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Nervo trigêmeo Ana Flávia Fernanda Henrique João Victor Lara Marcela

1- Nervo Trigêmeo

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Nervo trigêmeo

Ana FláviaFernandaHenriqueJoão VictorLaraMarcela

Neuroanatofisiologia: O nervo trigemeo é o um nervo misto, possui uma raiz sensitiva e uma

raiz motora. O trigêmeo é um nervo que carrega fibras sensitivas e motoras,

contendo dois componentes: 1. Aferentes somáticos gerais que conduzem impulsos exteroceptivos de dor, temperatura e tato, e os proprioceptivos;

2. Eferentes viscerais especiais que inervam os músculos da mastigação, o tensor do tímpano e o tensor do palato. É o maior e um dos mais complexos dos nervos cranianos devido às

conexões com o III, IV, VI, VII, IX, X nervos cranianos e o sistema simpático.

Raiz motora: É constituída de fibras que acompanham o

nervo mandibular, distribuindo-se aos músculos mastigadores (temporal, masseter, pterigoideo lateral, pterigoideo medial, milo-hióideo e o ventre anterior do musculo digástrico).

Todos esses músculos derivam do primeiro arco branquial e as fibras que os inervam se classificam como eferentes viscerais especiais.

Raiz sensitiva: É formada pelos prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos,

situados no gânglio trigeminal (ou semilunar, ou gânglio de Gasser), que se localiza sobre a parte petrosa do osso temporal.

Os prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos do gânglio trigeminal formam distalmente ao gânglio os três ramos ou divisões do trigêmeo: nervo oftálmico, nervo maxilar, nervo mandibular; responsáveis pela sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça, através das vias que se classificam como aferentes somáticas gerais.

Essas fibras conduzem impulsos exteroceptivos (temperatura,dor,pressão e tato) e proprioceptivos (originam-se em receptores localizados nos músculos mastigadores e na articulação temporo-mandibular).

As células do gânglio são unipolares e as fibras bifurcadas.

Os ramos internos passam por dentro da substância da ponte para terminar no núcleo sensitivo principal e núcleo medular, e o ramo externo passa por fora como raiz sensitiva (porção maior) do V nervo, que depois forma suas três divisões:

1- O nervo oftálmico de Willis ou V1: É sensitivo e o menor dos três ramos. Passa na frente através da parede lateral do seio cavernoso, onde situa entre o III e IV nervos e lateral ao VI nervo, entra na órbita através da fissura orbital superior, mas antes de sair do seio cavernoso dá os ramos do tentório e anastomóticos e depois se divide em seus ramos lacrimal, frontal e nasociliar;

2-Nervo maxilar ou V2: É sensitivo e passa através da parte lateral do seio cavernoso e sai do crânio através do forame redondo. Depois cruza a fossa pterogopalatina, entra na órbita através da fissura orbitária inferior, atravessa o canal e o sulco infraorbitário e alcança a face pelo forame intraorbitário. Depois atinge a fossa craniana e se dissocia com seus ramos terminais: (1) ramos palpebrais inferiores, que inervam a pele e a conjuntiva da pálpebra inferior e os ângulos da rima palpebral; (2) ramos nasais, que se distribuem à mucosa do vestíbulo, ao septo móvel do nariz e à pele da asa do nariz; e (3) ramos labiais superiores, os quais se distribuem à boca, gengiva e lábio superior

3-Nervo mandibular ou V3: O maior dos três, é misto e dá um ramo pequeno meníngeo e depois sai do crânio através do forame oval; A porção posterior do nervo mandibular divide em três grandes ramos. Dois desses, o lingual e o aurículotemporal são exclusivamente sensitivos, mas o terceiro, o alveolar inferior também conduz fibras motoras para o músculo milohioideo e o ventre anterior do digástrico.

Em vermelho, nervo oftálmico; em amarelo na face, nervo maxilar superior; em amarelo na parte da cabeça, nervo occipital menor, no ângulo da mandíbula o nervo auricular menor, e no pescoço o nervo transverso do pescoço; em azul, o nervo mandibular; em verde, o nervo occipital maior na parte superior da cabeça, e ramos dorsais do III ao VI nervos cranianos na parte inferior da cabeça

Via trigeminal exteroceptiva: Neurônio 1 – estão nos gânglios trigeminal;

É um neurônio pseudounipolar, que comunica receptor com tronco encefálico (ponte);

Neurônio 2 – estão localizados no núcleo do tracto espinhal ou no núcleo sensitivos principal do trigêmeo. As fibras que terminam exclusivamente no núcleo sensitivo principal levam impulsos de tacto discriminativo (epicritico); As que terminam exclusivamente no núcleo do tracto espinhal vão levar impulso de temperatura e dor; E os que terminam nos dois provavelmente relacionam-se com tato protopático e pressão.

Neurônio 3 - localizam-se no núcleo ventral póstero-medial do tálamo; passa pela capsula interna e coroa radiada, termina na porção da área somestesica (giro pós central – área Brodmann 1,2,3).

Via proprioceptiva: Os neurônios 1 estão no núcleo do trato mesencefálico; Esses neurônios são pseudounipolares; Os prolongamentos perifericos destes neurônios, ligam-se a fusos

neuromusculares situados na musculatura mastigadora, mimica, língua, articulação temporomandibular e nos dentes;

Os prolongamentos centrais, vão fazer sinapse no núcleo motor do trigêmeo para formar o reflexo mandibular;

Alguns prolongamentos vão levar impulsos inconscientes ao cerebelo; enquanto outros ganham o núcleo sensitivo principal (neurônio 2) levando impulsos proprioceptivos conscientes através do lemnisco trigeminal que vão para o tálamo e ao córtex.

Curiosidade: Neuralgia do Trigêmeo (Nevralgia) A neuralgia do trigêmeo é uma dor lancinante, em metade da face, que

dura alguns segundos e pode ser desencadeada por estímulos sensitivos como o vento, escovar os dentes, alimentar-se ou mesmo tocar a face. A dor pode ser referida como choque, pontada ou agulhada e é de forte intensidade.

A incidência da neuralgia do trigêmeo é baixa, não chegando a 0,0005% da população, mas causa significativa evasão do trabalho. Afeta as mulheres ligeiramente mais frequentemente que os homens e é raro em pessoas abaixo dos 50 anos de idade, embora as crianças e adultos jovens possam desenvolver a doença. O primeiro episódio de dor facial normalmente acontece quando o paciente tem de 50 a 70 anos de idade.

A causa mais comum desta dor é a compressão do nervo trigêmeo por uma artéria localizada dentro do crânio e que pulsa sobre a raiz nervosa. Outras causas são as idiopáticas (sem causa determinada), secundárias a Esclerose Múltipla (EM) ou a tumores intracranianos.

 Medicamentos como a Carbamazepina, o Baclofeno e a Gabapentina geralmente são de grande valia para o tratamento clínico.     Quando a dor não é bem controlada com os medicamentos ou quando o paciente não tolera mais o tratamento clínico, existem opções cirúrgicas com alto índice de sucesso: 1- A neurotomia do trigêmio por balão, por exemplo, é um procedimento realizado sob sedação e anestesia local e, através de uma punção por agulha ao lado da boca, o nervo trigêmio é alcançado. Então, realiza-se uma pequena compressão da raiz nervosa com o auxílio de um balão. Esta compressão é suficiente para impedir a transmissão dos impulsos dolorosos através do nervo e a pessoa pode ficar livre da dor por meses, ou até definitivamente. 2-Outras opções como a rizotomia por radiofrequencia e a descompressão neurovascular através de craniotomia suboccipital são também opções terapêuticas muito interessantes para determinados casos e podem levar a cura da doença.