) O que fazer quando encontrar algum vendendo um animal silvestre? Primeiro no comprar, depois denunciar s autoridades. Se for a feira livre ou deposito de trfico,
denunciar e fornecer o maior nmero de informaes possveis. Os dados do denunciante sempre sero
preservados. Devem-se passar as informaes com maior clareza possvel, como o local, data, hora,
circunstncia etc. Se for beira da estrada, no comprar e ainda repreender o vendedor dizendo que isso
ilegal e que se ele for flagrado pode, alm de perder o animal, sofrer as sanes legais. O IBAMA tem um
Acordo de Cooperao com a RENCTAS - Rede Nacional contra o Trfico de Animais Silvestres que
possui uma pgina especfica na internet sobre o trfico de animais silvestres (www.renctas.org.br).
5) Qual o risco de manter um animal silvestre em cativeiro/casa? Todo animal, independente de ser silvestre ou domstico, pode ser portador de doenas transmissveis
ao homem, conhecidas como zoonoses ou antropozoonoses. Alem de ser potencialmente defensivo, ou
seja, podem morder, arranhar, picar ou bicar, quando provocado. O ideal que o animal seja respeitado
em suas caractersticas fsicas e comportamentais, esteja sob a superviso de um mdico veterinrio e que
as pessoas estejam conscientes da existncia dos riscos fsicos e doenas, sua via de transmisso e
contgio.
6) Qualquer pessoa pode obter uma licena de coleta de animais ou plantas silvestres? No. A licena para coleta de material da nossa fauna e flora, destinado a fins cientficos ou didticos,
poder ser concedida somente a cientistas e profissionais devidamente qualificados, pertencentes a
instituies brasileiras pblicas e privadas credenciadas ou por elas indicadas.
7) Como posso obter uma licena de coleta de material biolgico? A licena para coleta de material da nossa fauna e flora destinado a fins cientficos ou didticos
concedida de acordo com a Portaria n. 332/9.
Os pedidos para a concesso da licena devem ser formalizados e protocolados no IBAMA com
antecedncia mnima de 60 dias do incio dos trabalhos e devem acompanhados de: I) Nome, endereo e
qualificao do interessado; II) Nome da instituio a que pertence e cargo que ocupa; III) Declarao da
instituio indicando o interessado, no caso deste no manter vnculo com ela e justificando a solicitao
na licena, com base no projeto a ser desenvolvido; IV) Curriculum vitae de todos os tcnicos envolvidos
no projeto; V) Descrio das atividades que pretende desenvolver; VI) Projeto de pesquisa a ser
desenvolvido, contendo, finalidade do projeto, descrio das atividades, indicao dos grupos zoolgicos e
do nmero de espcimes que pretende coletar, o destino previsto do material (em caso de sobra de
material, tambm indicar destino), metodologia de coleta ou captura, indicao das reas e pocas
escolhidas para a coleta ou captura; indicao do destino previsto para os resultados obtidos; VII)
Declarao da instituio que receber o material dando cincia da incorporao desse material ao seu
acervo e atestando condies de bem acomod-lo.
A renovao da licena, bem como a concesso de novas licenas, fica condicionada a apresentao de
relatrios, que tambm devem ser encaminhados com antecedncia mnima de 60 dias.
No caso do material zoolgico coletado necessitar manuteno em cativeiro, as disposies da Portaria
n. 016/94 para registro de criadouros com finalidade cientfica devero ser cumpridas.
8) Matar um animal silvestre crime e algum que caa e mata para comer porque esta com fome?
No . Est previsto na lei 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, Art. 37 que diz no ser crime o abate de
animal quando realizado:
I. Em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua famlia II. Para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ao predatria ou destruidora de animais, desde que
legal e expressamente autorizado pela autoridade competente
III. Por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo rgo competente.
Abaixo temos um modelo genrico utilizado quando da venda legal de um animal silvestre, sendo que
o mesmo tambm se compromete a entrar em contato com os rgos responsveis caso ele no queira ter
sob sua guarda o animal silvestre adquirido e em hiptese alguma solt-lo.
Quem vende deve fornecer um animal sadio, sexado, identificado (chip, anilha, etc.) e muitas vezes
fornecem material com informaes sobre procedimentos bsicos de manejo.
Uma questo importante ainda, que algumas pessoas desconhecem que quando voc adquire um
animal silvestre, voc recebe um termo de transferncia da posse, o que no confere o status de dono, isto assegurado por lei ao Estado que atravs de seu rgo de execuo e fiscalizao que o IBAMA
pode muito bem em situaes muito especiais, como um programa de reproduo para conservao da
espcie retomar o animal.
MODELO DO TERMO DE TRANSFERNCIA
Eu, ___________________________________, residente e domiciliado
____________________(Rodovia, Estrada, Rua, etc...) no Municpio de __________________,
Estado de _________, CPF n___________________, transfiro ______ ( n de animais) de
_____________________ (nome vulgar e nome cientfico), adquirido atravs da Nota Fiscal
n____________, em anexo, para o Sr (a)________________________________________,
residente e domiciliado ____________________(Rodovia, Estrada, Rua, etc...) no Municpio
de____________________, Estado de ___________, CPF n____________ e CI n
________________.
__________, _____ de ______ de 20__
(Local , dia, ms e ano)
_________________________________
Assinatura do proprietrio
Existem exigncias legais que fazem parte da relao comercializador de animais silvestres e
comprador, sendo alguns deles obrigatrios e outros no, logo, voc deve analisar estes quesitos e ver
quem lhe oferece mais garantias, pois isto faz a diferena na hora da aquisio de um animal.
1. NOTA FISCAL: Aquisio de um animal nascido em cativeiro, com nota fiscal, devidamente autorizado pelo IBAMA e que cumpre todas as exigncias pertinentes criao e venda de
animais.
2. IDENTIFICAO: Todos os animais em nossa loja recebem uma marcao definitiva. Para as aves so utilizadas anilhas fechadas em uma das patas, que funcionam como um RG individual e
so uma garantia de que elas, efetivamente, nasceram em cativeiro.
3. CERTIFICADO DE SEXAGEM: No caso de uma ave, ser que sua ave macho ou fmea? Pois bem, no momento da aquisio voc receber um Certificado, expedido por um laboratrio
especializado, comprovando o sexo do seu animal. A partir da, sua ave no correr mais o risco de
receber um nome imprprio, no mesmo? No caso de outros j vem nos dados do animal.
4. MANUAL PRTICO: No obrigatrio, mas muitos criadouros elaboram este material para que voc tenha condies de manter seu animal da melhor forma possvel. Alm de receber orientaes
sobre os cuidados bsicos necessrios, temas com informaes tcnicas e curiosidades tambm so
abordados para que voc se familiarize cada vez mais com o seu novo companheiro.
5. TERMO DE GARANTIA: Para a sua segurana, lojas ou criadouros lhe entregam um Termo de Garantia certificando que o seu novo mascote desfruta de perfeita sade e est livre de sintomas de
doenas.
6. FICHA INDIVIDUAL: Quer saber mais sobre o seu novo mascote? Pensando nisso, muitos criadouros preparam uma Ficha Individual especfica para o seu filhote. L voc encontrar
informaes mais detalhadas sobre o seu animal, mas infelizmente nem todos o fazem.
7. VALE CONSULTA: Tambm um item opcional.
MEDICINA DA CONSERVAO
O que teria haver conservao e medicina? Muita coisa e para tanto basta ver a definio segundo a
Organizao Mundial de Sade (OMS) sobre o que vem a ser sade como um estado de bem estar fsico, mental e social, e no apenas a ausncia da doena. Sendo assim, um estado de homeostase nos nveis molecular, individual, de espcie, populacional, ecossistemas, global. Com o porm ainda, que a
homeostase um estado filosfico criado no Renascimento pois o ser biolgico no se mantm com
valores fixos, mas oscila em limites da dita normalidade.
uma cincia nova que tem como objetivo promover a sade ecolgica na natureza e na sociedade atravs da juno da sade humana, animal e ambiental.
Pode ser definida como uma: Cincia interdisciplinar que estuda as mltiplas interaes de duas vias entre patgenos e doenas,
por um lado, e entre espcies e ecossistemas, por outro, com o objetivo de atingir a sade ecolgica (TABOR, 2002)
No Brasil a Medicina da Conservao pode ser implementada em vrios nveis com o intuito de promover a sade ecolgica que seria a interseo da sade ambiental, animal e humana.
Sade ecolgica poderia ser definida ento como sendo o estado sustentvel e estvel de sistemas ecolgicos capaz de manter organizao, autonomia e resistncia ao stress (CONSTANZA et al.,
1992).
Segundo Rocha (2009) o porqu da existncia da medicina da conservao pela emergncia de doenas
serem um processo patolgico, conforme a figura a seguir demonstra, assim como o esquema de
interaes de Daszack et al. (2000).
Pode ser que a ao antropomrfica exerce um papel marcante pela utilizao do ambiente quer seja por
espao para habitar assim como para prover seu sustento atravs da agricultura, criao de animais
domsticos ou na produo de resduos.
Terminologia
Spillover: mudana na dinmica de uma doena, causada pelo contato de uma populao de hospedeiros
com propgulos de parasitas (a despeito do modo de transmisso) de outra populao reservatrio a qual
possui uma alta abundncia dos parasitas (POWER & MITCHELL, 2004).
Spillback: o retrocesso de uma enfermidade em hospedeiros iniciais pela infeco de um secundrio, produto da mesma prevalncia que existiu no principio, a interao com outros organismos.
A seguir temos exemplos de infeces transmitidas por populaes simptricas que causaram declnios
populacionais em mamferos ameaados.
A seguir temos alguns exemplos de reas de estudo e atividades que podem ser desenvolvidas:
1. Sade Animal
Animais silvestres: Desenvolvimento de estudos ecolgicos e epidemiolgicos na natureza ou cativeiro
Impactos dos agentes etiolgicos nas populaes de animais silvestres
O papel dos animais domsticos na transmisso de doenas fauna silvestre e/ou vice-versa
Principais doenas na sade animal
Sade pblica veterinria
Zoonoses
2. Sade Humana
Busca de uma sociedade sustentvel
Cultura e Educao Ambiental
Bem-estar e qualidade de vida
Zoonoses: Medidas preventivas
Educao sanitria
Extenso rural
3. Sade Ambiental (dos ecossistemas)
Biologia da Conservao
Aes antrpicas na natureza e implicaes na sade dos ecossistemas
Risco de perda da Biodiversidade
Poluio e contaminao ambiental terrestre e aqutica
Reflorestamento
Ecoturismo
Impacto da disperso de espcies invasoras em reas naturais
Saneamento bsico
Educao Ambiental
LEIS DE INTERESSE A CONHECER: CRIADOUROS DE ANIMAIS SILVESTRES
IBAMA: a partir de 1993, publicou diversas portarias e instrues normativas.
Funo: Ordenar a criao de animais silvestres em cativeiro: nasciam assim os chamados criadouros de
animais silvestres.
A existncia desses criadouros previsto na:
Lei de Proteo a Fauna-Lei n 5197/67,
Lei de Crimes Ambientais - Lei n 9605/98 e
No Decreto que regulamentou essa Lei, o Decreto n 3179/99.
Os instrumentos legais que regulamentam nos criadouros de animais silvestres:
a) Registro
b) Funcionamento (nas mais vrias modalidades - 4),
c) Comrcio de animais nascidos nos criadouros comerciais
Criadouros ou criatrios: reas especialmente delimitadas, dotadas de instalaes capazes de possibilitar
a vida e procriao das espcies da fauna silvestre onde possam receber assistncia adequada (HOSKEN e
SILVEIRA, 2002).
E so os seguintes:
Instruo Normativa 001/99
Estabelece os critrios para o Licenciamento Ambiental de empreendimentos e atividades que
envolvam manejo da fauna silvestre extica e de fauna silvestre brasileira em cativeiro.
Existem ainda, outras portarias que regulamentam a criao comercial de espcies especficas, como
as tartarugas e os jacars, todas disponveis nas Unidades do IBAMA.
Portaria 139/93 - Criadouros Conservacionistas (modalidade 1).
Objetivos: Apoiar as aes do IBAMA e dos demais rgos ambientais envolvidos na conservao das espcies,
Auxiliar a manuteno de animais silvestres em condies adequadas de cativeiro e dando subsdios
no desenvolvimento de estudos sobre sua biologia e reproduo.
Nesta categoria, os animais no podem ser vendidos ou doados, apenas intercambiados com outros
criadouros e zoolgicos para fins de reproduo.
Portaria 118/97 - Criadouros Comerciais (modalidade 2).
Objetivo:
A produo das espcies para fins de comercio, seja do prprio animal ou de seus produtos e
subprodutos.
Portaria 102/98 - Criadouros Comerciais da Fauna Extica (modalidade 3).
Objetivo:
Regulamentar a criao de animais exticos, ou seja, animais provenientes de outros pases. Ex:
javalis
Portaria 016/94 - Criadouros Cientficos (modalidade 4).
Objetivo:
Regulamentar as atividades de pesquisas cientficas com animais silvestres.
S podem obter esse registro, rgos ou Instituies devidamente reconhecidas pelo Poder Pblico,
como Universidades e Centros de Pesquisa, por exemplo.
Portaria 117/97 Comercializao Normaliza a comercializao de animais vivos, abatidos, partes e produtos da fauna silvestre brasileira
proveniente de criadouros com finalidade econmica e industrial.
Em carter excepcional, de jardins zoolgicos registrados junto ao IBAMA.
Portaria n. 016/94 - Legislao Ambiental Brasileira (04 de maro de 1994)
- considerando a necessidade de reviso da Portaria 250/88-P no que trata dos objetivos da manuteno e
criao de animais silvestres brasileiros para subsidiar pesquisas cientficas, RESOLVE:
Art. 1 - A manuteno e ou criao em cativeiro da fauna silvestre brasileira com finalidade de
subsidiar pesquisas cientficas em Universidades, Centros de Pesquisa e Instituies Oficiais ou
Oficializadas pelo Poder Pblico, sujeitar-se-o s normas desta Portaria.
Art. 2 - Os rgos mencionados no artigo anterior solicitaro registro junto s Superintendncias
Estaduais do IBAMA, mediante requerimento encaminhando Projeto de Pesquisa, contendo as seguintes
informaes:
a) justificativa para a criao e ou manuteno de animais silvestres em cativeiro;
b) espcie(s) e respectiva(s) quantidade(s);
b.1) a proporo entre reprodutores e matrizes (nos casos onde o projeto de pesquisa prev reproduo);
c) tempo de manuteno dos animais em cativeiro;
d) local para a manuteno (viveiros, terrrios, gaiolas, tanques, caixas, recintos, outros), incluindo suas
dimenses;
e) forma de obteno dos animais;
f) aspectos sanitrios e de manejo (gua, alimentao/nutrio, limpeza, profilaxia, outros);
g) destino dos animais aps a concluso das pesquisas;
h) outros aspectos considerados relevantes do ponto de vista do manejo;
i) preenchimento do formulrio de "Registro Pessoa Fsica e Jurdica", conforme modelo adotado por esse
Instituto;
j) sistema de segurana contra fuga de animais; e,
k) termo de compromisso da Instituio, assegurando a manuteno dos animais.
Art. 3 - A utilizao de espcies constantes na Lista Oficial de Espcies da Fauna Brasileira Ameaadas
de Extino, somente poder ser autorizada quando houver, comprovadamente, benefcio da pesquisa em
favor da espcie.
Art. 4 - As Instituies de Pesquisa devero listar os sistemas de segurana contra fuga de animais,
apetrechos para sua captura e pessoal habilitado para tal.
Pargrafo nico - Nos casos de manuteno e ou criao de animais peonhentos indispensvel ter
mo soros especficos, com perodo de validade igual ou superior ao perodo da pesquisa.
Art. 5 - Ao final da pesquisa os animais podero ser transferidos para Instituies afins, ou para
criadouros registrados mediante prvia autorizao do IBAMA.
Pargrafo nico - Quando no for possvel a transferncia dos animais para outras Instituies ou
criadores, a Instituio detentora dos animais dever mant-los at que surja oportunidade de
transferncia.
Art. 6 - Ficam proibidas transferncias de animais constantes na Lista Oficial de Espcies da Fauna
Brasileira Ameaadas de Extino entre Instituies registradas por esta Portaria e Criadores Comerciais.
Art. 7 - Qualquer alterao no projeto de pesquisa dever ser previamente comunicada e justificada ao
IBAMA, inclusive mudanas na responsabilidade tcnica.
Art. 8 - A documentao protocolada no IBAMA ser analisada pelo corpo tcnico e, estando de acordo
com as normas desta Portaria, ser realizada vistoria tcnica.
Pargrafo nico - Aps vistoria tcnica e estando o projeto apto a ser aprovado, dever ser encaminhado
Diretoria de Ecossistemas - DIREC, para homologao e encaminhamento Diretoria de Controle e
Fiscalizao - DIRCOF, visando emisso do competente Certificado de Registro - CR.
Art. 9 - A qualquer momento o IBAMA poder realizar vistoria tcnica nas Instituies regulamentadas
por esta Portaria.
1 - Se ficar constatada a manuteno inadequada ou negligente dos animais, a Instituio ser advertida
e ter prazo de 30(trinta) dias para efetuar as modificaes.
2 - Decorrido os 30(trinta) dias, ser realizada nova vistoria tcnica. No havendo melhoria nas
condies de manuteno, a Instituio ter seu registro cancelado e o IBAMA dar destino aos animais,
sem prejuzo de outras penalidades previstas em Lei.
Art. 10 - Para os projetos de pesquisa com durao superior a um ano, devero ser encaminhados ao
IBAMA, atravs do responsvel tcnico, relatrios anuais e relatrio de concluso ao trmino da pesquisa.
Pargrafo nico - Para projetos com perodo inferior a um ano, o relatrio dever ser enviado ao trmino
do projeto.
Art. 11 - O responsvel tcnico dever encaminhar ao IBAMA, cpia dos trabalhos a serem publicados
decorrentes das pesquisas feitas com animais mantidos e/ou criados na forma desta Portaria at
60(sessenta) dias aps a sua publicao.
Pargrafo nico - O no cumprimento do disposto no presente artigo, implicar no indeferimento de
autorizaes para novos projetos, consoante o que estabelece a presente Portaria.
Art. 12 - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao, revogando as disposies em contrrio,
especialmente a Portaria n. 250, de 22 de agosto de 1988.
Publicada no D.O.U. de 10.03.94, seo I, pag. 3448/49
Lei de Proteo a Fauna - Lei n 5197/67
Ela proporcionou medidas de proteo e, com o advento da Constituio Brasileira de 1988, o
protecionismo fauna ficou bastante fortalecido tendo em vista o teor do seu Art. 225, assim descrito:
"Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da Lei, as prticas que coloquem em risco sua funo
ecolgica, provoquem a extino das espcies ou submetam os animais a crueldade". Esta Lei elimina a caa profissional e o comrcio deliberado de espcies da fauna brasileira. Por outro
lado, faculta a prtica da caa amadorista, considerada como uma estratgia de manejo e sobretudo
estimula a construo de criadouros destinados criao de animais silvestres para fins econmicos e
industriais.
Lei de Crimes Ambientais - Lei n 9605/98
Foi editada com o objetivo de consolidar a legislao ambiental esparsa, reprimindo penal e
administrativamente as atividades lesivas ao meio ambiente.
Crticas por renomados juristas, no sentido de que a lei em questo em seu contedo no explicita vrios
aspectos do que diz, por exemplo, responsabiliza penalmente a pessoa jurdica, ou tipifica culposamente o
ato de "destruir, danificar, lesar ou maltratar plantas de ornamentao em propriedade privada alheia (.art.
49).", assim como, ao estabelecer reprimenda mais elevada (art.32, pena - deteno de trs meses a um
ano e multa), quele que "maltrata animais silvestres ou domesticados, nativos ou exticos", ao passo que
ao prprio ser humano, a lei penal prev a magra pena de deteno de dois meses a um ano ou multa ao
delito de maus tratos.(art. 136, CP)
Ela pelo menos sistematiza os crimes ambientais, estabelecendo tratamento especfico e diferenciado para
o infrator ambiental, conforme veremos a seguir:
A punio pode ser extinta quando se comprovar a recuperao do dano ambiental;
A natureza educativa das penas ambientais, como no caso de se tratando de pena de priso de at
quatro anos, poder ser aplicadas penas alternativas;
A criminalizao dos atos de pichar edificaes urbanas, fabricar ou soltar bales, maltratar plantas de
ornamentao, dificultar o acesso s praias ou realizar desmatamentos sem autorizao prvia, antes
tipificados como contravenes penais;
A responsabilizao penal da pessoa jurdica, autora ou co-autoria, que poder ser penalizada at
liquidao da empresa, se se provar que esta tenha sido criada ou usada para facilitar um crime
ambiental;
A instituo de multas que vo de cinquenta reais a cinquenta milhes de reais
Decreto n 3179/99
Revogado pelo Decreto n 6.514, de 2008. Dispe sobre a especificao das sanes aplicveis s
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e d outras providncias. Isto aconteceu tendo em vista o
disposto no Captulo VI da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 que contemplou o que este decreto
dizia e explicitou-o mais.
Normas de transporte de animais silvestres - CITES
(Convention on International Trade in Endangered Species of wild fauna and flora)
A sigla de Convention on International Trade in Endangered Species, ou Conveno sobre Comrcio Internacional de Espcies Ameaadas de Extino, acordo internacional que relaciona as espcies de
plantas e animais consideradas em perigo de extino e as regras que controlam ou probem seu comrcio.
tambm conhecida por Conveno de Washington, um acordo multilateral assinado em Washington,
Estados Unidos da Amrica, a 3 de Maro de 1973 que agrupa um grande nmero de Estados.
A Comunidade Europeia (CE) transps para a legislao interna, o tratado da Conveno pelo
Regulamento (CE) 338/97, de 26 de Maio.
As espcies contempladas na CITES esto inscritas em trs anexos, de acordo com o grau de proteo:
Anexo I
Lista espcies que so as mais ameaadas entre os animais e plantas protegidos pela CITES. Esto
ameaados de extino e proibida a sua comercializao internacional. Contudo a comercializao pode
ser permitida sob circunstncias excepcionais, como seja a utilizao para fins de pesquisa cientfica.
Corresponde ao Anexo A do Regulamento da CE.
Anexo II
Lista espcies que no estando, momentaneamente, ameaadas de extino, podem vir a est-lo e por isso
so fortemente controladas, evitando-se uma comercializao no compatvel com a sua sobrevivncia.
Corresponde ao Anexo B do Regulamento da CE.
Anexo III
Lista espcies includas a pedido de uma das Partes, que regulamenta o comrcio de espcies e necessita
da cooperao de seus parceiros a fim de prevenir a insustentabilidade ou a explorao ilegal.
Corresponde Ao anexo C do Regulamento da CE.
A CE acrescentou na transposio da Conveno para a regulamentao interna, um quarto anexo:
Anexo D que lista espcies que, apesar de no possurem estatuto de proteo especial, so alvo de um volume de importaes comunitrias que justifica uma vigilncia apertada.
Desde que o CITES entrou em vigor, em 1975, no houve qualquer notificao de extino, devida ao
comrcio internacional, de qualquer das cerca de 30.000 espcies protegidas.
Para animais as etiquetas acima so em verde, variando, contudo para animais de laboratrio que as
figuras so diferentes, representativas dos mesmos e tudo em cor vermelha.
IATA - International Air Trade Animals
TRANSPORTES DE ANIMAIS, VALORES E ARTIGOS PERIGOSOS: 1 - Todos os pases dispem de normas especficas para importao, exportao e trnsito de animais. O
transporte de animais possvel, desde que sejam atendidas as seguintes exigncias:
- fornecimento de atestado de sanidade animal obtido junto Secretaria Estadual de Agricultura ou em um
posto de departamento de defesa animal;
- embalagem adequada ao tipo e tamanho do animal;
- solicitao de reserva com antecipao de no mnimo 48 horas;
- receita do mdico veterinrio, indicando a quantidade de tranqilizante ministrada ao animal e quanto
tempo antes do vo, quando para transporte na cabine de passageiros.
2 - Fmeas grvidas no sero aceitas pelas empresas areas.
3 - A empresa area aceita o transporte de alguns animais domsticos, desde que no haja transgresso s
leis do pas ou dos pases includos na viagem.
4 - As empresas areas aceitam transportar cargas caracterizadas como especiais, tais como objetos de
valor, restos mortais, materiais midos, lquidos em geral e artigos considerados perigosos para transporte
areo. Estes dependem de consulta antecipada empresa area, para orientao adequada
5 - So considerados perigosos para o transporte areo: agentes etiolgicos, artigos venenosos,
combustvel lquido, explosivos, gases comprimidos, lquido pirofricos, materiais corrosivos, materiais
magnticos, oxidantes, polimerizveis, radioativos e materiais que possam colocar em risco a segurana
dos passageiros e da aeronave, de acordo com a IATA (International Air Transport Association).
LAR - Live Animals Regulations
Onde se encontra especificaes dos containers apropriados para cada tipo de animal bem como uma srie
de exigncias tais como:
1. Cumprir com as regulamentaes nacionais, do operador e da lATA, conforme seja aplicvel.
2. Especificar a rota e os cuidados especiais exigidos para o transporte no momento da reserva e antes da sua aceitao.
3. Alertar o operador se os animais so fmeas e esto no cio; alertar o operador do gnero de mamferos que so transportados
4. Obter todos os documentos e informaes corretas para a Certificao dos Fretadores.
5. Providenciar recipientes conforme os regulamentos de Animais vivos da IATA na sua ltima edio.
6. Fornecer posto para repouso e alimento para espcies que no transgridam qualquer regulamentao.
7. Fornecer nome comum e cientfico dos animais, bem como a quantidade que est em cada recipiente, como mostrado na certificao do expedidor.
8. Incluir instrues de alimentao e lquidos especiais para os contentores e anexar uma cpia dos documentos que acompanham o envio.
9. Escrever nas instrues do recipiente a data e hora que foi dada comida e gua para os animais pela ltima vez antes da aceitao.
10. Declarar o estado dos animais, quando esto prenhes ou que tenham dado o seu nascimento nas ltimas 48 horas.
11. Anotar os medicamentos que tenham sido dados, por exemplo, dose, o tempo e a forma em que foram administrados. Esta informao deve acompanhar os documentos e tambm ser colocados no continer.
Antes de preparar o envio de animais vivos para o transporte por via area, o expedidor sempre deve obter
informao completa com antecedncia sobre a exportao / importao, a licena de trnsito de entrada, o
certificado sade veterinrio, licena de exportao para as Espcies Ameaadas da Conveno sobre o
Comrcio Internacional de Espcies Ameaadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES) e uma cpia da
licena de importao CITES quando necessrio, reviso veterinria, quarentenas, em termos de
proibies ou requisitos relacionados com a transferncia, que podem tambm incluir a possibilidade de
alimentar os animais. O expedidor deve fornecer um nmero de telefone com atendimento 24 horas, onde
o operador pode obter instrues do expedidor ou do seu agente, no caso de uma emergncia.
TRIAGEM
Quando um animal apreendido pelo IBAMA ou Polcia Florestal se atende a um fluxograma de conduta,
contando ainda que o animal encaminhado a um Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) e
na falta de um a uma Instituio de ensino superior que possua pessoas capacitadas ou mesmo particulares
que se disponham a colaborar.
Tanto sadio quanto doente o animal deve ser encaminhado a quarentena, conforme veremos com mais
detalhes num captulo posterior, para observao, realizao de exames e avaliao, pois as vezes o
espcime pode apresentar doena que poder culminar com sua morte, disseminao da mesma na
natureza ou ainda ser devolvido num estado de sade melhor a exemplo do controle de parasitas ou
nutricional, ainda, o animal pode apresentar uma seqela que impossibilite a sua sobrevivncia na
natureza como a exemplo da impossibilidade de uma ave voar.
CONTENO
Definio
Consideraes quanto conteno Que tipo de animal vai conter? De quantas pessoas vamos precisar? Qual a melhor hora? ltima alimentao? Como conter? Mtodos de conteno. Identificar o animal antes e confirmar por marcao individual Na captura e conteno essencial estar familiarizado com o comportamento e anatomia do animal Saber o que esperar, procure se antecipar ao animal
FSICA Pode ser manual ou com instrumentos.
Equipamentos e Materiais para Captura e Conteno Fsica
1. Mos nuas
Apesar da grande sensibilidade principalmente da presso exercida, o grau de exposio total,
contudo por vezes se faz necessrio a exemplo de quando manipulamos pequenas aves e rpteis.
2. Pu ou paagua (aves, pequenos e mdios mamferos)
O arco deve ser sempre protegido com material macio, como
borracha (cmara de ar) e plstico (mangueira), para evitar que o animal
machuque a boca ou quebre os dentes, e seu dimetro deve ser, no
mnimo, do tamanho (altura) do animal a ser capturado.
O saco deve ter sempre, no mnimo, o dobro do tamanho do dimetro da abertura (arco), para possibilitar o giro do pua sobre o
animal.
A malha deve ser sempre menor do que a boca e o focinho e/ou da
pata e coxa do animal, para impedir que este morda e fique preso pela
boca, assim como que a perna passe pelo pua.
3. Pau de couro (grandes mamferos: lobo-guar, tamandu-bandeira)
A ponta do cabo deve ser protegida com material macio (borracha ou plstico), para evitar que o animal
machuque a boca ou quebre os dentes.
O cabo deve ter sempre um comprimento duas vezes maior do que o comprimento do animal.
4. Lao para mamfero (mdios mamferos: carnvoros)
Tubo metlico contendo no seu interior uma corda, presa em uma de suas extremidades, formando um
lao. Nesta extremidade existe uma mangueira plstica revestindo o tubo, para evitar traumatismo no
animal.
5. Lao de lutz (pequenos rpteis)
Deve-se inicialmente afrouxar a tira de tal modo
a se formar um lao compatvel com o porte do
animal a ser capturado
Passar a laada pela cabea, na medida do
possvel, envolve-se tambm um dos membros
anteriores.
Manter a corda tracionada para conter o animal, tomando
cuidado com o excesso de presso para no machucar o animal
Para liberao basta aliviar a tenso na corda, afrouxando a laada e
permitindo a sada do animal
6. Gancho para ofdios (serpentes) Pode ser de diferentes materiais tais como ferro, alumnio ou ao, sendo que cada um tem suas
vantagens e desvantagens. O ferro tem um baixo custo, contudo temos o peso e a degradabilidade pela
oxidao (ferrugem), o alumnio confere a
leveza e durabilidade do material, contudo
verga a depender do peso dos animais pela
maleabilidade do material independente da freqncia de utilizao muitas vezes apesar que isto contribui
e esta deformidade com o tempo permanece,e mesmo que fosse momentnea, faria que o animal ficasse
mais prximo e assim aumentando o risco, o ao se de qualidade durvel, a deformidade muito menor,
contudo temos o custo.
passado aproximadamente no incio do seu tero mdio e em seguida erguido aproximadamente a
uma distncia de 30 cm do solo
A extremidade do gancho com a cobra deve ser mantida a mais baixa possvel para dificultar o acesso
do animal mo do capturador atravs do cabo.
Caso o animal subir pelo cabo do gancho deve-se provocar um pequeno tranco no gancho ou soltar o animal no cho para recaptur-lo em seguida
Para liberao deve-se abaixar o gancho de modo a fornecer apoio ao ofdio, evitando a queda do
mesmo.
7. Rodo ou rodinho
Como o prprio nome diz, um rodo domstico de limpeza, grande ou pequeno
que imobiliza o animal pressionando contra uma superfcie ou para mant-lo
afastado em caso de defesa.
8. Saco
Pano: aves, rpteis, pequenos mamferos. Geralmente de estopa (derivado do linho) ou algodo.
Papel: pequenas aves
9. Ganchos para manejo de avestruzes, emas e outros ratites (ratitas)Confeccionados em alumnio
altamente resistente e anodizado. Punhos de borracha. Ponta do gancho com proteo de borracha. O
gancho serve para aproximar o animal pelo pescoo que uma regio musculosa e, portanto minimiza a
possibilidade de trauma e gui-lo, sendo que o estrutiforme em oposio estica o pescoo mantendo as
patas do mesmo longe, pois estas constituem um perigo de coice cortante, j no gancho de defesa temos a
mais um gancho invetido para afastar o animal. Nestes animais, movimentos de uma vareta mesmo ou
vassoura a altura dos olhos os intimida devido a seu formato de cabea e posicionamento dos olhos
lateralizados que fazem com que tenha uma rea de ponto cego grande e uma viso perifrica bem melhor
do que a frontal.
Captura e defesa
Comprimento de 165 cm,
Peso 730 gramas
Captura
Comprimento de 185 cmPeso: 730 gramas
10. Mangueira transparente ou tubo de petglass (serpentes) Deve ser transparente preferencialmente que melhor para o manipulador visualizar o animal,
entretanto alguns preferem o escuro, pois o animal percebe a mangueira muitas vezes como um refgio e
entra com mais facilidade, j quanto ao seu dimetro, deve ser um pouco maior do que o correspondente
da serpente, para evitar que o animal consiga virar dentro da mangueira.
11. Forca ou forquilha (ofdios e mamferos mdios)
Serve para conteno em solos arenosos e menos eficiente em superfcies lisas e pode ser classicamente
em madeira com extremidade em V. Deve ser revestida com material macio ou acolchoado. Para remediar este problema de solo pode se utilizar um basto bifurcado que possui sua extremidade
em forma de U ou em estribo como tambm conhecida. Cabo geralmente de metal e usado para fixar o pescoo do animal contra o solo ou parede.
No comrcio esta disponvel um basto com as duas, um em cada extremidade
12. Redes, caixas e armadilhas
Geralmente so mtodos de captura passivos ao contrrio de um pu que seria ativo. Podem ser
utilizados para uma infinidade de animais. Lembrar que estas, principalmente as caixas, devem ser bem
higienizadas no s visando eliminar os possveis patgenos evitando veiculao de doenas, mas tambm
para retirar o cheiro de animais quer seja da mesma espcie podendo alterar o animal capturado, como a
exemplo de outro macho ou de um a fmea que pode estar no cio e de espcies diferentes potencialmente
nocivos como predadores, pode gerar um stress muito grande que levaria a morte ou geraria ferimentos
pela agitao do animal, sendo mais lesivo ainda quando uma caixa com grades ou redes que evitaria
movimento gerando asfixia, leses corporais ou comprometimento de atividade fisiolgica essencial.
A malha das grades deve ser de tamanho adequado para que no gerem dentes, membros ou unhas
quebradas.
Cuidados devem ser tomados com a utilizao de iscas em armadilhas, pois podem atrair formigas e
demais insetos que eventualmente podem agredir os animais presos, carrear o alimento e assim
desabastecendo as armadilhas de seu atrativo, ou ainda a sua presena servir para espantar o animal a ser
capturado. Outro cuidado que isto gera que a armadilha com isca no deve permanecer sempre armada
no mesmo lugar, pois a oferta de alimento induz a formao de formigueiros no local ou muito prximos o
que tambm dificulta o trabalho de retirada dos animais pela agresso aos executantes alm do animal
aprisionado como j citado.
Sherman So usadas para capturar uma grande variedade de
mamferos, normalmente pequenos. Os usos mais comuns
so para estudos populacionais, ecolgicos e de
taxonomia. So armadilhas seguras, eficientes, com
tamanhos variados, durveis, de fcil transporte e podem
ser desmontvei, so caixas totalmente fechadas.
Tomahawk
Uso semelhante a Sherman, varia no sistema do
mecanismo de funcionamento de captura que constitui de
desarme por um pedal e no custo tambm, sendo
totalmente gradeada.
Ratoeira Mecanismo de disparo para aprisionamento
semelhante a ratoeiras comuns, feita em grade
Jaulas seletivas Existem no mercado diversos modelos de jaulas para o controle de predadores. Sendo indicadas umas
para a captura de aves e outras para a captura de mamferos. Dentro de cada uma destas, existem vrios
modelos segundo o fabricante. As jaulas mais conhecidas, so as utilizadas na captura de raposas, so de
entrada dupla, com porta de guilhotina, com ou sem compartimento para isca viva. O seu funcionamento
relativamente simples, as portas das entradas permanecem abertas at que o animal aciona um disparador
situado no interior da jaula, provocando o fecho das duas portas em simultneo.
Entrada dupla sem isca viva Entrada dupla e compartimento para isca viva
De quatro entradase compartimento para colocao de chamariz vivo para corvdeos
Especfica para aves com entradas superiores
Trampa de p, boca de lobo, armadilha da preenso do p da mola de bobina Possibilidade de machucar membros dos animais capturados, devendo ter a parte
prensiva revestimento de borracha e a fora de fechamento regulada para minimizar
seus efeitos. Tambm gera muito stress fazendo que o animal se debata ou mesmo perda
o membro por leses autoimpingidas para escapar. Possui um sistema de mola e
existem variaes da mesma
Lao Possibilidade de machucar membros dos animais capturados, devendo
ter a parte prensiva revestimento de borracha e a fora de fechamento
regulada para minimizar seus efeitos. Tambm gera muito stress fazendo que
o animal se debata ou mesmo perda o membro por leses autoimpingidas
para escapar.
Ceva um sistema que mais eficiente na poca de pouco alimento por ser mais atrativo e muito utilizado
para capivara, da o nome de ceva sinnimo isca, ainda tambm de cevar, alimentar. Ocuidado que deve se ter neste tipo de armadilha com os animais satlites, aqueles que acompanham afastado o bando ou
famlia, para que no d a impresso que o grupo principal que est freqentando a armadilha.
Covo Armadilhas feitas de garrafa "pet" com 2 litros de
volume com isca acondicionada em um frasco plstico
perfurado (volume=36 ml). No se pode deix-la sem
ser examinada por muito tempo, caso contrrio ter
um ndice alto de fuga.
Caixa de prensa Pode ser em medeira, compendado, metalon ou ferro. O
animal aps ser colacadodentro dela prensado manualmente
ou por processo mecnico no fundo da mesma servindo para
procedimentos de coleta de material, curativos, aplicao de
medicamentos, etc. Na figura ao lado ela esta sendo utilizada
apenas como gaiola de transporte para pesagem sem prensar..
De queda (pitfall trap) com ou sem interceptao (drift-fences") Utilizadas de artrpodes a mamferos. Consistem em se fazer buracos no cho, colocao de baldes
com capacidade variando em funo do animal que se quer capturar, os mesmos apesar de diminuir a
vida til devem ter furos no fundo para facilitar a
drenagem de gua que poderia afogar seus espcimes
capturados em funo de uma chuva que ocorra entre os
perodos de vistoria e diminui o grau de interesse e por
vezes evitando que algum leve os baldes para outros
usos. Entre eles pode se ter ou no cercas-guia tambm
chamadas de rede de interceptao que agem como uma
barreira visual que utiliza como material rede, lona ou
plstico. Pode assumir na maioria das vezes
disposio em Z, Y (double-ended funnel traps) ou em linha.
A colocao de uma proteo para sol ou chuva mais alta possvel tambm, porm
chama as vezes mais a ateno para a armadilha. Apesar de ser uma armadilha
passiva, pode se incrementar com uma linha de pessoas e fazendo barulho e se
movimentando em direo a armadilha.
Fyke net So as redes com um aro grande que funcionam como funis
para peixes nadando sejam encaminhados a ela. Como
componentes temos duas asas (wing) que agem como funil, um
condutor (lead) e a rede propriamente dita (Fyke net).
Esta armadilha utilizada para pesca pode ser adaptada para
captura de anfbios ou cgados, para tanto construda com
argolas de plstico (mangueira), dispostas uma dentro da outra
(forma de funil), iniciando com argolas de 55 cm de dimetro e
encerrando com argolas de 30 cm. A estrutura unida a duas
redes de pesca de 25 metros cada, com malhas de 10 cm e altura
de 1,5 metros, com flutuadores na parte superior e chumbo na
parte inferior. Pode ser instalada em local raso, onde o chumbo do
painel de malha pode tocar o fundo tornando-a mais eficiente,
sendo verificada em perodos de 6 horas durante
aproximadamente dois dias, em apenas um ponto do rio.
Figura 1 - Representao esquemtica de uma armadilha do tipo fyke net.adaptada Fonte: Fachn - Tern, & Vogt, 2004.
Drum Net Similar a uma rede fyke, exceto que h apenas
um funil que conduz ao saco e geralmente h duas
asas. A rede normalmente verificada vrias vezes
por dia, puxando para cima do tambor seo da
armadilha e esvaziar o peixe do saco. Redes drum so usadas para pegar, por exemplo, carpas.
Redes Levantadas (Jump Nets)
Este sistema de captura utilizado com sucesso na Nova Zelndia e baseia-se na colocao de redes
estendidas no cho, que so levantadas rapidamente por cordas, molas ou manualmente. Usando plstico
opaco usado junto com a rede, o animal sente-se como em um slido curral (Duarte, J.M.B., 1997).
Fotos em Gelinski (2008)
De armao rpida Preconizada por Duarte para captura de veados-campeiros que tem como habitat grandes reas abertas,
sendo que esta consiste em uma rede preta em propileno de malha de 20 cm e 100 cm de comprimento por
1,8 cm de altura armada sobre um sistema de estacas feitas com vergalhes de ferro de 1,8 polegadas com
a ponta dobrada em forma de S que o local onde ser fixada a rede. Antes disto deve-se estabelecer a distncia de fuga do animal para ento armar a rede em formato de semicrculo e ento os tcnicos
posicionados em crculo ao redor dele para afugent-lo em direo a armadilha que se desarma sobre o
animal quando ele se choca contra ela sendo assim capturado e ento se aproximam e procede a conteno
fsica. Segundo Gelinski (2008), pode ser por veculo tambm, sendo que aps a visualizao do animal, o
veculo circunda o mesmo em raios cada vez menores at que atinja seu de ponto de fuga, que percebido
pelo comportamento de inquietao presena do veculo. Aps a determinao da distncia de trabalho,
o veculo pra e a equipe desce pelo lado oposto ao animal, e nessa posio as pessoas iniciam a
montagem da rede, que armada sobre ferros de 1/8, com uma dobra em sua extremidade. A armao da rede feita sob a proteo do veculo para que o animal no a perceba (Duarte, J.M.B., 1997). Aps a
montagem da rede e captura do animal as pessoas se levantam e pressionam ao animal para a rede, contra
a qual ele se choca, ficando imobilizado sendo contido manualmente pela equipe. Em seguida, procedida
a aplicao intravenosa de sedativos e analgsicos, culminando com a perda da conscincia do animal
(Hutchins et al., 1984).
Fotos em Gelinski (2008)
Netgun Mais um sistema que foi desenvolvido na Nova Zelndia e se utiliza de uma rede propelida por plvora
ou dixido de carbono (CO2) disparado por um rifle modificado, sendo que a rede pode ser acrescentada
flutuadores, garrafas pet, bias, cordas, pesos. Pode ser utilizado para captura de artiodtilos e carnvoros selvagens, tambm empregado para salvamentos de pessoas ou deter criminosos pela polcia.
Tem as desvantagens que precisa para ser usada de uma rea aberta e que tenham vegetao rasteira,
podendo ser utilizada de barcos, a p, helicptero ou de carros, sendo que deste ltimo recebe o nome de
netlauncher, conforme vemos a segunda, de bandeja, na ilustrao em preto e branco abaixo.
Redes de neblina: Rede confeccionada de linha de material sinttico extremamente delgada, geralmente com altura de 2 a 3 m e comprimento de 6 a 20 m, armada no meio do mato ou
descampado, ficando invisvel. Desta forma qualquer ave que por ali passar se chocar com a rede,
ficando nela enroscada. Nota: se for um local de grande trnsito de aves, o apanhador poder capturar
em um s dia mais de 1000 espcimes. Tambm utilizada na captura de morcegos.
Outras
Existe uma infinidade de outras armadilhas para peixes que podem ser adaptadas para animais semi-
aquticos a exemplo da Oneida Trap Net, Indiana Trap Net, New Hampshire Fyke Net, South
Dakota Trap Net, Maine Fyke Net, Pennsylvania Trap Net, Adirondack Trap Net, Susquehanna
Hoop Trap
13. Basto para manejo de aves rapina
Haste de um metro, em alumnio anodizado, com punhos em borracha e
pega em ao inox. Esta pode utilizar a extremidade em T para pousar, mas em casos de agressividade pode mant-la afastada.
14. Botas de cano longo ou perneiras Preferencialmente de couro ou borracha, sendo que caso utilize calado de qualidade estas podem ser
substitudas por perneiras, conforme podemos ver a seguir.
Fabricada em couro natural podendo ser em outros materiais como o da ilustrao ao lado que em
kevlar.Resistente contra mordida de serpentesFivela e
cinto para prender em baixoFivela superior para
prender na pernaNa poro inferior, existe um feixo
metlico tipo "trava"
Existe no mercado perneiras de lona, timas para prevenir leses abrasivas, mas que a depender do
animal no so eficazes
15. Jaula de conteno (mdios e grandes animais)
Jaula ou gaiola com uma parede interna acoplada de forma que se movimente em relao a parede
oposta at imobilizar o animal. Muito til para medicao e coleta de materiais.
16. Luvas
Couro ou raspa So as de uso freqente, sendo que as que so de couro tm a desvantagem que
restringem manipulao e devem ser amaciadas para reduzir o problema. Ainda
temos a utilizao na falcoaria como uma necessidade, para no receber leses
das garras dos animais mesmo que no sejam intencionais quando os mesmo
pousam no seu punho ou se agarram firmemente a ele (figura ao lado)
As de raspa limitam menos os movimentos dos dedos quando tem certa
qualidade e acabamento, entretanto estas dependendo do animal fornecem uma
defesa que mais psicolgica, mas servem muito bem para evitar abraso ou
manter as mos limpas.
Ao Geralmente so de argolas de ao tranados com dois ou quatro fios de ao,
material sinttico ou misto, porm no mercado existem algumas que tem a malha
muito aberta e de menor custo, mas no conferem proteo adequada, j as
melhores resistem a cortes e perfuraes, porm podemos ter leses
contundentes que s so amortecidas por este material. Algumas so a prova de
mordedura de tubaro.
17. Toalha ou pano
Muito usada para psitacdeos, joga-se em cima do mesmo, que geralmente param na hora de se
movimentar, depois pode envolv-lo todo na toalha ou colocar a mo debaixo dela e iniciar o processo de
conteno.
18. Pino
Varia na sua fixao do animal em funo da espcie e qual a possibilidade de dano que cada um
oferece, assim como que parte deve ser preservada do animal para que ele no se machuque. As tenazes
so geralmente emborrachadas. Utilizada para pequenos e mdios mamferos, tambm para lagartos.
19. Venda
A restrio da viso ajuda no processo de imobilizao e por
vezes acalma o animal, podendo esta ser realizada inicialmente
ou com auxlio de um pano, toalha. Utilizando-se tambm de
meia ou luva para ser confeccionado um capuz, podendo ser em
couro forrado como no caso de aves de rapina na falcoaria, nas
duas primeiras figuras ao lado. O capuz para ratitas consiste de
uma luva sem fundo, veja a sequencia de figuras abaixo, onde o
tratador a coloca no antebrao vestido e na captura da ave, atravs
do gancho, segura o bico empurrando-a de forma que apenas o bico fique exposto. O animal assim pode
ser transportado para qualquer lugar.
QUMICA
As contenes usadas para acalmar (tranqilizantes) e capturar (imobilizantes) animais so similares
quelas usadas na prtica humana. Essas drogas e suas combinaes atuam em diversos pontos do crebro
e normalmente empregado quando alguma caracterstica do animal fsica - anatmica, fisiolgica, social
ou comportamental e ainda, no caso de acesso que precise ser utilizado requeira esta ao, podendo se
querer apenas a sedao. Tambm por uma questo temporal para reduzir o stress e por fim em casos de
cirurgia ou de tratamento de regies com sensibilidade dolorosa (analgesia). Isto afetar a escolha do
frmaco.
Equipamentos especiais:
1. Zarabatanas (curtas distncias)
2. Basto de aplicao (curtas distncias)
3. Pistolas de ar comprimido (mdias distncias) Esta pistola de CO2 comprimido Distinject, modelo 35, utilizada
para lanamento de dardos com anestsico um exemplo.
4. Rifle de dardos (longas distncias)
Qualquer que seja o meio empregado para conter o animal deve obrigatoriamente:
Permitir plena segurana para o paciente; Permitir plena segurana para a equipe envolvida;
Principais medicamentos (drogas)
1. Narcticos: Etorfina, Carfentanil, Butorfanol 2. Ketamina (ketalar, francotar), Tiletamina (zoletil) 3. Xilazina (rompum, kensol), Metomidina (dormitol), Detomidina (domosedan) 4. Diazepan (valium, kiatrium), Midazolam (dormonid)
Transporte
A caixa dever ser preparada de acordo com a espcie a ser transportada (tipo de material) Nunca para no sol Deixe os animais em jejum nos casos de viagens curtas Viagens longas alimentao com produtos de fcil digesto uvas, laranjas, mas, bananas Cada animal deve viajar separadamente em cada caixa Animais que vivem em grupos devem viajar em caixas com vrios compartimentos separados por tela,
permitindo um pequeno contato (visual) entre os animais
A caixa deve Ter adequada ventilao As superfcies internas no devem conter projees ou salincias Portas com travas, porta para comida, alas para carregar a caixa Documentao Necessria: GTA Guia de Transporte Animal, emitido pelo posto de Defesa Sanitria do Ministrio da Agricultura
ou por um veterinrio clnico credenciado pelo ministrio
Licena de Transporte do IBAMA, para animais da fauna silvestre brasileira.
Para o exterior: Certificado Zoo-Sanitrio Internacional CZI, fornecido pelo Ministrio da Agricultura Licena CITIES - IBAMA
Condicionamento O animal treinado, normalmente com o sistema de recompensa para abrir a boca ou no se mover
sem qualquer conteno permitindo manuseio, exame ou aplicao de medicao.
Outros Induo vaso-vagal (jacars e lagartos) encontrada com o nome de vago-vagal apesar no ser
correto, chamada de resposta barorreflexas e tem o controle em curto prazo da presso arterial Aps
proceder a compresso dos globos oculares induzido um estado letrgico no animal de durao
varivel.
Massagem abdominal (jacars)
ZOOLGICOS
1. Histrico: Inscries nas cavernas (100.000 anos A.C.) mostram o interesse do homem pelos animais.
ndia, China e Japo: relatos mais antigos de colees de animais.
Egito (2900-2200 A.C.): um dos mais antigos zoolgicos (macacos, hienas e antlopes).
China (1000 A.C.): Jardim da Inteligncia - mantinha animais nativos.
Assria e Babilnia: reis e nobres criavam animais silvestres.
Grcia: grande sucesso no manejo de aves. Primeiros zoolgicos a cobrar ingresso dos visitantes.
Roma: arenas com espetculos sangrentos de animais, onde os mesmos eram postos para brigar entre si, contra gladiadores e
em execues.
Idade Mdia: Menageries (Colees) - reas de criao e estudo de animais silvestres.
Renascena: as grandes expedies descobriram terras e animais novos.
Caixas das maravilhas Versailles
Mxico: Astecas mantinham colees de aves de rapina, feldeos e rpteis.
Zo de Schnbrunn (1752): primeiro zoolgico moderno em termos de arquitetura e paisagismo. No palcio de Viena ustria
Zoolgico vitoriano
FUNCIONAMENTO DE ZOOLGICOS/ SETORES DE QUARENTENA E EXTRA
Lei no 7.173 de 14 de dezembro de 1983 Dispe sobre o estabelecimento e funcionamento dos jardins zoolgicos e d outras providncias.
Artigo 13 Os locais credenciados pelo IBDF para atender a exigncias da quarentena podero cobrar os
servios profissionais de terceiros, comprometendo-se a prestar assistncia mdico-veterinria diria.
Portaria no 283/P de 18 de maio de 1989 (Jardim zoolgico) Aparece o Setor extra: destinado a animais excedentes ou para a reproduo.
Instruo Normativa n 04, de 04 de maro de 2002 MMA.
Inclui a quarentena nos zoolgicos como obrigatria, mas no apresenta nenhuma normatizao
sobre elas.
John Fletcher Porter, London Pictorially Described, [1890]
INSTRUO NORMATIVA N 04, de 04 de maro de 2002 - MMA INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVVEIS
Instruo Normativa 003/99, de 15 de abril de 1999, RESOLVE:
Art. 1 - Para a obteno do registro de jardins zoolgicos pblicos ou privados, consoante com o disposto
no Art. 2 da lei n 7.173, de 14 de dezembro de 1.983, dever ser cumprido o disposto nesta Instruo
Normativa.
Os documentos abaixo relacionados devero ser apresentados, junto Gerncia Executiva do IBAMA no
Estado onde se pretende instalar o empreendimento:
I) Requerimento; II) Planejamento global, com as caractersticas de situao e funcionamento, incluindo plantas baixas da
rea e dos recintos, elaboradas por profissionais habilitados na forma da lei, observadas as suas
especialidades;
III) Parecer favorvel do rgo ambiental estadual, ou municipal quanto : Sua localizao, com base no zoneamento ambiental, Uso do solo, Destino/ tratamento dos dejetos slidos e efluentes lquidos provenientes desses empreendimentos e Verificar a existncia de restries quanto ao manejo de fauna extica regio conforme previsto na
Instruo Normativa 003/99, de 15/04/99.
Art. 2 - Os jardins zoolgicos sero classificados em trs categorias denominadas "C", "B" e "A".
Art. 3 - Os jardins zoolgicos classificados na CATEGORIA "C" devero cumprir as seguintes
exigncias, sendo esta a mais simples:
I) Ter a assistncia tcnica diria no zoolgico de pelo menos um bilogo e um mdico veterinrio,
devendo estes, apresentarem a Gerncia Executiva do IBAMA, declarao de estarem assumindo a
responsabilidade tcnica pelo empreendimento, dentro das respectivas reas de competncia. Os
zoolgicos empregam outros profissionais que tem grande importncia tambm como os zootecnistas e
ainda, agrnomos e engenheiros.
II) Possuir SETOR EXTRA, destinado a animais excedentes, munido de equipamentos e instalaes que
atendam as necessidades dos animais alojados;
III) Possuir um setor destinado a QUARENTENA dos animais;
IV) Possuir instalaes adequadas e equipadas, destinadas a misteres da alimentao animal;
V) Possuir servio permanente de tratadores, devidamente treinados para o desempenho de suas funes;
VI) Possuir, servios de segurana no local;
VII) Manter, em cada recinto sujeito visitao pblica, uma placa informativa onde conste, no mnimo: ;Nomes comum e cientfico das espcies
animais ali expostas
Sua distribuio geogrfica
Indicao quando se tratar de espcies ameaadas de extino
Nota Ed.: Apesar de no ser obrigatrio interessante conter
curiosidades e se houver mais de uma espcie no
recinto descrever alguma caracterstica que permita
a identificao visual. Alguns zos colocam fotos.
VIII) Possuir sanitrios e bebedouros para o uso do pblico; IX) Possuir capacitao financeira comprovada, no caso de zoolgicos privados; X) Possuir laboratrio para anlises clnicas e patolgicas, ou apresentar documentos comprobatrios de
acordos/contratos com laboratrios de anlises clinicas e patolgicas;
XI) Possuir ambulatrio veterinrio; XII) Desenvolver programas de educao ambiental; XIII) Conservar, quando j existentes, reas de flora nativa e sua fauna remanescente, e XIV) Participar dos programas oficiais de reproduo (Plano de Manejo/Grupo de Trabalho) das espcies
ameaadas de extino existentes no acervo do zoolgico.
Art. 4 - Os jardins zoolgicos classificados na CATEGORIA "B", alm de atender todos os incisos
contidos no art. 3, devero cumprir as seguintes exigncias:
I) Possuir setor de biotrio;
II) Possuir literatura especializada disponvel para o pblico, e;
III) Dispor de infra-estrutura permanente de transporte;
Art. 5 - Os jardins zoolgicos classificados na CATEGORIA "A" devero cumprir todas as exigncias
contidas nos arts. 3 e 4, e mais as seguintes:
I) Possuir programas de estgio supervisionado nas diversas reas de atuao; II) Possuir laboratrio prprio para anlises clnicas e patolgicas; III) Desenvolver programas de pesquisa, visando a conservao das espcies; IV) Possuir auditrio; V) Manter coleo de peas biolgicas para uso de tcnicos e pesquisadores de outras instituies; VI) Possuir setor de paisagismo e viveiro de plantas; VII) Possuir setor interno de manuteno, e VIII) Promover intercmbios tcnicos a nvel nacional e internacional.
Art. 6 - O acompanhamento e a fiscalizao do cumprimento das exigncias desta Instruo Normativa
sero efetuados pelas Gerncias Executivas do IBAMA, sob a superviso da Diretoria de Fauna e
Recursos Pesqueiros.
Art. 7 - Os jardins zoolgicos, independentemente da categoria na qual se classificam, devero ter um
livro de registro com:
Termo de abertura, e de encerramento; Pginas numeradas tipograficamente e rubricadas por este Instituto, Onde sero lanados todos os dados referentes ao estoque inicial, s aquisies, nascimentos, transferncias, permutas, doaes, bitos, fugas, destino e identificao
dos animais,
O qual ficar disposio do Poder Pblico competente para fiscalizao e auditorias.
Pargrafo nico - Os jardins zoolgicos podero informatizar o seu livro de registro, devendo constar
todas as informaes contidas no caput deste artigo.
Art. 8 - Os jardins zoolgicos, devero ENVIAR RELATRIO ao IBAMA, anualmente at 31 de maro
do ano subseqente, devendo constar:
Relao do acervo vivo, Todos os dados relativos s entradas e sadas de animais, As pesquisas e atividades educativas e culturais desenvolvidas no perodo.
Art. 9 - Os jardins zoolgicos devero manter os registros mdico-veterinrio e biolgico dos animais, em
fichas individuais.
Art. 10 - Os jardins zoolgicos devero necropsiar todos os animas que vierem a bito, devendo as
informaes respectivas ser anotadas em fichas prprias, especificando:
Dados da necropsia, Apontando a causa mortis, permanecendo tais fichas arquivadas na instituio disposio do poder
pblico para fiscalizao e auditorias.
Art. 11- Os jardins zoolgicos devero manter os animais do plantel devidamente sexados e marcados.
Art. 12 - As licenas para captura de animais silvestres podero ser concedidas mediante:
Envio de projeto ao IBAMA, conforme a legislao pertinente, Atravs e com anlise conclusiva da(s) Sociedade(s) de Zoolgicos, Restringindo-se a: Soluo de problemas de consanginidade, Programas oficiais de reproduo e Preservao de espcies, aps verificadas as possibilidades de cedncia/emprstimo junto a outros
zoolgicos nacionais ou do exterior, criadouros regulamentados e instituies devidamente
habilitadas a manterem animais silvestres em cativeiro.
Pargrafo nico - facultado ao IBAMA solicitar parecer de instituio cientfica e/ou sociedades
cientficas referente ao grupo taxonmico requerido, para comprovao que a captura no colocar em
risco as espcies na natureza, cabendo a este Instituto a deciso final.
Art. 13 - Os jardins zoolgicos que possurem em seu plantel, espcies da fauna silvestre brasileira
pertencente Lista Oficial de Espcies da Fauna Brasileira Ameaada de Extino, devero coloc-los,
sempre que solicitado, disposio do IBAMA para atender a programas de reintroduo na natureza,
acasalamentos em outros zoolgicos e Criadouros Cientficos.
Art. 14 - Os jardins zoolgicos, independentemente da categoria na qual se enquadram, DEVERO TER
SUAS REAS CERCADAS OU MURADAS, conforme Instruo Normativa 003/99 de 15 de abril de
1999.
Art. 15 - Os recintos devero oferecer segurana aos animais, aos tratadores e ao pblico visitante.
1 - Os recintos existentes anteriormente data de publicao desta Instruo Normativa, que no
estejam de acordo com os requisitos exigidos, e que abriguem determinado(s) animal(is), quando for
solicitado pela administrao do zoolgico, comprovado pelo seu quadro tcnico e retificado pela
Gerncia Executiva do IBAMA, poder ser aceito, sem adequaes, constituindo-se desta forma o
tombamento.
2 O tombamento estabelece vnculo entre o recinto e o(s) animal(is), ficando terminantemente proibida
a colocao de outros exemplares da mesma espcie, quando da retirada ou morte de algum ou de todos os
animais que ali estavam na ocasio do tombamento.
Art. 16 - recomendada a formao de casais, principalmente no caso dos animais pertencentes Lista
Oficial de Espcies da Fauna Brasileira Ameaada de Extino.
Pargrafo nico: Se no for possvel a formao de casais, recomenda-se pelo menos parear os animais.
Art. 17 - Devero ser cumpridos todos os requisitos recomendveis descritos a seguir para os recintos dos
jardins zoolgicos.
Pargrafo nico - Os requisitos recomendveis para os recintos dos jardins zoolgicos definem os
parmetros mnimos dos recintos, visando garantir o bem-estar fsicopsicolgico das espcies a eles
destinadas.
Art. 18 - Os recintos projetados para certos grupos de animais podero eventualmente, ser utilizados para
expor grupos de outras espcies desde que seja respeitado o atendimento da situao de bem estar fsico-
psicolgico, e cuja utilizao no poder exceder ao prazo de 90 (noventa) dias.
Art. 19 - O afastamento mnimo do pblico em relao ao recinto, dever ser de um metro e meio exceto
quando mantidos em ambientes fechados.
Art. 20 - Os recintos devero possuir PONTOS DE FUGA.
Art. 21 - Os recintos destinados aos rpteis devero atender aos seguintes requisitos:
I GERAIS II - ESPECFICAS
I GERAIS a) Todos os recintos devem ter local sombreado. b) Todos os recintos devem ter piso de areia, terra, grama, folhio ou suas combinaes. c) Todo rptil deve ter fcil acesso gua de beber. d) Excludas as espcies marinhas, os alojamentos que abriguem fmeas adultas devem ter substrato
propcio desova
e) Quando existir tanque ou lago no alojamento, suas paredes e o fundo no podero ser speros. f) Nos casos de rpteis mantidos em ambientes fechados (terrrio ou paludrio) estes devero possuir
iluminao artificial composta de lmpadas especiais que, comprovadamente, substituam as radiaes
solares.
g) No caso de abrigar espcies arborcolas, o alojamento dever conter galhos.
Instruo Normativa n 169, de 20 de fevereiro de 2008 MMA. Alm reafirmar o que diz a anterior, extende as normas para quaisquer criadouros, inclusive em
termos de metragem e condies mnimas de recinto, porm gerou muita polemica por algumas novas
regras e no agradou a nenhum dos setores envolvidos (Zoolgicos, Criadouros, Mantenedouros, Centros
de Reabilitao etc.) e, no entender da Sociedade dos Zoolgicos Brasileiros (SZB), fere uma srie de
questes jurdicas referentes a esse tipo de estabelecimento, o nico criado por Lei Federal. A SZB
acionou judicialmente o IBAMA e entrou com um pedido de Liminar junto Justia Federal do Rio de
Janeiro solicitando a suspenso da norma, que cria novas regras para a criao e funcionamento de
Zoolgicos em territrio brasileiro. Na questo jurdica, vemos que mais de 50 dos 127 Zoolgicos
brasileiros j esto devidamente registrados no IBAMA, desde que a primeira portaria em 1989, que
regulamentou a Lei Federal de 1983, entrou em vigor, disse a AmbienteBrasil Luiz Pires, da Diretoria de Comunicaes da SZB.
Nesta IN, eles exigem que todos os Zoolgicos j registrados tm um ano para se adaptar a ela. Isso ilegal, pois no teve nenhuma alterao na Lei; assim, no se justifica um novo registro. Outra dificuldade apontada por ele que mais de 65% dos Zoolgicos brasileiros pertencem aos
Municpios, que trabalham com dotao oramentria prevista no mnimo seis meses antes do ano fiscal
vigente. Alm disso, projetos de obras devem ser previstos no plano plurianual, feito a cada quatro anos,
por isso seria impossvel, dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal, cumprir esses prazos, diz Luiz Pires, para quem, sob o aspecto jurdico, a IN somente poderia vir a ser aplicada para a criao de novos
Zoolgicos no pas.
CONTESTAES TCNICAS A IN 169/2008
Art. 35. Qualquer recinto que, embora atendendo s exigncias desta IN, comprovadamente no
esteja proporcionando o bem estar fsico-psicolgico a um ou mais animais alojados, poder ser
interditado pelo IBAMA, que exigir a retirada do animal do respectivo recinto. Qual tipo de profissional dar o laudo comprovando o bem estar fsico-psicolgico do animal cativo em
questo? Esse profissional ter que provar a sua especializao na rea de manejo de animais ex-situ,
seno a partir deste momento teremos uma guerra entre os Zos e determinadas ONGs ou tcnicos sem
capacidade tcnica para tal.
Se o rgo que regula a atividade de criao/exposio de animais prope um artigo que, a priori, exime
os tcnicos que elaboraram a norma de suas responsabilidades, por qual motivo os terceiros de boa f que
cumprem as normas devem ser interditados?
Quem custear os custos da interdio? Os custos da reforma? E os custos da manuteno dos animais em
outro local uma vez que o recinto interditado no poder ser utilizado?
Qual ser a punio para os tcnicos que elaboraram a norma, uma vez que o critrio tcnico exigido pelo
rgo licenciador no foi eficiente e eficaz?
ANEXO IV
DETERMINAES PARA JARDIM ZOOLGICO QUANTO S INSTALAES, MEDIDAS
HIGINICO-SANITRIAS E SEGURANA
Da classificao dos jardins zoolgicos
Os jardins zoolgicos sero classificados em 3 (trs) categorias denominadas A, B e C. O jardim zoolgico classificado na categoria C dever cumprir as seguintes exigncias: I- rea totalmente cercada por muros, telas ou alambrados, com no mnimo 1,80 m (um metro e
oitenta centmetros) de altura, alm de inclinao na parte superior de 45 interna e externa de 40
cm (quarenta centmetros) (negativa); Qual o embasamento tcnico para solicitar 1,80m de altura mais as negativas interna e externa?
Caso o pensamento foi segurana contra fugas, isso quase ridculo, pois quais animais seriam contidos
no uso do alambrado, que seria a nica maneira economicamente vivel de ser atendida?
Aves - Somente as ratitas: Casuar, Meu, Ema e Kiwii (que no voam).
Mamferos - Os primatas estariam fora, pois teriam a capacidade de escalar, mesmo com esse negativo.
Mamferos tipo fera? Os grandes felinos tm capacidade de transpor facilmente esse obstculo (exceo
a Panthera leo) pulando, principalmente se estiveram acuados.
Elefante, Hipoptamo, Rinoceronte - Pelo seu porte e fora, transpem essa barreira com a maior
facilidade, principalmente se acuados.
Antlopes Africanos - Transpem facilmente essa barreira pulando, principalmente se estiverem acuados.
Rpteis - Serpentes e Lagartos podero passar pelo vo da tela.
Portanto, se a questo pensada foi segurana contra fuga da rea do Zo, esta ficar restrita a conter
espcies muito perigosas, como jabutis, pacas, emas, cgados Se o pensamento foi o de evitar a entrada de pessoas indesejveis no Zo (negativo externo), no caso de
alambrado, o uso de alicate ou torqueses bastaria para transpor a barreira.
Isto inviabiliza a instalao ou funcionamento de Zos no Brasil, pois a maioria dos Zos brasileiros est
inserida em grandes reas, onde o cercamento com muro ou tela, conforme o solicitado, pelo custo ser
impossvel de ser praticado pela maioria dos hoje existentes, sendo que, ao invs de se exigir maior
segurana nos recintos para se evitar a fuga (pr-ativo), se exige medidas paliativas, incuas e
impraticveis.
A redao deveria ser: rea delimitada e cercada.
V possuir local adequado para a manuteno ou criao de organismos vivos com a finalidade de alimentao dos animais do plantel; A exigncia da manuteno de um biotrio mais uma ingerncia indevida, uma vez que hoje j dispomos
da possibilidade de compra quando necessrio destes itens para compor a alimentao de espcies que
assim necessitem, alm do que muitos Zos utilizam o excedente de biotrios de laboratrios,
universidades, etc.
Lembramos ainda da possibilidade da substituio da necessidade deste tipo de alimento, atravs da
suplementao alimentar com complexos vitamnicos e minerais. Se assim no fosse, somente
manteramos Tamandus em cativeiro se mantivssemos criao de Trmitas em biotrio.
XV- possuir laboratrio para anlises clnicas e patolgicas ou apresentar documentos
comprobatrios de acordos/contratos com laboratrios de anlises clnicas e patolgicas; Novamente uma ingerncia indevida na administrao do Zo, seno vejamos:
A manuteno de um laboratrio para Anlises clnicas e patolgicas totalmente invivel para a quase
totalidade dos Zos brasileiros, uma vez que a sua manuteno somente se justifica caso tenha um grande
volume de material a ser analisado diariamente, uma vez que necessita da contratao de pessoal tcnico
especializado para tal.
A maioria dos Zos brasileiros pblica, portanto os acordos ou contratos com laboratrios
obrigatoriamente teriam de ser precedidos de licitao pblica, fato este que muitas vezes obrigar o
Veterinrio a utilizar determinado laboratrio, mesmo a seu contragosto, ou mesmo que haja outro que seja referncia para o exame em questo. Portanto, a redao deveria ser: Manter comprovante de exames laboratoriais para auxlio no diagnstico mdico veterinrio.
3 CLASSE MAMFEROS Em alguns recintos para mamferos est presente a exigncia de tanque no recinto, mas a rea do
tanque est em porcentagem da rea total do recinto.
Os tcnicos, ao manterem a proposta antiga de porcentagem da rea total, sem levar em conta o comportamento do animal em questo (para que usa a gua: busca da alimentao, conforto trmico,
ponto de fuga, etc) praticamente inviabilizam a construo de recintos maiores que as medidas
mnimas sugeridas. Um Hipoptamo precisa de no mnimo um tanque de 180m em um recinto de
300m conforme a IN, qual o embasamento tcnico que obrigaria um recinto de 500m a ter um tanque de
300m? A espcie a mesma, s a rea do recinto maior. Portanto, se a concluso tcnica a de que
180m o mnimo para o conforto do animal, assim deveria ser mantido, independente do tamanho do
recinto.
Algumas espcies fazem uso diferente da gua, no se justificando o tamanho exigido:
Alces utilizam a gua para obteno de algumas gramneas aquticas em seu ambiente natural, uma vez
que, durante algumas pocas do ano, somente neste locais encontram alimento para seu sustento. No Zo,
o mesmo possui alimento balanceado durante o ano todo, ento porque a porcentagem de tanque?
Anta, em ambiente natural, passa o dia escondida nos capes de mata, longe dos cursos dgua, somente chegando perto destes quando em atividade no perodo crepuscular e noturno, quando a gua o seu ponto
de fuga contra o seu predador natural, a Ona. No Zo, ela est protegida de seu predador natural,
portanto, qual o porqu da porcentagem?
Hipoptamos usam a gua para seu conforto trmico, pois a espcie tem dificuldades fisiolgicas para
dispersar o calor, portanto o mais importante no seria o tamanho do tanque, mas sim a renovao de
gua, de modo a que a mesma cumpra a funo de conforto trmico do animal, e tambm seja suficiente
para diluir a quantidade de fezes eliminada pelo animal durante as mais de 10h em que ele permanece
nela.
Isto tudo e mais alguns parmetros biolgicos demonstram que no se justifica a porcentagem do tamanho
do recinto, mas o mais importante e que no foi observado seria a qualidade da gua, dependendo do uso da mesma, sendo ainda um fator de impedimento para a construo de recintos maiores que o mnimo
exigido.
Exigncia de maternidade no recinto: manteve-se a exigncia mesmo para o caso em que no se
pretende criar a espcie, mas somente fazer sua exibio, como o caso de Leo, Tigre e outros exticos.
Tambm mantiveram a exigncia de maternidade para algumas espcies de hbito gregrio:
Na famlia herpestidae, as suricatas formam grupos familiares, comandados por uma fmea alfa, que
inibe o cio das fmeas de casta inferior, e somente ela se reproduz. Para que uma maternidade no recinto?
Se separarmos a fmea no momento da reproduo, iremos desestabilizar o grupo, sendo que outra fmea
assumir a condio de alfa, o que impedir o retorno da que foi retirada e de seus filhotes ao grupo.
Devemos considerar ainda que se o recinto foi construdo tendo-se como parmetro as necessidades
biolgicas do animal e conseqentemente o seu bem estar, como deve ser a premissa desta IN, o recinto
permite que os espcimes cavem seus tneis e tocas, local ideal para o parto da fmea.
Os cervdeos dos gneros Cervus e Dama constituem grupos de fmeas junto a um macho alfa, no tendo
embasamento tcnico para a separao das fmeas no momento do parto ou amamentao do filhote,
sendo que, se esta atitude for tomada, a mesma ficar estressada sem a proteo do macho alfa, que em
vida livre d segurana ao grupo contra a ao de predadores.
As lontras formam grupos familiares e a retirada de uma fmea para criar fora do grupo praticamente
inviabilizar ou dificultar em muito o retorno dos indivduos, principalmente em grupos j formados.
Dessa forma, a maternidade se demonstra necessria e eficiente em animais de hbito solitrio e que so
mantidos juntos em cativeiro, com o propsito de reproduo, de forma a se evitar o infanticdio. Em
animais de hbito gregrio geralmente elas no se justificam tecnicamente, devendo ser deixado equipe
tcnica do Zoolgico a deciso de construir ou no, dependendo do histrico reprodutivo do grupo que
mantido.
Devemos lembrar que o valor gasto na construo de uma estrutura que no se faz necessria pode ser
muito bem revertido em investimentos na melhoria do recinto a ser construdo.
PINTO, Mnica / AmbienteBrasil. Exclusivo: Sociedade de Zoolgicos do Brasil aponta erros tcnicos no que chama de legislao incua do IBAMA. 19 / 05 / 2008. Acessado em: 20/02/2009. Disponvel em: http://noticias.ambientebrasil.com.br/exclusivas/2008/05/19/38264-exclusivo-sociedade-de-zoologicos-do-brasil-aponta-erros-tecnicos-no-que-chama-de-legislacao-inocua-do-ibama.html
RELEMBRANDO TIPOS DE FUNDAES EM UMA CONSTRUO
O objetivo deste tpico obviamente que o leitor adquira noes bsicas sobre conceitos e termos
utilizados numa construo, sendo que so comuns quer seja urbana ou rural, sendo que voc tambm
dever em conta qual animal estar sendo criado, pois dever fazer adequaes a exemplo de um
escavador e ainda, quais os objetivos a serem alcanados no recinto.
Segundo o engenheiro Roberto Massaru Watanabe por envolver questes de segurana, a escolha do
tipo de fundao deve ser feita sob a assistncia de um Profissional do ramo de fundaes como um
Tcnico de Edificaes, Engenheiro Civil ou Gelogo, j a construo das fundaes de uma edificao
deve ser acompanhada por tcnico habilitado e com registro na Prefeitura Municipal. Fundao a obra,
geralmente enterrada, que serve para suportar a casa, prdio, ponte ou viaduto e pode ser feita de diversos
tipos de materiais e dependendo do tipo de terreno encontrado no local das obras, adotam-se tipos
diferentes de fundaes. Veja os tipos mais comuns:
O baldrame o tipo mais comum de
fundao. Constitui-se de uma viga que
pode ser de alvenaria, concreto simples
ou armado construda diretamente no
solo, dentro de uma pequena vala.
mais empregada em casos de cargas
leves como residncia construdas sobre
solo firme.
A sapata preferida onde o baldrame no