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  OS DOZE PASSOS COMENTADOS

12 Passos Comentados Revisao2012 140414

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Dependência Afetiva Auto Ajuda

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  • OS DOZE PASSOS COMENTADOS

  • CoDA, Codependentes Annimos SP Brasil

    Os 12 Passos Comentados __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Traduzido de: Co-Dependents Anonymous, Inc. P.O. Box 7051

    Thomaston, Gergia USA Fone:;(001-706)-6486868 - Protegido por direitos autorais 1998.

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    Apostila: Os Doze Passos Comentados

    5 Edio 40 pgs. setembro, 2012

    Rio de Janeiro / RJ / Brasil

    Traduzido de: CoDA, Co-Dependents Anonymous Inc.

    P.O. Box 7051/ Thomaston, Georgia, USA Fone: (001-706) 486868 - Protegido por direitos autorais 1998.

    *

    ASSOCIACAO JUNTA DE SERVICOS GERAIS DE CODEPENDENTES ANONIMOS DO BRASIL JUNCODAB

    CNPJ - 08.315.403/0001-31

    *

    CoDA, Co-Dependents Anonymous / USA

    CoDA, Co-Dependents Anonymous Inc. P.O. Box 33577, Phoenix, AZ

    ZIP CODE: 85067 - USA - Ph: (001-602)-277-7991 (24hrs). Site: http://www.codependents.org / E-mail: CoDA meeting locator, from Our CoDA

    Organization

    *

    Informaes Internacionais sobre CoDA:

    World Service of CoDA P.O. Box 7051, Thomaston, Gergia

    ZIP CODE: 30286 - USA - Ph: (001-706)648-6868 - fax: (001-706)647-1755. Site: www.codabrasil.org ou www.codabrasil.org.br

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    NDICE

    Bem vindo ao CoDA Co-Dependentes Annimos.................................................................... 4 Prembulo de CoDA..................................................................................................................... 5 As Oraes de CoDA.................................................................................................................... 5 Voc Codependente?.................................................................................................................. 6 As Doze Promessas de CoDA....................................................................................................... 8 Os Doze Passos.............................................................................................................................. 9 Passo Um....................................................................................................................................... 10 Passo Dois....................................................................................................................................... 11 Passo Trs....................................................................................................................................... 13 Passo Quatro.................................................................................................................................. 15 Passo Cinco.................................................................................................................................... 17 Passo Seis........................................................................................................................................ 18 Passo Sete....................................................................................................................................... 20 Passo Oito....................................................................................................................................... 21 Passo Nove...................................................................................................................................... 23 Passo Dez........................................................................................................................................ 25 Passo Onze..................................................................................................................................... 28 Passo Doze...................................................................................................................................... 31 Apadrinhamento em CoDA.......................................................................................................... 33 Assistindo s Reunies de CoDA.................................................................................................. 35 A Sndrome de Abstinncia......................................................................................................... 37

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    BEM- VINDO AO CoDA, CO-DEPENDENTES ANNIMOS!

    Seja bem-vindo ao CoDA, CoDependentes Annimos, um programa de recuperao para a codependncia, onde cada um de ns pode compartilhar a nossa experincia, fora e esperana em nossos esforos para nos libertarmos da escravido e confuso das nossas relaes com outros e com ns mesmos. A maioria de ns tem procurado, por vrias maneiras, superar os dilemas dos conflitos dos nossos relacionamentos e da nossa infncia. Muitos de ns fomos criados em famlias disfuncionais, onde existiam problemas com vrias adices, outros j no o foram. Em qualquer um dos casos constatamos em nossas vidas que a codependncia um comportamento compulsivo, profundamente arraigado e que nasce por vezes em famlias com sistemas extremamente disfuncionais e em outros casos no. Cada um de ns tem experimentado da sua prpria maneira, ao longo de nossas vidas, o doloroso trauma do vazio da nossa infncia e dos nossos relacionamentos. Ns tentamos usar os outros nossos companheiros, amigos e at mesmo nossas crianas, como nossa fonte exclusiva de identidade, valor prprio, bem-estar e como modo de tentar restabelecer dentro de ns as perdas emocionais de nossas infncias. Nossas histrias podem incluir outros hbitos poderosos que s vezes ns usamos para enfrentar a nossa codependncia. Ns temos aprendido por muito tempo a sobreviver vida, mas em CoDA ns estamos aprendendo a viver a vida. Por intermdio da aplicao dos Doze Passos e dos princpios espirituais, porm no religiosos, que encontramos em CoDA, em nossa vida diria e em nossos relacionamentos atuais e passados ns podemos conquistar uma nova liberdade em ns mesmos e vencer nosso estilo doentio de viver. Este um processo de crescimento individual. Cada um de ns est crescendo ao nosso prprio passo e o continuaremos fazendo para permanecermos abertos a Deus numa base diria. Nosso compartilhar a nossa maneira de identificao, nos ajuda a nos livrarmos dos laos emocionais do nosso passado e o controle compulsivo do nosso presente. No importa o quanto traumtico possa ter sido o seu passado, ou o quanto desesperador possa parecer o seu presente, existe esperana por um novo dia atravs do Programa de CoDA CoDependentes Annimos. Voc j no precisa mais confiar nos outros como um Poder Superior a voc. Que voc possa encontrar aqui, uma fora dentro de voc a qual foi doada por Deus de maneira preciosa e gratuita.

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    PREMBULO DE CoDA, CODEPENDENTES ANNIMOS.

    Codependentes Annimos uma Irmandade de homens e mulheres cujo propsito comum aprender a desenvolver relacionamentos saudveis. O nico requisito para ser membro da Irmandade possuir o sincero desejo de estabelecer relacionamentos saudveis. Ns nos reunimos para compartilhar e nos apoiarmos durante a jornada do autoconhecimento e do aprendizado do amor prprio. A prtica diria do programa permite a cada um de ns ficarmos ntegros conosco mesmos com relao as nossas histrias pessoais e nossos prprios comportamentos Codependentes. Ns confiamos nos Doze Passos e nas Doze Tradies adaptados de AA, para obter o conhecimento e a sabedoria. Estes so os princpios de nosso Programa e guias para o desenvolvimento da integridade e o cumprimento de relaes com ns mesmos e com os demais. Em CoDA cada um de ns aprende a construir uma ponte em direo a um Poder Superior de nossa prpria compreenso e permitimos aos outros o mesmo privilgio. Este processo de renovao um presente de cura para ns. Trabalhando ativamente o programa de CoDA CoDependentes Annimos, ns podemos perceber em nossas vidas uma nova alegria, aceitao e serenidade.

    AS ORAES DE CoDA

    A ORAO DE ABERTURA DE CoDA

    EM ESPRITO DE AMOR E VERDADE, PEDIMOS A VOC, PODER SUPERIOR, QUE NOS GUIE ENQUANTO COMPARTILHAMOS NOSSAS EXPERINCIAS, FORAS E ESPERANAS.

    ABRIMOS NOSSOS CORAES PARA A LUZ DA SUA SABEDORIA, DO CALOR DE AMOR E A ALEGRIA DA ACEITAO.

    LEMA DO CODA

    S POR HOJE EU SOU A PESSOA MAIS IMPORTANTE DA MINHA VIDA

    ORAO DA SERENIDADE

    DEUS CONCEDA-ME A SERENIDADE

    PARA ACEITAR AS COISAS QUE EU NO POSSO MODIFICAR,

    CORAGEM PARA MODIFICAR

    AQUELAS QUE POSSO E SABEDORIA

    PARA RECONHECER A DIFERENA.

    ORAO DE ENCERRAMENTO

    NS LHE AGRADECEMOS PODER SUPERIOR, POR TUDO QUE RECEBEMOS DESTE ENCONTRO.

    AO TERMIN-LO, PERMITA QUE LEVEMOS CONOSCO SABEDORIA, AMOR, ACEITAO E ESPERANA DE RECUPERAO

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    VOC CoDEPENDENTE?

    Muitos de ns lutamos com as perguntas: O que codependncia? Eu sou codependente? Queramos definies precisas e um diagnstico criterioso antes que nos decidssemos. Codependentes Annimos, como est declarada na Oitava Tradio, uma Irmandade no profissional. No oferecemos nenhuma definio ou diagnstico criterioso para a codependncia e, respeitosamente, deixamos para os profissionais da Psiquiatria e Psicologia realizarem esta tarefa. O que ns oferecemos, A partir da nossa prpria experincia, so atitudes, caractersticas e comportamentos que descrevem como e o quanto nossas histrias foram Codependentes.

    Acreditamos que a recuperao comea com um autodiagnstico honesto. Viemos a aceitar nossa

    inabilidade para manter e nutrir relacionamentos saudveis com outros e com ns mesmos. Comeamos a reconhecer que a causa estava enterrada e existente h muito tempo em padres destrutivos de viver.

    Achamos que estes padres podem cair dentro de categorias gerais: ser submisso e agradvel aos outros e controlador e manipulador dos outros.

    Sugerimos que possa ser til usar as anotaes: Sempre, Normalmente, s vezes, Nunca.

    PADRES DE CONTROLE ( ) Eu preciso ser necessrio para poder manter uma relao com os outros. ( ) Eu espero pela aprovao dos outros com relao aos meus pensamentos,

    sentimentos e comportamentos acima da minha prpria aprovao.

    ( ) Eu concordo com os outros para que assim, eles gostem de mim. ( ) Eu centralizo minha ateno em proteger os outros. ( ) Eu acredito que a maioria das outras pessoas incapaz de tomar contar delas. ( ) Eu conto os pontos das boas aes e favores, me magoando quando eles no

    so reembolsados. ( ) Eu sou muito qualificado em adivinhar como as outras pessoas esto se sentindo. ( ) Eu me antecipo em reconhecer as necessidades e desejos dos outros antes que eles

    peam para que sejam reconhecidos. ( ) Eu fico ressentido quando outros no me deixam ajud-los. ( ) Eu sou tranqilo e eficiente nas situaes de crise das outras pessoas.

    ( ) Eu s me sinto bem ao meu respeito quando estou ajudando os outros. ( ) Eu ofereo livremente conselhos e sugestes para outros sem ser perguntado. ( ) Eu me afasto dos meus prprios interesses para fazer o que os outros querem. ( ) Eu s peo por ajuda e nutrio, mesmo assim relutantemente, quando estou doente. ( ) Eu no consigo tolerar ver os outros sofrendo.

    ( ) Eu me dou generosamente e presto favores para aqueles com os quais me preocupo.

    ( ) Eu fao uso do sexo para ganhar aprovao e aceitao.

    ( ) Eu tento convencer os outros de como eles verdadeiramente pensam e devem se sentir.

    ( ) Eu me percebo completamente desinteressado por mim mesmo e dedicado pelo bem-estar dos outros.

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    PADRES DE SUBMISSO

    ( ) Eu assumo responsabilidade pelos sentimentos e comportamentos dos outros. ( ) Eu me sinto culpado pelos sentimentos e comportamentos dos outros. ( ) Eu tenho dificuldades para identificar o que estou sentindo. ( ) Eu tenho dificuldades para expressar o que estou sentindo. ( ) Eu tenho medo da minha raiva, contudo s vezes me torno irado. ( ) Eu me preocupo como os outros podem responder aos meus sentimentos, opinies e

    comportamentos. ( ) Eu tenho dificuldades para tomar decises. ( ) Eu tenho medo de ser ferido e/ou rejeitado pelos outros. ( ) Eu minimizo, altero ou nego como verdadeiramente me sinto. ( ) Eu sou muito sensvel com relao ao que os outros esto sentindo a ponto de sentir o

    mesmo. ( ) Eu tenho medo de expressar opinies ou sentimentos diferentes. ( ) Eu estimo as opinies e sentimentos dos outros mais que os meus prprios. ( ) Eu coloco as necessidades e desejos das outras pessoas antes dos meus. ( ) Eu me sinto envergonhado ao receber reconhecimento, elogios ou presentes. ( ) Eu julgo severamente tudo o que penso, digo, ou fao como nunca bom o suficiente. ( ) Eu sou perfeccionista. ( ) Eu sou extremamente leal e permaneo muito tempo em situaes prejudiciais. ( ) Eu no peo para que os outros conheam minhas necessidades ou desejos. ( ) Eu no me percebo como uma pessoa amvel e que vale a pena. ( ) Eu assumo compromissos acima dos meus prprios valores e integridade para evitar

    rejeio ou raiva dos outros. Depois de completar esta lista de conferncia, sugerimos que voc continue assistindo as reunies de CoDA durante vrias semanas. Procure por companheiros nos quais voc acredita que possa confiar e discutir com eles suas respostas da lista de conferncia. Se voc vier a aceitar que realmente um codependente, ento voc estar pronto para procurar um padrinho e comear os DOZE PASSOS para sua recuperao.

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    AS PROMESSAS DA RECUPERAO Se formos diligentes nesta fase de nosso desenvolvimento, ficaremos surpresos antes mesmo de ns terminarmos este mtodo. Vamos conhecer uma nova liberdade e uma nova felicidade. No lamentaremos o passado, nem desejaremos fechar a porta para ele. Compreenderemos a palavra Serenidade e conheceremos a paz. No importa o quanto distante estamos da escalada, veremos como nossa experincia pode beneficiar aos outros. Aqueles sentimentos de inutilidade e autopiedade desaparecero. Perderemos o interesse em coisas egostas e interesses de lucro em nossos companheiros. Perderemos a vontade de buscar a vontade prpria. Nossa atitude e perspectiva de vida mudaro por inteiro. O medo das pessoas e da insegurana econmica nos deixar. Saberemos dirigir situaes que nos confundiam intuitivamente. Perceberemos de repente que Deus est fazendo por ns o que no podemos fazer por ns mesmos. So extravagantes estas promessas? Acreditamos que no. Elas esto sendo cumpridas entre ns s vezes depressa, s vezes lentamente. Elas sempre se materializaro se trabalharmos por elas.

    AS 12 PROMESSAS DE CODEPENDENTES ANNIMOS

    Trabalhando o programa de Codependentes Annimos eu posso esperar uma mudana milagrosa em minha vida. Fazendo um verdadeiro esforo para trabalhar os Doze Passos e seguir as Doze Tradies, eu... 1. Reconheo que no estou s e que meus sentimentos de vazio e solido vo desaparecer. 2. No sou controlado(a) por meus medos. Eu supero meus medos e ajo com coragem, integridade e

    dignidade. 3. Experimento uma nova liberdade. 4. Liberto-me da preocupao, da culpa e da lamentao quanto ao meu passado e ao presente. Eu me

    mantenho suficientemente atento(a) para no repetir. 5. Experimento um novo amor e uma nova aceitao por mim mesmo(a) e pelos demais. Eu me sinto

    genuinamente merecedor(a) de ser amado(a). 6. Aprendo a me ver igualmente aos demais. Minhas novas e renovadas relaes so baseadas na

    igualdade de ambas as partes. 7. Sou capaz de desenvolver e manter relaes saudveis e amorosas. A necessidade de controlar e

    manipular os outros desaparecer na medida em que eu aprenda a confiar nas pessoas dignas de confiana.

    8. Aprendo que possvel recuperar-me converter-me numa pessoa mais amorosa, mais ntima e capaz

    de oferecer apoio apropriado. Eu tenho a escolha de comunicar-me com minha famlia de uma maneira segura para mim e respeitosa para eles.

    9. Reconheo que eu sou uma criao nica e preciosa. 10. No dependo unicamente dos demais para poder me sentir valioso(a). 11. Tenho a confiana de que meu Poder Superior me guia. E venho a acreditar em minhas prprias

    capacidades. 12. Experimento gradualmente em minha vida SERENIDADE, FORA INTERIOR e CRESCIMENTO

    ESPIRITUAL.

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    OS 12 PASSOS DE CoDA. 1 PASSO: ADMITIMOS QUE RAMOS IMPOTENTES PERANTE OS OUTROS E QUE NOSSAS

    VIDAS HAVIAM SE TORNADO INCONTROLVEIS. 2 PASSO: VIEMOS A ACREDITAR QUE UM PODER SUPERIOR A NS MESMOS PODERIA

    NOS DEVOLVER SANIDADE. 3 PASSO: DECIDIMOS ENTREGAR NOSSA VONTADE E NOSSA VIDA AOS CUIDADOS DE

    DEUS, COMO NS O CONCEBAMOS. 4 PASSO: FIZEMOS UM MINUCIOSO E DESTEMIDO INVENTRIO MORAL DE NS MESMOS. 5 PASSO: ADMITIMOS PERANTE DEUS, PERANTE NS MESMOS, E PERANTE OUTRO SER

    HUMANO A NATUREZA EXATA DE NOSSAS FALHAS. 6 PASSO: PRONTIFICAMO-NOS INTEIRAMENTE A DEIXAR QUE DEUS REMOVESSE TODOS

    ESTES DEFEITOS DE CARTER. 7 PASSO: HUMILDEMENTE PEDIMOS A DEUS PARA QUE REMOVESSE NOSSAS

    IMPERFEIES. 8 PASSO: FIZEMOS UMA LISTA DE TODAS AS PESSOAS QUE TNHAMOS PREJUDICADO E

    NOS DISPUSEMOS A REPARAR OS DANOS A ELAS CAUSADOS. 9 PASSO: FIZEMOS AS REPARAES DIRETAS A TAIS PESSOAS SEMPRE QUE POSSVEL,

    SALVO QUANDO FAZ-LO SIGNIFICASSE PREJUDIC-LAS OU A OUTREM. 10 PASSO: CONTINUAMOS FAZENDO O INVENTRIO PESSOAL E QUANDO ESTVAMOS

    ERRADOS, NS O ADMITIAMOS PRONTAMENTE. 11 PASSO: PROCURAMOS ATRAVS DA PRECE E DA MEDITAO, MELHORAR NOSSO

    CONTATO CONSCIENTE COM DEUS, NA FORMA EM QUE O CONCEBAMOS, ROGANDO APENAS O CONHECIMENTO DA SUA VONTADE COM RELAO A NS E FORAS PARA REALIZAR ESSA VONTADE.

    12 PASSO: TENDO EXPERIMENTADO UM DESPERTAR ESPIRITUAL GRAAS A ESTES

    PASSOS, PROCURAMOS TRANSMITIR ESTA MENSAGEM PARA OUTRO CODEPENDENTE E PRATICAR ESTES PRINCPIOS EM TODOS AS NOSSAS ATIVIDADES.

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    PASSO UM

    ADIMITIMOS QUE RAMOS IMPOTENTES PERANTE OS OUTROS, QUE NOSSAS VIDAS HAVIAM

    SE TORNADO INCONTROLVEIS. Para muitos de ns que vieram ao CoDA Codependentes Annimos, prestar ateno aos problemas de outras pessoas tinha se tornado um modo de vida. Podemos ter sido ensinados bem ou mal de que realmente ramos responsveis pelo bem-estar dos outros e que nossas palavras e aes eram suficientemente poderosas para mudar aqueles com quem interagamos. Tendo trazido este ensinamento para maioridade, a maioria de ns teve dificuldades em nossas relaes com o cnjuge, amante, criana, amigo, colega de trabalho ou pai. Havamos feito dos outros o nosso Poder Superior, definindo quem ramos atravs do que imaginvamos que eles pensavam. Determinados em controlar, aconselhar e guiar os outros, ns indefinidamente exclumos nosso prprio bem-estar.

    FALTA DE PODER At agora havamos aplicado o autocontrole obsessivamente, e nublado nosso prprio pensamento para os nossos problemas de viver. Quando nossas relaes demoliram, muitos de ns experimentamos com mais empenho, aplicar nosso arsenal de informaes com muito mais mpeto. Nossa vontade prpria tomou vrias formas. ramos dominadores. ramos pessoas de favores. Conformvamos-nos. Rebelvamos-nos. Culpvamos. Ferimos-nos e ferimos aos outros. Alguns de ns tivemos que ir para a extremidade da loucura ou da morte antes que estivssemos dispostos a admitir nossa falta de poder. E, o tempo todo, nos convencamos de que estvamos fazendo a coisa certa. Onde estava o sucesso? Levamos certo tempo para refletir na futilidade de tentar nos sentir bem com relao a ns mesmos, nos enfocando na realidade ou pensando nos problemas dos outros. E nos recordamos que jamais tivemos o tipo de poder que estes velhos pensamentos sugeriam que aplicssemos. Mas o que foi que durante longo tempo nos arrastou?, nos perguntamos. Um dia eu estarei livre da carga de algum destes pensamentos?.

    INCONTROLVEL A segunda parte deste Passo nos fez lembrar nosso passado. Nossas vidas haviam ficado ingovernveis porque havamos escolhido resolver problemas, o que de certo modo no funciona. Produzimos nosso bem-estar remedando o imaginado bem-estar (ou falta dele) em outros. Casualidade foi at que encontramos o CoDA, que nossas vidas estavam fora de controle. As habilidades nas quais havamos confiado para lutar durante nossa vida h tempo j no estavam funcionando. ramos vtimas de um compulsivo modo de comportamento to engenhosamente prejudicial que nenhum meio poderia quebr-lo. Nossas vidas estavam verdadeiramente ingovernveis. Foi neste momento que nossas velhas idias comearam a se desfazer e nos tornamos abertos para a possibilidade de que poderia haver outro modo. Nossa nova vida em Codependentes Annimos comeou atravs do Passo Um. Quando nos tornamos dispostos a dizer as palavras: Admitimos que ramos impotentes perante os outros e que nossas vidas haviam se tornado incontrolveis, colocamos a chave na porta para a nossa recuperao. Deixamos de criar deuses fora de ns mesmos e nos outros. Abrimos o espao para um verdadeiro Poder Superior, no qual eventualmente poderamos colocar nossa f e confiana.

    Neste momento no tenho que controlar ningum, inclusive a mim

    mesmo. E se me sinto incomodado com o que outra pessoa est fazendo ou no

    est fazendo, posso recordar a mim mesmo, que EU SOU IMPOTENTE

    perante esta pessoa e que EU SOU IMPOTENTE perante minha compulso

    de agir de maneira imprpria.

    Tendo se rendido desta maneira, estvamos prontos para praticar o Passo Dois.

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    PASSO DOIS VIEMOS A ACREDITAR QUE UM PODER SUPERIOR A NS MESMOS PODERIA NOS DEVOLVER A

    SANIDADE. Como Codependentes ativos, ramos ignorantes da nossa conexo com um Poder Superior, ao invs disso nos conectvamos de maneira imprpria com os outros. Havamos perdido duas conexes importantes em nossas vidas conosco mesmo e com o Poder Superior a ns mesmos. Tivemos que enfrentar a bancarrota espiritual e a ausncia de qualquer esperana de mudana. No Passo Um admitimos que no tnhamos nenhum poder perante os outros. Reconhecemos que ao focarmo-nos nos outros para nos sentirmos bem sobre ns mesmos, tinha se tornado uma compulso em cima da qual ramos totalmente impotentes. No Passo Dois aprendemos que somente nossos prprios recursos no eram suficientes para a recuperao. Foi-nos oferecida uma alternativa, aquela pela qual havamos buscado de maneira inconsciente, uma relao com o Poder Superior a ns mesmos e a garantia de que no estvamos ss. Embora vir a acreditar possa ter sido de maneira gradual, no princpio tudo o que precisvamos para atingir isto era a vontade para assistir reunies de CoDA e manter uma mente aberta. O Passo Dois nos fala que h esperana. Pouco a pouco, um dia de cada vez, viemos a acreditar que podamos contar com a promessa de um amoroso Poder Superior. Foi-nos oferecido um novo modo de vida aquele no qual no precisvamos mais estar ss.

    VIEMOS A ACREDITAR No princpio viemos a acreditar, assistindo reunies e escutando. Ouvimos como os outros desenvolveram uma relao com o Poder Superior. Notamos que esses que mantinham uma conexo regular com este Poder experimentavam o que buscvamos: RECUPERAO. Decidimos que, um dia de cada vez, podamos agir como se tivssemos um Poder Superior, acreditando ou no de verdade neste Poder. Por sermos membros de um Programa de Doze Passos, a forma deste Poder permaneceu para cada um de ns descobrir. Para alguns de ns o Poder Superior era o amor incondicional; para outros este Poder era a inteligncia Divina. Nosso Poder Superior poderia ser a natureza, uma imagem de um oceano, de um rio ou de uma rvore. Alguns de ns escolhemos nosso grupo de Codependentes Annimos. Para outros, este Poder era o pensamento do espao ilimitado ou simplesmente as palavras, meu Poder Superior. O ponto era que no princpio de nosso tempo em CoDA, nos tornamos entretidos pela possibilidade que havia algo que poderia fazer por ns o que no podamos fazer por ns mesmos. ramos livres para usar quaisquer destas idias de um Poder Superior. Poderamos obter emprestado a idia de outra pessoa e tentar isto durante algum tempo para ver se funcionava para ns. O que descobrimos que formar esta relao dependia da nossa vontade.

    NOS DEVOLVER SANIDADE Para alguns de ns, as palavras nos devolver sanidade estimulou nossa resistncia. Vamos isto como uma afronta: Eu posso ter alguns problemas, mas eu no estou louco!. Com a ajuda de outros no Programa, comeamos a olhar nosso prprio comportamento mais claramente. Descobrimos uma grande verdade no Passo Dois: que continuar agindo de uma maneira autodestrutiva, no importando quanto bem intencionados acreditssemos que ramos, estvamos loucos. E uma vez que este comportamento se tornou compulsivo, qualquer convico que possussemos de que pudssemos controlar isto por ns mesmos, era igualmente louca. Contudo havia algo em ns que, todavia, nos impedia. No nos foi ensinado que era nossa obrigao ajudar os outros, no somos Ns os guardies de nossos irmos? E o que est errado em querer agradar aqueles que amamos nossos pais, nossos cnjuges, nossos amantes, nossas crianas, nossos amigos? No isso que a vida por toda parte? Com o apoio dos amigos da Programao, examinamos estas velhas convices. Comeamos a desejar saber que preo havamos pago por elas. Nossa prpria instabilidade e falta de equilbrio em nossas relaes afetou nossas vidas familiares, nossas carreiras e nosso crescimento espiritual? Havamos renegado nossa prpria alegria e realizao para o final de nossa lista de necessidades e desejos?

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    Sermos honestos conosco mesmos era por vezes doloroso. A recompensa era magnfica. Na medida que viemos a acreditar e a abraar a simples e profunda verdade oferecida neste Passo, a semente da humanidade produzida por nossa admisso da falta de controle no Passo Um estava nutrida. Experimentamos uma sensao de liberdade e esperana atravs da nossa vontade para ter um verdadeiro Poder Superior. Neste momento nossa f emergiu.

    Neste momento, posso acreditar que eu nunca estou s, que posso

    experimentar a sensao de liberdade que meu Poder Superior me oferece.

    Posso me recordar que acreditar tambm uma ao, e se estou murchando ao

    praticar isto, um momento de cada vez, eu murcho desenvolvendo a f.

    Ao ter admitido que nossas vidas estavam ingovernveis e que aquela ajuda poderia vir de um Poder Superior a ns mesmos, nos prontificamos para comear o Passo Trs.

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    PASSO TRS

    DECIDIMOS ENTREGAR NOSSA VONTADE E NOSSA VIDA AOS CUIDADOS DE DEUS, COMO NS

    O CONCEBAMOS.

    Perto do fim da nossa graa, muitos de ns nos tornamos confiantes em um Poder Superior. Por que no? Nada do que havamos feito estava funcionando, pelo menos no durante muito tempo! Outros entre ns sentiam-se amedrontados por confiar neste Poder. E se no nos fosse dado o que acreditvamos merecer? E se no o fizesse? Num exame mais ntimo fomos confrontados com nossa prejudicada autoestima. Estvamos projetando nossas prprias convices com relao a ns mesmos sobre nosso Poder Superior que temamos, que estava esperando para nos castigar para sermos assim quebrados? Ou vivamos com a onipotente noo de que ramos os nicos que sabiam o que era melhor para ns mesmos e para outros? Ento era isto o que recordvamos para ns mesmos, que no Passo Dois ns definimos nosso Poder Superior como sendo maior do que ns ramos. Dentro do trabalho do Passo Trs descobrimos este Poder maior que nossas enganadas convices sobre quem ramos, maior que nossas noes distorcidas de Deus e maior que qualquer coisa que nosso pensamento humano poderia criar. Podamos pedir para este novo Deus de nosso entendimento, para nos libertar dos vnculos do lao destas velhas idias, um dia de cada vez. E se velhos pensamentos persistissem, poderamos continuar entrando na ao pedida por ns atravs deste Passo e poderamos saber que o tempo cicatrizante aconteceria.

    TOMANDO UMA DECISO

    Colocamos este Passo em movimento, vindo nossa primeira reunio de CoDA. medida que o tempo progredia e assistamos mais reunies, escutvamos, compartilhvamos e comeamos a sentir alvio. Cada vez que nos identificvamos com um companheiro de CoDA, com a histria de um membro ou com um trecho da literatura de CoDA, estvamos aumentando nosso compromisso para com os trs primeiros Passos e nossa recuperao. Sem perceber isto, estvamos nos rendendo sabedoria e a direo do programa. Neste momento, comeamos a ver o nosso progresso. Havamos admitido nossa falta de controle perante o comportamento compulsivo pelo qual havamos praticado durante muito tempo. Estvamos comeando a acreditar que um Poder Superior poderia nos aliviar, o prximo Passo era bvio. Se acreditssemos que ramos impotentes e que um Poder Superior pudesse nos transformar, por que no aceitar isto? Por que no dar uma chance para Deus onde ns havamos falhado? Alm do mais, o que mais tnhamos para perder da nossa misria?

    NOSSA VONTADE E NOSSAS VIDAS

    Tendo experimentado o alvio de nossa obsesso por outros, alguns de ns ficamos complacentes. Pensvamos que uma vez feito o Passo Trs, havamos terminado o nosso trabalho. Descobrimos depressa a natureza errnea deste pensamento. Nossas velhas idias invocam a devoluo de nossa vontade prpria. Uma vez mais tentamos fazer o papel de Deus em nossas vidas e nas vidas dos outros. Velhas dvidas por vezes desafiavam nosso modo de pensar. Comeamos a acreditar que embora este programa funcionasse para os outros para ns era diferente. Com esperana, nos questionamos sobre nossa habilidade para mudar.

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    Foi esta experincia que nos conduziu a reconhecer que este Programa de Recuperao no era um brilho na parede, algo agradvel para fazer numa tarde agradvel. Representou nossa oportunidade para viver como seres humanos inteiros. E se quisssemos isto, precisaramos da vontade para ir a qualquer direo at mesmo se significasse pedir mais uma vez pela ajuda de Deus.

    Neste momento posso escolher

    meu prprio Poder Superior. Posso colocar de lado todas as velhas convices sobre quem

    sou e quem no sou e o que sou: uma criana de Deus. Posso me recordar que uma f num

    Poder Superior se torna uma f em mim e que minha recuperao se torna verdade para mim e para

    meu Poder Superior.

    Tendo tomado a deciso, nossa luta termina. Resolvemos que, apesar dos desafios poderamos enfrentar a ns mesmos no Passo Quatro.

    ***

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    PASSO QUATRO

    FIZEMOS UM MINUCIOSO E DESTEMIDO INVENTRIO MORAL DE NS MESMOS.

    Tendo seguido o caminho espiritual que nos foi sugerido atravs dos Trs primeiros Passos, nos encontrvamos na soleira da autodescoberta. O claro enunciado do Quarto Passo: fizemos um minucioso e destemido inventrio moral de ns mesmos nos deu a ferramenta perfeita com a qual comear. O linguajar estava livre da vergonha e da crtica. Simplesmente dizia: demos uma olhada em ns mesmos como fomos at agora!. A maioria de ns havia gastado a maior parte de nossas vidas preocupada com as outras pessoas. Havamos escutado, criticado, analisado os outros e a ns mesmos, s vezes obsessivamente. Mas este no era um minucioso e destemido inventrio moral de qualquer um. Era o da vontade prpria e do autoabuso. Nos trs primeiros Passos de CoDA havamos comeado a participar de uma parceria com o Poder Superior de nossa prpria escolha. E foi esta parceria que se tornou nossa garantia de sucesso. Se colocar somente nas mos de Deus significava o fim da nossa vontade prpria e do autoabuso. No havia nada o que temer desta investigao. Havamos nos rendido a um Poder Superior a ns mesmos, maior que qualquer negligncia, at mesmo que nossa vergonha e nosso medo. A no ser que preferssemos colocar de lado nossa deciso do Passo Trs, ns ficaramos longe de qualquer tipo de acusao.

    MINUCIOSO E DESTEMIDO

    As definies dessas palavras eram de quantidade indeterminada, porm grandssimas, medida que elas estavam nos confortando. Minucioso significa examinar cuidadosamente para encontrar algo perdido ou escondido; para vir a conhecer, aprender, buscar, administrar uma investigao completa. E destemido, significa corajoso e inconquistvel. Se minuciosamente significava procurar por algo perdido ou escondido, realmente estvamos na beira de uma grande aventura: a descoberta do nosso EU Verdadeiro. Mas, a palavra destemido, era outra histria. Muitos de ns ainda acreditvamos que seria impossvel nos aproximar deste processo sem a presena do medo. Fomos confortados por outros que j haviam se sentido da maneira como estvamos nos sentindo. Percebemos que no estvamos ss, que estvamos embarcando nesta jornada com o Deus que nos guiaria com suavidade ao longo do nosso caminho.

    INVENTRIO MORAL DE NS MESMOS

    A primeira parte deste Passo definia a atitude que adotaramos para fazermos este trabalho minucioso e destemido. A segunda parte do Passo Quatro nos deu o nosso enfoque e direo. Este inventrio seria somente nosso e com relao ao nosso comportamento pessoal em tantas experincias de vida, o quanto poderamos recordar. A palavra moral possui vrios sinnimos, entre eles os termos como: honestidade, justia, franqueza e livre. A mensagem estava clara no Passo Quatro. Este inventrio de ns mesmos deveria ser honesto e direto, no crtico ou abusivo. Se este seria um inventrio completo, precisaramos listar nossos recursos e nossas obrigaes. Isso significou que faramos um quadro verdadeiramente equilibrado de ns mesmos. Para alguns, era difcil descobrir pontos bons a enfrentar nas negligncias. Para outros, reconhecer as qualidades positivas era uma tarefa menos dolorosa. Qualquer um de nossos sentimentos com relao a isto nos encorajava para que fizssemos um inventrio completo dos aspectos importantes de ambos.

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    A maioria de ns achou que colocando o inventrio por escrito era a nica maneira de deixar de lado a obsesso relativa ao nosso passado. Tambm nos ajudou a manter nossos pensamentos de modo organizado. Aprendemos com nosso padrinho e com outros amigos de CoDA que havia uma variedade de aproximaes. Alguns haviam feito uma relao dos medos, ressentimentos e aes feitas s pessoas especficas e eventos. Outros escreveram a histria da prpria vida. O mais importante que fomos avisados de que no importava o que havia acontecido no passado, o propsito do Passo Quarto era para que cada um de ns assumisse a nossa prpria participao nos eventos de nossas vidas. S atravs desta informao que poderamos nos ocupar em fazermos uma limpeza completa, nos libertando do escombro do nosso passado e nos tornando seres humanos por inteiro.

    Neste momento, estou disposto a me ver como verdadeiramente sou, atravs

    de um crescente desdobramento espiritual em repouso nas mos de um amoroso Deus. Eu posso separar quem

    sou do que eu fiz e reconhecer que a minha realidade est emergindo num amor,

    jubiloso e ntegro. Tendo completado nosso Quarto Passo, estvamos prontos para o Passo Cinco.

    ***

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    PASSO CINCO

    ADMITMOS PERANTE DEUS, PERANTE NS MESMOS E PERANTE OUTRO SER HUMANO A NATUREZA EXATA DE NOSSAS FALHAS.

    Foi no Passo Cinco que nos foi oferecida a chance de ter a vergonha e a culpa transformadas em humildade. No Passo Um admitimos nossa falta de controle. No Passo Dois reconhecemos que nossa vontade prpria estava fora de controle. Com o Passo Trs entregamos nossa vontade aos cuidados de Deus. O Passo Quatro nos guiou para colocar o nosso passado no papel. No Passo Cinco nos foi dada a oportunidade para darmos outro pulo em direo f. Agora relataramos nossos segredos mais profundos para Deus, para ns mesmos e para outra pessoa.

    ADIMITINDO PARA DEUS, PARA NS MESMOS E PARA OUTRO SER HUMANO

    A maioria de ns gastou muito tempo durante toda vida temendo e se defendendo contra a exposio. Se voc realmente souber a meu respeito voc sumir. Poderia ter sido este o nosso coro coletivo da vergonha. Agora, estavam pedindo atravs deste Passo, para que renuncissemos s nossas aes protetoras. Muitos de ns nos tornamos resistentes, e esta resistncia se manifestou de diversas maneiras. A havia a passividade: algum dia eu farei isto. Outros estavam enfurecidos: a minha vida assunto meu e de mais ningum!. Alguns de ns acreditvamos estar extenuados e cansados, j no foi o suficiente aquele inventrio que eu fiz?. Perto da sugesto dos nossos amigos de CoDA, que j haviam trabalhado estes Passos, decidimos arriscar expor o que temamos do modo mais seguro possvel, com o nosso Poder Superior. Atravs de admitir primeiramente a Deus, estvamos nos recordando que o elemento primrio em nossa recuperao era espiritual. Sem perceber isto, a maioria de ns havia vivido numa corrente de constante tenso que havia minado nossa energia e nossa alegria. No momento em que revelamos a ns mesmos aquilo que havamos ocultado h muito tempo, comeamos a experimentar sentimentos que havamos suprimido h tanto tempo. Era incmodo, mas no insuportvel. Alguns de ns ficamos surpresos pela vergonha que sentimos ao admitir estes males para ns mesmos. Encorajados por outros companheiros de CoDA, aderimos a esta seo do Passo Cinco e, eventualmente, o inoportuno peso que havamos encerrado dentro de nossas entranhas comeou a emergir. Esta autoadmisso tinha se tornado um veculo para a autoaceitao. A maioria de ns escolheu compartilhar nosso Quarto Passo com um fidedigno e compreensivo membro de CoDA, algum que j estava h muito tempo no Programa e que tivesse trabalhado, se no todos os Doze Passos, a maioria deles. Tambm era importante compartilhar este inventrio com algum que, em nossa opinio, estava vivendo o programa. Havia outros que escolheram o terapeuta, o conselheiro, ou um membro do clero como um ouvinte, contanto que eles possussem conhecimento do processo dos Doze Passos e o propsito do Quinto Passo. Tambm foi recomendado que evitssemos escolher um membro da famlia, um colega do trabalho ou o enfoque da nossa obsesso. Marcamos um tempo adequado com nosso ouvinte e escolhemos um lugar onde nos sentssemos seguros. Antes de darmos este Passo, pedimos pela direo ao nosso Poder Superior e expressamos nossa vontade de sermos abertos e honestos. Tendo completado este Passo, compartilhamos nossos sentimentos sobre a remoo disto, particularmente as reas de maior desconforto. Muitos de ns sentimos um grande alvio. Outros desejaram saber quando todas nossas aflies seriam magicamente removidas. Alguns de ns sentimos e ficamos desapontados.

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    PASSO SEIS

    PRONTIFICAMO-NOS INTEIRAMENTE PARA DEIXAR QUE DEUS REMOVESSE TODOS ESTES DEFEITOS DE CARTER.

    Nos passos Quatro e Cinco identificamos e admitimos nossos padres de pensamentos, sentimentos e de comportamentos. Olhamos as maneiras pelas quais estes padres afetaram nossas prprias vidas e a dos outros. A proposta do Passo Seis era muito mais do que tomarmos uma resoluo difcil ou desafiar uma valiosa convico. A proposta do Passo Seis era clara: se prontificar para a mudana!

    COMPLETAMENTE PRONTO

    No princpio, este conceito de estar completamente pronto parecia impossvel de ser alcanado. Muitos de ns pensvamos que isso significava que tnhamos que praticar este Passo sem medo. Uma vez mais, havamos colocado a carroa na frente dos bois. Impropriamente assumamos que devamos estar livres de nossos defeitos de carter para estarmos prontos para t-los removidos. Recordaram-nos que completamente pronto significava completamente preparado. Ter completado nosso Quinto Passo era uma grande parte daquela preparao. Examinamos esta frase mais de perto e achamos que poderamos testar isto em nossas vidas dirias. Por exemplo, se estivssemos num restaurante e um garom no tirasse nosso pedido com bastante pressa para nos atender, tnhamos algumas opes. Poderamos nos comportar como adultos. Para outros, a reao poderia ser de resignao porque ramos hesitantes para falar em nosso prprio interesse. O que descobrimos no Passo Seis era uma nova opo. Quando nos deparvamos com um defeito de carter, como no caso da impacincia, poderamos perguntar para ns mesmos se estvamos completamente prontos para que o mesmo fosse removido. A escolha era nossa. Se nossa resposta fosse no, precisaramos considerar as conseqncias daquele nosso defeito, no s nas outras pessoas, mas em ns mesmos. Estvamos dispostos a continuar pagando por este tipo de atitude? Comeamos a compreender que uma atitude ou comportamento nascido de uma imperfeio, nunca poderia nos proporcionar a paz mental que buscvamos, no importando o que diziam as vozes em nossas cabeas! Mas, quais defeitos acreditavam serem necessrios para a nossa sobrevivncia? Falso orgulho, arrogncia e farisasmo eram freqentemente substitudos pela pobre autoestima. O Ressentimento parecia sustentar nossos limites contra a invaso. O Medo manteve muitos de ns em estado de alerta para todos aqueles que nos causam dano. Como poderamos estar sempre completamente prontos para ter estes defeitos removidos? A resposta para ns era a de que todos os nossos defeitos de carter eram de alguma maneira produto da nossa vontade prpria. Eles eram as ferramentas de sobrevivncia do nosso passado, enquanto eles aparentemente parecessem prover o nosso bem-estar, eles no estariam longe por muito tempo. Queramos viver, no somente sobreviver, e para isso precisaramos de uma lousa limpa.

    PARA QUE DEUS REMOVESSE TODOS ESSSES DEFEITOS DE CARTER

    Como nos Passos anteriores, no Passo Seis, era sugerido que nos afastssemos da nossa vontade prpria e deixssemos o trabalho para Deus. Ao longo de nossas vidas a maioria de ns havia manipulado adversidades em cima de nossas condies e havamos confiado em nossas imperfeies para terminarmos, freqentemente, em situaes complicadas e dolorosas. Muitos de ns havamos usado nosso Poder Superior e havamos nos dirigido a este Poder para fazer nossos pedidos: Querido Deus, faa com que ele me ame!, Oh, Deus, faa com que ele no me deixe!, Senhor, faa com que ele me d agora mesmo aquele trabalho!!!!!.

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    Fazamos estas oraes to honestamente quanto nos fosse possvel. A nossa aproximao era devido nossa dificuldade. Ironicamente nossa arrogncia nos conduzia a pensar que somente ns, seguramente, poderamos ter a resposta para todos os problemas do mundo, incluindo os nossos. Era este argumento distorcido que havia nos deixado em tal estado incontrolvel. No Passo Seis nos foi oferecida uma soluo: colocar novamente nossa recuperao nas mos de nosso Poder Superior. Mas qual a relao desta noo de entregar todos os nossos defeitos para Deus? Por que no ficar completamente pronto para que Deus removesse alguns de nossos defeitos de carter? Foi-nos sugerido que procurssemos ver estas imperfeies como uma concha protetora que ns havamos superado. Se entregar a eles seria como a autoderrota, como um pssaro que se mantm no seu ninho ou uma borboleta que se agarra ao seu casulo. Nesta etapa de nossa recuperao, nossos defeitos de carter no nos protegiam em nada. Eles eram como um excesso de bagagem que nos arrastava para baixo e que freqentemente escondia o nosso potencial.

    Neste momento, estou completamente pronto para ser libertado de todas as

    minhas imperfeies. Neste momento, estou pronto para entregar estes defeitos

    para Deus, sabendo que o poder da vontade para curar grande.

    Cada Passo que dou em minha recuperao, no importa o quanto pequeno possa parecer, uma afirmao da minha integridade. Tendo ficado dispostos a deixar que Deus removesse nossas imperfeies, estvamos dispostos para pedir no Stimo Passo.

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    PASSO SETE

    HUMILDEMENTE PEDIMOS A DEUS PARA QUE REMOVESSE NOSSAS IMPERFEIES.

    Com o resultado do nosso trabalho com o Passo Seis, fomos fortalecidos em nossa resoluo para permitir as mudanas em nossas vidas. Havamos visto os danos que nossas imperfeies haviam causado. Todavia, nossos velhos padres haviam aderido em ns feito cola. Uma vez mais, nos encontrvamos em encruzilhadas e novamente nosso caminho nos foi revelado. O Passo Sete nos ofereceu o uso da nossa vontade prpria de maneira apropriada: solicitar pela assistncia de nosso Poder Superior. Palavras como submisso, resignao e timidez no funcionaram para ns, nem produziram a convico de que a humildade no era um sinal de fraqueza para ser resistida a todo custo. Depois de muita considerao, definimos a humildade como a liberdade do falso orgulho e da arrogncia. A verdadeira humildade nos permitiu ver as coisas como elas so. Ns no instruiramos ao nosso Poder Superior para remover nossas imperfeies, nem imploraramos. Ao invs disso, iramos pedir suavemente e pacificamente. Embora somente um Poder Superior a ns mesmos possa nos libertar de nossos defeitos de carter, nossa cooperao tambm se faz necessria. Aprendemos que os meios para a realizao de uma mudana real em ns era atravs da formao de uma parceria funcional com nosso Poder Superior, e de ter sempre em mente, a todo o momento, que o membro mais experiente no ramos ns, mas Deus.

    REMOVER NOSSAS IMPERFEIES

    Era impossvel imaginar uma vida sem defeitos de carter. Desejvamos descobrir como seria sem a presena deles. Decidimos descobrir, mas como? Para obter nossa resposta, confiamos em membros de CoDA que haviam percorrido este caminho antes de ns. Foi-nos recomendado que fizssemos este Passo com nosso Padrinho ou um amigo de confiana de CoDA, algum que j havia trabalhado este Passo com um pouco de sucesso. Tambm nos foi sugerido que prefacissemos ou pedssemos a Deus com uma orao. A Orao da Serenidade funcionou para alguns. Outros criaram suas prprias oraes. O que fizemos foi estabelecer um contato consciente com o Deus da nossa compreenso e, em essncia dizer, Deus, aqui estou eu e meus defeitos e estou disposto a deixar que Voc os remova da maneira que Voc achar melhor. Obrigado. Quando nos deparamos com a agonia de um destes defeitos de carter, podamos naquele momento pedir para que Deus o removesse. Alguns de ns descobrimos que ainda estvamos nos agarrando a uma imperfeio em particular, com o medo de t-la removida. Retornvamos ao Passo Seis e uma vez mais pedimos pela direo de nosso Poder Superior para ter os nossos defeitos de carter, completamente removidos. Tendo pedido para Deus que removesse nossas imperfeies, muitos de ns experimentamos, com tristeza, a perda delas. Nunca havamos esperado lamentar que aquilo em que ns havamos vindo a acreditar seria prejudicial nossa felicidade. Comeamos a ver que estes velhos amigos tinham nos servido bem em nossa infncia. Como agora j no mais nos serviam, nos afastamos dessas velhas imperfeies e, com a ajuda de Deus, estvamos aprendendo a nadar sem els.

    Neste momento, peo ao meu Poder

    Superior que remova todas as minhas imperfeies, e que me alivie do FARDO do meu passado. Neste momento, entrego-me

    a Deus, confiando que o meu precrio conhecimento est sendo preenchido com o amor

    incondicional de meu Poder Superior por mim, e por todos aqueles em minha vida.

    Fortalecidos pela ao deste Passo, estvamos prontos para praticar o Passo Oito.

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    PASSO OITO

    FIZEMOS UMA LISTA DE TODAS AS PESSOAS QUE TNHAMOS PREJUDICADO E NOS

    DISPUSEMOS A REPARAR OS DANOS A ELAS CAUSADOS.

    O Passo Oito era o incio das reparaes dos nossos relacionamentos com os outros e com ns mesmos. Ele nos prepara para podermos nos aventurar para fora da relativa segurana da Irmandade. Comearamos a interagir com os outros de uma nova maneira. As reparaes que este Passo nos pedia, ou seja, estar disposto para serem feitas, no eram meras desculpas, como alguns de ns pensavam. Muito mais que isso, as reparaes pedidas neste Passo incluam mudanas em nosso comportamento. Estas reparaes no seriam feitas at que estivssemos dispostos a ficar frente a frente com cada pessoa que havamos prejudicado, e que havamos reconhecido nosso dano. Fomos guiados para trabalhar cada passo, por escrito. Uma aproximao pela metade no funcionaria.

    FAZENDO UMA LISTA

    Como cada elemento do programa de CoDA, havia uma sugesto de uma seqncia lgica para seguirmos. Na primeira metade do Passo Oito, nos pediram que fizssemos uma lista de todos aqueles que havamos prejudicado com o nosso descontrole pessoal. Por razes bvias, nosso nome vinha em primeiro lugar. Havamos sido os menos capazes de escapar de nossa prpria codependncia e, ento, na maioria dos casos, recebemos os maiores danos. Uma mudana no comportamento para com ns mesmos teria que vir em primeiro lugar. Se tivssemos sofrido abusos fsicos, emocionais, sexuais ou espirituais quando crianas, de especial importncia para ns sermos diligentes e claros aos fazer esta lista. Precisvamos olhar cuidadosamente cada uma das nossas relaes para descobrir se outra pessoa estava pagando o preo por aquilo que havia sido feito a ns quando crianas. Novamente achvamos que nosso nome, enquanto no sendo o nico da lista, deveria vir em primeiro lugar. Apesar de, possivelmente, no termos feito nada quando crianas para garantir os abusos que havamos recebido, o que era importante aqui era descobrir se havamos nos prejudicado, ou a outros, com uma maneira de desabafar nossa ira, pesar ou dor a estas injustias passadas.

    SE TORNADOS DISPOSTOS A FAZER AS REPARAES A TODAS AS PESSOAS.

    Muitos de ns descobrimos que ramos resistentes com relao a este Passo. Encontrvamos razes para manter alguns nomes fora de nossa lista. Uma infrao era muito pequena para ser mencionada, ou no era to importante assim para aborrecer a pessoa. Ou podamos ter listado algum com quem no tnhamos a disposio para fazer reparaes. Talvez tivssemos feito algo pelo qual nunca seramos descobertos. Por que ento balanar o barco? Em alguns casos poderia ser difcil encontrar a pessoa, em outros casos poderiam estar mortos. Em ltima instncia nenhuma destas razes funcionou. Se um nome estivesse presente em nossa lista, encontraramos uma maneira para nos tornar dispostos a fazer as reparaes. A vontade era novamente a nossa chave. O Passo Oito no era o Passo no qual enfrentaramos aqueles a quem havamos prejudicado. O propsito do Passo Oito era enfocar nossa ateno em ficar prontos para enfrentar aqueles que havamos prejudicado. Ter a disposio era o que nos era solicitado. Desejvamos saber quais aes poderamos escolher para preparar a ns mesmos para esta nova tarefa. Achamos que fazer estas questes nos poderia ser til: Quais os motivos que estariam me motivando a fazer as reparaes para aqueles a quem prejudiquei?. Seria para limpar minha conscincia para comigo mesmo e as minhas velhas culpas?. Ou eu queria reconhecer meus erros com um Passo para modificar o meu comportamento? Eu posso me comprometer para evitar usar este Passo como uma maneira para justificar meu comportamento passado?. Sou capaz de separar o que fiz, daquilo que foi feito minha pessoa?.

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    Baseados nestas perguntas, muitos de ns expressamos dvidas em relao nossa habilidade para verdadeiramente estar dispostos a fazer as reparaes. Alguns de ns precisamos voltar aos Passos Seis e Sete para descobrir quais os defeitos de carter que havamos mantido reservados em ns. Outros haviam se tornado dispostos, como resultado de aceitar verdadeiramente a prpria contribuio nos seus relacionamentos perturbados. Este auto perdo seria o instrumento pelo qual faramos as mudanas da nossa codependncia para relacionamentos saudveis, para estarmos inteiros com Deus, com ns mesmos e com outros seres humanos.

    Neste momento vejo o irrealizvel no somente possvel, mas como uma

    realidade. Como me perdo das minhas imperfeies, eu tambm posso

    perdoar aos outros e me abrir para o modo de uma verdadeira e duradoura mudana em meu relacionamento. Eu lhe agradeo

    meu Deus! A nossa vontade honesta para fazer as reparaes a todos aqueles a quem havamos prejudicado nos conduziu ao Passo Nove.

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    PASSO NOVE

    FIZEMOS AS REPARAES DIRETAS A TAIS PESSOAS SEMPRE QUE POSSVEL, SALVO QUANDO FAZ-LO SIGNIFICASSE PREJUDIC-LAS OU A OUTREM.

    Para muitos de ns em Codependentes Annimos, nosso papel mais confortvel tinha sido o de vtima. Havamos esperado por algum h anos, qualquer um, para que nos fizesse reparaes. O Passo Nove nos trouxe para nosso momento de verdade. Pediu-nos que entrssemos naquela ao em particular com ns mesmos. Como praticaramos este Passo, se tornou a medida da nossa recuperao. Para ns, as chaves para o sucesso seriam a sensibilidade, um bom julgamento e a coragem. At mesmo se as palavras Poder Superior no eram mencionadas no Passo Nove, muitos de ns verdadeiramente acreditamos que este era o momento para buscar por direo espiritual.

    REPARAOES DIRETAS... SEMPRE QUE POSSVEL.

    Desde que o nosso prprio nome estava em primeiro lugar em nossa lista de reparaes, cada um de ns teve a chance para praticar esta importante tarefa antes de fazer reparaes aos outros. A pergunta diante de ns era esta: Como eu gostaria que fizessem reparaes para mim? Seria suficiente um simples, Desculpe-me? A resposta era No. O que a maioria de ns queria como um modo de reparao dos outros, era ter o reconhecimento por parte daquelas pessoas dos danos que haviam nos causado. Ns tambm queramos que nossos sentimentos e nossa percepo do inocentes fossem reconhecidos. E se fssemos continuar nos relacionando com estas pessoas, queramos que elas se comportassem diferentemente para conosco. Se era isso o que queramos dos outros, poderamos pedir menos de ns mesmos? E assim chegamos a um mtodo de fazer reparaes, reconhecendo nosso comportamento prejudicial e os sentimentos da outra pessoa em questo, e prosseguir com uma mudana em nosso prprio comportamento. Estas reparaes seriam feitas pessoalmente onde fosse possvel, caso contrrio, era sugerido que fizssemos nossas reparaes por escrito. Se estivssemos impossibilitados de encontrar com algum a quem devamos reparaes, era recomendado que permanecssemos dispostos at o momento em que aquela pessoa fosse encontrada. No caso de reparaes devidas para algum que havia falecido, um pai talvez, descobrimos que estando em servio para com uma pessoa de circunstncias semelhante, era uma boa alternativa.

    SALVO QUANDO FAZ-LO SIGNIFICASSE PREJUDIC-LAS OU A OUTREM.

    Analisamos esta declarao de vrias maneiras, incluindo ns mesmos e a palavra, outrem. No podamos estar dispostos a entrar nestas reparaes mantendo expectativas daqueles para quem devamos reparaes. Agindo assim, poderamos nos ferir com possveis decepes e ressentimentos. Outro luxo, do qual no podamos dispor, era o do medo de recriminaes. Se ainda estivssemos dando aos outros o poder de nos prejudicarem com as suas reaes, isto certamente resultaria em danos para ns. Alguns de ns observamos que fazer certas reparaes poderia resultar em perda do nosso trabalho ou at numa priso. Tnhamos famlias ou outras pessoas que dependiam de ns e que poderiam ser prejudicadas se praticssemos tal ao. Ou talvez temamos o que percebamos como conseqncias medonhas a ns mesmos, que poderiam vir como resultado de reparaes diretas. Em todos estes casos nos foi sugerido que discutssemos tal reparao com o nosso padrinho, com um amigo de confiana de CoDA, ou um conselheiro espiritual. Talvez nossas reparaes criassem um pote de vermes, onde pensvamos que nada existia. Freqentemente este tipo de reparao envolvia promiscuidade, adultrio ou abuso sexual.

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    Revelando-se de modo nocivo, nossa ao poderia causar sria leso ou vergonha para o outro. Novamente, fomos encaminhados para discutir estas dificuldades com um amigo ou com o nosso padrinho. s vezes, nestes casos, nossa mudana de comportamento, junto com algum servio amoroso apropriado, era a melhor emenda possvel. Freqentemente, descobrimos que nossos medos eram infundados e que as reparaes diretas eram o tipo de aproximao mais adequada para todos os envolvidos.

    Neste momento, confio no meu Poder Superior para que me guie e me d o

    poder para fazer as reparaes de maneira sincera e honesta. Neste momento,

    experimento minha gratido por Codependentes Annimos e os Doze Passos de recuperao,

    ciente de que medida em que eu estiver disposto a vivenciar este programa, compartilhando do

    companheirismo e caminhando com Deus, serei livre.

    Tendo completado da melhor maneira possvel nosso trabalho relativo ao Passo Nove, nos sentimos preparados para passar para os Passos finais do programa de CoDA.

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    PASSO DEZ

    CONTINUAMOS FAZENDO O INVENTRIO PESSOAL E QUANDO ESTVAMOS ERRADOS, NS O ADMITAMOS PRONTAMENTE.

    Quando nos aproximvamos do Passo Dez, a maioria de ns sentia uma sensao de realizao. Havamos comeado a desenvolver uma relao com um Poder Superior da nossa escolha. Havamos aprendido sobre

    uma poro de coisas com relao nossa prpria responsabilidade por nossas dificuldades passadas. Descobrimos que poderamos compartilhar nossos segredos ntimos com outra pessoa e que havamos praticado algumas das piores aes que ns nem poderamos ter imaginado, e que agora experimentamos alvio com os doze Passos. Estvamos agradecidos e acima de tudo encorajados. Talvez agora, terminado todo este trabalho, nossas vidas realmente melhorariam. Foi ento que nos encontramos na direo do Passo Dez. Alguns de ns sentimos resistncia de termos de nos comprometer com contnuos inventrios e reparaes, podendo at mesmo ter sentido medo e negao eliminando este Passo sem o compreender. Aprendemos ento que o que precisvamos era de um tempo para refletir o nosso progresso espiritual e emocional em Codependentes Annimos. No principio de CoDA a maioria de ns se sentia s, confusa, e at mesmo envergonhada, desejando saber para que precisaramos de um Programa, quando tudo que queramos era ajudar os outros a fim de poder dirigir o espetculo ou nos enfraquecer, no fundo. Para muitos de ns, a dor que sentamos estava nos dominando. Freqentemente nos sentamos desesperados, sem a mnima chance de escapatria ou renovao. Foi nesta armao mental que entramos no Passo Um. O tempo passou e como trabalhamos os Passos, nossa maneira de viver se transformou. A mensagem no Dcimo Passo foi bem clara: por que parar agora? Havamos tido a prova pessoal de que a mudana era possvel, no s para aqueles que chegaram antes de ns, mas para ns mesmos. Da mesma maneira como o Passo Quatro e Nove nos ofereceu uma chance para limpar o nosso passado, o Passo Dez nos traria os meios para manter um contnuo crescimento espiritual. Este se tornou nosso compromisso para com a honestidade contnua e rigorosa.

    CONTINUAMOS FAZENDO O INVENTRIO PESSOAL.... Aqueles de ns que praticaram o Passo Dez descobriram vrias maneiras para realizar esta primeira parte do mesmo. Muitos de ns preparvamos um balancete ao trmino de cada dia, ou semana, e listvamos nossos ativos e passivos. A forma era simples, comeamos com o que ns havamos corrigido. Talvez ns apoissemos nossa prpria sensao de valor aceitando um corts elogio, ou solicitando ajuda quando nos era necessria. Se fixssemos um tempo para ns mesmos para nos divertir, ou se evitssemos dar conselhos no solicitados anotvamos isto em nossa coluna de ativo. Quando fazamos nossa lista de dbitos, tnhamos o cuidado de examinar nossos motivos em cada ato ou evento listado. Estvamos reagindo por medo, vergonha ou dano? Ou talvez descobrssemos um novo defeito de carter. Havia momentos em que ficvamos em dvida sobre algo em nosso balancete. Quando isto acontecia, consultvamos nosso padrinho ou um amigo de CoDA. Alguns de ns achvamos que o mtodo de autoavaliao poderia ser de ajuda adicional. Buscvamos isto de vrias maneiras. Se nos dssemos conta de que estvamos sendo arrastados por meio de um medo, ou ressentimento, ns no espervamos pelo tempo regular do inventrio para averiguar isto. Permanecamos algum tempo em silncio, o mais rpido, possvel para ordenar o incidente, tendo como enfoque a nossa prpria responsabilidade, nossas prprias reaes e nossos prprios sentimentos. s vezes achamos que poderamos usar este mtodo de autoavaliao fazendo um inventrio no meio de uma situao difcil, mentalmente, escolhendo por uma resposta mais saudvel, contrria ao que nosso defeito de carter permitiria.

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    Havia momentos em que parecia que estvamos sendo importunados por sentimentos de ira, dor ou vergonha, sem explicao. Durante estas situaes, colocvamos os primeiros trs Passos em ao. Reconhecamos nossa falta de controle sobre esta condio e afirmvamos nossa convico no poder de Deus para nos trazer de volta ao equilbrio. Ento pedamos para que nosso Poder Superior nos revelasse o que precisvamos saber sobre esta situao. Normalmente a resposta nos vinha e podamos tomar qualquer ao que achssemos ser apropriada. Se parecesse lenta para vir, pedamos por pacincia e f.

    ...E QUANDO ESTVAMOS ERRADOS NS O ADMITAMOS PRONTAMENTE.

    O Passo Dez parecia sugerir que havamos feito algum progresso, que havamos sido capazes de manipular nossas vidas com uma maturidade maior do que pensvamos ser possvel. Quando estvamos errados..., nos recordou que nem toda situao desagradvel era realizada por ns. Sugeria-nos que podamos cultivar a vontade para admitir nossos erros quando a falta era nossa, e a coragem para fixar limites quando a falta repousava em outro lugar. Esta ao no veio facilmente. Muitas vezes procuramos desculpas para nosso comportamento. Tentamos racionalizar ou justificar nossas aes e motivos, nos tornando uma defesa contra enfrentar a vergonha que temamos que poderamos sentir se parecssemos ser menos perfeitos No possvel reconhecer meu mal quela pessoa... Eu pareceria um bobo.. A agonia da exposio parecia opressiva. Havia outros momentos, quando nos sentamos motivados por nossa convico passada, de que sempre estvamos em falta. Talvez fossemos o objeto de um ataque verbal e, para trazer um fim a isto, nos desculpvamos por um mal pelo qual no ramos responsveis. Em quaisquer destas situaes poderamos pedir a ajuda de Deus e do companheirismo de CoDA. Escutvamos as histrias contadas por aqueles que j haviam praticado este Passo, e aprendamos que nossos medos ou confuso no eram diferentes. O mais importante: pedamos para que Deus estivesse conosco ao fazer estas reparaes, fossem elas para os outros ou para ns mesmos. Quando recaamos em nossos velhos padres de codependncia, nos encorajavam para que fossemos mais gentis conosco mesmos. As disciplinas novas que estvamos aprendendo no eram fceis, e nossas velhas habilidades de sobrevivncia eram difceis de serem descartadas. Poderamos nos confortar com o conhecimento de que nossa meta era o progresso, no a perfeio. Para muitos de ns, admitir prontamente nossos males, parecia quase impossvel. Quando praticvamos os Passos Oito e Nove, levvamos o tempo que sentamos ser necessrio para fazer uma lista cuidadosa desses a quem devamos fazer reparaes. Para ganhar um pouco de confiana, frequentemente escolhamos fazer reparaes primeiramente s pessoas com quem nos sentamos mais seguros. Agarrvamos-nos depois s reparaes mais difceis. Tendo completado o Nono Passo, encontramos um desafio ainda maior, enfrentarmos e admitirmos nossos males de uma maneira oportuna. Era suficientemente duro reconhecer nossas falhas para os outros sem vacilao, mas o que isso de prontamente fazer reparaes a ns mesmos? De que maneira poderamos alcanar esta parte do Passo Dez? A maioria de ns achou esta sugesto difcil de lembrar, muito mais de coloc-la em ao. Tentativas e erros nos ensinaram primeiro a admitir que no ramos nada peritos em nos apoiar e nos nutrir. Muitos de ns precisvamos demais praticar, definir, e aceitar nossos limites. Alguns de ns no tnhamos aprendido a dizer NO. Para a maioria de ns, simplesmente deixar de se culpar pela realidade e por todo equvoco, grande ou pequeno, seria uma das principais autorreparaes. Em CoDA aprendemos a contrariar nosso prprio autoabuso interior, falando a ns mesmos com generosidade. Por exemplo, quando nos percebamos ruminando sobre nossa falta de progresso no Programa, refletamos no que estvamos pensando, sentindo, e fazendo no dia de nossa primeira reunio. Afinal de contas, tnhamos feito alguma melhora. Quando repetidamente exagervamos conosco mesmo por no controlar situaes efetivamente, podamos procurar maneiras para deter nosso automolestamento. Alguns pediam ao Poder Superior para que removesse o pensamento negativo. Outros

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    marcavam limites: Voc exagerou diretamente com voc mesmo durante cinco minutos tempo suficiente por hoje. Outro mtodo que achvamos ser valioso neste processo de autorreparao era planejar um pouco de diverso. Um tanto de nossas vidas havia sido gasto em cuidar dos outros, controlar os outros e ser srios. Nossos egos pueris haviam sido negligenciados e haviam sido ignorados. At mesmo em recuperao muitos de ns, com medo da espontaneidade, mantnhamos uma atitude sria. O Dcimo Passo nos oferecia tambm uma oportunidade para mudar. Poderamos brincar num balano, levantar nossas cabeas ou fazer caretas no espelho. Sentindo um pouco de intranqilidade durante a perspectiva do jogo, a maioria de ns percebia que precisaramos estabelecer um compromisso de se divertir e compartilhar a diverso com outras pessoas. Fazamos isto para nos assegurar de que realmente entraramos em ao, ao invs de apenas pensar em fazer isto. Os resultados que obtivemos atravs da prtica dos Doze Passos nunca deixaram de nos deixar pasmados. Nestes momentos onde o temor, a vergonha e a autocrtica cessavam, descobramos a liberdade de nossa vulnerabilidade reencontrada. A vida assumiu a expectativa jovial de uma aventura excitante.

    Neste momento, vivo a vida de uma nova maneira. Continuo abrindo meu corao e minha mente

    pouco a pouco, um dia de cada vez. Revelo meu verdadeiro EU,

    reparo meus relacionamentos e minha relao com DEUS.

    Tendo estabelecido nosso compromisso de estarmos atentos com nossas aes e fixar prontamente qualquer nova transgresso, nos prontificamos para a prtica do Passo Onze.

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    PASSO ONZE

    PROCURAMOS, ATRAVS DA PRECE E DA MEDITAO, MELHORAR NOSSO CONTATO CONSCIENTE COM DEUS, NA FORMA EM QUE O CONCEBAMOS, ROGANDO APENAS O

    CONHECIMENTO DA SUA VONTADE COM RELAO A NS E FORAS PARA REALIZAR ESSA VONTADE.

    No Passo Trs tomamos a deciso de entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de nosso Poder Superior. Atravs da prtica do Passo Onze, nos abrimos luz nutritiva provinda do contato consciente com Deus. Quando estvamos prontos, nossas vidas cotidianas e nossos relacionamentos poderiam refletir a paz e a serenidade que vm de nosso contato consciente com Deus. Este Passo nos convidou a aprofundar e alargar o compromisso espiritual que fizemos no Passo Trs. Tambm sugeriu que nos beneficissemos da oportunidade de aumentar nossa intima compreenso do Poder Superior e aprender com isto que Deus, verdadeiramente, cuida de ns. Quando, pela primeira vez, consideramos este Passo, alguns de ns desejvamos saber: J no havamos aprendido a usar a meditao e a orao diria?, J no havamos conhecido um Poder Superior a ns mesmos?, Penso que tenho praticado h bastante tempo o Dcimo primeiro Passo. A falha nesta racionalizao ficou bvia quando notvamos que a orao e a meditao determinavam seu prprio passo, depois da nossa minuciosa limpeza de casa feita do Quarto ao Nono Passo. Por intermdio de um entendimento mais profundo do Dcimo primeiro Passo, descobrimos que precisvamos regularmente de um perodo de reflexo espiritual. Era um mtodo que poderamos usar para nos darmos conta da vontade de Deus para ns, e os meios para encontrar a fora de realiz-la. Atravs da pratica do Passo Onze, estvamos determinados a suspender nossos pensamentos Codependentes. Aprendemos a diferena entre a nossa vontade para ns mesmos, o que pensvamos que era a vontade do outro em relao a ns, e a vontade de Deus. Fomos relembrados que no ramos o nosso Poder Superior, ou outra pessoa, ou outro lugar, ou coisa. Nossas vidas foram simplificadas. A pergunta que permanecia para ns era: Estou disposto a rezar somente para conhecer a VONTADE DE DEUS para mim, nos momentos em que quero tanto a MINHA VONTADE? PROCURAMOS ATRAVS DA PRECE E DA MEDITAO, MELHORAR NOSSO CONTATO DIRETO COM

    DEUS, COMO ENTENDEMOS A DEUS... No comeo, alguns de ns, precisvamos de direo. No estava claro para ns onde terminava a prece e onde comeava a meditao. Foi-nos explicado que a prece era falarmos com Deus, Meditao era escutar a orientao de Deus. A maneira pela qual escolheramos meditar e rezar seria uma deciso individual. Desde que nosso contato consciente com Deus estivesse melhorando continuamente, nossos mtodos poderiam mudar na medida em que crescssemos espiritualmente. Alguns poderiam preferir a meditao solitria. Outros, compartilhar este tempo com algum querido ou com um grupo. Alguns faziam uma combinao de ambos. Se no tivssemos nenhuma experincia com orao e meditao, foi sugerido que usssemos a Orao da Serenidade. Poderamos nos ocupar em ficarmos quietos por um determinado perodo de tempo para lentamente ler e reler a Orao, permitindo assim que o significado de cada frase nos fosse revelado. Esta seria a nossa preparao, a maneira pela qual poderamos trazer s nossas mos a ateno para este assunto. A seguir, nos foi sugerido que pedssemos a Deus para que esvaziasse nossas mentes de todo rudo e tagarelice. Alguns de ns enfocaramos nossa ateno numa s parte da Orao ou numa imagem que a Orao trazia em nossas mentes. Outros prestavam ateno na quietude dentro deles. Cada um de ns descobriu o seu prprio modo de meditar.

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    ... ROGANDO SOMENTE PELO CONHECIMENTO DA VONTADE DE DEUS PARA NS E FORAS PARA REALIZAR ESTA VONTADE...

    Completamos o Dcimo Primeiro Passo nos dirigindo para a ltima frase do Passo. Alguns de ns formulamos este pedido com uma pergunta: Deus, qual a sua vontade para mim?. Reconhecemos claramente que o que estvamos procurando no era a chance para realizar nossa prpria vontade. Somente Lhe pedimos uma coisa: o conhecimento da vontade de Deus para ns e foras para realizar esta vontade. Esta era nossa Orao. Quando enfocamos nossa ateno nesta parte do Passo Onze, surgiu uma pergunta: Como poderei saber se esta a vontade de Deus para mim?. Isto era algo que muitos de ns pondervamos. Tornava-se uma preocupao para ns quando nos deparvamos com uma deciso a ser tomada. Havia muitas opinies. A vontade de Deus para mim que eu seja contente, jovial e livre. A vontade de Deus para mim que eu pratique os Doze Passos e me recupere da minha disfuncionalidade. A vontade de Deus para mim deve ter este trabalho, esta relao, este carro, esta experincia. O que aprendemos era que a resposta para uma pessoa no era necessariamente a resposta para todas as pessoas. E, o mais importante, que percebemos que nenhuma outra pessoa poderia responder estas perguntas por ns. Cabia a ns descobri-las. Quando continuvamos meditando, rezando, e fazendo disto uma parte importante de nossa experincia diria, nosso caminho nos foi revelado. Pode no ter sido uma experincia dramtica. Raramente um membro de CoDA era golpeado por um raio espiritual. De fato, a mensagem freqentemente nos chegava da maneira que menos espervamos. Alguns de ns, em CoDA, encontrvamos a vontade de Deus para vivermos nossas vidas quando ns estvamos em contato consciente com nosso Poder Superior. Frequentemente experimentamos isto, medida que, passo a passo, desenvolvamos condies para escolher relacionamentos mais saudveis. Podemos ter experimentado a vontade de Deus como sendo a capacidade de aceitar todo o bem que veio em nosso caminho. Havia at mesmo aqueles entre ns que estavam aprendendo a distinguir a diferena entre a autoconscincia e a auto-obsesso, acreditando como sendo esta nova compreenso a vontade de Deus. Na maioria dos casos comeamos a perceber que nossas vidas, aos poucos, ficaram mais fceis de serem vividas, at mesmo quando as situaes nas quais nos encontrvamos eram difceis ou confusas. Alguns de ns, em nossa codependncia, acreditvamos que podamos usar o Passo Onze para rezar por outras pessoas em nossas vidas. Talvez quisssemos ajudar ou modificar esta pessoa para suprir nossas prprias necessidades, acreditando que sabamos o que era melhor para esta pessoa. Em outros casos, havamos aprendido a rezar para algum com quem havamos nos ressentido, como uma maneira de ter aquele ressentimento removido. Neste momento havia duas perguntas importantes para fazermos para ns mesmos:

    1. Esta pessoa me pediu ajuda? 2. O que isto tem a ver com a vontade de Deus para mim?

    Alguns de ns ficvamos incomodados com estas perguntas, e nos surpreendamos com os possveis danos que poderiam acontecer por rezar para os outros. Descobrimos logo que o propsito para esta introspeco era decidir se estvamos usando a energia da Orao de maneira codependente, nos intrometendo ao invs de rezar. Descobrimos que o modo mais efetivo de rezar para os outros seria entregar nossa vontade para Deus e pedir para que Ele assumisse por ns. No precisvamos especificar os resultados que achvamos que deveriam ser obtidos para as outras pessoas.