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XX 03 11/01/2012
* Força-tarefa bloqueia entrada de fraude - p.04
* Construções históricas em risco - p.07
* Modernizar o Código Penal é prioritário - p.15
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RICARDO VAS-CONCELOS
Após descartar a suspeita de haver um esquema de fraude nos postos de combustíveis de Minas Gerais em que os estabelecimen-tos vendem menos pro-duto do que o mostrado no visor das bombas, uma força-tarefa for-mada por entidades do setor e órgãos do go-verno vai intensificar as fiscalizações para evitar que o golpe chegue ao Estado.
“Desde o ano passa-do, realizamos milhares de operações nos pos-tos. Se houvesse qual-quer fraude, teria sido descoberta”, afirma o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Ge-rais (Minaspetro), Car-los Guimarães.
O grupo voltará a se reunir na segunda-feira, conforme Guima-rães, para definir o que será feito durante as no-vas vistorias. “Vamos ficar atentos e evitar qualquer possibilidade de que esse golpe seja aplicado em Minas”, acrescenta o diretor. Além do Minaspetro, a Agência Nacional de Petróleo (ANP), a Se-cretaria de Estado de Fazenda, o Instituto de
Pesos e Medidas (Ipem) e o Ministério Público integram a força-tarefa.
EnganaçãOA denúncia sobre o
golpe foi feita, no últi-mo domingo, pelo pro-grama “Fantástico”, da Rede Globo, e mostrou a fraude sendo pratica-da em postos do Paraná. O empresário Cléber Onésimo Alves Salazar, apontado como respon-sável pelo esquema, foi preso anteontem.
O golpe consistia em instalar uma placa eletrônica nas bombas, ao custo de R$ 5.000 por aparelho. Acionado por um controle remoto, o equipamento liberava menos combustível no tanque dos carros do que o mostrado no pai-nel das bombas.
Cléber Salazar deve responder por formação de quadrilha, estelio-nato e crimes contra a ordem econômica. On-tem, em depoimento, ele negou participação.
Para o delegado responsável pelo caso, Jairo Estorílio, existe a suspeita de que a fraude venha ocorrendo tam-bém em Santa Catarina e outros Estados, mas por meio de outros frau-dadores, que não teriam ligação com Salazar.
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Força-tarefa bloqueia entrada de fraude
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