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DIÁRIO DAASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 1 ANO XXXVI - Nº 154 - SÃO LUÍS, TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008. EDIÇÃO DE HOJE: 32 PÁGINAS 123.ª SESSÃO ORDINÁRIA DA 2.ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 16.ª LEGISLATURA RELAÇÃO DE ORADORES ....................................................... 04 ORDEM DO DIA .......................................................................... 04 PAUTA .......................................................................................... 04 SESSÃO ORDINÁRIA ................................................................. 05 PROJETO DE LEI ........................................................................ 05 SUMÁRIO REQUERIMENTO ......................................................................... 11 INDICAÇÃO ................................................................................ 12 ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA .................................................... 29 SUBSTITUTIVO DE EMENDA CONSTITUCIONAL ....................30 PARECER ...................................................................................... 30 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA PALÁCIO MANOEL BEQUIMÃO ESTADO DO MARANHÃO ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Deputado João Evangelista (PSDB) Presidente 1. Vice-Presidente: Deputado Pavão Filho (PDT) 2.° Vice-Presidente: Deputado Jura Filho (PMDB) 3.° Vice-Presidente: Deputado Carlos Filho (PV) 4.° Vice-Presidente: Deputada Graciete Lisboa (PSDB) ° 1.° Secretário: Deputado César Pires (DEM) 2.° Secretário: Deputado Antônio Bacelar (PDT) 3.° Secretário: Deputado Nonato Aragão (PSL) 4.° Secretário: Deputada Fátima Vieira (PP) MESA DIRETORA LIDERANÇA DO GOVERNO LICENCIADO BLOCO PARLAMENTAR PROGRESSISTA - BPP PSDB - PDT - PSB - PT - PT do B - PTC - PSC - PSL - PRTB - PMN - PPS 1. Deputado Afonso Manoel (PSB) 2. Deputado Alberto Franco (PSDB) 4. Deputado Arnaldo Melo (PSDB) 5. Deputado Camilo Figueiredo (PDT) 7. Deputada Cleide Coutinho (PSDB) 8. Deputado Edivaldo Holanda (PTC) 9. Deputada Eliziane Gama (PPS) 10. Deputada Graciete Lisboa (PSDB) 11. Deputada Graça Paz (PDT) 12. Deputada Helena Barros Heluy (PT) 13. Deputado João Evangelista (PSDB) 14. Deputado José Lima (PSB) 3. Deputado Antônio Bacelar (PDT) 15. Deputado Marcelo Tavares (PSB) 17. Deputado Mauro Jorge (PMN) 18. Deputado Nonato Aragão (PSL) 19. Deputado Pavão Filho (PDT) 20. Deputado Paulo Neto (PSB) 22. Deputado Rigo Teles (PSDB) 23. Deputado Rubens Pereira Júnior (PRTB) 24. Deputado Soliney Silva (PSDB) 25. Deputado Stênio Resende (PSDB) 26. Deputado Valdinar Barros (PT) BLOCO PARLAMENTAR DE OPOSIÇÃO - BPO Líder Deputado Edivaldo Holanda DEM - PMDB - PP - PV - PTB 2. Deputado Carlos Alberto Milhomem (DEM) 3. Deputado Carlos Filho (PV) 5. Deputada Fátima Vieira (PP) 6. Deputado Francisco Gomes (DEM) 7. Deputado Fufuca (PMDB) 8. Deputado Hélio Soares (PP) 9. Deputado João Batista (PP) 4. Deputado César Pires (DEM) 10. Deputado Joaquim Nagib Haickel (PMDB) 11. Deputado Jura Filho (PMDB) 12. Deputada Maura Jorge (DEM) 13. Deputado Max Barros (DEM) 14. Deputado Raimundo Cutrim (DEM) 15. Deputado Ricardo Murad (PMDB) 16. Deputado Victor Mendes (PV) Líder Deputado Ricardo Murad Vice-Líderes Deputado Joaquim Nagib Haickel Deputado Francisco Gomes Deputado Victor Mendes Deputado Domingos Paz (Sec. de Estado) Líder Deputado Marcelo Tavares Vice-Líderes Deputado Afonso Manoel Deputado Arnaldo Melo Deputado Valdinar Barros Vice-Líderes Deputado Rigo Teles Deputado Rubens Pereira Júnior Deputado Marcos Caldas 21. Deputado (PSC) Penaldon Jorge 1. (DEM) Deputado Antônio Pereira 16. (PT do B) Deputado Marcos Caldas 6. Deputado Carlos Braide (PDT)

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 112345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123

ANO XXXVI - Nº 154 - SÃO LUÍS, TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008. EDIÇÃO DE HOJE: 32 PÁGINAS123.ª SESSÃO ORDINÁRIA DA 2.ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 16.ª LEGISLATURA

123451234512345

RELAÇÃO DE ORADORES ....................................................... 04

ORDEM DO DIA ..........................................................................04

PAUTA ..........................................................................................04

SESSÃO ORDINÁRIA .................................................................05

PROJETO DE LEI ........................................................................05

SUMÁRIO

REQUERIMENTO .........................................................................11

INDICAÇÃO ................................................................................12

ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA ....................................................29

SUBSTITUTIVO DE EMENDA CONSTITUCIONAL ....................30

PARECER ......................................................................................30

DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA

PALÁCIO MANOEL BEQUIMÃO

ESTADO DO MARANHÃOASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Deputado João Evangelista (PSDB)Presidente

1. Vice-Presidente: Deputado Pavão Filho (PDT)2.° Vice-Presidente: Deputado Jura Filho (PMDB)3.° Vice-Presidente: Deputado Carlos Filho (PV)4.° Vice-Presidente: Deputada Graciete Lisboa (PSDB)

° 1.° Secretário: Deputado César Pires (DEM) 2.° Secretário: Deputado Antônio Bacelar (PDT)3.° Secretário: Deputado Nonato Aragão (PSL)4.° Secretário: Deputada Fátima Vieira (PP)

MESA DIRETORA

LIDERANÇA DO GOVERNO

LICENCIADO

BLOCO PARLAMENTAR PROGRESSISTA - BPPPSDB - PDT - PSB - PT - PT do B - PTC - PSC - PSL - PRTB - PMN - PPS

1. Deputado Afonso Manoel (PSB)2. Deputado Alberto Franco (PSDB)

4. Deputado Arnaldo Melo (PSDB)5. Deputado Camilo Figueiredo (PDT)

7. Deputada Cleide Coutinho (PSDB)8. Deputado Edivaldo Holanda (PTC)9. Deputada Eliziane Gama (PPS)10. Deputada Graciete Lisboa (PSDB)11. Deputada Graça Paz (PDT)12. Deputada Helena Barros Heluy (PT)13. Deputado João Evangelista (PSDB)14. Deputado José Lima (PSB)

3. Deputado Antônio Bacelar (PDT)

15. Deputado Marcelo Tavares (PSB)

17. Deputado Mauro Jorge (PMN)18. Deputado Nonato Aragão (PSL)19. Deputado Pavão Filho (PDT)20. Deputado Paulo Neto (PSB)

22. Deputado Rigo Teles (PSDB)23. Deputado Rubens Pereira Júnior (PRTB)24. Deputado Soliney Silva (PSDB)25. Deputado Stênio Resende (PSDB)26. Deputado Valdinar Barros (PT)

BLOCO PARLAMENTAR DE OPOSIÇÃO - BPO

LíderDeputado Edivaldo Holanda

DEM - PMDB - PP - PV - PTB

2. Deputado Carlos Alberto Milhomem (DEM)3. Deputado Carlos Filho (PV)

5. Deputada Fátima Vieira (PP)6. Deputado Francisco Gomes (DEM)7. Deputado Fufuca (PMDB)8. Deputado Hélio Soares (PP)9. Deputado João Batista (PP)

4. Deputado César Pires (DEM)

10. Deputado Joaquim Nagib Haickel (PMDB)11. Deputado Jura Filho (PMDB)12. Deputada Maura Jorge (DEM)13. Deputado Max Barros (DEM)14. Deputado Raimundo Cutrim (DEM)15. Deputado Ricardo Murad (PMDB)16. Deputado Victor Mendes (PV)

LíderDeputado Ricardo Murad

Vice-LíderesDeputado Joaquim Nagib HaickelDeputado Francisco GomesDeputado Victor Mendes

Deputado Domingos Paz (Sec. de Estado)

LíderDeputado Marcelo Tavares

Vice-LíderesDeputado Afonso ManoelDeputado Arnaldo MeloDeputado Valdinar Barros

Vice-LíderesDeputado Rigo TelesDeputado Rubens Pereira JúniorDeputado Marcos Caldas

21. Deputado (PSC) Penaldon Jorge

1. (DEM)Deputado Antônio Pereira

16. (PT do B)Deputado Marcos Caldas

6. Deputado Carlos Braide (PDT)

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA2

I - Comissão de Constituição, Justiça e Redação FinalTitulares

Deputado Arnaldo Melo - VICE-PRESIDENTE

Deputado Carlos Alberto MilhomemDeputado Victor Mendes

Deputado Edivaldo Holanda - PRESIDENTESuplentes

Deputado Camilo FigueiredoDeputado Penaldon JorgeDeputada Helena Barros HeluyDeputado Antonio PereiraDeputado Joaquim Nagib Haickel

II - Comissão de Orçamento, Finanças e FiscalizaçãoTitulares

Deputado Rigo Teles - PRESIDENTE

Deputado Edivaldo HolandaDeputado Hélio SoaresDeputado Joaquim Nagib Haickel

SuplentesDeputado Pedro VelosoDeputado José LimaDeputado Arnaldo MeloDeputado Raimundo CutrimDeputado Victor Mendes

III - Comissão de Política Agrária, Produção e Desenvolvimento SustentávelTitulares

Deputado Valdinar BarrosDeputado José LimaDeputado Paulo NetoDeputado Francisco Gomes - VICE-PRESIDENTEDeputado Hélio Soares - PRESIDENTE

SuplentesDeputado Pedro Veloso

Deputado Rigo TelesDeputado Raimundo CutrimDeputado Max Barros

Deputado Mauro Jorge

IV - Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e DesportoTitulares

Deputado Paulo Neto

Deputada Eliziane GamaDeputado Fufuca Dantas - VICE-PRESIDENTEDeputada Maura Jorge - PRESIDENTE

SuplentesDeputado Alberto FrancoDeputado Valdinar Barros Deputado Afonso ManoelDeputado Joaquim Nagib HaickelDeputado Francisco Gomes

V - Comissão de Relações do Trabalho e Administração PúblicaTitulares

Deputado Valdinar Barros - VICE-PRESIDENTE

Deputado Alberto Franco - PRESIDENTE

Deputado Mauro JorgeDeputado Victor MendesDeputado João Batista

SuplentesDeputado Penaldon JorgeDeputado Marcos CaldasDeputado Pedro VelosoDeputado Fufuca DantasDeputado Carlos Alberto Milhomem

Titulares

Deputado Cleide Coutinho

Deputado Stênio Rezende - PRESIDENTE

Deputado Arnaldo MeloDeputado Antônio Pereira - VICE-PRESIDENTE

Deputada Maura Jorge

SuplentesDeputado Afonso ManoelDeputado Valdinar BarrosDeputado Alberto FeancoDeputado Victor MendesDeputado Max Barros

VI - Comissão de Saúde

VII - Comissão de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento RegionalTitulares

Deputado Rigo TelesDeputado Penaldon Jorge

Deputado Hélio SoaresDeputado Joaquim Nagib Haickel

SuplentesDeputado Paulo NetoDeputado Alberto FrancoDeputado Stênio RezendeDeputada Maura JorgeDeputado Fufuca Dantas

VIII - Comissão de Defesa do ConsumidorTitulares

Deputado Valdinar Barros

Deputado Alberto FrancoDeputada Graça PazDeputado Fufuca Dantas

Deputado Max Barros - PRESIDENTESuplentes

Deputada Cleide CoutinhoDeputado Mauro JorgeDeputada Eliziane GamaDeputado Ricardo MuradDeputado Antonio Pereira

IX - Comissão de Defesa dos Direitos HumanosTitulares

Deputada Helena Barros Heluy

Deputada Eliziane Gama - PRESIDENTE

Deputado Soliney SilvaDeputado Antonio Pereira

Deputado Max Barros - VICE-PRESIDENTE

SuplentesDeputado Edivaldo HolandaDeputado Marcelo TavaresDeputada Cleide CoutinhoDeputado João BatistaDeputado Francisco Gomes

Reuniões:3.ª Feiras às 08:30hs

Glacimar Fernandes SampaioSecretária

Reuniões:2.ª Feiras às 15:00hs

Regina Maria Marinho de PaulaSecretária

Reuniões:2.ª Feiras às 15:00hs

Valdenise Fernandes DiasSecretária

Reuniões:2.ª Feiras às 15:00 hs

Maria das Dores Pinto MagalhaesSecretária

Reuniões:3.ª Feiras às 08:00hs

Lucimar Ribeiro de MeloSecretária

Reuniões:4.ª Feiras às 08:30hs

Silvia Tereza Nogueira MarquesSecretária

Reuniões:4.ª Feiras às 08:00hs

Elizabeth Lisboa RibeiroSecretária

Reuniões:5.ª Feiras às 08:30hs

Silvana Roberta A. AlmeidaSecretária

Reuniões:5.ª Feiras às 08:30hs

Leilemar Vieira RibeiroSecretária

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 3

X - Comissão de Obras, Serviços Públicos e HabitaçãoTitulares

Deputado Marcos CaldasDeputado Camilo Figueiredo

Deputado Antônio Pereira - PRESIDENTEDeputado Raimundo Cutrim - VICE-PRESIDENTE

Deputado Afonso Manoel

SuplentesDeputado Stênio RezendeDeputado Alberto FrancoDeputado Rigo TelesDeputada Maura JorgeDeputado Victor Mendes

Titulares

Deputado Penaldon Jorge - VICE-PRESIDENTEDeputado Marcos Caldas - PRESIDENTE

Deputada Helena Barros HeluyDeputado João BatistaDeputado Francisco Gomes

SuplentesDeputado Mauro JorgeDeputado Rubens JúniorDeputada Cleide CoutinhoDeputado Antonio PereiraDeputado Ricardo Murad

XI - Comissão de Meio Ambiente, Minas, Energia

XII - Comissão de ÉticaTitulares

Deputado José LimaDeputado Mauro JorgeDeputada Cleide CoutinhoDeputado Carlos Alberto MilhomemDeputado Ricardo Murad

SuplentesDeputada Graça PazDeputado Penaldon JorgeDeputado Arnaldo MeloDeputado Joaquim Nagib HaickelDeputado Raimundo Cutrim

XIII - Comissão de Economia, Indústria, Comércio e TurismoTitulares

Deputado Afonso ManoelDeputado Pedro VelosoDeputado Camilo FigueiredoDeputado Joaquim Nagib HaickelDeputado João Batista

SuplentesDeputado Soliney SilvaDeputado Stênio RezendeDeputado Rigo TelesDeputado Fufuca DantasDeputado Hélio Soares

XIV - Comissão de Legislação ParticipativaTitulares

Deputado Penaldon JorgeDeputado Stênio RezendeDeputado Pedro VelosoDeputado Fufuca Dantas Deputado Carlos Alberto Milhomem

SuplentesDeputado Camilo FigueiredoDeputado Paulo NetoDeputado Rubens Júnior Deputado Victor MendesDeputada Maura Jorge

XV - Comissão de Previdência, Assistência Social e da FamíliaTitulares

Deputado Mauro JorgeDeputada Graça PazDeputado Soliney SilvaDeputado Ricardo MuradDeputado Max Barros

SuplentesDeputado José LimaDeputado Marcos CaldasDeputada Eliziane GamaDeputado João BatistaDeputado Joaquim Nagib Haickel

XVI - Comissão de Segurança Pública e CidadaniaTitulares

Deputado Camilo FigueiredoDeputado Alberto Franco

Deputado Rigo Teles

Deputado Francisco Gomes - PRESIDENTESuplentes

Deputado José LimaDeputado Soliney SilvaDeputado Rubens JúniorDeputado Carlos alberto MilhomemDeputado Ricardo Murad

XVII - Comissão da Infância, Juventude e IdosoTitulares

Deputado Rubens JúniorDeputada Edivaldo HolandaDeputado Paulo NetoDeputado Ricardo MuradDeputado Victor Mendes

SuplentesDeputada Helena Barros HeluyDeputado Valdinar BarrosDeputada Eliziane GamaDeputado Hélio SoaresDeputado João Batista

XVIII - Comissão de Defesa dos Direitos da MulherTitulares

Deputada Eliziane Gama - VICE-PRESIDENTEDeputada Cleide Coutinho

Deputada Helena Barros Heluy - PRESIDENTE

Deputada Maura JorgeDeputado Raimundo Cutrim

SuplentesDeputado Penaldon JorgeDeputada Graça PazDeputado Marcos CaldasDeputado Francisco GomesDeputado Hélio Soares

Reuniões:3.ª Feiras às 08:00 hs

Eunes Maria Borges SantosSecretária

Reuniões:3.ª Feiras às 08:30 hs

Dulcimar Mendonça CutrimSecretária

Reuniões:4.ª Feiras às 14:00 hs

Célia PimentelSecretária

Reuniões:4.ª Feiras às 08:30 hs

Lúcia Maria Oliveira FurtadoSecretária

Reuniões:4.ª Feiras às 08:30 hs

Vera Lúcia Texeira e SousaSecretária

Reuniões:4.ª Feiras às 08:30 hsLeibe Prazeres Barros

Secretária

Reuniões:3.ª Feiras às 08:30 hs

Iranise Lemos de CastroSecretária

Reuniões:4.ª Feiras às 08:30 hs

Maria Helena Bandeira TribuziSecretária

Reuniões:4.ª Feiras às 08:30 hs

Antonia AndradeSecretária

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA4SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 09/12/2008 - 3a FEIRA

GRANDE EXPEDIENTE

1.º ORADOR (A) - 30 MINUTOS

TEMPO DOS BLOCOS PARLAMENTARES

1. BLOCO PARLAMENTAR PROGRESSISTA - BPP - 37 MINUTOS2. BLOCO PARLAMENTAR DE OPOSIÇÃO - BPO - 23 MINUTOS

ORDEM DO DIASESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 09.12.08 – TERÇA-FEIRA

I – PROJETO DE LEI EM DISCUSSÃO E VOTAÇÃO 1º TURNO – TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA

1. PROJETO DE LEI N° 202/2008, DE AUTORIA DO DE-PUTADO JOSÉ LIMA, QUE DENOMINA DE PROFA. MARIAGRACIANA PINTO COSTA (DONA MAROCA), A ESCOLA DEENSIO MÉDIO DO BAIRRO CONJUNTO NOVA VITÓRIA, NASEDE MUNICIPAL DE VITÓRIA DO MEARIM. COM PARE-CER FAVORÁVEL OFERECIDO PELA COMISSÃO DE CONSTI-TUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO FINAL. – RELATOR DEPU-TADO RUBENS PEREIRA JÚNIOR.

II – PROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVAEM DISCUSSÃO E VOTAÇÃO

1º TURNO – TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA

1. PROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA Nº 037/2008, DE AUTORIA DO DEPUTADO JOSÉ LIMA, QUE CONCE-DE TÍTULO DE CIDADÃ MARANHNESE À PROFESSORADOUTORA MARIA VITÓRIA BOUÇAS BAHIA SILVA. COMPARECER FAVORÁVEL OFERECIDO PELA COMISSÃO DECONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO FINAL. – RELATORDEPUTADO RUBENS PEREIRA JÚNIOR.

III - REQUERIMENTOS À DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO

1. REQUERIMENTO Nº 342/2008, DE AUTORIA DO DE-PUTADO EDIVALDO HOLANDA, QUE REQUER DEPOIS DEOUVIDO O PLENÁRIO, SEJA DISCUTIDO E VOTADO EM RE-GIME DE URGÊNCIA, EM UMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,A SER REALIZADA LOGO APÓS A PRESENTE SESSÃO, O PRO-JETO DE LEI Nº 214/2008, DE AUTORIA DO PODER EXECUTI-VO, QUE CRIA O PROGRAMA DE IMPLANTAÇÃO E DESEN-VOLVIMENTO DE CENTROS EXPERIMENTAIS DE ENSINOMÉDIO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

2. REQUERIMENTO Nº 343/2008, DE AUTORIA DO DE-PUTADO NONATO ARAGÃO, QUE REQUER APÓS APROVA-ÇÃO DO PLENÁRIO, SEJAM DISPENSADOS DOS TRÂMITESREGIMENTAIS, PARA DISCUSSÃO E VOTAÇÃO EM REGIMEDE URGÊNCIA, EM UMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA, A RE-ALIZAR-SE LOGO APÓS A PRESENTE SESSÃO, O PROJETODE RESOLUÇÃO LEGISALTIVA Nº 029/2008, DE SUA AUTO-RIA, QUE DISPÕE SOBRE A INSCRIÇÃO A SER IMPOSTA NASALA DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA,TECNOLOGIA, CULTURA E DESPORTO NA NOVA SEDE DAASSEMBLÉIA LEGISLATIVA.

3. REQUERIMENTO Nº 344/2008, DE AUTORIA DO DE-PUTADO FRANCISCO GOMES, QUE REQUER DEPOIS DEOUVIDO O PLENÁRIO, SEJA CONSTITUIDA UMA COMISSÃOESPECIAL, COMPOSTA POR 05(CINCO) MEMBROS TITULA-RES E 05(CINCO) SUPLENTES, PARA EFETUAR UMA VISITAAO CENTRO DE DETENÇÃO PROVISÓRIA DE PEDRINHAS,

PARA APURAR DENÚNCIAS DE VIOLÊNCIA FÍSICA E CONS-TRANGIMENTO DE TODA ORDEM AOS PRESOS.

4. REQUERIMENTO Nº 345/2008, DE AUTORIA DO DE-PUTADO EDIVALDO HOLANDA, QUE REQUER QUE DEPOISDE OUVIDO O PLENÁRIO, SEJA CONSIGNADO NOS ANAISDESTA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA UM VOTO DE PROFUN-DO PESAR PELO FALECIMENTO DO ADVOGADO DOUTORJOSÉ JÁMENES CALADO, OCORRIDO ONTEM, DIA 03 DEDEZEMBRO. REQUEIRO AINDA, QUE SEJA ENCAMINHADAMENSAGEM DE CONDOLÊNCIA A SUA ESPOSA E DEMAISFAMILIARES.

5. REQUERIMENTO Nº 346/2008, DE AUTORIA DO DE-PUTADO VICTOR MENDES, QUE REQUER QUE DEPOIS DEOUVIDO O PLENÁRIO, SEJA ENCAMINHADA MENSAGEMDE CONDOLÊNCIAS À FAMÍLIA DO ADVOGADO E JORNA-LISTA JOSÉ JÁMENES CALADO, FALECIDO NO DIA 03 DEDEZEMBRO DO CORRENTE ANO.

IV - REQUERIMENTOS A DELIBERAÇÃO DA MESA

1. REQUERIMENTO Nº 340/2008, DE AUTORIA DO DE-PUTADO STÊNIO REZENDE, QUE REQUER DEPOIS DE OU-VIDA A MESA, SEJA FEITA A INSERÇÃO NOS ANAIS DA CASA,DO ARTIGO “100 ANOS DE VITORINO FREIRE”, DE AUTORIADO JORNALISTA E MEMBRO DA ACADEMIA MARANHENSEDE LETRAS, BENEDITO BUZAR, PUBLICADO NO JORNAL OESTADO DO MARANHÃO, NO DIA 30 DE NOVEMBRO DE2008. TRANSFERIDA A DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA SES-SÃO ORDINÁRIA ANTERIOR EM VIRTUDE DA AUSÊNCIA DOAUTOR EM PLENÁRIO.

PAUTA DE PROPOSTAS PARA RECEBIMENTO DE EMENDAS:DATA: 09/12/2008 – 3ª FEIRA:

ORDINÁRIA 1ª SESSÃO:1. PROJETO DE LEI Nº 221/08, de autoria da Senhora De-

putada Eliziane Gama, que autoriza o Poder Executivo a criar o Pro-grama “Amor de Família”, institui o auxílio-adoção e dá outras provi-dências.

2. PROJETO DE LEI Nº 222/08, de autoria da Senhora De-putada Eliziane Gama, que autoriza o Poder Executivo a instituir oDepartamento Estadual de Combate ao Abuso e à Exploração SexualInfanto-Juvenil.

3. PROJETO DE LEI Nº223/08, de autoria da Senhora De-putada Eliziane Gama, que dispõe sobre a obrigatoriedade do PoderExecutivo Estadual não repassar verbas para o financiamento de açõesculturais aos municípios que não possuam um Sistema Municipal deCultura.

4. PROJETO DE LEI Nº224/08, de autoria da Senhora Depu-tada Eliziane Gama, que dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino dadisciplina Direitos Humanos em todos os cursos internos das PolíciasMilitar e Civil do Estado do Maranhão, e de prova da mesma matériaem todos os concursos de admissão de candidatos na Secretaria deSegurança Cidadã.

5. PROJETO DE LEI Nº 225/08, de autoria da Senhora De-putada Eliziane Gama, que dispõe sobre a veiculação de propagandanos meios de comunicação no Estado do Maranhão e dá outras provi-dências.

6. PROJETO DE LEI Nº 226/08, de autoria da Senhora De-putada Eliziane Gama, que proibe o uso da expressão “boa aparênciaou similar em anúncios de recrutamento de pessoal”.

7. PROJETO DE LEI Nº 227/08, de autoria da Senhora De-putada Eliziane Gama, que dispõe sobre a exigência de prévio serviçode saneamento nos logradouros a serem asfaltados com recursos esta-duais.

8. PROJETO DE LEI Nº 228/08, de autoria da Senhora De-putada Eliziane Gama, que dispõe sobre a adaptação de sistema de

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 5telecomunicações e de informática para operação por deficientes visu-ais.

9. PROJETO DE LEI Nº 229/08, de autoria da Senhora De-putada Eliziane Gama, que institui a Semana Estadual dos DireitosHumanos, na rede de ensino público e privado.

10. PROJETO DE LEI Nº 230/08, de autoria da SenhoraDeputada Eliziane Gama, que dispõe sobre a relação do Estado doMaranhão com paises que mantenham política oficial de discriminaçãoe segregação racial.

11. PROJETO DE LEI Nº231/08, de autoria da Senhora De-putada Eliziane Gama, que reconhece a responsabilidade do Estado doMaranhão por danos físicos e psicológicos causados a pessoas detidaspor motivos políticos e estabelece normas para que sejam indeniza-dos.

12. PROJETO DE LEI Nº 232/08, de autoria da SenhoraDeputada Eliziane Gama, que dispõe sobre medidas a serem adotadasem caso de evasão escolar ou reiteração de faltas injustificadas decriança ou adolescente a estabelecimento de ensino.

13. PROJETO DE LEI Nº 233/08, de autoria da senhoraDeputada Eliziane Gama, que torna obrigatório às Empresas, Lojas eDepartamento, Shoppings e grandes Magazines, a reserva de percentualdestinada à contratação de pessoas com idade acima de cinquenta anos.

14. PROJETO DE LEI Nº 234/08, de autoria do SenhorDeputadoRaimundo Cutrim, que considera de Utilidade Pública, oGrêmio Recretativo Escola de Samba Mocidade Independente da Ilha– GRESMI, com sede e foro em São Luis-MA.

15. PROJETO DE LEI Nº 235/08, de autoria do SenhorDeputado Paulo Neto, que considera de Utilidade Pública, a Federaçãode Ligas Departamentos e Clubes de Futebol Amador, com sede e foroem São Luis-MA.

ORDINÁRIA 3ª SESSÃO:1. PROJETO DE LEI Nº 213/08, de autoria da Mesa Direto-

ra, que altera e acrescenta dispositivos da Lei nº 8.838, de 11 de julhode 2008, e dá outras providências.

2. PROJETO DE LEI Nº 220/08, de autoria do Senhor Depu-tado César Pires, que considera de Utilidade Pública, o Instituto deApoio a Juventude e a Cidadania, com sede e foro em Codó-MA.

3. PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 011/08, deautoria do Senhor Deputado José Lima, que altera dispositivos da LeiComplementar nº 038, de 12.01.1998, com redação dada pela Lei Com-plementar nº 069, de 23.12.2003, para incluir os municípios de SantaRita, Humberto de Campos, Primeira Cruz e os demais da Região doMunin, Rosário, Presidente Juscelino, Cachoeira Grande, Axixá, Mor-ros e Icatú na Região Metropolitana da Grande São Luis.

ORDINÁRIA 4ª E ÚLTIMA SESSÃO:1. PROJETO DE LEI Nº 218/08, de autoria do Senhor Depu-

tado Mauro Jorge, que institui a política estadual de incentivo à pro-dução e ao consumo de mandioca e seus derivados e dá outras provi-dências.

SECRETARIA GERAL DA MESA DO PALÁCIO MANOELBEQUIMÃO, em 04.12.2008.

Sessão Ordinária da Segunda Sessão Legislativa da Dé-cima Sexta Legislatura da Assembléia Legislativa do Estado doMaranhão, realizada em quatro de dezembro dois mil e oito.

Presidente, em exercício, Senhor Deputado Pavão Filho.Primeiro Secretário, em exercício, Senhor Deputado Joaquim

Nagib Haickel.Segundo Secretário, em exercício, Senhor Deputado Nonato

Aragão.

Às nove horas e trinta minutos, presentes os Senhores Depu-tados: Afonso Manoel, Alberto Franco, Arnaldo Melo, CamiloFigueiredo, Edivaldo Holanda, Eliziane Gama, Fátima Vieira, Francis-co Gomes, Fufuca Dantas, Graça Paz, Helena Barros Heluy, Hélio

Soares, Joaquim Nagib Haickel, José Lima, Jura Filho, Max Barros,Nonato Aragão, Pavão Filho, Penaldon Jorge, Ricardo Murad, RigoTeles, Rubens Pereira Júnior e Valdinar Barros. Ausentes: AntônioCarlos Bacelar, Antônio Pereira, Carlos Alberto Milhomem, CarlosBraide, Carlos Filho, César Pires, Cleide Coutinho, Graciete Lisboa,João Batista, João Evangelista, Marcelo Tavares, Marcos Caldas,Maura Jorge, Mauro Jorge, Paulo Neto, Raimundo Cutrim, SolineySilva, Stênio Rezende e Victor Mendes.

I – ABERTURA.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO - Em nome do povo e invocando a proteção de Deus,iniciamos os nossos trabalhos.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO - Com a palavra, o Senhor Segundo Secretário parafazer a leitura do texto bíblico e do resumo da Ata da sessão anterior.

O SENHOR SEGUNDO SECRETÁRIO EM EXERCÍCIODEPUTADO NONATO ARAGÃO (lê texto bíblico e Ata) - Ata lida,Senhor Presidente. Passarei a ler agora a mensagem bíblica.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO - Ata lida e considerada aprovada.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO - Concedo a palavra ao Senhor Primeiro Secretáriopara fazer a leitura do Expediente.

O SENHOR PRIMEIRO SECRETÁRIO EM EXERCÍCIODEPUTADO JOAQUIM HAICKEL - (lê Expediente).

II – EXPEDIENTE.

PROJETO DE LEI Nº 221 / 08

“Autoriza o Poder Executivo a criar o Programa

“Amor de Família”, institui o “auxílio-adoção” e

dá outras providências.”

Art. 1º - O Poder Executivo fica autorizado a criar o Programa“AMOR DE FAMÍLIA”.

Art. 2º - Para execução do Programa, fica instituído o auxílio-adoção.

§ 1º - Será beneficiário do auxílio-adoção todo servidor públicoestadual, civil ou militar que acolher, a partir da regulamentação destalei, criança ou adolescente que tenha entre 5 (cinco) e 12 (doze) anosincompletos, egresso de entidade de atendimento a menores.

§ 2º - Para o servidor fazer jus ao auxílio, o acolhimento previs-to no parágrafo anterior, seja a guarda ou a adoção, deverá se darobrigatoriamente através do Juizado da Infância e da Juventude, nostermos da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança edo Adolescente).

§ 3º - É igualmente obrigatório o acompanhamento da convi-vência do acolhido com a família substituta.

Art. 3º - O auxílio-adoção será concedido mensalmente, novalor de 1 (um) salário mínimo por criança acolhida.

Art. 4º - O auxílio-adoção perdurará até que a criança ou ado-lescente complete 18 (dezoito) anos.

Art. 5º - O servidor deverá comprovar:I - vínculo funcional com a administração pública estadual

direta ou indireta;II - regularidade do acolhimento, apresentando documentação

da situação jurídica da criança ou adolescente acolhido, expedida porJuizado da Infância e da Juventude do Estado do Maranhã.

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA6Art. 6º - O auxílio-adoção será concedido por apenas uma

criança ou adolescente a cada beneficiário, salvo no caso de guarda,tutela ou adoção de irmãos.

Art. 7º - Consideram-se, para fins desta lei:I - entidade de atendimento: Pessoa jurídica sediada no Estado

que atue em programas de proteção à criança ou adolescente em regimede abrigo, na forma do art. 90, inciso IV, da Lei nº 8.069 (Estatuto daCriança e do Adolescente);

II - Família substituta: Pessoa ou casal constituído em unidadefamiliar pelos estatutos jurídicos de guarda, tutela ou adoção, assu-mindo os direitos e os deveres perante a criança ou adolescente naforma da lei nº 8.069.

Art. 8º - O auxílio-adoção poderá ser concedido em duas hipó-teses:

I - provisoriamente: quando o beneficiário obtiver a guarda dacriança ou adolescente;

II - liminarmente ou incidentalmente: por ato de autoridadejudiciária.

Art. 9º - O auxílio-adoção, no caso de colocação em famíliasubstituta na modalidade de guarda, deverá ser revisto a cada 2 (dois)anos, para verificação das condições que lhe deram origem.

Art. 10 - O auxílio-adoção será suspenso:I - na ocorrência de maus-tratos, negligência, abandono, explo-

ração, abuso sexual ou qualquer outro crime praticado por membro dafamília substituta contra qualquer criança ou adolescente;

II - em caso de alcoolismo ou uso de substâncias entorpecen-tes pelo beneficiário do auxílio-adoção.

Art. 11 - O pagamento do auxílio será cancelado nas seguinteshipóteses:

I - revogação ou modificação da decisão de guarda que destituao guardião;

II - transferência da criança ou adolescente a terceiros ou suareposição pela família substituta ao regime de abrigo em entidade deatendimento;

III - falecimento da criança ou adolescente acolhido.Art. 12 - No caso de falecimento do beneficiário do auxílio-

adoção, ele poderá ser pago pelo Estado provisoriamente à pessoafísica que passar a responder pela criança ou adolescente, desde quepromova a regularização judicial da guarda, tutela ou adoção no prazode 30 (trinta) dias.

Art. 13 - As despesas decorrentes desta lei correrão à contadas dotações orçamentárias próprias, ficando o Poder Executivo auto-rizado a abrir os créditos suplementares que se fizerem necessários.

Art. 14 - O Poder Executivo regulamentará a presente lei noprazo de 90 (noventa) dias, a contar da sua publicação.

Art. 15 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.Art. 16 - Revogam-se as disposições em contrário.PLENÁRIO DEPUTADO GERVÁSIO SANTOS, DO PA-

LÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 27 de novembro de 2008. -ELIZIANE GAMA - DEPUTADA ESTADUAL -

JUSTIFICATIVA

O projeto de lei, baseado em iniciativa de autoria do DeputadoAntonio Cavalheri – ES, que ora estamos trazendo a esta nobre Casade Leis, tem grande alcance social, na medida em que vem contribuirdiretamente para o enfrentamento do grave problema do menor aban-donado em nosso Estado, pois vai atuar de imediato em três frentesenvolvidas com a questão:

a) redução do número de crianças e adolescentes abandonados,contribuindo não só para retirar muitos deles das ruas, como tambémpara reduzir o esforço das entidades que se dedicam a abrigá-los, que,por sua vez, poderão se dedicar mais a aperfeiçoar o atendimento queoferecem.

b) participação direta da população nos projetos de recupera-ção de menores, pois poderão recebê-los em suas casas com garantiasde Lei (inclusive a que surgir deste projeto), enquanto os adotados,

por sua vez, recebendo status equivalente ao de filhos, serão estimula-dos naturalmente, a participar mais efetivamente e a contribuir paraque a nova relação dê certo.

c) racionalização da aplicação das verbas de qualquer naturezadestinadas aos programas de recuperação de menores e, conseqüente-mente, desestímulo à corrupção, porque, além da aplicação das verbasde forma específica, sob o título de “auxílio-adoção”, o exercício dapresente proposta irá colocá-las nas mãos de famílias realmente inte-ressadas em colaborar com a solução do problema do menor e que, poroutro lado, certamente se empenharão ao máximo para mostrar resul-tados, ainda, que forem apenas para continuar recebendo as parcelasdo auxílio.

Como se vê, estará sendo criado um mecanismo auto-regula-dor, que, nos tempos de crise que nosso país vive, são sempre bem-vindos, porque, além de garantir maior eficiência na execução dos ob-jetivos de relevantes programas sociais, não dará margem à ação dosmaus administradores do dinheiro público e implicará em menos gas-tos com mecanismos de controle deste tipo de desvio.

Com estes argumentos, estamos certos de que nossos pares noPlenário da Assembléia Legislativa ficarão convencidos do alto alcancesocial do nosso projeto e de sua capacidade de se auto-regular, nãotendo dúvida em aprová-lo, no que estarão prestando um grande servi-ço a nosso Estado no combate a um de seus maiores problemas sociais.

PROJETO DE LEI Nº 222 / 08

“Autoriza o Poder Executivo a instituir o Depar-

tamento Estadual de Combate ao Abuso e à Explo-

ração Sexual Infanto-Juvenil.”

Art. 1º - Fica o Poder Executivo Estadual autorizado a criar, noâmbito da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social - SEDES, o“Departamento Estadual de Combate ao Abuso e à Exploração SexualInfanto-Juvenil”.

Art. 2º - Tal Departamento terá a função precípua de propor-cionar políticas de acompanhamento integral às crianças e adolescen-tes vítimas do abuso e da exploração sexual, através de práticas peda-gógicas, educativas e profissionalizantes.

Art. 3º - Para compor a estrutura diretiva do DepartamentoEstadual de Combate ao Abuso e à Exploração Infanto-juvenil serãoescolhidos 08 (oito) profissionais das áreas de Assistência Social, Psi-cologia e direito, escolhidos a partir da indicação dos órgãos da socie-dade civil que trabalham diretamente com o público-alvo.

Parágrafo primeiro - O Departamento Estadual de Combate aoAbuso e à Exploração Infanto-juvenil será constituído pelos seguintesmembros:

I - Um representante da Secretaria de Estado de Desenvolvi-mento Social;

II - Um representante da Secretaria de Estado da Mulher;III – Um representante da Secretaria de Estado de Segurança

Cidadã;IV - Um representante da Comissão de Direitos Humanos da

Assembléia Legislativa do Maranhão;V - Um representante do Conselho Estadual dos Direitos da

Criança e do Adolescente;VI - Um representante da Promotoria da infância e da Juventu-

de;VII - Um representante da Ordem dos Advogados do Brasil;VIII - Um representante do Conselho Tutelar.Parágrafo segundo - Os representantes do Departamento Es-

tadual de Combate ao Abuso e à Exploração Infanto-juvenil poderãorequisitar funcionários públicos estaduais para assessorá-los eacompanhá-los na medida do que for necessário.

Parágrafo terceiro - O Departamento Estadual de Combate aoAbuso e à Exploração Infanto-juvenil realizará fiscalizações sistemáti-cas do locais e estabelecimentos em que possam ser encontradas crian-ças e adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual.

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 7Art. 4º - Os estabelecimentos onde forem encontrados meno-

res sujeitando-se a abuso ou exploração sexual sofrerão multa de R$1.000 UFIR‘s, sem prejuízo das demais penalidades previstas na Le-gislação Federal.

Art. 5º - As atividades preventivas e de combate ao abuso e àexploração sexual desenvolvidas pelo Departamento Estadual, institu-ído por esta Lei serão financiadas pelos recursos destinados a SEDES– Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, bem como, aquelesoriundos de convênios com entidades públicas e privadas.

Art. 6º - Ao Poder Público Estadual competirá ainda adotar asprovidências cabíveis e necessárias no que diz respeito à publicaçãodo que está disposto em Lei.

Art. 7º - O Departamento Estadual de Combate ao Abuso e àExploração Infanto-juvenil terá uma linha telefônica específica a fimde receber denúncias de abuso e exploração sexual, contra crianças eadolescentes, que serão prontamente atendidas, resguardando o sigilototal do(a) denunciante.

Art. 8º - O Poder Executivo, no prazo de 60 (sessenta dias),contados da publicação desta Lei, regulamentará e instalará o Departa-mento Estadual de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infanto-juvenil, cujos membros terão como responsabilidade imediata a elabo-ração de um Programa de prevenção e combate aos males a que omesmo pretende atacar.

Art. 9º - Revogadas as disposições em contrário.Art. 10 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.PLENÁRIO DEPUTADO GERVÁSIO SANTOS, DO PA-

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Justificativa

O presente Projeto de Lei, inspirado na iniciativa da DeputadaFrancisca Trindade – PI, tem por objetivo autorizar o Poder Execu-tivo do Estado do Maranhão a criar um Departamento Estadual deCombate ao Abuso e à Exploração Infanto-juvenil a fim de melhoroperacionalizar as ações e programas que tratem deste tema. Comosabido, está vetado ao Poder Legislativo Estadual, por força do artigo43 da Carta Constitucional Estadual, legislar sobre “criação de car-gos...” e “organização administrativa ...”; contudo a presente autoriza-ção servirá para Agilizar o processo de criação deste Departamento decombate ao abuso sexual infanto-juvenil, assim como alertará o PoderExecutivo para a premente necessidade de se enfrentar o problema daprostituição infantil de forma mais direta e prioritária.

PROJETO DE LEI Nº 223 / 08

“Dispõe sobre a obrigatoriedade do Poder Execu-

tivo Estadual não repassar verbas para o financi-

amento de ações culturais aos municípios que não

possuam um Sistema Municipal de Cultura”

Art. 1º - Fica o Governo do Estado do Maranhão proibido de repassarqualquer tipo de recurso financeiro ou material aos municípios, ou aassociações com sede nestes, que não possuam um Sistema Municipalde Cultura, assim estruturado:

I – Fundo Municipal de Cultura;II – Conselho Municipal de Cultura, implantado e em funcio-

namento;III – Órgão executivo de Cultura, a nível de secretaria ou similiar;IV – Plano Municipal de Cultura, aprovado pelo Conselho

Municipal;§ 1º As ações financiadas por verba estadual devem estar em

consonância com o Plano Municipal de Cultura do município pleitean-te.

Art. 2º - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei,dentro de 30 (trinta) dias.

Art. 3º - Esta lei entrará em vigor na data da sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

PLENÁRIO DEPUTADO GERVÁSIO SANTOS, DO PA-LÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 27 de novembro de 2008. -ELIZIANE GAMA - DEPUTADA ESTADUAL -www.elizianegama.com.br

PROJETO DE LEI Nº 224 / 08

“Dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino da

disciplina “Direitos Humanos” em todos os cur-

sos internos das Polícias Militar e Civil do Estado

do Maranhão, e de prova da mesma matéria em

todos os concursos de admissão de candidatos na

Secretarias de Segurança Cidadã.”

Art. 1º - A disciplina “Direitos Humanos”, torna-se matériaCurricular obrigatória, em todos os Concursos de Admissão de novosfuncionários, na Secretaria de Segurança Cidadã.

Art. 2º - A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros Militar, e aPolícia Civil do Estado do Maranhão, deverão inserir a disciplina “Di-reitos Humanos”, em todos os seus concursos de admissão, bem comonos seus cursos internos de formação, e aperfeiçoamento de praças,oficiais, delegados, agentes, investigadores e outros.

Art. 3º - O respeito e a prática aos direitos individuais docidadão passarão a ser anotados nos Boletins Pessoais Curriculares,dos servidores civis e militares, subordinados à Secretaria mencionadano Artigo 1º, e serão fundamentais e prioritários nos processos admi-nistrativos de acessos, promoções de cargos, funções e patentes, oudemissões e expulsões motivadas.

Art. 4º - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei,dentro de 60 (sessenta) dias.

Art. 5º - Esta lei entrará em vigor na data da sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

PLENÁRIO DEPUTADO GERVÁSIO SANTOS, DO PA-LÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 27 de novembro de 2008. -ELIZIANE GAMA - DEPUTADA ESTADUAL -www.elizianegama.com.br

PROJETO DE LEI Nº 225 / 08

“Dispõe sobre a veiculação de propaganda nos

meios de comunicação no Estado do Maranhão e

dá outras providências.”

Art. 1º - As propagandas veiculadas nos meios de comunica-ção do Estado do Maranhão obedecerão ao critério deproporcionalidade de representação étnica da população brasileira,sempre que se fizer necessária a presença do elemento humano.

Parágrafo único - Quando apenas um indivíduo figurar na pro-paganda, esta deverá empregar, alternativamente, pessoas de etniasdistintas, obedecida a devida proporção.

Art. 2º - A proporcionalidade étnica obedecerá à última pes-quisa censitária divulgada pelo IBGE, realizada no território do Estadodo Maranhão.

Art. 3º - Nenhum grupo étnico, ou membro desse grupo, seráapresentado de forma depreciativa ou terá aspectos peculiares explo-rados de modo a reforçar preconceitos, atitudes de rejeição ou antipa-tia.

Art. 4º - O Poder Executivo criará mecanismos para coibir odescumprimento desta Lei, definindo multas a serem aplicadas e oórgão responsável pela fiscalização e punição dos infratores.

Parágrafo único - A arrecadação proveniente da aplicação demultas reverterá para a Secretaria de Estado da Igualdade Racial, ouórgão estadual congênere.

Art. 5º - O Poder Executivo terá um prazo de 30 (trinta) diaspara regulamentar esta Lei, a contar da sua publicação.

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA8Art. 6º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário.PLENÁRIO DEPUTADO GERVÁSIO SANTOS, DO PA-

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Justificativa

Apresento este projeto, com base em projeto de lei semelhan-te apresentado pelo Exmo. Deputado Marcelo Dias – RJ, com afinalidade de proporcionar a abertura deste mercado de trabalho espe-cífico, dominado quase que, exclusivamente, pelos membros da raçabranca, a outros profissionais de etnias variadas.

É muito comum se ver nas propagandas veiculadas pelos mei-os de comunicação a quase onipresença do elemento branco. As popu-lações que historicamente sempre foram dominadas não têm espaço equando muito são utilizadas com estereótipos raciais que servem paraenraizar os preconceitos já existentes.

A proporcionalidade étnico/racial tem que ser garantido comoexpressão da própria formação do povo ao qual pertencemos, ajudan-do a quebrar os preconceitos e desenvolvendo a auto-estima dos ou-tros grupos étnicos.

Este projeto vem contribuir para minimizar os problemas pro-vocados pela questão racial brasileira.

PROJETO DE LEI Nº 226 / 08

“Proíbe o uso da expressão “boa aparência” ou

similar em anúncios de recrutamento de pessoal.”

Art. 1º - Fica proibido o uso da expressão “boa aparência” ousimilar em anúncios de recrutamento de pessoal.

Parágrafo único - O disposto no caput aplica-se às empresaspúblicas, às sociedades de economia mista, às empresas privadas, àsfirmas individuais, às entidades beneficentes, às fundações e às pesso-as físicas instaladas ou domiciliadas no Estado do Maranhão, quedeterminem a publicação de anúncios de recrutamento de pessoal.

Art. 2º - É obrigatório constar dos anúncios referidos no artigoanterior o número de vagas e as qualificações exigidas para cada cargoou função.

Art. 3º - A não observância do disposto nesta Lei importará aaplicação de multa ao infrator, cobrada em dobro em caso de reincidên-cia.

Art. 4º - O poder Executivo determinará o valor da multa e oórgão fiscalizador competente.

Art 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 6º - Revogam-se as disposições em contrário.PLENÁRIO DEPUTADO GERVÁSIO SANTOS, DO PA-

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PROJETO DE LEI Nº 227 / 08

“Dispõe sobre a exigência de prévio serviço de

saneamento nos logradouros a serem asfaltados

com recursos estaduais”

Art. 1º - Fica o Governo do Estado do Maranhão proibido derepassar qualquer tipo de recurso financeiro, ou executar diretamentea obra, para cobertura asfáltica ou recapeamento asfáltico noslogradouros urbanos que previamente não possuam sistema de sanea-mento básico.

§ 1º As despesas com o sistema de saneamento a ser implan-tado ou recuperado poderão ser arcadas pelo Governo do Maranhãoou pelo Município benficiado.

Art. 2º - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei,dentro de 30 (trinta) dias.

Art. 3º - Esta lei entrará em vigor na data da sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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PROJETO DE LEI Nº 228 / 08

“Dispõe sobre a adaptação de sistemas de teleco-

municações e de informática para operação por

deficientes visuais.”

Art. 1º - A Administração Pública direta, indireta ou fundacionalde qualquer dos Poderes do Estado do Maranhão, observada a legisla-ção, promoverá a adaptação de seus sistemas de telecomunicações e deinformática para serem operados por pessoas portadoras de deficiên-cia visual.

Art. 2º - As despesas com as adaptações dos equipamentoscorrem à conta do orçamento de cada um dos Poderes estaduais.

Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.PLENÁRIO DEPUTADO GERVÁSIO SANTOS, DO PA-

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PROJETO DE LEI Nº 229 / 08

“Institui a Semana Estadual dos Direitos Huma-

nos, na rede de ensino público e privado.”

Art. 1º - Fica instituída a Semana Estadual dos Direitos Huma-nos a ser realizada anualmente nos estabelecimentos do sistema Esta-dual de Ensino do Maranhão.

Parágrafo primeiro - O período de realização da Semana Esta-dual dos Direitos Humanos será aquele que contenha o dia 22 demarço.

Parágrafo segundo - Da programação da Semana Estadual dosDireitos Humanos constarão: debates, mostras, exibições artísticas eculturais, tribunais populares e tribunais livres, dentre outros eventos.

Parágrafo terceiro - A programação, de que trata o parágrafoanterior, deverá, obrigatoriamente, contemplar as múltiplas opiniões arespeito do tema em questão.

Parágrafo quarto - A Secretaria Estadual de Educação ficaráresponsável pela organização da Semana Estadual dos Direitos Huma-nos, devendo programá-la em conjunto com a Comissão de DireitosHumanos da Assembléia Legislativa do Maranhão e com o órgão esta-dual responsável pela implementação de políticas publicas para o se-tor.

Parágrafo quinto - Para a organização da Semana Estadual dosDireitos Humanos as instituições envolvidas deverão buscar ainda acolaboração das entidades de Direitos Humanos, Ordem dos Advoga-dos do Brasil, Universidade Federal do Maranhão, Universidade Esta-dual do Maranhão e outras faculdades de ensino, bem como dos de-mais Poderes Constituídos e os colegiados de cada Unidade de Ensino,estimulando a participação da comunidade geral.

Art. 2º - Esta lei entrará em vigor na data da sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 9PROJETO DE LEI Nº 230 / 08

“Dispõe sobre a relação do Estado do Maranhão

com países que mantenham política oficial de dis-

criminação e segregação racial.”

Art. 1º - O Estado do Maranhão não poderá praticar os se-guintes atos com países que mantiverem política oficial de discrimina-ção e segregação racial:

I - manter intercâmbio cultural ou desportivo, através de dele-gações oficiais;

II - oferecer comendas, medalhas e símbolos oficiais do Estadoa autoridades ou personalidades que apoiarem esta política.

Art. 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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PROJETO DE LEI 231/2008

“Reconhece a responsabilidade do Estado do

Maranhão por danos físicos e psicológicos causa-

dos a pessoas detidas por motivos políticos e esta-

belece normas para que sejam indenizados.”

Art. 1º O Estado do Maranhão, indenizará, nos termos destaLei, as pessoas que, presas ou detidas; legal ou ilegalmente, por moti-vos políticos entre março de 1964 a dezembro de 1980, que tenhamsofrido sevicias ou maus tratos, que acarretaram danos físicos ou psi-cológicos, quando se encontravam sob a guarda e responsabilidade ousob poder de coação de órgãos ou agentes públicos estaduais ou te-nham sofrido perdas e danos materiais, em razão de terem cerceadosdireitos inerentes ao exercício profissional, por motivos políticos noperíodo mencionado neste artigo.

§ 1º Não terá direito a indenização a pessoa que já tiver obtidojudicialmente, em ação movida conta o Estado do Maranhão, ou queesteja acionando com este fim, ressalvada neste último caso, a hipóte-se de desistência da ação antes do encaminhamento do pedido de quetrata o art. 3º.

§ 2º - O pagamento de eventual indenização pela União Fede-ral fundada em iguais motivos, não inibe o recebimento da que ora seestabelece.

Art. 2º - Os pedidos de indenização fundados nesta Lei deve-rão ser encaminhados à Comissão Especial, a ser criada pelo Governodo Maranhão em até 60 (sessenta) dias, pelas próprias pessoas a quemse refere o artigo 1º e, em caso de morte, por seus descendentes, ascen-dentes ou cônjuges, na mesma ordem prevista na Lei civil, instruídoscom as informações e documentos necessários à análise do caso, até180 (cento e oitenta) dias após sua instalação.

Art. 3º - O montante da indenização prevista nesta Lei nãoserá superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), nem inferior a R$5.000,00 (cinco mil reais), devendo sua fixação levar em conta a exten-são e gravidade das seqüelas apresentadas pelo ex-preso ou detido,considerando:

I - Existência de danos físicos ou psicológicos;II - existência de nexo de casualidade com a detenção referida

no artigo 1º.Parágrafo único - Para a fixação do quantum da indenização a

Comissão, sempre que necessário, determinará a realização de perícia.Art. 4º - A indenização que a Comissão Especial entender

devida, nos temos desta Lei, será concedia por Decreto do Governadordo Estado.

Art. 5º - O pagamento da indenização concedida será feitosomente ao próprio requerente.

Art. 6º - O Estado do Maranhão concederá Pensão Especial,nos termos desta Lei, às pessoas que tenham perdido a sua capacidadelaborativa, por motivos definidos no caput do artigo 1º.

Art. 7º - O valor da Pensão Especial prevista nesta Lei nãoserá inferior ao menor vencimento base pago pela Administração Esta-dual, nem superior ao limite de aposentadoria concedida pelo INSS,devendo sua fixação levar em conta a necessidade de tratamento médi-co do beneficiado, considerando:

I - existência de impossibilidade laborativa;II - existência de nexo de causalidade com a detenção e violên-

cia praticada, na forma do artigo 1º desta Lei.§ 1º A pensão especial que a Comissão entender devida, nos

termos desta Lei, será concedida por Decreto do Governo do Estado.Art. 8º - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no

prazo de 60 (sessenta) dias, contado da sua publicação.Art. 9º - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei corre-

rão à conta de dotações orçamentárias, ficando o Poder Executivoautorizado a proceder a suplementação se necessário.

Art. 10 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 11 - Revogam-se as disposições em contrário.PLENÁRIO DEPUTADO GERVÁSIO SANTOS, DO PA-

LÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 27 de novembro de 2008. -ELIZIANE GAMA - DEPUTADA ESTADUAL -www.elizianegama.com.br

PROJETO DE LEI Nº 232 / 08

“Dispõe sobre medidas a serem adotadas em caso

de evasão escolar ou reiteração de faltas

injustificadas de criança ou adolescente a estabe-

lecimento de ensino.”

Artigo 1º - É dever dos pais ou responsáveis, bem como dosprofessores e dirigentes de estabelecimento de ensino, zelar pelo com-parecimento de criança ou adolescente aos referidos estabelecimentos,de modo a evitar a evasão escolar e a reiteração de faltas injustificadasdo aluno, em conformidade com o que estipulam esta Lei e a legislaçãopertinente, especialmente a Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de1.990, e a Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1.996.

Artigo 2º - O professor da criança ou adolescente comunicaráao dirigente do estabelecimento de ensino a evasão ou a reiteração defaltas injustificadas do aluno quando constatar que sua própria atua-ção tenha se mostrado incapaz de alterar o comportamento deste evislumbrar a possibilidade de comprometimento de aproveitamentodo ensino ministrado.

Parágrafo único - A comunicação do professor deverá ser acom-panhada de relatório escrito, em que fará constar:

1. sua identificação;2. identificação do aluno, com breve relato de sua situação em

relação ao número de faltas, bem como de seu rendimento escolar;3. motivos alegados pelo aluno para a sua evasão ou reiteração

de faltas injustificadas.Artigo 3º - O dirigente do estabelecimento de ensino, tendo

tomado ciência da comunicação do professor e de posse do relatóriopor este elaborado, solicitará aos pais ou responsáveis da criança ouadolescente que compareçam ao estabelecimento no prazo de três dias,a contar da solicitação.

Parágrafo único - O prazo concedido aos pais ou responsáveispoderá ser prorrogado uma vez, por igual período, diante de pedidojustificado destes.

Artigo 4º - Em comparecendo os pais ou responsáveis, o diri-gente do estabelecimento de ensino expor-lhes-á as ocorrências cons-tantes do relatório apresentado pelo professor, indagando-lhes, semprejuízo de outros questionamentos que julgar pertinentes:

I- se a criança ou adolescente demonstrou algum descontenta-mento com algum aspecto do estabelecimento de ensino;. II- se tinhamciência das ocorrências constantes do relatório, bem como dos moti-

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA10vos alegados pela própria criança ou adolescente para sua evasão oureiteração de faltas injustificadas;. III- se a criança ou adolescenteapresenta algum distúrbio ou estado de saúde que impeça ou dificultesua freqüência no estabelecimento de ensino;. IV- se a criança ou ado-lescente exerce alguma atividade, profissional ou não, que impeça oudificulte sua freqüência no estabelecimento de ensino;.

Parágrafo único - Ao término da reunião com os pais ou res-ponsáveis, o dirigente do estabelecimento de ensino elaborará ata emque fará constar tudo o que foi tratado, devendo o referido documentoser subscrito por todos os presentes.

Artigo 5º - Com base nas informações prestadas pelos pais ouresponsáveis, o dirigente do estabelecimento de ensino, no prazo dedois dias, adotará, no âmbito de suas atribuições, as medidas que julgarpertinentes visando à recuperação da criança ou adolescente.

Parágrafo único - As medidas serão adotadas de imediato emcaso de recusa de comparecimento ou do não-comparecimento dospais ou responsáveis no prazo assinalado no art 3º, caput, bem comose os pais ou responsáveis não forem localizados.

Artigo 6º - Caso o dirigente de estabelecimento de ensinoconstate que suas medidas se mostraram ineficazes, comunicará imedi-atamente o fato ao Conselho Tutelar e, na sua falta, à autoridade judi-ciária competente, por intermédio de documento escrito, em que cons-tarão:

I- cópia do relatório formulado pelo professor;. II- cópia daata formulada ao término da reunião com os pais ou responsáveis dacriança ou do adolescente;. III- medidas adotadas para recuperação dacriança ou adolescente, bem como os resultados obtidos;.

Parágrafo único - A comunicação será obrigatória, independen-temente da eficácia das medidas adotadas pelo dirigente do estabeleci-mento de ensino, se ocorrer qualquer uma das hipóteses previstas noparágrafo único do artigo anterior.

Artigo 7º - Caso o Conselho Tutelar, atuando em conformida-de com as atribuições que lhe confere a Lei Federal nº 8069, de 13 dejulho de 1.990, julgue ser necessário encaminhar ao Ministério Públicoe à autoridade judiciária competente notícia ou fato que vislumbreconstituir infração administrativa ou penal contra os direitos da crian-ça ou adolescente, juntará cópia de todos os documentos mencionadosnesta Lei.

Artigo 8º - O professor ou o dirigente de estabelecimento deensino que infringir os dispositivos desta Lei sujeitar-se-á à aplicaçãode multa no valor de 50 a 350 Ufir, dobrando-se o valor no caso dereincidência.

Artigo 9º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.PLENÁRIO DEPUTADO GERVÁSIO SANTOS, DO PA-

LÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 27 de novembro de 2008.-ELIZIANE GAMA - DEPUTADA ESTADUAL -www.elizianegama.com.br

JUSTIFICATIVA

Projeto de Lei com base em proposição semelhante apresenta-do pelo nobre Deputado Edmir Chedid – SP tem por premissa oseguinte dizer: “Sem educação, não se forma um legítimo cidadão.”

Reconhecendo esse postulado, a Constituição Federal dedicouao tema tratamento detalhado, estipulando, em seu artigo 205, que “aeducação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promo-vida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao plenodesenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadaniae sua qualificação para o trabalho”. Entretanto, não se esgota na SeçãoI, do Capítulo III, do Título VIII (Da Ordem Social) a preocupaçãocom a matéria.

Nesse contexto, merece ênfase seu artigo 227, caput, o qualpreceitua que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar àcriança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, àsaúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cul-tura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e

comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Na esteira dessa norma programática, foi promulgada a LeiFederal 8.069, de 13 de julho de 1.990, mais conhecida como Estatutoda Criança e do Adolescente. Esta, com o intuito de dar concretude àsdiretrizes apontadas na Carta Magna, disciplinou, de forma específi-ca, diversos direitos concernentes aos jovens, dentre os quais o direitoà educação.

Assim é que a aludida lei consagra e cristaliza o princípio dacooperação, já trazido na norma constitucional, prevendo o dever dafamília, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público deassegurar a efetivação de direitos atinentes à criança e ao adolescente.

Buscando atingir essa meta, o referido estatuto tratou de temaque aflige a jovem população não apenas de nosso Estado, mas denosso país, ao estatuir o dever de o dirigente de estabelecimento deensino fundamental comunicar ao Conselho Tutelar os casos de reite-ração de faltas injustificadas e de evasão escolar.

Todavia, a disciplina trazida pela 8.069, de 13 de julho de1.990, por si só, não é bastante para solucionar, efetivamente, as dano-sas conseqüências advindas do não-comparecimento do jovem ao esta-belecimento de ensino em que está matriculado.

Restando caracterizada tal lacuna normativa, foi idealizada estaproposição, a qual, em legítimo exercício de competência legislativaconcorrente, visa a fixar medidas cabíveis e aptas a inibirem, de modocélere e, portanto, eficaz, a evasão e a reiteração de faltas injustificadasda criança e do adolescente, ressaltando, para tanto, atitudes que aque-les que estão mais próximos do aluno devem tomar, em face do papeldecisivo e fundamental representado pelo professor e pelo dirigentede estabelecimento de ensino no incentivo à freqüência escolar.

Por tudo que se expôs, contamos com o apoio dos nobrespares desta Casa para a aprovação deste projeto de lei.

PROJETO DE LEI Nº 233 / 08

“Torna obrigatório às Empresas, Lojas e Depar-

tamento, Shoppings e grandes Magazines, a re-

serva de percentual destinada à contratação de

pessoas com idade acima de cinqüenta anos.”

Art. 1º - As Empresas, Lojas e Departamento, Shoppings egrandes Magazines, estabelecidos no Estado do Maranhão, deverão,obrigatoriamente, reservar 10% (dez por cento) das vagas destinadas àcontratação de pessoal, à pessoas com idade acima de cinqüenta anos.

Art. 2º - Caberá ao Poder Executivo, designar o órgão estadualcompetente, para a fiscalização desta lei.

Art. 3º - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazode 90 (noventa) dias.

Art. 4º - Esta lei entrará em vigor na data da sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

PLENÁRIO DEPUTADO GERVÁSIO SANTOS, DO PA-LÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 27 de novembro de 2008. -ELIZIANE GAMA - DEPUTADA ESTADUAL -www.elizianegama.com.br

PROJETO DE LEI N° 234 / 08

Considera de Utilidade Pública o Grêmio Recrea-

tivo Escola de Samba Mocidade Independente da

Ilha - GRESMI, com sede no município de São

Luis, no Estado do Maranhão.

Art.1° - Fica considerado de Utilidade Pública o Grêmio Re-

creativo Escola de Samba Mocidade Independente da Ilha com sede eforo no Município de São Luís, no Estado do Maranhão.

Art.2° - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 11PLENÁRIO DEPUTADO GERVÁSIO SANTOS, DO PA-

LÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 25 de novembro de 2008. -Raimundo Soares Cutrim - DEPUTADO ESTADUAL – DEM

PROJETO DE LEI N° 235 / 08

Considera de Utilidade Pública a Federação de

Ligas Departamentos e Clubes de Futebol Ama-

dor do Municipio de São Luis-MA.

Art.1° - Fica considera de Utilidade Pública a FEDERAÇÃODE LIGAS DEPARTAMENTOS E CLUBES DE FUTEBOL AMA-DOR DO MA, fundada em 09 de janeiro de 2007, com Sede no Muni-cípio de São Luis – Maranhão.

Art.2° - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.PLENÁRIO DEPUTADO GERVÁSIO SANTOS, DO PA-

LÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 02 de dezembro de 2008. –Paulo Neto - DEPUTADO ESTADUAL

REQUERIMENTO Nº 342 / 08

Senhor Presidente:

Na forma do que dispõe o Regimento Interno desta Assem-bléia, requeiro a V. Exa, que após ouvido o Plenário, seja discutido evotado em regime de urgência, em uma Sessão Extraordinária, logoapós a presente Sessão, o Projeto de Lei nº 214/2008, que cria oPrograma de Implantação e Desenvolvimento de Centros Experimen-tais de Ensino Médio, e dá outras providências, de autoria do PoderExecutivo.

PLENÁRIO DEPUTADO “GERVÁSIO SANTOS”, DOPALÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 03 de dezembro de 2008.- EDIVALDO HOLANDA - Deputado Estadual

NOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRESIDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DO REQUERIMEN-TO NA ORDEM DO DIA. 09.12..08EM: 04.12.08

REQUERIMENTO Nº 343 / 08

Senhor Presidente,

Nos termos do que dispõe o Regimento Interno deste Poder,requeiro a V. Exa. que, após a aprovação do Plenário, sejam dispensa-dos dos trâmites regimentais, para discussão e votação, em Regime deUrgência, numa Sessão Extraordinária, a realizar-se logo após a pre-sente Sessão, o Projeto de Resolução Legislativa nº 029/08, de minhaautoria, que dispõe sobre a inscrição a ser imposta na Sala da Comis-são de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto na novasede da Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão.

Plenário Deputado Gervásio Santos do Palácio ManoelBequimão, em São Luís-MA, 03 de dezembro de 2008. – NonatoAragão - Deputado Estadual

NOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRESIDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DO REQUERIMEN-TO NA ORDEM DO DIA. 09.12..08EM: 04.12.08

REQUERIMENTO Nº 344 / 08

Senhor Presidente,

Nos termos do art. 155, inciso I, do Regimento Interno, re-queiro a Vossa Excelência que, após ouvido o Plenário, seja constituída

uma Comissão Especial, composta por 05 (cinco) membros titularese 05 (cinco) suplentes, para efetuar uma visita ao Centro de DetençãoProvisória de Pedrinhas, objetivando apurar denúncias de violênciafísica e constrangimento de toda ordem aos presos, conforme matériaveiculada, nos órgãos de imprensa local.

PLENÁRIO DEPUTADO “GERVÁSIO SANTOS”, DOPALÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 03 de dezembro de 2008.-FRANCISCO GOMES - Deputado Estadual

NOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRESIDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DO REQUERIMEN-TO NA ORDEM DO DIA. 09.12..08EM: 04.12.08

REQUERIMENTO Nº 345 / 08

Senhor Presidente,

Na forma regimental, requeiro a Vossa Excelência que depoisde ouvido o Plenário, seja consignado nos Anais desta AssembléiaLegislativa um voto de profundo pesar pelo falecimento do AdvogadoDoutor José Jámenes Ribeiro Callado, ocorrido, hoje, dia 03 docorrente, nesta Capital.

O Doutor José Jámenes Ribeiro Callado foi, nos últimos 30anos, um dos grandes e conceituados advogados criminalista doMaranhão. Advogado, Jornalista, Radialista, Apresentador de Televi-são e Comentarista de Esportes. Era, o Doutor Jámenes Callado, ummultifacetado. Desportista, estave sempre a serviço dos desportosmaranhense. Atualmente era o Diretor Técnico da FederaçãoMaranhense de Futebol. Polêmico, quase sempre envolvia-se emgrandes discussões sobre os destinos do Futebol Maranhense. Jorna-lista, marcou época como articulista e editoralista de diversos jornaisda capital. Radialista, especialmente, na Rádio Timbira do Maranhão,era uma voz abalizada em comentários, muitas vezes duros e contun-dentes. Contudo, ouvido e admirado. Líder Sindical foi presidente doSindicato dos Jornalista Profissional do Maranhão. AdvogadoCriminalista, de grandes recursos de oratória e dialética, travou gran-des embates nos Tribunais do Júri, da capital e do interior. Profundoconhecedor do direito, era respeitado e admirado. As sessões de júrionde atuava, sempre foi palco para grandes platéias, especialmente deestudantes de direito que o admiravam e o tinha como grande exemplo.A honestidade e a ética, foram o apanágio de sua vida. Foi , o Doutor

Jámenes Callado, sem dúvida nenhuma, uma personalidade respei-tada e admirada em nossa sociedade e que muito contribuiu, com seusconhecimentos e com o seu talento, com o meio jurídico do nossoEstado. Por tudo isso, o falecimento de Doutor José Jámenes Ribeiro

Callado deixa enlutado todo o Maranhão, especialmente, a classe ju-rídica de quem foi um exemplo de decência, ética e honestidade.

Requeiro, ainda, que seja encaminhada mensagem de condo-lências à sua esposa e a demais familiares.

SALA DAS SESSÕES DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO MARANHÃO em 03 de dezembro de 2008. - EdivaldoHolanda - Deputado Estadual – PTC - Líder do Governo

NOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRESIDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DO REQUERIMEN-TO NA ORDEM DO DIA. 09.12..08EM: 04.12.08

REQUERIMENTO Nº 346 / 08

Senhor Presidente,

Na forma regimental requeiro a V. Exa. que, depois de ouvido oPlenário, seja encaminhada mensagem de condolências à família doadvogado e jornalista José Jámenes Ribeiro Calado, falecido no dia 03de dezembro do corrente ano.

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA12O Dr. James Calado, era conhecido no mundo jurídico pelo

brilhantismo com que atuava, sendo considerado um dos maiores pro-fissionais na área do Direito Criminal de nosso Estado.

Trabalhou arduamente para a criação de diversas Associa-ções, dentre elas a Associação dos Cronistas Brasileiros Brasileiros(Abrace), a Academia Maranhense de Letras Jurídicas, o Instituto deCiências Penais do Maranhão.

Foi representante da OAB nos seguintes conselhos estaduais:penitenciário (1973), política criminal (1975), entorpecentes (1986).Foi vice-presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasilno ano de 1987.

SALA DAS SESSÕES DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOMARANHÃO, 03 de dezembro de 2008. www.victormendes.com.br.- VICTOR MENDES – Deputado Estadual.

NOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRESIDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DO REQUERIMEN-TO NA ORDEM DO DIA. 09.12..08EM: 04.12.08

INDICAÇÃO Nº 762 / 08

Senhor Presidente,

Na forma regimental, requeiro a V. Exa. que, depois de ouvidaa Mesa, seja encaminhado ofício ao Ilmo. Sr. Coordenador do Pro-grama LUZ PARA TODOS, Dr. Luiz Adriel Vieira Neto, no senti-do de autorizar a inclusão no Plano de Universalização de EnergiaElétrica, através do PROGRAMA LUZ PARA TODOS, do Gover-no Federal, os povoados na ordem seguinte:

Considerando a importância do referido programa para as co-munidades, especificamente as localizadas na área rural, no que concerneao manuseio de aparelhos eletrodomésticos, a iluminação de residênci-as e ao desenvolvimento da atividade familiar rural produtiva.

Lembramos ao Ilmo. Sr. que as comunidades acima citadasvivem na época da lamparina, à margem dos programas sociais, emcompleto estado de abandono e que sonham com a realização de obrasde infra-estrutura básica como energia elétrica, matéria prima de fun-damental relevância para o desenvolvimento das localidades, assimcomo para o crescimento da atividade produtiva.

Reconhecemos a atuação do Governo de V. Exa. cujas açõestêm se desenvolvido nas mais diversas áreas, sobretudo na área social,com vistas a melhorar a qualidade de vida da população maranhense.Portanto, solicito a atenção especial ao nosso pleito e que o mesmoseja incluído no cronograma de obras sociais a serem executadas aindano exercício do ano 2009.

Plenário “Gervásio Santos” do Palácio “Manoel Bequimão”,em São Luís, 03 de Dezembro de 2008. - ALBERTO FRANCO -DEPUTADO ESTADUAL PSDB - [email protected] - www.albertofranco.com.br

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

INDICAÇÃO Nº 763 / 08

Senhor Presidente,

Na forma do que dispõe o Regimento Interno deste Parlamen-to, requeiro a Vossa Excelência que, após ouvida a Mesa, seja encami-

nhado ofício ao Excelentíssimo Presidente do Tribunal de Justiça doMaranhão, o Desembargador Raimundo Freire Cutrim, solicitando sejaencaminhado à esta Casa Legislativa Projeto de Lei, visando à cria-ção de, pelo menos, 03 (três) novas vagas para o cargo deDesembargador.

Com base em dados obtidos junto às home pages do InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e dos Tribunais de Justiçapátrios, atualmente, o Estado do Maranhão ocupa o 24º lugar na rela-ção entre habitantes por desembargador, conforme quadro a seguir:

Enquanto um desembargador do Tribunal de Justiça do Distri-to Federal e Territórios, por exemplo, responde pela demanda de maisde 72.232 habitantes, no Maranhão, a demanda mais que triplica, res-pondendo cada desembargador por mais de 254.958 habitantes.

Até mesmo no Estado de São Paulo, que possui a maior popu-lação do Brasil, com 39.827.570 habitantes, cada um dos 353desembargadores daquele Estado responde pela demanda de, aproxi-madamente, 112.825 habitantes.

A média obtida no Estado do Maranhão somente é inferior ados Estados do Ceará, Alagoas e Bahia.

O Maranhão possui maior média do que os Estados limítrofesdo Pará, Piauí e Tocantins, assim como de quase todos os demaisEstados do país.

Outro dado relevante a ser analisado diz respeito à quantidadede processos distribuídos anualmente por desembagador. Referido in-dicador é exigido, inclusive, pela Lei Orgânica da Magistratura parapermitir o aumento no número de desembargadores, conforme se extraida redação do artigo 106, § 1º, da Lei Complementar nº 035/1979:

Art. 106 - Dependerá de proposta do Tribunal de Justiça,ou de seu órgão especial, a alteração numérica dos membrosdo próprio Tribunal ou dos Tribunais inferiores de segundainstância e dos Juízes de Direito de primeira instância.§ 1º - Somente será majorado o número dos membros doTribunal se o total de processos distribuídos e julgados,durante o ano anterior, superar o índice de trezentos feitospor Juiz.

Assim, alicerçado na Lei Orgânica da Magistratura e nos dadosrelativos à distribuição de feitos durante o mês de junho próximopassado no Tribunal de Justiça do Maranhão, é possível verificar quecada desembargador recebeu, em média, mais de 29 (vinte e nove)feitos. Multiplicando-se tal quantidade por 12 meses, totaliza-se mais

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 13348 (trezentos e quarenta e oito) processos distribuídos pordesembargadores. Quantidade suficiente a ensejar a criação de vagasno Tribunal de Justiça, conforme sugerido na presente indicação.

Igualmente, a quantidade de processos julgados no mesmoperíodo totaliza mais de 27 (vinte e sete) julgamentos pordesembargador. Multiplicando-se por 12 meses chega-se a 324 (tre-zentos e vinte e quatro) julgamentos anuais por magistrado.

Desta forma, a criação de vagas para Desembargador do Tribu-nal de Justiça do Estado do Maranhão está plenamente amparada pelaLei Orgânica da Magistratura.

Cumpre esclarecer que, com o aumento no número deDesembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão, os recursos eações originárias daquela Corte certamente serão finalizados em umlapso temporal inferior, cumprindo o que determina o artigo 5º, incisoLXXVIII, da Constituição Federal que, recentemente elevou à catego-ria de garantia constitucional a razoável duração do processo.

A Carta Republicana, através da Emenda Constitucional nº 45de 2004, assegurou a todos, no âmbito judicial e administrativo, arazoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade desua tramitação.

Acrescente-se que, uma boa prestação por parte do PoderJudiciário irá refletir sobremaneira nos mais diversos campos da soci-edade. A título de exemplo, a criminalidade reduzirá, eis que os recur-sos criminais terão uma conclusão mais célere e eficaz, aumentando opoder punitivo estatal; os gestores públicos terão mais cautelas emsuas ações, pois terão convicção que serão julgados e condenados; asdemandas referentes aos danos morais e materiais poderão ser reduzi-das, haja vista que os processos terão sua finalidade alcançada e oscausadores de referidos danos serão punidos. Desta forma, a socieda-de em geral será beneficiada.

Portanto, pelas razões já expostas, aguardamos que o presentepleito seja acatado por VossaExcelência para que, em breve tempo, aquantidade de vagas do Tribunal de Justiça do Maranhão seja aumen-tada e, por via de conseqüência, garantindo à população uma prestaçãojurisdicional mais célere e eficaz.

Informamos ainda, que proposição nesse sentido foi por nósformulada através da INDICAÇÃO Nº 591/08. Finalmente, este Par-lamento fica no aguardo da mensagem a ser encaminhada por VossaExcelência para criação de 03 (três) novas vagas para o Tribunal deJustiça do Maranhão.

Plenário “Gervásio Santos” do Palácio “Manoel Bequimão”.São Luís, 04 de dezembro de 2008.- PAVÃO FILHO - DeputadoEstadual - PDT - 1º Vice-Presidente

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

INDICAÇÃO Nº 764/08

Senhor Presidente,

Na forma do que dispõe o Regimento Interno deste Parlamen-to, requeiro a Vossa Excelência que, após ouvida a Mesa, sejam enca-minhados expedientes aos Deputados e Senadores que compõem abancada maranhense no Congresso Nacional, solicitando o empenhonecessário no sentido de alterar a Lei Complementar nº 101 de 04de maio de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, no que tangeao aumento do limite de 2% (dois por cento) destinado ao Minis-tério Público Estadual previsto no artigo 20, parágrafo 2º, incisoII, alínea “d”, da referida norma.

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, emseu artigo 127, atribui ao Ministério Público a defesa da ordem jurídi-ca, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indis-poníveis, sendo, o mesmo, essencial à função jurisdicional do Estado.

Contudo, para desempenhar seu papel constitucional não ésuficiente que o Ministério Público possua em seu quadro pessoas

capazes e compromissadas com a atividade ministerial, é preciso quelhe sejam disponibilizados condições adequadas para tal desiderato.

A Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar nº 101de 04 de maio de 2000, em seu artigo 20, parágrafo 2º, inciso II, alínea“d” limita em 2% (dois por cento) de toda a receita corrente líquida doEstado, os gastos com os pagamentos de servidores pelo MinistérioPúblico Estadual.

Referido percentual, atualmente, mostra-se insuficiente pe-rante todas as atribuições constitucionais que ao Ministério Públicoincumbe.

Com o fito de demonstrar o quão defasado encontra-se talpercentual, é salutar proceder a um breve comparativo entre o PoderJudiciário Estadual e o Ministério Público Estadual.

Por óbvio, que referidas instituições possuem atribuições com-pletamente distintas, mas apresentam funções correlacionadas. Afi-nal, como dispõe a própria Carta Magna, “o Ministério Público éessencial à função jurisdicional do Estado”.

Ademais, o Poder Judiciário Estadual e o Ministério Públicopossuem algumas semelhanças que podem consideradas com a finali-dade de aferir que o limite de 2% (dois por cento) não é mais suficientepara manutenção daquela instituição.

Destaca-se, inicialmente, que a referida Lei de Responsabilida-de Fiscal limita em 6% (seis por cento) o repasse ao Poder JudiciárioEstadual para o pagamento de servidores, ou seja, o triplo daqueledestinado ao Ministério Público Estadual.

Não obstante referidas distinções nos limites da Lei de Res-ponsabilidade Fiscal, em todas as comarcas do Estado do Maranhãonão deve haver somente Juízes de Direito, mas deve haver, em quanti-dade igual, a figura do Promotor de Justiça, sob pena de muitos pro-cessos permanecerem parados, eis que a grande maioria precisa que oPromotor de Justiça desempenhe seu papel, seja como fiscal da lei,seja como parte processual.

Acrescente-se que, o papel do membro do Ministério Públicovai além de funcionar nos processos judiciais, compete a ele, dentreoutras funções, a defesa dos direitos dos cidadãos, a defesa de valoresessenciais à vida, a defesa das instituições públicas, a defesa doshipossuficientes e a defesa de interesses sociais e individuais indispo-níveis.

Contudo, o Ministério Público do Maranhão conta, hoje, so-mente com 31 (trinta e um) Procuradores de Justiça e 253 (duzentos ecinqüenta e três) Promotores de Justiça distribuídos entre as comarcasde entrância inicial, intermediária e final. Apresentando cerca de 31(trinta e uma) comarcas sem os respectivos Promotores de Justiça.

A necessidade, sem sombra de dúvidas, é muito maior do que31 (trinta e um) Promotores de Justiça para as comarcas vagas, nãoestando incluídas nesses números as comarcas criadas pela Lei Com-plementar Estadual nº 119/2008 e pendentes de instalação. A necessi-dade é muito maior e um dos maiores empecilhos para uma prestaçãode serviço mais justa é o limite estabelecido na Lei de Responsabilida-de Fiscal.

Não já fossem suficientes os referidos dados a fundamentar oaumento do limite previsto na Lei Complementar nº 101/00, deve serconsiderado, ainda, o quadro de servidores do Ministério Público Es-tadual.

Segundo dados de agosto de 2007, o Ministério Públicomaranhense possuía em seu quadro de pessoal 514 (quinhentos equatorze) vagas para servidores, das quais somente 428 (quatrocentose vinte e oito) estavam ocupadas. Ainda que o referido quadro deservidores estivesse completo, não seria suficiente, eis que a necessi-dade de pessoal é muito superior.

Os aspectos acima delineados, infelizmente, não são particu-laridades do Estado do Maranhão, mas sim de todos os Estados daFederação.

Cumpre esclarecer que, com o aumento no limite percentual derepasse para o Ministério Público Estadual para custeio de pessoalcertamente possibilitar-se-á que o Ministério Público, não só do Esta-

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA14do do Maranhão, mas de todo o Brasil, tenha condições de melhorcumprir seu papel constitucional.

Acrescente-se que, uma boa prestação por parte do Ministé-rio Público irá refletir sobremaneira nos mais diversos campos da so-ciedade, beneficiando-a de forma geral e na manutenção do regimedemocráticokm.0.

Portanto, pelas razões já expostas, aguardamos que o presentepleito seja acatado por Vossa Excelência para que os membros dabancada maranhense no Congresso Nacional se mobilizem com o obje-tivo de alterarem a Lei Complementar nº 101/2000 – Lei de Responsa-bilidade Fiscal, aumentando, no mínimo, para 4% (quatro por centro)o limite previsto no artigo 20, parágrafo 2º, inciso II, alínea “d”.

Plenário “Gervásio Santos” do Palácio “Manoel Bequimão”.SãoLuís, 04 de dezembro de 2008.- PAVÃO FILHO- DEPUTADO ESTADUAL

– PDT - 1º VICE-PRESIDENTE- “A EDUCAÇÃO É O GRITO DE LIBERDADE DE UM

POVO”- Dep. Pavão FilhoNA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,

O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

INDICAÇÃO Nº 765 / 08

Senhor Presidente

Na forma regimental requeiro a V. Exa. que, depois de ouvida aMesa, seja encaminhado ofício ao Senhor Fernando Haddad, Ministroda Educação, solicitando providências no sentido da implantação deuma unidade do Centro Federal de Educação Tecnológica(CEFET), nomunicípio de Amarante do maranhão.

A iniciativa do governo federal em desenvolver através doMinistério da Educação (MEC) a ampliação de oferta na educaçãoprofissional e tecnológica em todo o Brasil, apresento a justificativa deque a instalação dessa unidade irá dar continuidade à expansão da redefederal de ensino técnico-profissionalizante dando oportunidade paraas pessoas menos favorecidas a uma educação profissional pública,gratuita e de qualidade. A idéia é oferecer ao cidadão uma base deconhecimento técnico-científico indispensável para sua inserção nomercado de trabalho, para o seu desenvolvimento pessoal e coletivocapaz de colaborar com a mudança da condição econômica dessasregiões do nosso estado, a qual irá dispor para seus jovens serviços deprofissionalização com curso técnicos e tecnológicos.

Acredito que o Senhor Ministro atenderá nosso pleito, garan-tindo assim os meios e condições necessárias para assegurar o desen-volvimento-econômico da população dos municípios que integram areferida região.

SALA DAS SESSÕES DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO MARANHÃO, 03 dezembro de 2008. - HÉLIO SOA-RES - Deputado Estadual

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

INDICAÇÃO Nº 766 / 08

Senhor Presidente

Na forma regimental requeiro a V. Exa. que, depois de ouvida aMesa, seja encaminhado ofício ao Senhor Fernando Haddad, Ministroda Educação, solicitando providências no sentido da implantação deuma unidade do Centro Federal de Educação Tecnológica(CEFET), nomunicípio de Raposa.

A iniciativa do governo federal em desenvolver através doMinistério da Educação (MEC) a ampliação de oferta na educaçãoprofissional e tecnológica em todo o Brasil, apresento a justificativa deque a instalação dessas unidades irá dar continuidade à expansão darede federal de ensino técnico-profissionalizante dando oportunidadepara as pessoas menos favorecidas a uma educação profissional públi-

ca, gratuita e de qualidade. A idéia é oferecer ao cidadão uma base deconhecimento técnico-científico indispensável para sua inserção nomercado de trabalho, para o seu desenvolvimento pessoal e coletivocapaz de colaborar com a mudança da condição econômica dessa regiãodo nosso estado, a qual irá dispor para seus jovens serviços deprofissionalização com curso técnicos e tecnológicos.

Acredito que o Senhor Ministro atenderá nosso pleito, garan-tindo assim os meios e condições necessárias para assegurar o desen-volvimento econômico da população dos municípios que integram areferida região.

SALA DAS SESSÕES DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO MARANHÃO, 03 dezembro de 2008.- HÉLIO SOA-RES - Deputado Estadual

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

INDICAÇÃO Nº.767 / 08

Senhor Presidente,

Nos termos que dispõe o Regimento Interno deste poder, re-queiro a V. Exa. que seja encaminhado expediente Governo do Estadodo Maranhão, na pessoa do Exmo. Sr. Governador Jackson Lago, nosentido de que seja elaborado estudo técnico pela Secretaria de Estadoda Fazenda, em conjunto com a Secretaria de Estado de Planejamento,a fim de viabilizar recursos para o Corpo de Bombeiro Militar doMaranhão, repassando-se o que seria apurado pelo tributo previsto noProjeto de Lei 340/2007, sem onerar o contribuinte com mais umataxa.

PLENÁRIO DEPUTADO GERVÁSIO SANTOS, DO PA-LÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 27 de novembro de 2008. -ELIZIANE GAMA - DEPUTADA ESTADUAL -www.elizianegama.com.br.

O SENHOR PRIMEIRO SECRETÁRIO EM EXERCÍCIODEPUTADO JOAQUIM HAICKEL - Expediente lido, Senhor Presi-dente.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO - Expediente lido. À publicação.

III - PEQUENO EXPEDIENTE.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO - Concedo a palavra à Deputada Helena Heluy, porcinco minutos, sem apartes. Solicito aos nossos queridos deputados edeputadas que se encontram em seus gabinetes que, por gentileza,compareçam ao plenário desta Casa para votarmos a Ordem do Dia,hoje, matéria importante de interesse da população e de segmentos dasociedade.

A SENHORA DEPUTADA HELENA BARROS HELUY(sem revisão da oradora) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas,Senhores Deputados, companheiros da Imprensa, Senhoras e Senho-res que estão na galeria, saúdo o Doutor Ramon e demais lideranças daPolícia Civil aqui em nosso Estado que prestigiam esta sessão com assuas presenças. Senhores Deputados, eu quero apenas fazer uma bre-ve retrospectiva com relação aos fatos que ontem ocuparam váriosespaços dos nossos jornais e demais meios de comunicação, inclusiveblogs, no que diz respeito às sessões de torturas, estúpidas, bárbaras,ocorridas no chamado Cadeião que integra o sistema prisional doMaranhão, mais especificamente aqui de São Luís. Após a sessão deontem, eu recebi em nosso gabinete uma visita de uma comissão forma-da por esposas, companheiras, mães, familiares de presos que estãorecolhidos àquele espaço prisional em nosso Estado, na BR 135.

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 15O SENHOR DEPUTADO JOAQUIM HAICKEL – Deputa-

da Helena, os jornalistas estão pedindo que V. Ex.ª troque de tribunaporque esse microfone não chega lá para eles.

A SENHORA DEPUTADA HELENA BARROS HELUY –O problema é porque a nossa cinegrafista foi colocada ali e se eu nãoficar aqui a história vai perder alguns registros. Eu lamento profunda-mente e são fatos e problemas que nós vamos ter que resolver. Eu doueco à denúncia e ao apelo dos companheiros da imprensa, mas gostariaque entendessem e compreendessem meu outro apelo. Eu vou tentarfazer rodízio quando eu tiver que ocupar. É sobre isso que eu estoufalando, Deputado Hélio. Presidente, me dê um tempo porque eu vouter que ir para lá.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO – Fique à vontade, Deputada. O novo plenário permi-te exatamente essa escolha de qual tribuna o deputado queira usar aofalar para o Maranhão e para o mundo.

A SENHORA DEPUTADA HELENA BARROS HELUY –O mais importante, Presidente, eu agradeço inclusive...

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO - Até para permitir que V. Ex.ª possa completar seuraciocínio, nós vamos zerar o tempo de V. Ex.ª e começar tudo de novo,isto é, agora começam os cinco minutos.

A SENHORA DEPUTADA HELENA BARROS HELUY –Isso que é democracia. Mas o que eu queria complementar é porque jáestá na hora de começarmos a resolver esses problemas pontuais queestão aparecendo e que são fundamentais efetivamente. Não há porque, então, enquanto se resolva isso, que os companheiros da impren-sa ocupem aquele espaço aqui dentro do plenário, eu acho que resolve-ria de forma mais eficaz e urgente até. Mas, Presidente, eu queria sóinformar que recebi a visita desses familiares de presos, vítimas dascessões de torturas, e tão logo eu convidei a deputada Eliziane Gama,enquanto Presidente cidadã também, e membro desse parlamento, Pre-sidente da Comissão de Direitos Humanos e convidei também o depu-tado Francisco Gomes, Presidente da Comissão de Segurança e Cida-dania, para que juntos ouvíssemos os relatos daquelas companheiras,vítimas indiretamente dessas ações de torturas. E ali Deputados, De-putado Presidente, Deputados que estão compondo a Mesa, e alinaquele momento, companheiros da Imprensa, nós tivemos constata-dos a saciedade mesmo tudo quanto já havia sido colocado aqui nestatribuna pelos deputados que abordaram a questão e a causa, ali esta-vam comprovadas as denúncias que estavam colocadas também nosjornais e nos blogs, ali estava comprovado o que fora denunciado,inclusive na página, no site da Associação dos Magistrados doMaranhão, inclusive com fotografias de presos barbaramente tortura-dos, atingidos pela violência daqueles que integram a chamada ForçaNacional que estão aqui por convocação, não se sabe de quem direta-mente, se da senhora secretária, se do senhor Governador, se de outrosespaços que integram os espaços oficiais aqui do Estado do Maranhão,ou se por determinação que eu acho incabível de pleno, do próprioMinistério da Justiça, para que se destacassem membros altamentepreparados da Força Nacional para virem aqui tomar conta de presosou em atos de barbárie, trucidarem aqueles que estão recolhidos aospresídios e que estão ali sob a custódia da Justiça. Todos esses fatosvieram a tona porque foram denunciados por presidiários, denuncia-dos ao Juiz Ronaldo Maciel, que todos nós temos para com ele eoutros tantos magistrados o maior respeito, e nessas constataçõestodas e com essas denúncias todas, pensávamos, eu pensava, eu tenhocerteza que o deputado Francisco Gomes e a deputada Eliziane, tam-bém, que iriam cessar essas atrocidades. Para surpresa minha e aí eufiquei surpresa Senhores Deputados, ontem no final da tarde, novasessão de barbárie foi praticada ali no chamado Cadeião, jogaram águana cela deputado Francisco Gomes, e explodiram ali uma bomba, não

importa que seja apenas para efeito moral ou imoral, porque na minhacompreensão é uma imoralidade o que está sendo praticado ali, ficaramtambém atingidos barbaramente e o preso Valdinar Lopes da Silva, quefoi um dos que prestaram depoimentos, chegou a cair deputado EdivaldoHolanda, perdeu os sentidos e, foi levado este preso para fora daquelerecinto. Logo em seguida, inicio da noite, uma comissão foi formadaurgentemente, e aí eu espero que a deputada Eliziane Gama que tam-bém está aqui, possa dizer para todos nós, partilhar o que ela viu, oque ela sentiu, o que ela espera não apenas desta Casa, mas do conjun-to daqueles que estão administrando o Estado do Maranhão. Carrega-ram o preso, fizeram aquilo deputado Francisco Gomes, que nós nãopermitimos e não aceitamos, a nossa consciência não admite na épocado AI–5 sair fugindo com o preso para que não fosse visto, para quenão falasse para a comissão formada pelo deputado Gervásio Santos,pelo Dr. Zagalo, pela deputada Eliziane e outros mais, que tiveram quefazer uma verdadeira Via Crucis tentando falar ou ver o preso. E não sesabe até agora, pelo menos eu não sei, em que situação, qual a situaçãoreal do senhor Valdinar Lopes da Silva, um senhor de idade, barbara-mente atingido por esses atos de sandice, estupidez, brutalidade quenós não podemos admitir. Então, Senhores Deputados, trago aqui maisuma vez estes fatos, esperando que tenhamos, eu peço meio minuto,Presidente, que tenhamos uma atitude política, mas uma atitude polí-tica suprapartidária, suprapartidária de apurar a responsabilidade da-queles que praticaram esses atos. Posso continuar Presidente, só paraconcluir? Praticaram esses atos terríveis, violentos e que haja um bas-ta, haja um basta aqui no Estado do Maranhão de atos desta natureza,não importa se praticados pela Força Nacional, nacional, estadual,intermunicipal, não importa, não se pode praticar tortura num Estadoem que por força de lei, isso eu digo num acréscimo, tem este anoconsiderado Ano Estadual dos Direitos Humanos. Obrigada, Exa.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO - Concedo a palavra ao Deputado Rubens PereiraJunior, V. Exa. dispõe de cinco minutos sem direitos a apartes.

O SENHOR DEPUTADO RUBENS PEREIRA JÚNIOR (semrevisão do orador) - Senhor Presidente, Membros da Mesa, Nobrescolegas deputados, Imprensa, internautas. Senhor Presidente, no meuprimeiro pronunciamento na nova Casa foi justamente reforçando anecessidade do Poder Legislativo se portar da forma devida, da formaesperada por toda sociedade maranhense, do Poder Legislativo seraquele verdadeiro Poder, não que está hierarquicamente superior aosoutros, mas como dito naquela oportunidade, um Poder que tem odever de fazer as leis para que os outros a executem e a apliquem, semdúvida nenhuma está num nível hierárquico superior. E que nesta novaCasa, sem deixar de enaltecer os méritos do aspecto físico, mas que naverdade nos dessem nova força para sermos um Poder na forma devi-da. E então eu levantei a questão de que teria que ser finalmente apro-vado, por exemplo, a atualização da Constituição do Estado, alvo esteno segundo pronunciamento nesta Casa, o primeiro pronunciamentoaquele no qual nós nos apresentamos, e o segundo pronunciamento foijustamente discutindo a questão da Constituição do Estado que estavae está desatualizada, depois disso apresentamos uma emenda de atua-lização da Constituição do Estado, o Deputado Joaquim Haickel, for-mulou, propôs e foi aceito por todos os demais parlamentares a cria-ção de uma Comissão Especial para tratar sobre a atualização da Cons-tituição do Estado, e o trabalho desta comissão já foi devidamenterealizada, que culminou com uma proposta de Emenda Constitucionalatualizando definitivamente a Constituição do Estado. A partir daíessa nova PEC passou a tramitar na nossa Casa, tendo sido inclusiveaprovada apela Comissão de Constituição e Justiça a PEC da atualiza-ção do Estado, essa PEC está pronta para vir ao Plenário, dependeagora de orientação da Mesa, da deliberação da Mesa, para que possafinalmente vir e ser aprovada da forma devida nos dois turnos, por trêsquintos de todos os membros desta Casa, possibilitando assim a ver-dadeira atualização da Constituição do Estado. Só para lembrar, nanossa atual Constituição Senhor Presidente, ainda prevê que é proibi-

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA16da a reeleição de cargo de governador, ainda prevê que nesta Casa sóserá composta de 40 deputados e não 42, ainda prevê a existência já doextinto Tribunal de Alçada, então, já diversas anomalias jurídicas queestão presentes na nossa Constituição do Estado e que tem que serexpurgadas, justamente para poder estar um texto correto, atualizadacom todas as normas e inclusive com a Constituição Federal. Alémdisso, levantei a necessidade da maior valorização ao Poder Legislativo,como por exemplo: a aprovação da PEC do deputado Max Barros,onde irá retornar a autonomia legislativa, a iniciativa legislativa quandotrata de matéria de serviço publico ou matéria tributária. Vejam ossenhores, esta Casa não tem iniciativa legislativa para regulamentar,para legislar sobre nenhum assunto que trata sobre serviço publico.Nós fizemos uma audiência sobre o direito do idoso, uma das reivindi-cações é que fosse regulamentada a Norma Estadual que garante a meiapassagem para todos os idosos no Estado do Maranhão na viagensintermunicipais. Há uma lei federal que determina isso, mas não háuma lei estadual que assegure isso, mas não podemos legislar sobreisso, nós não temos iniciativas, por se tratar de transporte de serviçospúblicos, então, desta forma nós ficamos amarrados, atados, nósestamos subtraindo as nossas prerrogativas, então é uma PEC que temque ser aprovada. Mais do que nunca, esta Casa Legislativa neste novoprédio, com esses novos ares combina, faz-se necessário para a suadevida valorização, algumas atitudes deste ponto. Outro ponto que eulevantei, e este é o alvo principal do meu pronunciamento hoje SenhorPresidente, é a necessidade de se fazer um estudo sobre a legislaçãoestadual, há diversos problemas na nossa legislação estadual, nós nãosabemos, primeiro, nós não temos acesso a legislação estadual, euenquanto parlamentar tenho dificuldade a ter acesso a algumas leis,imagine o cidadão comum que não tem todo o aparato, como nós temosaqui da secretaria da Mesa, o cidadão comum não tem onde encontraruma lei estadual que regulamente um direito seu, portanto se ele nãotem acesso a essa lei, como ele poderá reivindicar os seus direitosassegurados. Há diversos problemas e diversas soluções para estegrave problema, e é isto que essa Casa tem ainda mais, nesta nova Casaneste próximo biênio, atentar para este ponto. E aqui que eu chamo aatenção dos senhores justamente para se discutir como melhorar alegislação maranhense, e para isso nós estamos formulando e iremosdar entrada hoje senhor Presidente, a proposta de uma reunião detrabalho para poder pautar nos próximos dois anos, justamente estetrabalho de reforma, atualização, não apenas na condição do Estado,mas de toda a legislação maranhense. Para isso convidaremos membrosdo Poder Judiciário, que afinal de contas estão trabalhando com alegislação maranhense constantemente, o Poder Legislativo Estadual,membros do Poder Executivo, que trata especificamente do processolegislativo da legislação das leis em si, até porque tem iniciativa eregulamentam tudo, há problemas de ordem prática e ,inclusive emrelação a numeração das leis no Estado do Maranhão, há problemasinclusive de nós não sabermos qual a ordem cronológica das leis, quala lei revogou, qual é a lei nº 1, quantas leis existem no Maranhão,aproximadamente mais de dez mil leis, quantos Decretos do Executivoexistem, e para isso nós temos algumas saídas. I - digitalizar todas asleis do Estado do Maranhão, a partir do momento que todas as leisestão digitalizadas, nós podemos passar para o segundo ponto, que édisponibilizar as leis. E para isso é necessário que haja um link no siteda Assembléia justamente com legislação estadual. Já informei nestaTribuna, que há um link em fase de teste que é www.al.ma.gov.br-ged(Gerenciamento Eletrônico de Documentos). Você acessando esse siteexperimental, você tem acesso a todas as leis do Estado do Maranhão,essas leis estão escaneadas, portanto, se é uma lei de 1970, a qualidadedessa lei de forma escaneada é muito prejudicial até para ter o devidoacesso, então é necessário a digitalização e depois ser transformado,ser dada à devida publicidade para todas essas leis. A partir do momen-to que nós tivermos as leis digitalizadas e disponibilizadas, divulgadas,nós podemos passar para os próximos passos que seria a realização deum compendio, uma indexação, pegar todas as leis e separar por áreas,estas leis tratam sobre serviços públicos, estas leis tratam sobre osservidores, estas sobre a criação de municípios, essas regulamentam as

associações de utilidade pública, e a partir daí nós estaríamos prontopara o 4º passo que seria uma consolidação das leis maranhenses, noBrasil há cem mil leis, nós não temos conhecimento, só temos conhe-cimento de poucas, e há um trabalho pelo Planalto, pela Casa Civil,pela Sub-Chefia de Assuntos Legislativos juntamente com o Congres-so Nacional e o Supremo Tribunal Federal, para pegar essas cem milleis que existem no Brasil e transformar em cinco, seis mil leis, dandomaior acesso, maior facilidade de pesquisa e maior publicidade, issopode ser feito no Estado do Maranhão, onde hoje nós temos dez milleis, nós poderíamos não restringir, mas compilar e transformar essasdez mil leis em 500 mil, 1500, sem que com isso fosse extinguidoqualquer direito. Então esse seria o próximo passo. Isso poderia inclu-sive proporcionar uma angustia, por exemplo, da deputada Graça Paz,é justamente da efetividade das leis, quantas leis nossas não já foramaprovadas e devidamente sancionadas e não estão com a sua devidaefetividade sendo aplicadas, tendo sido de conhecimento de todos,então iremos realizar uma reunião no dia 16 da qual convidaremosdiversos membros da sociedade justamente para se discutir “ComoMelhorar a Legislação Estadual”, tenho certeza que com isso, nósestaremos garantindo a maior valorização do Poder Legislativo, estare-mos fazendo aquilo que a população tanto espera e tanto necessitadeste Poder no nosso Estado do Maranhão. Esse era o meu pronunci-amento, Senhor Presidente, muito obrigado!

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO – Quero comunicar aos senhores deputados, que édesejo nosso que votemos todas as matérias pendentes da Casa até odia 22 deste mês, inclusive, vamos colocar todas as PECS, que estãotramitando para apreciação deste Plenário, entendo eu de que nãodevemos passar para ano seguinte com matérias todas aí pendentes, asque tiverem já parecer, pareceres técnicos das comissões nós faremos... Vamos só ajustar isso com o Presidente Evangelista, ele esta viajan-do, mas estará aqui na próxima semana, e vamos ajustar com o Presi-dente essa pauta, mas a minha manifestação pessoal é que coloquemosna Ordem do Dia, as PECs inclusive deputado Rubens Júnior, essaPEC que V. Exª acaba de se referir, que é uma PEC de atualização daConstituição do Estado, nós vamos autorizar para colocação na Or-dem do Dia na próxima semana. E ontem o deputado Joaquim Haickelme cobrou aqui e cobrou dessa Casa, num pronunciamento na Tribuna,eu tenho pensamento favorável e já determinei a diretoria Geral daMesa a colocação da PEC que foi ontem cobrada pelo deputado Joa-quim Haickel já na Ordem do Dia para ser votada pelos senhores esenhoras deputadas. Concedo a palavra ao deputado Francisco Go-mes, por cinco minutos sem direito a apartes.

O SENHOR DEPUTADO FRANCISCO GOMES (sem revi-são do orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, SenhoresDeputados, senhoras e senhores da galeria, senhoras e senhores docomitê de imprensa. Presidente, nós registramos nosso nome parafalar nesse Pequeno Expediente em primeiro lugar para lamentar ofalecimento do nosso colega desde infância Jamenes Calado. Fomoscolega de escola, de sala de aula, de time de futebol na nossa infância eadolescência e desde então tivemos sempre relações de amizade muitogrande por todo este tempo. Nós lamentamos profundamente este seuprematuro falecimento, quando ele ainda encontrava-se com todo vi-gor na defesa dos mais humildes, dos mais oprimidos e fazendo a suavoz ecoar com brilhantismo nos tribunais de júri em todo o Maranhão.Mas senhor Presidente, eu gostaria de registrar também a nossa idaontem a cidade de Matinha, nossa terra, em que eu fui patrono dequatro turmas que ali colaram grau pela Universidade Estadual doMaranhão, em licenciatura nos cursos de geografia, história, biologia equímica, formando então um capital social importantíssimo para odesenvolvimento de Matinha, tivemos essa grande alegria de estar alipresente, chegamos à noite a Matinha e logo que terminou esta soleni-dade voltamos chegando pela madrugada a São Luís para que nãopudéssemos deixar de participar desta importante sessão no dia dehoje. Mas Presidente, o terceiro registro que gostaríamos de fazer, é

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 17fazer coro ao pronunciamento da deputada Helena Barros Heluy, queainda há pouco lamentava mais uma vez o caos a que chegou a seguran-ça no nosso Estado, principalmente com os acontecimentos na prisãoprovisória chamada de Cadeião. Estive ontem com a deputada HelenaHeluy, deputada Eliziane Gama, recebendo familiares das pessoas quese encontram presas ali. Ali é uma prisão provisória, a passagem da-queles presos por ali é provisória, muitos deles, a grande maioria nemjulgados foram, muitos deles não foram nem ouvidos ainda e estão alina prisão. E ouvimos à preocupação dos familiares que tem ido lá e quetêm sido tratados com truculência, com a suspensão das visitas e comos atos de barbárie e de tortura continuando acontecer como se estive-mos ainda numa terra selvagem, ou numa terra de ninguém em que vemuma força policial e diz, que ela é que manda, ela é que faz, ela é quepode, não tem juiz, não tem ninguém que impeça de fazer aquilo queestá fazendo. Portanto, Presidente, a minha solicitação ontem de umaComissão Especial, de membros representativos da bancada do gover-no e da oposição para que nós possamos cumprindo um papel impor-tante desta Assembléia fazer uma visita aquele presídio para poder-mos constatar tudo aquilo que se tem falado e tudo aquilo que nos foirevelado pelos juízes que ali compareceram. Não podemos nos confor-mar com isso que continua acontecendo, se acontecesse uma vez ouduas, se falasse e fosse suspenso tudo bem Presidente, mas não Presi-dente. Um minuto para concluir. Mas não, continua sendo feito numaafronta até as autoridades judiciárias e até as autoridades deste parla-mento que tem ido lá como foram ontem a deputada Helena Heluy, elafalou aqui, foi com a deputada Eliziane Gama, e nada feito, tudo con-tinua, tudo continua sendo feito. Está lá os vestígios de tudo que estáacontecendo que nós já relatamos muito no dia de ontem. E é essenosso protesto. O governador tem que retirar de imediato esta forçadaquele presídio, que ela vá patrulhar as ruas para dar garantia à nossasociedade, sim, que merece ter melhores garantias de vida, de circula-ção e de perder o medo que se encontra até de andar pelas ruas e notransporte coletivo, nas agências de bancos e outros. Isto sim, seria olugar dela e não ali que é um papel para quem tem condições, que écapacitado, treinado e ter habilidade para tratar com os presos que sãoos agentes penitenciários. Obrigado, presidente.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO - Eu estava inscrito agora, mas vou deixar para mepronunciar no tempo do bloco, portanto concedo a palavra ao deputa-do Hélio Soares, por cinco minutos sem direito a apartes.

O SENHOR DEPUTADO HÉLIO SOARES (sem revisão doorador) - Senhor Presidente, Mesa Diretora, galeria, imprensa e cola-boradores. Não poderia deixar também de fazer o registro do faleci-mento prematuro do meu conterrâneo Jámenes Ribeiro Calado, que énatural de Turiaçu e que nós temos o orgulho e o prazer de referenciarcomo uma pessoa que pode se exemplificar como uma pessoa de bem,uma pessoa que merece todo o nosso respeito, consideração e estimacomo foi demonstrado aqui por vários deputados que registraram esselamentável incidente com o nosso grande magistrado Jámenes RibeiroCalado. Família humilde, mas uma família muito honesta que tinha nosseus objetivos educar seus filhos e o Jámenes veio para cá, para SãoLuís ainda criança e venceu na vida tanto que todos nós estamosreferenciando aqui, exemplificando a sua vida. Mas Senhoras Deputa-das e Deputados, estamos aqui no cumprimento do nosso dever derepresentar as classes sociais, as Instituições do nosso Estado, todosnós estamos acompanhando aqui, a semana, parece até um Semináriodo Segurança Pública, que todos nós estamos enfatizando esse temaque preocupa a todos, preocupa as famílias brasileiras, as famíliasmaranhenses e, nós que carregamos em nossos ombros essa responsa-bilidade, cada um da sua forma, cada um com o seu sentimento quedemonstra aqui na nossa Assembléia para a qual nós fomos eleitospara fazer com que o eleitor sinta-se seguro dos seus representantes.Mas o que me traz aqui também no cumprimento do meu dever comoparlamentar, registrar um fato na Polícia Militar, já que o assunto quefalamos é segurança, que por mais que as pessoas que dirijam, quem

têm a responsabilidade maior com a nossa segurança procurem acertar,parece que os sucessivos erros deputada Helena, parece que vão con-tribuindo mais ainda para essa insegurança que estamos passando aquino Maranhão, que não é diferente também de outros Estados. Agoramesmo o Comando Geral da Polícia Militar do Estado do Maranhão,meu amigo particular Coronel Melo, que ninguém entenda que estouaqui fazendo crítica à sua pessoa, à sua parte pessoal, o seuprofissionalismo, estou apenas registrando esse fato aqui para queseja modificada essa forma como está sendo feito lá na Polícia Militar.E estou sendo cobrado também pelos policiais, que nós nos palanques,na época das campanhas nós nos propomos a defender todas as clas-ses e essa classe é muito importante que nós acompanhemos aqui nosseus mínimos detalhes. Em outros Estados há também a falta de con-tingente, material humano adequado no quantitativo para dar cobertu-ra a todo o Estado. E na Polícia Militar quando se renova o ComandoGeral cada um entra com uma idéia e tenho certeza que a idéia é com oespírito de melhorar, de aprimorar aquilo que está iniciado, está dandocerto, e excluir, banir aquilo que realmente está errado. Então todomundo sabe, é público e notório que muitos policiais militares nassuas folgas quando eles estão sem a responsabilidade de ir para as ruascom a farda, têm que encontrar meios de sobrevivência. Por isso, elesacabam sendo contratados por empresas de segurança particular paraemprestar, para vender a sua experiência em segurança. E o que agoraestá acontecendo? No intuito de tirar, para que o policial fique exclu-sivamente preocupado com a segurança e o quartel, para diminuiressas contratações dos policiais, eles estão obrigando praticamente, eudigo obrigando, a trabalhar direto, concedendo o mínimo de folgasnecessárias ao descanso de cada ser humano, sem compensar as quenão são concedidas. Isso ocorre em outros estados, Deputado EdivaldoHolanda, onde o Comando Geral contrata o próprio policial nas suasfolgas, mas remunera, enquanto aqui o policial não está sendo remune-rado, tanto que agora eles deram sinal, os policiais se aquartelaramagora essa semana, eu fui informado a respeito, e pediram que euregistrasse isso aqui. Eu vou fazer uma visita ao meu amigo CoronelMelo, quero ouvir dele também, porque eu já ouvi alguns policiais queestão sendo obrigados a trabalhar nas folgas e sem remuneração. E aícomo é que nós vamos consertar, como é que nós vamos garantir asegurança da nossa população se no próprio quartel já começa a come-ter uma violência dessas contra os nossos direitos? Como é que nóspodemos trabalhar obrigados nas nossas folgas? Então, eu queria re-gistrar isso, Presidente em exercício Deputado Pavão, eu queria atéque V. Exa. me acompanhasse na visita ao Coronel Melo para a genteouvir o que ele vai nos falar, se é verdade ou não. Meu pai sempre diziaque onde há fumaça há fogo. Então, se vários policiais me reclamaramisso, é porque realmente está acontecendo. Portanto, nós temos quetomar a providência, eu não sou contra como acho que ninguém écontra qualquer complementação de salário, desde que ela seja digna.Se você está de folga e está sendo recontratado pela própria instituiçãopara suprir uma necessidade, eu acho a idéia perfeitamente louvável.Em outros estados, Deputada Graça Paz, eles fazem isso, mas decomum acordo com o policial, que dizer, chamam o policial que assinao termo de responsabilidade e tira as folgas trabalhando, mas sendoremunerado. Em vez de ele ser contratado por uma empresa particularde segurança para complementação dos seus salários, ele fica no pró-prio quartel até que a instituição fique dotada de um quantitativo depolicial capaz de dar cobertura à segurança do Estado de uma maneirageral. Era esse registro que eu gostaria de fazer aqui hoje. Depois euvolto realmente com dados que eu estou colhendo sobre assassinato,sobre essa convulsão social que todos nós vivemos atualmente. Obri-gado.

O SENHOR DEPUTADO EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO – Concedo a palavra ao Deputado Ricardo Murad,por cinco minutos e sem direito a apartes.

O SENHOR DEPUTADO RICARDO MURAD (sem revi-são do orador) – Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados.

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA18Nesse Pequeno Expediente, Senhor Presidente, eu queria trazer ashomenagens da Bancada de Oposição ao saudoso Jámenes Calado,também amigo pessoal de muitos deputados aqui nesta Casa, e dizerque é uma perda grande, que vai nos deixar aquela sensação, comomembros de um Poder Estadual que tem responsabilidades com a vidade todos, independentemente de onde nós exerçamos as nossas fun-ções. Mas eu quero, com muita humildade, aqui dizer que Jámenespoderia não ter morrido, Deputada Helena, de infarto? Hoje os cida-dãos todos, as mulheres, os homens, até jovens, pelo stress, pela vidadifícil que se leva, é comum acontecer em qualquer local. E as leis têmacompanhado essa evidência médica que, infelizmente, as estatísticasaí estão mostrando que a cada dia que passa aumentam os casos. E temuma lei que diz que, em prédios onde funcionam repartições públicas,a lei regulamenta que há a necessidade, a obrigatoriedade da existênciade aparelho de desfibrilação que tantas vidas tem salvado no Paísinteiro, no mundo inteiro, porque infarto é uma coisa hoje, infelizmen-te, comum de acontecer. Não tinha o aparelho lá no Fórum, não tinha,eu tive o cuidado de ver, mas na Assembléia tem. Eu fui ali e temnaquela sala bem ali, mas lá não tinha. Ele teve um infarto e umamédica, que acho que trabalha lá, tentou reanimá-lo na mão. Depoischegou uma médica da própria Assembléia, com quem eu acabei deconversar, 20 minutos depois que a médica de lá já estava tentandoreanimar o Jámenes sem aparelho algum. O Bombeiro foi acionadopara ir lá e, depois de 20 minutos, 40 minutos com o Jámenes deitadono chão tentando ser reanimado, chega o Bombeiro e vem com o apa-relho desfibrilador na mão, botam no Jámenes, pedem para afastar,mas não funcionou. Senhor Presidente, do lado do Fórum, há doisminutos praticamente tem a UDI, um grande hospital. Eu acho que atensão, o nervosismo, não sei, mas poderiam também ter carregado oJámenes, colocado num carro e corrido lá para o hospital, já que nãohavia desfibrilador. O Bombeiro não chegou a tempo, rapidamente alicomo exigia a emergência, e nós perdemos, Deputado Nonato Aragão,um grande amigo, um grande causídico, um grande maranhense. Então,poderíamos, as forças do Estado, o Estado como instituição, se hou-vesse eficiência nos serviços, se houvesse cuidado, se houvesse zelo,se houvesse eficiência, se houvesse responsabilidade na ação pública,e quantos Jámenes não se perde por dia aí, anonimamente? Esse é umregistro que faço, Senhor Presidente, e espero que haja providênciasconcretas, efetivas para que fatos como esse não se repitam mais e quetambém se apurem as responsabilidades por omissão. Essas autorida-des todas que estão aí administrando o Estado e que são obrigadas,sim, a cumprir aquilo que a legislação determina. Ou não são, Deputa-do Chico? São! Acho que a omissão nossa não pode perdurar parasempre como está acontecendo no nosso Estado. Isso não é coisa deGoverno, nem coisa de Oposição, é providência de quem tem respeitopelo seu semelhante, de quem tem sangue nas veias, de quem temresponsabilidade de assumir o seu dever perante a população. Então,eu quero dizer que a morte do Jámenes Calado precisa ser mais bemesclarecida, porque não é possível que em nosso Estado isso possaacontecer à vista de todo, tendo como conseqüência apenas sentimen-tos de pêsames e louvação à família. Obrigado, Presidente.

IV – ORDEM DO DIA.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO - Parecer em discussão e votação. Redação Final.Parecer 272. da Comissão de Constituição e Justiça, ao Projeto de Lei18/2008, do Deputado Edivaldo Holanda. Em discussão. Em votação.Os Senhores Deputados e as Senhoras Deputadas que aprovarem per-maneçam como se encontram. Aprovado em Redação Final. Projeto deLei em discussão e votação. Primeiro e Segundo Turnos, em Regime deUrgência. Projeto de Lei 212, de autoria do Executivo e encaminhadopela Mensagem 86 (lê). Em discussão. Em votação. Os Senhores De-putados e as Senhoras Deputadas que aprovarem permaneçam comose encontram. Aprovado em Primeiro e Segundo Turnos com a Emen-da. Vai à sanção do Governador. Esse Projeto é da gratificação dosDiretores. Aprovado em Primeiro e Segundo Turnos com a Emenda e

vai à sanção do Governador. Parecer em discussão e votação, únicoturno. Parecer 276, da Comissão de Constituição e Justiça, contrárioao Projeto de Resolução 34, de autoria do Deputado Alberto Franco(lê). O Relator, Deputado Carlos Alberto Milhomem, deu Parecercontrário da Comissão de Justiça e o autor recorreu da decisão daComissão através do Requerimento 339, que foi acatado pela Mesa,para que o Plenário decida sobre o Parecer, nos termos do artigo 175,§ 4° do Regimento Interno. Portanto, agora vai ser colocado em discus-são e votação o parecer da Comissão de Constituição e Justiça. Emdiscussão. Em votação. Os Senhores Deputados e as Senhoras Depu-tadas que aprovarem o parecer da Comissão de Constituição e Justiçapermaneçam como se encontram. Os que forem contra o Parecer semanifestem, se levantem. Repito: Senhores Deputados, Senhoras De-putadas, os deputados e as deputadas que forem favoráveis ao parecerda Comissão de Constituição e Justiça permaneçam como se encon-tram. Os deputados e as deputadas que forem contra o Parecer e afavor do Projeto se manifestem.

O SENHOR DEPUTADO EDIVALDO HOLANDA - SenhorPresidente, para um esclarecimento. Primeiro está sendo votado oParecer, depois é que se vai votar o Requerimento.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO – Não. Eu vou só esclarecer para os Senhores Depu-tados. O Requerimento do Deputado Alberto solicitou à Mesa, queacatou o Recurso. O Recurso é submetido ao Plenário, que vota. Se oPlenário derrubar o Parecer da Comissão de Constituição e Justiça, oProjeto continua sua tramitação ordinária. O Projeto não vai ser vota-do agora. O que vai ser votado agora é o Parecer da Comissão deConstituição e Justiça, o Parecer contrário ao Projeto. Se o Parecer formantido o Projeto irá ao arquivo, se o Parecer for derrubado o Projetocontinuará tramitando ordinariamente nas demais comissões. Foi en-tendido, senhores? Aqueles que aprovarem o Parecer, permaneçamcomo se encontram, sentados. Quem for contra o Parecer, se manifes-te, levantando. Deputado Alberto, já passou até a discussão deputado,está na votação.

O SENHOR DEPUTADO HÉLIO SOARES – Senhor Presi-dente, questão de ordem.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO – Deputado Alberto, a presidência concede os cincominutos para V. Exª. encaminhar a votação. Ainda não estamos emvotação, estou esclarecendo como será a votação. Há dúvidas comrelação a votação?

O SENHOR DEPUTADO HÉLIO SOARES – O parecer dacomissão é de acordo.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO – Os senhores deputados e deputadas que foremfavoráveis ao Parecer da Comissão, permaneçam sentados, para sermais claro. Os deputados que forem contra o Parecer da Comissão deConstituição e Justiça, fiquem de pé. Derrubado o Parecer da Comis-são de Constituição e Justiça, o Projeto continua tramitando na Casa.

O SENHOR DEPUTADO HÉLIO SOARES – Presidente,não seria melhor V. Exª. dizer assim: O deputado que for contra ofuncionalismo, tem que manter o Parecer da Comissão.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO – Deputado Hélio, não é o procedimento que faze-mos aqui, nós temos que colocar em discussão Deputado Hélio, é oProjeto e a Matéria do qual ele trata, que já foi lido aqui.

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 19O SENHOR DEPUTADO HÉLIO SOARES - V. Exª. está

perfeitamente correto. Só a leitura do povo lá fora que não vai entenderdireito, só isso, mas V. Exª. está perfeitamente correto. Obrigado.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO – Em votação o Parecer, de redação final, Projeto 212/08, do Poder Executivo. (lê). Vamos votar agora senhores deputados, aMesa está colocando para votação a redação final. Os senhores e se-nhoras deputados que aprovarem, permaneçam como se encontram.Aprovada a redação final, vai à sanção do Governador o Projeto 212,do Executivo encaminhado pela Mensagem n.º 86. Requerimentos àdeliberação da Mesa. Convido o Deputado Nonato Aragão e a Depu-tada Fátima Vieira ou o Deputado Jura. Requerimento à deliberação daMesa: Requerimento nº 340/08, de autoria Deputado Stênio Rezende.Está ausente, fica em pauta. Requerimento nº 341/08, do DeputadoRaimundo Cutrim. Em se tratando de justificativa da falta, a Mesasempre adotou o critério de botar em votação os requerimentos. Por-tanto, eu convido o Deputado Nonato Aragão e a Deputada Fátimapara comporem a Mesa dos Trabalhos. Em votação o Requerimento nº341/08, do Deputado Cutrim. (lê). Deferido. Autorizada a SecretariaGeral da Mesa a proceder à justificativa das faltas. A Ordem do Dia dasessão de terça-feira, quero comunicar aos senhores deputados e se-nhoras deputadas, que segunda-feira é feriado municipal da nossa ca-pital, não é um feriado do Estado, não é feriado nacional, nem umponto facultativo estadual, é um feriado municipal do Município deSão Luís, como a sede da Assembléia está no Município de São Luísaqui não haverá expediente, a Casa respeita a lei municipal que insti-tuiu o feriado do dia 08 de dezembro. Não haverá sessão, não haveráexpediente na Assembléia Legislativa do Estado, feriado municipal deSão Luís. Eu vou anunciar a Ordem do Dia para terça-feira e autorizoo secretário geral da Mesa.

A SENHORA DEPUTADA ELIZIANE GAMA – SenhorPresidente, pela ordem.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO – Pela ordem a Deputada Eliziane Gama.

A SENHORA DEPUTADA ELIZIANE GAMA – Só umainformação, acabei atendendo um telefone fora, fiquei meio desligadaaqui do ambiente. Nós estamos em qual momento agora, já passou otempo dos blocos?

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO – Não senhora. Agora vai começar o tempo dos par-tidos e o tempo do grande expediente.

A SENHORA DEPUTADA ELIZIANE GAMA – Obrigada.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO – Nós concluímos a Ordem do Dia, deputada. Euquero comunicar aos senhores que a Ordem do Dia para sessão deterça-feira será montada pela Secretaria Geral da Mesa, porque nósvamos incluir algumas matérias que estão tramitando nesta Casa, veros Pareceres que já estão prontos das Comissões Técnicas para quepossamos votá-los na terça-feira, na Sessão Ordinária. Portanto, aOrdem do Dia fica anunciada já para terça-feira, autorizada a SecretariaGeral da Mesa a montar essa Ordem do Dia com alguns Projetos deEmenda Constitucional, Projetos Ordinários, Projeto de Lei Comple-mentar, de Decretos Legislativos e de Resoluções, que estão tramitan-do na Casa para que façam parte da Ordem do Dia de terça-feira.Grande Expediente. Antes, porém, quero registrar a pedido do deputa-do José Lima a presença do ex-deputado e atual prefeito de Icatú,nobre colega, ex-deputado e atual prefeito Dr. Juarez Lima, seja bem-vindo a nossa Casa, deputado. Da mesma forma quero registrar apresença do ex-deputado José Jorge Leite Soares, diretor de Relações

Institucionais da Cemar, também ex-deputado desta Casa, seja bem-vindo ao nosso parlamento.

V – GRANDE EXPEDIENTE.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO – Concedo a palavra, ao deputado Francisco Gomes,que dispõe de até 30 minutos com direito a apartes. V. Exª. fala noGrande Expediente.

O SENHOR DEPUTADO FRANCISCO GOMES (sem revi-são do orador) - Senhor Presidente, Senhora Presidente desta SessãoDeputada Fátima Vieira, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados,senhoras e senhores do Comitê de Imprensa, senhoras e senhores dagaleria. Eu cumprimento aqui na galeria a Drª. Anne Kelly, presidenteda Associação da Polícia Técnica; o Dr. Amon, recém-presidente daAssociação da Polícia Civil. E quero dizer a todos que neste momentoem que ocupo esta tribuna, que para mim é uma grande honra trazer oassunto a que viemos tratar aqui. Quero falar a todos os meus colegasparlamentares, minhas colegas parlamentares que é conhecendo que agente aprende as grandes lições, é olhando de perto, é ouvindo, e temsido esta a sistemática nossa. É conhecendo que nós aprendemos aamar, a gostar, e refiro-me na abertura desse pronunciamento hojedesta forma, porque eu tive, a convite da Associação da Polícia Técni-ca, fiz uma visita às instalações da Polícia Técnica em São Luís nossofamoso IML, Instituto Medico Legal, e ali aprendi grandes lições, ouvia insatisfação de muitos, ouvi reclamações e reivindicações, ouvi osdesejos de que aquela situação que presenciamos ali fosse modificada,melhorada. Aquele pessoal todo que me recebeu, com o maior prazersenti isto, passei três horas e meia visitando todas as instalações daPolícia Técnica, do IML e conhecendo aquela triste realidade. E apartir daí que resolvi com este conhecimento de tudo o que estáacontecendo, da importância fundamental que tem o exercício de todasaquelas funções das perícias técnicas que são realizadas naquele Insti-tuto. E concluímos esta nossa introdução dizendo que aqueles quetrabalham que dirigem a segurança em nosso Estado, deveriam conhe-cer esta realidade, para aprender como eu aprendi e para que tomem etenham a sensibilidade política de tomar as providências de melhoraraquela Instituição. Senhor presidente, senhoras e senhores deputados,hoje 04 de dezembro, é o Dia Nacional do Perito Criminal, foi institu-ído por Lei Federal nº 11.654, de 14 de abril de 2008, numa iniciativada Senadora Ceres Cesarenko, do PT de Mato Grosso, como forma derealçar a importância do trabalho desenvolvido pelos profissionais daPerícia Criminal no Brasil. Hoje, portanto, é o primeiro dia em que secomemora o Dia do Perito Criminal em nosso Estado. E gostaríamosde parabenizar a iniciativa da Senadora Ceres Cesarenko do PT deMato Grosso, por esta iniciativa, e ao Congresso Nacional por teraprovado e consagrado este dia para não só ser lembrado o peritocriminal nesse dia, este dia é para que ele seja homenageado, todos osdias ele tem que estar na nossa lembrança pelos grandes serviços quetem prestado em nosso Estado e no Brasil. Mas a pergunta que surgede imediato é a seguinte: Existem razões efetivas para se comemoraruma data como esta ou o dia de hoje é apenas uma oportunidade paraprojeção de críticas e lamentações? Costuma-se dizer que a históriaassume o contorno real quando narradas sobre diferentes aspectos, ouniverso em que pontifica o perito criminal, deve ser descrito no míni-mo sobre ângulos distintos Deputado Max Barros, a junção da ciênciae da tecnologia, tem alçado o trabalho da perícia criminal para umpatamar quase impensável. Hoje, é possível descobrir a identidade deum criminoso a partir de uma simples gotinha de suor, foi o que acon-teceu com o assaltante Symon Moran, que nas práticas delituosas naInglaterra, sempre usava luvas e só arrombava casas de velhinhos. Amistura de talento e precaução, fez com que ele só fosse preso umaúnica vez em mais de 100 assaltos. Moran foi surpreendido ao saberque uma gota de suor havia sido suficiente para revelar a sua identida-de, depois de secar a testa com a luva ele mexeu no saco plástico, ondeuma de suas vítimas costumava guardar a bolsa, a descrição desse caso

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA20aparece na capa de uma revista, a Revista Superinteressante, edição deOutubro, que retrata o avanço da Ciência na luta contra a criminalidade,a revista descreve um verdadeiro mundo mágico que possibilita elucidarcrimes a partir de impressões digitais colhidas na pele humana ousubmersas na água, de exame de DNA feito em diminutos agrupamen-tos de células, ou ainda da reconstrução de imagens digitais, uma sim-ples cena captada pela câmera no elevador de um prédio, pode ser umroteiro seguro para identificação de um suspeito. Mas traçar perfis apartir de imagens e relatos de testemunhas é quase nada diante dareconstrução de um rosto, tomando por base o próprio esqueleto, atécnica vem sendo utilizada para identificar corpos queimados ou emestado avançado de decomposição, e há também um projeto para ofuturo ainda mais ousado, a construção de relatos falados analisando-se amostras de DNA que permitiriam definir características do crimi-noso como altura, peso, cor da pele e nos cabelos e até a tonalidade dosolhos. Senhora Presidente, senhoras deputadas, senhores deputados,essa é a face iluminada da perícia criminal, presente apenas nos melho-res laboratórios de genética e criminologia do mundo, há, porém ooutro lado da história, sombrio e inquietante, e esse nos interessa bemmais, porque está diretamente ligado a realidade do nosso Estado oMaranhão. O Maranhão tem hoje segundo os dados do IBGE, mais deseis milhões de habitantes, distribuídos em seus 217 municípios, paraatender toda esta demanda, requisitada por meio das DelegaciasDistritais, Especializadas Regionais e Municipais, do Poder Judiciá-rio, Ministério Público, da Defensoria Pública, e dos Presidentes deInquéritos Policiais e Militares, e de Comissões de Processos Admi-nistrativos Disciplinares, a Perícia Oficial do Estado que congrega osInstitutos Médicos Legal de Criminalística e Identificação, e mais ins-tituto, mais o Centro de Perícias para crianças e o adolescentes, dispõede apenas 78 peritos oficiais, dos quais 44 peritos criminais, sendoque destes apenas 35 exercem as suas funções, os outros estão distri-buídos em tarefas burocráticas, existe uma taxicologista, existe umfarmacêutico legistas somente, 30 médicos legistas, 2 odontolegistas,22 peritos criminalísticos auxiliares e 8 auxiliares de perícia médicolegal, por traz desses números desalentadores, um fato ainda maispreocupante, é que boa parte desses profissionais já conta com maisde 25 anos de efetivo exercício, o que indica que num horizonte de 3 a5 anos, o quadro da polícia técnica sofrerá uma baixa significativa coma transferência desse técnicos para a inatividade. De acordo com aAssociação Brasileira de Criminalística, que estima a quantidade idealde peritos oficiais pelo tamanho da população, o Maranhão precisariahoje de 200 médicos legistas, e tem apenas 30; de 300 peritos criminaise só possui 44; de 40 odontolegistas, conta com apenas 02; de 40farmacêuticos legistas, tem apenas uma, com quem eu conversei muitoe que está prestes a se aposentar; e com 40 toxicologistas, só dispõe deum, entre outros profissionais. Este corpo técnico responde por umleque extenso de serviços que inclui, entre outras: exames de lesõescorporais, identificação de sexo e de idade, conjunção carnal, necropsiase exumações, laudos sobre acidentes homicídios, suicídios, energia elé-trica, pulsos telefônicos, identificação veicular, documentoscopia, ba-lística, informática e mais, exames químicos, biológicos, toxicológicos,de DNA e de identificação civil e criminal. Toda essa gama de ativida-des é desenvolvida em condições físicas e materiais precárias. Eu po-deria dizer como no romance: “Meninos eu vi!”. Hoje, apenas osinstitutos de criminalística e medicina legal na capital possuem sedeprópria, construída vale lembrar, no Governo do governador PedroNeiva de Santana, há quanto tempo, que foi professor de Direito naFaculdade de Direito de Medicina Legal e que era um legista também,e ele construiu aquilo que existe hoje e vale repetir, em uma época queo Maranhão tinha 1/3 da população que tem hoje, e que São Luís tinha1/5 da população que tem hoje. O Estado construiu em 2006 umComplexo Regional de Polícia Técnica em Imperatriz, mas até hoje nãofoi regulamentada. Em um município como Imperatriz trabalha apenasdois peritos criminais e um perito auxiliar, um aspecto dramático, paranão dizer cômico, é que um motorista aposentado, senão me enganocom mais de 80 anos, é que realiza os exames técnicos como se peritofosse. É uma afronta direta ao Código de Processo Penal, que determi-

na a utilização de peritos ad hoc apenas nos lugares onde não existemperitos oficiais, ainda assim com a devida graduação. Os médicos queali trabalham, também estão irregulares, porque não possuem a especi-alização necessária. Pelo que se vê o Maranhão Perito ad hoc tornou-se profissão. Em Timon, existem dois médicos legistas trabalhando deforma improvisada em um anexo de um hospital do município, vejamsó, ao anexo do hospital do município colocando em risco a saúde dospacientes daquele local. Senhora Presidente, o ambiente da períciacriminal no Maranhão é de completo abandono. O reflexo fiel de comovem sendo tratada a segurança pública em nosso Estado, são estrutu-ras deficientes, falta de equipamentos, salários achatados, soma-se aisto a inexistência de concurso público, prova disso é que ao longo deuma década o Estado não nomeou um único perito criminal. Dos 30médicos legistas aprovados em concurso nomeados, apenas doze per-manecem na atividade, os demais pediram exoneração em razão dacomplexidade da função, do alto nível de insalubridade e da falta àvalorização criminal. E eu quero ressaltar um depoimento que ouvi alide um dos médicos, que desistiu de ser médico legista, ele concursadologo que assumiu suas funções, teve que trabalhar em um cadáver emalto estado de putrefação, e ele pegou uma pneumonia aguda, passoumuito tempo em tratamento, e o auxiliar dele veio a falecer, e ele voltouao IML apenas para pedir demissão do cargo que exercia. Para se ver aquestão da insalubridade com todo aquele pessoal que trabalha naque-la área. O último concurso realizado pelo Estado em 2006 para PolíciaCivil aprovou 30 peritos criminais e 30 médicos legistas, mais até hoje,eles engrossam a fila de espera para nomeação, apesar de terem cum-prido todas as etapas do certame e da flagrante necessidade de mão deobra para o setor. O serviço pericial da capital que já é penalizadopelas razões expostas, sofre o preso adicional com a falta de unidadesde perícia e de peritos no interior, isso leva a manipulação indevida devestígios dos crimes, o que resulta em perícias imprestáveis e atémesmo na produção de falsas perícias. Outro sinal de desarranjo nosistema é a grande quantidade de exumações conseqüência da falta doexame pericial feito por profissional qualificado, as famílias das víti-mas passam por um verdadeiro calvário para conseguir exercer umdireito assegurado por lei. Penaliza-se assim a sociedade, que se verprivada de serviços indispensáveis, e o próprio caixa do tesouro, por-que todos os procedimentos para corrigir a manipulação indevida dacena do crime tornam-se mais complexas e mais onerosas. Na maioriadas vezes esse trabalho peca pela falta de provas contra os acusados,e a falta de provas muitas vezes resulta em impunidade, em inseguran-ça e no aumento da violência. Senhora Presidente, Senhoras Deputa-das, Senhores Deputados, o quadro lastimável em que se encontra aPolícia Técnica do Maranhão constitui um retrato acabado da falênciado sistema de segurança pública do nosso Estado. Isso impõe umaação de toda a sociedade, do Estado, dos órgãos ligados à segurança,das instituições públicas, da Assembléia Legislativa e do seu corpo dedeputados. De nada vale ficarmos aqui desnudando essas mazelas se,ao lado dessa projeção, não forem apresentadas sugestões e propostaspara combater suas causas. Da minha parte estou apresentando umaIndicação ao Ministério da Justiça e ao Governo do Estado, para queseja viabilizada a construção do Complexo de Polícia Técnica doMaranhão mediante a aquisição de um terreno situado no Jaracaty aolado da agência do Banco do Brasil. Essa é uma velha inspiração douniverso da perícia criminal, objeto de gestões da Superintendência daPolícia Técnica e Científica junto à Secretaria de Segurança Cidadã.Esse complexo abrigará todos os órgãos da Polícia Técnica, oferecen-do-lhes modernas instalações, espaço físico adequado e ambiente maisseguro para o desenvolvimento das suas atividades. A obra deverá serconstruída com recursos da Secretaria Nacional de Segurança Pública(SENASP), portanto, os recursos para construção dessa obra encon-tram-se disponíveis no Governo Federal, no Ministério da Justiça. Émais do que necessária a sua aplicação, basta, então, o nosso apelo queestamos fazendo ao Governo, Senhora Presidente, para que o Governotenha a vontade política, conheça melhor a realidade deste importanteórgão para a segurança do nosso Estado, adquira o terreno e apresenteo Projeto, porque o dinheiro está disponibilizado para a construção

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 21desse importante prédio que vai abrigar toda a Polícia Técnica donosso Estado. Além da construção desse Complexo de Polícia Técnica,é imperiosa a adoção de outras medidas como a interiorização do siste-ma de perícia oficial com a construção de unidades regionais em cida-des pólos, a realização do concurso público para o quadro de peritosoficiais e a nomeação imediata de todos os aprovados. Também avalorização profissional mediante uma política de recuperação salarialque equilibre novamente a remuneração dos peritos com a dos delega-dos, a exemplo do que já acontece em outros estados. E, finalmente,como última etapa, a autonomia dos órgãos de perícia oficial, confor-me prevê o Programa Nacional de Segurança e Cidadania (PRONASC).Em 18 Estados dos 27 da nossa federação, a polícia, a perícia técnica jáé dirigida por um órgão autônomo, como é a nossa Defensoria Públicaque até hoje o nosso Governo não quer reconhecer. Senhora Presiden-te, como se vê, o dia de hoje, mais do que de festa e de congraçamento,deve ser aproveitado como momento de reflexão. O perito exerce umpapel crucial no trabalho da investigação criminal e é, por assim dizer,o indicador seguro para avaliar as ações da segurança pública e a von-tade política do Governo para com o setor tão importante da nossasociedade. A omissão e o descaso com a Polícia Técnica penalizamduramente a sociedade e a entregam como refém dos criminosos, por-que nessa história de negligências só há um beneficiário, aquele que usaa impunidade como suporte para a sua atuação. Senhoras e Senhores,essa é a nossa homenagem em nome desta Casa que fazemos aosperitos técnicos, aos peritos criminais do nosso Estado na comemora-ção deste primeiro dia. Eu parabenizo a todos pela triste realidade queeu consegui olhar ali, pelas grandes lições que todos vocês me derampara que eu, como Presidente da Comissão de Segurança e Cidadaniadesta Casa, possa ter uma atuação mais eficaz, eficiente e efetiva paraa solução de tão graves problemas.

O SENHOR DEPUTADO MAX BARROS – Deputado, meconceda um aparte?

O SENHOR DEPUTADO FRANCISCO GOMES - Com oaparte, o Deputado Max Barros.

O SENHOR DEPUTADO MAX BARROS (aparte) – Depu-tado Francisco Gomes, queria parabenizá-lo por, nesta data do peritocriminal, V. Exa. fazer um pronunciamento valorizando esta categoria,mostrando a complexidade do trabalho desses profissionais, da impor-tância desses profissionais para a segurança pública do nosso Estado,e as condições que vivem hoje os peritos, sem a mínima infra-estrutu-ra. Eu quero parabenizar pelo conteúdo do discurso de V. Exa. que,além da emoção, traz dados incontestáveis. Então, eu quero parabenizá-lo, eu acho que esta Casa hoje está de parabéns com o seu pronuncia-mento, e queria parabenizar também todos os peritos pelo sacrifíciocom que vêm exercendo a sua profissão, com a dificuldade, mas aomesmo tempo não pensado só neles, lutando para que mude a situaçãodos peritos e sejam dadas mais condições para que eles possam ofere-cer melhor serviço à sociedade. Além de homenagear V. Exa. pelo pro-nunciamento, quero elogiar também a Presidente da associação, a Kelly,que tem sido uma lutadora. Em nome dela, eu parabenizo a todos osperitos criminais. Parabéns, Deputado Francisco Gomes.

O SENHOR DEPUTADO FRANCISCO GOMES – Obriga-do pelo aparte, Deputado Max Barros. Eu peço que seja incorporado,como um texto do meu próprio pronunciamento, a contribuição que V.Exa. traz neste momento.

O SENHOR DEPUTADO JURA FILHO – Me conceda umaparte, Deputado?

O SENHOR DEPUTADO FRANCISCO GOMES - Com oaparte, o Deputado Jura Filho.

O SENHOR DEPUTADO JURA FILHO (aparte) – Deputa-do Chico V. Exª. nesse pronunciamento sereno, mas extremamenteconsciente em deixar as informações importantes, demonstrar que maisum setor da Segurança Pública do Maranhão está necessitando, urgen-temente, de atenção uma classe que é extremamente importante noprocesso de elucidar crimes ou dar segurança ao cidadão, também estáem situação precária. Esse seu pronunciamento vem alertar, principal-mente, o setor do Governo no sentido que ele direcione esforços eatenção para resolver mais um problema desta natureza que com certe-za contribuirá para a segurança e a satisfação do cidadão. V. Exª. está deparabéns por trazer essas informações nesse dia importante que, senão fosse por V. Exª. com essa intervenção e com este discurso passa-ria em branco e nós não ressaltaríamos a importância da classe dosperitos para a tranqüilidade da comunidade. Parabéns.

O SENHOR DEPUTADO RICARDO MURAD – DeputadoChico V. Exª. me permite um aparte?

O SENHOR DEPUTADO FRANCISCO GOMES – Obriga-do pelo aparte, Deputado Jura Filho peço que igualmente que sejaincorporado ao nosso pronunciamento um aparte ao Deputado RicardoMurad.

O SENHOR DEPUTADO RICARDO MURAD (aparte) -Deputado Chico Gomes, eu quero apenas dizer que para mim não ésurpresa nessa profundidade da análise que V. Exª. Faz. Depois que V.Exª. assumiu a Presidência da Comissão de Segurança Pública eu deforma muito feliz tenho observado que dados que jamais poderiamchegar a baila para a discussão para esse seu pronunciamento, a gentetivesse a oportunidade de debater aqui, mas dois fatos me chamamatenção no pronunciamento de V. Exª. Primeiro; a realidade, a transpa-rência da sua fala no que toca a atual situação do sistema, e em segundoa necessidade da autonomia que já há em outros Estados, eu creio queuma das providências que a comissão de Segurança presidida por V.Exª. pode fazer, é trazer de algum Estado que já haja a independência,a autonomia financeira e administrativa para que se bote isso na pautada comissão da Assembléia e que se comece a provocar o Governo, eusei que é difícil, até hoje o governo como V. Exª. disse não engoliu aautonomia da Defensoria, nós estamos com o orçamento do Estadoparalisado lá no Executivo, não anda e nem sai do lugar por força danão aceitação do Governo em termos de colocar lá os recursos propos-tos pela Defensoria Pública, mas é uma etapa que nós temos quevencer, parabéns, apresente aos médicos e profissionais do sistematambém, eu quero parabenizar a todos e aproveitar para fazer essasugestão que se comece a discutir a autonomia desse setor que é funda-mental para a vida do Estado.

O SENHOR DEPUTADO FRANCISCO GOMES – Obriga-do Deputado Ricardo Murad e obrigado também pela sugestão agoraapresentada que nós acataremos. Mas nós vimos também deputado danossa visita lá, as imagens de alguns institutos modelos no Brasil, eEstados que não são os mais ricos deste país, imagens lá do Estado doAmapá, imagens do Estado de Tocantins que tem ali construídoedificações e instalações as mais modernas possíveis e que acomodeme fazem com que os técnicos que ali trabalham, desenvolvam satisfato-riamente as suas atividades, este é um modelo também para o Maranhão,para que o Maranhão olhe o Tocantins, olhe o Amapá. Em Tocantinseu tive a oportunidade de ver em recente visita aquele Estado e olhetambém o Amapá para ver um modelo e um caminho a ser seguido. Éisso senhoras e senhores, as nossas palavras do dia de hoje, as nossashomenagens a todos aqueles que estão presentes aqui, os peritos cri-minais que se fazem presente neste momento e a todos os outros quenão puderam estar aqui presentes que sabemos do seu grande sacrifí-cio de desempenhar as suas atividades ali no Instituto Médico Legal,de técnicos, de peritos que nem férias podem tirar porque não temquem o substitua. Então, tudo isto nós temos que lamentar, mas en-grandecer e louvar o trabalho feito e dedicado ali que eu tive a satisfa-

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA22ção de presenciar, de comprovar que os senhores e senhoras que alitrabalham que ali estão presentes fazem da sua profissão um sacerdó-cio e fazem tudo por amor que tem a sua profissão, e o amor e a nossasociedade e ao próximo, obrigado e parabéns a todos vocês.

A SENHORA PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTA-DA FÁTIMA VIEIRA – Horário destinado aos Partidos ou Blocos.Bloco Parlamentar de Oposição. Líder, Deputado Ricardo Murad.

O SENHOR DEPUTADO RICARDO MURAD - DeputadoJura Filho, cinco minutos. Eu vou usar o resto do tempo.

A SENHORA PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTA-DA FÁTIMA VIEIRA – Com a palavra, o Deputado Jura Filho porcinco minutos.

O SENHOR DEPUTADO JURA FILHO (sem revisão doorador) – Senhora Presidente Deputada Fátima Vieira, Senhores De-putados, Senhoras Deputadas, o Deputado Francisco Gomes fez real-mente um alerta muito importante para o Governo do Estado, maslembro que, no início deste mandato, há dois anos, quando o DeputadoRaimundo Cutrim por várias e várias vezes veio à tribuna desta Casapara principalmente cobrar pela segurança do Estado, cobrar ações daSecretária, cobrar posições do Governo. Quantas e quantas vezes aoDeputado Raimundo Cutrim, que aqui não está, foi dito que ele faziaisso, de certa forma, por ciúme, por dor de cotovelo. Enfim, deram àscobranças feitas pelo Deputado Raimundo Cutrim várias denomina-ções menos a real: a necessidade que o Estado tinha e tem efetivamentede investir na segurança. Pelo fato do Deputado Raimundo Cutrimconhecer com profundidade essa questão do nosso Estado, é que eletinha a autoridade para assim fazer. Ele de certa forma recuou, talvezassim fosse. Mas passados dois anos. Este é um tema que não perten-ce apenas a um deputado, mas a todos que vêm a esta tribuna fazervárias cobranças, alertas ou trazer para cá o lamento da comunidade.Em todos os cantos do Maranhão, se fala de insegurança, se fala daforma como a comunidade cada vez mais fica presa, fica acuada, ficacom medo com o avanço da criminalidade e do banditismo. Essa sema-na, nós tivemos aqui, com muita ênfase, com muita propriedade, colo-cada pelos vários colegas deputados a questão da tortura, sob todas asformas, no Cadeião, mas não apenas no Cadeião, mas em várias outraslocalidades e em vários outros pontos. Sempre se ressalta a tortura evia-se que muitas vezes direcionava-se para a Polícia, para o homemou a mulher policial. Mas nós temos que ver em quais condições essehomem e essa mulher policial estão indo para o seu trabalho paradesempenhar uma função tão importante e necessária para o nossoEstado. Ainda há pouco, o Deputado Hélio aqui veio e falou da escalade trabalho, uma escala espartana em que efetivamente os policiaisestão sendo prejudicados, não apenas pelo complemento da rendafamiliar, mas também pelo desgaste, estresse e pressão humana sob osquais eles vivem e trabalham. Se há um aumento da criminalidade,conseqüentemente, há um aumento de riscos. Outro dia eu fui informa-do de que um determinado policial, na defesa da sua própria vidaquando prendeu um bandido, um suspeito, teve que deflagrar algunstiros, atingindo duas pessoas. Ele teve que pagar as balas porque assimfez. Então, a que ponto chegou ou sob que nível de pressão esta políciatrabalha! Não seria uma conseqüência da forma ou do ambiente em quevivem e aí acaba chegando lá na ponta, ou seja, lá no cidadão, que ésuspeito ou não, é bandido ou não, e aí nós estamos revivendo aquestão das torturas. É preciso que haja uma atitude enérgica do Go-verno, assumindo que é necessário intervir com responsabilidade, comcompetência. Porque, se falava antes, se fala muito mais hoje. Se tínha-mos violência antes, hoje temos muito mais. Eu acredito que os colegasdeputados e deputadas devam ter recebido ou recebam diariamente,através dos seus e-mails, os reclames da Polícia, seja a Civil, a Militarou a Técnica. Tivemos, há poucos dias, a questão dos delegados nestaCasa, enfim, o que nós estamos precisando é assumir essa realidadeque vivemos. Não adianta remendar vela velha com remendo novo que,

quando o vento bater, vai rasgar da mesma forma. Nós temos, sim, queencarar essa realidade para que possamos mudá-la ou pelo menoscomeçar a transformá-la para que a sociedade tenha mais tranqüilida-de. Para encerrar, eu queria ler alguns fatos que chegaram a mim, atra-vés da minha caixa de e-mails, de soldados que se revoltam com a atualsituação e fazem revelações sérias, e aqui é necessário que se diga paraque o Governo tenha a coragem de encará-las e resolvê-las. Nós nãopodemos apontar este ou aquele, mas é necessário que a estrutura deGoverno assuma sua responsabilidade. Diz o seguinte e-mail: Lamen-tamos o alto índice de violência da nossa cidade. Somos policiais mili-tares que não temos condições nenhuma de dar um bom atendimento asociedade. Salários defasados, ditadura dentro da Polícia Militar, mui-to aumento da escala de serviço. Voltaram a 50 anos no tempo, tudoque conseguiram ao longo deste tempo, lhes foi tirado. Não existe maisa motivação para que esses policiais possam ir às ruas, e fazem umareferência a patrulha do bairro, que aí uma das questões sérias que foilevantada por esta pessoa. Diz que a patrulha do bairro, está sendocantada e decantada, alardeada pelo Governo do Estado como umagrande solução, de certa forma ela é mascarada ou maquiada, para quepossa estar nas ruas. Disse que nenhuma dessas viaturas que aí estãoforam adquiridas para este fim especifico, mas foram sim, deslocadasde batalhões como, por exemplo, do primeiro batalhão foram tiradastrês viaturas; do sexto batalhão mais três viaturas; quatro viaturas dooitavo e mais três do nono batalhão. Tiraram as viaturas que estavamnos batalhões para atender o 190, e atender a comunidade, e transferi-ram para um outro setor para dizer que era um processo novo. Épreciso que haja um enfrentamento da situação por parte do Governo.É importante que nós levantemos os fatos para que sejam corrigidos.O Deputado Hélio fez referência ao Coronel Melo. Sabe-se lá tambémdeputado, qual é a pressão que o Coronel está tendo para apontar econseguir resultados diante de uma estrutura policial falida, diante deuma estrutura deficitária, diante de uma estrutura que precisa de inves-timento sério e contundente para resolver. É preciso que se esclareça eque se abra essa situação para que se resolva, porque há um encadea-mento de ações que, com certeza, esse desdobramento chegará ao maisfraco, principalmente no policial.

O SENHOR DEPUTADO HÉLIO SOARES - Me concedaum aparte, deputado?

O SENHOR DEPUTADO JURA FILHO - Concedo o apartea V. Exª.

O SENHOR DEPUTADO HÉLIO SOARES (aparte) - Com abenevolência da nobre deputada em exercício Deputada Fátima Vieira,que eu já antecipo os meus agradecimentos concedido o aparte de V.Exª. e todos nós notadamente temos essa preocupação, agora mais doque nunca, porque veio agora o limite. Tudo em nossa vida tem umlimite e o limite da nossa segurança chegou à tolerância zero. EntãoDeputado Jura, eu tenho até um projeto que dei entrada aqui nestaCasa, da subordinação da Polícia Militar não ser subordinada a PolíciaCivil, a Secretaria de Segurança Pública de uma maneira geral. O gabi-nete Militar, a Polícia Militar tem o seu nível de secretaria subordinadadiretamente ao próprio Palácio, diretamente ao Governador, como énos outros Estados, e aqui não sei a que “cargas d’águas”. Não queronem me referir muito a isso, a Polícia Militar é subordinada a Secretariade Segurança, e nós todos notamos um verdadeiro desentendimento,um verdadeiro descompasso. Eu até admito que o Coronel Melo tenhasofrido realmente pressão, e ele que é uma pessoa que é cumpridora deseus deveres, e como subordinado deve realmente estar transferindoessa responsabilidade, essa pressão, que realmente não pode aconte-cer de maneira nenhuma, mas eu voltarei a tribuna para falar desseassunto, depois que conversar com ele, apenas eu tive que registrarisso, porque os policiais de uma maneira geral estão reclamando eainda mais, a Polícia Comunitária nos bairros que é importante, umprojeto bastante importante que dá segurança realmente a todos nós,usuários, Deputado Ricardo Murad, se sair daquele roteiro, Deputado

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 23Jura Filho, eles são punidos, os policiais. Já esse novo modelo, apolícia do bairro se o usuário telefonar ou pedir, ele diz, ‘olha, nós nãopodemos sair desse roteiro’. Se sair dali, emergência qualquer que sejaque, às vezes, na emergência o usuário resolve o problema até antes dea polícia chegar, pode acontecer, mas se isso acontecer e ficar registra-do eles são punidos. Então, como V. Exª. acabou de referenciar aí, nãopode existir mais a ditadura dentro do próprio quartel, dentro da Se-cretaria de Segurança. Por isso com esse projeto desse deputado queaparteio agora para que essa desvinculação seja feita o mais rápidopossível. Muito obrigado deputado e lhe parabenizo pelo assunto queé importante a toda nossa sociedade.

O SENHOR DEPUTADO JURA FILHO - Só para concluir,quero ressaltar que a situação precária da polícia, da estrutura policial,do aparelho policial não é apenas da segurança, o Deputado RicardoMurad veio aqui trazer em foco a questão do Jámenes Calado. Obombeiro não tinha o aparelho ou tinha, mas, não prestava, mostra ograu de depredação e dificuldade em que a nossa polícia vive. Eu querodeputado Hélio, V. Exª. aqui fez referência a uma comissão para irconversar com o coronel Melo. Eu quero me incorpora a esta comissãopara que possamos, efetivamente, pelo menos que o governo aceite anossa ajuda, aceite as críticas que são críticas construtivas e aquiespelham o que a comunidade sente e o que a comunidade passa.Muito obrigado.

A SENHORA PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTA-DA FÁTIMA VIEIRA – Concedo a palavra ao Deputado RicardoMurad, por quinze minutos.

O SENHOR DEPUTADO RICARDO MURAD (sem revi-são do orador) - Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados,quero, no restante do tempo do bloco, tratar do assunto talvez maisimportante da história recente do Estado. Ontem, nós tivemos a divul-gação do parecer do Ministério Público Eleitoral a respeito da ação quea nossa coligação moveu contra o Governador Jackson Lago e seu vice,e o parecer conclui opinando pela cassação do registro, aliás, pelacassação dos diplomas do Governador Jackson Lago e do Vice-Gover-nador Luiz Carlos Porto ao mesmo tempo em que recomenda, em queopina para a posse da segunda colocada, a Senadora Roseana Sarney. Aação que a nossa coligação ingressou logo após a eleição, recurso con-tra a expedição do diploma do governador Jackson Lago, ela se baseouem um fato preponderante, tem vários crimes arrolados na ação, mas omais grave dele e até pelo ineditismo é o que se consubstancia napremeditação do governador a época José Reinaldo, em ter como obje-to, até do seu governo, a interferência no processo eleitoral para fazercom que a candidata Roseana Sarney sob nenhuma hipótese pudessesair vencedora da eleição. E para isto S. Exª. se preocupou, a partirdaquele instante em que houve o rompimento dele com o grupo políti-co que sempre o abrigou e até aí o rompimento absolutamente normal,as pessoas não são obrigadas a seguirem juntas por toda vida, eledesvirtua completamente a ação governamental e passa a gerir o gover-no apenas para o cumprimento do seu objetivo. Então, ele começa acometer inúmeros delitos que culminaram com a eleição do Governa-dor Jackson Lago, fruto desse abuso do poder econômico, político eadministrativo praticado ao longo daquele período pelo governadorJosé Reinaldo. Esta ação é tão séria, e a gente sempre disse isso esempre soube que o Governador do Estado premedita uma ação ecoloca a máquina pública a serviço desse objeto, faz a cooptação depolíticos, de prefeitos, coloca a máquina da Prefeitura, diz que até aAssembléia Legislativa iria participar desse mutirão, a Prefeitura deSão Luís, ele vai à Convenção do PSDB e diz lá, está gravado em altoe bom som, que ele ia, a partir daquele instante, a família, o SenadorSarney, ia ver o quanto pesa, o quanto vale o Governo do Maranhão, amáquina, porque a máquina, o Governo vai derrotar a Senadora Roseana.Já naquele tempo era esse o objetivo dele. Inaugurado o processoeleitoral, ele parte para o cumprimento da sua promessa, do seu obje-to. A primeira providência dele era a forma de cooptar politicamente

grupos que tradicionalmente tinham ligação com a Senadora Roseana,então, era preciso também cooptar o Presidente da FAMEM, era pre-ciso manter sob a influência do Governo parte da sua bancada naAssembléia, que era a bancada que apoiava a Senadora Roseana Sarney.E aí as coisas foram sendo montadas iguais, um quebra-cabeça. Foicontratada uma empresa de publicidade, foram cooptados os prefeitosque iriam liderar aquele movimento e aí, como tudo tem de ser financi-ado, de alguma forma, com recursos ou com a máquina, com o poder,eles começaram a usar, em profusão, convênios do Governo do Estadoou com prefeituras. Quando havia o prefeito do lado do Governo oucom associações, muitas delas, na sua grande maioria fantasmas, quenão existem na prática, dominadas por grupos políticos antagônicos àSenadora Roseana nos municípios. Isso tudo foi sendo documentado,isso tudo foi sendo objeto de prova para uma futura contestação daeleição, porque nós sabíamos o que iríamos enfrentar quando o Gover-nador resolveu pôr em prática esse plano dele. V. Exas. lembram que opróprio marqueteiro do Governador, a certa altura do processo eleito-ral, disse que haveria a necessidade de um segundo candidato, não sepensava ainda nem num terceiro. Primeiro começou apenas com Jacksone Roseana, José Reinaldo achando que a máquina elegia, mas com olançamento do governador, o nome não cresceu o suficiente, osmarqueteiros acharam que tinha que se fabricar outro candidato. Fo-ram lá e fabricaram o Vidigal, o Vidigal trabalhou, veio, foi candidatodurante certo tempo, mas não adiantou. Sentiu-se, então, a necessida-de de um candidato para desconstruir a imagem da Senadora, paraatacá-la, para denegrir a sua imagem, e foram buscar o DeputadoAderson Lago para fazer este papel. O Deputado Aderson Lago, en-tão, foi o terceiro candidato da Frente do Governador José Reinaldopara fazer o cumprimento daquele seu objetivo que era derrotar aqualquer custo a Senadora Roseana, líder em todas as pesquisas na-quela época. O Governador Jackson Lago participou da eleição doprimeiro turno, Vidigal participou, o Deputado Aderson participou e aSenadora Roseana teve, francamente, a grande maioria dos votos aindano primeiro turno, mas já sentindo a força do poder econômico, polí-tico, público interferindo no resultado do pleito. Foram mais de R$800 milhões em convênios, a própria defesa do governador admite que,na época eleitoral, nas peças que estão no processo, que foram usadosR$ 280 milhões em convênios. O Governador Cássio Cunha Lima teveo seu mandato cassado por unanimidade pelo Tribunal Superior Elei-toral, porque usou do Fundo da Pobreza da Paraíba R$ 3,5 milhões, ea própria defesa do Governador admite que R$ 280 milhões foramusados naquele período vedado, mas que ele não se beneficiou comaquilo porque não era o candidato do Zé Reinaldo. A única defesa queo Jackson está tendo neste processo é a alegação de que ele jamais teveligação alguma com o Governador José Reinaldo. Ora, mas os fatostodos, o processo inteiro é uma prova só de que ele e o GovernadorJosé Reinaldo, juntos, começaram a elaboração desse plano, e, usandoa estrutura pública do Governo do Estado, da Prefeitura de São Luís,foram buscar, parte na Assembléia, parte na FAMEM, os instrumen-tos para alcançar o objetivo. Eu não sei se V. Exas. lembram que, e achotambém que o Governador não se recorda, no dia 06 de março de 2006,a toda poderosa Secretária Alexandra Tavares se exonerou do cargo deSecretária Extraordinária de Solidariedade Humana. O processo eleito-ral começou em junho de 2006 e, em 06 de março de 2006, a todapoderosa Alexandra se exonera e para o seu lugar, no mesmo dia,Deputada Eliziane Gama e Deputado Pavão Filho, no mesmo dia,quem é nomeada? A Senhora Maria Clay Moreira Lima Lago para ocargo em comissão de Secretária Extraordinária de Solidariedade Hu-mana. Quem assina a nomeação são José Reinaldo Carneiro Tavares eLourenço José Tavares Vieira da Silva, Chefe de gabinete. A ligação deJackson e Zé Reinaldo vem de muito antes até do que esta nomeação daPrimeira-Dama. Ela remonta a 2005 quando este plano todo começoua ser urdido, preparado, fabricado, porque era preciso as garantiasnecessárias para que se pudesse tirar a eleição da franca favorita e, paraisso, no Maranhão só há uma forma conhecida pelos políticos, que é ouso da máquina por quem está no Governo. Então, no dia 06 de março,a Senhora Clay foi nomeada Secretária Extraordinária do Governo José

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA24Reinaldo Tavares. O Parecer da Procuradoria Eleitoral é claro quandodescreve a montagem da estrutura para modificar o resultado do plei-to, para modificar o resultado da vontade do eleitor, e a pequena dife-rença que houve entre o Jackson e a Roseana, no segundo turno, de-monstra que houve, por força do abuso do poder econômico e político,a fraude no resultado da eleição. Quem era para se eleger era a Roseana,mas como o Governo entrou com o dinheiro, o convênio, a força, oJackson foi o que se elegeu, mas se elegeu não pela vontade legítima dopovo e, sim, pela força da máquina, pela força do dinheiro, pela forçada corrupção eleitoral. É isso que está dito na ação, é isso que foireconhecido pelo Ministério Público Eleitoral. Eu creio que essa açãoe esse julgamento vão ficar na história do Brasil como aquilo queprecisa ser combatido em todas as épocas, que é o abuso de quem estáno poder usando o dinheiro público para permanecer lá ou para fazervaler a sua vontade elegendo aquele que é do seu interesse pessoal.Então, eu quero dizer que vamos aguardar, com muita expectativa emuita esperança, o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral. Comtodo o respeito que temos ao Governador Jackson Lago, ao SenhorLuiz Carlos Porto, nós entendemos, como o Ministério Público Elei-toral entendeu, desde que demos entrada neste recurso, que a eleiçãodeles foi uma eleição viciada, ilegítima, contrária à vontade majoritáriado povo. E eu quero também, com muita franqueza e com muita trans-parência, dizer que a Justiça serve para isso, o objetivo da Justiça éfazer prevalecer a lei, a legalidade. O Deputado Federal Flávio Dinoprovou do próprio remédio que ajudou a criar, a inventar, remédiotambém mata em excesso. Alberto Franco, muito indignado, dizer queo Deputado Flávio não tinha direito de contestar a eleição do SenadorJoão Castelo. Ora, ele tem e deve contestar se existem provas convin-centes como nós tínhamos e temos já reconhecidas pelo MinistérioPúblico Eleitoral, que é o uso do dinheiro público para eleger o SenadorJoão Castelo, o Deputado João Castelo, ou seja lá o que for, temdireito, sim, como não? E eu digo que ele experimentou do próprioveneno que criou, do próprio remédio que ajudou a inventar, porqueele foi um dos artífices da Frente da Libertação, com a sua inteligência,com a sua sabedoria, com a sua experiência o deputado Flávio Dinoemprestou a época a sua contribuição para que esta fraude pudesse serperpetrada. Jackson contra José Reinaldo, Deputado Max, não foidessa forma tão premeditada, agora, ele procurou a justiça, ele foibuscar reparação na justiça, não teve êxito, até porque o processo deletambém não foi julgado. Mas não teve êxito à verdade é essa. Mas oque eu quero dizer é que o parecer conclui que reconhecida à prática deconduta vedada de abuso e abuso de poder com a cassação dos diplo-mas dos recorridos a de ser diplomada a candidata Roseana Sarney,que perdeu a eleição apenas em segundo turno por pequena margem devotos afastando-se no caso a aplicação da regra do artigo 224 do códigoeleitoral, e diz que essa é a orientação do Tribunal Superior Eleitoral, econclui a vista de todo o exposto o Ministério Público Eleitoral opinapela rejeição das preliminares e provimento do recurso interpostopara que cassados os diplomas dos recorridos seja diplomado o segun-do classificado. Então essa é uma fase já ultrapassada, o gabinete doMinistro Eros Graus, já está com ele o processo, já chegou ao gabinetedo ministro, ele pode a qualquer momento marcar o julgamento, oprocesso está completamente instruído, creio eu que é necessário rapi-dez e celeridade, até porque uma situação dessa de instabilidade não éboa para o Estado, fica difícil governar o Estado com essa situação deabsoluta indefinição se o governador vai ou não vai continuar no cargo.O Tribunal Superior Eleitoral precisa ter a exata noção da importânciade um julgamento célere. Estamos, eu já disse aqui agora num aparteaté com orçamento sem está na Casa até agora, estamos sem orçamen-to. E eu quero dizer que nós vamos aguardar o julgamento do TribunalSuperior Eleitoral e esperamos que esse julgamento seja feito aindaeste ano no mês de dezembro. Temos tempo ainda para que o julga-mento ocorra. Muito obrigado, Senhor Presidente.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO – Bloco Parlamentar Progressista. Vai ser divido otempo entre o Deputado Edivaldo Holanda.

A SENHORA DEPUTADA ELIZIANE GAMA – DeputadaEliziane, Presidente, eu preciso de um tempo.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO – Eu vou usar uma parte do tempo, depois DeputadaEliziane e depois o Deputado Valdinar. Deputado Edivaldo Holanda,V. Exª. dispõe de até 20 minutos, com direito a apartes.

O SENHOR DEPUTADO EDIVALDO HOLANDA (semrevisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Parla-mentares, senhores e senhoras da galeria, Imprensa. O porta voz, dasuposta cassação do Governador Jackson Lago, Deputado RicardoMurad, estava senhor Presidente muito alegre com o parecer do Mi-nistério Público pedindo a cassação do governador e do senhor vice-governador Luis Carlos Porto. Essa atitude do Ministério Público elaocorre sempre desta forma. Eu vi também muita alegria por partedaqueles que trabalhavam a cassação da candidatura do então candida-to a Prefeito de São Luis João Castelo, e vi a festa que fizeram quandoo Ministério Público recomendou a cassação de João Castelo. A cida-de, a Imprensa, o Estado do Maranhão, a Imprensa que faz oposiçãoao grupo que governa, fez uma festa muito grande, rádio, TV, jornais,foguetes. Mas o TSE entendeu por unanimidade ou a sua unanimidadeque o Castelo deveria ser candidato e aí está eleito prefeito de São Luís.Se o governador Jackson Lago, deputado Ricardo Murad como V. Exª.mesmo frisou na tribuna não era candidato do então governador JoséReinaldo. O candidato do governador José Reinaldo todos nós sabe-mos era o senhor ex-ministro Edson Vidigal. E era na verdade o candi-dato que o Dr. José Reinaldo queria ver eleito. Tivemos as candidatu-ras legítimas do deputado Aderson Lago, e do Dr. Jackson Lago. Can-didatura vitoriosa no primeiro turno e que no embate do segundo turnovenceu a Senadora Roseana Sarney. O Governador, ainda Governadordo Estado da Paraíba, que sofre um processo de cassação, CássioCunha Lima, tem uma história completamente diferente dessa históriaque está nos autos e que impede a cassação do Governador JacksonLago. Primeiro, ele comandava sua própria sucessão, isto é, CássioCunha Lima, Governador da Paraíba, comandando o seu próprio pro-cesso eleitoral, ele como governador e candidato à reeleição. Ele distri-buiu 35 mil cheques daquele Fundo da Pobreza lá no Estado da Paraíba,e acredito mesmo que ali houve abuso de Poder Econômico, crimeeleitoral, mas em relação ao Governador Jackson Lago jamais. Eu achoque essa é uma tentativa contra a vontade popular e, como eu digosempre, Deputado Ricardo Murad, isso é feio. V. Exa. e o seu grupotorceram por um terceiro turno eleitoral, no tapetão, e não deixaram,desde o primeiro momento, em paz o Senhor Governador, procuraramuma data sempre constante, sempre de dois em dois meses, um mês eum dia, uma data da semana em que Jackson Lago seria cassado, issono primeiro ano, isso no segundo ano de governo, e agora vamos in-gressar no terceiro ano. Essa ação não será julgada mais este ano. Eudizia ao Deputado Ricardo Murad, em uma sessão ontem: “V. Exa. vaiter que marcar outra data do ano que vem, porque a data deste ano jápassou”. Mas vejam os Senhores a agressão contra a sociedademaranhense, o prejuízo que podem causar e que estão causando àadministração, não fora Jackson Lago, um homem forte, decidido, cons-ciente do seu dever de administrador, que desempenha um trabalhoextraordinário jamais nunca dantes visto neste Estado. Apesar da foiceque colocam no seu pescoço constantemente, ele não olha para oslados e nem para traz, Jackson olha para frente, administrando esteEstado de forma profícua, intrépida, desempenhando um trabalho,como já disse, extraordinário, apesar de toda essa perseguição. Essa éuma perseguição moral, é uma coação moral, é uma tentativa tambémde inibir o Senhor Governador e o seu trabalho permanente em favordo Maranhão. O Ricardo diz que quem tinha que vencer era a Gover-nadora Roseana, mas quem tinha que vencer, Deputado, era aquelecandidato dentre os dois que recebesse a maioria da vontade popular,soberana, democrática expressada nas urnas. E assim aconteceu com oGovernador Jackson Lago, que foi eleito por uma maioria soberana e

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 25democrática do nosso povo. Essa pressão é injusta, essa pressão édesumana, isso já virou mania. Eu acho que ficaria muito bem os Se-nhores deixarem o Governador governar em paz, terminar o seu man-dato em paz e se preparar para o embate nas urnas. Essa é a atitude queo Maranhão espera de V. Exa. e de todos aqueles que procuram ceifarum mandato legítimo e entregue pelo povo deste Estado ao Governa-dor Jackson Lago. Senhoras e Senhores Parlamentares, vamos olharpara a frente, não vamos olhar para traz, vamos olhar o futuro desteEstado e vamos deixar que o Governador Jackson Lago conclua a obraque ele iniciou com tanto carinho, com tanta competência e que conti-nua fazendo nos quatro cantos deste Estado. Uma extraordinária admi-nistração, seja no setor da infra-estrutura, seja no setor da educação,seja no setor da segurança que tem sido estraçalhada nesta tribuna porV. Exas., mas que tem sido um trabalho intrépido desenvolvido pelaDra. Eurídice Vidigal, pelo Governador e pelas autoridades nacionaisatravés do Programa PRONASC. Mas V. Exas. tentam empanar obrilho desse trabalho, que é um trabalho difícil, reconhecidamente difí-cil, porque, como eu dizia ontem, é o Calcanhar de Aquiles de qualquerGoverno do nosso País e em qualquer país do mundo. A segurança émuito difícil e, por mais que você envide esforços, você vai estarsempre aquém das organizações criminosas. Portanto, é fácil a Oposi-ção criticar. Mas, Senhor Presidente, Nobre Deputado Ricardo Murad,V. Exa. não vai ficar na mesma felicidade que estava hoje aqui, em razãodo Parecer do Ministério Público pedindo a cassação do GovernadorJackson Lago. Isso é apenas uma opinião, e nós temos certeza de queo Tribunal haverá de se manifestar favorável à permanência do SenhorGovernador Jackson Lago no comando do Governo de Estado doMaranhão. Muito obrigado.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOPAVÃO FILHO – Deputado Chico Gomes, por gentileza, assumaaqui a Presidência. Vou usar uma parte do tempo do Bloco e, emseguida, a Deputada Eliziane r o Deputado Valdinar para completar otempo.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Continuando o tempo do Bloco de Apoio aoGoverno, com a palavra, o Deputado Pavão Filho.

O SENHOR DEPUTADO PAVÃO FILHO (sem revisão doorador) – Senhor Presidente, Senhores Deputados e Senhoras Deputa-das, não poderia deixar encerrar a semana sem me manifestar nestaCasa em relação a uma proposta que nós apresentamos hoje. Sei que otema é palpitante, temos opinião formada sobre esse assunto, masvoltarei depois, na outra semana, para falar sobre esse tema, porque háoutros colegas que também deverão usar parte do tempo. Não poderiadeixar de dizer para esta Casa, dizer para o Maranhão, dizer para oBrasil da nossa proposta que apresentamos aqui, Deputado RicardoMurad, encaminhada à Bancada Federal do Maranhão, aos nossossenadores, aos nossos deputados federais. Vamos levantar, a partir dehoje, Deputado Hélio Soares, Deputada Graça Paz, essa bandeira emfavor da cidadania, essa bandeira em favor do Ministério Público Esta-dual. Tive a honra de participar, na segunda-feira pela manhã, emnome desta Casa, da abertura do Primeiro Encontro Regional do Mi-nistério Público Estadual do Maranhão. Senadores, o Senador EdisonLobão Filho estava presente, desembargadores, o Senador DemóstenesTorres veio fazer a palestra como membro do Ministério Público deGoiás, Senador da República, um dos mais brilhantes do Senado Fede-ral, juízes, promotores, procuradores, enfim, operadores do Direito. Egostaria de ler, Senhor Presidente, Deputado Valdinar Barros, o con-teúdo dessa proposta: a Lei Complementar n°. 101, de 04 de maio de2000, que é a Lei de Responsabilidade Fiscal no que tange o aumentodo limite de 2% destinado ao Ministério Público Estadual, previsto noArt. 20, Parágrafo 2º, inciso III, alínea D da referida norma. A Consti-tuição da República Federativa do Brasil de 88, em seu Art. 127,atribui ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, sendo

o mesmo essencial à função jurisdicional do Estado, contudo, paradesempenhar seu papel constitucional não é suficiente que o Ministé-rio Público possua, em seu quadro pessoal, pessoas capazes ecompromissadas com a atividade ministerial, é preciso além, que se-jam disponibilizadas condições adequadas para tal desiderato. A Lei deResponsabilidade Fiscal vem completar a 101, de 04 de maio de 2000,em seu Art. 20, Parágrafo 2º, inciso II, alínea D, limita em 2%, Senho-res Deputados, de toda receita corrente líquida do Estado, os gastoscom pagamentos de servidores pelo Ministério Público Estadual, 2%.Referido percentual atualmente mostra-se insuficiente perante todasas atribuições constitucionais que o Ministério Público incumbe-secom o fito de demonstrar que quão desafaço encontra-se tal percentual,é salutar proceder um breve comparativo entre o Poder Judiciário e oMinistério Público. Prestem bem atenção. Por óbvio que referidasinstituições possuem atribuições completamente distintas, mas apre-sentam funções correlacionadas, afinal, como dispõe senhor Presiden-te, a própria Constituição Federal. O Ministério Público é essencial àfunção jurisdicional do Estado. Ademais o Poder Judiciário Estadual,deputado Ricardo Murad, e o Ministério Público possuem algumassemelhanças que podem ser consideradas como finalidade de aferir; oque limita em 02% não é mais suficiente para manutenção daquelainstituição. Destaca-se inicialmente que a referida Lei de Responsabi-lidade Fiscal limite em 06% o repasse para o Poder Judiciário e apenasem 02% para o Ministério Público. Não obstante referidas as distin-ções nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, em todas asComarcas do Maranhão, não deve haver somente Juízes de Direito,mas deve haver em quantidade igual, a figura do Promotor de Justiça,sob pena de muitos Processos permanecerem parados, eis que a grandemaioria precisa que o Promotor de Justiça desempenhe seu papel, sejacomo um fiscal da lei, seja como parte processual. Acrescenta-se que opapel do membro do Ministério Público, vai além de funcionar nosprocessos judiciais, compete a ele dentre outras funções, a defesa dosdireitos dos cidadãos, a defesa de valores essenciais à vida, a defesa dasinstituições públicas, a defesa dos hipossuficientes e a defesa dosinteresses sociais individuais disponíveis. Contudo, o Ministério Pú-blico do Maranhão conta hoje com 31 Procuradores de Justiça, 253Promotores de Justiça, distribuídos entre as Comarcas de EntrânciaInicial, Intermediária e Final, apresentando cerca de 31 Comarcas semPromotor de Justiça no Maranhão. A necessidade, sem sombra dedúvidas, é muito maior do que 31 Promotorias de Justiça para asComarcas vagas; não estando incluídas nesse número as Comarcascriadas pela Lei Complementar Estadual 119 de 2008 e pendentes deinstalação. A necessidade é muito maior em um dos empecilhos para aprestação dos serviços mais justo, é o limite estabelecido pela Lei deResponsabilidade Fiscal. Não já possam suficientes os referidos da-dos a fundamentar o aumento do limite previsto na Lei 101, deve serconsiderado ainda o quadro de servidores do Ministério Público Esta-dual. Segundo os dados de agosto de 2007, o Ministério Públicomaranhense possui em seu quadro de pessoal 514 vagas para servido-res, das quais somente 428 estão ocupadas. Ainda que o referido qua-dro de servidores estivesse completo, não seria o suficiente porque anecessidade de pessoal é muito superior. Finalmente, senhor Presiden-te, senhores deputados, os aspectos acima delineados infelizmentenão são particularidades do Estado do Maranhão, mas sim, de todos osEstados da Federação. Cumpre esclarecer que, com o aumento dolimite percentual de repasse para o Ministério Público Estadual, paracusteio de pessoal, certamente possibilitará que o Ministério Públiconão só do Estado do Maranhão, mas de todo o Brasil tenha condiçõesde melhor cumprir o seu papel constitucional. Acrescenta-se que, umaboa prestação por parte do Ministério Público irá refletir sobremanei-ra nos mais diversos campos da sociedade, beneficiando-a de formageral e na manutenção do regime democrático. Portanto, por todas asrazões já expostas, aguardamos que o presente pleito seja acatadopelos nossos representantes na Câmara Federal e no Senado da Repú-blica para se mobilizarem com o objetivo de alterarem a Lei de respon-sabilidade Fiscal, permitindo que o Ministério Público tenha no míni-mo 04% da receita corrente líquida do Orçamento de cada Estado

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA26brasileiro. Senhor Presidente e senhores deputados, como é que emcada Comarca desse Maranhão, em cada Comarca deste Brasil, vocêtem um juiz de direito e não tem um promotor? Como é que o Minis-tério Público possa cumprir seu papel institucional, de defesa da soci-edade, de defesa do estado democrático de direito, se ele não estápresente em todas as comarcas do Maranhão? Então o MinistérioPúblico está engessado senhores deputados, e hoje deputado RicardoMurad, nós iniciamos uma grande bandeira, levantando esta grandebandeira de mobilizar outras Assembléias Legislativas do Brasil, mo-bilizar a nossa entidade que congrega os mil e cinqüenta e nove depu-tados estaduais, para junto das nossas bancadas federais, seja na Câ-mara Federal ou Senado da República, lutarmos para que a lei de res-ponsabilidade fiscal seja alterada, porque está comprometido SenhorPresidente, Senhores deputados, o papel do Ministério Público dessePaís, o papel do Ministério Público do nosso Estado, para cumprir asua função jurisdicional, se ele não está presente nas comarcas de todoo Maranhão. O Poder Judiciário do Maranhão recebe 6% da receitacorrente líquida do Estado para pagamento de pessoal. O MinistérioPúblico recebe 2% e a onde tem que ter um juiz, tem que ter umpromotor. Como é que você pode aumentar o numero de promotorespara atender a demanda da população se você não pode pagá-los?Como é que você pode aumentar o quadro de servidores do MinistérioPúblico, inclusive com varas já criadas, e aprovamos através de con-curso público, se você não pode pagá-los? Porque só pode gastar 2%da receita corrente líquida do Estado, não é só no Maranhão deputado,é em todo o Brasil, isso é a maior injustiça que já foi feita contra umainstituição, é a limitação desse percentual de 2% para o MinistérioPúblico desse Brasil. E olha que o Ministério Público tem um papel,além das comarcas deputado Hélio, aonde está o juiz tem que ter umpromotor, fora as promotorias especializadas de defesa do consumi-dor, de defesa da educação, do idoso, da saúde, do meio ambiente e detantas outras promotorias especializadas que ainda tem que ter umjuiz, mas tem que um promotor e aqui na capital nós sabemos que tem.A Procuradora Dra. Fátima Travassos que tem se dedicado de formaextraordinária a frente do Ministério Público do Maranhão, estáengessada, porque não pode preencher as vagas através de concursopúblico, o Ministério Público que não pode passar do limite da lei deresponsabilidade fiscal. Trinta e uma comarcas no Maranhão não têmum promotor de justiça e se não tem promotor de justiça não tem adefesa legítima, clara, transparente da cidadania, porque o promotor éo fiscal da lei. Eu vejo aqui o deputado Ricardo fazer um discurso deexaltação do parecer ministerial eleitoral do Brasil, a importância doMinistério Público, quando é para dar parecer a favor aí o MinistérioPúblico é importante, mas quando é para poder lutarmos em favor doaumento da receita para o Ministério Público, lá na ponta é onde estáo cidadão que paga o salário de todos nós, que elegem todos nós e quetem a necessidade da justiça e, a justiça está comprometida se não tiveraquele que é o fiscal da lei e defensor dos direitos do cidadão, o promo-tor. Portanto, Senhor Presidente, Senhores Deputados, nessa manhãnós lançamos essa grande bandeira e não vamos parar enquanto aquitiver um mandato popular em favor de que os percentuais sejam au-mentados, eu venho para cá defender o aumento de percentual dessaCasa deputado Hélio Soares, mas do Ministério Público eu venho,porque ele tem praticamente funções diferentes, mas correlatas com oJudiciário, aonde têm o juiz tem que ter o promotor, o Judiciário tem6% da receita corrente líquida, o Ministério Público tem 2%, portantoa bandeira está desfraldada. Esta luta está lançada, vamos cobrar, va-mos exigir da bancada do Maranhão, dos nossos 18 deputados fede-rais, dos nossos três senadores para que levante essa bandeira, lá nassuas casas legislativas e proponham uma modificação na lei comple-mentar federal, que é a lei de responsabilidade fiscal 101 de 04 de maiode 2000, que engessa o funcionamento do Ministério Público, que éessa Instituição tão indispensável para a manutenção da cidadania e doEstado democrático de Direito. Muito obrigado.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Para completar o tempo do Bloco Parla-

mentar de Oposição anunciamos a palavra da deputada Eliziane Gamapelo tempo de cinco minutos restantes.

A SENHORA DEPUTADA ELIZIANE GAMA (sem revisãodo orador) – Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, se-nhores membros da galeria, jornalistas, radialistas. Eu venho a estatribuna na verdade para fazer um convite senhor Presidente, muito foifalado hoje acerca da segurança pública no Estado do Maranhão, oamplo e brilhante, sem dúvida nenhuma, discurso feito aqui pelo nos-so deputado Chico Gomes, que expôs a situação da polícia técnica noEstado do Maranhão, também por outros colegas que já vieram a estatribuna. Eu vejo que a responsabilidade com a cidadania, a responsabi-lidade com a sociedade, a responsabilidade com a população de formageral deve ser algo inerente de todos nós, independentemente da nossaposição político-partidária, independentemente se somos ou não baseou oposição nesse parlamento, mas acima de tudo, esse parlamentoprecisa ter a sua responsabilidade com a sociedade. A deputada Hele-na, já bem colocou aqui no início desta sessão, ontem nós estivemosem seu gabinete recebendo uma equipe de familiares de apenados,especialmente ali do centro de Detenção Provisória, onde expuseram asua posição e o seu parecer quanto ao tratamento dado aos detentosque estão ali de forma provisória. Ali inclusive na mesma reunião eucoloquei a minha posição como cristã, como pessoa realmente que temesse papel, principalmente como Presidente da Comissão de DireitosHumanos desta Casa, que eu vejo que a questão da tortura é algointolerável, e eu tenho plena convicção que ninguém concorda com aquestão da tortura. E fomos colocados essa situação, então resolve-mos num primeiro momento e amanhã na sexta-feira, visitar o Centrode Detenção. Só que ontem ao final da tarde, nós recebemos umaligação dos familiares da deputada Helena e de também membros,tanto da OAB, como da Associação dos Magistrados do Maranhão, enós então acompanhamos essa visita até o Centro de Detenção Provi-sória. Lá então visitamos algumas alas e algumas celas daquele Centroe chegamos, inclusive, a conversar com alguns presidiários que esta-vam ali, expuseram as suas posições, acompanhamos inclusive mãesde presidiários e também, tentamos ainda conversar com um dosdetentos, não foi possível já que segundo informações passadas pelocomandante da Força Nacional que está no momento responsável alipelo Centro, ele estaria então em ocorrência na delegacia em função deconflitos que aconteceram durante o dia de ontem, eu então naquelemomento até me posicionei a não subir nesta tribuna hoje deputadoRicardo, sem antes ouvir também o próprio comandante ali da ForçaNacional e também a Secretária Eurídice Vidigal. Ontem não consegui-mos conversar com ela, e hoje ela já nos ligou ainda agora no plenário,deputada Helena, e convidou a todos nós para estarmos às quinzehoras, mas depois de colocarmos que precisaríamos da verdade dessaconversa, saber qual o tempo delimitado para a Força Nacional estaraqui no Estado do Maranhão, até quando ou a posição de superaçãodessa crise, porque todos nós sabemos que o papel da Força Nacionalé equacionar momentos de crises vividos nos Estados brasileiros, es-pecialmente naquelas situações realmente de conflitos e que, não sepoderia admitir que a Força Nacional permanecesse por um longotempo em uma função que todos nós compreendemos que é função deagente de segurança, cuidar de presos principalmente na situação queesta se vendo ali no CDP, a posição que nos foi passada, é que; a crisedeverá ser equacionada eu acho que precisa de todos nós, de deputa-dos eu acho que é necessário Deputado Chico, que V. Exª. esteja pre-sente, deputado Ricardo, os deputados que na verdade manifestaminteresse em superação dessa crise estejam envolvidos para saber,quais as medidas que nós realmente podemos tomar posicionamentosda OAB, posicionamento da Associação de Magistrados que precisamrealmente tomar para que essa situação seja superada, Presidente eupreciso por sua clemência de mais 2 minutos.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Pois não deputada, V. Exª. tem os 2 minu-tos.

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 27

A SENHORA DEPUTADA ELIZIANE GAMA – ObrigadaPresidente. Então nessa reunião eu compreendo que essa situação real-mente poderá ser resolvida, mas eu queria somente deixar aqui a nossapessoa inclusive colocamos o jornal, O Imparcial de forma muito enfá-tica, realmente a essa pessoa, eu não consigo entender, eu não consigocompreender o que levaria a agentes federais, uma tropa de elite alta-mente preparada, a agir de forma a torturar presos, eu não posso naverdade compreender, nem que para isso alguém diga; não, a ForçaNacional ela é trabalhada para se equacionar. Crise já basta o próprionome, a usar a força de forma a escalonar, a utilizar, em se resolverrealmente os problemas, ali de conflitos naquele momento, mas paramim, eu não consigo admitir que em nenhuma situação se use realmen-te algum tipo de tortura, porque todos nós sabemos que os presosprecisam, muito pelo contrário, serem tratados de forma a seressocializar e serem inseridos de forma plena na nossa sociedade. Nóssabemos que o problema de segurança, senhores Deputados, é umproblema geral, envolve na verdade várias situações. Envolve a justiçacomo um todo, envolve um trabalho realmente voltado de mutirãocarcerário que nós tivemos agora um recente com a liberação de duzen-tos e setenta e dois presos, isso aí desafoga o sistema prisional e fazcom que tenhamos um melhoramento dentro do sistema prisional deforma geral, precisamos ser justos Deputado Edivaldo Holanda, hoje oCentro de Detenção Provisória tem condições físicas, de instalação,extremamente favoráveis, foi muito claro, é muito patente a nossavisita feita ali, agora o que não se pode tolerar é qualquer tipo desituação repressiva sem necessidade que poderá ser feita junto aospresos porque tortura nunca mais. Nós estamos aí vivendo agora ossessenta anos de Declaração Universal dos Direitos Humanos, e issonão se pode tolerar, a Secretaria Eurídice Vidigal nos deu informaçãoque hoje já está indo para o Centro vinte e cinco agentes de segurançaque começam a trabalhar a partir de hoje no Centro de Detenção Pro-visória, para já estar dando uma nova visibilidade a essa situação queestamos vivendo no momento. Portanto o convite está feito, daqui hápouquinho às 3h00min na Secretaria de Segurança Pública para saber-mos quais as medidas que serão tomadas para a solução dessa proble-mática que estamos vivendo. Muito obrigada.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Com a palavra o Deputado Ricardo Muradpela Liderança, cinco minutos sem direito a apartes.

O SENHOR DEPUTADO RICARDO MURAD (sem revi-são do orador) – Senhor Presidente, realmente essa questão do Cadeiãoé algo que não se pode entender por mais boa vontade que se tenha, étão inusitada a ação do Governo eu não sei nem como o Ministro daJustiça autoriza a Força Nacional, eu acho que essa Força Nacional nãotem o que fazer, simplesmente, não tem o que fazer. Porque, a ForçaNacional vim para cá vigiar preso de uma cadeia recém-construída, nãosinceramente, e outra coisa eu fiquei assistindo no noticiário um majorse defendendo de toda forma. Não ouvi e nem assisti, Deputada Hele-na, à Secretária de Segurança nesse período dar uma palavra. Nãoassisti a nenhum membro do governo vim socorrer o pobre do majorque está dizendo que é o braço amigo. Eu já ouvi isso hoje 50 vezes nasrádios. A Força está aqui para ser amiga, mas não vi ninguém, quemsolicitou a Força foi o Governador a pedido da Secretária que temgrande intimidade lá com o Dr. Luís Fernando. E a Força vem para cápara ficar vigiando, Deputada Eliziane, presos numa cadeia recém-construída sem nenhuma necessidade. E olha que eu vou dizer umacoisa: essa situação coloca e desmoraliza nossa Polícia Militar de umaforma absolutamente inaceitável. Eu até disse hoje que, fazendo umestudo, se há necessidade de policiais, enquanto se preparam agentespenitenciários, concurso até agora, segundo eu soube, não foi feito.Policiais Militares do Maranhão tem aí à vontade, talvez se nós con-tarmos os nossos daqui da Assembléia dava para vigiar três cadeiõesdaquele. Estou falando porque é preciso que a gente tenha uma noçãode que as coisas não podem ser assim, eu não posso aceitar mais, não

é possível. Eu acho que o Estado precisa ser mais bem conduzido, nãose pode brincar com essa situação. E outra coisa: desmoralizar comoestão fazendo com a Força Nacional, que foi criada para atuar emsituações de emergência agudas, ou seja, quando houvesse a necessida-de de se combater um conflito no País, uma vez que as polícias estadu-ais não pudessem atuar com firmeza e sozinhas. Nesse caso, a Forçairia como uma espécie de reforço imediato para aquilo ali. Agora, 250homens no Maranhão não estão nem combatendo os bandidos, estãovigiando presos. Então, essa Força é absolutamente desnecessária, nãoprecisa ter. Até nessa situação de Santa Catarina talvez eles pudessemser mais úteis lá, que é uma situação de calamidade. Então eu querodizer da minha indignação...

A SENHORA DEPUTADA ELIZIANE GAMA – DeputadoRicardo, me permite um aparte?

O SENHOR DEPUTADO RICARDO MURAD – Da minhaindignação com essa falta de profissionalismo da Secretária de Segu-rança. Ela não tem a menor condição de ser secretária, e estamos dizen-do isso todo santo dia. E apenas para deixar registrado nos Anais,Senhor Presidente, é o complemento da minha fala primeira e rebaten-do um pouco a argumentação do líder Edivaldo Holanda: a posse daSenadora Roseana não significa usurpar mandato de Jackson Lago,pelo contrário, Jackson Lago é que usurpou. Se o Tribunal reconhecero direito que ela teria desde o início, originariamente, dois anos demandato legítimos que a Senadora Roseana já deveria ter tido à frentedo Governo. E essa tentativa de dizer que Jackson não era candidatode José Reinaldo não subsiste. Agora mesmo nós vimos o último com-promisso, nós assistimos ao último compromisso sendo pago, sendofeito, com todo respeito ao nosso querido Marcelo Tavares, mas elefoi eleito indicado pela Bancada do Governo como parte de um com-promisso político assumido pelo Governador Jackson Lago com oGovernador José Reinaldo. Assim foi com a Eurídice Vidigal que assu-miu o Sistema de Segurança e está lá irremovível, quer dizer, ninguémconsegue mexer na Senhora, porque é um compromisso de campanhacom o seu marido que foi um dos três candidatos a governador. E oDeputado Aderson Lago, que se movimentou contra a Bancada doGoverno e tem hoje talvez o repúdio da grande maioria da bancadagovernista, que já se fala até em arrancá-lo da Casa Civil, mas não seconsegue e aí os deputados dizem que ele é também “imexível”, vamosdizer assim, porque ele também... A Imprensa diz que não ouve o queeu falo, viu, Presidente? Então, o Deputado Aderson também é com-promisso como um dos três candidatos, assim como agora a indicação,por parte da Bancada do Governo, do Deputado Marcelo Tavares,com todos os méritos que o Deputado Marcelo tem. Não estou discu-tindo mérito pessoal de ele ser Presidente, pode ser Presidente, umbom Presidente, tem as qualidades para ser Presidente, mas a indica-ção dele partiu do compromisso que o Governador Jackson Lago tinhacom o Ex-Governador José Reinaldo, produto da armação da eleição de2006. Era só para ficar aí o registro para que a história amanhã nãofique mal compreendida. Obrigado, Presidente.

A SENHORA DEPUTADA ELIZIANE GAMA – Presiden-te, pela Ordem. Eu preciso só fazer um comunicado até mesmo porqueo Nobre Deputado fez citação ao meu nome. Pode ser?

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Pois não, deputada.

A SENHORA DEPUTADA ELIZIANE GAMA (questão deordem) - Eu queria só fazer aqui ressaltar que o Deputado Ricardo,quando passava por mim, dizia: “A gente não vai lá porque ela nãovem na Assembléia”. Mas brincando ainda, Deputado, eu acho que oque precisamos, eu quero deixar isso muito claro, a minha posição,como Presidente da Comissão de Direitos Humanos, é tentar resolverproblemas. Portanto, se temos um problema no Centro de Detenção,vamos resolver, agora eu não me submeto, e não vou me submeter a

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA28tentar criar fatos políticos da situação, eu acho que o problema é aquestão do Centro de Detenção, vamos com a secretária, vamos sentarcom ela e encontrar uma solução para se resolver o problema, ondeserá essa reunião, se é na Assembléia, se é na secretaria, se é no Centrode Detenção, não sei! Vamos sentar e vamos resolver, equacionar e daruma solução e sem duvida nenhuma chegar a uma definição que seja amelhor para todos, é isso que eu me proponho, estou a disposição,estou lutando, ontem cheguei em Casa por volta de 1h30min da manhã,depois de estar acompanhando o caso com representantes da OAB, daAssociação dos Magistrados, se estiver e virá a noite estarei pronta afazer isso, agora, não para criar fatos políticos, mas acima de tudo pararesolver o problema que todos nós precisamos estar envolvidos nisso.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Deputada Eliziane, nós já tínhamos umareunião acertado uma visita ao chamado Cadeião, eu gostaria muito defazer alguma coisa. Eu gostaria muito de que a Secretaria de SegurançaCidadã nos acompanhasse até lá.

A SENHORA DEPUTADA ELIZIANE GAMA – Presiden-te, ela se propôs a nos acompanhar, disse que hoje está havendo con-flito e que seria muito importante mais uma vez o nosso acompanha-mento na verdade a esse processo no Centro de Detenção.

O SENHOR DEPUTADO RICARDO MURAD – SenhorPresidente, pela ordem.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Deputado Ricardo Murad pela Ordem.

O SENHOR DEPUTADO RICARDO MURAD – Eu gosta-ria que V. Exª me esclarecesse um ponto, foi aprovado aqui uma forma-ção num consenso especial, não foi?

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Ainda não foi julgada, foi apenas lida.

O SENHOR DEPUTADO RICARDO MURAD – Porque,eu me lembro V. Exª. Como Presidente da Comissão de Segurançaesteve lá, inclusive convidou a comissão, mas só V. Exª foi com alguns,e parece que lá não foi muito bem... Gostaria só que V. Exª antes deencerrar fizesse um relato de sua primeira ida ao Cadeião.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Pois não deputado, mas primeiro uma Ques-tão de Ordem da deputada Helena Heluy.

A SENHORA DEPUTADA HELENA BARROS HELUY(questão de ordem) - Senhor Presidente Francisco Gomes, só parafortalecer alguns pontos colocados tanto por V. Exª como pela deputa-da Eliziane, eu acho que a visita que nós acordamos ontem de ser feitaamanhã, ela deve permanecer e não apenas como ficou muito claro V.Exª enquanto Presidente de uma Comissão, Eliziane, enquanto Presi-dente de outra Comissão, eu como tinha sido procurada pelas famíliasdos torturados, mas também outros deputados e deputadas que este-jam sensíveis a causa, e nós também deixamos claro ali que iríamos nosempenhar para que pudesse de logo. Primeiro - ser assegurado o direi-to de visita das famílias que amanhã, dia de sexta-feira é dia em que háuma ameaça, hoje há uma ordem de suspensão dessas visitas, e issonão apenas como direito dos presos e das famílias, mas também paraque os ânimos não se acirrem tanto, cancelar, suspender essas visitaseu receio profundamente o desdobramento dessa atitude. Suspenderas visitas. Então o que nosso empenho, o empenho dessa Casa sejaalgo concreto, se a senhora secretária está convidando para esta reu-nião, eu acho ótimo e que seja um momento para que se possa efetiva-mente definir atitudes por parte da secretaria ou do próprio governono sentido de dar um basta a estas práticas ali retirando ou não, porque

eu não sei quem é que seria colocado de emergência ali, nós temos queter as cautelas devidas, eu acho que nós temos que ter atitudes políti-cas, repito eu coloquei, mas políticas em uma dimensão, suprapartidária,suprablocos, supratudo, eu defendo isso, não só agir a política, umbom dia nosso é político, a ida a Tribuna é política, é uma atitude, nãovamos ter essas dificuldades, mas que seja no sentido de chegarmos abom tempo, e o bom tempo passará necessariamente por essas toma-das de posição por parte dos órgãos competentes, sem antes tambémter a as providências no sentido de identificar os autores dessa atroci-dades e as respectivas responsabilidades, sobretudo, criminais, é cri-me, tortura é crime. Obrigada.

A SENHORA DEPUTADA ELIZIANE GAMA – Por umaquestão de justiça Presidente, uma questão de ordem.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Com a palavra, pela ordem a DeputadaEliziane Gama.

A SENHORA DEPUTADA ELIZIANE GAMA – Só lem-brando que como ficou já colocado, nós fizemos um acordo que seriaessa visita amanhã, na sexta-feira, ontem a noite a não ida do deputadoFrancisco Gomes, a deputada Helena, chegou, não é isso deputadaHelena? A tentar se comunicar com o deputado Francisco, mas ele nãoestava em São Luís, alguma coisa, S. Exª pode muito bem, mas a ida deontem não foi algo tipo, excluir alguém, muito pelo contrário, a gentetentou fazer os contatos, não foi isso Ddputada Helena? E quem tevedisponibilidade de estar conosco lá, esteve, eu acredito que o deputadoFrancisco Gomes, não esteve no caso de ontem por uma impossibili-dade, enfim, não estava ao que me parece em São Luís.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Eu já até esclareci no meu pronunciamentoaqui da Tribuna no Pequeno Expediente, eu havia falado na reuniãoque tivemos no gabinete da deputada Helena Barros Heluy, da minhaausência no dia de ontem a partir do final da tarde para o município deMatinha, fiz um relato já hoje disto aqui. Voltei, cheguei pela madruga-da aqui e o telefone fica fora de área, lá nós não temos ainda, nãochegamos à modernidade de telefone celular. Então, esta foi à questãoda ausência. Agora, respondendo o deputado Ricardo Murad. Nósfizemos uma visita ao Centro de Detenção Provisória, o Cadeião, umadecisão tomada pela Comissão de Segurança e Cidadania ao qual eupresido, mas infelizmente eu fui sozinho, e é muito ruim a gente visitarum estabelecimento como esse, um deputado só, eu até falei para aDeputada Helena, eu estou aprendendo muito com os meus irmãosíndios que, quando eles vêm aqui tratar de algum assunto, vêm nomínimo três ônibus cheios de caciques. É assim que a gente deve fazer,nós deveríamos ir uma comissão grande de deputados para fazer estavista lá e averiguarmos tudo que está havendo e com a companhia dasecretaria seria muito bom, da Secretária de Segurança e Cidadã, seriaótimo que isto acontecesse, o Poder Executivo representado pela se-cretária e mais esta comissão de deputados e se pudesse mais o Minis-tério Público, da Magistratura para que todos nós juntos pudéssemosdar um basta a isso que está acontecendo ali naquele Centro de Deten-ção, esta posição presidindo também esta Sessão, poderíamos tambémdeputada Eliziane, nos reunir logo após a sessão deputada Helena,para que a gente pudesse, também essa condição que a secretária colo-cou e a gente pudesse discutir melhor já fora desta Sessão.

A SENHORA DEPUTADA ELIZIANE GAMA – Foi só umconvite Presidente que ela fez, não chegou a colocar nenhuma condiçãoaté o momento, foi só um convite para uma reunião às 15h.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Está bom deputada, nós poderíamos estaquestão, a minha opinião é essa, a Secretária iria conosco até as quinzehoras, eu estou disponível aqui para ir e cumprir essa função, daqui até

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 29amanhã às quatorze horas, eu estou disponível para fazer esta visita.Expediente Final. Não há orador inscrito.

O SENHOR DEPUTADO MAX BARROS – Pela Ordem,senhor Presidente.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES - Deputado Max Barros.

O SENHOR DEPUTADO MAX BARROS - Eu acho que aposição que V. Exª. está tomando como Presidente da Comissão deSegurança e a Deputada Eliziane como Presidente da Comissão deDireitos Humanos e a postura da Deputada Helena Heluy, é muitopositiva no sentido da Assembléia participar da solução de um proble-ma grave, as torturas nas cadeias do nosso Estado. Agora isso era otipo do livro que tem da morte anunciada, porque quando V. Exª.visitou o Cadeião, e as várias audiências que teve aqui sobre o sistemade segurança, ficou claro para todos nós que essa política que foiimplantada pela secretária de segurança de terceirizar o Cadeião, debotar a iniciativa privada no Cadeião, o depoimento dos agentes peni-tenciários aqui presididos pelo César Bombeiro, dizendo que a quanti-dade era totalmente insuficiente de agentes penitenciários para fazeraquele trabalho, isso tudo já prenunciava o que está acontecendo hoje,e o Governo foi pego de ‘calças curtas’, porque essa Assembléia cum-priu o seu papel, agora nós vamos trabalhar em cima do leite derrama-do, mas façamos assim, muito obrigado senhor Presidente.

VI – EXPEDIENTE FINAL.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES - Não houve oradores inscritos no ExpedienteFinal.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOFRANCISCO GOMES – Nada a mais havendo a tratar, declaro encer-rada a presente Sessão.

Ata da Centésima Décima Quarta Sessão Ordinária daSegunda Sessão Legislativa da Décima Sexta Legislatura daAssembléia Legislativa do Estado do Maranhão, realizada emvinte e quatro de novembro de dois mil e oito.

Presidente, em exercício, Senhor Deputado Pavão Filho.Primeiro Secretário, em exercício, Senhor Deputado Francisco

Gomes.Segundo Secretário, em exercício, Senhor Deputado Valdinar

Barros.

Às dezesseis horas, presentes os Senhores Deputados: Afon-so Manoel, Alberto Franco, Antônio Pereira, Arnaldo Melo, CarlosAlberto Milhomem, Carlos Filho, Cleide Coutinho, Edivaldo Holanda,Fátima Vieira, Francisco Gomes, Fufuca Dantas, Graciete Lisboa, GraçaPaz, Helena Barros Heluy, Hélio Soares, Marcelo Tavares, MarcosCaldas, Mauro Jorge, Max Barros, Nonato Aragão, Paulo Neto, PavãoFilho, Ricardo Murad, Rubens Pereira Júnior, Soliney Silva, StênioRezende, Valdinar Barros e Victor Mendes. Ausentes: Antônio CarlosBacelar, Camilo Figueiredo, César Pires, Eliziane Gama, João Batista,João Evangelista, Joaquim Nagib Haickel, José Lima, Jura Filho, MauraJorge, Pedro Veloso, Penaldon Jorge, Raimundo Cutrim e Rigo Teles.O Senhor Presidente declarou aberta a sessão. “Em nome do povo einvocando a proteção de Deus”. Em seguida foi feita a leitura do textobíblico; da Ata da Sessão anterior, que foi considerada aprovada e doseguinte expediente: Projeto de Lei nº. 214/08, encaminhado pela Men-sagem nº. 087/08, que cria o Programa de Implantação e Desenvolvi-mento de Centros Experimentais de Ensino Médio; 215/08, encami-nhado pela Mensagem nº. 088/08, que dispõe sobre a organização do

Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Estadual; 216/08, doTribunal de Justiça, encaminhado pela Mensagem nº. 010/08, que rea-justa em 4% (quatro por cento) o vencimento dos servidores públicosdo Poder Judiciário do Maranhão. Projeto de Resolução Legislativa nº.039/08, da Senhora Deputada Helena Barros Heluy, que concede otítulo de Cidadão Maranhense ao Professor e Filósofo Alípio Cristianode Freitas. Não havendo mais matéria sobre a Mesa para leitura oSenhor Presidente encaminhou o expediente à publicação e concedeu apalavra, no horário do Pequeno Expediente aos Senhores DeputadosStênio Rezende, Rubens Pereira Júnior e Marcos Caldas. O SenhorDeputado Stênio Rezende alertou que os agricultores da região Sul doMaranhão - principalmente os de Balsas – devem reduzir a produçãode grãos, em até 30%, nos próximos quatro meses. O que deveráacontecer devido ao fato de que os principais bancos e financeiras quebancam a produção estão temerosos com os efeitos da crise financeira,que começou nos Estados Unidos e ameaça a economia de todo omundo. Em seguida, fez-se ouvir o Senhor Deputado Rubens PereiraJúnior para fazer menção à supremacia do Poder Legislativo. Ele disseque escolheu esse assunto, em função do novo momento vivido pelolegislativo estadual, com sua mudança para a nova sede e também porter sido o tema da sua monografia. O Deputado falou acerca do forta-lecimento e da importância do Poder Legislativo, citando o pensamen-to de filósofos e mestres em Direito que enaltecem o Poder Legislativocomo sendo o principal dos poderes e o que salvaguarda a comunidade.O Senhor Deputado Marcos Caldas usou a palavra para fazer o lança-mento da sua candidatura ao cargo de 4º Secretário da Mesa Diretorada Assembléia Legislativa e para pedir o apoio de seus colegas. NaOrdem do Dia foi aprovado em segundo turno, tramitação ordinária oProjeto de Resolução Legislativa nº. 018/08, do Deputado AntônioPereira, que concede o título de cidadão maranhense ao EngenheiroAlfredo Vieira de Novaes Neto. O Projeto de Lei nº. 018/08, do Depu-tado Edivaldo Holanda, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas aolongo das Rodovias Estaduais, foi retirado da Ordem do Dia e encami-nhado às Comissões Técnicas para emissão de Parecer à EmendaSubstitutiva, oferecida no ato da discussão pelo autor do referido Pro-jeto. Inscrita no primeiro horário do Grande Expediente a SenhoraDeputada Helena Barros Heluy usou a Tribuna, para tecer considera-ções acerca das novas instalações do Poder Legislativo Estadual. Elareclamou e cobrou uma saída para evitar o distanciamento do povo dosparlamentares no novo prédio, uma vez que os deputados estariamencontrando dificuldades para atender o público, além disso, a maioriados parlamentares, quando estão em Plenário, não pode ser visto dagaleria nem tampouco ver os visitantes que se encontram nas galerias.Em outra parte do seu discurso, a Deputada Petista protestou contraa derrubada dos babaçuais pela Empresa Franere, no Calhau. Desta-cando o noticiário da imprensa ela considerou inaceitável o Estadopermitir a derrubada dos babaçuais quando existe uma lei em vigor queproíbe esse tipo de devastação. Na avaliação da Deputada essa atitudeda Franere é uma afronta ao ordenamento jurídico, à Assembléia e aopróprio Governador do Estado que vetou projeto de lei aprovado poresta Casa, proibindo a derrubada de palmeira do babaçu. Aparte ou-viu-se os Deputados Hélio Soares, Antônio Pereira e Max Barros quese solidarizaram com a oradora da Tribuna . No tempo destinado aosBlocos Parlamentares, ouviu-se pelo Bloco Parlamentar de Oposiçãoos Senhores Deputados Victor Mendes e Francisco Gomes. O SenhorDeputado Victor Mendes voltou registrar o aumento da violência noMaranhão, especialmente no interior do Estado. O parlamentar rela-tou que na Cidade de Pinheiro, no último final de semana, um jovemmanteve a ex-namorada em cárcere privado durante dois dias. Disseque o episódio só não teve o mesmo desfecho do ocorrido em SãoPaulo, que culminou com o assassinato da jovem Eloar, porque a po-pulação, os parente e amigos da vítima e do seqüestrador entraram emação. O Parlamentar registrou a audiência pública realizada por inicia-tiva do Tribunal de Justiça do Maranhão e do Conselho Nacional deJustiça, quando a Secretária de Segurança Cidadã, Eurídice Vidigal,pôde constatar que as críticas feitas à falta de segurança no Estado, seestende também aos juízes, não apenas aos deputados de oposição ao

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA30Governo do Estado. Em aparte, o Deputado Afonso Manoel lembrouque o caso de São Paulo foi exaustivamente divulgado na imprensanacional o que possivelmente teria inspirado o jovem seqüestrador dointerior maranhense. Ele lembrou ainda que a violência é um problemaNacional e não apenas da Secretária de Segurança do Maranhão. Sobreeste assunto, ouviu-se o Deputado Francisco Gomes que se solidari-zou com as palavras do orador que lhe antecedeu na tribuna e elogioua iniciativa das associações dos Magistrados e do Ministério Públicodo Estado do Maranhão de realizarem audiência pública para tratarsobre a segurança pública. No tempo destinado ao Bloco ParlamentarProgressista-BPP, ouviu-se os Senhores Deputados Edivaldo Holandae Alberto Franco. O Senhor Deputado Edivaldo Holanda para rebateras críticas levantadas pelos Deputados Victor Mendes e FranciscoGomes ao sistema de segurança pública do Estado e enaltecer o traba-lho que vem sendo realizado pela Secretária de Segurança Pública,Doutora Eurídice Vidigal.O Senhor Deputado Alberto Franco, no res-tante do tempo do BPP, destacou a eleição do Desembargador JamilGedeon para Presidente do Colégio de Corregedores da Justiça Federale o parabenizou pela sua eleição, após fazer um relato da biografia domagistrado que formou-se bacharel em direito pela Universidade Fede-ral do Maranhão, ingressou no Ministério Público através de concur-so, foi Procurador Geral de Justiça, secretário-geral do Conselho Naci-onal de Procuradores Gerais de Justiça, Presidente do Conselho Supe-rior do Ministério Público e do Colégio de Procuradores de Justiça noEstado e Desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão. O Se-nhor Deputado Ricardo Murad usou a Tribuna pela Liderança doBloco Parlamentar de Oposição para reforçar as criticas feitas ao Sis-tema de Segurança Pública do Estado, feitas pelos seus colegas deBlocos, no que foi contestado pelo Senhor Deputado Valdinar Barros,que usou a Tribuna no tempo destinado à Liderança do Governo. Nadamais havendo a tratar o Senhor Presidente encerrou a sessão determi-nando que fosse lavrada a presente ata que, lida e considerada aprova-da, será devidamente assinada. Plenário Deputado “Gervásio Santos”do Palácio Manoel Bequimão, em São Luís, 24 de novembro de 2008.Deputado Pavão Filho - Presidente, em exercício. Deputado FranciscoGomes - 1º Secretário, em exercício. Deputado Valdinar Barros - 2ºSecretário, em exercício.

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DEEMENDA CONSTITUCIONAL Nº 004/2008

Altera dispositivos da Constituição Estadual, tor-

nando de execução obrigatória a programação

incluída por Emenda Parlamentar.

Art. 1. º - A Constituição do Estado do Maranhão passa avigorar com as seguintes alterações:

“Art. 136. ...........................................................................

§6º - A Sessão Legislativa não será encerrada sem a delibe-

ração sobre o projeto de lei orçamentária anual, que será

acompanhado, ainda, de demonstrativo regionalizado do

efeito, sobre as receitas, e despesas decorrentes isenções,

anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza fi-

nanceira, tributaria e creditícia.

Art. 136-A. A programação constante da lei orçamentária

anual, incluída por emenda parlamentar é de execução

obrigatória, salvo se aprovada, pela Assembléia Legislativa,

por maioria absoluta, solicitação, de iniciativa exclusiva

do Governador do Estado, para cancelamento ou

contingenciamento, total ou parcial, de dotação.

§1º - A solicitação de que trata o caput deste artigo somente

poderá ser formulada até 120 (cento e vinte ) dias antes do

encerramento da Sessão Legislativa e será acompanhada

de pormenorizada justificativa das razões de natureza téc-

nica, econômico-financeira, operacional ou jurídica, que

impossibilitem a execução.

§2º - A solicitação poderá, ainda, ser formulada a qualquer

tempo, nas situações que afetem negativamente a arrecada-

ção da receita, calamidade pública de grande proporções,

ou quaisquer fatos que afetem sobremaneira a programa-

ção financeira - orçamentária do Estado.

§3º- Em qualquer das hipóteses, as solicitações tramitarão

em regime de urgência.

Art. 2º - Esta Emenda à Constituição entrará em vigor na datade sua publicação.

PLENÁRIO DEPUTADO “GERVÁSIO SANTOS” DO PA-LÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO” em 14 de outubro de 2008.ARNALDO MELO - Deputado Estadual

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO,JUSTIÇA E REDAÇÃO FINALP A R E C E R Nº 285/2008

RELATÓRIO:Trata-se de Projeto de Resolução Legislativa apresentado pelo

Senhor Deputado JOSÉ LIMA, que visa a conceder o Título de CidadãMaranhense à Doutora Maria Vitória Bouças Bahia Silva.

Acerca da matéria, dispõe o art. 132, inciso IV, alínea h, daResolução Legislativa n.º 449/2004, que dispõe sobre o RegimentoInterno desta Casa:

Art. 132. Os projetos compreendem:[...]IV – os projetos de resolução destinados a regular com eficá-cia de lei ordinária, matéria de competência privativa daAssembléia Legislativa e os de caráter político-processuallegislativo ou administrativo, ou quando a Assembléia deva-se pronunciar em casos concretos, tais como:[...]h) concessão de título de cidadão maranhense a pessoas quetenham prestado relevantes serviços nas áreas cultural, ci-entífica, religiosa, esportiva, política ou de assistência sociale desenvolvimento econômico, comprovados mediante cur-rículo.

O breve currículo anexado pelo autor do projeto demonstraque a homenageada se enquadra, efetivamente, nas hipótesesautorizadoras da concessão do título. Ao longo da sua vida participoude diversos eventos educacionais no Estado do Maranhão e fora dele,como palestrante, debatedora, painelista, conferencista, coordenado-ra, sempre em defesa da educação de qualidade para todos.

Tem-se, pois, por preenchidos os requisitos exigidos para aconcessão do título mencionados pelo art. 132, IV, h, do RegimentoInterno desta Assembléia Legislativa.

VOTO DO RELATOR:Em face do exposto, opino pela constitucionalidade, legalida-

de e juridicidade e, por conseguinte, pela aprovação do Projeto deResolução n.º 037/08, de autoria do Deputado JOSÉ LIMA.

É o voto.

PARECER DA COMISSÃO:Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Redação

Final votam pela aprovação do Projeto de Resolução n.º 037/08, nostermos do voto do relator.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIM”,

em 02 de dezembro de 2008.

DEPUTADO EDIVALDO HOLANDA – PresidenteDEPUTADO RUBENS PEREIRA JÚNIOR - RelatorDEPUTADO ARNALDO MELO

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 31

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO,JUSTIÇA E REDAÇÃO FINAL

P A R E C E R Nº 296/2008EM REDAÇÃO FINAL

RELATÓRIO:O Projeto de Lei nº 212/2008, de autoria do Poder Executivo,

que dispõe sobre a instituição da Gratificação de Incentivo de Desem-penho da Gestão Escolar, e dá outras providências, foi aprovado comemenda.

Concluída a votação, vem agora a esta Comissão o presenteProjeto de Resolução a fim de que, segundo a técnica legislativa, sejadada à matéria a forma adequada, nos termos do art. 203 do RegimentoInterno.

VOTO DO RELATOR:Assim sendo, opinamos por se dar à proposição a redação

final na forma do anexo, que está de acordo com o aprovado.É o Voto.

PARECER DA COMISSÃO:Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Redação

Final votam pela aprovação do Projeto de Lei nº 212/2008, nos termosdo voto do relator.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIM”,

em 03 de dezembro de 2008.DEPUTADO EDIVALDO HOLANDA - Presidente e RelatorDEPUTADO ARNALDO MELODEPUTADO RUBENS PEREIRA JÚNIOR

PROJETO DE LEI Nº 212 / 08

Dispõe sobre a instituição da Gratificação de In-

centivo de Desempenho da Gestão Escolar, e dá

outras providências.

Art. 1º Fica instituída a Gratificação de Incentivo de Desem-penho da Gestão Escolar, de caráter temporário, aos servidores doMagistério da Educação Básica em efetivo exercício das FunçõesGratificadas de Gestor-Geral e Gestor-Auxiliar, observados os valo-res em conformidade com os módulos escolares, na forma do Anexo Ida presente Lei.

§ 1º A gratificação que trata o caput deste artigo é inacumulávelcom a percepção de outra gratificação de caráter temporário, exceto agratificação natalina.

§ 2º A gratificação não se incorpora aos proventos, nem cons-titui salário-contribuição para a seguridade social.

§ 3º O pagamento da gratificação será suspenso durante operíodo em que o servidor estiver de licenças enumeradas no art. 118 enos afastamentos previstos nas alíneas “b”, “c” e “e” do inciso I, ealínea “a” do inciso III do art. 153 da Lei nº 6.107, de 27 de julho de1994.

Art. 2º A Gratificação de Incentivo de Desempenho da GestãoEscolar será concedida, exclusivamente, como forma de incentivo aoGestor-Geral e Gestor-Auxiliar dos Centros de Ensino.

§ 1º A concessão da gratificação de que trata o caput desteartigo está condicionada ao atingimento, pelo gestor escolar, dasmetas de melhoria da escola e da qualidade do ensino, que serãoestabelecidas pela Secretaria de Estado da Educação, no prazo decento e vinte dias, a partir da promulgação da presente Lei.

§ 2º A Secretaria de Estado da Educação realizará a pri-meira avaliação ao final do segundo ano letivo, a partir da vigên-cia desta Lei, e assim sucessivamente.

§ 3º No período anterior à primeira avaliação a gratificaçãoserá concedida sem observância dos critérios estabelecidos no parágra-fo anterior.

§ 4º A manutenção do pagamento da gratificação de incentivoinstituída por esta Lei fica condicionada ao resultado da avaliaçãoreferida no § 2º.

Art. 3º Para efeito de concessão desta gratificação, os Centrosde Ensino de que trata a Lei nº 286, de 29 de agosto de 2006, passam aser hierarquizados em módulos escolares, observado o disposto noAnexo II desta Lei.

Parágrafo único. O enquadramento das unidades de ensino deque trata o caput deste artigo será definido em decreto, com base noCenso Escolar.

Art. 4º A designação para o exercício das Funções Gratificadasde Atividades Educacionais de Diretoria dos Centros de Ensino e aconcessão da gratificação instituída por esta Lei decorrerão de ato doChefe do Poder Executivo.

Art. 5º As escolas que oferecem atendimentos especializadosa alunos portadores de necessidades especiais, alunos menores infra-tores e alunos privados de liberdade serão enquadradas no Módulo I.

Parágrafo único. Para efeito do disposto no caput deste artigosão consideradas escolas com atendimento especializado o Centro deEnsino da Educação Especial Padre João Mohana, o Centro de Ensinode Educação Especial Helena Antipoff, o Centro de Ensino de Apoio aPessoa com Surdez Profª. Maria da Glória Costa Ancangeli, o Centrode Ensino de Apoio Pedagógico Anna Maria Patello Saldanha, o Cen-tro de Ensino Sete de Setembro e a Unidade Escolar João Sobreiro deLima.

Art. 6º As disposições contidas nesta Lei aplicam-se às Uni-dades Integradas, Unidades Escolares e Jardins de Infância da RedeEstadual de Ensino, observando-se o Anexo III, no que se refere aodisposto no art. 1º desta Lei.

Art. 7º As despesas decorrentes da execução desta Lei corre-rão à conta dos recursos orçamentários próprios.

Art. 8º Esta Lei entra vigor a partir de 1º de fevereiro de 2009.Art. 9º Fica revogado o art. 5º da Lei nº 286, de 29 de agosto de

2006.

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TERÇA-FEIRA, 09 DE DEZEMBRO DE 2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA32

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