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Incluso para a Vida Histria A
Pr-Vestibular da UFSC 1
UNIDADE 1
GRCIA
Idade Antiga: Os mais importantes aspectos da Grcia
antiga: o antropocentrismo, o escravismo e a
democracia. Considerada como a mais expressiva
civilizao da antiguidade e fonte da cultura ocidental,
devido ao seu rico legado artstico, sua Filosofia e
Poltica. As reformas de Clstenes institucionalizaram
a democracia em Atenas, aps diferentes formas de
governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo
seu apogeu no governo de Pricles (sculo V a.C.). A
democracia ateniense era direta, enquanto a atual
representativa.
Diviso histrica:
a. Perodo Pr-Homrico formao e povoamento b. Perodo Homrico sistema gentlico c. Perodo Arcaico cidades-Estado (Atenas e Esparta) d. Perodo Clssico guerras, hegemonias e decadncia
Guerras Mdicas ou Grego-Prsicas gregos X persas ofensiva grega Liga militar de Delos (liderana ateniense, com o fim das lutas Atenas transforma a Liga
em instrumento de poder)
Guerra do Peloponeso oposio grega liderada por Esparta hegemonia ateniense
Liga do Peloponeso X Atenas vitria de Esparta e incio de sua hegemonia
nova guerra interna, devido oposio hegemonia espartana
Tebas X Esparta resultados das guerras internas e externas : enfraquecimento das cidades-Estado; invaso
macednica Religio politesta, antropomrfica;
mitologia; Jogos Olmpicos .
Arte: exaltao do equilbrio, harmonia e proporo
Teatro
Exerccios de Sala
1. Sobre a religio grega, correto afirmar que:
01. Baseava-se em dogmas rigorosos e seus fieis
deveriam crer em verdades absolutas.
02. Cada cidade-Estado tinha sua divindade protetora.
04. Heris como Perseu, Jaso, dipo e Hrcules eram
divinizados.
08. As oraes dirigidas aos deuses imploravam
principalmente a salvao da alma dos homens.
16. As aventuras dos deuses e heris so narradas em um
conjunto de mitos, o qual se denomina "Mitologia
Grega".
2. Sobre a civilizao grega, afirma-se:
01. A Grcia se organizava politicamente em cidades-
Estado, sendo as mais influentes Esparta e Atenas.
02. Em 560 a.C., em Atenas, Psstrato tomou o poder
apoiado pelos pequenos proprietrios, dando incio
ao perodo das tiranias.
04. Em 509 a.C., em Atenas, Clstenes organizou um
governo baseado nos princpios da igualdade poltica
dos cidados e da participao de todos nas decises
do governo.
08. Esparta e Atenas entraram em choque, devido s suas
rivalidades polticas, econmicas e sociais, numa
guerra que ficou conhecida como Guerra Mdica,
cabendo a vitria a Atenas, que passou a dominar
toda a Grcia.
Exerccios Complementares
3. A navegao e o comrcio martimo foram desenvolvidos pelos gregos. Dentre os vrios fatores que
os levaram a isso, podemos citar como causa inicial:
a) a pobreza do solo grego e a necessidade de novas
terras para suprir suas necessidades.
b) o desejo de difundir a cultura grega.
c) o fato de serem constantemente molestados por povos
brbaros.
d) o seu amplo conhecimento geogrfico e martimo que
despertava em seu povo a busca do desconhecido.
e) o fato de os mercadores gregos precisarem de novos
mercados consumidores.
4. "A plis se faz pela autonomia da palavra, no mais a palavra mgica dos mitos, palavra dada pelos deuses e,
portanto, comum a todos, mas a palavra humana do
conflito, da discusso, da argumentao. O saber deixa
de ser sagrado e passa a ser objeto de discusso." (M. Lcia de Arruda Aranha e M. Helena Pires Martins)
A partir do texto anterior, correto afirmar que:
01. o advento da plis e, portanto, da vida poltica,
estabelece uma possibilidade de ruptura com o
universo herico-mtico de explicaes das coisas
mundanas;
02. o nascimento da plis (sc. VIII e VII a.C.) coloca na
ordem do dia as discusses sobre os destinos dos
homens por eles mesmos e no mais por desgnios de
carter mtico;
04. a experincia poltica exigiu que as explicaes
mticas fossem afastadas e que a causa/razo das
coisas mundanas tivesse preexistncia;
08. a experincia poltica instaura, entre os gregos, o uso
da argumentao/razo como instrumento de soluo
de conflitos;
16. o nascimento da plis possibilita a recuperao do
saber mtico pela argumentao e reinstaura o
sagrado em detrimento da razo.
Incluso para a Vida Histria A
Pr-Vestibular da UFSC 2
5. "Usamos a riqueza mais como uma oportunidade para agir que como um motivo de vanglria; entre ns no h
vergonha na pobreza, mas a maior vergonha no fazer
o possvel para evit-la... olhamos o homem alheio s
atividades pblicas no como algum que cuida apenas
de seus prprios interesses, mas como um intil...
decidimos as questes pblicas por ns mesmos, ou pelo
menos nos esforamos por compreend-las claramente,
na crena de que no o debate que o empecilho
ao, e sim o fato de no se estar esclarecido pelo debate
antes de chegar a hora da ao".
Esta passagem de um discurso de Pricles, reproduzido
por Tucdides, expressa:
a) os valores tico-polticos que caracterizam a
democracia ateniense no perodo clssico.
b) os valores tico-militares que caracterizaram a vida
poltica espartana em toda a sua histria.
c) a admirao pela frugalidade e pela pobreza que
caracterizou Atenas durante a fase democrtica.
d) o desprezo que a aristocracia espartana devotou ao
luxo e riqueza ao longo de toda a sua histria.
e) os valores tico-polticos de todas as cidades gregas,
independentemente de sua forma de governo.
UNIDADE 2
ROMA ANTIGA
A FUNDAO A verso lendria da fundao de Roma foi-nos legada
por Virglio, na clebre Eneida. Segundo o autor, Roma
teria sido obra dos irmos Rmulo e Remo, que a
criaram em 753 a.C. Mas h a verso histrica, segundo
a qual Roma teria sido fundada pelos latinos e sabinos
por volta de 1000 a.C., nas proximidades do rio Tibre.
A MONARQUIA Seguindo os passos da tradio, Roma teve sete reis:
Rmulo, Numa Pomplio, Tlio Hostlio, Anco Mrcio,
Tarqunio Prisco, Srvio Tlio e Tarqunio, o Soberbo.
Na sociedade, havia uma diviso social composta da
seguinte maneira: Patrcios; Plebeus; Clientes e
Escravos. Em 509 a.C., uma revolta patrcia, apoiada pelos
plebeus, deps o rei etrusco de Roma (Tarqunio, o
Soberbo).
PATRCIOS X PLEBEUS: A populao pobre da
cidade (os plebeus) no possua quaisquer direitos
polticos, econmicos ou sociais. Durante as guerras de
conquistas, somente os patrcios eram privilegiados.
Os patrcios, interessados em conquistar o Lcio,
precisavam dos plebeus, propondo, assim, a criao de
um pretrio que protegesse a plebe: o Tribunato da
Plebe. Lei das Doze Tbuas em 450 a.C., que constituiu um dos fundamentos do direito romano.
A REPBLICA: O Senado era o rgo com maior
poder, composto por 300 senadores vitalcios
A CRISE DA REPBLICA: Foi o perodo iniciado
com as lutas dos irmos Graco contra o Estado romano
(Tibrio, que props uma lei de Reforma Agrria, e
Caio, responsvel por criar a lei frumentria, para
vender trigo a preo mais baixo ao povo), estendendo-
se at o conflito entre os cnsules Mrio e Sila.
Primeiro Triunvirato Dividiu o poder poltico de Roma entre Pompeu, Crasso e Jlio Csar. Pompeu
ficou responsvel pelos governos de Roma e do
Ocidente; Crasso, pelo Oriente; Jlio Csar, pelas Glias.
Assassinato de Jlio Csar (em 44 a.C.).
Segundo Triunvirato Foi formado por Otvio, Marco Antnio e Lpido que, em seguida, dividiram o
mundo romano para melhor govern-lo: Otvio ficou
com Roma e o Ocidente; Marco Antnio recebeu o
Oriente (Egito / Clepatra); Lpido ficou com a frica,
porm foi deposto em 36 a.C.
Otvio assumiu sozinho o poder, tornando-se
senhor absoluto de Roma. Recebeu do Senado vrios
ttulos, entre eles o de Imperador, o de Csar
(primeiro general) e o de Augusto (sagrado). Iniciava-
se, assim, o Imprio Romano.
O IMPRIO ROMANO: poltica do po e circo. A paz, a prosperidade e as realizaes artsticas. O
sculo I, em que transcorreu seu governo, ficou
conhecido como a pax romana. Dinastias: 1. Dinastia Jlio-Claudiana (do ano 14 ao 68).
2. Dinastia dos Flvios (do ano 69 ao 96).
3. Dinastia do Antoninos (do ano 96 so 192).
4. Dinastia dos Severos (do ano 193 ao 235).
CRISE E DECADNCIA DO IMPRIO
O imprio Romano, no sculo III, foi afetado pela
crise geral do escravismo, iniciada nos reinados dos
ltimos Antoninos. Desses fatores, resultou a diminuio da
arrecadao de tributos, levando o Estado a dificuldades
de manter a mquina administrativa, principalmente o
exrcito, o que culminou com as invases brbaras.
Em 313, Constantino assumiu o poder e
restabeleceu a unidade imperial. Estabeleceu, em 330, a
capital do Imprio Romano na antiga colnia grega de
Bizncio, rebatizada com o nome de Constantinopla.
Alm disso, instituiu o Edito de Milo, no qual
reconheceu a religio crist, transformando-a na mais
importante de Roma. Ainda no sculo IV, os brbaros
iniciaram as invases em busca de terras frteis.
Teodsio foi o ltimo imperador uno, instituindo o Edito
de Tessalnica, em 330, pelo qual a religio crist
tornava- se oficial do Imprio.
Por ocasio da morte de Teodsio (395), o Imprio foi
divido em Ocidente, governado por Honrio, e Oriente,
governado por Arcdio ambos filhos do Imperador. O Imprio Romano decaiu em 476.
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Exerccios de Sala
1. O Imprio Romano expandiu-se pelo Mar Mediterrneo durante o perodo republicano; isso gerou,
no decorrer do sculo II d. C., vrias repercusses, entre
as quais NO podemos destacar.
01. surgimento da classe mdia de pequenos
proprietrios rurais e desaparecimento dos
latifundirios.
02. aumento da populao rural na Itlia e consequente
declnio da populao urbana.
04. crescimento do nmero de escravos e grande fluxo
de riquezas.
08. criao de grande nmero de pequenas propriedades
e fortalecimento do sistema assalariado.
16. difuso do Cristianismo e proscrio das
manifestaes culturais de outras regies.
2. A expanso de Roma durante a Repblica, com o consequente domnio da bacia do Mediterrneo,
provocou sensveis transformaes sociais e econmicas,
dentre as quais no podemos incluir:
01. marcado processo de industrializao, xodo urbano,
endividamento do Estado.
02. fortalecimento da classe plebeia, expanso da
pequena propriedade, propagao do cristianismo.
04. crescimento da economia agro-pastoril,
intensificao das exportaes, aumento do trabalho
livre.
08. enriquecimento do Estado romano, aparecimento de
uma poderosa classe de comerciantes, aumento do
nmero de escravos.
16. diminuio da produo nos latifndios, acentuado
processo inflacionrio, escassez de mo-de-obra
escrava.
Exerccios Complementares
3. O Edito de Milo (313), no processo de desenvolvimento histrico de Roma, reveste-se de
grande significado, tendo em vista que:
a) combateu a heresia ariana, acabando com a fora
poltica dos bispados de Alexandria e Antioquia.
b) tornou o cristianismo a religio oficial de todo
Imprio Romano, terminando com a concepo de
rei-deus.
c) acabou inteiramente com os cultos pagos que ento
dominavam a vida religiosa.
d) deu prosseguimento poltica de Deocleciano de
intenso combate expanso do cristianismo.
e) proclamou a liberdade do culto cristo passando
Constantino a ser o protetor da Igreja.
4. A religio romana era essencialmente politesta, e o culto ao imperador era de grande significado pelo fator
da unidade que representava. Durante um perodo
determinado, teve incio o questionamento dessa ideia.
Esse grupo, que no reconhecia a divindade do
Imperador, era de:
a) brbaros invasores
b) primeiros cristos
c) bons espritos familiares
d) escravos e estrangeiros
e) judeus vindos da Palestina
5. Vrias razes explicam as perseguies sofridas pelos cristos no Imprio Romano, entre elas:
a) a oposio religio do Estado Romano e a negao
da origem divina do Imperador, pelos cristos.
b) a publicao do Edito de Milo que impediu a
legalizao do Cristianismo e alimentou a represso.
c) a formao de heresias como a do Arianismo, de
autoria do bispo rio, que negava a natureza divina
de Cristo.
d) a organizao dos Conclios Ecumnicos, que
visavam promover a definio da doutrina crist.
e) o fortalecimento do Paganismo sob o Imperador
Teodsio, que mandou martirizar milhares de
cristos.
UNIDADE 3
A IGREJA NA IDADE MDIA
costume dividir o perodo medieval em duas grandes
fases: a Alta Idade Mdia, que se estende do sculo V
ao sculo XI e a Baixa Idade Mdia, do sculo XII ao
sculo XV.
A Estrutura Feudal: A histria da Idade Mdia
Ocidental basicamente a histria dos Reinos Brbaros
que se formaram a partir do sculo V, com a
desintegrao do Imprio Romano do Ocidente.
ORIGENS DO FEUDALISMO: Podemos afirmar que
o Feudalismo surgiu atravs de um processo de
integrao de uma srie de instituies romanas com
uma srie de instituies brbaras germnicas, sendo que
esse processo estrutural foi catalisado pela ao
conjuntural de diversos fatores, tais como o
expansionismo muulmano pelo Mediterrneo e as
invases dos normandos, hngaros e eslavos.
SOCIEDADE FEUDAL: A sociedade feudal deve ser
classificada como sendo uma Sociedade Estamental, ou
seja, uma sociedade na qual os seus membros esto
hierarquizados em funo do seu status (posio na sociedade), sendo que o status de cada um era fixado pelo fato de dever ou receber determinadas obrigaes.
Uma sociedade estamental tem como uma de suas
caractersticas fundamentais a de apresentar reduzidos
veculos de mobilidade social.
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Pr-Vestibular da UFSC 4
MUNDO RABE: UNIFICAO POLTICA
Maom (570 - 632) nasceu em Meca, membro de uma
famlia pobre da tribo coraixita, e foi responsvel pelo
surgimento de uma nova religio, o islamismo, que
garantiu a unidade poltica Arbia.
Sua doutrina condenava o politesmo idlatra,
fonte de disputas entre os rabes, e defendia o
monotesmo fundado na submisso a Al e na leitura
rigorosa do Coro, livro sagrado dos muulmanos.
Maom foi perseguido e expulso de Meca em
622 (incio do calendrio islmico), dirigindo-se para a
cidade de Yatreb, episdio conhecido como Hgira.
Em pouco tempo, Maom conquistou uma
legio de adeptos que, em 630, se dirigiu e conquistou
Meca. Em 632, o profeta Maom morreu e foi sucedido
pelos Califas (seguidores do profeta)..
A Expanso Islmica: Segundo os preceitos islmicos,
todo seguidor de Maom deve ser um soldado
encarregado de levar a f a todos os infiis(djihad = Guerra Santa). Tal motivao levou os rabes,
comandados pelos califas, expanso por vastas reas
do Mediterrneo.
Durante quase mil anos, os rabes-muulmanos
controlaram a navegao e o comrcio no Mediterrneo,
bloqueando o acesso dos europeus ao comrcio com o
Oriente.
A Cultura Islmica: Cincias: campo em que os
muulmanos mais se desenvolveram; na matemtica,
aprimoraram a lgebra e a Geometria; dedicaram-se
tambm Astronomia e Qumica (alquimia);
Medicina: grande foi a importncia de Avicena
que, entre vrias descobertas, diagnosticou a varola
e o sarampo e descobriu a natureza contagiosa da
tuberculose;
Literatura: contamos com vasta produo, com destaque para a coletnea As mil e uma noites e o poema
Rubaiyat, de Omar Khayam.
Exerccios de Sala
1. O Feudalismo europeu apresentava caractersticas particulares de acordo com a localidade. Apesar das
diferenas regionais, podemos afirmar que sua origem
est relacionada com:
01. o renascimento das cidades.
02. o ressurgimento do comrcio.
04. a ruralizao da sociedade.
08. o fortalecimento do poder imperial.
16. a descentralizao poltica.
2. Sobre a forma de pensar e de agir do homem da Europa Ocidental durante o perodo medieval, correto
afirmar que:
01. Deus ocupava o centro de todas as coisas,
condicionando pensamento e ao dos homens.
02. A histria dos homens consistia numa marcha do
povo de Deus em direo a Ele, cabendo Igreja o
papel de guia.
04. A relao entre o senhor e seus vassalos era de
dependncia pessoal, ou seja, de homem a homem.
08. Nas atividades econmicas, a influncia da Igreja
imps princpios que condenavam a especulao e a
usura, bem como gerou a ideia de justo preo.
16. O dinamismo da economia feudal se fundamentava
na concepo de que o comrcio era o nico gerador
de riquezas.
Exerccios Complementares
3. So caractersticas do perodo conhecido como Alta Idade Mdia Europeia:
01. Surgimento dos Feudos.
02. Centralizao poltica.
04. Incio da ocupao da Pennsula Ibrica pelos
muulmanos.
08. Formao do sistema capitalista.
4. (UFSC) So caractersticas do perodo conhecido como Alta Idade Mdia Europeia:
01. Surgimento dos Feudos.
02. Centralizao poltica.
04. Incio da ocupao da Pennsula Ibrica pelos
muulmanos.
08. Formao do sistema capitalista.
5. (UFBA) Em relao organizao social da Idade Mdia, pode-se afirmar:
01. A utilizao em grande escala da mo-de-obra
escrava, no Imprio Romano, modificou as condies
de trabalho dos camponeses, motivando a ampliao
das obrigaes do Estado, em decorrncia do
crescimento demogrfico das reas urbanas.
02. A pregao religiosa de Maom atraiu
significativamente os rabes pobres, que a utilizaram
como motivao para uma guerra civil contra os
mercadores judeus da Arbia.
04. A estrutura agrcola da sociedade feudal
fundamentou-se na grande concentrao de terras e
no trabalho servil.
08. A atividade urbana, na sociedade feudal, resultava da
livre iniciativa dos banqueiros, artesos e
comerciantes e era regulada por uma rgida diviso
social, nas relaes de trabalho, definida pelo Estado.
16. A Igreja, no perodo medieval, tentou mostrar a
harmonia da sociedade, formulando o princpio das
"trs ordens", segundo o qual todos eram iguais,
porque recebiam uma misso de Deus e a cumpriam
de forma fraterna.
UNIDADE 4
Chamamos de Baixa Idade Mdia o perodo que se
estende do sculo XII ao sculo XV. Durante a Baixa
Idade Mdia, as formaes sociais da Europa Ocidental
e Central conheceram profundas transformaes em suas
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estruturas econmicas e sociais. O sentido bsico dessas
transformaes foi o da simultaneidade entre
caractersticas de crise do Feudalismo e o incio do
alinhamento de novas condies econmico-sociais que,
sculos depois, resultaram na caracterizao plena do
Modo de Produo Capitalista.
Em suma, num linguajar tcnico, o Modo de
Produo Feudal vai perdendo sua dominncia nas
formaes sociais europias em favor do modo de
produo pr-capitalista.
AS CRUZADAS
O nome de Cruzadas dado a um conjunto de oito
expedies militares de cristos do Ocidente que se
dirigiram ao Oriente com o objetivo de libertar o Santo
Sepulcro das mos dos muulmanos.
De um modo geral, a expanso europeia
contribuiu para dinamizar as relaes comerciais entre o
Oriente e o Ocidente. Aps sculos do bloqueio
muulmano, os cruzados reabriram parcialmente o
Mediterrneo para o comrcio europeu.
fcil entender que o Renascimento do
Comrcio propiciou, simultaneamente, um
Renascimento Urbano, que por sua feita estimulou ainda
mais o desenvolvimento do comrcio.
Inicialmente, comeamos a verificar a
proliferao dos comerciantes itinerantes que aos poucos
foram se fixando ao redor de um castelo (burgo) ou
palcio episcopal, ou ainda no cruzamento das estradas e
dos rios, dando desta forma origem a ncleos comerciais
que evoluiriam para a condio de cidades.
Os principais aspectos desse processo
transformatrio foram: o progressivo enfraquecimento
das relaes servis de produo; a crescente utilizao de
relaes capitalistas de produo; o desenvolvimento das
atividades comerciais e artesanais; o crescimento das
populaes urbanas; o aparecimento de uma nova classe
social, a burguesia, que tendia a assumir o papel de
classe economicamente dominante, mas que permanecia
afastada do poder poltico.
Monarquias Nacionais: elas foram resultantes
da aliana entre o Rei e a Burguesia.
PENNSULA IBRICA
Foi a partir do reino de Leo que se formou Portugal. Da
unificao daqueles quatro reinos principais que
nasceria a Espanha. Dois fatos devem ser destacados no
nascimento da Espanha: o casamento, em 1469, de
Fernando, rei de Arago, com Isabel, irm do rei de
Leo e Castela; e a expulso dos mouros de Granada
em 1492.
RENASCIMENTO ARTSTICO
CULTURAL E CIENTFICO
CARACTERSTICAS GERAIS
O Renascimento exprime, sobretudo, os novos valores e
ideais da burguesia, classe ascendente na transio para
o capitalismo.
Uma das principais caractersticas do
Renascimento o Humanismo, interpretado comumente
como sinnimo de antropocentrismo ou valorizao do
ser humano. O verdadeiro sentido do humanismo
renascentista, porm, era o estudo de Humanidades, isto
, da lngua e literatura antigas. Humanistas foram
Erasmo de Rotterdam (Prncipe dos Humanistas, autor do Elogio da Loucura), Thomas More (autor de Utopia)
FORAM FATORES DO RENASCIMENTO:
o Renascimento Comercial e Urbano da Baixa Idade
Mdia, que alterou os valores da poca feudal e
favoreceu um maior intercmbio intelectual.
o mecenato , isto , a proteo aos escritores e artistas,
que muito estimulou o movimento renascentista. Os
primeiros mecenas pertenciam burguesia, mas houve
tambm papas, reis e prncipes que praticaram o
mecenato. A burguesia fazia-o como forma de
investimento financeiro ou para adquirir status; os
governantes, porm, tornavam-se mecenas com o
objetivo de aumentar seu prestgio e, conseqentemente,
legitimar o novo poder que estavam implantando: o
absolutismo.
a inveno da imprensa, que permitiu uma
maior divulgao das novas ideias.
PRINCIPAIS RENASCENTISTAS
na Pintura: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael e Ticiano, na Itlia; El Greco, na Espanha.
na Escultura: Michelangelo e Donatello, na Itlia.
na Literatura: Cames, em Portugal; Cervantes, na Espanha; Rabelais e Montaigne, na Frana;
Shakespeare, na Inglaterra.
na Astronomia: Coprnico, na Polnia; Kepler, na Alemanha; Galileu, na Itlia.
Exerccios de Sala
1. (UFSC) Os relatos sobre o perodo histrico conhecido como Idade Mdia revelam a ocorrncia de
conflitos blicos, pestes e fome. Sabe-se, porm, que no
mesmo perodo houve desenvolvimento econmico e
cultural. Assinale a(s) proposio(es) correta(s) nas
suas referncias cultura medieval.
01. O carter religioso predominou nas artes medievais,
pois um dos seus objetivos era a glorificao de
Deus.
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Pr-Vestibular da UFSC 6
02. Na literatura, alm de Dante Alighieri, destacaram-se
os trovadores, responsveis pela divulgao da poesia
popular e das canes de gesta.
04. O crescimento urbano e o comrcio foram
responsveis pela decadncia intelectual verificada
na Idade Mdia, por dificultarem a criao de novas
universidades.
08. Entre os pensadores medievais, destacou-se Santo
Toms de Aquino que, com a "Suma Teolgica",
tentou resolver a controvrsia entre f e razo.
16. Na arquitetura medieval predominaram dois estilos:
o romnico e o gtico.
32. Durante a Idade Mdia, as lnguas nacionais foram
denominadas "vulgares". O latim foi a lngua falada
pelos eruditos.
2. (UFSC) Numa sexta-feira, 8 de agosto de 1998, dois atentados aterrorizaram o mundo. Bombas explodiram
nas embaixadas dos Estados Unidos em Nairobi e Dar
es-Salaan, deixando 248 mortos. Os atentados foram
reivindicados pelo grupo "Exrcito de Libertao dos
Santurios Islmicos".
Sobre o Islo e os grupos islmicos fundamentalistas que
aterrorizam o ocidente, assinale a(s) proposio(es)
verdadeira(s).
01. O Islo surgiu a partir das pregaes de Maom.
02. No "Alcoro", que segundo a tradio foi transmitido
a Maom, esto as leis e ensinamentos da religio
islmica.
04. Os fundamentalistas islmicos pretendem um Estado
dirigido pelas leis do Alcoro.
08. Um nmero expressivo de fundamentalistas
islmicos prega a guerra santa contra a sociedade
ocidental, principalmente contra os Estados Unidos.
Exerccios Complementares
3. (UEPG) Sobre a sociedade feudal, assinale o que for correto.
01 Os direitos de suserania e soberania eram igualmente
partilhados por toda a classe senhorial.
02. As monarquias feudais caracterizaram-se pela
ruptura dos laos feudo-vasslicos e a emergncia de
um poder pessoal e supremo do soberano.
04. Em algumas regies da Europa Medieval ocorreu
uma sntese equilibrada e espontnea entre elementos
romanos e germnicos.
08. Foi marcada pela predominncia da vida urbana
sobre a rural.
16. Havia uma estreita relao entre laos de
dependncia pessoal e uma hierarquia de direitos
sobre a terra.
4. Apesar de no terem alcanado seu objetivo - reconquistar a Terra Santa -, as Cruzadas provocaram
amplas repercusses, porque:
a) favoreceram a formao de vrios reinos cristos no
Oriente, o que permitiu maior estabilidade poltica
regio.
b) consolidaram o feudalismo, em virtude da unificao
dos vrios reinos em torno de um objetivo comum.
c) facilitaram a superao das rivalidades nacionais
graas influncia que a Igreja ento exercia.
d) uniram os esforos do mundo cristo europeu para
eliminar o domnio rabe na Pennsula Ibrica.
e) estimularam as relaes comerciais do Oriente com o
Ocidente, graas abertura do Mediterrneo a navios
europeus.
5. (UNIOESTE) Com relao ao Perodo Medieval, pode-se afirmar que:
01. o comeo da Idade Mdia se caracteriza por uma
rpida urbanizao da Europa Ocidental.
02. o romanismo, o germanismo e o cristianismo
contriburam para a formao da Civilizao
Ocidental e da Europa Medieval.
04. o Feudalismo foi um sistema social, poltico e
econmico voltado para a produo e para o
consumo locais.
08. os servos eram homens livres que vendiam sua fora
de trabalho e habitavam, normalmente, os subrbios
das cidades e os mestres de ofcio cultivavam a terra.
16. a cultura do perodo clssico foi preservada nos
mosteiros medievais, donde emanavam princpios da
mentalidade crist.
32. as Cruzadas ocorreram no incio do Feudalismo e
propiciaram a invaso dos povos brbaros de terras
dos germanos.
UNIDADE 5
IDADE MODERNA
REFORMA RELIGIOSA
FATORES
A doutrina da Igreja, atravs da teoria do preo
justo, da condenao da usura, do menosprezo s
atividades comerciais e manufatureiras, impedia o
desenvolvimento do capital.
Havia ainda uma profunda contradio entre as
necessidades econmicas dos diversos grupos sociais e o
fiscalismo, a simonia (venda de cargos eclesisticos) e a
venda de indulgncias (perdo para os pecados), que a
Igreja realizava como um Estado opressor.
REFORMA LUTERANA
Martinho Lutero (1483 - 1546) era monge
agostiniano, professor de Teologia na Universidade de
Wittemberg, quando o Papa Leo X renovou a
indulgncia para a obteno de fundos necessrios
construo da Baslica de So Pedro. O
descontentamento geral com o Papado aumentou na
Alemanha quando o frade Tetzel l chegou para pregar a
indulgncia.
Em 1517, Lutero publicou suas 95 Teses, condenando as indulgncias, e logo foi amplamente
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apoiado, tendo sido Tetzel expulso da cidade de
Wittemberg. Recusando retratar-se, Lutero foi
excomungado pelo Papa e declarado fora da lei por
Carlos V e pelo dito de Worms, sendo, no entanto
protegido pelo duque Frederico da Saxnia. Em 1522,
retornou a Wittemberg, onde permaneceu at a morte.
REFORMA CALVINISTA
O movimento reformista ocorrido na Sua, de maior
profundidade e maior influncia, foi aquele liderado por
Calvino. Joo Calvino (1509 - 1564) era francs e fez
estudos humansticos. Aps sua converso ao
luteranismo, foi obrigado a fugir de seu pas para a Sua
em conseqncia das perseguies religiosas a que foi
submetido.
REFORMA ANGLICANA
A insatisfao com a Igreja era muito grande na
Inglaterra desde o fim do sculo XIV, quando Wyclif
(tradutor da Bblia para o Ingls) apresentou uma das
doutrinas precursoras do protestantismo.
O fator que desencadeou a Reforma na Inglaterra foi a
negativa do Papado em atender ao pedido de divrcio do
rei Henrique VIII (1509 - 1547), que era casado com
Catarina de Arago, tia de Carlos V.
CONTRA-REFORMA CATLICA
As reformas protestantes provocaram na Igreja Catlica
um movimento de reforma interna que inicialmente
decorreu de iniciativas isoladas como a mudana das
Regras das ordens religiosas, bem como a formao de
novas ordens como a dos Capuchinhos, das Ursulinas,
dos Barnabistas e dos Jesutas.
Os Jesutas (a Companhia de Jesus) foram
organizados por Incio de Loyola, autor de uma obra
intitulada Exerccios Espirituais, antigo oficial do exrcito espanhol, sendo que sua organizao foi
aprovada pela Papa Paulo III em 1540.
A Inquisio, criada no perodo feudal para o
combate s heresias, foi muito utilizada na Espanha,
desde o sculo XV, contra os mouriscos e os judeus.
Para o combate aos protestantes, ela foi restabelecida,
em 1542, como rgo oficial da Igreja, dirigida de Roma
pelo Santo Ofcio, que era um rgo presidido pelo
Grande Inquisidor.
Em 1543, a Igreja criou outro rgo, a
Congregao do Index, que recebeu a funo de
examinar todas as obras que viessem a ser publicadas,
editando uma relao peridica dos livros considerados
perigosos doutrina e moral dos fiis.
O Conclio de Trento (1545 - 1563) foi
convocado pelo Papa Paulo III para garantir a unidade da
f catlica e da Igreja.
Exerccios de Sala
1. Sobre o Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, pode-se afirmar que NO objetivava:
01. demarcar os direitos de explorao dos pases
ibricos, tendo como elemento propulsor o
desenvolvimento da expanso comercial martima.
02. estimular a consolidao do reino portugus, por
meio da explorao das especiarias africanas e da
formao do exrcito nacional.
04. impor a reserva de mercado metropolitano, por meio
da criao de um sistema de monoplios que atingia
todas as riquezas coloniais.
08. reconhecer a transferncia do eixo do comrcio
mundial do Mediterrneo para o Atlntico, depois
das expedies de Vasco da Gama s ndias.
16. reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a
explorao colonial, aps a destruio da Invencvel
Armada de Felipe II, da Espanha.
2. Assinale as datas corretas e marque a soma no gabarito:
01. 1212 - Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa
Esperana
02. 1492 - Colombo chegou ao continente americano
04. 1494 - Assinatura do Tratado de Tordesilhas entre
Portugal e Espanha
08. 1500 Pedro A. Cabral chegou na Amrica 16. 1532 - So Vicente foi fundada por Martin Afonso
de Sousa
Exerccios Complementares
3. A respeito da cultura grega, leia as snteses filosficas abaixo.
I - A cincia, a moral e os credos religiosos eram
criaes humanas vlidas para determinados grupos
sociais em um determinado perodo.
II - Sua principal contribuio filosfica foi a Teoria das
Ideias, segundo a qual as ideias so a essncia dos
conceitos e das coisas e, portanto, transcendentes ao
homem, que delas tem apenas um plido reflexo.
III - Defendia a existncia de um conhecimento estvel e
vlido para todos. Sua grande preocupao era o
autoconhecimento que poderia ser obtido atravs da
ironia e da maiutica.
As snteses que voc acabou de ler podem ser
associadas, respectivamente, a:
a) Plato, Aristteles e Scrates
b) Plato, Sofistas e Aristteles
c) Scrates, Sofistas e Plato
d) Sofistas, Plato e Scrates
e) Plato, Sofistas e Scrates
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4. Assinale o que for correto a respeito da mulher na sociedade democrtica ateniense, na Antiguidade.
a) Alm de cuidar da administrao interna das
residncias, cabia mulher fazer pessoalmente as
compras no mercado.
b) Naquela organizao social, a mulher estava excluda
da cidadania que era reservada aos homens.
c) A mulher podia ser repudiada pelo marido desde que
este apresentasse motivo justo e devolvesse o dote ao
pai da esposa.
d) As mulheres passavam boa parte do tempo fora de
casa, nos locais pblicos com amigas e mesmo
estabelecendo relaes ntimas com outros homens.
e) No espao do lar a mulher exercia o poder, cabendo a
ela decidir pela rejeio ou no dos filhos recm-
nascidos.
5. A Civilizao Grega atingiu extraordinrio desenvolvimento. Os ideais gregos de liberdade e a
crena na capacidade criadora do homem tm
permanente significado. Acerca do imenso e
diversificado legado cultural grego, correto afirmar
que:
a) a importncia dos jogos olmpicos limitava-se aos
esportes.
b) a democracia espartana era representativa.
c) a escultura helnica, embora desligada da religio,
valorizava o corpo humano.
d) os atenienses valorizavam o cio e desprezavam os
negcios.
e) poemas, com narraes sobre aventuras picas, so
importantes para a compreenso do perodo homrico.
UNIDADE 6
EXPANSO MARTIMO-COMERCIAL
EUROPIA
A necessidade de metais preciosos para a cunhagem de
moedas, indispensveis ao desenvolvimento comercial,
bem como de novas reas fornecedoras de mercadorias
que abastecessem o mercado europeu, determinaram a
expanso martima a partir do sculo XV.
Sua viabilizao foi favorecida por diversos fatores,
entre os quais se destacam: o avano tecnolgico,
responsvel pela melhoria das condies de navegao
(elaborao de mapas, aprimoramento de instrumentos
de orientao, construo de embarcaes mais rpidas e
seguras).
Nesse processo de expanso, Portugal desempenhou
papel pioneiro por ter, durante a Baixa Idade Mdia,
criado as condies necessrias sua efetivao:
privilegiada posio geogrfica;
desenvolvimento das tcnicas de navegao, sobretudo aps a fundao da Escola de Sagres;
presena de uma burguesia forte e com disponibilidade de capitais para a empresa martima;
paz interna e externa;
centralizao poltica em mos do rei.
A conquista de Ceuta pelos portugueses, em 1415,
considerada o marco inicial da expanso ultramarina
europeia. O Tratado de Tordesilhas assegurou a
presena portuguesa no recm-descoberto continente
americano.
Com o objetivo de consolidar o domnio
lusitano sobre a rota das especiarias orientais, o rei D.
Manuel organizou uma poderosa esquadra que se dirigiu
s ndias, percorrendo a rota inaugurada por Vasco da
Gama. A esquadra contava com duas caravelas, dez naus
e 1500 homens e era comandada pelo navegador Pedro
lvares Cabral. A embarcao em que se achava o
comandante, porm, afastou-se da costa africana em
direo a oeste e, a 22 de abril de 1500, avistou terra.
Aps rpido desembarque, suficiente para oficializar a
posse sobre o novo territrio, Cabral seguiu viagem em
direo ao Oriente. Uma nau, no entanto, retornou a
Portugal para dar a notcia da descoberta ao rei.
Os navegadores das outras naes europeias,
que no Portugal e Espanha, tiveram que se contentar em
explorar o Atlntico Norte, sendo responsveis pela
explorao e ocupao da Amrica do Norte. A pirataria
foi tambm uma atividade desempenhada pelos ingleses
e franceses.
ABSOLUTISMO
As caractersticas do Estado absolutista foram:
a grande centralizao representada pelo grande poder do soberano, que no era controlado por outras
instituies polticas ou por leis limitativas de sua
autoridade.
a poltica econmica mercantilista, que intervinha na estrutura econmica sob diversas formas,
ampliou o estabelecimento de relaes capitalistas de
produo e foi um dos aspectos da acumulao primitiva
de capital.
Os principais pensadores do poder absoluto foram:
Nicolau Maquiavel (1469-1527) - em suas obras O Prncipe e Discursos sobre a primeira dcada de
Tito Lvio, fundamentava a necessidade de um Estado
Nacional forte e independente da Igreja e encarnado na
pessoa do chefe do governo (o prncipe) para a aplicao da razo do Estado, fortalecimento da nao e
o benefcio coletivo, considerando vlidos todos os
meios utilizados para o alcance desses objetivos.
Jean Bodin (1530-1595) - em Da Repblica, argumentava que a soberania do Estado personificada no
rei tinha origem divina, no havendo impedimento
autoridade real.
Bossuet (1627-1704) - Poltica Tirada da Sagrada Escritura reforou a doutrina do direito divino,
que legitima qualquer governo, justo e injusto;
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Thomas Hobbes (1588-1679) - no Leviat (1651), abandonou a ideologia religiosa para justificar o
absolutismo.
Exerccios de Sala
1. Sobre as caractersticas do Absolutismo na Idade Moderna correto afirmar:
01. foi um tipo de regime republicano e democrtico.
02. procurou legitimar-se no "Direito Divino dos Reis".
04. foi a expresso do poder poltico descentralizado.
08. implementou o Estado burocrtico e nacional.
16. baseou-se no poder autocrtico do soberano.
2. Jacques Bossuet utilizou argumentos extrados da
Bblia para justificar o poder absoluto e de direito divino
da realeza, com o lema: "Um rei, uma lei, uma f". So
caractersticas do absolutismo na Frana:
01. A concentrao dos mecanismos de governo nas
mos do rei.
02. A identificao entre Nao e Coroa.
04. A influncia do racionalismo iluminista como
justificativa do poder absoluto e do "direito divino".
08. A criao de exrcito nacional permanente.
16. A ampla liberdade de expresso e de f.
Exerccios Complementares
3. No conjunto de importantes viagens e expedies martimas dos sculo XVI, as quais chamamos de
"Grandes Navegaes", nota-se clara preponderncia dos
pases Ibricos. A esse respeito, correto afirmar:
01. As navegaes do perodo se faziam com recurso
exclusivo bssola, uma vez que ainda no se havia
iniciado o estudo da navegao astronmica, isto ,
orientada atravs da observao dos astros.
02. As embarcaes adotadas pelos portugueses e
espanhis - as galeras - eram semelhantes quelas
utilizadas pelos navegantes genoveses e venezianos.
04. Por sua localizao geogrfica, Portugal tornava-se
particularmente indicado para promover exploraes
martimas: seu litoral se encontra a meio caminho
entre o Mediterrneo e o Mar do Norte, e bastante
prximo da costa africana e das ilhas atlnticas.
08. Tanto Portugal quanto Espanha podiam contar com o
apoio financeiro de vrios comerciantes s
expedies, interessados em reatar relaes diretas
com o Oriente desde a queda de Constantinopla
(1453).
16. A Espanha entrou com relativo atraso na disputa com
os portugueses pela descoberta de novas terras, em
funo de sua luta contra os muulmanos pela
reconquista de territrios ibricos.
32. A precoce centralizao monrquica, a consolidao
do poder central e a aliana com uma nova classe
mercantil possibilitam a Portugal desde o incio do
sculo XV estimular a expanso comercial e as
expedies martimas.
4. O descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial da Coroa Portuguesa, no sculo XV. Embora no
houvesse interesse especfico de expanso para o
Ocidente:
a) a posse de terras no Atlntico ocidental consolidava a
hegemonia portuguesa neste Oceano.
b) o Brasil era uma alternativa mercantil ao comrcio
portugus no Oriente.
c) o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma
inspirao de Colombo para chegar s ndias.
d) a procura de terras no Ocidente foi uma reao de
Portugal ao Tratado de Tordesilhas, que o afastava da
Amrica.
e) essa descoberta foi mero acaso, provocado pelas
intempries que desviaram a esquadra da rota da
ndia.
5. Principalmente a partir do sculo XVI vrios autores passam a desenvolver teorias, justificando o poder real.
So os legistas que, atravs de doutrinas leigas ou
religiosas, tentam legalizar o Absolutismo. Um deles
Maquiavel: afirma que a obrigao suprema do
governante manter o poder e a segurana do pas que
governa. Para isso deve usar de todos os meios
disponveis pois que "os fins justificam os meios."
Professou suas ideias na famosa obra:
a) "Leviat"
b) "Do Direito da Paz e da Guerra"
c) "Repblica"
d) "O Prncipe"
e) "Poltica Segundo as Sagradas Escrituras"
UNIDADE 7
REVOLUO INDUSTRIAL
FATORES
A Revoluo Industrial um processo histrico de
radical transformao econmica e social, atravs do
qual o modo de produo capitalista assumiu a
dominncia de certas formaes sociais.
Para o desencadeamento da Revoluo Industrial, certas
pr-condies tiveram de ser preenchidas:
a substituio do processo artesanal de produo pelo processo mecnico exige a realizao de
um significativo investimento e uma considervel
imobilizao inicial de capital. Logo, necessria a
preexistncia desse capital acumulado.
a Revoluo Industrial demanda um crescente consumo de mo de obra urbana. Neste sentido, a
existncia de abundante disponibilidade de mo de obra
condio fundamental para a ocorrncia do prprio
processo.
Uma Balana Comercial altamente favorvel e a
abundncia dos metais preciosos eram os indcios da
prosperidade. Essa hegemonia martimo-comercial da
Inglaterra conferia-lhe uma condio singular em termos
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de acumulao de capital. Por exemplo, a essa
hegemonia a Inglaterra deve o fato de haver podido
assinar com Portugal, em 1703, o Tratado de Methuen,
em funo do qual uma grande parte do ouro explorado
no Brasil, no sculo XVIII, foi acabar nos cofres
ingleses.
ASPECTOS TECNOLGICOS
O aparecimento das mquinas no significa apenas um
progresso tcnico, atravs do qual se verificou um
aumento da produtividade. A introduo das mquinas
na produo industrial significou uma substituio do
tipo de equipamento que era utilizado at ento, ou seja,
as ferramentas, e uma liberao da mo de obra.
ASPECTOS ECONMICOS E SOCIAIS
a Burguesia Capitalista, que a classe dos proprietrios dos meios de produo.
o Proletariado, que a classe que rene os trabalhadores diretos, cuja nica propriedade a sua
fora de trabalho, vendida Burguesia Capitalista em
troca de um salrio.
Exerccios de Sala
1. Entre os efeitos da Revoluo Industrial ocorrida em meados do sculo XVIII, pode-se incluir:
01. a afirmao do Estado liberal-burgus, triunfante
sobre o Antigo Regime.
02. a diviso tcnica do trabalho, permitindo celeridade
no processo produtivo.
04. a configurao da dicotomia bsica das sociedades
capitalistas: burguesia e proletariado.
08. o acirramento da luta de classes, com ecloso de
movimentos contestatrios ordem burgus-
capitalista.
16. a consolidao da concepo metalista, estimulando
a procura e a posse de metais preciosos como fator de
riqueza.
32. o incentivo ao protecionismo estatal, visando a
alcanar um supervit comercial necessrio
proteo da indstria nascente.
64. a acumulao de capitais na esfera da produo de
mercadorias e conseqente hegemonia poltica e
social da burguesia.
2. A era da industrializao na Europa foi acompanhada por transformaes no processo de trabalho, entre as
quais podemos citar:
01. Passagem do sistema domstico ao sistema fabril de
produo.
02. Concentrao de trabalhadores em unidades fabris,
desenvolvendo a diviso social do trabalho e a
especializao em determinados ramos de produo.
04. Manuteno da estrutura corporativa de trabalho,
organizando os trabalhadores em corporaes de
ofcios.
08. Promoo de um novo modelo de trabalho, pronto a
aceitar a disciplina do trabalho fabril e constituindo
mo de obra assalariada.
16. Utilizao frequente de mo de obra feminina e
infantil, submetida ao mesmo regime de trabalho,
durante longas jornadas.
Exerccios Complementares
3. Sobre a inovao tecnolgica no sistema fabril na Inglaterra do sculo XVIII, correto afirmar que ela
a) foi adotada no somente para promover maior eficcia
da produo, como tambm para realizar a
dominao capitalista, na medida que as mquinas
submeteram os trabalhadores a formas autoritrias de
disciplina e a uma determinada hierarquia.
b) ocorreu graas ao investimento em pesquisa
tecnolgica de ponta, feito pelos industriais que
participaram da Revoluo Industrial.
c) nasceu do apoio dado pelo Estado pesquisa nas
universidades.
d) deu-se dentro das fbricas, cujos proprietrios
estimulavam os operrios a desenvolver novas
tecnologias.
e) foi nica e exclusivamente o produto da genialidade
de algumas geraes de inventores, tendo sido
adotada pelos industriais que estavam interessados
em aumentar a produo e, por conseguinte, os
lucros.
4. A Revoluo Industrial Inglesa s foi possvel pelo processo histrico de acumulao primitiva criador tanto
do CAPITAL quanto do TRABALHO. A liberao da
mo de obra e formao do proletariado ocorreu com:
a) os cercamentos dos campos e a expulso dos
camponeses das terras comuns.
b) o intenso cultivo de algodo nos campos ingleses.
c) o processo de reforma agrria na Inglaterra.
d) o intenso processo de imigrao de trabalhadores de
outras naes europeias para as indstrias inglesas.
e) a produo agrcola organizada em tcnicas feudais.
5. Dentre as consequncias sociais forjadas pela Revoluo Industrial, pode-se mencionar
a) o desenvolvimento de uma camada social de
trabalhadores, que destitudos dos meios de
produo, passaram a sobreviver apenas da venda de
sua fora de trabalho.
b) a melhoria das condies de habitao e sobrevivncia
para o operariado, proporcionada pelo surto de
desenvolvimento econmico.
c) a ascenso social dos artesos que reuniram seus
capitais e suas ferramentas em oficinas ou domiclios
rurais dispersos, aumentando os ncleos domsticos
de produo.
d) a criao do Banco da Inglaterra, com o objetivo de
financiar a monarquia e ser tambm, uma instituio
geradora de empregos.
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e) o desenvolvimento de indstrias petroqumicas
favorecendo a organizao do mercado de trabalho,
de maneira a assegurar emprego a todos os
assalariados.
UNIDADE 8
REVOLUO FRANCESA 1789-1799
ETAPAS DA REVOLUO
A Revoluo Francesa transformou a poltica do mundo
moderno.
ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE
(1789/1791)
Por determinao do Rei, ao longo do processo eleitoral
para os Estados Gerais, foram elaborados os chamados
Cadernos de Queixas, nos quais os representantes dos trs estados sociais registravam suas pretenses e
reivindicaes.
Diante desses fatos, o Terceiro Estado, sob a liderana
da burguesia, tomou a iniciativa: em 13 de julho foi
organizada uma milcia popular que recebeu o nome de
Guarda Nacional e foi organizado um Comit
Permanente de direo da insurreio (este comit daria
origem Comuna de Paris); em 14 de julho de 1789,
aps intensas manifestaes de rua com forte apoio
popular, o Terceiro Estado, atravs de seus deputados e
na liderana de um movimento popular, marchou sobre a
priso da Bastilha que era um verdadeiro smbolo do
Absolutismo e de suas arbitrariedades, sendo que aps
vrias horas de stio, a fortaleza capitulou.
Foi aprovada uma Declarao dos Direitos do Homem e
do Cidado, que proclamava a liberdade e igualdade de
todos diante da lei.
MONARQUIA CONSTITUCIONAL (1791/1792)
Os Jacobinos, que representavam a esquerda poltica e
eram partidrios de uma democracia burguesa;
Diante dessa estrutura poltica da Assembleia
Legislativa, o rei Lus XVI apoiava os Jacobinos de
Brissot na esperana de que a poltica extremista deles
levasse a Frana guerra e catstofre e, com isso,
ficasse viabilizada a contrarrevoluo.
Os sans-culottes, articulados em torno da Comuna Insurreicional, pressionaram a Assembleia, que se viu
obrigada a votar a suspenso do Rei e a convocar
eleies, por sufrgio universal, para uma nova
Constituinte, que receberia a designao de Conveno
Nacional. Enquanto a Conveno no foi instalada, o
poder executivo foi exercido por um Conselho Executivo
Provisrio, onde se destacou a figura de Danton.
A REPBLICA JACOBINA (1792/1795)
O primeiro ato importante da Conveno Nacional foi
tomado em 21 de setembro de 1792: a abolio da
Monarquia.
Os deputados da Conveno agregavam-se nos
seguintes partidos:
- os Girondinos (160 deputados), que eram partidrios da
legalidade e da liberdade econmica, pretendiam limitar
a influncia do povo de Paris, cuja ao julgavam
excessivamente radical.
- os Montanheses (140 deputados) que se apoiavam,
basicamente, nos sans-culottes (a maior parte desses deputados havia sido eleita pelos votos de Paris),
defendiam uma forte radicalizao do processo
revolucionrio e seus principais lderes eram Carnot,
Saint-Just, Marat, Danton e Robespierre.
- Centro (tambm conhecido como Plancie ou Pntano e
que agregava o restante dos deputados) inicialmente
apoiava os Girondinos, mas aos poucos, tendeu para os
Montanheses.
Por presso dos Montanheses, foi desencadeado
um processo contra o Rei que, apesar da oposio dos
Girondinos, acabou por condenar o soberano morte.
Lus XVI foi executado em 21 de janeiro de 1793.
O pice das medidas de exceo foi atingido em
junho de 1794 com o chamado Grande Terror. Em
menos de trs meses, cerca de duas mil pessoas foram
executadas, dentre elas o poeta Andr Chenier e o
qumico Lavoisier.
Quando, em 8 do Termidor (06 de julho de
1794), Robespierre anunciou que faria uma nova
depurao da Conveno e nos Comits, Tallien e
Fouch, dois lderes moderados, conseguiram reunir em
torno de si a maioria dos deputados da Plancie e, em 9
do Termidor (27 de julho), conseguiram fazer com que a
Conveno aprovasse a priso de Robespierre, sendo
executado no dia seguinte.
GOVERNO DO DIRETRIO (1795/1799)
Napoleo, a frente de trinta e oito mil soldados, seguiu
para o Egito em maio de 1798, tomou Alexandria e o
Cairo, mas, em agosto, o Almirante Nelson, da
Inglaterra, destruiu a frota francesa na Batalha de
Aboukir. Em agosto de 1799, Napoleo deixou o
comando das tropas de ocupao para Kleber e
embarcou secretamente para a Frana.
Os golpistas precisavam de um militar de
prestgio para que o golpe contasse com o apoio do
exrcito, encontraram-no na pessoa de Napoleo
Bonaparte.
Em 18 Brumrio (09 de novembro de 1799), foi
desfechado o golpe de Estado que conhecido pelo
nome de Golpe do 18 Brumrio: Bonaparte foi nomeado
comandante das tropas de Paris e os trs diretores, que se
mantinham fiis ao regime, neutralizados. No dia
seguinte, a resistncia do Conselho dos Quinhentos foi
quebrada graas ao conjugada de seu presidente
(Luciano Bonaparte, irmo de Napoleo) e das tropas de
Paris.
Incluso para a Vida Histria A
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O Diretrio foi suprimido e substitudo por trs
cnsules provisrios: Bonaparte, Sieys e Roger Ducos.
Exerccios de Sala
1. A Revoluo Francesa representou um marco da histria ocidental pelo carter de ruptura em relao ao
Antigo Regime.
Dentre as caractersticas da crise do Antigo Regime, na
Frana, no podemos incluir:
01. a crescente mobilizao do Terceiro Estado, liderado
pela burguesia contra os privilgios do clero e da
nobreza.
02. o desequilbrio econmico da Frana, decorrente da
Revoluo Industrial.
04. a retomada da expanso comercial francesa, liderada
por Colbert.
08. o apoio da monarquia s sucessivas rebelies
camponesas contrrias nobreza.
16. o fortalecimento da monarquia dos Bourbons, aps a
participao vitoriosa na guerra de independncia dos
E.U.A.
2. A "Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado", da Revoluo Francesa, traz o seguinte
princpio: "Os homens nascem e se conservam livres e
iguais em direitos. As distines sociais s podem ter por
fundamento o proveito comum".
Tal princpio NO decorrente:
01. da incorporao das reivindicaes da classe mdia
por maior participao na vida poltica.
02. do reconhecimento da necessidade de assegurar os
direitos dos vencidos, sem distino de classes.
04. da incorporao dos camponeses comunidade dos
cidados com direitos sociais e polticos
reconhecidos na lei.
08. da crena popular na perspectiva liberal burguesa de
que a Revoluo fora feita por todos e em benefcio
de todos.
16. da determinao burguesa de levar avante um
processo revolucionrio de distribuio da
propriedade privada.
Exerccios Complementares
3. A Constituio da Frana de 1791, a partir dos princpios preconizados por Montesquieu, consagrou,
como fundamento do novo regime,
a) a subordinao do Judicirio ao Legislativo, que
passou a exercer um poder fiscalizador sobre os
tribunais.
b) a identificao da figura do monarca, com a do
Estado, que a partir desse momento se tornou
inviolvel.
c) a supremacia do Poder Legislativo, deixando de ser o
rei investido de poder moderador.
d) o poder de veto monrquico, que se restringiu a
assuntos fiscais, limitando, assim, a soberania
popular.
e) a separao dos poderes at ento concentrados,
teoricamente, na pessoa do soberano.
4. Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a Revoluo Francesa, que
a) teve resultados efmeros, pois foi iniciada, dirigida e
apropriada por uma s classe social, a burguesia,
nica beneficiria da nova ordem.
b) fracassou, pois, apesar do terror e da violncia, no
conseguiu impedir o retorno das foras scio-
polticas do Antigo Regime.
c) nela coexistiram trs revolues sociais distintas: uma
revoluo burguesa, uma camponesa e uma popular
urbana, a dos chamados sans-culottes. d) foi um fracasso, apesar do sucesso poltico, pois, ao
garantir as pequenas propriedades aos camponeses,
atrasou, em mais de um sculo, o progresso
econmico da Frana.
e) abortou, pois a nobreza, sendo uma classe coesa, tanto
do ponto de vista da riqueza, quanto do ponto de
vista poltico, impediu que a burguesia a conclusse.
5. Na Revoluo Francesa, foi uma das principais reivindicaes do Terceiro Estado:
a) a manuteno da diviso da sociedade em classes
rigidamente definidas.
b) a concesso de poderes polticos para a nobreza,
preservando a riqueza dessa classe social.
c) a abolio dos privilgios da nobreza e instaurao da
igualdade civil.
d) a unio de poderes entre Igreja e Estado, com
fortalecimento do clero.
e) o impedimento do acesso dos burgueses s funes
polticas do Estado.
UNIDADE 9
IDADE CONTEMPORNEA
IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO
Imperialismo: o novo colonialismo (partilha frica e
sia)
Os motivos do neocolonialismo
Nessa poca, vrios pases europeus passavam pela
Revoluo Industrial. Precisavam encontrar fontes de
matria-prima (carvo, ferro, petrleo) e de produtos
alimentcios que faltavam em suas terras. Tambm
precisavam de mercados consumidores para seus
excedentes industriais, alm de novas regies para
investir os capitais disponveis construindo ferrovias ou
explorando minas, por exemplo.
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A Europa ocupa tudo
Em 1914, 60% das terras e 65 % da populao do mundo
dependiam da Europa. Suas potncias tinham anexado
90% da frica, 99% da Oceania e 56% da sia.
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL 1914-1918
A Primeira Guerra Mundial foi um conflito militar
(1914-1918), iniciado por um confronto regional entre o
Imprio Austro-Hngaro e a Srvia, em 28 de julho de
1914.
A causa imediata do incio das hostilidades
entre a ustria-Hungria e a Srvia foi o assassinato do
arquiduque Francisco Fernando de Habsburgo, herdeiro
do trono austro-hngaro, cometido, em Sarajevo no dia
28 de junho de 1914, por um nacionalista srvio.
Entretanto, os verdadeiros fatores determinantes do
conflito foram: o esprito nacionalista que crescia por
toda a Europa durante o sculo XIX e princpios do XX
e a rivalidade econmica e poltica entre as diferentes
naes, o processo de militarizao e a corrida
armamentista que caracterizaram a sociedade
internacional dos ltimos anos do sculo XIX, raiz da
criao de dois sistemas de alianas que se diziam
defensivas: a Trplice Aliana e a Trplice Entente. A
primeira nasceu do pacto firmado entre a Alemanha,
ustria-Hungria e Itlia contra a ameaa de ataque da
Frana. A Trplice Entente era a aliana entre a Gr-
Bretanha, Frana e Rssia para contrabalanar a Trplice
Aliana.
1914-1915: A GUERRA DE MOVIMENTO
As operaes militares na Europa se desenvolveram em
trs frentes: a ocidental ou franco-belga, a oriental ou
russa e a meridional ou srvia.
1915-1917 GUERRA DE TRINCHEIRAS
1917: ENTRADA DOS ESTADOS UNIDOS E O
ARMISTCIO COM A RSSIA
A poltica de neutralidade americana mudou quando a
Alemanha anunciou, em janeiro de 1917, que a partir de
fevereiro recorreria guerra submarina.
Vrias naes latino-americanas, entre elas o Peru, o
Brasil e a Bolvia apoiariam esta ao. O afundamento
de alguns navios levou o Brasil, em 26 de outubro de
1917, a participar da guerra, enviando uma diviso naval
em apoio aos aliados. Aviadores brasileiros participaram
do patrulhamento do Atlntico, navios do Lide
Brasileiro transportaram tropas americanas para a
Europa e, para a Frana, foi enviada uma misso mdica.
Representantes da Rssia, ustria e Alemanha
assinaram o armistcio em 15 de dezembro, cessando
assim a luta na frente oriental.
1918: ANO FINAL
Repblica de Weimar, cujo governo enviou uma
comisso para negociar com os aliados. Em 11 de
novembro foi assinado o armistcio entre a Alemanha e
os aliados, baseado em condies impostas pelos
vencedores.
O Tratado de Versalhes (1919), que ps fim
guerra, estipulava que todos os navios aprisionados
passassem a ser de propriedade dos aliados. Em
represlia a tais condies, em 21 de junho de 1919, os
alemes afundaram seus prprios navios em Scapa Flow.
As potncias vencedoras permitiram que deixassem de
ser cumpridos certos itens estabelecidos nos tratados de
paz de Versalhes, Saint-Germain-en-Laye, Trianon,
Neuilly-sur-le-Seine e Svres, o que provocaria o
ressurgimento do militarismo e de um agressivo
nacionalismo na Alemanha, alm de agitaes sociais
que se sucederiam em grande parte da Europa.
Exerccios de Sala
1. Tema recorrente da poltica contempornea, o nacionalismo tem-se constitudo em foco permanente de
conflito. Sobre ele, correto afirmar que:
01. A Primeira Guerra foi precedida pelo confronto de
diferentes projetos expansionista. o caso da Rssia,
que pretendia avanar sobre territrios do Imprio
Austro-Hngaro e do Imprio Turco, dizendo-se
protetora dos povos eslavos. Ou da Srvia, que, ao
pretender unificar os eslavos do Sudeste da Europa,
formando a Grande Srvia, tambm se chocava com
os interesses desses Imprios.
02. A Segunda Guerra, igualmente, foi precedida de
discursos nacionalistas, embora com novas feies.
o caso do fascismo italiano, embalado nos sonhos de
reconstruo das glrias do Imprio Romano, ou do
nazismo alemo, defensor da unificao dos povos
germnicos e da reconstruo do seu Imprio, ento
denominado III Reich.
04. A vitria do nacionalismo indiano (1947) e o
fracasso franco-britnico na guerra contra o Egito
(1956) desencadearam uma onda de nacionalismo
nas antigas colnias europias na frica e na sia.
Aliando-se a outros pases de passado colonial, como
os latino-americanos, formaram uma terceira fora
internacional - Terceiro Mundo, situado entre o
Capitalismo e o Socialismo.
08. Nos anos 80-90, novamente os movimentos
nacionalistas abalam a poltica internacional. O j
frgil "imprio" sovitico v sua unidade desfazer-se
diante do separatismo das Repblicas Blticas -
Letnia, Estnia e Litunia. A partir de ento, outras
repblicas assumem o mesmo propsito, pondo fim
URSS. Entre os "eslavos do sul", as disputas de
croatas e srvios lanam a Iugoslvia numa violenta
guerra civil.
2. O clima de tenso oriundo da expanso imperialista na sia e determinador do 1 Conflito Mundial no pode
ser avaliado pelas:
01. rivalidades entre franceses e ingleses na Indochina,
entre ingleses e russos na sia Central e entre russos
e japoneses na Mandchria e Coreia.
Incluso para a Vida Histria A
Pr-Vestibular da UFSC 14
02. polticas de alianas entre russos e japoneses para
bloquear as pretenses inglesas e francesas no
sudeste asitico.
04. tenses entre o Imprio Ingls e o Imprio Chins em
torno da Coria e da Mandchria com o apoio da
Frana Inglaterra.
08. rivalidades entre ingleses e franceses no sudeste
asitico, entre belgas e alemes em Port-Arthur e
entre russos e poloneses na sia Europeia.
16. tenses entre o Imprio Austro-Hngaro e a Grcia
na regio do sudeste asitico com o apoio da
Inglaterra aos gregos.
3. Os Estados Unidos emergiram como grande potncia
econmica mundial aps a Primeira Guerra Mundial
porque:
a) apoiou a Alemanha, com o objetivo de enfraquecer a
Inglaterra.
b) liderou a criao da ONU (Organizao das Naes
Unidas).
c) fortaleceu sua economia ao fornecer equipamentos e
suprimentos Entente, enquanto as potncias
europeias tiveram suas economias arrasadas aps o
conflito.
d) apresentou as propostas do Tratado de Versalhes, para
enfraquecer a Alemanha, a grande potncia industrial
do incio do sculo.
e) se manteve afastado do conflito direto com as
potncias europeias, concentrando seus esforos no
desenvolvimento interno.
4. A respeito do envolvimento dos E.U.A. na Primeira Grande Guerra incorreto afirmar que:
a) foi influenciado pela inteno germnica de atrair o
Mxico, prometendo-lhe ajuda na reconquista de
territrios perdidos para os E.U.A.
b) os E.U.A. financiaram diretamente a indstria blica
franco-inglesa e enviaram um grande contingente de
soldados ao fronte.
c) uma possvel derrota da Frana e Inglaterra colocaria
em risco os investimentos norte-americanos na
Europa.
d) contrariando o Congresso, o presidente dos E.U.A.
rompeu a neutralidade, declarando guerra s foras
do Eixo.
e) a adeso dos E.U.A. desequilibrou as foras em luta,
dando um novo alento Entente.
5. Ao trmino da Primeira Grande Guerra, as potncias vencedoras responsabilizaram a Alemanha pela guerra e
foi-lhe imposto um tratado punitivo, o Tratado de
Versailles, que teve como consequncias:
a) degradao dos ideais liberais e democrticos,
agitaes polticas de esquerda - como o movimento
espartaquista, crise econmica e desemprego.
b) enfraquecimento dos sentimentos nacionais,
militarizao do Estado Alemo, recuperao
econmica e incorporao de Gdansk.
c) anexao das colnias de Togo e Camares, a
afirmao dos ideais liberais e democrticos e a
valorizao do marco alemo.
d) prosperidade econmica, rearmamento alemo,
desmembramento da Alemanha e fortalecimento dos
partidos liberais.
e) surgimento da Repblica Democrtica Alem e da
Repblica Federal Alem, fortalecimento do
nazismo, militarismo e diminuio do desemprego.
UNIDADE 10
REVOLUO RUSSA
A industrializao da Rssia ocorreu com atraso de mais
de um sculo em relao Inglaterra, mas foi favorecida
pelo fim da servido, que liberou mo de obra, e pelos
investimentos estrangeiros.
A Primeira Guerra Mundial enfraqueceu ainda
mais o governo Nicolau II. Em dois anos de luta, seu
exrcito sofreu 7 milhes de baixas, entre mortos, feridos
e desertores. A populao civil padeceu com a fome e o
desemprego.
Em fevereiro de 1917, o czar abdicou e foi
instalada uma repblica liderada por Kerensky. Em
novembro, os bolcheviques comandados por Lnin e
Trotsky tomam o poder. Logo aps, assinam a paz com a
Alemanha, efetuam uma radical reforma agrria e
nacionalizam bancos, indstrias e meios de transportes.
Depois de duas guerras, a economia russa
estava arrasada. Para recuper-la, Lnin adotou a NEP,
afrouxando alguns controles sobre os investimentos
estrangeiros, o excedente agrcola e as pequenas
empresas (menos de vinte funcionrios).
Em 1924, Lnin morreu e foi substitudo por
Stlin, que passou a perseguir todos os seus adversrios
(principalmente os adeptos de Trotsky), condenando
centenas de milhares morte e milhes ao exlio na
Sibria. Suprimiu A NEP e adotou os planos
quinquenais. A URSS tornou-se, assim, uma grande
potncia.
Entre-Guerras (Totalitarismos de extrema direita)
Crise de 1929
Ao final da Primeira Guerra, a indstria dos EUA era
responsvel por quase 50% da produo mundial.
O pas criou um novo estilo de vida: o american way of
life. Esse estilo de vida caracterizava-se pelo grande
aumento na aquisio de automveis, eletrodomsticos e
toda sorte de produtos industrializados.
Entretanto, os EUA sofreram grande abalo em
1929, quando mergulharam numa terrvel crise, de
repercusso mundial.
Por sua vez, Inglaterra, Frana e Alemanha
foram atualizando rapidamente seus mtodos industriais.
Isso colaborou para aumentar o desequilbrio entre o
excesso de mercadorias produzidas e o escasso poder
aquisitivo dos consumidores. Configurava-se assim uma
conjuntura econmica de superproduo capitalista.
Incluso para a Vida Histria A
Pr-Vestibular da UFSC 15
O crack da Bolsa de Valores de Nova York A crise de superproduo teve como um de seus grandes
marcos o dia 29 de outubro de 1929, dia do crack da
Bolsa de Valores de Nova York, que representava o
grande termmetro econmico do mundo capitalista.
O crack da Bolsa de Valores de Nova York
abalou o mundo inteiro. Os Estados Unidos no podendo
vender tambm deixaram de comprar e isso afetou
tambm o Brasil, que dependia das exportaes de caf
para os Estados Unidos.
New Deal: a reao crise Nos primeiros anos do governo do presidente Franklin
Delano Roosevelt, os Estados Unidos adotaram o New
Deal, um conjunto de medidas destinadas superao da
crise. O New Deal foi inspirado nas idias do ingls
John Keynes. Dentre as principais medidas adotadas
pela poltica econmica do New Deal, destacam-se:
Controle governamental dos preos de diversos produtos
industriais e agrcolas. Concesso de emprstimos aos
proprietrios agrcolas. Realizao de um grande
programa de obras pblicas. Criao de um seguro-
desemprego. Recuperao industrial.
O AVANO DOS REGIMES TOTALITRIOS
Os partidos de orientao marxista, representavam uma
terrvel ameaa aos interesses dos grandes banqueiros e
industriais. Para salvar esses interesses, apoiou a
ascenso de regimes totalitrios, que prometiam
estabelecer a ordem e a disciplina social. Exemplos
marcantes desse processo foram o desenvolvimento do
fascismo na Itlia e do nazismo na Alemanha.
A crise exigiu respostas econmicas novas e
corajosas, adotadas pelo presidente Franklin Delano
Roosevelt, eleito em 1932, e que geraram o New Deal.
Esse plano teve como base as idias de John Maynard
Keynes (1884-1946). O Keynesianismo defende um
Estado mais interventor, que deveria evitar os riscos de
superproduo, alm de aumentar o poder de consumo,
mas preservando a economia de mercado. O liberalismo
clssico de Adam Smith foi superado pelo
neocapitalismo.
Exerccios de Sala
1. O perodo de 1919 a 1939, pelos componentes que o constituram, marcados por esperanas e frustraes,
tido como um dos mais crticos da poca contempornea.
Dos esforos para superar a devastao da Primeira
Guerra Mundial, se encaminha para a recuperao e logo
em seguida para o novo conflito mundial.
A respeito desse perodo correto afirmar que:
01. A frustrao e o inconformismo do alemes,
submetidos s clusulas do Tratado de Versalhes,
levaram - nos a chamar esse acordo de "Diktat".
02. A Liga das Naes (ou Sociedade das Naes),
criada aps a Primeira Guerra Mundial, recebeu
apoio de todas as potncias e teve atuao decisiva
para evitar todas as crises internacionais da dcada de
1930.
04. A URSS participou ativamente da poltica
internacional europia na dcada na dcada de 1920.
08. Nesse perodo houve a vitria das ditaduras do tipo
nazi - fascista na Itlia e na Alemanha, alm de
regimes autoritrios em diversos pases, como
Portugal e Espanha.
16. A crise de 1929 e a grande depresso econmica que
ela gerou, desencadearam tambm crises polticas,
reacenderam nacionalismos econmicos e polticos,
facilitaram a ascenso de ditaduras e contriburam
para o advento da Segunda Guerra Mundial.
2. O perodo de entre guerras (1919-1939) foi caracterizado pelo aparecimento de regimes autoritrios
na Europa. A esse respeito, correto afirmar que:
01. Esses regimes podem ser entendidos como uma
alternativa tanto ordem liberal tradicional quanto ao
regime comunista.
02. No perodo em questo, acentuaram-se as
dificuldades dos regimes democrticos e acentuou-se
o fracionamento poltico, o que dificultava o
estabelecimento de maiorias parlamentares que
pudessem garantir a continuidade administrativa.
04. A incapacidade dos regimes de democracia liberal de
contornarem a crise econmica dos anos 1920/30,
tambm contribuiu para abrir espaos para a
expanso dos regimes autoritrios.
08. Parte importante no projeto do nazismo de unificao
das vontades coletivas foi a nfase na liberdade de
expresso e na igualdade entre as raas.
16. A expanso dos regimes autoritrios se fez com base
num acentuado internacionalismo e cosmopolitismo,
rejeitando-se qualquer nfase em temas nacionalistas.
32. A tomada do poder pelos nazistas e fascistas teve
uma significativa participao popular, inclusive com
grandes manifestaes de massa.
Exerccios Complementares
3. "... derrota na guerra, deseres, motins militares contra os superiores, greves nas fbricas, falta de gneros
alimentcios e combustveis nas principais cidades,
queda na produo, aviltamento dos salrios,
incapacidade governamental e crescente misria das
massas."
O quadro descrito no texto conduziu
a) derrota dos franceses no Vietn em 1954.
b) descolonizao Afro-Asitica em 1945.
c) rebelio Boxer na China em 1900.
d) Segunda Guerra Mundial em 1939.
e) Revoluo Russa em 1917.
4. "A guerra atual , por parte de ambos os grupos potncias beligerantes, uma guerra (...) conduzida pelos
capitalistas pela partilha das vantagens que provm
domnio sobre o mundo, pelos mercadores do capital
financeiro (bancrio), pela submisso dos povos fracos
etc." ("Resoluo sobre a Guerra", publicada no jornal PRAVDA em abril
de 1917.)
Incluso para a Vida Histria A
Pr-Vestibular da UFSC 16
O texto oferece uma interpretao caracterstica dos
bolcheviques sobre a
a) Guerra Russo-Japonesa.
b) Guerra da Coreia.
c) Guerra da Crimeia.
d) Primeira Guerra Mundial.
e) Primeira Guerra Balcnica.
5. Sobre fatos antecedentes Segunda Guerra Mundial, assinale a alternativa incorreta.
a) Os E.U.A. cortaram o envio de ferro, ao, petrleo e
borracha e bloquearam capitais japoneses na Amrica
do Norte por causa da invaso da Manchria pelo
Japo.
b) Passando por cima das disposies dos tratados do
ps-guerra, em 1938, Hitler, com o apoio de fascistas
austracos, ordenou a ocupao da ustria.
e) Em 1936, um grupo de generais, chefiados por
Franco, iniciou uma revolta contra o governo de
esquerda, legalmente constitudo, na Espanha.
d) A euforia econmica decorrente da valorizao da
Bolsa de Nova Iorque em 1929 favoreceu a
recuperao econmica e a consolidao das
democracias na Europa.
e) Em 1939, Stlin conseguiu-se aproximar da Alemanha
atravs do Pacto Germano-Sovitico, negociado por
Ribbentrop e Molotov.
UNIDADE 11
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 1939-45
A humilhao sofrida pela Alemanha com o Tratado de
Versalhes cria as condies ideais para a germinao do
nacional-socialismo - nazismo - alemo e a ascenso de
Hitler ao poder, em 1933. O nacional-socialismo toma o
poder pela violncia, elimina as dissenses internas com
mtodos violentos e combate a diviso do mundo
produzida pela 1a Guerra.
Reao mundial ao nazismo - As potncias ocidentais
tm uma posio dbia em relao ao nazismo.
Pressentem o perigo representado por Hitler, mas
permitem o crescimento da Alemanha nazista como
forma de bloquear a Unio Sovitica. A invaso da
Polnia, em 1o de setembro de 1939, por tropas e avies
alemes, no surpreende a Europa. Todos esto espera
da guerra.
Origens do Eixo - Itlia e Alemanha tm regimes
polticos semelhantes, mas o que mais as aproxima o
limitado espao territorial de que dispem e a acirrada
competio pelos mercados internacionais. Stalin
percebe que as anexaes alems caminham em direo
Unio Sovitica e firma com Hitler o Pacto Germano-
Sovitico, em 1939, pelo qual anexa a Litunia, Letnia,
Estnia e parte da Polnia e Finlndia.
COMEA A GUERRA NA EUROPA
Em abril de 1939 Hitler exige a anexao de Dantzig, o
"corredor polons", e a concesso de uma rede
rodoviria e ferroviria que cruze a provncia polonesa
da Pomernia. A Polnia, sem condies de resistir,
invadida por tropas nazistas no dia 1o de setembro. O
Reino Unido, comprometido com a defesa da Polnia em
caso de agresso, declara guerra Alemanha. Horas
depois, seguida pela Frana. At junho de 1940,
quando a Itlia declara guerra Frana e ao Reino
Unido, o conflito est restrito aos trs pases. A
Alemanha invade e ocupa a Noruega, a Blgica, a
Holanda e a Frana.
Domnio alemo - O domnio alemo na Europa fica
patente com a expulso dos ingleses de Dunquerque e os
armistcios assinados pela Frana com a Itlia e
Alemanha, em junho de 1940, que dividem o territrio
francs em duas partes.
Na Batalha da Inglaterra, no vero de 1940, a aviao
inglesa, RAF (Royal Air Force), consegue rechaar os
ataques da Luftwaffe (aviao alem).
Defesa de Moscou - Em fins de 1941 a defesa de
Moscou marca uma das mais decisivas vitrias aliadas.
Ataque a Pearl Harbor - O ataque japons base norte-
americana de Pearl Harbor, no Hava, em 7 de dezembro
de 1941, leva os Estados Unidos a declararem guerra ao
Eixo e alastra o conflito a quase todo o mundo. As duas
faces beligerantes esto definidas: os pases do Pacto
Anticomintern (o Eixo) - Alemanha, Itlia e Japo -
contra os Aliados - Inglaterra, Estados Unidos, Unio
Sovitica e China. A China j se encontra em guerra
contra o Japo desde 1931.
Kamikazes - como so chamados os avies japoneses
carregados de explosivos e dirigidos por um piloto
suicida que com ele se atira sobre o alvo inimigo.
SEGUNDA FASE DA GUERRA
quando o conflito se torna uma guerra de desgaste. O
Eixo tenta subjugar a Inglaterra, cortando suas linhas de
abastecimento no Atlntico e no Mediterrneo.
Contra-ofensiva na frica e Itlia - Em julho de 1943
os Aliados desembarcam na Siclia e, em setembro,
avanam at Npoles. Mussolini destitudo em julho e
a Itlia muda de lado.
Dia D - Em 6 de junho de 1944, chamado de "Dia D"
pelos Aliados, sob o comando do general Einsenhower,
feito o ataque estratgico que daria o golpe mortal nas
foras nazistas que ainda resistem na Europa. Cinquenta
e cinco mil soldados norte-americanos, britnicos e
canadenses desembarcam nas praias da Normandia,
noroeste da Frana, na maior operao aeronaval da
Histria, envolvendo mais de 5 mil navios e mil avies.
Incluso para a Vida Histria A
Pr-Vestibular da UFSC 17
Guerra no Pacfico - No Pacfico, a situao tambm se
inverte com a vitria das tropas norte-americanas na
batalha naval de Midway e em Guadalcanal, em 1942.
Ataque a Hiroshima e Nagasaki - Em 6 de agosto os
Estados Unidos lanam a primeira bomba atmica sobre
Hiroshima, deixando mais de 100 mil mortos e 100 mil
feridos. A partir de 8 de agosto tropas soviticas
expulsam os japoneses da Mandchria e da Coria e
ocupam as ilhas Kurilas e Sakalina. Em 9 de agosto
lanada a segunda bomba atmica, dessa vez sobre
Nagasaki, com saldo de vtimas semelhante ao de
Hiroshima.
Final da guerra - Hitler suicida-se em 30 de abril, com
a chegada das tropas soviticas a Berlim, e o almirante
Doenitz forma novo governo e pede o fim das
hostilidades. A capital alem ocupada em 2 de maio. A
Alemanha se rende incondicionalmente em 7 de maio,
em Reims. A capitulao do Japo acontece em 2 de
setembro, em Tquio. A 2a Guerra Mundial deixa um
saldo de 50 milhes de mortos e custa cerca de US$ 1,40
trilho.
JULGAMENTO DE NUREMBERG
Terminado o conflito, os vitoriosos decidem julgar os
lderes nazistas num indito tribunal internacional de
crimes de guerra. A iniciativa contribui para a descoberta
dos campos de concentrao e extermnio. A sede
escolhida a cidade alem de Nuremberg, que nos anos
30 havia sido palco dos maiores comcios nazistas.
Exerccios de Sala
1. A Segunda Guerra Mundial alterou a correlao de foras no mundo. Entre as modificaes ocorridas,
destacam-se:
01. O declnio da influncia europeia cuja hegemonia j
havia sido comprometida desde a Primeira Guerra
Mundial.
02. A ascenso dos Estados Unidos e da Unio
Sovitica, liderando blocos de interesses divergentes
e originando a chamada "bipolarizao" do mundo.
04. Aps a Segunda Guerra Mundial e at recentemente,
nenhuma potncia europeia ou os Estados Unidos
participaram de qualquer conflito blico.
08. Aps a Guerra - e por causa dela -, houve
intensificao das manifestaes anticolonialistas,
acelerando-se o processo de descolonizao das
colnias europias na frica e na sia.
16. O final da Segunda Guerra Mundial decretou o
desaparecimento dos Estados autoritrios,
reorganizando-se o mundo em bases inteiramente
democrticas.
32. Como tentativa de resolver os problemas
internacionais, criou-se em 1945 a Organizao das
Naes Unidas (ONU).
2. Sobre a Histria Contempornea, correto afirmar que:
01. a Primeira Guerra Mundial (1914-18) resultou,
dentre outros motivos, da concorrncia comercial, da
disputa por colnias e da luta pela hegemonia dos
mares.
02. a grande vencedora da Primeira Guerra Mundial foi a
Alemanha, o que motivou a reao da Itlia e do
Japo no final dos anos 30, dando inicio Segunda
Guerra Mundial.
04. o Tratado de Versalhes foi imposto pela Alemanha
aos pases europeus, com o apoio dos Estados
Unidos.
08. a ideologia nazista enaltecia o nacionalismo e o
militarismo, visando conquistar as massas e o
exrcito, e pregava o anti-comunismo, visando
conquistar a alta burguesia.
16. apesar das guerras do sculo XX, a Europa manteve
sempre sua hegemonia econmica e poltica sobre o
mundo.
Exerccios Complementares
3. Pensem nas crianas Mudas telepticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas clidas
Mas oh! no se esqueam
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditria
A rosa radioativa
Estpida e invlida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atmica
Sem cor, sem perfume
Sem rosa, sem nada
"Rosa de Hiroshima" (Gerson Conrad e Vincius de Moraes)
Podemos considerar que o texto acima debate:
a) a herana terrvel das bombas atmicas atiradas em
Hiroshima e Nagasaky, no final da 2 Guerra
Mundial, levantando a necessidade de sua lembrana
para defendermos a paz.
b) a poesia no trata dos problemas relativos bomba
atmica, a guerra e a paz.
c) as armas atmicas nunca seriam usadas como forma
de poder entre as potncias mundiais.
d) a paz s ser garantida com a utilizao de armas
atmicas.
e) as armas atmicas deixaram poucas heranas culturais
e polticas durante o perodo da Guerra Fria.
Incluso para a Vida Histria A
Pr-Vestibular da UFSC 18
4. Na II Guerra Mundial, as bombas atmicas de Hiroshima e Nagazaki foram consideradas crimes de
guerras, porque:
a) o conflito j tinha terminado em agosto de 1945 e a
resistncia japonesa era mnima em Pearl Harbor.
b) as bombas faziam parte de um esquema de testes
militares.
c) os E.U.A. queriam impor o seu domnio Alemanha.
d) os E.U.A. pretendiam deter o avano dos soviticos na
sia.
e) as bombas tinham um nico alvo: os japoneses no
Pacfico.
5. Foi o encontro do primeiro ministro ingls Winston Churchill e dos presidentes Roosevelt, dos Estados
Unidos e Stlin, da Unio Sovitica onde confirmou-se o
desmembramento da Alemanha e da Coreia:
a) Conferncia do Cairo.
b) Conferncia de Teer.
c) Conferncia de Ialta.
d) Conferncia de Potsdam.
e) Conferncia de Bandung.
UNIDADE 12
IDADE CONTEMPORNEA: GUERRA
FRIA
Bipolarizao entre EUA (capitalismo) e URSS
(socialismo), estado de constante hostilidade entre as
duas superpotncias e seus aliados e corrida
armamentista e tecnolgica, mas sem conflito armado
direto, caracterizaram a Guerra Fria, que vigorou entre o
fim da Segunda Guerra Mundial e a crise do socialismo
real no final dos anos 1980.
Tradicionalmente as fases da Guerra Fria so a
Guerra Fria Clssica (1945 1953), o perodo do Degelo ou da Coexistncia Pacfica (1953 1968) e a poltica da Dtente ou da Distenso (1968 1989).
Marcos iniciais da Guerra Fria
Bloco Capitalista Em 1946, Churchill discursa nos EUA e pede para que
estes se tornem os protetores do mundo livre, pois a Gr-Bretanha, no poderia mais manter